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ANÁLISE MULTICRITÉRIOS NA ERGONOMIA PARA FUNCIONÁRIOS DE UMA FÁBRICA DE GELO EM CABO FRIO
Leonardo Rafael Brum, Luciana Pinheiro Oliveira
(Universidade Veiga de Almeida)
Resumo: A pesquisa tem como tema a antropometria na ergonomia, onde através da análise multicritério buscou identificar a luz do critério para o gestor de uma fábrica de gelo na cidade de Cabo Frio, cargo este que ocupa a 8 anos. Com o objetivo de cooperar para o tratamento da subjetividade essencial ao processo decisório em questão, foi realizada uma extensa revisão bibliográfica, com base de dados como o Google Acadêmico, para orientação na identificação dos critérios e subcritérios. Através da definição da meta global, dos objetivos, das dimensões e das alternativas foi possível estruturar o problema em aplicação do método de análise hierárquica (AHP). Com base nas informações cedidas junto a um questionário eletrônico aplicado ao decisor, o objetivo foi proposto visando a melhora da saúde do trabalhador, e como consequência resultando no desempenho da produtividade do trabalho. Como resultado foi identificado a dimensão SAÚDE como a mais impactante para aplicabilidade da análise ergonômica na empresa. Dimensão esta, que primeiramente precisa ser trabalhada e necessita um tratamento diferenciado na implantação de uma ação ergonômica.
Palavras-chaves: Ergonomia; Antropometria; Análise Multicritério
ISSN 1984-9354
X CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 08 e 09 de agosto de 2014
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1 INTRODUÇÃO
A ergonomia é determinada como o ajustamento do trabalho ao homem. De acordo com a
Ergonomics Research Society, “Ergonomia é o estudo do relacionamento entre o homem e seu
trabalho, equipamento e ambiente, e particularmente a aplicação dos conhecimentos de anatomia,
fisiologia e psicologia na solução dos problemas surgidos desse relacionamento” (IIDA, 1991).
Conforme Couto (1995) “ergonomia é um conjunto de ciências e tecnologias que procura a
adaptação confortável e produtiva entre o ser humano e seu trabalho, basicamente procurando
adaptar as condições de trabalho às características do ser humano”.
O objetivo primordial constitui a garantia e o conforto dos trabalhadores em relação aos
seus sistemas produtivos. O efeito é consequência e não fim, pois se posta a eficácia como
finalidade principal. Em 1948 com o projeto da cápsula espacial norte-americana surge a ideia de
ergonomia moderna, uma vez que foi preciso fazer um remanejamento de tempos e canais para se
transportar ao espaço, em consequência da moléstia que sofreram os astronautas no inicial
protótipo. Surge dessa forma, por meio da antropometria, o conceito de que o primordial não é
adequar o homem ao trabalho, mas procurar acomodar as situações de trabalho ao ser humano
(PANERO e ZELNIK, 1991).
A realização deste estudo foi de revisão bibliográfica e de pesquisa descritivo-
bibliográfica, pois através de uma extensa pesquisa bibliográfica foi possível obter informações
necessária à pesquisa. Com o objetivo de estudar a ciência do trabalho que engloba uma série de
informações do que se almeja estudar, permitindo ao investigador ampliar e aprimorar as ideias
sobre a temática, a partir dos materiais satisfatórios para o incremento desta acerca da ergonomia
que é a ciência do trabalho e engloba: as pessoas que o fazem, a maneira como é feito, as
ferramentas e equipamentos que elas utilizam, os lugares em que elas laboram e os aspectos
psicossociais nas ocorrências de trabalho.
A engenharia da ergonomia dos fatores humanos como é designada nos Estados Unidos,
(Human Factors) não é uma simples matéria científica se não um resumo que junta as ciências
biológicas, (psicologia, antropologia, fisiologia, medicina, etc.) com a engenharia (PANERO e
ZELNIK, 1991). Há algum tempo quase a soma das aplicações da ergonomia esteve presente no
setor industrial e militar. Os empregos de maneira social foram auxiliares como o desenho dos
espaços internos de uma casa, equipamentos sanitários e até o próprio tanque de lavar roupa. A
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assimilação entre o comprimento corporal de uma pessoa é tão antigo que impressiona a
frequência com que este fato é descuidado.
Este trabalho foi pensado em identificar a luz do critério em uma fábrica de gelo em Cabo
Frio. Compõe-se em quatro capítulos, incluindo a introdução. No segundo capítulo foram versados
os referenciais teóricos, que passaram desde a etimologia e histórico da antropometria, passando a
sua utilização na ergonomia, mostrando a sua definição e, ainda mostrando todo o procedimento
histórico desde a industrial até a formação histórica da ergonomia; sua definição, passando pelos
períodos clássicos aos atuais, medidas, ações ergonômicas e as doenças ocupacionais causadas
pela não implantação do projeto ergonômico e o mais importante da pesquisa, a análise
multicritério onde foi exposto conceito, o surgimento e o método AHP, ou seja, uma melhor
explicação do assunto estudado. No terceiro capítulo foram apresentados na revisão bibliográfica
as estatística dos artigos utilizados na pesquisa por ano, suas sínteses e as dimensões avaliadas na
ergonomia. No quarto capítulo foram abordados a modelagem multicritério, as análises e
resultados dos problemas levantados para julgar os subcritérios e avaliar, por fim, a direção para a
aplicabilidade por meio de decisor ao ser elaborado um questionário através do programa IPÊ
computacional, mostrando tabelas e gráficos para sintetizar o estudo.
1.1 TEMA
Para a realização da pesquisa foi feita uma extensão revisão bibliográfica e de pesquisa
descritivo-bibliográfica, através das bases SciElo, Google Acadêmico entre outros acervos em
livros, pois exige uma série de informações do que se deseja estudar, permitindo ao investigador
ampliar e aprimorar as ideias sobre a temática, a partir dos materiais satisfatórios para o
incremento desta acerca da ergonomia.
Foi utilizado o método AHP com análise multicritério por meio de questionário aplicado
ao decisor da empresa de gelo em Cabo Frio.
1.2 PROBLEMA
Uma das maiores aplicabilidades das medidas antropométricas na ergonomia é na
dimensão do espaço de trabalho. Este espaço é o local que se imagina necessário para
desempenhar os movimentos solicitados. O imaginário torna-se real após o censo antropométrico,
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dando o máximo de conforto músculo-articular, por esse motivo se questiona: Qual a dimensão
mais crítica na ergonomia para aplicabilidade das medidas de antropometria?
1.3 OBJETIVOS
A utilização da análise multicritério da antropometria na ergonomia ao estudo da empresa
de gelo tem como objetivo avaliar medidas e aplicar com a proposta de melhor adaptação
ergonômica do trabalho. Este se desdobra nos seguintes objetivos específicos:
Realizar uma extensa revisão bibliográfica;
Identificar as dimensões mais críticas na aplicação da ergonomia através da revisão
bibliográfica;
Identificar os critérios e sub critérios para aplicabilidade das medidas de
antropometria;
Criar a árvore de critérios;
Aplicação do questionário através do suporte computacional IPÊ;
Identificar dimensão que deve ser tratada primeiramente para aplicabilidade das
medidas de antropometria, através da aplicação de questionário ao decisor da
empresa.
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2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.2 ANTROPOMETRIA E SUA UTILIZAÇÃO NA ERGONOMIA
A antropologia é a ciência da humanidade com a preocupação de conhecer cientificamente
o ser humano na sua totalidade (MARCONI apud SANTOS, 1997).
Devido ao fato de ser uma finalidade bastante ampla que visa o homem como ser
biológico, que pensa, produtor de culturas e que participa da sociedade, a antropologia se
decompõe em duas grandes esferas: a antropologia física e a antropometria cultural. A
antropologia física ou biológica explora a natureza física do homem, origem, evolução, estrutura
anatômica, processos fisiológicos e as diferenças raciais das populações antigas e modernas. Por
isso a antropometria, com o intuito em apurar dados das várias dimensões dos segmentos
corporais (SANTOS, 1997). A contribuição da ciência das medidas tem sido explanada muito na
história das civilizações.
De acordo com ROEBUCK (1975), é depositada ao estatístico belga Quetelet a fundação
da ciência e a criação do próprio termo “antropometria” com a publicação em 1870 da sua obra
“Antropometrie” que estabelece a primeira pesquisa somatométrica em maior escala. A
antropometria tem as suas raízes na antropologia física que, como registro e ciência confrontada,
retornam-se às viagens de Marco Polo (1273-1295), que descobriu um grande número de raças
humanas desiguais em tamanho e constituição e na antropologia racial comparativa estabelecida
por Linné, Buffon e White no século XVIII, e demonstrava que havia diferenças nas proporções
corporais de várias raças humanas (PANERO e ZELNIK, 1991; ROEBUCK, 1975).
2.3 A FORMAÇÃO HISTÓRICA DA ERGONOMIA
De acordo com as pesquisas acerca da relação entre o homem e o trabalho está diretamente
vinculada à própria história da humanidade. Numa abordagem de ordem arqueológica, afirma-se
que os utensílios de pedra lascada se submeteram a um forte processo de melhorias no que se
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refere à manuseabilidade, destacando-se em tal cenário, como resultados produtivos o ganho de
eficiência na caça e sobretudo na coleta.
Fazer menção ao ganho de eficiência no processo de caça implica, obrigatoriamente, na
divisão do trabalho, de modo que as mulheres passaram a se preocupar mais com seus bebês, de
modo que tal avanço implicou na redução da mortalidade infantil (MEIRELLES, Comunicação
pessoal). No museu do Louvre - França, existem documentos de origem egípcia que fazem
menção à natureza ergonômica com fim de elaboração de ferramentas para a construção civil, bem
como desenhos, arranjos organizacionais destinados a canteiros de obras, além das pirâmides.
Numa abordagem de cunho clássico, o que se percebe é que a Ergonomia teve por objeto
principal a busca do entendimento dos fatores humanos inerentes ao projeto de instrumentos de
trabalho, ferramentas e outros apetrechos típicos da atividade humana em ambiente profissional.
Cumpre ainda salientar que com o passar do tempo buscou-se entender, tabelar, organizar dados
sobre os fatores humanos que deveriam ser considerados não apenas para os instrumentos, mas
para os projetos de sistemas de trabalho. No seu sentido mais contemporâneo buscou-se
compreender os fatores de uma atividade de trabalho através de apoio num sentido ainda maior,
incluindo a organização do trabalho e os softwares, métodos e táticas operatórias. Como foi
possível essa evolução?
2.4 ANTROPOMETRIA INDUSTRIAL
Do patamar industrial, quanto mais uniformizado for o produto, seus custos serão mínimos
de produção e de estoque. O planejamento para a média é fundamentado na concepção que isso
aumenta a comodidade para a maioria. Na prática isso não se observa. Há bastante diferença entre
as médias de homens e mulheres, e a adquirir uma média geral termina por favorecer uma faixa
geralmente mínima da população, onde as médias caem dentro da média adotada.
Quando existe uma predominância de mulheres, deve-se adquirir a média feminina, pois
isso oferecerá bem-estar para essa maioria. Até a década de 50 os automóveis eram projetados
para motoristas do sexo masculino, a proporção em que foi crescendo o número de mulheres
motoristas, tornou-se preciso fazer uma adaptação ao projeto, acrescentando a faixa de ajustes do
banco.
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Em muitas ocasiões, precisa-se compor medidas máximas masculinas com medidas
mínimas femininas como no caso das saídas de emergência que devem ser elaboradas para
permitir pelo menos até o percentil 95 masculino. Os locais de trabalho onde devem trabalhar
homens e mulheres geralmente são dimensionados pelo mínimo, ou seja, o percentil 5 das
mulheres.
Uma das grandes aplicabilidades das medidas antropométricas na ergonomia é no
dimensionamento do espaço de trabalho. IIDA (1991) conceitua lugar de trabalho como sendo o
ambiente ilusório necessário para fazer os movimentos solicitados pelo trabalho. O espaço de
trabalho para um jogador de futebol é o próprio campo de futebol de uma altura de 2,5 m (que é a
altura de cabeceio). O espaço de trabalho de um mensageiro seria um lugar tortuoso que segue o
seu caminho de entregas e tem uma seção retangular de 60 cm de largura por 1,70 de altura.
Entretanto a maioria dos serviços da vida moderna desenvolve-se em espaços normalmente
mínimo com o trabalhador em pé ou sentado, fazendo movimentos relativamente maiores com os
membros do que com o corpo e onde devem ser avaliados diversos meios como: postura, tipo de
atividade manual e o vestuário.
Dentro do espaço de trabalho as áreas horizontais são de especial valor, pois é sobre ela
que se executa a maior parte do trabalho. Na mesa de trabalho os aparatos devem ficar
perfeitamente posicionados dentro da área de abrangência que corresponde perto de 35 – 45 cm
com os braços caídos normalmente e de 55 cm com os braços estendidos girando em torno do
ombro. A altura da mesa também é muito relevante especialmente para o trabalho sentado sendo
duas varáveis as responsáveis para a determinação da sua altura, a altura do cotovelo que depende
da altura do assento e o tipo de trabalho a ser realizado. A altura da mesa deriva da soma da altura
poplítea e da altura do cotovelo. Com relação ao tipo de trabalho deve-se analisar se este será
realizado nivelado à mesa ou em elevação.
O assento é possivelmente, uma das invenções que mais colaborou para modificar o
comportamento humano. Muitas pessoas costumam perdurar por 20 horas por dia na posição
sentada e deitada. Eis o maior interesse dos pesquisadores da ergonomia relacionado ao sentar. Na
postura sentada, o corpo entra em contato com o assento só por meio da sua estrutura óssea. Esse
contato é realizado por meio das tuberosidades isquiáticas que são recobertas por uma fina camada
de tecido muscular e uma pele grossa, pronta para suportar grandes pressões. Em apenas 25 cm² de
superfície limita-se 75% do peso total do corpo. Relacionado aos assentos, deve-se notar os
seguintes princípios gerais:
Existe um assento adequado para cada tipo de função;
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As dimensões do assento devem ser adequadas às dimensões antropométricas;
O assento deve permitir variações de postura;
O encosto deve ajudar no relaxamento;
Assento e mesa formam um conjunto integrado (IIDA, 1991).
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Figura 1 - Posições ergonômicas ao sentar
Fonte: http://www.harmonizacaointegral.com.br
Existem diversos dados antropométricos que podem ser usados na percepção dos lugares
de trabalho, mobília, ferramentas e produtos de modo geral, na maioria dos casos pode-se usá-los
no projeto industrial (SANTOS, 1997). Porém, devido a grande quantidade de variáreis, é
essencial que os dados sejam os que melhor se acomodarem aos usuários do espaço ou peças que
se projetam. Por isso, é necessário se definir com precisão a condição da população que se quer
servir em função da idade, sexo, trabalho e raça. Muitas vezes quando o usuário é uma pessoa ou
um conjunto limitado de indivíduos e estão presentes algumas condições especiais, o censo da
informação antropométrica é importante, ainda mais quando o projeto engloba uma grande
aquisição econômica (PANERO e ZELNIK, 1991).
Apesar de muitas das aplicações de engenharia utilizarem técnicas desenvolvidas pelos
primeiros antropologistas, tem acontecido muitas alterações nas maneiras de adquirir dados e
especialmente nos instrumentos elaborados para satisfazer a necessidades específicas.
Especialmente a necessidade de construir ligações espaciais em coordenadas
tridimensionais foi elaborada como o emprego da antropometria na engenharia. Os engenheiros
precisam saber exercer não só os comprimentos do corpo, mas também saber onde eles estão
situados no período da atividade física. A antropometria tem uma relevância grandiosa no
planejamento do posto de trabalho e no incremento de projetos de ferramentas e equipamentos. As
conexões entre antropometria tradicional, a biomecânica e engenharia antropométrica são tão
pequenas e inter-relacionadas que é complexo e muitas vezes sem necessidade em delimitá-las. A
antropologia física é claramente o apoio para cada uma delas e a denominação do ambiente
humano para compreender as suas dimensões e alcançar as suas capacidades é o resultado
(ROEBUCK, 1975).
Dentro dos últimos anos, o crescimento dos computadores consentiu um melhor tratamento
dos dados adquiridos em amplos levantamentos e consentiu o desenvolvimento de exemplos
matemáticos dos fenômenos antropométricos. No futuro, seguramente as atividades
antropométricas continuarão nas pesquisas de características da população e dos estados de
comodidade destas. Com o melhor conceito das variáveis antropométricas talvez poucas pessoas
ficarão insatisfeitas por parte dos grupos que estão inferior do percentil 5 e superior do percentil
95. Nas esferas de tecnologia avançada haverá um acréscimo da precisão e automatização das
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técnicas de medida com o incremento de “scanners” para uma melhor descrição do tamanho
humano e da mecânica do espaço de trabalho, roupas equipamentos e ferramentas.
Quem sabe um dia se notará a antropometria rápida para a concepção de roupas, cadeiras e
distâncias eletromagnéticas dos sentidos do homem “sob medida”. Inserida na engenharia
antropométrica a criação de relações espaciais em coordenadas tridimensionais pode dar
definições minudenciadas das superfícies do corpo e uma variedade de novos fenômenos podem
ser pesquisados como a localização de ossos, órgãos vitais e outras estruturas para a composição
de próteses, reconstrução de órgãos ou então para a emprego de condutas de diagnósticos a
distância ou por controle remoto. Em todas essas atividades, o problema básico será a definição
numérica da forma humana e as características físicas que estão relacionadas com a engenharia
antropométrica.
2.5 DOENÇAS OCUPACIONAIS CAUSADAS PELA NÃO IMPLANTAÇÃO DO
PROJETO ERGONÔMICO
Os sintomas de doenças ocupacionais entre trabalhadores noturnos são, além da fadiga
crônica, as seguintes (TRAVASSOS, 2003, p. 95-107):
Cansaço, mesmo após o período de sono;
Irritabilidade mental;
Disposição para depressão;
Perda geral da vitalidade e pouco interesse no trabalho.
O estado de fadiga crônica é acompanhado por um aumento dos distúrbios
psicossomáticos, que nos trabalhadores noturnos têm as seguintes formas:
Perda de apetite;
Perturbação do sono;
Problemas digestivos.
A fadiga crônica dos trabalhadores noturnos combinadas com os hábitos alimentares pouco
saudáveis provavelmente é a causa principal do aumento de problemas digestivos.
Já que um ajuste completo ao trabalho noturno não ocorre rápido o suficiente, o sistema de
controle do corpo dos trabalhadores é apenas parcialmente para o “trabalhar” à noite e “dormir e
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repousar” de dia. O resultado é sono insuficiente tanto em quantidade quanto em qualidade, com
recuperação inadequada, resultando em fadiga crônica com seus sintomas associados.
(TRAVASSOS, 2003)
Trabalho em turnos, especialmente o trabalho noturno, pode ter efeitos adversos para a
saúde da mulher. Isto pode ter relação com as funções periódicas hormonais do corpo e com as
atividades domésticas adicionais, particularmente para aquelas mulheres que têm crianças.
Outra reclamação frequente é com relação à ruptura da vida social fora da família.
O trabalho em turno que inclui turnos noturnos é socialmente um fardo e, em geral, leva a
problemas de saúde que podem ser classificados como ocupacionais.
Kroemer (2005, p. 192) cita que:
No todo, as pausas para descanso tendem a aumentar a produção, ao invés de reduzir. A ergonomia atribui esse efeito à prevenção da fadiga excessiva, ou do restabelecimento periódico dos sintomas da fadiga durante o intervalo de relaxamento.
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2.6 ANÁLISE MULTICRITÉRIO
O processos de decisão através dos métodos de auxílio multicritério, classifica avaliação de
alternativas à luz de múltiplos critérios, na solução de problemas discretos de decisão. Sua
principal características é o reconhecimento da subjetividade como essencial aos problemas de
decisão e utilizam julgamento de valor como meio de tratá-la cientificamente. Além de ser de
muita utilidade quando se tem dificuldade na obtenção de informações provenientes de dados
probabilísticos, esta propriedade torna mais fácil a inclusão de variáveis sociais e ambientais ao
tratamento dos problemas de decisão.
A teoria de decisão indicada para que as escolhas devam ser baseadas em outros aspectos,
como os qualitativos, mas que concedem à tentativa de apontar e traduzir o ambiente ameaçador
no qual as empresas atuam e estão implantadas, não é interiorizado na análise. Esse caso pode
constituir-se em uma fonte determinante de fracasso ou de um projeto inconsistente, que por acaso
tenha sido definido com base em critérios precisamente quantitativos.
Num exemplo onde a aprovação de um projeto para construir uma usina hidrelétrica numa
região onde exigirá a inundação de uma reserva indígena local, aspectos onde é impossível
agregar valor, seriam inseridos numa análise tradicional. Haveria a necessidade de atribuir valores
de alguma forma à biodiversidade e a mata nativa que será destruída? Como atribuir valore aos
animais direta e indiretamente afetados pelo projeto? Como quantificar a indignação dos
funcionários ou quaisquer outros aspectos intangíveis, para que seja possível eleger uma
determinada alternativa?
Nesse sentido, é necessário proporcionar algumas definições acerca de conceitos como
conceitos: informação; dado; conhecimento e decisão. A informação incide num conjunto de
dados contextualizados e analisados. O dado, por sua vez, é um elemento puro, que se pode
quantificar, sobre determinado evento. Conhecimento pode ser compreendido como a destreza de
gerar um processo intelectual que delineie um objeto determinado e aponte as ações à implementar
ou as decisões à tomar. Ainda, a decisão é o claro uso do conhecimento. O processo de criação do
conhecimento é resultante de uma série de etapas, no qual uma informação é comparada a outras e
depois combinadas em diversas ligações com significado e úteis. Implica diretamente para que o
conhecimento dependa de valores e da pratica dos indivíduos envolvidos durante todo processo de
construção, reforçando a importância dos aspectos individuais na sua geração.
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Faz-se importante o desenvolvimento de metodologias que ao mesmo tempo possam
considerar ambas as dimensões, tanto as de caráter quantitativo, assim tal, as que tenham natureza
qualitativa, de um jeito que o decisor tenha como inserir aspectos ligados ao preço e custo, mas
não deixando de lado a aceitabilidade, beleza, conforto, entre outros critérios. O surgimento da
pesquisa operacional deu-se com a sofisticação dos modelos, dessa ciência são procedentes as
chamadas metodologias multicritério de apoio à decisão (Multicriteria Decisions - MCDA), que
compõem um time de técnicas com a finalidade de pesquisar um número de alternativas, levando
em consideração múltiplos critérios e objetivos em conflito (GOMES, 1999).
Algumas considerações de caráter pessoal são apresentadas para permitir um correto
entendimento acerca deste assunto amplo e de muitos aspectos, com a finalidade de padronizar o
conteúdo da terminologia empregada Assim, serão propostas algumas importantes definições no
que tange a tomada de decisão.
Os critérios são os nomeadores de uma decisão. São instrumentos que comparam as ações
em relação a pensamentos particulares. Então, um critério seria uma algoritmo quantitativo ou
qualitativo de um ponto de vista usado na avaliação das alternativas.
Os métodos multicritérios integram valor significativo à tomada de decisão, a medida que
não apenas concede uma abordagem de problemas classificados como complexos e, pelo mesmo,
impossíveis de serem tratados pelos procedimentos intuitivo-empíricos usuais, mas conferem, ao
procedimento de tomada de decisão uma perceptibilidade e consequentemente nitidez não
disponíveis quando esses procedimentos, ou outras técnicas de natureza monocritérios, são
utilizadas.
2.6.1 O método AHP (Método de Análise Hierárquica)
Método para auxiliar nas tomadas de decisões complexas. Mais do que definir decisão
correta, auxilia na escolha e a justificativa para a mesma.
O método AHP1 (Analytic Hierarchy Process) surgiu na década de 70 quando foi
desenvolvido por Tomas L. Saaty e é o procedimento de multicritério mais utilizado e popular no
1 Sigla em inglês para Método de Análise Hierárquica.
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que diz respeito a tomada de decisão na solução de conflitos negociados, em problemas com
múltiplos critérios (COSTA, 2002, p. 33).
Baseia-se no método cartesiano e newtoniano de pensar (COSTA, 2002, p. 16-170, onde
procura tratar a complexidade com a divisão e degeneração do problema em fatores, que podem
ser transformados em novos fatores de nível mais baixo, objetivos e dimensionáveis e
estabelecendo relações para então condensar.
As etapas para a modelagem de hierarquias para a resolução de problemas pelo emprego da
AHP deve levar em conta as seguintes etapas:
Definição do foco principal;
Identificação das alternativas viáveis;
Definição do conjunto de critérios;
Julgamento aos critérios e subcritérios pelo decisor.
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3 MODELAGEM MULTICRITÉRIO
Nesta avaliação utilizou-se o método AHP - Programa de Análise Hierárquica - que é uma
ferramenta de auxílio à decisão, que possibilita o reconhecimento e tratamento da subjetividade
inerente aos processos decisórios. Na utilização desta ferramenta, o problema de decisão é
modelado pela construção de hierarquias, nas quais podem ser considerados múltiplos critérios e
subcritérios.
3.1 CONSTRUÇÃO DAS HIERARQUIAS – ÁRVORE DE CRITÉRIOS
No AHP os resultados são apresentados sob a forma de prioridade. Isto permite avaliar
com que intensidade uma alternativa é superior a outra, de um ponto de vista global.
Também é possível estabelecer uma análise de consistência que permite avaliar o grau dos
julgamentos. Esta é uma característica positiva e de extrema valia.
Registra-se que o AHP é uma metodologia de auxílio à decisão. Portanto, a qualidade dos
resultados apresentados depende fortemente da qualidade da modelagem das avaliações
envolvidas.
Em uma avaliação criteriosa, foram identificados como critérios, por meio de uma revisão
bibliográfica, onde foram encontradas como dimensões mais críticas pelos autores pesquisados e
no contexto de cada assunto, as áreas: TRABALHO, MELHORIAS E SAÚDE. Foram apontados
critérios mais destacados e, em cada um destes, alternativas que são apresentadas a seguir:
TRABALHO – Aplicação ergonômica e Disciplina; MELHORIAS – Correção postural e
Antropometria; SAÚDE – Prevenção e Melhoria na qualidade laboral. As dimensões serão
mencionadas a seguir por meio da árvore hierarquia:
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FIGURA 3 - Árvore hierárquica
Fonte: Google Acadêmico
3.2 COLETA DE DADOS E RESULTADOS
3.2.1 Coleta de dados
Para coleta de dados foi utilizado o suporte computacional IPÊ, criando um questionário
que foi aplicado a um decisor da empresa de gelo em Cabo Frio. Este, atuando na função de
gerente a 8 anos.
O decisor não eliminou uma dimensão, ele julgou o quanto uma é melhor que a outra a luz
do seu critério, e avaliou em uma escala de 1 a 9.
O suporte computacional IPÊ realiza os cálculos e avaliações necessárias, a partir da
hierarquia alimentada e com base no algoritmo de priorização do AHP.
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3.2.2 Resultados
Destacados os principais critérios que foram encontrados ao longo do curso bibliográfico,
utilizando o suporte computacional IPÊ o decisor pode comparar através de questionário avaliando
o nível de importância de cada critério.
Tabela 2 - Tabela de Multicritério na aplicação da Ergonomia
IDENTIFICAÇÃO PROBLEMA CÁLCULO PRIORIDADES
1 Trabalho 0,312
2 Melhorias 0,342
3 Saúde 0,346
Fonte: Programa Computacional IPÊ - Projeto Análise Multicritério Aplicada
Avaliação que se faz quando analisada a ERGONOMIA é que pelos critérios que
envolvem o ‘Trabalho’, ‘Melhorias’ e ‘Saúde’, o último se destaca com 34,6% em relação aos
demais, seguido por ‘Melhorias’ com apenas uma diferença de 0,4%.
Tabela 3 - Tabela de Multicritério do Trabalho
IDENTIFICAÇÃO PROBLEMA
1 TRABALHO CÁLCULO
Aplicação ergonômica 0,800
Disciplina 0,200
Fonte: Programa Computacional IPÊ - Projeto Análise Multicritério Aplicada
Na análise de identificação do TRABALHO, onde os multicritérios encontrados foram:
‘Aplicação Ergonômica’ e ‘Disciplina’, o que se destaca é ‘Aplicação Ergonômica’ com 80%
em relação à ‘Disciplina’ com 20%.
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Com a tabela 4 onde a identificação MELHORIAS, dentre os multicritérios analisados, o
que se destaca dentre eles é ‘Antropometria’ já que está interligada na avaliação dos problemas da
ergonomia com quase 90%, uma avaliação absoluta.
Tabela 4 - Tabela de Multicritério das Melhorias
IDENTIFICAÇÃO PROBLEMA
2 MELHORIAS CÁLCULO
Correção postural 0,125
Antropometria 0,875
Fonte: Programa Computacional IPÊ - Projeto Análise Multicritério Aplicada
Na tabela 5, a análise da dimensão SAÚDE, o destaque com 75% foi ‘Melhoria da
Qualidade Laboral’, uma vez que é através do ambiente de trabalho que se avalia os pós e os
contras numa solução de problemas. Julga-se aí que o meio em que trabalham influencia na
qualidade da saúde dos trabalhadores.
Tabela 5 - Tabela de Multicritério da Saúde
IDENTIFICAÇÃO PROBLEMA
3 SAÙDE CÁLCULO
Prevenção 0,250
Melhoria da qualidade laboral 0,750
Fonte: Programa Computacional IPÊ - Projeto Análise Multicritério Aplicada
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Figura 4 – Árvore hierárquica com resultados da Análise Multicritério – Método AHP
Fonte: Programa Computacional IPÊ - Projeto Análise Multicritério Aplicada
Com todo o apanhado de multicritério aqui executado, a dimensão SAÚDE é apontada
onde a causa principal dentre os subcritérios é a MELHORIA DA QUALIDADE LABORAL.
Para este resultado fica claro que o desempenho como um todo deve ser focado em fatores que
priorizem a saúde dos indivíduos da empresa de gelo em Cabo Frio. É o caminho mais criteriosos
e detalhista quando se tem para causas como ‘Melhorias’ e ‘Trabalhos’.
Figura 5 – Identificação da área crítica: Saúde
Fonte: Programa Computacional IPÊ - Projeto Análise Multicritério Aplicada
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4 CONCLUSÕES
A pesquisa colaborou para identificação da dimensão mais crítica na ergonomia para
aplicabilidade das medidas de antropometria utilizando análise multicritério para esse fim.
Com os resultados foi possível avaliar as dimensões mais críticas, assim, as que merecem
maior atenção. É exatamente esse o indicador proporcionado pela análise multicritério.
Saúde, foi apontada como a área que primeiramente precisa ser trabalhada e que, ao
priorizar esta, foram levantadas alternativas que possivelmente poderiam auxiliar na decisão de
direcionar uma solução para tal dimensão. Sendo assim, constatou como subcritérios a prevenção
e a melhoria na qualidade laboral. Este último foi indicado como o mais deficiente, uma vez que o
meio laboral é o ambiente de trabalho.
Contudo, fica claro que a dimensão ‘saúde’, indicada pela análise multicritério, é a porta de
entrada para a aplicabilidade das medidas antropométricas numa metodologia de análise
ergonômica, com a finalidade de resultar a melhora da qualidade de vida e, consequentemente a
produção e rendimento do trabalhador.
Diante do conteúdo esboçado nesse projeto, percebe-se facilmente o quão minuciosa pode
se tornar uma análise ergonômica, qualquer que seja a sua fonte motivadora, da academia - nos
trabalhos de conclusão de cursos de graduação ou em trabalhos teórico-práticos de especialização
- à rotina trabalhista - nas indústrias, no comércio e nos serviços.
É isso que se propõe uma metodologia de análise ergonômica, investigar, por meio de
regras científicas, as condições de trabalho, tanto no que tange ao conforto e à segurança, mas à
usabilidade, à percepção sensorial, à comunicação e ao relacionamento interpessoal.
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