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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ – UNIVALI CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO TONY HERBERT JULIATTO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO ANÁLISE ESTRATÉGICA PARA IMPLANTAÇÃO DE UM TERMINAL POTUÁRIO EM ITAJAÍ-SC ESTINAVE CATARINENSE SERVIÇOS MARÍTIMOS LTDA. ADMINISTRAÇÃO MERCADOLÓGICA ITAJAÍ (SC) 2007

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ – UNIVALI CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

TONY HERBERT JULIATTO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO

ANÁLISE ESTRATÉGICA PARA IMPLANTAÇÃO DE UM TERMINAL

POTUÁRIO EM ITAJAÍ-SC ESTINAVE CATARINENSE SERVIÇOS

MARÍTIMOS LTDA.

ADMINISTRAÇÃO MERCADOLÓGICA

ITAJAÍ (SC) 2007

TONY HERBERT JULIATTO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO

ANÁLISE ESTRATÉGICA PARA IMPLANTAÇÃO DE UM TERMINAL

PORTUÁRIO EM ITAJAÍ-SC ESTINAVE CATARINENSE SERIÇOS

MARÍTIMOS LTDA.

Trabalho de Conclusão de Estágio desenvolvido para o Estágio Supervisionado do Curso de Administração do Centro de Educação Superior de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade do Vale do Itajaí.

ITAJAÍ (SC), 2007

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho à minha esposa amada Mariana, que me apoiou e incentivou durante o

período que me dediquei à elaboração deste trabalho.

AGRADECIMENTO

Agradeço primeiramente a Deus por me dar

saúde e sabedoria para desenvolver este

trabalho.

Agradeço a minha esposa querida que me apoiou

nas horas difíceis.

Agradeço também ao meu orientador Nelson

Zunino Duarte pela paciência e dedicação para a

conclusão deste trabalho.

EPÍGRAFE

“ Tudo o que a mente humana pode conceber ela pode conquistar” (W. CLEMENT STONE)

EQUIPE TÉCNICA

a) Nome do estagiário

Tony Herbert Juliatto

b) Área de estágio

Mercadológica

c) Orientador de Campo

Amadeu Juliatto

d) Orientador de estágio

Prof. Nelson Zunino Duarte

e) Responsável pelo Estágio Supervisionado em Administração

Prof. Eduardo Krieger da Silva

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

a) Razão Social

Estinave Catarinense Serviços Marítimos Ltda.

b) Endereço

Rua Blumenau, 101 – Bairro São João, Itajaí – SC

c) Setor de desenvolvimento de estágio

Mercadológica

d) Duração do estágio

De 23/08/2006 a 09/11/2007

e) Nome e cargo do Orientador de campo

Amadeu Juliatto

Diretor

f) Carimbo e visto da empresa

AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA

ITAJAÍ, 09 DE NOVEMBRO DE 2007.

A empresa ESTINAVE CATARINENSE SERVIÇOS MARÍTIMOS LTDA., pelo

presente instrumento, autoriza a Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, a publicar, em

sua biblioteca, o Trabalho de Conclusão de Estágio executado durante o Estágio

Supervisionado, pelo acadêmico TONY HERBERT JULIATTO.

__________________________

AMADEU JULIATTO

RESUMO

A construção de terminais portuários privativos na foz do Rio Itajaí Açu vem

sendo motivo de discussão sob vários enfoques, por parte dos empresários do Vale do Itajaí. Este trabalho tem como objetivo geral e específico identificar os fatores que influenciam o mercado dos terminais portuários Catarinense, bem como analisar a perspectiva de demanda futura de mercadorias comparando com o volume de projetos que possivelmente serão viabilizados. Para o levantamento dos dados foi utilizado o método de pesquisa não estruturada, também levantamos informações através de pesquisas informais com gerentes de grandes empresas envolvidas nos projetos, as informações obtidas de forma qualitativa foram compiladas de forma estruturada. Os resultados obtidos foram satisfatórios para a empresa, as respostas dos gerentes entrevistados apontam para viabilização da construção de vários terminais portuários ao longo da margem do Rio Itajaí Açu. Contudo, os resultados obtidos nos permitem ter uma visão ampla de todo o contesto envolvendo a implantação dos novos terminais e o crescimento da demanda das mercarias por eles movimentada.

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...............................................................................10 1.1 PROBLEMA DE PESQUISA/JUSTIFICATIVA...............................................10 1.2 OBJETIVOS DO TRABALHO.........................................................................11 1.3 ASPECTOS METODOLÓGICOS....................................................................12 1.3.1 CARACTERIZAÇÃO DO TRABALHO DE ESTÁGIO ................................................. 12 1.3.2 CONTEXTO E PARTICIPANTES DA PESQUISA...................................................... 13 1.3.3 PROCEDIMENTOS E INSTRUMENTOS DA COLETA DE DADOS .............................. 13 1.3.4 TRATAMENTO E ANÁLISE DE DADOS ............................................................... 14

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ..........................................................15 2.1 ADMINISTRAÇÃO...........................................................................................15 2.2 CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO.................................................................15 2.3 PLANEJAMENTO ORGANIZACIONAL..........................................................16 2.4 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO.................................................................20 2.5 DEMANDA.......................................................................................................20 2.6 POTENCIAL DE MERCADO...........................................................................21 2.7 SEGMENTAÇÃO DE MERCADO...................................................................22 2.8 FORÇAS, FRAQUEZAS, OPORTUNIDADES E AMEAÇAS..........................26 2.9 ANÁLISE INTERNA.........................................................................................29 2.10 ANÁLISE ESTRUTURAL DAS INDÚSTRIAS...............................................32 2.11 ANÁLISE AMBIENTAL.................................................................................35 2.11.1 Ambiente Economico.............................................................................. 35 2.11.2 Ambiente Político e Legal....................................................................... 36 2.11.3 Ambiente Social ...................................................................................... 37 2.11.4 Ambiente Natural..................................................................................... 38

3. OS FATOS/INFORMAÇÕES .........................................................39 3.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA OU ORGANIZAÇÃO............................39 3.2 ANÁLISE SWOT..............................................................................................41 3.3 ANÁLISE DAS VANTAGENSCOMPETITIVAS..............................................52

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ..........................................................60

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..............................................64

1. INTRODUÇÃO

A globalização vem provocando uma concorrência exacerbada entre as

empresas, o fluxo de mercadorias importadas e exportadas estão batendo

recordes dia após dia, nunca se exportou tanto na história do país, e, com isso,

as empresas prestadoras de serviços portuários precisam estar preparadas

para atender esta grande demanda.

A Estinave Catarinense Serviços Marítimos Ltda., fundada em 1988

com a finalidade de atender a operação portuária, fornecendo materiais de

estiva, máquinas empilhadeiras e equipamentos para dinamizar o embarque e

desembarque de mercadorias dos navios, tem como ramo de atividade

principal a operação portuária.

No momento, a empresa vem se preparando para num futuro breve

construir um terminal portuário privado, para suprir a demanda de

exportação/importação de carga geral, contêiner e carga frigorificada, este

complexo portuário visa atender uma necessidade crescente da região de

Santa Catarina onde o terminal público não consegue suprir satisfatoriamente a

demanda.

Nesta decisão a empresa vê-se sob diversos questionamentos e

dúvidas, sobre qual o segmento mais atrativo? Quais os aspectos das

demandas e da capacidade competitiva da organização? Ou ainda as

influencias das forças ambientais? As respostas à esses questionamentos são

de absoluta importância para que possa direcionar seu projeto para o

segmento mais rentável.

1.1 Problema de pesquisa/justificativa

Quais fatores que influenciam a implantação de um terminal portuário

privado na foz do Rio Itajaí Açu ?

Este trabalho foi de grande importância para a empresa, tendo como

escopo identificar os fatores que influenciam o mercado portuário, pois de

posse destas informações a empresa estará preparada para tomar a melhor

decisão.

É importante ressaltar que este trabalho é importante para a

comunidade, sendo que observado a viabilidade da implantação do novo

segmento da empresa a comunidade só tem a ganhar, pois a empresa efetuará

investimentos de grande monta, para a construção de toda estrutura portuária,

aquisição das máquinas e equipamentos que gerarão mais empregos diretos e

indiretos na região, bem como a possibilidade de contribuir para que a região

do vale do Itajaí adquira uma melhor estrutura para suprir a demanda de

mercadorias que transitam pelos terminais de retroareas e terminais portuários,

ajudando assim a escoar o fluxo de cargas produzidos no estado de Santa

Catarina e estados vizinhos.

Com a elaboração deste trabalho o estagiário conseguiu aplicar na

prática parte que absorveu de teoria dentro da sala de aula, desta forma

começou a vivenciar a realidade do dia-a-dia das empresas.

Este trabalho foi desenvolvido pela primeira vez na empresa, não se

tem histórico quanto a elaboração de estudos similares na empresa.

O custo/beneficio que este trabalho trouxe para empresa é

considerável, pois o custo de implantação é relativamente baixo, pois é voltado

para pesquisa de mercado e o beneficio que o mesmo trará é muito grande,

haja vista que se a empresa investir sem ter conhecimento de mercado, ela

poderá ter um grande prejuízo.

1.2 Objetivos do trabalho

O presente trabalho teve como objetivo A Análise Estratégica de um

Terminal Portuário na Região de Itajaí na Foz do Rio Itajaí Açu.

Os objetivos específicos foram definidos conforme relação abaixo.

• Análise das cinco forças que determinam a competição no

comércio.

• Análise das oportunidades e ameaças.

• Examinar a demanda de mercado de importação e exportação de

mercadorias em Itajaí.

• Identificação do volume de carga movimentado em cada porto.

• Identificação do tipo de carga movimentada.

• Identificar a viabilidade comercial.

1.3 Aspectos Metodológicos

Segundo Roesch1, “o capítulo da metodologia descreve como o projeto

será realizado”. Trata-se da metodologia referente ao desenvolvimento deste

trabalho de estágio, enfatizando os aspectos relativos a caracterização da

pesquisa, coleta de dados e a apresentação de dados.

1.3.1 Caracterização do trabalho de estágio

O trabalho de estágio foi desenvolvido através de uma pesquisa-

diagnóstico e caracteriza-se por ser uma pesquisa qualitativa.

1 ROESCH, Sylvia Maria Azevedo. Projeto de estágio e pesquisa em administração. 2ed. São Paulo: Atlas, 1999, p.118.

Segundo Roesch2, “a pesquisa qualitativa é apropriada para a

avaliação formativa, quando se trata de melhorar a efetividade de um

programa, ou plano, ou mesmo quando é o caso da proposição de planos, ou

seja, quando se trata de selecionar as metas de um programa e construir uma

intervenção.”

1.3.2 Contexto e participantes da pesquisa

A técnica de marketing utilizada neste trabalho foi a entrevista em

profundidade, pois, o objetivo primário é entender o significado que os

entrevistados atribuem a questão e situações em contextos que não foram

estruturados anteriormente a partir das suposições do pesquisador, Roesch3.

Nesta pesquisa foram entrevistados clientes da empresa, gestores de

terminais portuários concorrentes, gestores de terminais de carga geral e pátios

de contêineres.

1.3.3 Procedimentos e instrumentos da coleta de dados

Os dados coletados através de entrevista não estruturada de

acordo com Roesch4, “A informação obtida por meio de entrevista de caráter

qualitativo o pesquisador se depara com uma quantidade imensa de notas de

pesquisa ou depoimentos, que se materializam na forma de textos, os quais,

terá de organizar para depois interpretar.”

As perguntas abertas em entrevista são a forma mais elementar

de coleta de dados qualitativos, o propósito de formular tais questões é permitir

ao pesquisador entender e capturar a perspectiva dos respondentes, por isso,

2 ROESCH, Sylvia Maria Azevedo. Projeto de estágio e pesquisa em administração. 2ed. São Paulo: Atlas, 1999, p.118. 3 ROESCH, Sylvia Maria Azevedo. Projeto de estágio e pesquisa em administração. 2ed. São Paulo: Atlas, 1999, p.156. 4 ROESCH, Sylvia Maria Azevedo. Projeto de estágio e pesquisa em administração. 2ed. São Paulo: Atlas, 1999, p.168.

as questões não apresentam uma categorização prévia de alternativa para a

resposta, a qualidade das respostas depende, sobretudo, da habilidade de

redação da pessoa em responder o questionário.

Também foram utilizadas coletas através da observação

participante de forma aberta, pois o pesquisador tem permissão para observar,

entrevistar e participar no ambiente de trabalho em estudo. Roesch5.

1.3.4 Tratamento e análise dos dados

Os dados foram analisados de forma qualitativa, para tanto as

respostas foram categorizadas, a fim de possibilitar sua interpretação.

De acordo com Roesch6 “A informação colhida pelo pesquisador,

por meio da aplicação de entrevista, normalmente é apresentada na forma de

texto, a análise de textos em pesquisa científica tem sido conduzida

principalmente mediante um método denominado de análise de conteúdo.”

Este, segundo Max Weber7, usa uma série de procedimentos para levantar

inferências válidas a partir de um texto. O método busca classificar palavras,

frases, ou mesmo parágrafos em categorias de conteúdo. Utiliza desde

técnicas simples até outras mais complexas, que se apóiam em métodos

estatísticos, como, por exemplo, a análise fatorial, a regressão múltipla e a

análise discriminante, entre outras.

5 ROESCH, Sylvia Maria Azevedo. Projeto de estágio e pesquisa em administração. 2ed. São Paulo: Atlas, 1999, p.152 6 ROESCH, Sylvia Maria Azevedo. Projeto de estágio e pesquisa em administração. 2ed. São Paulo: Atlas, 1999, p.169. 7 WEBER, Max. A ética protestante e o espírito do capitalismo. São Paulo: Pioneira, 1996, p.55.

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Este capítulo apresenta a fundamentação teórica, caracterizando a

administração e o seu conceito e possibilitando uma visão dos fundamentos da

administração, bem como os aspectos que possam auxiliar na gestão da

empresa que se possibilite o alcance dos objetivos.

2.1 Administração

“Haverá uma melhor compreensão do porquê e onde a

administração é necessária se você entender o conceito

de universidade da administração: as funções da

administração devem ser desempenhadas por

administradores em todos os tipos de organizações, em

todas as culturas do mundo.” Como todos os

administradores operam tentando alcançar através dos

esforços coordenados de outras pessoas, vemos muitos

exemplos em que os administradores são transferidos de

um departamento para o outro, ou mesmo de um tipo de

organização para o outro, e continuam capazes de

administrar eficazmente suas funções.8

2.2 Conceito de Administração

Segundo CHIAVENATO9 a palavra administração vem do latim

“Ad” (direção para, tendência para) e “minister” (subordinação ou obediência) e

significa aquele que realiza uma função e sua tarefa é a de transformá-los em

ação organizacionais por meio de planejamento, organização, direção e

controle de todos os esforços realizados em todas as áreas e em todos os

níveis da organização a fim de alcançarem objetivos.

8 MEGGINSON, Leon C.; PIETRI Júnior, Paul H.; MOSLEY, Donald C. Administração: conceitos e aplicações. 4 ed. São Paulo: Harbra, 1998, p.07. 9 CHIAVENATO, I.Teoria Geral da Administração: abordagens prescritivas e normativas da administração. 5 ed. São Paulo: Makron Books do Brasil, 1997, p. 59.

Ainda CHIAVENATO10 leciona que a partir deste conceito pode-

se perceber e entender claramente que a administração é a ciência que

permite as pessoas uma avaliação de uma situação e uma seleção de metas e

objetivos para o desenvolvimento de estratégias, para que os mesmos sejam

atingidos, reunindo assim, recursos necessários na obtenção de conceito, uma

tomada de decisão.

2.3 Planejamento Organizacional

É necessário planejamento para o bom desempenho das outras

funções da administração, na realidade o planejamento e o controle estão tão

intimamente ligados que tem sido chamados de “irmãos siameses da

administração”.

Segundo MEGGINSON11 “os principais aspectos do planejamento são,

missão organizacional, objetivos, planejamento estratégico, fundamentos do

planejamento e tomada de decisão.”

O planejamento tem sido praticado desde que as pessoas começaram

a pensar nas implicações futuras das escolhas de hoje. O que mais pode

explicar a construção das pirâmides, a Grande Muralha da China e outras

maravilhas do mundo antigo? Essas realizações compactas podem ter sido

excepcionais em sua época, porque na sua forma primitiva, o planejamento era

um meio simples usado por indivíduos e pequenos grupos, quando as

sociedades se tornaram altamente organizadas, planejamento passou a ser

considerado uma parte integrante de liderança e administração.

Depois da Revolução Industrial e especialmente depois da revolução

ter sido modificada nos Estados Unidos pelas técnicas da linha de montagem e

a introdução dos princípios de administração científica de Taylor, era inevitável

10 10 CHIAVENATO, I.Teoria Geral da Administração: abordagens prescritivas e normativas da administração. 5 ed. São Paulo: Makron Books do Brasil, 1997, p. 59. 11 MEGGINSON, Leon C.; PIETRI Júnior, Paul H.; MOSLEY, Donald C. Administração: conceitos e aplicações. 4 ed. São Paulo: Harbra, 1998, p.07.

que o planejamento tivesse se tornado um aspecto mais decisivo da

administração. Essa tendência emergiu por causa da crescente demanda de

recursos e maior preocupação com o tempo exigidos por uma tecnologia

moderna.

Segundo MEGGINSON12 “A medida que as instituições se tornaram

maiores e mais inter-relacionadas e interdependentes, e à proporção que

começaram a se descentralizar e decompor em numerosos setores, o

planejamento tornou-se cada vez mais necessário para a existência da

organização”.

O planejamento cobre uma variedade ampla de atividades, desde as

mais complexas, ocorrendo a longo prazo e em ambientes incertos, até as mais

simples, a curto prazo e em ambientes previsíveis, as três etapas básicas do

planejamento são:

a) Estabelecer um objetivo, ou meta;

b) Identificar e avaliar as condições atuais e futuras que afetem esse

objetivo;

c) Desenvolver uma abordagem sistemática para atingir esse

objetivo.

Vários planejadores incluem etapas adicionais como parte do

planejamento, esses etapas na realidade envolvem outras funções do

administrador:

d) Implementar o plano (organizar, liderar);

e) Controlar a implementação do plano (controle);

f) Avaliar a eficácia do plano (controle).

A função de liderar está sempre intimamente associada a planejar. O

planejamento determina a melhor combinação de fatores, forças, recursos e

12 MEGGINSON, Leon C.; PIETRI Júnior, Paul H.; MOSLEY, Donald C. Administração: conceitos e aplicações. 4 ed. São Paulo: Harbra, 1998, p.16.

relações necessárias para liderar e motivar os empregados, a função de liderar

refere-se à maneira de por em ação esses elementos.

2.4 Planejamento Estratégico

“Só uma definição clara da missão e do propósito da empresa permite

chegar a objetivos claros e realistas...A estratégia define as atividades-chave e

por isso exige que saibamos (o que nossa empresa é e o que deveria ser)”.13

MEGGINSON14 fala que o conceito de planejamento estratégico tem-

se tornado excepcionalmente importante nos círculos empresariais de hoje, em

grande parte devido à crescente complexidade dos ambientes tanto interno

como externo, assim como a sofisticação cada vez maior da administração, o

termo estratégia vem do grego “strategos”, que significa “general”, antigamente,

significava a arte e a ciência de levar as forças militares à vitória, hoje,

empresas pequenas e grandes, e também organizações não-lucrativas, usam

estratégia para escolher as melhores opções para atingir seus objetivos.

Ainda MEGGINSON15 explica que “o planejamento estratégico inclui

atividades que envolvem a definição da missão da organização, o

estabelecimento de seus objetivos e o desenvolvimento de estratégias que

possibilitem o sucesso das operações no seu ambiente”.

Planejamento estratégico se diferencia de outros tipos de planejamento

organizacional, pois:

a) Envolve decisões tomadas pela alta administração;

b) Envolve apropriação de muitos recursos, como dinheiro, mão-de-

obra ou capacidade física;

c) Tem impacto significativo a longo prazo; 13 DRUCKER, Peter Ferdinand. Administração na próxima sociedade. São Paulo: Nobel, 2002, p. 105. 14 MEGGINSON, Leon C.; PIETRI Júnior, Paul H.; MOSLEY, Donald C. Administração: conceitos e aplicações. 4 ed. São Paulo: Harbra, 1998, p.85. 15 MEGGINSON, Leon C.; PIETRI Júnior, Paul H.; MOSLEY, Donald C. Administração: conceitos e aplicações. 4 ed. São Paulo: Harbra, 1998, p.86.

d) Focaliza a interação da organização com o ambiente externo.

As decisões sobre o planejamento estratégico, por seu significado para

a empresa, são de responsabilidade dos administradores de linha e não dos

assessores especiais de planejamento, os assessores de planejamento, se os

houver, estejam centralizados ou descentralizados, desempenham um papel

importante ajudando os administradores de linha, sobretudo ao fornecer análise

ambiental.

Em grandes empresas diversificadas, o planejamento estratégico pode

abranger vários níveis de estrutura, incluindo:

a) O presidente e outros membros da alta administração;

b) Os gerentes gerais das subsidiárias, como os gerentes de divisão

e presidentes regionais;

c) Gerentes funcionais das subsidiárias, que chefiam áreas

funcionais como marketing, fabricação e finanças e devem apoiar sua

estratégia;

d) Gerentes dos principais departamentos operacionais, que tem

responsabilidade de desempenhar seu papel no plano estratégico geral.

Segundo Michael Porter16, “Há mais de duas décadas os gerentes

estão aprendendo a atuar segundo um novo conjunto de regras, as empresas

devem ser flexíveis para reagir com rapidez às mudanças competitivas e de

mercado, é importante que pratiquem de modo constante o “benchmark” para

atingir as melhores práticas, também devem terceirizar de forma agressiva para

conquistar eficiência, na corrida para permanecer à frente dos rivais.”

O posicionamento que já se situou no cerne da estratégia, tem sido

rejeitado como algo excessivamente estático para os mercados dinâmicos e

para as tecnologias em transformação da atualidade, de acordo com o novo

dogma,, os rivais são capazes de copiar com rapidez qualquer posição de

mercado e a vantagem competitiva é a melhor das hipóteses, uma situação

temporária. 1616 PORTER, Michael E. A vantagem competitiva das nações. Rio de Janeiro: Editora Campus, 1996, p.46.

Tanto a eficácia operacional como a estratégia são essenciais para o

desempenho superior, que, afinal, é o objetivo primordial de todas as

empresas.

2.5 Demanda

A demanda pode ser definida como “a quantidade de um bem ou

serviço que os consumidores desejam adquirir por um preço definido em um

dado mercado, durante uma unidade de tempo. A demanda pode ser

interpretada como procura, mas nem sempre como consumo, uma vez que é

possível demandar (desejar) e não consumir 9adquirir) um bem ou serviço”.17

Sérgio Luiz de Jesus define como demanda de mercado baseando-se

nas definições de Kotler, como “o volume total que seria comprado por um

grupo de clientes definido, em uma área geográfica definida, em período

definido, em ambiente de marketing e sob um programa de marketing

definido.”18

De acordo com Philip Kotler citado por Marcos Cobra:

“Para um produto é o volume total que pode ser comprado por um

definido grupo de consumidores em uma área geográfica definida, num

determinado período de tempo, num definido meio ambiente mercadológico,

sob um definido programa de marketing.”19

De acordo com COBRA20, “a demanda de um produto depende da

intensidade com que é consumido e do número de pessoas que possam

consumi-lo”.

17Disponível em: http://www.gnu.org/copyleft/fdl.html> GNU Free Documentation License </a>. Usa material do <a href=” http://pt.wikipedia.org/wiki/Demanda > artigo da Wikipédia “Demanda”</a>.) 18Disponível em: http://www.skywalker.com.br/artigos/comunicacao/demanda.htm). 19 COBRA, Marcos. Administração de marketing. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1992, p.239. 20 COBRA, Marcos. Administração de marketing. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1992, p52.

Em geral as estratégias de preços, de propaganda, de produto, de

distribuição e de logística e sobretudo por meio de estratégia de venda, busca-

se obter e administrar a demanda para determinado produto ou serviço, em um

mercado específico.

Fica evidente que para obter a demanda para um serviço ou produto é

necessário investigar as oportunidades de mercado por segmento de mercado,

sendo que a investigação permite determinar os fatores emocionais que

cercam a venda e são cumulativos da demanda.21

Segundo os economistas, uma redução de preços favorece o consumo,

isto é, incrementa a demanda. Assim, uma redução de custos decorrentes de

uma economia de escala de fabricação (curva de aprendizagem ou

experiência) favorece a redução de preços e, por conseguinte, aumenta a

demanda do produto. Mas mesmo uma manutenção de preços pode aumentar

a demanda.22

2.6 Potencial de Mercado

Segundo Sérgio Luiz de Jesus, baseando-se nas definições de Kotler,

Potencial total de mercado: “É o volume máximo de vendas que pode estar ao

alcance de todas as empresas de um determinado setor em determinado

período, sob condições determinadas e diante de esforços de marketing

determinados.” 23

De acordo com Philip Kotler citado por Marcos Cobra24:

“O potencial total de mercado é a quantia máxima de vendas (em unidades ou valor monetário) que pode ser avaliada para todas as empresas de um setor de atividades durante certo período de tempo sob um dado nível de esforço de marketing do setor e em dadas condições ambientais.”

21COBRA, Marcos. Administração de marketing. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1992, p.52. 22 COBRA, Marcos. Administração de marketing. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1992, p.230. 23 (Disponível em: http://www.skywalker.com.br/artigos/comunicacao/demanda.htm). 24 COBRA, Marcos. Administração de marketing. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1992, p.242.

Ainda, segundo Cobra25, “O potencial de mercado é calculado para

representar a capacidade de um mercado de determinada área ou de um ramo

de atividades em absolver uma quantidade específica de vendas de um

produto.”

O potencial de vendas é uma parcela do potencial de mercado como a

oportunidade máxima de venda de todos os vendedores de determinado tipo

de produto ou serviço, ou, em outras palavras, a capacidade máxima de

segmentos de compradores de um mercado comprarem específico tipo de

produto ou serviço em tempo determinado.

O conceito de potencial de mercado tem sido muitas vezes confundido

com o da curva de demanda,embora se possa considerar que ambos os

conceitos guardam certas considerações comuns.

É importante também distinguir o potencial de mercado da previsão de

vendas, por exemplo, a previsão de vendas de uma indústria é relativa a uma

estimada quantia monetária e ou unidades físicas de um produto que pode ser

vendido em um período de tempo em função de determinado plano

mercadológico.

Existem vários métodos para determinar o potencial de mercado para

distinguir qual a melhor forma a ser explorada em cada área.

2.7 Segmentação de Mercado

Para que o administrador identifique os alvos de mercado, é

imprescindível um planejamento de marketing, no qual, a solução do problema

está na segmentação do mercado para que o mesmo obtenha o sucesso da

empresa.

25 25 COBRA, Marcos. Administração de marketing. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1992, p.58.

De acordo com Wlamir Bello26, Consultor do Sebrae de São Paulo:

“O fundamento da segmentação de mercado é relativamente simples. Baseia-se na idéia de que um produto comum não pode satisfazer necessidades e desejos de todos os consumidores. O motivo é simples: os consumidores são muitos, dispersos em diversas regiões; tem hábitos de compra variados, gostos diferenciados e variam em suas necessidades, desejos e preferências.”

Desta forma, não se deve tratar todos da mesma forma, bem como não

se pode tratar todos de forma diferente. A solução é tentar reunir grupos de

pessoas com características, preferências e gostos semelhantes, e tratá-los

como se fossem iguais.

Ainda Bello27 cita:

“A publicação do artigo de Wendell Smith (1956), no Journal of Marketing, EUA, intitulado: ‘Diferenciação do produto e Segmentação de Mercado como Alternativas de Estratégia Mercadológica’. Nesse clássico do marketing, Smith vê a segmentação como condição indispensável para o crescimento da empresa. Diz ainda que a segmentação é baseada em desdobramentos do lado de oferta de mercado e representa um ajuste mais racional e preciso de produto, e do esforço mercadológico às exigências do consumidor”.

No Brasil, o estudo da segmentação de mercado vem de Richer e

Lima28, por intermédio do livro Segmentação – opções estratégicas para o

mercado brasileiro.

Dando um conceito maior em segmentação de mercado Bello29 cita

com base nos escritos de Smith (1956) que:

26 Disponível em: http://www.sebraesp.com.br//principal/abrindo%20seu%20negócio/produtos%20sebrae/artigos/listadeartigos/segmentacao_mercado.aspx). 27 Disponível em: http://www.sebraesp.com.br//principal/abrindo%20seu%20negócio/produtos%20sebrae/artigos/listadeartigos/segmentacao_mercado.aspx28 RICHERS, Raimar e Lima, Cecília Pimenta. Segmentação. São Paulo: Nobel, 1991. 29 Disponível em: http://www.sebraesp.com.br//principal/abrindo%20seu%20negócio/produtos%20sebrae/artigos/listadeartigos/segmentacao_mercado.aspx

“Segundo ele, a segmentação consiste em se ver um mercado heterogêneo, com determinada quantidade de mercados homogêneos menores, em resposta a diversas preferências de produtos entre importantes segmentos de mercados. Ela se baseia no desdobramento do lado da demanda e representa ajuste racional e mais preciso do produto e do esforço de marketing às exigências do consumidor ou usuário.”

A segmentação de mercado tem como principal escopo concentrar

esforços de marketing em determinados alvos, que a empresa entende como

favoráveis para serem explorados comercialmente, em decorrência de sua

capacidade de satisfazer a demanda dos focos, de maneira mais adequada.

Cada segmento deverá ser constituído por grupos de consumidores que

apresentem o mínimo de diferenças entre si, do ponto de vista das

características adotadas, e o máximo de diferenças em relação aos demais

segmentos.

Por meio da segmentação de mercado, pode-se conhecer melhor as

necessidades e desejos dos consumidores. Tal conhecimento se aprofunda, à

medida que novas cariáveis de segmentação são combinadas entre si,

proporcionando conhecimento mais individual do consumidor.

Segundo Richers30 “com a segmentação de mercado, a empresa

procura obter uma série de vantagens sinérgicas. Essas vantagens incluem:

a) domínio de tecnologia capaz de produzir bens preferidos por

certas classes de compradores;

b) maior proximidade ao consumidor final;

c) possibilidade de oferecer bens e serviços a preços altamente

competitivos;

d) disponibilidade de pontos de venda adequados a seus produtos

ou serviços;

e) existência de veículos de publicidade que se dirijam direta e

exclusivamente aos segmentos visados, etc.”

30 RICHERS, Raimar e Lima, Cecília Pimenta. Segmentação. São Paulo: Nobel, 1991, p.17.

Segundo Cobra31, “A segmentação de mercado antecede a organização

dos territórios de vendas, o zoneamento de vendas e outros critérios

importantes para a formação da estratégia de vendas.”

A segmentação de mercado serve de base para:

a) A determinação de quotas de vendas;

b) O zoneamento e o rezoneamento de vendas;

c) A elaboração de plano orçamentário;

d) A elaboração da previsão de vendas;

e) A paridade de vendas;

f) A avaliação do desempenho dos pontos de vendas;

g) A avaliação do desempenho dos territórios de vendas;

h) A avaliação do desempenho mercadológico;

i) Outras formulações estratégicas.

Ainda Cobra32, faz o conceito de segmentação de mercado que é:

“Quando um mercado é subdividido em partes menores, que guardam as suas características básicas, dizemos que o conceito de segmentação de mercado global foi aplicada, a segmentação pode ser geográfica, demográfica, por tipo de uso do produto, psicográfica e outras.”

Segundo Warren J. Keegan33 a segmentação do mercado global foi

definida como “a processo de identificação de segmentos específicos – sejam

grupos de países ou de consumidores individuais – de consumidores potenciais

com atributos homogêneos e capazes de apresentar comportamentos de

consumo semelhante”. O interesse em segmentação do mercado global

remonta a várias décadas. No final dos anos 60, um observador sugeriu que o

mercado europeu poderia ser dividido em três amplas categorias: o

internacional sofisticado, o semi-sofisticado e o provinciano, exclusivamente

com base na suposta receptividade dos consumidores à abordagem publicitária

comum. Outro autor sugerir que alguns temas, por exemplo, a vontade de ser

31 COBRA, Marcos. Administração de marketing. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1992, p.114. 32 COBRA, Marcos. Administração de marketing. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1992, p.114. 33 KEEGAN, Warren J.; GREEN, Mark C. Princípios de Marketing Global, 1999, p.199.

bonito e saudável, o desejo de se livrar da dor e o amor materno, eram

universais e poderiam ser usados em publicidade no mundo todo.

Segundo Churchill34 “As organizações podem dividir seu mercado total

– os indivíduos ou organizações com o desejo e a capacidade de comprar bens

ou serviços – em segmentos relativamente homogêneos. Esse processo é

conhecido como segmentação de mercado. Com base nos resultados, a

empresa decide qual desses segmentos servir e como servi-lo.”

Após feita toda a avaliação dos segmentos de mercado, Maria de

Fátima Nóbrega Barbosa35 explica que a questão é decidir quantos e quais

segmentos atender. Decidir sobre isso, implica selecionar um mercado-alvo

com características semelhantes, no qual a empresa irá procurar atender da

melhor forma possível, aos seus desejos e necessidades.

2.8 Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças

Para que possa ser feita uma análise do ambiente externo e interno de uma empresa, bem como suas oportunidades e ameaças, estão sendo utilizadas ferramentas de apoio ao seu processo de planejamento estratégico a qual é chamada de Análise SWOT.

Segundo artigo de Osnaldo Araújo36:

“ A análise swot é uma ferramenta de gestão muito

utilizada por empresas privadas como parte do

planejamento estratégico dos negócios. O termo

SWOT vem di inglês e representa as iniciais das

palavras “Streghts” (forças), “Weaknesses”

(fraquezas), “Opportunities” (oportunidades) e

“Threats” (ameaças). Esta forma de análise de

negócios vem sendo utilizada com muito sucesso

por empresas privadas em todo o mundo e, sem

34 CHURCHILL JR., Gilbert A. PETER, J. Paul. Marketing: criando valor para os clients. 1 ed. São Paulo: Saraiva, 2003, p.204. 35 Disponível em: http://www.eumed.net/libros/2006a/mfnb/1j.htm). 36 Disponível em: http://www.dearaujo.ecn.br/cgi-bin/asp/analiseSwot.asp).

dúvida, pode ser uma ferramenta de grande

utilidade para as organizações sociais brasileiras.”

Ainda segundo Araújo37, “sua importância no apoio à formulação de

estratégias, deriva de sua capacidade de promover um confronto entre as

variáveis externas e internas, facilitando a geração de alternativas de escolhas

estratégicas, bem como de possíveis linhas de ação.”

MATRIZ DA ANÁLISE SWOT - TABELA 1

Estratégias de Forças

e Oportunidades Oportunidades

Estratégias de

Oportunidades e

Fraquezas

Forças Missão da Empresa Fraquezas

Estratégias de

Forças e

Ameaças Ameaças

Estratégias de

Ameaças e Fraquezas

“Osnaldo de Araújo. Disponível em: http://www.dearaujo.ecn.br/cgi-

bin/asp/analiseSwot.asp)”

Forças

Conforme ensina Araújo, as forças “correspondem aos recursos e

capacidades da empresa que podem ser combinados para gerar vantagens

competitivas com relação a seus competidores. Incluem:

• Marcas de Produtos;

• Conceito da Empresa;

• Participação de Mercado;

37 Disponível em: http://www.dearaujo.ecn.br/cgi-bin/asp/analiseSwot.asp).

• Vantagens de Custos;

• Localização;

• Fontes Exclusivas de Matérias-Primas

• Grau de Controle Sobre a Rede de Distribuição.”

Fraquezas

Ainda Araújo38 refere-se sobre as fraquezas como “os pontos mais

vulneráveis da empresa em comparação com os mesmos pontos de

cometidores atuais ou em potencial:

• Pouca Força de Marca;

• Baixo Conceito Junto ao Mercado;

• Custos Elevados;

• Localização Não Favorável;

• Falta de Acesso a Fontes de Matérias- Primas;

• Pouco Controle Sobre a Rede de Distribuição.

De qualquer modo, deve-se atentar que muitas vezes Forças e

Fraquezas se confundem. Uma Força atual pode se transformar em Fraqueza

no futuro, pela dificuldade de mudança que a mesma provoca.”

Oportunidades

“Correspondem às oportunidades para crescimento, lucro e

fortalecimento da empresa, conforme afirma Araújo39, tais como:

• Necessidades Não Satisfeitas do Consumidor;

• Aumento do poder de Compra do Mercado;

• Disponibilidade de Linhas de Crédito.” 38 Disponível em: http://www.dearaujo.ecn.br/cgi-bin/asp/analiseSwot.asp). 39 Disponível em: http://www.dearaujo.ecn.br/cgi-bin/asp/analiseSwot.asp).

Ameaças

Araújo40 explica que as ameaças “correspondem a mudanças no

ambiente que apresentam ameaças à sobrevivência da empresa, tais como:

• Mudanças nos Padrões de Consumo;

• Lançamento de Produtos Substitutivos no Mercado;

• Redução no poder de Compra dos Consumidores.”

A análise desses elementos dá-se pelo cruzamento entre eles, Osnaldo

de Araújo exemplifica o desenvolvimento de assuntos como “o cruzamento

entre os quatro quadrantes de análise provê uma moldura onde a empresa

pode desenvolver melhor suas vantagens competitivas ‘casando’

Oportunidades e Forças”.

No caso do cruzamento entre Oportunidades e Fraquezas, pode-se

estabelecer as bases para modificações no ambiente interno, de modo a poder

aproveitar melhor as oportunidades. É o que se quer, identificar na análise

estratégica o que pode determinar o sucesso ou insucesso do negócio.

“O cruzamento entre Ameaças e Forças, pode representar a

possibilidade de se investir na modificação do Ambiente, de modo a torná-lo

favorável à empresa (não é tarefa fácil de ser conseguida)”.41

Se no cruzamento entre Ameaças e Fraquezas estiverem situações de

alta relevância para a empresa, provavelmente trata-se de ocasião para

modificações profundas para a empresa, incluindo sua manutenção no próprio

negócio.

40 Disponível em: http://www.dearaujo.ecn.br/cgi-bin/asp/analiseSwot.asp). 41 Asnaldo de Araújo. Disponível em: http://www.dearaujo.ecn.br/cgi-bin/asp/analiseSwot.asp.

2.9 Análise Interna

A análise do ambiente interno da organização deve ser orientada a

partir da definição de seu negócio e missão, esta análise permite com que o

administrador faça uma avaliação do posicionamento da empresa face às

oportunidades e ameaças ambientais.

Para um mercado concorrido é essencial que a empresa busque

avaliar suas condições internas. Segundo Lobato42 análise interna consiste em

“ um espaço sistêmico e metódico de ampliação do conhecimento dos

elementos da organização e do sistema em que ela está situada. É um esforço

dirigido à ampliação do conhecimento que se tem da organização, sua

performance financeira, seus empregados, seus produtos, sua estrutura

organizacional, seus concorrentes e seus clientes”.

No contexto da análise interna é que se procura traçar um comparativo

dos pontos fortes e pontos fracos da empresa em estudo com os seus

concorrentes.

Segundo OLIVEIRA43 'A analise do ambiente interno da organização

deve ser orientada pelas exigências de atuação visualizadas no ambiente

externo. A análise macroambiental vai revelar áreas de oportunidades e

ameaças que vão demandar a estrutura de ações da organização votadas para

o seu posicionamento diante destas circunstancias. Os públicos deverão

orientar a configuração interna da organização destinada a viabilizar a

implementação de intercâmbio com eles, com vistas ao cumprimento de sua

missão. Ambos devem fundamentar as bases do modelo organizacional a ser

adotado e seguido. O desenvolvimento do modelo organizacional mais

adequado às demandas ambientais pertence ao nível administrativo. O qual

deve ao mesmo tempo integrar três espécies diferentes de trabalho.’

42 LOBATO, D. M. Administração estrágica: uma visão orientada para a busca de vantagens competitivas. Rio de Janeiro: Papéis e Cópias, 1997, p. 96. 43 OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças. Planejamento Estratégico, Conceitos, Metodologia e Práticas. 5. Ed. SãoPaulo: Atlas S/A, 1991, p.124.

* A tarefa operacional que é responsável pela produção dos negócios

de hoje;

* A tarefa inovativa que cria o amanhã para a companhia; e]

* A tarefa da alta administração que dirige, dá visão e fixa.

Conforme Oliveira44, estas subdivisões de tarefa e níveis podem

apresentar-se de maneira didática distinta, mas são interdependentes e

complementares.

Já para Cobra45 as competências intrínsecas de uma organização são

decorrentes de quatro categorias.

I- Em instalações e equipamentos ( representada por sua capacidade

em recursos produtivos);

II- Em pessoal ( representada por sua capacidade produtiva com base

em recursos humanos);

III- Em competências organizacionais ( representada pela forma com a

qual a empresa está estruturada e dimensionada para gerir o seu negócio);

IV- Em competência gerenciais ( representada pela capacidade e

talento de seus gerentes para tomada de decisão).

É isto, portanto inclui as competências e habilidades do administrador

em produzir em escalas adequadas, coordenar os sistemas gerenciais,

estabelecer e acompanhar os padrões de desempenho, políticas de atuação e

procedimentos para execução de tarefas, além de que saber lidar com os

clientes, distribuidores e parceiros do negócio, enfim adequar as tratativas com

os clientes, distribuidores e consumidores finais com igual competência com

que são geridos os recursos internamente.

44 OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças. Planejamento Estratégico, Conceitos, Metodologia e Práticas. 5. Ed. SãoPaulo: Atlas S/A, 1991, p.152. 45 COBRA, Marcos. Administração de marketing. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1992, p.201.

Através desta análise de ambiente interno a empresa pode conseguir

observar a inadequação de seu negócio ou missão, da maneira em que estão

expressos.

Pontos fortes são segundo Oliveira46 “ diferenciação conseguida pela

empresa que lhe proporciona uma vantagem operacional no ambiente

empresarial”.

Basicamente os pontos fortes servem como habilidades, recursos que

a organização possui e utiliza para alcançar seus planos.

2.10 Análise Estrutural das Indústrias

Segundo KEEGAN47 uma boa forma de uma empresa entender os

concorrentes consiste em analisar a indústria. Uma indústria pode ser definida

como um grupo de empresas cujos produtos substituem uns aos outros com

facilidade. Em qualquer indústria, a concorrência trabalha para baixar a taxa de

retorno sobre o capital investido para o nível que se teria na indústria

“perfeitamente competitiva” dos economistas. Taxas de retorno mais elevadas

do que a chamada “taxa competitiva” estimularão a entrada de capital de novos

investidores ou investimentos adicionais de concorrentes já existentes. E taxas

inferiores à “competitiva” resultarão na saída da empresa e de declínio dos

níveis de atividade e competição.

Michael E. Porter48, há cinco forças que influenciam a competição em

uma indústria: ameaça de novos concorrentes, ameaça de produtos e serviços

substitutos, poder de barganha dos compradores, poder de barganha dos

fornecedores e rivalidade competitiva entre os atuais membros da indústria.

46 OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças. Planejamento Estratégico, Conceitos, Metodologia e Práticas. 5. Ed. SãoPaulo: Atlas S/A, 1991, p.63. 47 KEEGAN, Warren J.; GREEN, Mark C. Princípios de Marketing Global, 2003, p.292. 48 PORTER, Michael E. Competição: Estratégias competitivas essenciais. Rio de Janeiro: Elvevier, 1999, p. 37.

Ameaça de Novos Concorrentes

Na concepção de KEEGAN49 o novos concorrente em uma indústria

trazem consigo nova capacidade, desejo de conquistar participação e posição

de mercado e, muitas vezes, novas maneiras de atender às necessidades dos

consumidores. A decisão de ser concorrente em uma indústria se faz

acompanhar, frequentemente, de grande comprometimento de recursos. Novos

concorrentes são sinônimo de preços mais baixos e margens mais apertadas, o

que resulta em menor rentabilidade para a indústria, a longo prazo.

Ameaça de Produto Substituto

Segundo KEEGAN50 uma segunda força que influencia a concorrência

em uma industria, é a ameaça de produtos substitutos. A disponibilidade destes

limita os preços que os líderes de mercado podem cobrar na indústria, pois

preços altos podem induzir os compradores a procurar um substituto.

Poder de Barganha dos Compradores

O objetivo maior dos consumidores de produtos industriais, é pagar i

menor preço possível para os produtos e serviços usados com insumos.

Normalmente, portanto, defendem-se os interesses dos compradores quando

se baixa a rentabilidade da indústria fornecedora e, para tanto, os compradores

tem que se alavancar em relação às outras empresas. Uma forma de

alavacagem é comprar em quantidade tão grande que os fornecedores ficam

dependentes do comprador para sobreviver. Segundo, quando os produtos dos

fornecedores são vistos como mercadorias, ou seja, como artigos padrões, não

diferenciados, os compradores em geral lançam mão da barganha para atender

às próprias necessidades. A barganha também é utilizada quando os produtos

49 KEEGAN, Warren J.; GREEN, Mark C. Princípios de Marketing Global, 2003, p.292. 50KEEGAN, Warren J.; GREEN, Mark C. Princípios de Marketing Global, 2003, p.294.

ou serviços da indústria fornecedora de poder do comprador é sua

disponibilidade e vontade de conseguir integração. Keegan (2003, p. 295).

Poder de Barganha dos Fornecedores

KEEGAN51 diz que o poder do fornecedor sobre as empresas da

indústria é o reverso da medalha do poder do comprador. Se os fornecedores

tem alavancagem sobre as empresas da indústria, podem elevar os preços o

suficiente para influenciar significativamente a rentabilidade delas. A

capacidade dos fornecedores de conseguir alavancagem sobre os

compradores é determinada por diversos fatores. Os fornecedores terão

vantagem se forem grandes e relativamente poucos. Segundo, quando seus

produtos ou serviços forem importantes como insumos para as empresas

usuárias, forme altamente diferenciados ou envolverem custos de mudança. Os

fornecedores também poderão usar o poder de barganha se seus negócios não

forem ameaçados por produtos alternativos. Uma quarta fonte de poder do

fornecedor é sua disposição e capacidade de desenvolver produtos e marcas

próprias, se não chegarem a termos satisfatórios com os compradores da

indústria.

Rivalidade entre Concorrentes

KEEGAN52 entende como rivalidade entre empresas compreende todos

os atos destas destinados a melhorar a sua disposição e obter vantagem uma

sobre as outras. A rivalidade se manifesta na concorrência de preço, em

batalhas publicitárias, em posicionamento do produto e em tentativas de

diferenciação. Na medida em que obriga a racionalização de custos, a

rivalidade entre empresas é uma força positiva. Mas, é também um fator

negativo, já que faz baixar os preços e, consequentemente, a rentabilidade,

criando instabilidade na indústria. São vários os fatores capazes de criar

51 KEEGAN, Warren J.; GREEN, Mark C. Princípios de Marketing Global, 2003, p.295. 52 KEEGAN, Warren J.; GREEN, Mark C. Princípios de Marketing Global, 2003, p.296.

intensa rivalidade. Primeiro, uma vez amadurecidas, as empresas concentram-

se em participações no mercado e em como conquistá-la à custa de outros.

Segundo, as indústrias caracterizadas por altos custos fixos estão sempre sob

pressão para manter a produção a plena capacidade, para cobrir seus custos.

Depois de acumular capacidade em excesso, o impulso para usá-la empurrará

os preços para cima e a rentabilidade para baixo. Um terceiro fator que afeta a

rivalidade é a falta de diferenciação ou a inexistência de custos de mudança, o

que estimula os compradores a tratar os produtos ou serviços como

mercadorias e a pesquisar preços, comprando pelo menor. Também nesse

caso há pressão de baixa sobre os preços e a rentabilidade. Quarto, as

empresas que, na busca do sucesso, põem muito em jogo, em termos

estratégicos, podem se dispor a aceitar margens de lucros exageradamente

baixas, para se estabelecer, consolidar sua posição ou expandir.

2.11 Análise Ambiental

Pode-se definir como Análise Ambiental “a prática de rastrear as

mudanças externas que podem afetar o mercado, incluindo demanda por bens

e serviços, ela busca tanto por oportunidades como por ameaças para as

organizações e tem âmbito global.”53 .

A principal importância desta análise está relacionada ao fato de ser

através dela que os profissionais de marketing podem identificar as

oportunidades para melhor servir seus mercados, criando valor superior,

identificar as ameaças à capacidade de uma organização em manter sua

vantagem competitiva, sobreviver e prosperar.

A análise ambiental, envolve a bisca de mudanças que levem a

oportunidades ou ameaças a uma organização. Ela responde perguntas como:

com que freqüência a família média janta ou almoça fora? Que leis podem

afetar a escolha de determinada embalagem? A demanda por espaço em

53 Conceitos básicos de Marketing. Disponível em: http://www.vacacaida.blogger.com.br/Marketingresumo.doc

escritórios tende a aumenta? Os concorrentes estão planejando introduzir um

aparelho de fax com mais recursos ou qualidade superior? Gilbert (2003, p. 27)

A análise ambiental é a prática de rastrear as mudanças no ambiente

que possam afetar uma organização e seus mercados. Essas mudanças

ocorrem em todas as dimensões do ambiente externo – econômica, política e

legal, social, natural, tecnológica e competitiva. Gilbert (2203, p. 27)

2.11.1 Ambiente Econômico

Segundo Gilbert (2003, p.29). A economia amadureceu. O crescimento

rápido que se seguiu à Segunda Guerra Mundial não deve se repetir logo.

Numa economia de crescimento mais lento, os profissionais de marketing

podem ter de conhecer melhor seus clientes para criar valor. Em geral, o

ambiente econômico para o marketing envolve a economia como um todo,

incluindo ciclos de negócios e padrões de gastos, além de questões referentes

à renda do consumidor.

Aprender sobre o ambiente econômico ajuda os profissionais de

marketing a determinar se os clientes estarão dispostos e terão condições de

gastar dinheiro em produtos e serviços. Os padrões de gastos estão vinculados

ao ciclo de negócios, ou o padrão do nível de atividade econômica, que passa

pelas etapas de prosperidade, de recessão e de recuperação. Em geral, os

ciclos de negócios das nações industrializadas tendem a ser paralelos. Porém,

grandes convulsões políticas podem ter fortes efeitos sobre as economias de

países em desenvolvimento e seus ciclos de negócios. Gilber (2003, p.29)

2.11.2 Ambiente Político e Legal

“Uma organização não funciona estritamente de acordo com seu

próprio conjunto de regras. Ela tem de servir seus clientes e atender aos

governos federal, estaduais e municipais, assim como a grupos de interesses

especiais, juntos, estes componentes constituem o ambiente político-legal.

Esse ambiente influencia as estratégias de marketing por meio de leis,

regulamentações e pressões políticas.”54

Segundo COBRA55 as leis e regulamentações cobrem muitas

atividades de marketing, entre elas teste de produtos, embalagem, política de

preços, propaganda e vendas para menores. Essa submissão ao sistema legal

pode tanto limitar as atividades de marketing como ser uma fonte de

oportunidades para as organizações que fornecem bens e serviços. Afinal de

contas, manter-se dentro das leis não só ajuda as organizações a evitar multas

e processos, como também promove a confiança entre os clientes. Os

profissionais de marketing precisam estar familiarizados com as leis e

regulamentações internacionais, nacionais, estaduais e municipais em áreas

onde procuram fazer negócios.

2.11.3 Ambiente Social

O ambiente social do marketing é constituído pelas pessoas de uma

sociedade e seus valores, crenças e comportamentos. Os profissionais de

marketing descrevem esse ambiente de acordo com quem são as pessoas

(idade, renda, cidade natal, etc..) e com as características de sua cultura.

Mudanças no ambiente social, sejam elas sutis ou drásticas, podem apresentar

aos profissionais de marketing novas oportunidades e desafios. Gilbert (2003,

p. 29)

Explica Richard L Daft56 que a dimensão do ambiente social

“representa as características demográficas, assim como as normas, os

54 F. Andreli. FLA-Fundamental learning Administration. Disponível em: http://www.etrauer.com/cursos/estácio/jogos_empresas/textos/FLA%20-%202%20-%20Planejamento%20Estrat%E9gico.pdf).

55 COBRA, Marcos. Administração de marketing. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1992, p.41. 56 DAFT, Richard L. Administração. São Paulo: Thomson, 2005, p.57.

costumes e valores da população em geral. As características socioculturais

importantes a distribuição geográfica e a densidade populacional, idade e

níveis de educação. Os perfis demográficos de hoje são a fundação da força de

trabalho e dos consumidores de amanhã.”

Os profissionais de marketing utilizam dados demográficos de uma

série de fontes. No Brasil, por exemplo, órgãos do governo, como IBGE

(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Ministério do trabalho e do

Emprego, o MEC (Ministério da Educação e Cultura) e o Ministério da

Previdência e Assistência Social, são importantes fornecedores de dados sobre

a população brasileira. Publicações e organizações privadas, como o Instituto

Gallup, também proporcionam estatísticas demográficas valiosas. Uma grande

organização pode empregar seus próprios demógrafos para ajudar a analisar

mercados.

2.11.4 Ambiente Natural

No livro “Administração de Marketing”, Philip Kotler57 conceitua o

ambiente natural de marketing como analisar a capacidade da extração de

matérias-primas; os custos de energia e o tratamento das questões de poluição

e preservação ambiental. O ar, a água, os minerais, as plantas e os animais

podem ser parte do ambiente natural de uma empresa, sendo ou não utilizados

por ela para produzir seus bens ou serviços. A capacidade de fornecer bens e

serviços pode ser influenciada também pelo clima. Além disso, as atividades da

organização podem afetar o ambiente natural gastando ou repondo recursos ou

aumentando ou reduzindo a poluição.

57 KOTLER, Philip. Marketing para o século XXI. 5 ed. São Paulo; Saraiva, 2003, p. 27.

3. OS FATOS / INFORMAÇÕES

Este capítulo apresenta os dados e fatos reais que permitem a

avaliação ambiental e dos recursos para determinar vulnerabilidades, pontos

fortes, ameaças e oportunidades. Os fatos são levantados através de

estatísticas de principais mercadorias movimentadas no terminal portuário, bem

como seu histórico e comparativos de anos passados e futuros, para que

possam auxiliar na visualização de um contexto geral e uma melhor análise das

informações possibilitando o alcance dos objetivos almejados.

3.1 Caracterização da empresa ou organização

A empresa foi fundada em 1988 para atender uma necessidade

crescente do Porto de Paranaguá-PR, pois na época não havia na cidade uma

empresa que atendesse de forma satisfatória todas as necessidades de uma

operação portuária, então a empresa começou com apenas o segmento de

locação de materiais de estiva e a partir daí foi aumentando seu portfólio, onde

agregou venda de matérias, locação de máquinas empilhadeiras, despachos,

armazenagem de carga geral, armazenagem de granel sólidos e por fim a

operação portuária.

Hoje a empresa conta com uma estrutura física que atende todas as

suas necessidades operacionais, em Paranaguá possui quatro armazéns que

totalizam 32 mil metros quadrados de área coberta, uma oficina para as

máquinas e equipamentos, dois escritórios e um grêmio recreativo, possui

também um parque de máquinas de trinta empilhadeiras de até 7 (sete) tons e

2 (duas) pá-carregadeiras. Em Antonina-PR, também administra a

armazenagem das cargas da Ponta do Félix e atua como operador portuário.

Em Itajaí-SC, conta com dois escritórios, sendo uma para fornecimento de

materiais de estiva e outro para operação portuária, também conta com uma

oficina para o parque de máquinas que é composto por 35 (trinta e cinco)

máquinas de até 5 (cinco) tons e 2 9duas) máquinas Madal de 45 (quarenta e

cinco) tons, tem ainda um armazém de 6 (seis) mil metros quadrados de área

coberta e um pátio para contêineres de 20 9vinte) mil metros quadrados.

Pelo fato da empresa até hoje não ter elaborado sua missão, visão e

valores, e após análise com alguns funcionários e proprietários da empresa,

sugeriram o estudo que indicou as proposições de participação no mercado,

vantagem de custos, localização e as necessidades não satisfeitas pelo

consumidor pelo fato de que no momento o terminal público de Itajaí, não está

suprindo satisfatoriamente com a demanda do mercado de

exportação/importação de carga geral, contêiner e carga frigorificada.

Abaixo está demonstrado o que acham os funcionários e os

proprietários da empresa na entrevista realizada no que mais se encaixa na

filosofia da empresa.

Missão

“Servir com qualidade nos serviços como operador portuário,

agregando todos os tipos de serviços para aumentar a velocidade de carga e

descarga dos navios, com competência e agilidade, contribuindo com o

crescimento e desenvolvimento da região.”

Visão

“Ser o melhor operador portuário privado de Santa Catarina,

disponibilizando para os clientes “Know How” e tecnologia em máquinas e

equipamentos para dinamizar o embarque e desembarque de mercadorias no

navio, suprindo toda a demanda do mercado.”

Organograma

O organograma da empresa é composto por um conselho diretor

formado por 6 diretores, 4 gerentes, 10 encarregados e finalmente uns 200

funcionários.

3.2 Análise SWOT

Forças

Marca de Produtos :

A empresa tem 18 anos no mercado e ao longo destes anos

conquistou know how em operação portuária e armazenagem de carga que é

reconhecida em todo Brasil.

Em 2004 a empresa recebeu um premio da Associação comercial de

Paranaguá por ser uma das empresas que mais contratou funcionários no

referido ano.

O trabalho analisa a carteira de clientes da empresa e aponta como

ponto forte a fidelidade da grande maioria dos clientes, sendo que de cada 10

clientes novos 8 permaneceram com a empresa ao longo dos anos.

Conceito da Empresa :

A empresa tem grande conceito com seus clientes, alguns deles estão

em parceria com a empresa a mais de 15 anos.

Outro ponto apontado pelo estudo é o fato de que os maiores clientes

tanto os armadores como exportadores de carga geral são atendidos pela

empresa, o que serve de referencia para os demais clientes.

Participação no mercado :

No porto de Itajaí, 97% é movimentação de carga em container, e o

restante 3% é carga geral, nos últimos 2 anos grande parte deste volume foi

movimentado pela Estinave, que representa mais de 90% da carga geral do

porto publico, com a criação do terminal portuário a empresa pretende ampliar

radicalmente esta movimentação, para um movimento mensal de 3 mil

conteiners, 40 mil tons de carga geral e 10 mil tons de carga frigorificada..

Um ponto relevante levantado no estudo é o fato dos armadores

sinalizarem de forma positiva, até com carta de intenção a transferência de

mercadorias que hoje são exportadas por outros portos de Santa Catarina e do

Paraná, para que as mesmas sejam armazenadas e operadas no novo

terminal.

Vantagens de Custo :

Com a criação do terminal privado sem a incidência de mão de obra

dos sindicatos, o custo da operação será reduzida em 50%, podendo assim a

empresa repassar boa parte desta redução para os clientes.

Trabalhando com mão de obra própria a empresa tem a possibilidade

de treinar os funcionários e qualificá-los para que a operação seja mais rápida

e eficiente, reduzindo avarias.

Localização :

O terminal privado esta localizado na foz do Rio Itajaí Açu, 800 metros

acima do terminal Trocadeiros, bem próximo a uma bacia de evolução, desta

forma facilitando a atracação dos navios, bem como reduzindo custos com

dragagem.

Fator de relevância é a retroárea de 30.000 metros quadrados o que

contribui para melhorar a performance do terminal.

Fontes Exclusivas de Matérias Primas :

Não é o caso da empresa por se tratar de uma prestadora de serviços,

mesmo assim é bom ratificar que o conhecimento técnico que a empresa

detém é algo que não se encontra fácil no mercado.

Grau de Controle Sobre a Rede de Distribuição : A empresa não tem

domínio sobre carga e descarga do navio, bem como do armazenamento junto

aos terminais de retroárea, o armador é que escolhe o porto que vai atracar,

sempre levando em consideração o custo, confiança e a agilidade da

operação.

Análise Interna

A análise interna do ambiente do projeto levantou como ponto forte a

equipe altamente treinada e com grande experiência em operação portuária.

Gerentes com grande experiência no mercado e vasto conhecimento

dos clientes.

Equipamentos novos e modernos que contribuem sobremaneira para o

desempenho e agilidade das operações portuárias.

A empresa conta com 45 empilhadeiras que variam sua capacidade de

carga de 3 a 10 tons, também possuem 2 empilhadeiras Reach Stacker para

movimentação de contêiner com capacidade para 45 tons. Vários automóveis,

motos e caminhões.

Fraquezas

Pouca Força da Marca:

A marca da empresa é forte no mercado, entretanto nos últimos 2 anos

a empresa não adquiriu novos clientes e ainda perdeu um cliente que

representava 60% do seu faturamento.

Baixo Conceito junto ao Mercado :

Não se aplica, pois a grande maioria das empresas relacionadas com

exportação e importação conhecem a empresa, a mesma já operou em porto

internacional/Argentina.

Custos Elevados: Hoje sem um terminal próprio a empresa aplica

custos elevados na operação, entretanto com a construção do terminal a

mesma tende a reduzir significativamente seus custos, chegando a oferecer

custos próximos a 50% dos realizados hoje.

Localização Não Favorável:

Não procede, pois a localização é muito favorável.

Falta de Acesso a Fontes de Matérias-Primas:

Não se aplica pois a empresa é prestadora de serviços.

Pouco Controle Sobre a Rede de Distribuição:

Exportadores e principalmente armadores são muito volúveis, migrando

as mercadorias de um porto para outro sempre visando reduzir custos., desta

forma os terminais não tem controle dobre a rede de destruição.

Oportunidades

a. Estudo do Ambiente Econômico

O ambiente econômico consiste em fatores que afetam o poder de

compra e padrão de consumo das pessoas. Os países variam muito em

relação ao nível e à distribuição de renda. Em um extremo estão aqueles que

possuem a economia de subsistência, consomem a maior parte de seus

produtos agrícolas e industriais. Esses países oferecem poucas oportunidades

de mercado. No outro extremo estão aqueles que possuem economia

industrial, constitui-se de países ricos com mercado para diferentes tipos de

bens. (Kátia Heloísa Bertol de Araújo. Disponível em:

http://www.fag.edu.br/professores/katiab/Fundamentos%20de%20marketing/O

%20AMBIENTE%20 DE%@)MARKETING.doc)

b. Estudo do Ambiente Natural

Segundo Kátia, o estudo do ambiente natural abrange os recursos

naturais utilizados como insumos pelos profissionais de marketing ou que são

afetados pelas atividades de marketing. Nas últimas três décadas, a

preocupação com o meio ambiente cresceu bastante. A década de 1990 ficou

conhecida como a década da terra.

Os profissionais de marketing devem ter consciência das muitas

tendências do ambiente físico-natural.

• 1ª tendência: escassez de matérias-primas. AR e água. A

poluição do ar atinge as maiores cidades do mundo, e a escassez de água já

constitui um grande problema em muitas partes do mundo;

• 2ª tendência: aumento da poluição: lixo químico e nuclear,

mercúrio nos oceanos, poluentes químicos no solo, sujeira no meio ambiente

com garrafas, plásticos e outros materiais não biodegradáveis;

3ª tendência: aumento da intervenção do governo, as preocupações e os

esforços do governo para promover um ambiente limpo variam de acordo com

cada país. Alguns governos, como lhe faltam recursos e a vontade política

necessária. A esperança de todos é que empresas do mundo inteiro assumam

mais responsabilidade social e que sejam criados dispositivos menos caros

para controlar a redução da poluição. (Disponível em:

http://www.fag.edu.br/professores/katiab/Fundamentos%20de%20marketing/O

%20AMBIENTE%20 DE%@)MARKETING.doc)

c. Análise da Política

A análise política consiste em leis, órgãos governamentais e grupos de

pressão que afetam e limitam várias organizações e indivíduos de determinada

sociedade. Leis que regulam os negócios.

Mesmo os mais liberais defensores da economia de livre mercado

concordam que o sistema funciona melhor com algumas regulamentações.

Quando é bem concebida, a regulamentação pode intensificar a concorrência e

assegurar amplos mercados para bens e serviços. (Kátia Heloísa Bertol de

Araújo. Disponível em:

http://www.fag.edu.br/professores/katiab/Fundamentos%20de%20marketing/O

%20AMBIENTE%20 DE%@)MARKETING.doc)

d. Análise Cultural

É constituído de instituições e outras forças que afetam os valores, as

percepções, as preferências e os comportamentos básicos de uma sociedade.

As pessoas crescem em determinada sociedade que molda suas crenças e

seus valores básicos. Elas absorvem uma visão de mundo que define seu

relacionamento com os outros. (Kátia Heloísa Bertol de Araújo. Disponível em:

http://www.fag.edu.br/professores/katiab/Fundamentos%20de%20marketing/O

%20AMBIENTE%20 DE%@)MARKETING.doc)

e. Análise do Mercado

Hoje mesmo com o mercado em recessão, os portos não conseguem

atender de forma satisfatória a demanda, devido ao funil que se tornou nas

estruturas portuárias, como a demanda é maior que a possibilidade de

atendimento, os portos estão selecionando as cargas com maior vantagem

econômica, sabe-se que se o dólar voltar a subir, teremos um caos nas

exportações por falta de estrutura.

Outro ponto que chama a atenção é com relação às barreiras sanitárias

impostas, impossibilitando o estado de exportar carne para determinados

países.

Porém, conforme notícias da assessoria de comunicação social do

porto de Itajaí, no quadrimestre, Itajaí foi responsável pela movimentação de

47% da receita nacional.

A receita cambial com as exportações de carne suína através do Porto

Municipal de Itajaí, registrou um aumento de 49% no primeiro quadrimestre do

ano, em comparação com o mesmo período de 2006. Itajaí foi responsável por

47% da receita nacional com as vendas externas da mercadoria. Mesmo com a

manutenção do embargo russo à carne suína catarinense, o estado

incrementou as exportações do produto através do Porto Municipal de Itajaí. O

total de US$ 57,6 milhões no quadrimestre representa um acréscimo de 31%

em relação ao mesmo período do ano passado.

Para o superintendente do Porto Municipal de Itajaí, Wilson Francisco

Rebelo, o cenário é propício para incrementar ainda mais a movimentação de

carne congelada, em particular a suína. “Santa Catarina foi certificada como

zona livre de febre aftosa sem vacinação. O novo estatus sanitário que pode

reabrir o comércio com a Rússia, além de ampliar a participação em mercados

exigentes como Japão e União Européia.” Explica Rebelo.

f. Origem da Mercadoria

Maior estado exportador de carne suína no Brasil, o Rio Grande do Sul

exportou US$ 174,2 milhões da mercadoria no primeiro quadrimestre de 2007.

Mais de um terço do total (34%) passou por Itajaí. Em relação ao mesmo

período do ano passado, o desempenho das exportações gaúchas através de

Itajaí cresceu 64%. Na mesma comparação, Goiás exportou US$ 12,6 milhões

em carne suína. Do montante, 95% deixou o país pelo Porto de Itajaí.

(Disponível em:

http://www.portoitajai.com.br/noticias/det_noticia.php?vfNot_codigo=1398)

g. Estudo dos Concorrentes

Hoje os principais concorrentes são o Porto Público de Itajaí e o

Terminal Portuário Braskarne, como principal poder de barganha o preço, pois

nosso custo operacional é bem menor em relação ao Porto Público, pois o

terminal trabalhará com mão-de-obra própria e assim não precisamos arcar

com os custos altíssimos dos sindicatos, com relação a vantagem competitiva

sobre o Terminal Braskarne, o terminal terá uma retroarea muito maior e com

uma área coberta significativamente maior, que também dará vantagem sobre

a movimentação de containeres e carga geral.

Outro ponto positivo é que a empresa possui Know How em operação

portuária, pois estamos a mais de 18 anos fazendo operações em vários portos

do Brasil.

Necessidades Não Satisfeitas do Consumidor:

Nos dias atuais o mercado exige cada vez mais velocidade na

distribuição dos produtos, pois o consumo desenfreado força uma logística

próximo a perfeição, no entanto um grande funil desta logística esta justamente

nos portos com sua capacidade de produção no limite, o que abre grandes

oportunidades para os terminais privados.

Em seu artigo, Dalmo dos Santos Marchetti Antonio Pastori, demonstra

a “existência do mercado importação e exportação que vem crescendo

substancialmente a cada ano, conforme dados estatísticos do gráfico 1, no

período entre 1996 e 2005, tornando-se urgente a montagem de uma

estratégia visando a construção de um terminal portuário privado, para suprir

esta demanda de exportação.

Para tanto deve o estudo conter dados utilizados de mercado, além de

definir se há possibilidade de competição entre os portos já existentes na

região na demanda de exportação/importação de carga geral, contêiner e carga

frigorificada.

Evolução das Exportações 1996/2005 – TABELA 2

(Em US$ Milhões)

0

20.000

40.000

60.000

80.000

100.000

120.000

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – Secretaria

de Comércio Exterior.

Aumento do Poder de Compra do Mercado:

A cada ano que passa o volume de mercadorias que passam pelos

portos aumenta, hoje os portos estão no limite máximo de trabalho, com o

aumento do poder de compra do mercado, abre espaço para que os terminais

privados possam contribuir para suprir esta necessidade do mercado.

Os dados apresentados na tabela 3 compreendem o intervalo que se

inicia em 1992, um ano antes da edição da nova Lei dos Portos, e vai até 2004,

ano das últimas estatísticas disponibilizadas pela Antaq. Nesse período, a

movimentação total de cargas foi surpreendente: aumentou 82,3% (ou 5,1% ao

ano) frente a um modesto crescimento do PIB de 17,5% (ou 1,35% ao ano).

Conforme se pode depreender da tabela 3, os granéis sólidos e a carga

geral foram os grandes responsáveis pelo crescimento registrado no período.

Tabela 3

VOLUMES OPERADOS

(Em Milhões

de t)

ANO GRANEL

SÓLIDO GRANEL

LÍQUIDO CARGA

GERAL TOTAL

1992 183,9 123,2 33,5 340,5

2004 369,6 166,6 84,6 620,7

Variação

Acumulada 201% 35,20% 152,30% 82,30%

Variação

Anual 9,60% 2,50% 8,00% 5,10% Fonte: Anuário

Antaq. 2005

Disponibilidade de Linhas de Crédito:

Com as facilidades para linhas de créditos, o estudo indica duas

oportunidades, primeiro a vantagem de levantar recursos para construção de

uma estrutura mais competitiva, reduzindo custos de operação e aumentando a

velocidade de trabalho, segundo, com estas linhas de crédito, o mercado

movimenta mais produtos e sequentemente o terminal movimenta mais

mercadorias.

Ameaças

Mudanças nos Padrões de Consumo:

No momento o estudo não identifica nenhuma possibilidade de

mudanças no padrão de transporte, pelo falto de estarmos falando de

exportação e importação e o custo aéreo ser significativamente maior.

Lançamento de Produtos Substitutos no Mercado:

No momento o estudo não identifica nenhum tipo de produto que possa

substituir os portos, pois devido o tamanho da costa brasileira e a necessidade

que o pais tem de comercializar produtos com o mundo seria muito remota a

substituição dos portos por outra forma de transporte.

Redução no poder de Compra dos Consumidores:

O estudo indica um elevado crescimento do poder de compra dos

consumidores, conforme apresentado na tabela 4, onde identifica o

crescimento entre 1992 à 2004.

Tabela 4

VOLUMES OPERADOS

(Em Milhões

de t)

ANO GRANEL

SÓLIDO GRANEL

LÍQUIDO CARGA

GERAL TOTAL

1992 183,9 123,2 33,5 340,5

2004 369,6 166,6 84,6 620,7

Variação

Acumulada 201% 35,20% 152,30% 82,30%

Variação

Anual 9,60% 2,50% 8,00% 5,10% Fonte: Anuário

Antaq. 2005

3.3 Análise das Vantagens Competitivas

Análise das vantagens competitivas que é a analise das cinco forças,

compostas por : Ameaças de Novos Concorrentes, Ameaças de Produtos

Substitutos, Poder de Barganha dos Compradores, Poder de Barganha dos

Fornecedores, Rivalidade entre Concorrentes.

Ameaças de Novos Concorrentes:

O mercado sinaliza para a construção de novos terminais privados ao

longo das margens do rio Itajaí Açu, o estudo não identifica a capacidade total

de armazenamento e movimentação destes projetos.

O rio Itajaí Açu oferece possibilidades de receber vários terminais

portuários ao longo de suas margens e considerando que o rio será dragado

até as proximidades da BR101, viabilizando assim vários projetos de terminais.

Segundo pesquisas o estudo identifica um crescimento significativo de

concorrentes, bem como o crescimento operacional dos demais portos do

pais.

Nove portos brasileiros respondem pela grande maioria da

movimentação de containeres no país, que registrou um crescimento de

102,4%, para TEUs, 10 e 94,6%, para quantidades, no período de 2000-2004,

com destaque para Santos e Itajaí, que registraram o maior crescimento. Em

ambas as modalidades, as médias anuais são elevadas: 19,3% e 18,1%,

respectivamente.

As tabelas 5 e 6 merecem as seguintes considerações:

1) Todos os principais terminais cresceram a taxa superiores ao

crescimento do PIB no período de 2000-2004; a média dos terminais de

containeres dos nove maiores portos do país cresceu à taxa de 20% ao ano;

2) O Porto de Santos é o grande concentrador (hub port) brasileiro

na movimentação de containeres. Sua posição foi consolidada, notadamente,

graças à atuação dos terminais Santos Brasil e Libra (terminais XXXIV, XXXVI

e XXXVII), responsáveis por mais de três quartos da movimentação do porto;

3) Merece destaque o surpreendente crescimento do porto de

Itaguaí (ex-Sepetiba), que se tornou um porto de importância regional;

4) Também merece destaque o Terminal de Containeres do Porto de

Itajaí (Teconvi), com uma média anual de crescimento de 31,4%, notadamente

em função da crescente demanda de containeres frigoríficos para exportação

de carnes 9frango congelado);

5) Registraram os menores índices de crescimento e,

consequentemente, perda da participação relativa para os portos de Santos e

Itajaí, os seguintes portos/terminais:

- Porto do Rio de janeiro, apesar da associação operacional dos

terminais Libra e Multi-Rio, que permitiu ganhos de escala na operação;

- Terminal de contêineres de Paranaguá.

Tabela 5

CONTÊINERES - QUANTIDADES MOVIMENTADAS

(Em Milhares de

TEUs)

PORTO/TERMINAL 2000 2004 04/00 TAXA ANO

Santos 801 32,40% 1.750 35,00% 118,40% 21,60%

Rio Grande 317 12,80% 572 11,40% 80,60% 15,90%

Itajaí 177 7,20% 564 11,30% 219,00% 33,60%

Paranaguá 253 10,20% 379 7,60% 49,80% 10,60%

Rio de Janeiro 217 8,80% 344 6,90% 58,50% 12,20%

São Francisco do Sul 168 6,80% 305 6,10% 81,40% 16,10%

Vitória 92 3,70% 191 3,80% 107,70% 20,00%

Suape 63 2,50% 134 2,70% 113,10% 20,80%

Itaguaí 4 0,20% 132 2,60% 3383,90% 142,90%

Subtotal 9 maiores 2.092 84,70% 4.371 87,40% 109,00% 20,20%

Demais 18 376 15,30% 628 12,60% 66,10% 13,50%

Total 2.470 100,00% 4.999 100,00% 102,40% 19,30%

Fonte: Tabela 2.21. Anuário Antaq. 2005

Tabela 6

CONTÊINERES – QUANTIDADE MOVIMENTADAS

(Em Milhares de Unidades)

PORTO/TERMINAL 2000 2004 04/00 TAXA ANO

Santos 554 33,60% 1.160 36,20% 109,30% 20,30%

Rio Grande 195 11,80% 340 10,60% 74,20% 14,90%

Itajaí 107 6,50% 318 9,90% 197,70% 31,40%

Paranaguá 147 8,90% 225 7,00% 52,90% 11,20%

Rio de Janeiro 170 10,30% 257 8,00% 51,00% 10,90%

São Francisco do Sul 110 6,70% 186 5,80% 58,80% 14,00%

Vitória 69 4,20% 146 4,50% 112,10% 20,70%

Suape 42 2,60% 85 2,60% 100,30% 19,00%

Itaguaí 2 0,10% 88 2,70% 3494,40% 144,90%

Subtotal 9 maiores 1.397 84,80% 2.805 87,40% 100,80% 19,00%

Demais 18 251 15,20% 403 12,60% 60,60% 12,60%

Total 1.648 100,00% 3.207 100,00% 94,60% 18,10%

Fonte: Tabela 2.21. Anuárui Antaq. 2005

Tabela 7

MOVIMENTAÇÃO DO COMPLEXO DE SOJA

(Em t Mil)

PORTO 2000 2004 04/00 TAX

Paranaguá 4.493 39,00% 10.367 29,10% 130,80% 23,2

Santos 2.969 25,80% 9.472 26,60% 219,00% 33,6

Tubarão 637 5,50% 3.699 10,40% 480,50% 55,2

São Franscisco do

Sul 26 0,20% 1.860 5,20% 6984,50% 190

Subtotal 5 maiores 1.402 12,20% 4.511 12,70% 221,70% 33,9

Demais 9.528 82,70% 29.910 84,00% 213,90% 33,1

Total 1.989 17,30% 5.704 16,00% 186,70% 30,1Fonte: Anuário Antaq.

2006 11.517 100,00% 35.614 100,00% 209,20%

Ameaças de Produtos Substitutos:

A costa do Brasil é muito extensa, e com a globalização o volume de

mercadorias negociadas entre os paises aumenta a cada ano, considerando

também o custo baixo do transporte marítimo, diante de todos estes fatores,

não temos receio de os terminais portuários serem substituídos por outra forma

de transporte.

A nova lei definiu certas particularidades para classificação dos portos.

Assim, temos como porto organizado aquele construído e aparelhado para

atender às necessidades da navegação, da movimentação e da armazenagem

de mercadorias, concedido ou explorado pela união, cujo tráfego e operações

portuárias estejam sob a jurisdição de uma Autoridade Portuária.

Por seu turno, os terminais de uso privativo são aqueles explorados por

pessoa jurídica de direito público ou privado, dentro ou fora da área do porto,

utilizados na movimentação e/ou armazenagem de mercadorias destinadas ou

provenientes de transporte aquaviário.

Desta forma e segundo a lei em vigor, os terminais podem ser porto

organizado ou terminais de uso privativo, que apresentam algumas

peculiaridades diferentes más o conceito é o mesmo, segundo o exposto

acima o estudo não sinaliza a possibilidade de algum produto substituto.

Poder de Barganha dos Compradores :

Os grandes clientes tem forte poder de barganha junto aos armadores,

que consequentemente repassam para os terminais, e somando a oferta de

novos terminais, os preços dos serviços serão reduzidos significativamente.

Os armadores pressionam os terminais para reduzirem preços e

deixarem janelas para a atracação imediata dos navios, caso o terminal não

atenda os anseios do armador, o mesmo troca de porto com muita facilidade,

desta forma oscilando muito o volume operacional do porto, interferindo

negativamente nos seus resultados.

Poder de Barganha dos Fornecedores :

Devido a grande gama de fornecedores para os terminais, os

fornecedores são obrigados a reduzir seus preços para se tornarem

competitivos, com isso o terminal ganha reduzindo seus custos operacionais.

Os fornecedores não tem poder de pressionar o terminal e interferir na

sua operação.

Rivalidade entre Concorrentes :

A rivalidade entre os terminais portuários sempre foi muito grande e

agora com a entrada dos terminais portuários privados a rivalidade tende a

aumentar sobremaneira, contudo os terminais portuários privados tem uma

grande vantagem competitiva diante dos portos organizados, pois não

necessitam trabalhar com mão de obra sindicalizada o que reduz seu custo em

mais de 50%.

Outro ponto importante é o fato dos produtos movimentados serem de

certa forma selecionados entre os terminais privativos e os portos organizados.

A movimentação dos portos podem ser organizada sob essa ótica,

conforme a tabela 8.

A carga geral e os containeres são majoritariamente movimentados nos

portos organizados (79%), enquanto os granéis líquidos e sólidos,

principalmente o minério de fero, são movimentados, em sua maior parte, em

terminais de uso privativo (77% e 67%, respectivamente).

Por outro lado, se a análise for feita em termos de valor, tem-se uma

melhor compreensão da natureza das cargas e produtos que perfazem mais de

80% da pauta de exportações brasileiras (ver tabela 9).

Em termos de volume, selecionamos 8 produtos que respondem por

mais de 70% da movimentação. Os principais produtos movimentados em 2004

estão indicados na tabela 10, com especial destaque para o minério de ferro e

combustíveis.

Tabela 8

MOVIMENTAÇÃO DE CARGA POR NATUREZA E TIPO DE PORTO – 2004

(Em t mil)

NATUREZA DA CARGA

PORTOS ORGANIZADOS %

TERMINAIS DE USOPRIVATIVO %

TOTAL GERAL %

Granéis Sólidos 122.862 53,8 246.749 62,9 369.611 59,5

Granéis Líquidos 38.386 16,8 128.169 32,7 166.555 26,8

Carga Geral 67.061 29,4 17.496 4,5 84.554 13,6

Total 228.309 100 392.411 100 620.720 100

Fonte: Combinação das tableas 2.3 e 2.4. Anuário Antaq. –

2006

Tabela 9

EXPORTAÇÕES 2004 US$ MILHÕES %

Material de Transporte 16.039 16,60%

Produtos Metalúrgicos 10.296 10,70%

Complexo de Soja 10.050 10,40%

Petróleo e Combustíveis 5.732 5,90%

Minérios 5.238 5,40%

Carnes 6.156 6,40%

Químicos 6.011 6,30%

Máquinas & Equipamentos 5.606 5,80%

Equipamentos

Elétricos 3.121 3,20%

Açúcar 3.137 3,30%

Calçados de Couro 3.336 3,50%

Papel e Celulose 2.909 3,00%

Sbtotal 77.632 80,50%

Demais produtos 18.843 19,50%

Total Exportações 96.475 100,00%

(+) Importações 62.813

(=) Fluxo Comercial Total 159.288

Fonte: MDICEx, 2005

Tabela 10

PRINCIPAIS PRODUTOS DESEMBARQUE EMBARQUE TOTAL MOVIMENTADOS E, 2004 (Em T mil)

Minério de Ferro + Pelotas 2.604,70 204.768,00 207.372,70 33,40%

Petróleo + Derivados 92.216,90 41.231,20 133.450,10 21,50%

Soja + Farelo 1.173,90 35.614,10 36.788,00 5,90%

Produtos Siderúrgicos 791,90 17.936,70 36.788,00 3,00%

Adubos &

Fertilizantes 14.247,20 1.109,80 18.728,60 2,50%

Açúcar 15.223,20 15.357,00 2,50%

Trigo 5.071,50 1.210,20 15.223,20 1,00%

Milho 533,30 5.204,10 6.281,70 0,90%

Demais Produtos 86.356,20 95.425,60 5.737,50 29,30%

Total 202.997,50 417.723,00 181.781,80 100,00%

Fonte: Anuário Antaq. 2005

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Fazemos referência a um estudo elaborado por executivos brasileiros

da operadora francesa CMA-CGM (2006), terceira transportadora marítima do

mundo, que calcularam um índice para medir a dimensão dos gargalos

portuários que o Brasil terá de enfrentar para manter o crescimento do

comércio exterior nos próximos anos.

Segundo o estudo, alguns dos principais portos do país estão utilizando

mais de 90% de sua capacidade de movimentação de carga. Ainda segundo os

autores, a pior perspectiva é para o porto catarinense de Itajaí, com um índice

de 97%.

A tabela 11, abaixo, resume os resultados do estudo.

Tabela 11

GARGALO NA EXPORTAÇÃO

A movimentação de carga em alguns portos brasileiros está acima da média aceitável, que é de

50% da capacidade

Nível de Utilização

Itajaí (SC) 97%

São Francisco do Sul (SC) 93%

Rio Grande (RS) 91%

Santos (SP) 80%

Vitória (ES) 63%

Fonte: CMA-CGM

Nesse ponto, fazem-se necessários os seguintes comentários:

1) A capacidade de um porto é função de uma série de variáveis:

áreas disponíveis para armazenamento de carga, produtividade dos

equipamentos de movimentação, capacidade dos acessos terrestres e

marítimos, calado do cais de atracação que determina o padrão de utilização

dos navios, etc.;

2) Quando se alcança o limite físico da área disponível, recursos são

transferidos para equipamentos e sistemas, com o objetivo de aumentar a

produtividade da operação sem o aumento da área disponível, alterando a

função produção; e

3) O mesmo acontece quando as inversões são destinadas à

ampliação do número de berços e dos acessos, permitindo aos terminais

aumentar a escala de produção.

Assim, é muito difícil determinar o limite da capacidade de um porto

sem recorrer, previamente, a uma série de hipóteses sobre a evolução das

diversas variáveis. Por exemplo, poucos técnicos do setor previram que a forte

expansão do porto de Santos seria possível sem grandes acréscimos de área

portuária. De fato, a expansão deve ser creditada à combinação eficiente de

diversas melhorias, como: o aperfeiçoamento da operação, o aumento da

produtividade dos equipamentos e sistemas, a integração operacional e a

diversificação de produtos.

Desta forma, apesar de o risco de saturação imediata dos portos serem

monetariamente baixo, a questão deve ser olhada com parcimônia.

A taxa de crescimento do movimento de navios (4,7% a.a. em média,

para o longo curso), por exemplo, tem sido bem menor do que a taxa de

crescimento do transportado (taxa média próxima a 20% a.a). durante o ano de

2004 foram realizadas quase 30 mil atracações, contra 28 mil, em 2001,

conforme demonstrado na tabela abaixo.

Tabela 12

MOVIMENTO DE NAVIOS NOS PORTOS (ATRACAÇÕES)

ANO L.G. CURSO CABOTAGEM OUTRAS NAVEGAÇÕES TOTAL

2001 14.210 4.003 10.018 28.231

2002 15.867 4.804 9.801 30.472

2003 15.296 3.756 8.071 27.123

2004 17.104 4.124 8.133 29.361

Variação 20,40% 3,00% -18,80% 4,00%

% anual 4,70% 0,70% -5,10% 1,00%

Fonte: Anuário Antaq. 2005

O ponto a ser enfocado é que, apesar de o fluxo de navios aumentar, a

taxas inferiores ao volume movimentado, o tempo de espera, poderá aumentar

e incorrer em multas adicionais por “demurrage”, o que vai onerar o custo da

operação se não houver novos investimentos na infra-estrutura portuária de

acesso aos portos e no calado dos berços de atracação, bem como na

produtividade da operação, por causa da forte tendência de aumento no porte

das embarcações.

No momento, o desafio mais urgente para muitos portos brasileiros são

as obras de dragagem para facilitar o acesso dos navios, com destaque para

os portos de Santos, Paranaguá, Itaguaí, Rio de Janeiro, Recife e Salvador,

além do porto fluvial de Parintins, no Rio Amazonas. O principal empecilho às

obras é que muitas das Companhias Docas apresentam déficit financeiro, o

que causa dificuldades no financiamento das obras de dragagem.

Para os próximos anos, espera-se a aceleração do desenvolvimento do

setor ferroviário, com o crescimento setorial, a taxas superiores ao crescimento

médio da economia e, consequentemente, o atendimento a uma demanda

maior de exportação. Espera-se que, graças aos novos investimentos e à

superação de gargalos logísticos, haja uma gradativa redução do custo

logístico no Brasil em benefício das operações portuárias.

Por fim, o objetivo do projeto foi alcançado, pois o estudo revelou

respostas para muitas duvidas levantadas pela empresa. Após a mesma

analisar todos os dados levantados por este estudo, principalmente a tendência

de construção de vários projetos para terminais privativos na foz do Rio Itajaí

Açu, o qual é apto à receber tais projetos, bem como outros que por ventura

possam surgir. Também analisando o crescimento da frota de navios de longo

curso, que cresce em proporções menores que os terminais portuários, e a

tendência do porte dos navios cada vez maiores que impossibilita a atracação

dos mesmos no terminal, devido a dragagem do rio que possibilita a navegação

apenas de navios com até 180 metros de comprimento e com calado de 9,80

metros, bem como a falta de incentivo do governo que não liberou verba para a

dragagem do Rio, onerando sobremaneira os custos dos investimentos,

Diante do acima exposto e a todo estudo elaborado neste trabalho,

bem como uma proposta muito interresante que a empresa recebeu de um

forte Grupo Econômico, a mesma optou pela venda do projeto do Terminal

Portuário.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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DECLARAÇÃO DE DESEMPENHO DE ESTÁGIO

A organização cedente de estágio ESTINAVE

CATARINENSE SERVIÇOS MARÍTIMOS LTDA., declara, para os devidos fins,

que concorda com o projeto de estágio apresentado pelo estagiário TONY

HERBERT JULIATTO, aluno do curso de Administração do Centro de

Educação Superior de Ciências Sociais Aplicadas – CECIESA/Gestão da

Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI, de 23/08/2006 a 09/11/2007, cumpriu

a carga horária de estágio prevista para o período, seguiu o cronograma de

trabalho estipulado no Projeto de Estágio e respeitou nossas normas internas.

Itajaí, 09 de novembro de 2007.

____________________

AMADEU JULIATTO

ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS

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Tony Herbert Juliatto

Estagiário

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Amadeu Juliatto

Orientador de Campo

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Prof. Nelson Zunino Duarte

Orientador de Estágio

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Professor: Eduardo Krieger da Silva

Responsável Pelo Estagio Supervisionado