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Analise NumericaIntegracao
Renato Martins Assuncao
DCC - UFMG
2012
Renato Martins Assuncao (DCC - UFMG) Analise Numerica 2012 1 / 1
Introducao
Calcular integrais e uma tarefa rotineira em engenharia, aparecendoem quase todo problema que exige algum calculo mais sofisticado.
Diferente de outras operacoes matematicas, integracao de funcoesnao e simples.
Por exemplo, somos capazes de derivar quase qualquer funcao, pormais complicada que seja.
Integracao e uma historia completamente diferente.
Renato Martins Assuncao (DCC - UFMG) Analise Numerica 2012 2 / 1
Revisao de calculo
Integral de f (x) nointervalo [a, b]:∫ b
af (x)dx
Interpretacao geometrica:a integral e igual a area(com sinal) entre o eixo xe o grafico da funcao f (x).
Renato Martins Assuncao (DCC - UFMG) Analise Numerica 2012 3 / 1
Revisao de calculo
Para se obter a integral devemos encontrar uma primitiva F (x).
Isto e, encontrar uma funcao F (x) tal que F ′(x) = f (x) para todox ∈ [a, b].
Assim, ∫ b
af (x)dx = F (b)− F (a).
Por exemplo,
∫x2dx =
x3
3+ C e portanto
∫ b
ax2dx =
b3
3− a3
3.
Renato Martins Assuncao (DCC - UFMG) Analise Numerica 2012 4 / 1
Achando uma primitiva
Achar a primitiva F (x) =
∫ x
af (u)du nao e tarefa simples.
Nao existe um metodo geral que forneca a primitiva F (x) parauma funcao arbitraria f (x).
O que nos temos sao algumas regras de integracao que podem nosauxiliar em alguns casos.
Renato Martins Assuncao (DCC - UFMG) Analise Numerica 2012 5 / 1
Regras de integracao
Conhecemos alguns casos simples:∫xadx =
xa+1
a + 1∫sen(x)dx = − cos(x)∫
exdx = ex
Usamos propriedades basicas:∫[f (x) + g(x)]dx =
∫f (x)dx +
∫g(x)dx∫
cf (x)dx = c
∫f (x)dx
Renato Martins Assuncao (DCC - UFMG) Analise Numerica 2012 6 / 1
Tecnicas de integracao
Usamos algumas tecnicas de integracao.Substituicao de variaveis
Calcular
∫x2(x3 + 1)5dx
Substituımos
u = x3 + 1
du = 3x2dx1
3du = x2dx
Portanto ∫x2(x3 + 1)5dx =
1
3
∫u5du
=1
3·
u6
6+ C
=1
18u6 + C
=1
18(x3 + 1)6 + C
Renato Martins Assuncao (DCC - UFMG) Analise Numerica 2012 7 / 1
Tecnicas de integracao
Integracao por partes:
∫udv = uv −
∫vdu.
Calcular
∫x sec2(x)dx .
Tome u = x e dv = sec2(x).
Entao du = dx e v = tan(x), e assim∫x sec2(x)dx = x tan(x)−
∫tan(x)dx
= x tan(x)− (− ln | cos(x)|) + C
= x tan(x) + ln | cos(x)|+ C .
Renato Martins Assuncao (DCC - UFMG) Analise Numerica 2012 8 / 1
Tecnicas de integracao
Integrais envolvendo potencias de funcoes trigonometricas podemser manipuladas usando identidades trigonometricas ate reduzi-lasa uma forma simples.∫
cos3(x)sen4(x)dx =
∫cos2(x)sen4(x) cos(x)dx
=
∫(1− sen2(x))sen4(x) cos(x)dx
=
∫(sen4(x)− sen6(x) cos(x)dx
=
∫(sen4(x) cos(x)dx −
∫sen6(x) cos(x)dx
=1
5sen5(x)− 1
7sen7(x) + C
Renato Martins Assuncao (DCC - UFMG) Analise Numerica 2012 9 / 1
Tecnicas de integracao
Se uma integral contem uma raiz da seguinte forma√
a2 ± x2,√
x2 − a2, entao umasubstituicao trigonometrica pode ser util.
Por exemplo, integrar
∫dx
x2√
4− x2.
Tome
x = asenθ = 2senθ
dx = 2 cos θdθ√4− x2 = 2 cos θ
Entao ∫dx
x2√
4− x2=
∫2 cos θdθ
(4sen2θ)(2 cos θ)
=1
4
∫dθ
sen2θ
=1
4
∫csc2 θdθ
= −1
4cot θ + C
= −1
4·√
4− x2
x+ C
Renato Martins Assuncao (DCC - UFMG) Analise Numerica 2012 10 / 1
Tecnicas de integracao
Fracoes parciais: se uma integral envolve uma razao entrepolinomios de x podemos reescreve-lo como soma de funcoes maissimples.
Por exemplo,∫x − 1
3x2 − 14x + 15dx =
∫ [−1/2
3x − 5+
1/2
x − 3
]dx
e usamos que ∫1
x − adx = log |x − a|+ C .
Renato Martins Assuncao (DCC - UFMG) Analise Numerica 2012 11 / 1
Muito ou pouco?
Parece uma enorme quantidade de tecnicas.
Tao grande que conseguimos resolver qualquer integral.
Longe disso: so conseguimos resolver algumas poucas integrais.
Nao conseguimos obter primitivas na maioria das integrais queaparecem em problemas mais praticos.
Renato Martins Assuncao (DCC - UFMG) Analise Numerica 2012 12 / 1
Inexistencia de primitiva
Nao se trata de incompetencia ou de continuar buscando certasintegrais.
Podemos provar matematicamente que, mesmo se nosrestringirmos apenas as funcoes dadas por formulas, nem todas asfuncoes admitem uma primitiva que tambem seja escrita comocombinacao (finita) de funcoes elementares!
Renato Martins Assuncao (DCC - UFMG) Analise Numerica 2012 13 / 1
Integrar e difıcil
A integral existe e e bem definida.
Voce pode ate desenhar o grafico da funcao e ter uma ideia daarea sob a curva.
No entanto, algumas funcoes simples nao possuem uma solucaoanalıtica (uma formula) para expressar esta area sob a curva.
Renato Martins Assuncao (DCC - UFMG) Analise Numerica 2012 14 / 1
Exemplo
Em calculos deprobabilidade, e muitocomum precisarmoscalcular uma integral doseguinte tipo:∫ b
ae−x2
dx
Podemos tracar o grafico da funcao gaussiana f (x) = e−x2, mas nao
existe formula para a primitiva.
Renato Martins Assuncao (DCC - UFMG) Analise Numerica 2012 15 / 1
Problema com dados empıricos
Em engenharia, muitas vezes queremos calcular a integral de f (x)num intervalo [a, b] mas conhecemos a funcao f (x) apenas emalguns pontos.
Por exemplo, suponha que queremos calcular a area total de umlago.
Vamos representar o contorno do lago com duas funcoes f (x) eg(x).
Renato Martins Assuncao (DCC - UFMG) Analise Numerica 2012 16 / 1
Area de um lago
Represente a partesuperior do contorno comof (x) e a parte inferiorcomo g(x).
Entao a area do lago e igual a integral∫ b
a[f (x)− g(x)]dx .
Note que f (x)− g(x) e o comprimento do segmento de retavertical conectando os extremos do lago em x .
Renato Martins Assuncao (DCC - UFMG) Analise Numerica 2012 17 / 1
Medindo y(x) = f (x)− g(x)
Medimos y(x) numconjunto de 12 pontos aolongo do eixo x .
Plotamos y(x) versus xnum grafico (ao lado).
Podemos interpolarmentalmente y(x) e teruma ideia da integraldesejada∫ x11
x0
y(x)dx
Renato Martins Assuncao (DCC - UFMG) Analise Numerica 2012 18 / 1
Integracao numerica
Assim, existem dois motivos para procurarmos uma aproximacao
numerica para a integral
∫ b
af (x)dx :
Impossibilidade de obter uma primitiva para a integral de f (x).
Desconhecimento de f (x) exceto em alguns pontos x0, x1, . . . , xn.
Nesta parte do curso, vamos aprender algumas tecnicas deintegracao numerica.
Renato Martins Assuncao (DCC - UFMG) Analise Numerica 2012 19 / 1
Integracao numerica
Outro nome (antigo) paraintegracao numerica equadratura.
O nome parece serresultado da ideia deaproximar uma area(=integral) por pequenosquadrados.
Renato Martins Assuncao (DCC - UFMG) Analise Numerica 2012 20 / 1
Formula geral
Todas os metodos de integracao (ou quadratura) numericaaproximam a integral de f (x) por uma soma:∫ b
af (x)dx ≈
n∑i=1
wi f (xi ),
Veja que formamos uma soma ponderada de n valores de f (x).
A funcao f (x) e avaliada APENAS nos pontos (ou nos) x1, . . . , xn.
Os pesos wi nao precisam somar 1 nem ser positivos.
Renato Martins Assuncao (DCC - UFMG) Analise Numerica 2012 21 / 1
Definicao de integral
∫ b
a
f (x)dx
Escolhe-se n + 1 pontosa = x0, x1, . . . , xn = b epontos ci em cadaintervalo [xi−1, xi ]
Some as areas dosretangulos de basehi = xi − xi−1 e alturaf (ci ).
Aumente o numero n de pontos fazendo os retangulos cada vezmenores.
A integral e definida como o limite desta soma de areas deretangulos cada vez menores.
Renato Martins Assuncao (DCC - UFMG) Analise Numerica 2012 22 / 1
Definicao de integral
Isto e ∫ b
af (x)dx = lim
n→∞
n∑i=1
f (ci )(xi − xi−1),
Supondo que n e grande o suficiente, podemos aproximar a integralsimplesmente por esta soma de areas de retangulos:∫ b
af (x)dx ≈
n∑i=1
f (ci )(xi − xi−1),
Em princıpio, esta aproximacao e valida para qualquer pontoci ∈ [xi−1, xi ] mas algumas escolhas sao mais comuns.
Renato Martins Assuncao (DCC - UFMG) Analise Numerica 2012 23 / 1
Integral de x2 em [0, 2]
a = 0, b = 2
n = 4
0 = x0, x1 = 0.5, x2 = 1, x3 = 1.5, x4 = 2
Tres escolhas para o ponto ci
No inıcio do intervalo: ci = xi−1
No final do intervalo: ci = xi
No meio do intervalo: ci = (xi−1 + xi )/2
Renato Martins Assuncao (DCC - UFMG) Analise Numerica 2012 24 / 1
Aproximacao pela esquerda
Figura: Animacao em http://en.wikipedia.org/wiki/Riemann sum.
Renato Martins Assuncao (DCC - UFMG) Analise Numerica 2012 25 / 1
Aproximacao pela direita
Figura: Animacao em http://en.wikipedia.org/wiki/Riemann sum.
Renato Martins Assuncao (DCC - UFMG) Analise Numerica 2012 26 / 1
Aproximacao pelo meio
Figura: Animacao em http://en.wikipedia.org/wiki/Riemann sum.
Renato Martins Assuncao (DCC - UFMG) Analise Numerica 2012 27 / 1
Formulas
Divida [a, b] em n subintervalos (cada um de comprimento h =b − a
n), e sejam xi = a+ih, i =
0, . . . , n os pontos finais destes subintervalos.
Regra do ponto final esquerdo:∫ b
af (x)dx ≈ Ln(f ) =
n∑i=1
hf (xi−1),
ou seja, pesos sao todos iguais, wi = h, e os nos sao pontos finais esquerdos.Regra (analoga) do ponto final direito:∫ b
af (x)dx ≈ Rn(f ) =
n∑i=1
hf (xi ).
Regra do ponto medio:∫ b
af (x)dx ≈ Mn(f ) =
n∑i=1
hf
(xi−1 + xi
2
).
Novamente todos pesos iguais, mas os nos nos pontos medios.
Embora todos metodos convergem para a integral limite de Riemann, eles fazem isto em
taxas diferentes! A regra do ponto medio e geralmente muito mais acurada – apesar dos tres
metodos aproximarem o integrando por uma constante em cada subintervalo.
Renato Martins Assuncao (DCC - UFMG) Analise Numerica 2012 28 / 1
Retangulo → Trapezio
Uma aproximacao que costuma ser melhor e aproximar a pequenaarea no intervalo [xi−1, xi ] por um trapezio ao inves de umretangulo.
Aproximacao
por
retangulos
Aproximacao
por
trapezios
Renato Martins Assuncao (DCC - UFMG) Analise Numerica 2012 29 / 1
Regra do trapezio
Pontos extremos dos intervalos:
a = x0 < x1 < x2 < x3 < . . . < xn−1 < xn = b.
Area do trapezio =
f (xi ) + f (xi+1)
2· (xi+1 − xi )
Integral e aproximadamente igual a soma das areas desses trapezios.
Renato Martins Assuncao (DCC - UFMG) Analise Numerica 2012 30 / 1
Regra do trapezio
Quando o espacamento entre os pontos for constante, terminamoscom formulas muito simples.
Seja h = x1 − x0 = x2 − x1 = . . . = xn − xn−1.
Como o trapezio com base [xi−1, xi ] tem areah · (f (xi ) + f (xi−1))/2, a soma das areas dos trapezios e igual
h
2[(f (x0) + f (x1)) + (f (x1) + f (x2)) + . . .+ (f (xn−2) + f (xn−1)) + (f (xn−1) + f (xn))].
Excetuando o 1o e ultimo termos, todos os outros aparecem duasvezes na soma. A area total dos trapezios fica igual a
h
2[f (x0) + 2f (x1) + 2f (x2) + . . .+ 2f (xn−1) + f (xn)].
Renato Martins Assuncao (DCC - UFMG) Analise Numerica 2012 31 / 1
Regra do trapezio
Assim, a formula e muito simples:
h
2[f (x0) + 2f (x1) + 2f (x2) + . . .+ 2f (xn−1) + f (xn)] =
h
2
n∑i=0
wi f (xi ).
Cada um dos pontos recebe um peso wi :
wi = 1 se xi = x0 = a ou xn = b.
wi = 2 se xi nao for um dos pontos extremos.
Renato Martins Assuncao (DCC - UFMG) Analise Numerica 2012 32 / 1
Exemplo - Regra do trapezio
Sabemos que a derivada da funcao arctan e 1/(1 + x2)
Assim, sabemos que
∫ 1
0
1
1 + x2dx = arctan(1)− arctan(0) =
π
4
Vamos usar a regra do trapezio dividindo o intervalo [0, 1] usando11 pontos x0 = 0, x1 = 0.1, . . . , x11 = 1 e portanto, usamos n = 10subintervalos com h = 0.1:
π
4≈
0.1
2{f (0) + 2f (0.1) + 2f (0.2) + . . .+ 2f (0.9) + f (1)}
onde f (x) = 1/(1 + x2)
Temos π = 4× Integral
Usando 5 casas decimais, encontramos π ≈ 3.1400 errando naterceira casa decimal.
Renato Martins Assuncao (DCC - UFMG) Analise Numerica 2012 33 / 1
Metodo de Simpson
Um metodo ainda melhor e o de Simpson.
Sua ideia e usar DOIS subintervalos e aproximar a funcao f (x) poruma parabola neste intervalo.
A parabola deve passar pelos pontos (xi−1, f (xi−1)), (xi , f (xi )), e(xi+1, f (xi+1)).
Vamos supor agora que temos 2n intervalos e portanto 2n + 1pontos:
a = x0 < x1 < x2 < . . . < x2n−2 < x2n−1 < x2n = b.
Renato Martins Assuncao (DCC - UFMG) Analise Numerica 2012 34 / 1
Metodo de Simpson
Simpson aproximando a funcao f (x) no intervalo [a, b] com umaparabola usando os subintervalos [a,m] e [m, b].
Renato Martins Assuncao (DCC - UFMG) Analise Numerica 2012 35 / 1
Encontrando o polinomio
A parabola que passa pelos pontos (xi−1, f (xi−1)), (xi , f (xi )), e(xi+1, f (xi+1)) pode ser apresentada na forma de um polinomio deLagrange:
p(x) =(x − xi )(x − xi+1)
(xi−1 − xi )(xi−1 − xi+1)f (xi−1) +
(x − xi−1)(x − xi+1)
(xi − xi−1)(xi − xi+1)f (xi )
+(x − xi−1)(x − xi )
(xi+1 − xi−1)(xi+1 − xi )f (xi+1).
Se h = x1 − x0 = x2 − x1 = . . . = x2n − x2n−1 entao∫ xi+1
xi−1
f (x)dx ≈ h
3[f (xi−1) + 4f (xi ) + f (xi+1)].
Veja como e simples esta formula!!
Renato Martins Assuncao (DCC - UFMG) Analise Numerica 2012 36 / 1
Encontrando a regra
A integral no intervalo [a, b] e aproximada pela soma das areas dasparabolas ajustadas em cada um dos n pares de intervalossucessivos.
Somando sobre todos estes n pares de intervalos teremos:
∫ b
af (x)dx =
n∑i=1
∫ x2i
x2i−2
f (x)dx ≈n∑
i=1
h
3[f (x2i−2) + 4f (x2i−1) + f (x2i )]
=h
3[f (x0) + 4f (x1) + 2f (x2) + 4f (x3) + . . .+ 4f (x2n−1) + f (x2n)]
=h
3
[f (x0) + 4
n∑i=1
f (x2i−1) + 2
n−1∑i=1
f (x2i ) + f (x2n)
],
onde h =b − a
2n.
Renato Martins Assuncao (DCC - UFMG) Analise Numerica 2012 37 / 1
Regra de Simpson
h
3{y0 + 4y1 + 2y2 + 4y3 + 2y4 + . . .+ 2y2n−2 + 4y2n−1 + y2n}
Chamada tambem de regra de 1/3 de Simpson.
Em geral, ela fornece resultados mais precisos que as outras regras,mais simples, que aprendemos ate agora.
Renato Martins Assuncao (DCC - UFMG) Analise Numerica 2012 38 / 1
Exemplo
Vamos recalcular 4
∫ 1
0
1
1 + x2dx = arctan(1)− arctan(0) = π
Usaremos 10 intervalos, como antes.
Temos
2(y2 + y4 + y6 + y8) = 6.33731529
4(y1 + y3 + y5 + y7 + y9) = 15.7246294,
E entao∫ 1
0
1
1 + x2dx ≈
0.1
3(1.0000 + 6.33731529 + 15.7246294 + 0.5000),
ou seja,
π = 4
∫ 1
0
1
1 + x2dx ≈ 3.14159263,
que difere de pi apenas na 8a casa decimal.
Renato Martins Assuncao (DCC - UFMG) Analise Numerica 2012 39 / 1