16
Análise técnia da Lei 18.365 do Estado de Minas Gerais,em relação Uso Antrópico Consolidado Resumo O presente artigo é um copilamento de vários artigos ,de revisão de literatura e de pesquisas realizadas na internet com o intuito de fazer uma análise da Lei 18.365 do Estado de Minas Gerais,sancionada em 1º de setembro de 2009 no que se refere ao Uso Antrópico Consolidado,utilizando para isso a técnica de Sistemas Agroflorestais(SAF’s),para que através desta , em um futuro e com mais estudos dessa técnica em áreas de Uso Antrópico Consolidado no Sul do Estado de Minas Gerais, ser uma alternativa de sustentabilidade com geração de renda para os pequenos produtores que se encontram nessa situação. SUMARY Introdução Desde 2002, quando foi sancionada pelo governador Aécio Neves, a Lei Florestal de Minas já garantia que os produtores que usavam as APPs para agricultura, pecuária ou plantio de florestas para corte (eucalipto,pinus, etc) poderiam continuar a usá-las para a produção. A lei chamou essa situação

Análise técnia da Lei 18.365 do Estado de Minas Gerais,em relação Uso Antrópico Consolidado

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Análise técnia  da Lei 18.365 do Estado de Minas Gerais,em relação Uso Antrópico Consolidado

Análise técnia da Lei 18.365 do Estado de Minas Gerais,em relação Uso Antrópico Consolidado

ResumoO presente artigo é um copilamento de vários artigos ,de revisão de

literatura e de pesquisas realizadas na internet com o intuito de fazer uma análise da Lei 18.365 do Estado de Minas Gerais,sancionada em 1º de setembro de 2009 no que se refere ao Uso Antrópico Consolidado,utilizando para isso a técnica de Sistemas Agroflorestais(SAF’s),para que através desta , em um futuro e com mais estudos dessa técnica em áreas de Uso Antrópico Consolidado no Sul do Estado de Minas Gerais, ser uma alternativa de sustentabilidade com geração de renda para os pequenos produtores que se encontram nessa situação.

SUMARY

Introdução

Desde 2002, quando foi sancionada pelo governador Aécio Neves, a Lei Florestal de Minas já garantia que os produtores que usavam as APPs para agricultura, pecuária ou plantio de florestas para corte (eucalipto,pinus, etc) poderiam continuar a usá-las para a produção. A lei chamou essa situação de “ocupação antrópica consolidada”. O assunto, porém, nunca ficou bem resolvido, e o uso de APPs para produção, moradia ou benfeitorias era um dos maiores motivos de multas e autuações no meio rural. Nova Lei Florestal de Minas Gerais | MANUAL DO PRODUTOR RURAL

A partir de 1º de setembro de 2009 com a sanção da nova Lei Florestal o estado de Minas Gerais conta com novas regras. Nessa data, foi sancionada a Lei 18.365, que alterou a Lei 14.309, de 2002, que regulamenta as políticas florestal e de proteção à biodiversidade no Estado. Nova Lei Florestal de Minas Gerais | MANUAL DO PRODUTOR RURAL

O principal ponto de discordância de Áreas de Uso Antrópico Consolidado consiste no fato que essas áreas encontram-se em APPs(Áreas de

Page 2: Análise técnia  da Lei 18.365 do Estado de Minas Gerais,em relação Uso Antrópico Consolidado

Preservação Permanente), áreas protegida nos termos da Lei Florestal, com ou sem cobertura vegetal, e com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade e a transferência de características genéticas da fauna e da flora. Tem também as funções de proteger o solo e de assegurar o bem-estar das populações humanas,com isso surge a necessidade de se utilizar as SAFs para poder minimzar os impactos ambientais causados pela a agricultura. .(grizi)

Admite-se que o atual modelo de desenvolvimento rural e de agricultura convencional é insustentável no tempo, dada sua grande dependência de recursos não renováveis e limitados. Ademais, este modelo tem sido responsável por crescentes danos ambientais e pelo aumento das diferenças sócio-econômicas no meio rural. .(grizi) Esta constatação direciona uma mudança de paradigma que destaca a necessidade de novos estilos de desenvolvimento rural e de agricultura que assegurem maior sustentabilidade ecológica e eqüidade social. A noção de sustentabilidade promoveu o surgimento de uma série de correntes de desenvolvimento rural sustentável, entre as quais se destacam aquelas de bases Agroecológicas, numa perspectiva ecossocial.(grizi)

Tendo por objetivo foi feito através do seguinte artigo um copilamento de vários artigos para que possam trazer uma possível saída para a questão tão complicada que é produzir degradando o mínimo possível,que seria justificar o uso de SAFs em áreas de uso antrópico consolidado em detrimento dos modelos atuais de produção que na maioria não tem viabilidade econômica em baixa escala ou que impactam muito o solo.

Material e Métodos

O presente artigo foi elaborado a partir de revisões bibliográficas e copilamento de vários artigos relacionados à Sistemas Agroflorestais com o intuito de fazer uma análise técnica da Lei mineira18.365 de 1° de setembro

Page 3: Análise técnia  da Lei 18.365 do Estado de Minas Gerais,em relação Uso Antrópico Consolidado

utilizando a ferramenta dos SAF’s e demonstrando através de exemplos concretos que essa ferramenta pode ser uma poderosa aliada dos pequenos produtores juntamente com posteriores estudos serem realizados para melhores entendimentos sobres os SAF’s em Áreas de Uso Antrópico Consolidado no Sul do Estado de Minas Gerais,para poder gerar renda ao pequeno produtor e o mesmo conseguir recompor a área degradada.

Ainda em consoância com a Resoluções Conama nº 369, de 28 de março de 2006,no que diz respeito ao art. 11° que se refere as atividades de baixo impacto,as Saf’s tornam-se sem sombra de dúvida uma alternativa para os produtores que se encontram na situação de Uso Antrópico Consolidado e a Resolução do Conama n° 425,de 25de maio de 2010 define os casos excepcionais de interesse social em que o órgão ambiental competente pode regularizar a intervenção ou supressão de vegetação em Área de Preservação Permanente (APP), ocorridas até 24 de julho de 2006.(citação da lei)

Resultados e discussões

Na verdade Agrofloresta é um termo novo para uma prática bastante antiga já utilizada pelos indígenas. King e Chandler (1978) conceituaram os SAF’s como sendo os “Sistemas sustentáveis de uso da terra que combinam, de maneira simultânea ou em seqüência, a produção de cultivos agrícolas com plantações de árvores frutíferas ou florestais e/ou animais, utilizando a mesma unidade de terra e aplicando técnicas de manejo que são compatíveis com as práticas culturais da população local”. Este conceito talvez seja o mais adequado para caracterizar os SAF’s porque faz alusão ao fator sustentabilidade, adotabilidade e, também, a classificação temporal dos sistemas agroflorestais. Esta definição implica que: a) SAF envolve normalmente duas ou mais espécies de plantas (ou plantas e animais), onde pelo menos uma delas é lenhosa; b) SAF tem sempre dois ou mais produtos e; c) mesmo o mais simples SAF é sempre mais complexo, ecologicamente (na sua estrutura e função) e economicamente, do que os sistemas de monocultivos (Nair, 1993).

Page 4: Análise técnia  da Lei 18.365 do Estado de Minas Gerais,em relação Uso Antrópico Consolidado

            Por ser modelo que preconiza a sustentabilidade, pautado pela harmonia dos princípios ecológico, econômico e social, os SAFS têm se tornado referência para políticas públicas em vários países tropicais. ( Tadário Kamel de Oliveira)

Uma das alternativas de estímulo à recomposição florestal e incorporação do componente arbóreo aos sistemas produtivos de base familiar é o uso de Sistemas Agroflorestais (SAFs). Analisando as alterações mais recentes na legislação florestal brasileira, nota-se a tentativa de diminuir os conflitos entre as normas legais e a viabilidade socioeconômica da pequena agricultura familiar. Em nível federal, a Medida Provisória (MP) nº 2166-67, editada em 24 de agosto de 2001 e ainda em vigor, alterou os artigos 1º, 4º, 14º, 16º e 44º do Código Florestal Brasileiro, destacando-se algumas novidades importantes, como: a) a definição do conceito de Pequena propriedade rural ou posse rural familiar, e uma definição qualitativa de área de preservação permanente e de reserva legal, realçando as suas funções ambientais e ecológicas; b) a qualificação como atividade de interesse social das “atividades de manejo agroflorestal sustentável praticadas na pequena propriedade ou posse rural familiar, que não descaracterizem a cobertura vegetal e não prejudiquem a função ambiental da área”, definição fundamental na medida em que a condição de “interesse social” permite a intervenção em APP, mediante prévia autorização do órgão ambiental competente, o que foi confirmado mais recentemente pela Resolução CONAMA 369, de 28/03/2006; c) A garantia de que a averbação da RL da pequena propriedade ou posse rural familiar seja gratuita, devendo o Poder Público prestar apoio técnico e jurídico, quando necessário; d) A definição de que “para cumprimento da manutenção ou compensação da área de RL em pequena propriedade ou posse rural familiar, podem ser computados os plantios de árvores frutíferas ornamentais ou industriais, compostos por espécies exóticas, cultivadas em sistema intercalar ou em consórcio com espécies nativas”.( Filho, Luiz Octávio Ramos )

A Tabela abaixo demonstra a importância dos SAFs na função de proteção contra perda de solo por erosão. Os dados são provenientes de quatro tipos de cobertura do solo durante a exploração da terra (sem cobertura, cultivo intensivo - mandioca e milho -, cultivos perenes - SAFs - e floresta nativa) em um Ultisol com 7% de declividade na Costa do Marfim. Observa-se que a perda de solo nos cultivos perenes é baixa e praticamente igual à floresta nativa ( ver tabela ),que poderia ser num futuro elaborada para o estado de Minas Gerais para que possa justificar de fato o uso das SAF’s,com dados numéricos.

Page 5: Análise técnia  da Lei 18.365 do Estado de Minas Gerais,em relação Uso Antrópico Consolidado

Tabela . Perdas de solo por erosão em Ultisol com 7% de declividade na Costa do Marfim. 

Cobertura Erosão  (t/ha/ano)Solo exposto (sem vegetação) 125Cultivo de milho 92Cultivo de mandioca 32Cultivos perennes* (SAFs) 0,3Floresta nativa 0,1

Fonte: Ollagnier et al. (1978).

Talvez a grande vantagem da SAFs seja o fato de se aliar características ecológicas,sociais e financeiras em apenas um meio de produção,abaixo segue-se esses aspectos relacionados a safs:

ASPECTOS ECOLÓGICOS RELACIONADOS AOS SAFs:- Promovem a conservação do solo, devido o aumento da cobertura no solo, gerando matéria orgânica, umidade e fertilidade para a terra;- Proporcionam o aumento da biodiversidade, protegendo e incrementando fauna e flora silvestre;- Colaboram para a recuperação de áreas degradadas, a proteção dos recursos hídricos e na regeneração das matas ciliares, além da manutenção dos recursos naturais dos ecossistemas de entorno como p.ex. as unidades de conservação;- Favorecem a ligação entre remanescentes e fragmentos florestais nativos criando corredores ecológicos;- Prestam serviços sócio-ambientais para a sociedade;

ASPECTOS SÓCIO-ECONÔMICOS- Geram grande variedades de produtos em épocas diferentes do ano;- Ajudam na diversificação da produção e no aumento de renda;- Garantem a segurança alimentar e estímulo ao auto-consumo na unidade familiar;- Colaboram na forrmação da consciência ambiental, minimizando conflitos ambientais entre os agricultores e o poder público e;- Proporcionam a melhoria da qualidade de vida para as famílias.(ib florestas)

Page 6: Análise técnia  da Lei 18.365 do Estado de Minas Gerais,em relação Uso Antrópico Consolidado

Para exemplificar as vantagens da Saf’s foram utilizados a seringureira contemplando as funções ecológicas e a erva mate com eucalipto justificando as questões ambientais.Função ambiental:

Conservação do solo, proporcionam o aumento da biodiversidade, colaboram para a recuperação de áreas degradadas, favorecem a ligação entre remanescentes e fragmentos florestais nativos criando corredores ecológicos,prestam serviços sócio-ambientais para a sociedade;

De acordo com Alvim, Virgens Filho e Araújo (1989), os sistemas agroflorestais com a seringueira apresentam dentre outras características uma maior reciclagem de nutrientes e melhor aproveitamento residual dos fertilizantes exógenos.

Dentre vários modelos que utilizam seringureira poderia se destacar essa espécie arbórea em consórcio para a produção de forragem – seringueira e pastagem,e quebra-vento – seringueira e café;

Naqueles sistemas onde os componentes lenhosos são dispostos em forma linear(cercas-vivas, quebra-ventos, renques de arborização, barreiras vivas) os efeitos secundários sobre a biodiversidade vêm através do controle da erosão (partículas do solo, fertilizantes e agrotóxicos), tanto pela formação de barreiras naturais para o escorrimento superficial e impacto das gotas de chuva no solo como pelo aumento da retenção da água de infiltração. Também servem de abrigo para a fauna selvagem e condicionamento da vida no solo ( Baggio, A.A. et al).

Além do mais plantas produtoras de extrativos, a exemplo da seringueira, constituem importante dreno de CO2 a ser considerado nos projetos MDL, pela quantidade de carbono fixada durante sua fase produtiva.

Depois de todas esses benefícios a seringeira ainda pode ser utilizada para a produção de látex, seguida da exploração de madeira.Porém é necessário um estudo mais aprofundado para a região do Sul de Minas devido a características edafoclimáticas locais.

Função SÓCIO-ECONÔMICO:No trabalho de Honorino Roque Rodigheri( Plantios florestais e

sistemas agroflorestais:Alternativas para o aumento de emprego e renda na propriedade rural )realizado nos estados do Paraná,Santa Catarina e Rio Grande do Sul, usou-se a erva-mate, Eucalyptus spp. e Pinus spp., embora possam ser usadas outras espécies florestais nativas e/ou exóticas, madeiráveis ou não. Apesar de nas entrelinhas dos plantios florestais ter plantado feijão e milho pode-se usar outros cultivos como: arroz, soja, etc.

Constatou-se através de indicadores que todas as alternativas de produção analisadas são economicamente viáveis para os produtores rurais.

Page 7: Análise técnia  da Lei 18.365 do Estado de Minas Gerais,em relação Uso Antrópico Consolidado

Entretanto, a rentabilidade da erva-mate, eucalipto e pínus em sistemas agroflorestais (com plantios de feijão + milho no primeiro e segundo anos) é maior que a respectiva rentabilidade dos cultivos solteiros.Com isso a Saf’s torna-se interessante para o pequeno produtor pois geram grande variedades de produtos em épocas diferentes do ano,ajudam na diversificação da produção e no aumento de renda,garantem a segurança alimentar e estímulo ao auto-consumo na unidade familiar,proporcionam a melhoria da qualidade de vida para as famílias.

Porém é necessário um estudo mais aprofundado para a região do Sul de Minas devido a características edafoclimáticas locais.

Como fazer um elo

Abrangendo os Impactos Ambientais Freqüentes nos Empreendimentos Rurais e as Respectivas Alternativas de Sistemas Agroflorestais como Medidas Ambientais Mitigadoras segue-se abaixo uma tabela retirada de um trabalho de Grizi,L.R. e Venturim.N:

Problemas/Impactos Ambientais

Alternativas de Sistemas Agroflorestais

01. Escassez de lenha

Cercas vivas. Capão de árvores em pastagens. Alley Cropping. Árvores lenhosas em quintais agroflorestais. Sombreamento de cultivos.

02. Erosão / Estabilização de terrenos ou dunas

Interplantio de cultivos. Faixas de árvores em curvas de nível. Arboretos de usos múltiplos.

03. Ventos dominantes

Quebra-ventos.

04. Escassez de alimentação para animais

Cercas vivas ou parcelas com arbustos/árvores forrageiras.Alley Cropping forrageiro.

05. Falta de sombra para cultivos ou Faixas de árvores ou arboretos em

Page 8: Análise técnia  da Lei 18.365 do Estado de Minas Gerais,em relação Uso Antrópico Consolidado

animais

pastagens. Policultivos multiestratificados. Plantios sombreados de cultivos.

06. Solos degradados

Alley Cropping. Consórcios com árvores leguminosas. Enriquecimento de capoeiras. Rotação de cultivos/árvores.

07. Alimentação humana (subsistência)

Quintais agroflorestais. Frutíferas em pastagens. Policultivos multiestratificados. Sistema TAUNGYA.

08. Delimitação de propriedades

Cercas vivas. Quebra-ventos.

09. Demarcação de pastagens; Divisão de aguadas; Curral para animais

Cercas vivas. Alley Cropping forrageiro. Quebra-ventos.

10. Escassez de madeira

Sistemas TAUNGYA. Enriquecimento de capoeiras. Árvores/arboretos em pastagens. Policultivos multiestratificados. Cercas vivas. Quebra-ventos.

11. Pastagens degradadas Árvores leguminosas em pastagens. Alley Cropping.

12. Estiagens prolongadas

Sistemas silvopastoris. Sistemas agrosilvopastoris. Faixas de árvores em nível. Quintais agroflorestais.

13. Estabilização da agricultura migratória

Sistemas silvoagrícolas rotativo. Quintais agroflorestais. Enriquecimento de capoeiras.

Page 9: Análise técnia  da Lei 18.365 do Estado de Minas Gerais,em relação Uso Antrópico Consolidado

14. Capitalização do produtor rural

Capitalização através de árvores nobres em sistemas agroflorestais.

15. Riscos sócio-econômicos

Diversificação com a utilização de espécies de usos múltiplos em sistemas agroflorestais.

16. Distribuição da mão-de-obra familiar

Quintais agroflorestais. Manejo dos sistemas agroflorestais.

17. Competições excessivas nos cultivos

Direcionar as técnicas de manejo.

18. Destruição das florestas tropicais

Sistemas agroflorestais em reservas extrativistas e áreas tampão.

19. Destruição da fauna

Enriquecimento de matas secundárias, ciliares e áreas degradadas com frutíferas nativas. Silvicultura urbana com espécies restabelecedoras da fauna.

Os SAFs podem conservar um grande número de espécies ou variedades de plantas cultivadas, porém ainda pouco conhecidas pelos cientistas. Nas culturas indígenas encontram-se inúmeras espécies e variedades de plantas domesticadas a partir de seu habitat natural, sendo hoje cultivadas por produtores brancos, seringueiros e ribeirinhos, em suas roças e quintais. Essas espécies fazem parte da biodiversidade de cada região e sua conservação depende, em grande parte, da conservação e de aprimoramento dos sistemas de produção tradicionais.( Baggio, A.A. et al).

Apesar de uma crescente divulgação de resultados de pesquisas e experiências práticas, e uma crescente adoção das tecnologias geradas, os sistemas agroflorestais têm merecido pouca atenção como práticas

Page 10: Análise técnia  da Lei 18.365 do Estado de Minas Gerais,em relação Uso Antrópico Consolidado

agroecológicas e como reservatórios potenciais de biodiversidade. Basta percorrer ou sobrevoar as zonas produtivas para constatar que seguempredominando os monocultivos e as pastagens a céu aberto, às vezes por centenas de quilômetros contínuos. Os megaprodutores, concentrados no cultivo de grãos e criação animal para exportação, com a finalidade única de acumular riqueza material trafegam em direção contrária às necessidades do planeta. Noticias diárias nos informam das novas fronteiras agrícolas que avançam pelo Cerrado e Amazônia, com a eliminação sumária dos ecossistemas naturais. Nessas ocupações, se fossem respeitadas faixas de vegetação nativa entre os cultivos, com pelo menos algumas centenas de metros de largura e interligadas entre si, já caracterizariam sistemasagroflorestais com alto nível de ambiência. ( Baggio, A.A. et al).

ResultadosO artigo teve como objetivo chamar a atenção, através de revisão bibliográfica e compilamento de vários artigos, da sociedade como um todo,para uma saída menos impactante para o meio ambiente através das Safs uma vez que o ideal seria a preservação dessas áreas de uso antrópico consolidado,porém como isso não é possível a Universidade veio por meio deste cumprir seu papel social mostrando soluções para o pequeno produtor rural que aliam além da conservação de flora,fauna e solo a questão social de inclusão do trabalhador rural, e também a questão econômica justificando para o produtor a implementação das SAFs em sua propriedade em detrimento do meio convencional de produção utilizado pelo mesmo,pois tal modelo além de não conservar o meio ambiente ,torna-se inviável em pequena escala.