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Faculdade Sumaré Tatuapé I Escravos, roceiros e rebeldes. SCHWARTZ, Afustuar B. Trabalho e cultura: Vida nos engenhos e vida dos escravos.

analise escravos, roceiros e rebeldes

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Analise critica do texto Escravos Roceiros e Rebeldes

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Faculdade SumarTatuap I

Escravos, roceiros e rebeldes. SCHWARTZ, Afustuar B.Trabalho e cultura: Vida nos engenhos e vida dos escravos.

Marcella Regina CustodioRA:1414553So Paulo, Maro 2015Neste captulo o autor nos descreve como era a vida dos escravos nas lavouras de produo de cana-de-acar e nos engenhos da Bahia de forma documental baseada em vrios trabalhos e documentos relativos a poca.Entre as ideias descritas ao longo do capitulo pelo autor esto inseridas no contexto de uma sociedade escravocrata a relao de famlia, sociedade de gnero, condies de vida, relao com a terra, relaes culturais e religiosas, tecnologia de produo e outras.Sobre famlia, na sociedade escravista ela no era estimulada, pois pelo ponto de vista do senhor no era recompensado financeiramente manter crioulos ate os 14 anos, pois eles no possuam uma forma de render lucro nesta sociedade.Visando o lucro essa era uma sociedade de maioria masculina, pelo maior rendimento de fora empregada nas lavouras, tendo a mulher o trabalho de simplesmente auxiliar algumas vezes na colheita.As pssimas condies de vida tambm marcaram este perodo trazendo altos indicies de mortalidade e baixas taxas de fertilidade. A expectativa de vida era de apenas 23 anos, onde em apenas 5 anos de trabalho duro e pesado o escravo conseguia duplicar o investimento do senhor.Para driblar a insatisfao dos escravos com os trabalhos e diminuir os eventos de sabotagem na linda de produo, os senhores comearam a distribuir pedaos de terras a alguns escravos, pedaos estes que proporcionavam ao escravo menos punies fsicas, pois incentivava a colaborao e diminua a fora bruta e proporcionava tambm um status de ascenso social e melhores meio de sobrevivncia, pois eram permitidos em dias de folga realizar o plantio de alimentos para consumo prprio, que as vezes os excedentes eram vendidos nos mercados locais.Os perodos de folga eram baseados nos costumes cristos e reservavam o domingo e os dias de feriados religiosos, nestes perodos eram incentivados a construo de irmandades religiosas e culturais entre os escravos.Com o reconhecimento dos direitos escravistas, a possibilidade de ascender socialmente, adquirir manumisses e o incentivo monetrio aos escravos que se especializavam para trabalhar nos engenhos, houve uma diminuio nas sabotagens e nas incidncias de fugas, e trouxe ao proprietrio maior praticidade e maior lucro, pois poderia colocar negros e crioulos para fazerem o trabalho de brancos assalariados por menos preo.Como nos engenhos a produo dependia da tecnologia e do trabalho, no eram realizadas punies fsicas, sendo estas substitudas por punies alternativas como, por exemplo, alimentar as fornalhas.Como no podemos generalizar todos os casos, o autor da destaque ao caso dos Escravos de santana que foram considerados nicos ao fugir e no serem encontrados, aps algum tempo enviaram ao proprietrio uma lista de exigncias onde pediam alguns materiais como ps, redes, canoas, barcos para o transporte dos produtos cultivados por eles ate a Bahia para evitarem o frete, eles tambm exigiam condies melhores de trabalho e mais dias de folgas para serem dedicados ao cultivo. Estes escravos foram enganados pelo proprietrio de fingiu aceitar as condies propostas e vendeu os rebeldes com exceo do lder que foi preso e encaminhado para salvador com ordem para no ser solto pois representava o perigo de incitar revoltas que no poderiam ser controladas.Sobre os documentos anexados ao capitulo, eles tratam respectivamente da carta enviada pelo proprietrio do escravo lder do movimento a pessoa responsvel pela priso deste escravo retratando o fato ocorrido da fuga e indicando a priso sem condies de soltura deste escravo e a lista de exigncias dos escravos de santana.