23
Escola de Engenharia RELATÓRIO DE ENSAIO ANÁLISE GRANULOMÉTRICA MÉTODO DE PENEIRAÇÃO Trabalho Pratico 1 Engenharia Civil – Materiais de Construção I Turno P6 – Grupo 1 Edgar Macedo N.º 44518 Manuel Miranda N.º 42909 Rafael Oliveira N.º 59689 Sara Gomes N.º 54242

Análise Granulométrica - Relatório

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Análise Granulométrica - Relatório

Escola de Engenharia

RELATÓRIO DE ENSAIO

ANÁLISE GRANULOMÉTRICA

MÉTODO DE PENEIRAÇÃO

Trabalho Pratico 1

Engenharia Civil – Materiais de Construção I

Turno P6 – Grupo 1

Edgar Macedo N.º 44518

Manuel Miranda N.º 42909

Rafael Oliveira N.º 59689

Sara Gomes N.º 54242

Outubro de 2009

Índic

Page 2: Análise Granulométrica - Relatório

Universidade do Minho Materiais de Construção I

Escola de Engenharia Mestrado em Engenharia Civil

e

1 Resumo.................................................................................................................................................3

2 Descrição...............................................................................................................................................3

3 Aparelhagem.........................................................................................................................................4

3.1 Peneiros de ensaio........................................................................................................................4

3.2 Tampa e recipiente de fundo adaptados aos peneiros.................................................................4

3.3 Estufa ventilada............................................................................................................................4

3.4 Equipamento de lavagem.............................................................................................................4

3.5 Balança.........................................................................................................................................4

3.6 Tabuleiros e escovas.....................................................................................................................4

3.7 Máquina de peneirar....................................................................................................................4

4 Preparação dos provetes de ensaio......................................................................................................4

5 Procedimento........................................................................................................................................4

5.1 Lavagem.......................................................................................................................................4

5.2 Peneiração....................................................................................................................................5

5.3 Pesagem.......................................................................................................................................5

6 Resultados.............................................................................................................................................5

6.1 Ensaio das areias A1, A2 e A3..........................................................................................................5

6.2 Ensaio da brita B...........................................................................................................................6

7 Análise...................................................................................................................................................6

7.1 Cálculos e expressão dos resultados.............................................................................................6

7.2 Areia A1.........................................................................................................................................8

7.3 Areia A2.........................................................................................................................................9

7.4 Areia A3.......................................................................................................................................10

7.5 Areia AM (média das areias A1, A2 e A3).......................................................................................11

7.6 Brita B.........................................................................................................................................12

8 Utilização dos agregados em betões de ligantes hidráulicos...............................................................13

8.1 Dimensão....................................................................................................................................13

8.1.1 Brita B................................................................................................................................13

8.1.2 Areia AM..............................................................................................................................13

8.2 Granulometria............................................................................................................................13

8.2.1 Brita B................................................................................................................................13

8.2.2 Areia AM..............................................................................................................................14

8.3 Teor de finos...............................................................................................................................15

8.3.1 Brita B................................................................................................................................15

8.3.2 Areia AM..............................................................................................................................15

9 Conclusão............................................................................................................................................15

10 Referências.....................................................................................................................................15

Anexo A - Curva Granulométrica da areia AM...............................................................................................16

Anexo B - Representação Triangular de Feret da areia AM...........................................................................17

2

Page 3: Análise Granulométrica - Relatório

Universidade do Minho Materiais de Construção I

Escola de Engenharia Mestrado em Engenharia Civil

Anexo C - Curva Granulométrica da brita B..................................................................................................18

1 Resumo

O presente trabalho está integrado na disciplina de Materiais de Construção I do 2º ano do Mestrado de Engenharia Civil, leccionada na Universidade do Minho. Este relatório tem por objectivo a análise granulométrica de uma areia AM (resultante da média de três areias A1, A2 e A3) e de uma brita B. Também se pretende verificar se os agregados em estudo respeitam as características mínimas para a sua utilização em betões de ligantes hidráulicos, seguindo a especificação presente na norma LNEC E 467:2006.

Os processos de ensaio foram conduzidos seguindo a normalização existente (NP EN 933-1:2000 e NP EN 933-2:2000) e tendo como base os ensaios laboratoriais efectuados no dia 14 de Outubro de 2009, os quais não seriam possíveis sem a ajuda do pessoal técnico presente no laboratório.

2 Descrição

Os ensaios efectuados encontram-se normalizados pelas normas NP EN 933-1:2000 e NP EN 933-2:2000. A norma NP EN 933-1:2000 define o método para a análise granulométrica dos agregados, usando peneiros de ensaio e a norma NP EN 933-2:2000 especifica as dimensões nominais das aberturas e o formato da tela de arame e chapas perfuradas dos peneiros de ensaio.

O objectivo dos ensaios, a análise granulométrica de agregado, consiste simplesmente em separar uma amostra desse agregado em fracções, cada uma contendo partículas com dimensões entre limites correspondentes às aberturas dos correspondentes peneiros (Neville, 1995). Para tal é utilizada uma serie especificada de peneiros de maneira a separar o material em diversas classes granulométricas por granulometria decrescente.

O método utilizado é a peneiração, com lavagem seguida de peneiração a seco. Na prática, a análise granulométrica é realizada agitando o agregado através de uma série de peneiros, arranjados por ordem tal que os de malha mais larga estejam na parte superior e os de malha mais apertada na inferior, pesando-se o material retido em cada peneiro.

Conhecendo a massa inicial da amostra, facilmente se calcula a percentagem da massa dos resíduos em cada peneiro, que são partículas com a mesma dimensão granulométrica.

Os resultados da peneiração registam-se sob a forma de tabela (ver exemplo tabela 3).

Os valores calculados na coluna dos passados acumulados são utilizados para o traçado gráfico da curva granulométrica (ver anexo A). As curvas granulométricas são fundamentais para apreciar rapidamente a granulometria do agregado e as deficiências que possa ter a nível de certas fracções granulométricas, por exemplo a falta de partículas de dada dimensão.

3

Page 4: Análise Granulométrica - Relatório

Universidade do Minho Materiais de Construção I

Escola de Engenharia Mestrado em Engenharia Civil

Os valores calculados na coluna dos retidos acumulados, permitem determinar o parâmetro designado por módulo de finura, que corresponde à soma das percentagens de retidos acumulados da série de peneiros, até ao peneiro de abertura 0,125mm (inclusive), dividida por 100.

A partir do conhecimento das percentagens das fracções de finos, médios e grossos de uma dada areia, podemos fazer corresponder essa areia a um ponto na Representação Triangular de Feret (ver anexo B).

Para verificar se os agregados em estudo respeitam as características mínimas para a sua utilização em betões de ligantes hidráulicos foi utilizada a especificação presente na norma LNEC E 467:2006.

As propriedades ensaiadas e discriminadas na norma LNEC E 467:2006 sujeitas a verificação são a Dimensão, Granulometria, Teor de finos.

3 Aparelhagem

3.1 Peneiros de ensaio

Peneiros de ensaio com aberturas como especificado na norma NP EN 933-2:2000.

3.2 Tampa e recipiente de fundo adaptados aos peneiros

3.3 Estufa ventilada

Estufa ventilada controlada por termóstato de modo a manter uma temperatura de (110±5)⁰C.

3.4 Equipamento de lavagem

3.5 Balança

Balança com aproximação de 1 g.

3.6 Tabuleiros e escovas

3.7 Máquina de peneirar

4 Preparação dos provetes de ensaio

O provete utilizado estava já normalizado e foi obtido seguindo as especificações presentes na norma NP EN 933-1:2000.

A massa do provete depois de seco foi registada como M1.

4

Page 5: Análise Granulométrica - Relatório

Universidade do Minho Materiais de Construção I

Escola de Engenharia Mestrado em Engenharia Civil

5 Procedimento

5.1 Lavagem

O provete disponibilizado para o ensaio já se encontrava lavado e seco. Cuja lavagem foi realizada segundo a norma NP EN 933-1:2000. O material é pesado e registado o resultado como M2.

5.2 Peneiração

O material depois de lavado e seco é despejado na coluna de peneiros. Esta coluna é constituída por peneiros encaixados, e dispostos de cima para baixo por ordem decrescente da dimensão das aberturas, com fundo e tampa.

Para a areia foram utilizados os peneiros: 4 mm, 2 mm, 1 mm, 0,5 mm, 0,25 mm, 0,063 mm.

Para a brita foram utilizados os peneiros: 32 mm, 16 mm, 8 mm, 4 mm.

A coluna da areia é agitada mecanicamente recorrendo a uma máquina de peneirar. Sendo depois retirados os peneiros um a um, começando pelo de maior abertura e agitando manualmente, garantindo que não existe perda de material, utilizando, por exemplo, fundo e tampa.

A brita devido as suas dimensões foi agitada manualmente segundo o método utilizado na areia depois da agitação mecânica.

Todo o material que passa através de cada peneiro é transferido para o peneiro seguinte antes de continuar a peneiração com este peneiro.

5.3 Pesagem

O material retido no peneiro com maior abertura é pesado e a sua massa registada com R1. A mesma operação é efectuada para o peneiro imediatamente inferior e a massa do material retido registada como R2.

Esta operação é repetida para todos os peneiros da coluna de modo a obter as diferentes fracções dos materiais retidos.

O material retido no fundo é pesado e a sua massa registada como P.

5

Page 6: Análise Granulométrica - Relatório

Universidade do Minho Materiais de Construção I

Escola de Engenharia Mestrado em Engenharia Civil

6 Resultados

6.1 Ensaio das areias A1, A2 e A3

Tabela 1 - Resultados dos ensaios das areias A1, A2 e A3

Peso Retido (kg)Peneiros

(mm)Areia

A1

AreiaA2

AreiaA3

4 (R1) 0,007 0,004 0,0082 (R2) 0,058 0,041 0,0571 (R3) 0,196 0,133 0,173

0,5 (R4) 0,21 0,126 0,1660,25 (R5) 0,053 0,029 0,043

0,125 (R6) 0,002 0,001 0,0020,063 (R7) 0 0 0Fundo (P) 0 0 0

6.2 Ensaio da brita B

Tabela 2 - Resultado do ensaio da Brita B

Peneiros(mm)

Peso Retido(kg)

31,5 (R1) 0,35816 (R2) 1,19

8 (R3) 1,074 (R4) 0,425

Fundo (P) 0,018

7 Análise

7.1 Cálculos e expressão dos resultados

M1 é a massa seca do provete de ensaio, em quilogramas;

M2 é a massa seca do material com granulometria superior a 63µm, em quilogramas;

P é a massa do material peneirado retido no recipiente do fundo, em quilogramas;

6

Page 7: Análise Granulométrica - Relatório

Universidade do Minho Materiais de Construção I

Escola de Engenharia Mestrado em Engenharia Civil

Validação dos resultados → sempre que a soma das massas Ri e P difira mais de 1% da massa M2, é necessário repetir o ensaio. Para efectuar tal verificação foi usada a seguinte equação:

M 2−¿¿

Percentagem dos finos (f) que passa o peneiro de 0,063 mm é calculada de acordo com a seguinte equação:

(M ¿¿1−M 2)+PM 1

×100=f ¿

Módulo de finura (FM) é o número que se obtém dividindo a soma das percentagens cumulativas de retidos e acumulados na série de peneiros (mm), por exemplo para a areia é utilizada a seguinte equação:

FM=∑ [ (¿4 )+(¿2 )+(¿1 )+(¿0,5 )+(¿0,25 )+ (¿ 0,125 )]

100

Em geral o agregado é designado por dois números separados por um traço, em que um representa a máxima dimensão do agregado e o outro a mínima dimensão.

Mínima dimensão do agregado (d) é igual a maior abertura do peneiro através do qual não passa mais do que 5% da massa do agregado.

Máxima dimensão do agregado (D) é igual a menor abertura do peneiro pelo qual passa, pelo menos, 90% da massa do agregado.

Curva granulométrica (ver anexo A) é uma linha contínua que une os pontos que representam o resultado da análise granulométrica, isto é, os pontos em que as abcissas correspondem às aberturas das malhas dos peneiros e as ordenadas dos passados acumulados.

Representação triangular de Feret (ver anexo B) da granulometria das areias é feita a partir do conhecimento das percentagens das fracções de finos, médios e grossos de uma dada areia, fazendo corresponder essa areia a um ponto na no triângulo de Feret.

Sabendo que as partículas de uma areia com dimensão inferior a 0.5 mm são consideradas finas e que as superiores a 2 mm são definidas como grossas, a percentagem de finos de uma areia corresponde aos passados acumulados no peneiro 0.5 mm e a percentagem de grossos corresponde aos retidos acumulados no peneiro 2 mm.

A percentagem de médios é igual a 100 - (%Grossos + %Médios)

7

Page 8: Análise Granulométrica - Relatório

Universidade do Minho Materiais de Construção I

Escola de Engenharia Mestrado em Engenharia Civil

7.2 Areia A1

Análise granulométricaMétodo de peneiração NP EN 933-1:2000

Laboratório: Laboratório de Engenharia Civil

Identificação da amostra: Areia A1Data:

Operador:14/10/2009Técnico

Procedimento usado: Lavagem e peneiração a seco

Massa seca total M1= 0,526 kg

Massa seca após lavagem M2= 0,526 kg

Massa seca dos finos removidos por lavagem M1-M2 = 0,0 kg

Tabela 3 - Análise ensaio da areia 1

Peneiros(mm)

Peso retido(kg)

% Retidos simples % Retidos acumulados

% Passados acumulados

4 0,007 1,33 1,33 98,672 0,058 11,03 12,36 87,641 0,196 37,26 49,62 50,38

0,5 0,21 39,92 89,54 10,460,25 0,053 10,08 99,62 0,38

0,125 0,002 0,38 100,00 0,000,063 0 0,00 100,00 0,00Fundo 0

Validação dos resultados:

M 2−¿¿ o ensaio é valido.

Percentagem dos finos (f) que passa o peneiro de 0,063 mm = 0,0%

Módulo de finura = 3,52

Mínima dimensão do agregado (d) = 0,25 mm

Máxima dimensão do agregado (D) = 4 mm

Percentagem de Finos = 10,46 %

Percentagem de Médios = 77,19 %

8

Page 9: Análise Granulométrica - Relatório

Universidade do Minho Materiais de Construção I

Escola de Engenharia Mestrado em Engenharia Civil

Percentagem de Grossos = 12,36 %

7.3 Areia A2

Análise granulométricaMétodo de peneiração NP EN 933-1:2000

Laboratório: Laboratório de Engenharia Civil

Identificação da amostra: Areia A2Data:

Operador:14/10/2009Técnico

Procedimento usado: Lavagem e peneiração a seco

Massa seca total M1= 0,336 kg

Massa seca após lavagem M2= 0,335 kg

Massa seca dos finos removidos por lavagem M1-M2= 0,001 kg

Tabela 4- Análise ensaio da areia 2

Peneiros(mm)

Peso retido(kg)

% Retidos simples % Retidos acumulados

% Passados acumulados

4 0,004 1,2 1,2 98,82 0,041 12,2 13,4 86,61 0,133 39,6 53,0 47,0

0,5 0,126 37,5 90,5 9,50,25 0,029 8,6 99,1 0,9

0,125 0,001 0,3 99,4 0,60,063 0 0,0 99,4 0,6Fundo 0

Validação dos resultados:

M 2−¿¿ o ensaio é valido.

Percentagem dos finos (f) que passa o peneiro de 0,063 mm = 0,3%

Módulo de finura = 3,57

Mínima dimensão do agregado (d) = 0,25 mm

Máxima dimensão do agregado (D) = 4 mm

Percentagem de Finos = 9,52 %

Percentagem de Médios = 77,08 %

9

Page 10: Análise Granulométrica - Relatório

Universidade do Minho Materiais de Construção I

Escola de Engenharia Mestrado em Engenharia Civil

Percentagem de Grossos = 13,39 %

7.4 Areia A3

Análise granulométricaMétodo de peneiração NP EN 933-1:2000

Laboratório: Laboratório de Engenharia Civil

Identificação da amostra: Areia A3Data:

Operador:14/10/2009Técnico

Procedimento usado: Lavagem e peneiração a seco

Massa seca total M1= 0,45 kg

Massa seca após lavagem M2= 0,449 kg

Massa seca dos finos removidos por lavagem M1-M2= 1,31g

Tabela 5 - Análise ensaio da areia 3

Peneiros(mm)

Peso retido(kg)

% Retidos simples % Retidos acumulados

% Passados acumulados

4 0,008 1,8 1,8 98,22 0,057 12,7 14,4 85,61 0,173 38,4 52,9 47,1

0,5 0,166 36,9 89,8 10,20,25 0,043 9,6 99,3 0,7

0,125 0,002 0,4 99,8 0,20,063 0 0,0 99,8 0,2Fundo 0

Validação dos resultados:

M 2−¿¿ o ensaio é valido.

Percentagem dos finos (f) que passa o peneiro de 0,063 mm = 0,22%

Módulo de finura = 3,58

Mínima dimensão do agregado (d) = 0,25 mm

Máxima dimensão do agregado (D) = 4 mm

Percentagem de Finos = 10,22 %

Percentagem de Médios = 75,33 %

10

Page 11: Análise Granulométrica - Relatório

Universidade do Minho Materiais de Construção I

Escola de Engenharia Mestrado em Engenharia Civil

Percentagem de Grossos = 14,44 %

7.5 Areia AM (média das areias A1, A2 e A3)

A areia AM é resultante da média de três (A1, A2 e A3).

Como tal temos os seguintes valores:

Tabela 6 - Percentagens passados acumulados das areias

Peneiros(mm)

% Passados acumulados (A1)

% Passados acumulados (A2)

% Passados acumulados (A3)

% Passados acumulados (AM)

4 98,67 98,8 98,2 98,62 87,64 86,6 85,6 86,61 50,38 47,0 47,1 48,2

0,5 10,46 9,5 10,2 10,10,25 0,38 0,9 0,7 0,7

0,125 0,00 0,6 0,2 0,30,063 0,00 0,6 0,2 0,3

Tabela 7 - Percentagens retidos acumulados das areias

Peneiros(mm)

% Retidos acumulados (A1)

% Retidos acumulados (A2)

% Retidos acumulados (A3)

% Retidos acumulados (AM)

4 1,33 1,2 1,8 1,42 12,36 13,4 14,4 13,41 49,62 53,0 52,9 51,9

0,5 89,54 90,5 89,8 89,90,25 99,62 99,1 99,3 99,3

0,125 100,00 99,4 99,8 99,70,063 100,00 99,4 99,8 99,7

Tabela 8 - Percentagens das fracções de finos, médios e grossos das areias

% Areia A1 Areia A2 Areia A3 Areia AM

Finos 10,46 9,52 10,22 10,07Médios 77,19 77,08 75,33 76,53Grossos 12,36 13,39 14,44 13,40

Tabela 9 - Percentagem de passados no peneiro de 0,063 mm ( f )

Areia A1 Areia A2 Areia A3 Areia AM

f 0,00 0,30 0,22 0,17

11

Page 12: Análise Granulométrica - Relatório

Universidade do Minho Materiais de Construção I

Escola de Engenharia Mestrado em Engenharia Civil

Daqui podemos tirar:

Percentagem dos finos (f) que passa o peneiro de 0,063 mm = 0,17%

Módulo de finura = 3,56

Mínima dimensão da areia AM (d) = 0,25 mm

Máxima dimensão da areia AM (D) = 4 mm

Curva Granulométrica da areia AM ver anexo A.

Representação Triangular de Feret da areia AM ver anexo B.

7.6 Brita B

Análise granulométricaMétodo de peneiração NP EN 933-1:2000

Laboratório: Laboratório de Engenharia Civil

Identificação da amostra: Brita B Data:Operador:

14/10/2009Técnico

Procedimento usado: Lavagem e peneiração a seco

Massa seca total M1= 3,07 kg

Massa seca após lavagem M2= 3,07 kg

Massa seca dos finos removidos por lavagem M1-M2= 0,0 kg

Tabela 10 - Análise ensaio da Brita B

Peneiros(mm)

Peso retido(kg)

% Retidos simples % Retidos acumulados

% Passados acumulados

31,5 0,358 11,7 11,7 88,316 1,19 38,8 50,4 49,68 1,07 34,9 85,3 14,74 0,425 13,8 99,1 0,9

Fundo 0,018

Validação dos resultados:

M 2−¿¿ o ensaio é valido.

Percentagem dos finos (f) que passa o peneiro de 0,063 mm = 0,59%

Módulo de finura = 2,46

Mínima dimensão do agregado (d) = 4 mm

Máxima dimensão do agregado (D) = 63 mm

12

Page 13: Análise Granulométrica - Relatório

Universidade do Minho Materiais de Construção I

Escola de Engenharia Mestrado em Engenharia Civil

Curva Granulométrica da Brita B ver anexo C.

8 Utilização dos agregados em betões de ligantes hidráulicos

Para verificar se os agregados em estudo (areia AM e brita B) respeitam as características mínimas para a sua utilização em betões de ligantes hidráulicos foi utilizada a especificação presente na norma LNEC E 467:2006.

As propriedades ensaiadas e requisitos discriminados na norma NP EN 12620:2004 sujeitos a verificação são a Dimensão, Granulometria, Teor de finos e a Resistência à fragmentação.

Segundo a norma NP EN 12620:2004 temos:

A brita B é designada por agregado grosso, uma vez que D é superior a 4 mm e d é superior a 2 m;

A areia AM é designada por agregado fino, uma vez que D é igual a 4 mm;

8.1 Dimensão

Segundo a norma NP EN 12620:2004 as dimensões do agregado devem ter uma razão D/d não inferior a 1,4.

8.1.1 Brita BDe acordo com a norma a brita B possui dimensão 4/63 e cumpre o requisito D/d ≥ 1,4.

8.1.2 Areia AM

De acordo com a norma a areia AM possui dimensão 0/4 e cumpre o requisito D/d ≥ 1,4.

8.2 Granulometria

Segundo a norma LNEC E 467:2006 temos:

A granulometria da brita B deve cumprir os requisitos das secções 4.3.1 e 4.3.2 presentes na norma NP EN 12620:2004.

A granulometria da areia AM deve cumprir os requisitos das secções 4.3.1 e 4.3.3 presentes na norma NP EN 12620:2004.

8.2.1 Brita B

Tabela 11 - Requisitos para a granulometria da Brita B

Agregado Dimensão Percentagem de passados, em massa Categoria2 D 1,4 D D d d/2 G

Grosso

D/d ≤ 2 ou D≤11,2mm

100 98 a 100 85 a 99 0 a 20 0 a 5 GC85/20100 98 a 100 80 a 99 0 a 20 0 a 5 GC80/20

D/d > 2 e D>11,2mm

100 98 a 100 90 a 99 0 a 15 0 a 5 GC90/15

Fino D/d ≤ 4 mm e d = 0 100 95 a 100 85 a 99 - - GF85

13

Page 14: Análise Granulométrica - Relatório

Universidade do Minho Materiais de Construção I

Escola de Engenharia Mestrado em Engenharia Civil

Uma vez que a brita ensaiada não satisfaz todos os requisitos (a percentagem de passados D não se encontra entre o intervalo 90 a 99) esta não pode ser classificada com a categoria GC90/15.

Contudo, uma vez que D/d> 11,2 mm e D> 2 devem ser aplicados requisitos adicionais (i) e (ii) relativamente à percentagem de passados no peneiro intermédio:

(i) todas as granulometrias devem satisfazer os limites gerais indicados no Quadro 3;(ii) o produtor deve documentar e, se pedido, declarar a granulometria típica que passa

no peneiro intermédio e as tolerâncias seleccionadas entre as categorias do Quadro 3 (presente na norma NP EN 12620:2004).

Tabela 12 - Limites e tolerâncias da granulometria da Brita B para os peneiros intermédios

D/d

Peneirointermédio

mm

Limites gerais e tolerâncias para o peneiro intermédio(percentagem de passados, em massa)

CategoriaGT

Limites gerais Tolerâncias na granulometriatípica declarada do produtor

< 4 D/1,4 25 a 70 ±15 GT 15≥ 4 D/2 25 a 70 ±17,5 GT 17,5

Como é possível verificar, a brita pode ser classificada como GT 17,5, pois apesar da percentagem de passados D/2 ser aproximadamente 88, esta encontra-se dentro da tolerância típica declarada pelo produtor.

8.2.2 Areia AM

Em função da sua dimensão superior D, a areia AM deve satisfazer os requisitos da granulometria especificados na tabela 11, abaixo apresentada.

Tabela 13 - Requisitos para a granulometria da Areia AM

Agregado Dimensão Percentagem de passados, em massa Categoria2 D 1,4 D D d d/2 G

Grosso

D/d ≤ 2 ou D≤11,2mm

100 98 a 100 85 a 99 0 a 20 0 a 5 GC85/20100 98 a 100 80 a 99 0 a 20 0 a 5 GC80/20

D/d > 2 e D>11,2mm

100 98 a 100 90 a 99 0 a 15 0 a 5 GC90/15

Fino D/d ≤ 4 mm e d = 0 100 95 a 100 85 a 99 - - GF85

Para verificar a variabilidade da areia devem ser aplicados os seguintes requisitos adicionais:

Tabela 14 - Tolerâncias da granulometria típica declarada do produtor da areia AM

para utilização corrente

Abertura do peneiro

mm

Tolerâncias em percentagem de passados, em massa0/4 0/2 0/1

4 ± 5 - -2 - ± 5 -

14

Page 15: Análise Granulométrica - Relatório

Universidade do Minho Materiais de Construção I

Escola de Engenharia Mestrado em Engenharia Civil

1 ± 20 ± 20 ± 50,250 ± 20 ± 25 ± 250,063 ± 3 ± 5 ± 5

A areia satisfaz todos os requisitos e é classificada com a categoria GF85.

8.3 Teor de finos

Segundo a norma NP EN 12620:2004 o teor de finos, determinado de acordo com a NP EN 933-1:2000, deve ser declarado pela correspondente categoria especificada no Quadro 11 presente na norma NP EN 12620:2004.

8.3.1 Brita BDe acordo com a norma a brita B é de categoria f1.5, ou seja, cumpre os requisitos especificados na norma LNEC E 467:2006.

8.3.2 Areia AM

De acordo com a norma a areia AM é de categoria f3, ou seja, cumpre os requisitos especificados na norma LNEC E 467:2006.

9 Conclusão

Terminada a análise dos resultados e verificação das propriedades ensaiadas obtemos informações suficientes para avaliar a possível aplicação dos agregados em betões com ligantes hidráulicos, mas que também nos permitem classificar os agregados.

Como foi possível verificar a brita B não cumpre todos os requisitos discriminados na norma LNEC E 467:2006, pelo que não poderia ter como aplicação a utilização em betões com ligantes hidráulicos, a sua granulometria não está em conformidade com a norma. Contudo foi classificada com a categoria GT 17,5.

No caso da areia AM, esta cumpre todos os requisitos especificados e está classificada com a categoria GF85. É uma areia com possível aplicação em betões com ligantes hidráulicos.

Tanto para a brita como a areia foram determinadas as propriedades granulométricas pretendidas, das quais se destacam: percentagem de finos (f), máxima e mínima dimensão, módulo de finura. Com as quais foi possível fazer a representação gráfica através da curva granulométrica e triângulo de Feret.

10Referências

NP EN 933-1:2000 – Ensaios das propriedades geométricas dos agregados. Parte 1: Análise granulométrica – Método de peneiração.

NP EN 933-2:1999 – Ensaios das propriedades geométricas dos agregados. Parte 2: Determinação da distribuição granulométrica – Peneiros de ensaio, dimensão nominal das aberturas.

LNEC E 467:2006 – Guia para a utilização de agregados em betões de ligantes hidráulicos.

15

Page 16: Análise Granulométrica - Relatório

Universidade do Minho Materiais de Construção I

Escola de Engenharia Mestrado em Engenharia Civil

NP EN 12620:2004 – Agregados para betão.

AGUIAR, J. L. B. Materiais de Construção I Pedras. Guimarães. 2007

16

Page 17: Análise Granulométrica - Relatório

Universidade do Minho Materiais de Construção I

Escola de Engenharia Mestrado em Engenharia Civil

Anexo A - Curva Granulométrica da areia AM

17

Page 18: Análise Granulométrica - Relatório

Universidade do Minho Materiais de Construção I

Escola de Engenharia Mestrado em Engenharia Civil

Anexo B - Representação Triangular de Feret da areia AM

18

Page 19: Análise Granulométrica - Relatório

Universidade do Minho Materiais de Construção I

Escola de Engenharia Mestrado em Engenharia Civil

Anexo C - Curva Granulométrica da brita B

19