15
0 Análise microbiológica em ambiente odontológico Microbiological analysis in dental environment João Nilton Lopes de Sousa* Arnaldo Marques Filho** Renato Lopes de Sousa*** RESUMO - O objetivo desta pesquisa foi avaliar identificar os principais microrganismos contaminantes do ambiente odontológico. O estudo foi realizado na Clínica Interdisciplinar do curso de odontologia das FIP. Foram distribuídas de forma aleatória, nos equipos odontológicos, 16 placas de Petri com Ágar sangue. Ao término dos atendimentos, as placas foram coletadas e enviadas ao laboratório de análises clínicas, onde permaneceram em estufa a 37°C durante 24 h. Após este período, foi realizada a leitura das placas, identificando os microrganismos através de provas bioquímicas. Das 16 amostras, todas apresentaram contaminação. Os microrganismos encontrados foram Staphylococcus aureus (25% das placas), Staphylococcus epidermidis, (31,25%) e Enterobacter aerogenis, Staphylococcus viridans (6,25%) e Pseudomonas (6,25%). Existe a necessidade de supervisão efetiva no controle da biossegurança nas clínicas escolas, onde um grande número de profissionais docentes, acadêmicos e pacientes estão juntos em um mesmo ambiente, com vários procedimentos clínicos sendo realizados ao mesmo tempo. Palavras-chaves: Odontologia. Exposição a Agentes Biológicos. Desinfecção ABSTRACT: The aim of this research is to assess contamination and identify the main microorganisms which contaminate the dental environment after clinical care. The study has been made at Clínica Interdisciplinar (Dentistry, Endodontics and Periodontics) in the course of Odontology at Faculdades Integradas of Patos (PB). Before beginning the patient care service, we distributed, randomly in the equipo of dental chairs, 16 plates of Petri as a way of culture Ágar blood. In the end of the patient care services, the plates were collected and sent to the clinical analysis laboratory. The material remained in a conservatory on 37º for 24 hours. Thus, we read the plates, identifying the microorganisms present on them, through biochemical tests. In the 16 samples, all they presented contamination. Microorganisms found were Staphylococcus aureus, identified in 25% of the plates, Staphylococcus epidermidis, in 31,25% of the plates and Enterobacter aerogenis, Staphylococcus viridans e Pseudomonas, in 6,25 % of the plates. There is the need for effective supervision in the control of biosecurity in dental environment, mainly at clinic-schools, in which a large number of docents, academics and patients are gathered in a same place, with several clinical procedures being used at the same time. Keywords: Odontology. Exposure to biological agents. Disinfections. * Doutorando em Lazerterapia pala Universidade Cruzeiro do Sul- UNICSUL – São Paulo – SP; Mestre em Odontologia pala Universidade Potiguar – UnP- Natal – RN; Especialista em Periodontia pelo COESP – João Pessoa – PB; Professor do Departamento de Odontologia das faculdades Integradas de Patos – Fip – Patos – PB ** Graduando em Odontologia pelas Faculdades Integradas de Patos – FIP. *** Graduando da Universidade Federal da Paraíba - UFPB E-mail: [email protected]

Analise microbiologica em ambiente odontologico

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Analise microbiologica em ambiente odontologica

Citation preview

  • 0

    Anlise microbiolgica em ambiente odontolgico

    Microbiological analysis in dental environment

    Joo Nilton Lopes de Sousa* Arnaldo Marques Filho** Renato Lopes de Sousa***

    RESUMO - O objetivo desta pesquisa foi avaliar identificar os principais microrganismos contaminantes do ambiente odontolgico. O estudo foi realizado na Clnica Interdisciplinar do curso de odontologia das FIP. Foram distribudas de forma aleatria, nos equipos odontolgicos, 16 placas de Petri com gar sangue. Ao trmino dos atendimentos, as placas foram coletadas e enviadas ao laboratrio de anlises clnicas, onde permaneceram em estufa a 37C durante 24 h. Aps este perodo, foi realizada a leitura das placas, identificando os microrganismos atravs de provas bioqumicas. Das 16 amostras, todas apresentaram contaminao. Os microrganismos encontrados foram Staphylococcus aureus (25% das placas), Staphylococcus epidermidis, (31,25%) e Enterobacter aerogenis, Staphylococcus viridans (6,25%) e Pseudomonas (6,25%). Existe a necessidade de superviso efetiva no controle da biossegurana nas clnicas escolas, onde um grande nmero de profissionais docentes, acadmicos e pacientes esto juntos em um mesmo ambiente, com vrios procedimentos clnicos sendo realizados ao mesmo tempo.

    Palavras-chaves: Odontologia. Exposio a Agentes Biolgicos. Desinfeco

    ABSTRACT: The aim of this research is to assess contamination and identify the main microorganisms which contaminate the dental environment after clinical care. The study has been made at Clnica Interdisciplinar (Dentistry, Endodontics and Periodontics) in the course of Odontology at Faculdades Integradas of Patos (PB). Before beginning the patient care service, we distributed, randomly in the equipo of dental chairs, 16 plates of Petri as a way of culture gar blood. In the end of the patient care services, the plates were collected and sent to the clinical analysis laboratory. The material remained in a conservatory on 37 for 24 hours. Thus, we read the plates, identifying the microorganisms present on them, through biochemical tests. In the 16 samples, all they presented contamination. Microorganisms found were Staphylococcus aureus, identified in 25% of the plates, Staphylococcus epidermidis, in 31,25% of the plates and Enterobacter aerogenis, Staphylococcus viridans e Pseudomonas, in 6,25 % of the plates. There is the need for effective supervision in the control of biosecurity in dental environment, mainly at clinic-schools, in which a large number of docents, academics and patients are gathered in a same place, with several clinical procedures being used at the same time. Keywords: Odontology. Exposure to biological agents. Disinfections. * Doutorando em Lazerterapia pala Universidade Cruzeiro do Sul- UNICSUL So Paulo SP; Mestre em Odontologia pala Universidade Potiguar UnP- Natal RN; Especialista em Periodontia pelo COESP Joo Pessoa PB; Professor do Departamento de Odontologia das faculdades Integradas de Patos Fip Patos PB ** Graduando em Odontologia pelas Faculdades Integradas de Patos FIP. *** Graduando da Universidade Federal da Paraba - UFPB E-mail: [email protected]

  • 1

    INTRODUO

    Na rea da sade, todo procedimento clnico, acadmico ou profissional, est sujeito

    aos riscos de contaminao e/ou transmisso de doenas proveniente de contatos diretos ou

    indiretos com saliva, secrees e sangue ou com aerossis, gotculas e perdigotos. O descuido

    ou negligencia com a biossegurana pode aumentar os riscos de infeco cruzada (LIDWELL

    et al., 1974; DISCACCIATI et al., 1998).

    A infeco cruzada no consultrio odontolgico pode ocorrer por meio de quatro vias:

    dos pacientes para equipe odontolgica, da equipe odontolgica para os pacientes, de

    profissional para profissional e de paciente para paciente (ROSSETINI, 1985). As doenas

    infectocontagiosas mais relacionadas coma a infeco cruzada na prtica clnica odontolgica

    so hepatites, tuberculose e herpes simples (SAMPSON; DHURU, 1983). Por este motivo, o

    controle de infeces nestes ambientes tem sido motivo de preocupao, exigindo-se a

    utilizao de equipamentos de proteo individual (EPI), desinfeco do ambiente e

    esterilizao dos materiais e instrumentais, que podem funcionar como via de transmisso de

    doenas (ARTINI et al., 2008).

    Nas clnicas escolas das faculdades de odontologia, h um maior risco de infeces

    cruzadas pelo fato de um nmero maior de procedimentos serem realizados ao mesmo tempo

    e em um mesmo ambiente, devendo ressaltar a importncia do controle de microrganismos e

    dos princpios de biossegurana durante o atendimento aos pacientes (MILLER et al., 1990).

    O protocolo de controle de infeco de fcil entendimento, custo baixo, tempo reduzido e

    exige apenas o envolvimento do profissional e de sua equipe para alcanar resultados

    positivos. Se todos os profissionais se preocuparem com essas normas, no existir a mnima

    possibilidade de exposio dos pacientes a perigos (FERRARI, 2001).

    Segundo o Manual de Conduta do Ministrio da Sade (2000), as normas a serem

    seguidas pela equipe odontolgica com finalidade de prevenir as infeces cruzadas so:

    cuidados com o ambiente e superfcie de trabalho (limpeza, desinfeco e barreiras mecnicas

    de proteo); cuidados com o profissional e sua equipe de trabalho (imunizaes, lavagem,

    secagem das mos e uso de equipamento de proteo individual como: avental comprido de

    manga longa e gola alta, culos com proteo lateral, gorro, mscara e luvas descartveis);

    cuidados com o paciente (bochecho com soluo antissptica, paramentos e particularidades

  • 2

    nas diversas especialidades); cuidados com os materiais contaminados (desinfeco por

    imerso, lavagem manual e ultrassnica, embalagens e mtodos de esterilizao).

    O desenvolvimento de pesquisas que avaliem a contaminao do ambiente e dos

    profissionais de odontologia fundamental para alertar a importncia dos princpios de

    biossegurana e impedir ou diminuir infeco cruzada entre pacientes e profissionais. Neste

    contexto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a contaminao do ambiente odontolgico

    durante a realizao de procedimentos clnicos.

    REVISO DE LITERATURA

    Biossegurana e risco

    Tem sido muito difcil para cirurgies-dentistas, pesquisadores e imunologistas deter

    infeces nos consultrios odontolgicos. Na maioria das vezes, os microrganismos tm se

    livrado das medidas de segurana adotadas na atualidade, fazendo com que aumente os riscos

    dos profissionais e pacientes. Por outro lado, muitos cirurgies-dentistas tm deixado a

    desejar em relao biossegurana, a aparncia de um consultrio bonito, limpo, bem

    decorado, em cores brancas ou neutras, nem sempre demonstra que ele esteja devidamente

    desinfectado e os equipamentos esterilizados. Consultrio odontolgico bem cuidado aquele

    que segue no seu dia a dia o uso permanente do protocolo de controle de infeco

    (FERREIRA, 1995).

    O protocolo de biossegurana inclui o uso de equipamentos de proteo

    individual(EPI), como culos, gorros, luvas e mscaras descartveis que so eficientes e que

    ajudam a diminuir significativamente os nveis de contaminao (GUIMARES JUNIOR,

    1992; CHINELLATO; SCHEIDT, 1993; BULGARELLI et al., 2001). Os profissionais ainda

    podem lanar mo de substncias qumicas para a desinfeco das superfcies e materiais e de

    autoclaves para promover a esterilizao de instrumentais (JORGE, 1998).

    Segundo Bittencourt (2003), as mos, a saliva, secrees nasais, sangue, roupas,

    cabelo, instrumental e equipamentos odontolgicos podem funcionar como fonte de infeco

    cruzada. A caneta de alta-rotao apresenta um maior risco pela dificuldade de uma correta e

    efetiva esterilizao principalmente nas partes internas, como os rolamentos, que se localizam

    dentro da turbina e devido o refluxo no sistema de gua acionadas por sistema pneumtico.

  • 3

    De acordo com o Ministrio da Sade (2000) o uso de barreiras de proteo

    eficientemente eficaz para reduo de contaminao por sangue e secrees orgnicas.

    obrigatrio o uso de equipamento de proteo individual durante todo atendimento clnico.

    Todos profissionais devem limitar a disseminao dos microrganismos, sendo de grande

    importncia o preparo de todo o ambiente clnico antes do atendimento de cada paciente,

    evitando contatos com a mo j enluvada em materiais e equipamentos. O uso de coberturas

    descartveis eficaz no controle de infeces e reduz o tempo para desinfeco.

    Para Ferrari (2001), o princpio de biossegurana vai de acordo com cada profissional.

    Cada procedimento deve ser realizado como um ritual, independentemente de quem esteja

    sendo atendido, j que no seria nada tico nem vivel submeter os pacientes a exames

    laboratoriais toda vez que for ao consultrio. Fantinato (1994), afirmou que a infeco

    cruzada se trata de uma passagem de microrganismos de um indivduo para outro susceptvel.

    Na odontologia a infeco cruzada pode ocorrer de diversas maneiras como: dos pacientes

    para equipe odontolgica; da equipe odontolgica para os pacientes; de paciente para paciente

    via equipe odontolgica; de paciente para paciente via instrumental. Esses riscos iro

    aumentar medida que aerossis e matrias particuladas forem se formando durante todo

    procedimento odontolgico.

    No manual de condutas do CDC (Center for Disease Control and Prevention) de

    Atlanta conceitua risco biolgico como populao exposta, todos os indivduos, profissionais

    ou no, com risco potencial de exposio a algum material infectado, como sangue, tecidos,

    lquidos corpreos especficos, equipamentos ou superfcies ambientais contaminados com

    estas substncias. Abrange diferentes reas de atuao profissional: medicina, enfermagem,

    odontologia, estudantes, pessoal de laboratrio, tcnicos, funcionrios do setor de emergncia,

    pessoas que tm contato direto com o paciente, pessoas que no tm contato, mas que podem

    estar em contato com materiais contaminados, como pessoal de limpeza e, mais raramente,

    pessoal administrativo e outros usurios e/ou pacientes (KOHN et al., 2004).

    Na dcada de 80, depois do aparecimento da AIDS, as comunidades de sade foram

    alertadas para o real perigo da transmisso ocupacional de doenas infecciosas. Iniciou-se um

    forte movimento para adoo de um programa para controle de infeco cruzada nos servios

    de sade, visando reduzir os riscos tanto para profissionais, quanto para pacientes

    (RUNNELLS, 1988). Por outro lado, a AIDS trouxe uma grande preocupao para o paciente

    que frequenta o consultrio odontolgico (DISCACCIATI; NEVES; PORDEUS, 1999).

  • 4

    Pode-se ressaltar ainda que, em ambiente odontolgico, o controle de infeco nos

    ltimos vinte anos vem se tornando exigido, j que transmisso de vrias doenas

    infectocontagiosas, como a hepatite e AIDS, pode ter origem na cavidade bucal

    (BITTENCOURT, et al., 2003; ARTINI et al., 2008).

    As doenas infectocontagiosas podem ser transmitidas atravs de duas vias: via direta,

    por transferncia imediata do agente infeccioso a uma porta de entrada receptiva; ou indireta,

    atravs da transferncia de agentes mediante veculos de transmisso, que podem ocorrer por

    meio dos aerossis microbianos emitidos pelos motores de alta rotao (BARDAL; JORGE;

    SANTOS, 2007).

    Nas escolas de odontologia a infeco cruzada tem uma relao especial quando se

    falado em riscos, por haver um grande nmero de profissionais docentes, acadmicos e

    pacientes juntos em um mesmo ambiente. Deve existir uma extrema necessidade de

    superviso efetiva no controle da assepsia, o que normalmente difcil sob as condies

    normais de trabalho (MATTOS FILHO et al., 2002).

    A literatura ampla no que diz respeito contaminao ao redor de consultrios

    odontolgicos, principalmente das pessoas envolvidas diretamente no atendimento, como

    profissional, auxiliar e paciente (GONCALVES, RAMOS, GASPARETTO, 2006).

    Goncalves et al. (2006) avaliaram a contaminao durante o atendimento odontolgico

    utilizando placas de gar posicionadas na face do profissional e do auxiliar e no trax do

    paciente. Constataram que a contaminao detectada no profissional foi semelhante

    encontrada no trax do paciente e nove vezes maior do que a encontrada no auxiliar.

    O controle de infeco tem gerado uma grande ateno na preveno contra infeco

    cruzada; pois, em clnicas escolas de odontologia, os atendimentos so coletivos situados em

    reas muito prximas umas das outras com o maior nmero de pessoas circulando pelo

    ambiente (GREPPI, CESAR, 2002).

    Crawford (1982) pesquisou a contaminao da equipe odontolgica durante sua

    prtica clnica nos Estados Unidos. 45% dos profissionais pesquisados relataram terem se

    contaminado em ambiente de trabalho. A maior parte citou ter adquirido infeces

    respiratrias (70%), seguido de infeces nos dedos e mos (14%) e infeces oculares (9%).

  • 5

    Barreto et al. (2011) desenvolveram um estudo avaliando a contaminao do

    ambiente odontolgico por aerossis durante atendimento clnico com uso de ultrassom.

    Concluram que o crescimento de espcies bacterianas potencialmente patognicas foi

    evidente e igual em todas as reas do consultrio, atingindo distncias que ultrapassava os

    limites do ambiente odontolgico, mesmo na presena de barreiras fsicas entre os boxes. Os

    autores realaram a necessidade de ateno constante s medidas preventivas de controle de

    infeco, incluindo o uso de equipamento de proteo individual (EPI) para todas as pessoas

    presentes em ambiente odontolgico.

    J Silva e Jorge (2002) avaliaram agentes desinfectantes de superfcie mais utilizados

    em odontologia, e teve como base na anlise dos resultados obtidos em seu trabalho que as

    superfcies do equipamento odontolgico estavam contaminadas aps atendimento,

    representando riscos de transmisso de infeco cruzada; Os microrganismos encontrados em

    maior concentrao, em praticamente todas as superfcies analisadas, foi Streptococcus alfa-

    hemoltico, os quais podem ser utilizados como indicadores de contaminao bucal do

    ambiente; constatou presena de bactrias gram-negativas em pequenas quantidades nas

    superfcies estudadas, o que denotava provvel m higienizao e limpeza de alguns

    equipamentos. Dos agentes desinfectantes utilizados na pratica odontolgica que teve mais

    efetividade foi soluo alcolica de clorexidina, com ao bastante eficaz na reduo de

    microrganismos, principalmente para bactrias gram-positivas. O iodforo (PVP-I) foi eficaz

    principalmente para leveduras do gnero cndidas. O composto fenlico (Duplofen), tambm

    mostrou efetividade na reduo de microrganismos e o lcool etlico a 77GL foi o menos

    eficaz dos desinfetantes testados, entretanto mostrando uma reduo estatisticamente

    significativa de microrganismos.

    De acordo com Ferreira (1995), as duas palavras indispensveis na luta contra a

    contaminao dos ambientes odontolgicos a informao e determinao no cumprimento

    do protocolo de controle de doenas infectocontagiosas que para os profissionais da rea um

    dos grandes desafios dirios.

    MATERIAL E MTODO

    Previamente a sua execuo, esta pesquisa foi submetida apreciao do Comit de

    tica em Pesquisa das Faculdades Integradas de Patos-PB e foi aprovada com protocolo

  • 6

    107/2011. A coleta das amostras foi realizada no ms de abril de 2011 na Clnica

    Interdisciplinar, onde so realizados procedimentos de dentstica, periodontia e endodontia.

    Para avaliar a contaminao durante o atendimento odontolgico, foram realizadas coletas

    microbiolgicas com meio de cultura em placas de Petri do ambiente e dos Jalecos dos

    alunos.

    Antes de iniciar o atendimento aos pacientes, foram distribudas de forma aleatria,

    nos 16 equipos das cadeiras odontolgicas da clnica, 16 placas de Petri com meio de cultura

    gar sangue (BD, USA) que permaneceram abertas durante o perodo de realizao dos

    procedimentos clnicos (Figura 1). As placas foram enumeradas de acordo com a sequncia e

    distribuio das cadeiras odontolgicas.

    Figura 1: Localizao das placas de Petri com gar sangue nos equipos das cadeiras odontolgica

    Ao trmino dos atendimentos aos pacientes, as placas foram coletadas e enviadas ao

    laboratrio de anlises clnicas especializadas (LAB CENTER, Patos, Paraba, Brasil), onde

    permaneceram em estufa a 37C durante 24 horas. Aps este perodo, foi realizada a leitura

    das placas, identificando os microrganismos presentes, atravs de provas bioqumicas. Em

    seguida, foi feita a contagem do nmero de unidades formadoras de colnias (UFC) que

    cresceram em cada placa (Figura 2).

  • 7

    Figura 2: Crescimento dos microrganismos em Placa de Petri (gar Sangue) coletada do equipo odontolgico.

    Para avaliar a sensibilidade das substncias antisspticas no final do atendimento

    clnico foram coletadas em recipientes as substncias mais utilizadas na desinfeco como o

    PVP-I (Rioquimica ind. e comercio, Porto Alegre), Clorexidina a 2% (Maquira, Maring),

    Hipoclorito de Sdio a 2,5% (Asfer Ind. Quimica Ltda, So Paulo) e lcool 70% (Vic Pharma

    Indstria e Comrcio Ltda, So Paulo) e enviadas para o laboratrio para realizao dos

    testes.

    RESULTADOS

    Das 16 amostras coletadas 16 do ambiente, todas apresentaram contaminao. Na

    tabelas 1, pode-se observar os microrganismos e as frequncias com que foram isolados do

    ambiente e dos jalecos.

    Tabela 1: Frequncia dos microrganismos isolados no ambiente durante atendimento odontolgico.

    Microrganismos Frequncia nas placas de Petri 16 Placas (gar sangue)

    no f

    Fungos de ambiente 16 100%

    Staphylococcus aureus 04 25%

    Enterobacter aerogenis 01 6,25%

    Staphylococcus viridans 01 6,25%

    Staphylococcus epidermidis 05 31,25%

    Pseudomonas 01 6,25%

  • 8

    DISCUSSO

    Em toda atividade odontolgica, to importante quanto o aprimoramento tcnico e

    cientfico a conscientizao dos riscos de contaminao durante o atendimento odontolgico

    (PINTO; PAULA, 2003). Nas escolas de odontologia a infeco cruzada tem uma relao

    especial quando se fala em riscos, por haver um grande nmero de profissionais docentes,

    acadmicos e pacientes juntos em um mesmo ambiente. Deve existir uma extrema

    necessidade de superviso efetiva no controle da assepsia, o que normalmente difcil sob as

    condies normais de trabalho (MATTOS FILHO et al., 2002).

    A atividade bsica do cirurgio dentista constituda por aes que implicam remoo

    de tecido contaminado em meio a fludos corporais sangue e saliva. Essas remoes so

    realizadas com o motor de alta rotao, gerando aerossis que contaminam o ambiente e as

    superfcies prximas (MENDES, 2002).

    Bardal et al. (2007) afirmaram que os cirurgies-dentistas preocupam-se apenas em

    manter a esterilizao dos instrumentos, esquecendo-se que instrumentos de alta rotao e

    aparelhos ultrassnicos formam aerossis que contaminam culos, gorros, aventais, mscaras

    e qualquer outro objeto que se encontre no seu campo de ao. A presena de crescimento

    bacteriano em placas dispostas na bancada refora a necessidade de restringir o material

    depositado neste local a apenas quele que ser utilizado durante o atendimento. Outros

    materiais ou objetos de uso pessoal estaro expostos contaminao por aerossis e serviro

    de instrumentos de propagao de microrganismos.

    A biossegurana em odontologia compreende o conjunto de medidas empregadas com

    a finalidade de proteger a equipe e os pacientes em ambiente clnico. Essas medidas

    preventivas abrangem prticas ergonmicas no desenvolvimento do exerccio da profisso,

    controle dos riscos fsicos e qumicos e princpios de controle da infeco (COSTA et al.,

    2000). O protocolo de controle de infeco de fcil entendimento, custo baixo, tempo

    reduzido e exige apenas o envolvimento do profissional e de sua equipe para alcanar

    resultados positivos. Se todos os profissionais se preocuparem com essas normas, no existir

    a mnima possibilidade de exposio dos pacientes a perigos (FERRARI, 2001). A

    biossegurana inclui o uso de equipamentos de proteo individual (EPI), como culos,

    gorros, luvas e mscaras descartveis que so eficientes e ajudam a diminuir

    significativamente os nveis de contaminao (BULGARELLI et al. 2001). Os profissionais

  • 9

    ainda podem lanar mo de substncias qumicas para a desinfeco das superfcies e

    materiais e de autoclaves para promover a esterilizao de instrumentais (JORGE, 1998).

    O resultado do presente estudo demostrou que houve contaminao em todas as placas

    examinadas e os microrganismos encontrados no ambiente odontolgico foram fungos,

    Staphylococcus epidermidis, Staphylococcus aureus, Enterobacter aerogenes, Staphylococcus

    viridans e Pseudomonas aeruginosa.

    Os Staphylococcus tm sido relacionados a diferentes tipos de infeco, incluindo

    pneumonia, meningites, osteomielites, infeces na pele e tecidos moles (YASSAKA et al.,

    2010) e infeco oculares (UESUGUI et al., 2002) . Neste estudo, foram os Staphylococcus

    os microrganismos mais frequentemente encontrados nas placas que avaliaram a

    contaminao do ambiente e dos jalecos dos alunos, resultado semelhante com o estudo de

    Fvero e Menolli (2006), que tambm avaliaram a contaminao do ambiente em uma clnica

    odontolgica coletiva.

    Os Staphylococcus sp. responsabilizado por infeces mistas, ou de foco crnico,

    infeces em queimados, infeces do trato urinrio, em feridas cirrgicas, infeces do trato

    intestinal, abdominais, do sistema nervoso central, infeces hospitalares, infeces genitais

    nas mulheres, bacteremias e pneumonia, entre outras doenas. Algumas, como a foliculite,

    que se trata de uma obstruo do folculo piloso, so mais simples e de fcil tratamento, mas

    no caso de infeces do Sistema Nervoso Central (SNC) deve haver uma maior preocupao.

    Assim como Staphylcoccus sp., Streptococcus sp. tambm citado como agente etiolgico de

    vrias infeces de importncia mdico-hospitalar, sendo as principais delas as pneumonias,

    que representam a causa mais importante de morte atribuda doena infecciosa nos pases

    desenvolvidos. Nesse caso, h uma preocupao ainda maior, pela agressividade com que se

    desenvolve a doena (BRASIL, 2004).

    Cuidados com a biossegurana, desinfeco do ambiente e manipulao de materiais

    contaminados, como o jaleco, devem seguidos diariamente pela equipe odontolgica, pois

    microrganismos encontrados como P. aeruginosa e S. aureus apresentam grande capacidade

    para formao de biofilme e esto frequentemente presentes em ambientes midos e nos

    circuitos de gua em sistemas odontolgicos (FREITAS, VAN DER SAND, SIMONETTI,

    2010).

  • 10

    A cavidade bucal pode se tornar um reservatrio de Pseudomonas aeruginosa,

    especialmente em pacientes com periodontite, fazendo com que dificulte o tratamento em

    alguns casos de infeces oportunistas, podendo comprometer pacientes debilitados, como

    idosos e imunossuprimidos (SANTOS et al., 2002) e contaminao de feridas cirrgicas

    (CASTRO et al., 2009).

    Outro microrganismo encontrado no ambiente odontolgico foi o Enterobacter

    aerogenis que so os responsveis mais frequentes de infeces oportunistas que afetam as

    vias urinrias, trato respiratrio, feridas cutneas ou ainda serem responsveis por septicemia

    (KONEMAM et al., 1997).

    Silva e Jorge (2002) avaliaram os agentes desinfetantes de superfcie mais utilizados

    em odontologia sobre as superfcies de equipamento odontolgico contaminado aps

    atendimento. Os microrganismos encontrados em maior concentrao, em praticamente todas

    as superfcies analisadas, foi Streptococcus alfa-hemoltico, os quais podem ser utilizados

    como indicadores de contaminao bucal do ambiente. Constatou-se ainda a presena de

    bactrias gram-negativas em pequenas quantidades nas superfcies estudadas, o que denotava

    provvel m higienizao e limpeza de alguns equipamentos. Dos agentes desinfetantes

    utilizados na pratica odontolgica, o que teve mais efetividade foi soluo alcolica de

    clorexidina, com ao bastante eficaz na reduo de microrganismos, principalmente para

    bactrias gram-positivas. O iodforo (PVP-I) foi eficaz principalmente para leveduras do

    gnero candidas. O composto fenlico (Duplofen) tambm mostrou efetividade na reduo de

    microrganismos e o lcool etlico a 77GL foi o menos eficaz dos desinfetantes testados.

    Bambace et al. (2003) realizaram um estudo testando a eficcia de solues aquosas de

    clorexidina na desinfeco de superfcies em concentraes de 0,5%, 1%, 2%, 3% e 4%,

    comparando a do lcool 70% gel e lquido, bem como verificaram sua viabilidade

    econmica. Cepas de Streptococcus mutans, Staphylococcus aureus, Pseudomonas

    aeruginosa, Candida albicans e Klebsiella pneumoniae foram utilizadas para a

    contaminao de superfcies de couro, frmica e ao inoxidvel e ento realizada a

    desinfeco utilizando a tcnica spray wipe spray com cada soluo. Aps cada

    desinfeco foram feitas coletas utilizando placas de superfcie (RODAC) contendo gar

    BHI, incubadas e as UFC/placa contadas. O resultado foi que solues aquosas de clorexidina

    a partir da concentrao de 1% demonstraram maior eficcia na desinfeco de superfcies,

    quando comparadas com soluo aquosa de clorexidina 0,5%, lcool 70% gel e lquido, e

  • 11

    dentre as substncias testadas, a soluo aquosa de clorexidina 1% foi substncia qumica

    que apresentou a melhor relao entre custo e eficcia para desinfeco de superfcies, sendo

    efetiva para todas as superfcies e todos os microrganismos testados.

    Bactrias multirresistentes, que podem provocar doenas como faringites, otites,

    pneumonia, tuberculose e at mesmo a morte, so carregadas para lugares pblicos e retornam

    as ruas para consultrios mdicos, odontolgicos, enfermarias e salas de cirurgia nos jalecos

    dos mais diversos profissionais de sade. Frequentemente, a seriedade da questo

    negligenciada por arrogncia ou desconhecimento de alguns conceitos bsicos de

    microbiologia (CARVALHO, et al.2009).

    Em uma clnica de grande porte, como as multidisciplinares em escolas de

    odontologia, as medidas de preveno e controle de infeco assumem grande importncia no

    atendimento dirio (BARRETO et al., 2011). Prevenir e controlar a infeco cruzada no

    consultrio odontolgico hoje exigncia e direito do cliente e, sobretudo, uma declarao de

    respeito equipe de trabalho. Desta forma essencial que haja conscientizao para que

    aconteam mudanas na conduta dos profissionais, levando-os a adotarem medidas mnimas

    de segurana para todos os clientes atendidos e em todas as ocasies de tratamento, como

    forma de impedir que a prpria equipe de sade atue como vetor na propagao de infeces,

    colocando em risco a sua sade, a da equipe auxiliar e da comunidade (SILVA,

    PATROCNIO, NEVES, 2002).

    CONSIDERAES FINAIS

    Houve crescimento de bactrias potencialmente patgenas no ambiente odontolgico.

    A partir dos resultados obtidos podemos concluir ainda: h fragilidade dos acadmicos de

    odontologia quanto relacionados biossegurana; grande a chance de ocorrer infeco

    cruzada, tanto na equipe odontolgica, quanto no paciente.

    REFERNCIAS

    ARTINI, M. et al. Specific anti cross infection measures may help to prevent viral contamination of dental unit waterlines: a pilot study. Infection. Departamento de Cincias da Sade Pblica, Universidade La Sapienza, Roma, 2008.

  • 12

    BARDAL P. M.; JORGE A. O. C.; SANTOS S. S. F. Avaliao da contaminao de aventais aps procedimento odontolgico. Rev. Assoc. Paul. Cir. Dent., v.61, n.4, p308-314, jul./ago. 2007.

    BARRETO, A. C. B. et al. Contaminao do ambiente odontolgico por aerossis durante atendimento clinico com uso de ultrassom.Braz J. Periodontol., v.21, n.2, p79-84, jun.2011.

    BAMBACE, A. M. J., et al. Eficcia de solues aquosas de clorexidina para desinfeco de superfcies. Rev. biocinc.,Taubat, v.9, n.2, p.73-81, abr./jun. 2003.

    BITTENCOURT, E. I. et al. Avaliao da Contaminao das Canetas de Alta Rotao Empregadas na Clnica Odontolgica. Revista ABO Nac., So Paulo, v. 11, n. 2, p. 92-98, 2003.

    BRASIL. Ministrio da Sade. Secretaria de Polticas de Sade, Coordenao Nacional de DST e AIDS. Controle de infeces na prtica odontolgica em tempos de AIDS: manual e condutas. Braslia. 2000.118p.

    BRASIL, Ministrio da sade. Secretaria de Vigilncia em Sade. Manual de microbiologia clinica para o controle de infeco em servios de sade. Braslia, 2004.

    BULGARELLI, A. F. et al. Avaliao das medidas de biossegurana no controle de infeco cruzada durante tratamento periodontal bsico. Rev. Bras. Odontol., v. 58, n. 3, p. 188-190, maio/jun. 2001.

    CARVALHO, C.M.R.S. et al. Aspectos de biossegurana relacionados ao uso do jaleco pelos profissionais de sade: uma reviso da literatura. Rev. Texto & Contexto Enferm., Florianpolis, v. 18, n. 2, p. 355-360. Abr./jun. 2009.

    CASTRO, A. L. et al. Infeco por Pseudomonas aeruginosa em tumor odontognico queratocstico. Rev Bras Otorrinolaringol, v.75, n.1, p. 157, jan./feb. 2009.

    CENTERS FOR DISEASE CONTROL. Atlanta Update: universal precautions for prevention of transmission of HIV,HVB and other blood-borne pathogens in health care settings. M.M.W.R., v.37, n.1, p.377-381, 1988.

    CHINELLATO, L. E. M.; SCHEIDT, W. A. Estudo e avaliao dos meios de biossegurana para o cirurgio-dentista e auxiliares contra doenas infecto-contagiosas no consultrio odontolgico. Rev. Fac. Odontol. Bauru, v. 1, n. 1/4, p. 59-66, jan./dez. 1993.

    COSTA, M. A.; COSTA, M. F. B.; MELO, N. S. F. O. Biossegurana - Ambientes Hospitalares e Odontolgicos. So Paulo: Santos, 2000, 130p.

    CRAWFORD, J. J. Sterilization, disinfection and asepsis in dentistry. In: McGHEE, J. R.; MICHALEK, S. M.; CASSELL. G. H. Dental microbiology. Philadelphia: Harper & Row, 1982. p.189-208.

  • 13

    DISCACCIATI, J. A. C.; NEVES, A. P.; PORDEUS, I. A. AIDS e controle de infeco cruzada na prtica odontolgica: percepo e atitudes dos pacientes. Revista Odontolgica da Universidade de So Paulo, v. 13, n. 1, p.75-82, jan./mar. 1999.

    FANTINATO, V. Manual de esterilizao e desinfeco em odontologia. 1. ed., So Paulo: Editora Santos, 1994.

    FAVERO, A., MENOLLI, R. A. Anlise bacteriolgica do ar em ambientes fechados da Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paran). In: X Semana do Curso de Cincias Biolgicas da Unioeste; Cascavel 2006.

    FERRARI, P. Princpio de biossegurana uma questo de conscincia profissional. Revista Interativo, v.1, n. 48, jun./ago. 2001.

    FERREIRA, R. A. Barrando o invisvel. Rev. Assoc. Paul. Cir. Dent., v. 49, n. 6, p. 417-427, nov./dez. 1995.

    FREITAS, V.R; VAN DER SAND, S.T; SIMONETTI A.B. In vitro biofilm formation by Pseudomonas aeruginosa and Staphylococcus aureus on the surface of high-speed dental handpieces. Rev. Odontol. UNESP., v. 39, n.4, p.193-200, jul./ago. 2010.

    GONALVES, L. B.; RAMOS, A. L.; GASPARETTO A. Avaliao do efeito da clorexidina 0,12% na reduo de bactrias viveis em aerossis gerados em procedimento de profilaxia. Rev. Dent. Press Ortodon. Ortop. Facial, v.11, n.3, p.88-92, mai./jun. 2006.

    GREPPI, F. S.; CESAR M. F. Utilizao de equipamento de proteo individual (EPI) para o paciente odontopeditrico. Revista Biocincias, So Paulo, v. 8, n. 1, p.77-83, 2002.

    GUIMARES JUNIOR, J. Controle de infeco cruzada no consultrio odontolgico. Rev. Assoc. Paul. Cir. Dent., v. 46, n. 2, p.711-716, mar./abr. 1992.

    JORGE, A. O. C. Princpios de biossegurana em odontologia. Ed. 1, Taubat: UNITAU, 1998. 39 p.

    KOHN W. G. et al. Guidelines for infection control in dental health care settings.2003. J. Am. Dent. Assoc., v.135, n.1, p.33-47, jan. 2004.

    KONEMAN E. W., et al.. Haemophilus. In: Color atlas and textbook of diagnostic microbiology, 5th ed. Philadelphia: Lippincott. p.363-93. 1997.

    MATTOS FILHO, T. R. et al. Influncia da climatizao da clnica odontolgica sobre os microorganismos dispersos no ar. Lecta-U.S.F, v.20, n.2, p.171-176, jul./dez. 2002.

    Mendes L. E. Climatizao em consultrio odontolgico. Goinia: Odontobio; 2002. Disponvel em: http://www.odontobio.kit.net/climatizacao.htm, acessado em [18 de outubro de 2012].

    PINTO, K. M. L.; PAULA, C. R. Protocolo de biossegurana no consultrio odontolgico: custo e tempo. Rev. biocinc.,Taubat, v. 9, n.4, p.19-23, out-dez 2003.

  • 14

    RUNNELLS, R. R. An overview of infection control in dental practice. J. Prosthet. Dent., v. 59, n. 5, p. 625-629, may 1988.

    SANTOS, S. S. F.; LOBERTO, J. C. S.; MARTINS, C. A. P.; JORGE, A. O. C. Prevalncia e sensibilidade in vitro de enterrobacteriaceae e pseudomonas isoladas da cavidade bucal e bolsa periodontal de pacientes com periodontite crnica. Ps Graduao Revista Faculdade Odontolgica, So Jos dos Campos, v. 5, n. 2, 2002.

    SILVA, C. R. G.; JORGE, A. O. C. Avaliao de desinfetantes de superfcie utilizados em Odontologia. Pesqui. Odontol. Bras., So Paulo, v.16, n.2, p107-114, abr./jun.2002.

    SILVA, P. E. B.; PATROCNIO, M. C.; NEVES, A. C. C. Avaliao da conduta de biossegurana em clnicas odontolgicas de graduao. Rev. biocinc.,Taubat, v.8, n.1, p.45-52, jan.-jun.2002.

    YASSAKA C., et al. Anlise qualitativa e quantitativa de microorganismos presentes em ambientes de laboratrio. (2010). Disponvel em URL: http://www.ebookbrowse.com/anlise-qualitativa-e-quantitativa-de-microorganismos presentes-em-ambientes-de-laboratrio-doc-d40618694