20

Click here to load reader

Análise Econômica e Financeira das Principais Operadoras Mercado de Saúde Suplementar no Brasil no ano 2009

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Análise Econômica e Financeira das Principais Operadoras Mercado de Saúde Suplementar no Brasil no ano 2009

MBF 25

Análise Econômica e Financeira das Principais Operadoras Mercado de Saúde Suplementar no Brasil no ano 2009Insper: MBA Finanças

Jean Luc Fobe17.10.2010

O mercado de saúde suplementar gerou um faturamento 63,6 bilhões de reais anuais com um público de 42.856.872 usuários no ano de 2009. As peculiaridades deste negócio têm acarretado um aumento progressivo dos custos e riscos para investidores e novos entrantes. As 30 principais empresas do setor foram analisadas quanto aos indicadores econômico-financeiros e escala Z de solvência de Altman. A análise dos dados fornecidos pela Agência Nacional de Saúde permite o diagnostico da situação deste mercado emergente.

Page 2: Análise Econômica e Financeira das Principais Operadoras Mercado de Saúde Suplementar no Brasil no ano 2009

Análise Econômica e Financeira das Principais Operadoras Mercado de Saúde Suplementar no Brasil no ano 2009

Introdução.

O Brasil adotou como modelo institucional a cobertura universal de

atendimento à saúde, de responsabilidade do estado. O sistema empregado

atualmente na saúde é definido como misto, sendo permitido a atuação de empresas

privadas sob regulação. A saúde privada é designada de saúde suplementar. Pela

constituição todos os brasileiros têm direito a saúde garantida pelo estado

(Constituição Federal de 1988, Capítulo II, artigo 6).

Novas oportunidades de negócios envolvendo operadoras de saúde,

hospitais, laboratórios, empresas intermediadoras na prestação de serviços de

saúde, corretoras, empresas de TI (Tecnologia de Informação), fundos de

investimentos e negociações direta em Bolsa de Valores têm surgido com cada vez

maior frequência no mercado de saúde suplementar.

As regras de negócios no segmento saúde são peculiares e devem

ser conhecidas pelos investidores e novos entrantes.

Particularidades do negócio saúde.

As diferenças do mercado de saúde suplementar no Brasil em

relação a outros países motivaram a entrada e saída de grupos econômicos, como a

Cigna Internacional, que tendo iniciado suas atividades em 1997, foi vendida por

valor simbólico em 2006 para o grupo Amil após um prejuízo anual de 60 milhões de

e um passivo de 200 milhões de reais1.

1Alexa Salomão: A Amil dá um passo para trás. Revista Exame, Editora Abril, São Paulo, 26.09.2006.

Page 3: Análise Econômica e Financeira das Principais Operadoras Mercado de Saúde Suplementar no Brasil no ano 2009

O processo de regulação mediante a lei dos planos e seguros

privados com atuação na saúde suplementar (Lei 9.656, de 3/6/1998) e a criação da

ANS (Agência Nacional de Saúde, Lei 9961, de 28/01/2000) criou regras restritivas

para as operadoras de saúde participantes e novos entrantes. Ocorreu progressivo

aumento das responsabilidades contratuais, controle dos reajustes e padronização

do atendimento. Qualquer empresa que atue no segmento de saúde suplementar no

Brasil independente se for seguradora, medicina de grupo, cooperativa de trabalho

médico, autogestão, filantrópica ou administradora deve se submeter às regras

definidas pela ANS.

O aumento do grau de exigência de cobertura para o usuário pela

ANS e incorporação de novas tecnologias tem levado a uma perda de rentabilidade

das operadoras de saúde suplementar a partir do ano de 2000. A rentabilidade

media do setor de saúde suplementar atingiu o seu nível mais alto de 8,5% no ano

de 1995, entrando em queda progressiva com inicio da atuação da ANS em 2000. O

pior resultado foi no ano de 2003, com prejuízo médio do setor de 2,4%. A

rentabilidade média do setor no ano de 2009 foi positiva em 1,5%2.

O aumento progressivo dos custos na saúde acima do aumento do

PIB e da inflação é atribuído a incorporação de novas tecnologias, medicações e

materiais de alto custo, doenças crônicas, envelhecimento da população e aumento

dos custos administrativos.

.

A incorporação de novas tecnologias na área de saúde,

diferentemente de outros segmentos produtivos, não acarreta em diminuição de

custos. Atribui-se que a incorporação de novas tecnologias seja responsável pelo

aumento de custos anuais na área de saúde em uma percentagem que varia de 38 a

62%3.

2Caderno de Informações em Saúde Suplementar, março de 2010, Rio de Janeiro, ANS.

3 Technological Change and the Growth of Health Care Spending, Congress of the United States Congressional Budget Office, EUA, January 2008

Page 4: Análise Econômica e Financeira das Principais Operadoras Mercado de Saúde Suplementar no Brasil no ano 2009

4

A busca do judiciário pelo usuário tem motivado um fenômeno

particular, que é a judicialização do sistema de saúde. Em busca de tratamentos e

medicamentos de alto custo e muitas vezes sem comprovação de efetividade, o

usuário obtém a liberação do seu atendimento mediante ações judiciais em ações

liminares de rápido transito. As decisões judiciais tendem a desrespeitar contratos,

tendo como visão a preservação da saúde em detrimento do poder econômico. Não

existem dados públicos sobre o aumento dos custos pelas ações judiciais na saúde

suplementar.

A perda da rentabilidade das operadoras de saúde a partir do ano

de 2000 tem levado a uma mudança de paradigmas operacionais objetivando uma

melhora de desempenho econômico financeiro. Aquisições, incorporações, fusões,

IPO (lançamento inicial de ações em Bolsa de Valores), verticalização de produção

com administração de hospitais, laboratórios, centros diagnósticos e controle direto

no atendimento médico passaram a serem ferramentas ativas, sempre buscando o

retorno da rentabilidade do passado. Muitas operadoras não têm respondido

adequadamente às novas exigências do mercado e caminharam para liquidação ou

incorporação como Interclínicas e Medial.

.

Page 5: Análise Econômica e Financeira das Principais Operadoras Mercado de Saúde Suplementar no Brasil no ano 2009

Segmentação do Mercado de Saúde Suplementar.

As empresas de saúde suplementar são classificadas pela própria

ANS em seguradoras especializadas em saúde, medicinas de grupo, cooperativas

de trabalho médico, empresas de autogestão, filantrópicas e administradoras.

As seguradoras especializadas em saúde são empresas constituídas

em sociedades com fins lucrativos e que comercializam seguros de saúde,

oferecendo, obrigatoriamente, reembolso das despesas médico-hospitalares, ou que

comercializam ou operam seguros que prevejam a garantia de assistência à saúde.

Estão sujeitas ao disposto na Lei nº 10.185, de 12 de fevereiro de 2001, sendo

vedada a operação em outros ramos de seguro. A administração destas empresas é

focada para o controle administrativo e financeiro da operação. A regulação de

sinistro não é a especialização deste segmento apesar de representar o maior gasto

neste mercado. As seguradoras especializadas em saúde atenderam no ano de

2009 a 11,73% dos consumidores, apenas 13 empresas participam deste segmento

com um faturamento anual de R$ 12.403.605.038 e sinistralidade média de 83,6%.

As maiores empresas deste segmento são o Bradesco e a Sul América.

As medicinas de grupo se constituem em sociedades que

comercializam ou operam planos privados de saúde, excetuando-se as classificadas

nas modalidades de administradora, cooperativa médica, autogestão, filantropia e

seguradora especializada em saúde. As medicinas de grupo tiveram sua origem no

inicio da década de 60 tendo como base grupo de médicos voltado ao atendimento

das necessidades dos funcionários de empresas, complementando o atendimento

da Previdência Social na época, recebendo inclusive subsídios governamentais por

serviços prestados. Este segmento trabalha preferencialmente com a verticalização

dos serviços, com redes de serviços próprios em todos os níveis de serviços

prestados, tem o foco no controle da sinistralidade.

O segmento de medicina de grupo era composto por 493 operadoras

no ano de 2009, atendendo a 36,62% dos usuários da saúde suplementar, com um

faturamento anual de R$ 18.937.457.534 e uma sinistralidade média de 78,8%. O

maior representante deste segmento é o grupo Amil que com as suas controladas

tinha 5,1338 milhões de usuários e um faturamento de 4.813,8 milhões de reais no

Page 6: Análise Econômica e Financeira das Principais Operadoras Mercado de Saúde Suplementar no Brasil no ano 2009

6

ano de 2009. As medicinas de grupo estão representadas pela ABRANGE

(Associação Brasileira de Medicina de Grupo).

As cooperativas de trabalho médico são operadoras que se

constituem na forma de associação de pessoas sem fins lucrativos nos termos da

Lei n.º 5.764, de 16 de dezembro de 1971, composta por médicos, e que

comercializa ou opera planos de assistência à saúde. O cooperativismo médico é

fenômeno particular do Brasil, tendo-se iniciado em 1967 com a formação da

primeira cooperativa de trabalho médico em Santos em contraposição ao

crescimento das medicinas de grupo. As cooperativas de trabalho médico seguem

as normas do cooperativismo e tem foco no atendimento do usuário pelo médico

cooperado, procuram criar reserva de mercado principalmente fora das capitais,

empregam serviços próprios, têm vantagens e desvantagens pela participação direta

do executor no processo e na gestão da empresa, dificuldade de profissionalização

da administração, inadequação às normas contábeis e conflitos com a legislação

tributária com passivos em litígio estimados em mais de 12 bilhões de reais. Cada

cooperativa médica é uma pessoa jurídica independente, unida em um mecanismo

associativo em nível regional, estadual e nacional. O grande diferencial

mercadológico é a amplitude geográfica de atendimento, com maior cobertura no

território nacional. A ANS computou 343 cooperativas médicas independentes no

ano de 2009. O segmento cooperativista foi responsável pelo atendimento de

35,13% dos consumidores do mercado de saúde suplementar, com um faturamento

anual de R$ 22.219.522.522 e sinistro de 82% no ano de 2009. Os maiores

representantes são as Unimed Rio de Janeiro, Paulistana e Belo Horizonte. O

sistema de cooperativas é representado coletivamente em nível nacional pela

Unimed do Brasil.

Operadoras classificadas como autogestão são entidades que

operam serviços de assistência à saúde que se responsabilizam pelo plano privado

de assistência à saúde, destinado, exclusivamente, a oferecer cobertura aos

empregados ativos de uma ou mais empresas, associados integrantes de

determinada categoria profissional, aposentados, pensionistas ou ex-empregados,

bem como a seus respectivos grupos familiares definidos. As empresas de

Page 7: Análise Econômica e Financeira das Principais Operadoras Mercado de Saúde Suplementar no Brasil no ano 2009

autogestão normalmente têm grande volume de ativos, o atendimento à saúde é

considerado como beneficio para os funcionários, muitas trabalham com

coparticipação (remuneração parcial pelo usuário) como mecanismo de regulação

da sinistralidade, tem uma estrutura voltada para a administração do beneficio. 249

empresas compõem este segmento, tendo atendido no ano de 2009 a 12,26% de

todos os usuários do sistema de saúde suplementar, com um faturamento de R$

7.365.197.389 e uma sinistralidade de 94,1%. O grande representante deste grupo

é a CASSI (Caixa de Assistência de Funcionários do Banco do Brasil). As empresas

de saúde suplementar identificadas como de autogestão estão reunidas

nacionalmente na entidade designada de Unidas (União Nacional das Instituições de

Autogestão em Saúde).

As operadoras classificadas como filantrópicas se constituem em

entidades sem fins lucrativos que operam planos privados de saúde e que possuem

certificado de entidade filantrópica junto ao Conselho Nacional de Assistência Social

(CNAS). Estas empresas foram construídas tendo como base os serviços

assistenciais de santas casas locais ou entidades filantrópicas ligadas ao

atendimento à saúde. Compõe um grupo heterogêneo, algumas com administração

profissionalizada, e grandes patrimônios, outras de aspecto religioso, outras com

administração e em situação precária. As empresas filantrópicas são o grupo menos

representativo em atividade atualmente com 97 operadoras inscritas na ANS no ano

de 2009, atendendo 3,23% da população de consumidores do mercado de saúde

suplementar, e com um faturamento anual de R$ 1.408.063.487.

As administradoras de benefícios são constituídas por pessoas

jurídicas que se propõe à contratação de plano coletivo na condição de estipulante

ou que presta serviços para pessoas jurídicas contratantes de planos privados de

assistência à saúde coletiva. É uma modalidade nova perante a ANS, com 23

empresas registradas no ano de 2009, porém sem usuários inscritos. Estas

empresas seriam compradoras de serviço frente às outras operadoras, sem, contudo

terem o risco do sinistro. Não existe uma definição clara se as operadoras aceitarão

a transferência da administração de seus planos sem o compartilhamento do risco.

Page 8: Análise Econômica e Financeira das Principais Operadoras Mercado de Saúde Suplementar no Brasil no ano 2009

8

Análise Econômico-Financeira das 30 maiores empresas do setor de saúde suplementar.

Objetivando uma avaliação do mercado de saúde suplementar do

ponto de vista econômico-financeiro foram analisadas as principais empresas do

setor de saúde suplementar que atuam como seguradoras, medicina de grupo e

cooperativas. Foram selecionadas 6 seguradoras, 8 medicinas de grupo, 10

cooperativas, 3 empresas de autogestão e 3 filantrópicas, de maneira retrospectiva

baseado nos dados fornecidos pela ANS no ano fiscal de 20094.

O critério de seleção para estes segmentos foi o número de

usuários serem superior a 150.000. A Omint foi incluída por ter o maior tíquete médio

do mercado com faturamento bruto relevante para o mercado. No segmento de

autogestão e filantrópica foram escolhidas as três maiores de cada segmento.

As 30 empresas analisadas representam 18.963.842 de usuários e

um faturamento de R$ 32.896.446, 44,24% dos usuários e 51,72% do faturamento

total do segmento.

Na Tabela I são apresentados as empresas selecionadas e os dados

gerais (Faturamento, Tíquete médio mensal, Sinistro, Lucro Líquido e Margem de

Lucro Liquido).

Na Tabela II são apresentados os indicadores de rentabilidade

(ROA, ROE, Margem Liquida Bruta, Margem Liquida Operacional, Margem de Lucro

Liquido, Margem Ebit, Margem Ebitda).

4Anuários ANS: Aspecto-Econômico Financeiros das Operadoras de Saúde Suplementar, Ano Base 2009. Rio de Janeiro,

Julho de 2010.

Page 9: Análise Econômica e Financeira das Principais Operadoras Mercado de Saúde Suplementar no Brasil no ano 2009

Na Tabela III são apresentados os indicadores de situação

patrimonial e financeira (Imobilização do Capital Próprio, Endividamento,

Endividamento de Curto Prazo Endividamento Longo Prazo, Composição do

Endividamento, Relação de Capital Terceiros/Próprio). Na Tabela IV são

apresentados os indicadores operacionais (Despesa Médica, Despesa Comercial,

Despesa administrativa, Índice Combinado Índice Combinado Ampliado).

Na Tabela V são apresentados os indicadores do ciclo financeiro e

liquidez (Prazo Médio de Contas a Receber, Prazo Médio de Pagamento de

Eventos, Giro do Ativo Total, Liquidez Geral, Liquidez Corrente, Liquidez Imediata,

Índice de Liquidez de Necessidade de Capital de Giro). Na tabela VI encontra-se a

escala Z de solvência de Altman5.

5Altman, Edward I. ""Financial Ratios, Discriminant Analysis and the Prediction of Corporate Bankruptcy"". Journal of Finance: 189–209, September, 1968.

Page 10: Análise Econômica e Financeira das Principais Operadoras Mercado de Saúde Suplementar no Brasil no ano 2009

10

Desafios do Negócio Saúde.

O mercado de saúde suplementar em 31.12.2009 era de 42.856.872

usuários, com faturamento bruto de 63,6 bilhões de reais ou 2,02% do PIB (R$ 3,143

trilhões). O gasto individual médio com planos de saúde foi de R$ 124,10 mensais

ou cerca de R$ 1.500,00 anuais. Os gastos com a assistência direta à saúde

contabilizaram 82,8% da receita bruta; com administração direta, impostos e custos

de corretagem somaram 15,7%, e a rentabilidade média do setor foi de 1,5%. Vem

ocorrendo uma concentração progressiva no número de operadoras de saúde, no

final de 2009 existem 1657 empresas com registro ativo na ANS ante 2639 que

existiam no ano de 1999. A concentração das operadoras é uma realidade, 38

operadoras são responsáveis pelo atendimento de 50% de todos os usuários do

sistema de saúde suplementar.

Os planos são classificados em coletivos ou individuais, os coletivos

por sua vez em empresarias e por adesão. Os planos individuais têm controle de

reajuste anual direto pela ANS, enquanto que os coletivos são de livre negociação.

Em dezembro de 2009, 73,4% dos beneficiários de planos de assistência médica

estavam em planos coletivos (31,5 milhões). Destes, 23,9 milhões (76,1% do total

dos planos coletivos) estavam em planos coletivos empresariais. Os planos

individuais correspondem a 21,5% do total de usuários.

A ANS tem considerado como 75% o índice de sinistro (gasto direto

com assistência à saúde ou despesas médicas) o ideal para as operadoras, e tem

sinalizado que a carteira de clientes deveria ter no mínimo 150.000 usuários para

comportar os custos administrativos envolvidos.

O número de usuários tem aumentando em média de 5% ao ano

desde 2004, enquanto que o aumento anual do faturamento caiu de 25% ao ano em

2004, para 10% no ano de 2009. O aumento anual do tíquete médio no ano de 2004

foi de 10% e no ano 2009 reduziu-se para 5%. (Gráfico I)

O aumento do poder aquisitivo da classe C e D tem sido alvo da

atenção das operadoras do segmento de medicina de grupo, filantrópicas e

Page 11: Análise Econômica e Financeira das Principais Operadoras Mercado de Saúde Suplementar no Brasil no ano 2009

cooperativas. Esta classe apresenta como particularidade uma maior utilização dos

serviços de saúde e exigência de pagamento de sinistros menores implicando em

melhor eficiência administrativa e regulatória.

Page 12: Análise Econômica e Financeira das Principais Operadoras Mercado de Saúde Suplementar no Brasil no ano 2009

12

Gráfico I: Variações anuais em percentagem no mercado de saúde suplementar: Faturamento, Prêmio Médio e Usuários. (Prêmio Médio: tíquete pago pelo cliente).

Page 13: Análise Econômica e Financeira das Principais Operadoras Mercado de Saúde Suplementar no Brasil no ano 2009

Faturamento Usuários Tíquete Sinistro LL MLLSeguradoras

BRADESCO Saúde 5284642 2426832 186,79 86,47 462122 8,74

SUL AMÉRICA Seguro Saúde S/A 2888396 1094631 239,30 78,08 137817 4,77

SUL AMERICA Cia de Seguro Saúde 1383281 278042 400,23 88,04 332707 24,05

PORTO SEGURO 656991 421185 133,46 76,12 29133 4,43

UNIMED SEGUROS SAÚDE S/A 439642 313994 128,03 80,50 9881 2,25

MARITIMA Saúde Seguros 302697 158765 161,12 76,73 13467 4,45

Medicinas de Grupo

AMIL - Assistência Medica Internacional 3385776 1654723 183,89 75,47 58151 1,72

MEDIAL SAUDE S/A 2110432 1819513 100,42 77,09 -108780 -5,15

GOLDEN CROSS 1448267 967708 129,52 85,19 -76889 -5,31

AMICO- Saúde Ltda. 1013101 814814 101,68 76,18 44860 4,43

INTERMEDICA Sistema de Saúde 1296290 2147667 55,20 75,93 68291 5,27

SUL AMÉRICA Serviços de Saúde 524393 277549 158,30 94,50 7381 1,41

OMINT Serviços de Saúde Ltda. 464409 81432 476,86 82,59 11631 2,50

PRO SAUDE (Samcil) 309286 316860 67,92 62,65 -27747 -8,97

Cooperativas Médicas

UNIMED-RIO 1855669 674690 241,09 76,23 18732 1,01

UNIMED PAULISTANA 1475025 785462 161,35 82,90 -97887 -6,64

UNIMED BH 1285439 833366 134,92 81,62 110108 8,57

CENTRAL NACIONAL UNIMED 864636 716231 102,99 88,49 11458 1,33

UNIMED CURITIBA 718970 466041 134,53 86,60 27306 3,80

UNIMED CAMPINAS 710142 427107 141,61 87,30 12440 1,75

UNIMED PORTO ALEGRE 678255 290831 206,18 85,86 3641 0,54

UNIMED DO ESTADO DE SP 408359 377719 103,85 86,45 8349 2,04

UNIMED VITORIA 429649 258481 141,05 79,99 9269 2,16

UNIMED FLORIANÓPOLIS 319051 157824 171,6 80,00 825 0,26Autogestão

CASSI 1848007 677403 226,09 93,53 157578 8,53

CABESP 219254 98473 184,51 147,75 -146389 -66,77

CASSEMS 147699 115107 107,42 75,03 7351 4,98

Filantrópicas

FUNDAÇÃO FRANCISCO XAVIER 157682 119348 111,74 88,28 13055 8,28

SANTA CASA BELO HORIZONTE 143080 90.515 128 79,61 5.277 3,69

SANTA CASA DE SANTOS 127926 101529 107,23 80,15 -1938 -1,51

Tabela I: Dados gerais das operadoras. Faturamento em milhares de reais . Tíquete: pagamento mensal por usuário. Sinistro: gasto direto com saúde em percentagem. LL=Lucro Líquido. MLL (Margem de Lucro Liquido)=Lucro Liquido/Faturamento Bruto.

Page 14: Análise Econômica e Financeira das Principais Operadoras Mercado de Saúde Suplementar no Brasil no ano 2009

14

ROA ROE MLB MLO MLLMargem

EbitMargem Ebitda

SeguradorasBRADESCO Saúde 0,06 0,17 0,13 0,01 0,09 0,13 0,13

SUL AMÉRICA Seguro Saúde S/A 0,08 0,16 0,22 0,03 0,05 0,07 0,07

SUL AMERICA Cia de Seguro Saúde 0,13 0,20 0,12 0,04 0,24 0,30 0,30

PORTO SEGURO - Seguro Saúde 0,08 0,18 0,24 0,03 0,04 0,07 0,07

UNIMED SEGUROS SAÚDE S/A 0,05 0,13 0,2 0,00 0,02 0,04 0,05

MARITIMA Saúde Seguros 0,09 0,17 0,23 0,03 0,04 0,07 0,07

Medicinas de GrupoAMIL - Assistência Medica Internacional 0,03 0,06 0,26 0,02 0,02 0,04 0,04

MEDIAL SAUDE S/A -0,12 -0,26 0,22 -0,06 -0,06 -0,04 -0,02

GOLDEN CROSS -0,11 -0,42 0,16 -0,07 -0,05 -0,05 -0,05

AMICO - Saúde Ltda. 0,07 0,15 0,28 0,04 0,04 0,06 0,06

INTERMEDICA Sistema de Saúde 0,16 0,45 0,26 0,07 0,05 0,09 0,09

SUL AMÉRICA Serviços de Saúde 0,06 0,12 0,05 0,03 0,01 0,01 0,01

OMINT Serviços de Saúde Ltda. 0,07 0,27 0,17 0,02 0,03 0,04 0,04

PRO SAUDE (Samcil) -0,08 -2,14 0,31 0,02 -0,09 0,04 0,07

Cooperativas MédicasUNIMED-RIO 0,02 0,14 0,23 0,01 0,01 0,06 0,07

UNIMED PAULISTANA -0,07 3,98 0,15 -0,06 -0,07 -0,01 -0,01

UNIMED BH 0,14 0,24 0,20 0,09 0,09 0,13 0,13

CENTRAL NACIONAL UNIMED 0,04 0,14 0,11 0,01 0,01 0,03 0,03

UNIMED CURITIBA 0,05 0,28 0,16 0,01 0,04 0,05 0,06

UNIMED CAMPINAS 0,03 0,27 0,13 0,00 0,02 0,03 0,03

UNIMED PORTO ALEGRE 0,01 0,05 0,45 -0,01 0,01 0,02 0,02

UNIMED DO ESTADO DE SP 0,05 0,19 0,18 0,02 0,02 0,03 0,04

UNIMED VITORIA 0,03 0,10 0,21 0,01 0,02 0,03 0,04

UNIMED FLORIANÓPOLIS 0,01 0,07 0,20 0,04 0,00 0,02 0,02

AutogestãoCASSI 0,11 0,20 0.06 0,03 0,09 0,10 0,11

CABESP 0,11 0,13 -0,48 -0,67 2,19 2,27 2,28

CASSEMS 0,08 0,14 0,21 0,05 0,06 0,06 0,07FilantrópicasFUNDAÇÃO FRANCISCO XAVIER 0,11 0,15 0,22 0.08 0,12 0,13 0,13SANTA CASA BELO HORIZONTE 0,17 0,76 0,2 0,05 0,04 0,05 0,05 SANTA CASA DE SANTOS -0,01 -0,04 0,67 0,00 -0,02 0,03 0,06Tabela II: Indicadores de Rentabilidade. ROA (Retorno dos Ativos)=Lucro Líquido após Imposto de Renda/Total de ativos. ROE (Retorno sobre Patrimônio Liquido)=(Lucro Líquido/Patrimônio Líquido). MLB (Margem Liquida Bruta)=Lucro Operacional/Receita Operacional Liquida. MLO (Margem Liquida Operacional)=Lucro Operacional/ Receita Operacional Liquida. MLL (Margem de Lucro Liquido)=Lucro Liquido/Faturamento Bruto. Margem Ebit: Lucro antes de juros e impostos ou LAJIR/Receita Líquida. Margem Ebitda=Lucro antes de Juros, Imposto de Renda, Depreciação e Amortização ou LAJIDA/Receita Liquida.

Page 15: Análise Econômica e Financeira das Principais Operadoras Mercado de Saúde Suplementar no Brasil no ano 2009

Imobilizado Endividamento ECP ELP CE CT/CP

SeguradorasBRADESCO Saúde 0,05 0,64 0,26 0,37 0,41 1,74

SUL AMÉRICA Seguro Saúde S/A 0,21 0,49 0,35 0,13 0,72 0,95

SUL AMERICA Cia de Seguro Saúde 0,50 0,33 0,18 0,15 0,55 0,49

PORTO SEGURO - Seguro Saúde 0,02 0,57 0,23 0,34 0,41 1,32

UNIMED SEGUROS SAÚDE S/A 0,11 0,59 0,52 0,06 0,89 1,41

MARITIMA Saúde Seguros 0,05 0,50 0,42 0,08 0,83 1,00Medicinas de GrupoAMIL - Assistência Medica Internacional 0,15 0,44 0,44 0,08 0,99 0,80

MEDIAL SAUDE S/A 0,60 0,52 0,38 0,14 0,73 1,07

GOLDEN CROSS 0,29 0,74 0,42 0,32 0,56 2,88

AMICO - Saúde Ltda. 0,51 0,52 0,36 0,16 0,69 1,09

INTERMEDICA Sistema de Saúde 0,27 0,65 0,54 0,11 0,83 1,85

SUL AMÉRICA Serviços de Saúde 0,00 0,52 0,51 0,01 0,98 1,08

OMINT Serviços de Saúde Ltda. 0,20 0,76 0,35 0,41 0,46 3,16

PRO SAUDE (Samcil) 0,48 0,96 0,44 0,52 0,46 26,7Cooperativas MédicasUNIMED-RIO 0,13 0,89 0,21 0,68 0,24 8,15

UNIMED PAULISTANA 0,02 1,02 0,30 0,71 0,30 -57,05

UNIMED BH 0,32 0,43 0,32 0,11 0,75 0,75

CENTRAL NACIONAL UNIMED 0,06 0,70 0,58 0,12 0,82 2,38

UNIMED CURITIBA 0,07 0,82 0,25 0,57 0,31 4,57

UNIMED CAMPINAS 0,04 0,91 0,29 0,62 0,32 9,6

UNIMED PORTO ALEGRE 0,13 0,76 0,46 0,30 0,61 3,11

UNIMED DO ESTADO DE SP 0,17 0,74 0,45 0,28 0,62 2,79

UNIMED VITORIA 0,32 0,68 0,32 0,36 0,47 2,13

UNIMED GRANDE FLORIANÓPOLIS 0,24 0,90 0,54 0,37 0,59 9,50

AutogestãoCASSI 0,06 0,42 0,39 0,03 0,92 0,72

CABESP 0,01 0,15 0,01 0,14 0,06 0,18

CASSEMS 0,21 0,44 0,21 0,23 0,48 0,78

FilantrópicasFUNDAÇÃO FRANCISCO XAVIER 0,39 0,28 0,28 0,01 0,98 0,40

SANTA CASA BELO HORIZONTE 0,19 0,77 0,75 0,03 0,05 0,05

SANTA CASA DE SANTOS 0,67 0,7 0,55 0,16 0,78 2,35Tabela III: Indicadores de Situação Patrimonial e Financeira. Imobilizado (Imobilização do Capital Próprio)=Ativo Permanente/Patrimônio Líquido. Endividamento=(Passivo Circulante + Exigível à Longo Prazo)/Ativo Total. Endividamento CP(Curto Prazo)=Passivo Circulante/Ativo Total. Endividamento LP (Longo Prazo)=(Endividamento–Endividamento de Curto Prazo)/Ativo Total. CE (Composição do endividamento)=Passivo Circulante/(Passivo Circulante + Passivo Exigível a Longo Prazo). CT/CP (Capital de Terceiros/Capital Próprio)=(Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo)/Patrimônio Líquido.

Page 16: Análise Econômica e Financeira das Principais Operadoras Mercado de Saúde Suplementar no Brasil no ano 2009

16

DM DC DA COMB COMBASeguradorasBRADESCO Saúde 0,86 0,04 0,07 0,97 0,88

SUL AMÉRICA Seguro Saúde S/A 0,78 0,08 0,09 0,95 0,92

SUL AMERICA Cia de Seguro Saúde 0,88 0,01 0,06 0,95 0,92

PORTO SEGURO - Seguro Saúde 0,76 0,10 0,11 0,96 0,92

UNIMED SEGUROS SAÚDE S/A 0,80 0,05 0,11 0,97 0,93

MARITIMA Saúde Seguros 0,77 0,07 0,13 0,96 0,93Medicinas de GrupoAMIL - Assistência Medica Internacional 0,86 0,05 0,05 0,90 0,91

MEDIAL SAUDE S/A 0,77 0,07 0,19 1,02 1,01

GOLDEN CROSS 0,85 0,06 0,12 1,03 1,01

AMICO - Saúde Ltda. 0,76 0,06 0,15 0,97 0,97

INTERMEDICA Sistema de Saúde 0,76 0,05 0,14 0,94 0,93

SUL AMÉRICA Serviços de Saúde 0,95 - 0,03 0,98 0,97

OMINT Serviços de Saúde Ltda. 0,83 0,03 0,12 0,97 0,96

PRO SAUDE (Samcil) 0,63 0,05 0,15 0,82 0,91Cooperativas MédicasUNIMED-RIO 0,76 0,07 0,13 0,96 0,96

UNIMED PAULISTANA 0,83 0,05 0,12 1,00 1,00

UNIMED BH 0,82 0,01 0,10 0,92 0,90

CENTRAL NACIONAL UNIMED 0,88 0,01 0,09 0,99 0,98

UNIMED CURITIBA 0,87 0,02 0,13 1,02 0,98

UNIMED CAMPINAS 0,87 - 0,14 1,02 0,99

UNIMED PORTO ALEGRE 0,86 0,00 0,13 0,99 0,98

UNIMED DO ESTADO DE SP 0,86 0,04 0,11 1,02 1,01

UNIMED VITORIA 0,80 0,05 0,12 0,97 0,96

UNIMED GRANDE FLORIANÓPOLIS 0,80 0,00 0,15 0,95 0,95

AutogestãoCASSI 0,94 - 0,1 1,04 0,99

CABESP 1,48 - 0,13 1,61 0,42

CASSEMS 0,75 - 0,18 0,93 0,93FilantrópicasFUNDAÇÃO FRANCISCO XAVIER 0,88 - 0,11 1,00 0,96

SANTA CASA BELO HORIZONTE 0,80 0,01 0,14 0,95 0,96

SANTA CASA DE SANTOS 0,80 0,02 0,73 1,55 1,58Tabela IV: Indicadores Operacionais. DM (Despesa Médica): despesas assistenciais na forma de eventos indenizáveis em relação ao faturamento. DC (Despesa Comercial): despesas comerciais em relação ao faturamento. DA (Despesa administrativa): despesas administrativas em relação ao faturamento. COMB (Índice Combinado) relação entre o total de despesas e o total de receitas com venda de planos de saúde. COMBA (Índice Combinado Ampliado): relação entre o total de despesas e o total de receitas com venda de planos de saúde acrescido dos resultados financeiros líquidos.

Page 17: Análise Econômica e Financeira das Principais Operadoras Mercado de Saúde Suplementar no Brasil no ano 2009

PMCR PMPE GAT LG LC LI ILNCG

SeguradorasBRADESCO Saúde 33,88 - 0,73 1,49 3,21 0,01 4,30

SUL AMÉRICA Seguro Saúde S/A 8,57 - 1,70 1,61 1,37 0,00 1,52

SUL AMERICA Cia de Seguro Saúde 8,54 - 0,56 1,54 1,41 0,02 1,60

PORTO SEGURO - Seguro Saúde 4,51 - 1,76 1,73 2,88 0,01 3,27

UNIMED SEGUROS SAÚDE S/A 5,48 - 2,42 1,52 1,16 0,01 1,19

MARITIMA Saúde Seguros 1,80 - 1,95 1,90 1,15 0,02 1,18Medicinas de GrupoAMIL - Assistência Medica Internacional 10,08 37,14 1,75 0,96 1,04 0,06 1,06

MEDIAL SAUDE S/A 5,58 19,33 2,40 0,77 0,76 0,03 0,70

GOLDEN CROSS 7,92 40,90 2,04 0,96 0,94 0,03 0,93

AMICO - Saúde Ltda. 5,62 26,24 1,65 0,94 0,95 0,09 0,92

INTERMEDICA Sistema de Saúde 12,49 32,54 3,02 1,12 1,12 0,02 1,16

SUL AMÉRICA Serviços de Saúde 41,40 20,10 3,99 1,92 1,73 0,04 19,95

OMINT Serviços de Saúde Ltda. 1,60 20,09 2,58 1,05 1,05 0,01 1,05

PRO SAUDE (Samcil) 4,48 30,88 0,86 0,54 1,02 0,08 1,17Cooperativas MédicasUNIMED-RIO 17,28 20,86 1,54 0,98 1,05 0,01 1,18

UNIMED PAULISTANA 19,92 32,29 1,07 0,96 0,67 0,01 0,44

UNIMED BH 10,42 25,94 1,63 1,58 1,83 0,05 2,15

CENTRAL NACIONAL UNIMED 24,02 5,59 3,19 1,33 1,16 0,04 1,29

UNIMED CURITIBA 23,20 33,75 1,34 1,14 2,03 0,03 2,76

UNIMED CAMPINAS 32,69 37,07 1,44 1,06 0,98 0,11 0,94

UNIMED PORTO ALEGRE 22,04 23,18 2,36 1,15 1,24 0,01 1,43

UNIMED DO ESTADO DE SP 36,99 0,05 2,45 1,13 1,48 0,04 6,58

UNIMED VITORIA 9,13 33,91 1,53 1,00 1,04 0,02 1,07

UNIMED GRANDE FLORIANÓPOLIS 27,61 48,64 2,52 0,84 1,03 0,07 1,05AutogestãoCASSI 2,58 42,02 1,34 2,28 1,71 0,01 1,75

CABESP 8,71 12,92 0,05 6,49 76,31 0,00 91,19

CASSEMS 122,35 35,45 1,32 1,80 3,05 0,01 0,50FilantrópicasFUNDAÇÃO FRANCISCO XAVIER 32,48 16,26 0,91 2,14 2,12 0,14 3,25

SANTA CASA BELO HORIZONTE 22,75 34,93 4,64 1,05 1,09 0,11 1,16

SANTA CASA DE SANTOS 6,33 37,42 0,82 0,48 0,50 0,02 -0,10Tabela V: Indicadores do Ciclo Financeiro e Liquidez. PMCR (Prazo Médio de Contas a Receber): Contas a Receber/Receita Operacional. PMPE (Prazo Médio de Pagamento de Eventos): Passivos Operacionais/Receita Líquida de Vendas. GAT (Giro do Ativo Total): Receita líquida/Ativo total. LG (Liquidez Geral):(Ativo Circulante+Realizável a LP)/(Passivo Circulante + Exigível a LP). LC (Liquidez Corrente): Ativo Circulante/Passivo Circulante. LI (Liquidez Imediata): Ativos de liquidação imediata/Passivo Circulante. ILNCG (Índice de Liquidez de Necessidade de Capital de Giro): Saldo em Tesouraria/NCG.

Page 18: Análise Econômica e Financeira das Principais Operadoras Mercado de Saúde Suplementar no Brasil no ano 2009

18

Escore Z de AltmanSeguradorasBRADESCO Saúde 2,09SUL AMÉRICA Seguro Saúde S/A 2,36SUL AMERICA Cia de Seguro Saúde 1,54PORTO SEGURO - Seguro Saúde 2,56UNIMED SEGUROS SAÚDE S/A 2,85MARITIMA Saúde Seguros 2,69Medicinas de Grupo AMIL - Assistência Medica Internacional 2,20MEDIAL SAUDE S/A 2,06GOLDEN CROSS 0,61AMICO - Saúde Ltda. 2,04INTERMEDICA Sistema de Saúde 3,87SUL AMÉRICA Serviços de Saúde 4,86OMINT Serviços de Saúde Ltda. 2,94PRO SAUDE (Samcil) 0,35Cooperativas Médicas UNIMED-RIO 1,64UNIMED PAULISTANA 0,46UNIMED BH 2,61CENTRAL NACIONAL UNIMED 3,55UNIMED CURITIBA 1,88UNIMED CAMPINAS 1,61UNIMED PORTO ALEGRE 2,59UNIMED DO ESTADO DE SP 2,92UNIMED VITORIA 1,83UNIMED GRANDE FLORIANÓPOLIS 2,60Autogestão CASSI 3,10CABESP 24,89CASSEMS 2,42Filantrópicas FUNDAÇÃO FRANCISCO XAVIER 2,26SANTA CASA BELO HORIZONTE 5,58SANTA CASA DE SANTOS 0,54Tabela VI: A escala Z de Altman identifica a saúde fiscal da empresa, predizendo a possibilidade de quebra e bancarrota normalmente em um período de 2 anos. Z acima de 3,0 a empresa estaria saudável e com excelente possibilidade de sucesso nos anos seguintes. Escore de 2,70 até 2,99 a empresa necessitaria implementar mudanças. Escore entre 1,80 e 2,70 indicaria uma grande possibilidade de quebra nos próximos 2 anos. Índice abaixo de 1,80 indica que uma quebra financeira é altamente provável (Altman, Edward I. ""Financial Ratios, Discriminant Analysis and the Prediction of Corporate Bankruptcy"". Journal of Finance: 189–209, September, 1968).

Page 19: Análise Econômica e Financeira das Principais Operadoras Mercado de Saúde Suplementar no Brasil no ano 2009

Os dados e índices apresentados permitem algumas análises.

1. Dentre os diversos segmentos da saúde suplementar qual o que

apresenta maior tíquete e a maior Margem de Lucro Líquido? Apesar da grande

maioria das operadoras independente do segmento de atuação ter níveis de

sinistralidade maiores do que o preconizado pela ANS de 75%, qual empresa

apresenta melhor eficiência administrativa? Quais operadoras apresentaram

desempenho fortemente negativo, com Lucro Liquido e Margem de Lucro Líquido

negativas? Considerando que as operadoras de saúde suplementar são prestadoras

de serviço e que neste ramo de atuação as grandes empresas trabalham com Lucro

Líquido de 0,5 à 1%, as operadoras que não auto gestão e filantrópicas podem ser

consideradas rentáveis?

2. Os indicadores de rentabilidade são favoráveis para o investidor

no segmento de seguradoras e medicina de grupo? Para fornecedores e

financiadores de capital o segmento de cooperativas, autogestão e filantrópica

indicam um baixo risco nas operações?

3. As empresas de saúde suplementar tem que atender os seus

clientes pessoa física em prazos de demanda longos, com ciclos de 10 e até 25

anos. Considerando os indicadores de situação patrimonial e financeira, quais as

operadoras individualmente e por segmento de atuação que têm maior risco de não

cumprir com suas obrigações a longo prazo?

4. As despesas de comercialização, administrativas e médicas

(sinistralidade) deveriam corresponder na médica à 5, 10 e 75%, existem

disparidades entre as diversas operadoras e segmento de operadoras? Existe

reflexo direto na eficiência administrativa, regulação do sinistro de Margem de Lucro

Líquido?

5. Os indicadores de ciclo financeiro e liquidez demonstram algumas

ações possíveis na melhora de operadoras especificamente? Qual seria o beneficio

obtido com a melhora da eficiência do ciclo financeiro e da liquidez? Você consegue

identificar particularidades dentro dos segmentos?

Page 20: Análise Econômica e Financeira das Principais Operadoras Mercado de Saúde Suplementar no Brasil no ano 2009

20

6. Considerando o índice Z de solvência de Altman, qual são as

operadoras que indicam um risco grave nos próximos 2 anos? Qual seria a solução

a ser implementada com os dados apresentados para as empresas respectivas?

7. Quais são as empresas com índice Z de solvência de Altman

acima de 3, traduzindo um risco baixo no prazo médio de 2 anos? A que você pode

atribuir este bom resultado?

8. A CABESP apresenta o maior índice Z de Altman dentre as

empresas apresentadas e ao mesmo tempo a Margem de Lucro Líquida mais

negativa de todas as operadoras. Como você explica esta situação?

9. Considerando que o mercado tem buscado o crescimento pelo

segmento C e D da população, qual o segmento que tem melhor condição de

receber este contingente a médio prazo? As medicinas de grupo, filantrópicas ou

cooperativas?