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Analise teológica romanos 8.31-39

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ANALISE TEOLÓGICA DE ROMANOS 8.31-39

Após descrever os principais privilégios dos crentes justificados — paz com

Deus (5.1-11), união com Cristo (5.12—6.23), libertação da lei (7.1-25) e vida no

Espirito (8.1-27) — sua mente, sob a direção do Espirito, move-se com extrema

agilidade por todo o plano e o proposito de Deus, desde uma eternidade passada

ate uma eternidade que ainda ha de vir, da presciência e predestinação divinas ate o

amor divino, do qual nada, absolutamente nada poderá mais nos separar. Do

versículo 28 – 30 o apóstolo diz que nossa esperança crista esta solidamente

firmada no inabalável amor de Deus. Assim, o peso do clímax de Paulo encontra-se

na segurança eterna do povo de Deus, que se alicerça na eterna imutabilidade do

proposito de Deus, a qual, por sua vez, deve-se a eterna firmeza do amor de Deus.

Estas tremendas verdades são declaradas três vezes pelo apostolo, se bem

que sob três perspectivas diferentes. Ele começa com cinco convicções inabaláveis

(28) no que se refere a Deus fazer todas as coisas funcionarem juntamente para o

bem do seu povo. Continua com cinco afirmações incontestáveis (29-30)

concernentes aos sucessivos estágios do proposito salvador de Deus de eternidade

a eternidade. E conclui com cinco perguntas sem resposta (31-39), nas quais ele

desafia qualquer um a contradizer as convicções e a afirmação que ele acaba de

expressar.

Ainda que os versículos 31 – 39 de continuidade a seu argumento em desefa

da segurança crista, também adquire o caráter de uma declaração quase poética de

uma declaração da ação da graça de Deus em a qual seus filhos vivera se regozijará

por toda a eternidade.

Ele começa com uma interrogação: Que diremos, pois, à vista destas coisas?

Esta era uma frase favorita de Paulo, que reflete sua forma de apresentação de

diatribes (3.5; 4.1; 6.1; 7.7; 9.14,30). Esta questão se refere a verdades

apresentadas previamente. Prossegue com uma sentença condicional “ eiv o` qeo.j

u`pe.r h̀mw/n( ti,j kaqV h̀mw/nÈ” se Deus é por nós quem será contra nós? esse “se” não

expressa uma duvida mas uma certeza e poderia ser traduzida como “Já”. já que

Deus é por nós quem será contra nós?

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Se Paulo meramente perguntasse quem será contra nós, certamente muitas

respostas poderiam ser dada, mas ele condiciona a sua segurança à Deus.

Que diremos diante dessas coisas? Erramos escravos, prisioneiros e agora não

somos condenados por mais nada. Que diremos, pois diante dessas coisas? Agora

que fomos fui feito filho e herdeiro. O que é que podemos dizer diante dessas

coisas?

Paulo nós ensina que se hoje nós ainda passamos por sofrimentos, dores,

dificuldades eu já temos uma gloria reservada para nós. O que é que eu posso dizer

diante dessas coisas?

Se eu sou fraco, eu sou pecador, eu não sei orar o Espírito Santo faz o papel

de intercessor. E se ainda resta alguma duvida que não mais reste, porque a obra

de Cristo foi aplicada na minha vida de uma maneira definitiva eficaz completa. O

que posso dizer diante dessas coisas?

É isso que Paulo está dizendo aqui: o que é que diremos diante de uma

salvação como essa? O que o apostolo Paulo nos diz é: fique firme, porque

ninguém, absolutamente ninguém pode revogar aquilo que Deus já deu pro seus

filhos. Que graça maravilhosa, que graça perfeita que graça completa, nada pode

me tirar essa salvação.

É sobre isso que essa doxologia fala. Isso tem que insuflar em nós uma

confiança tal que vivemos 24 horas por dia de maneira confiante no Senhor e não

vacilante, cambaleante, mas firmes naquele que juntamente com Cristo já nos deu

todas as coisas. Já que Deus é por nós quem será contra nós? Com está

condicional de primeira classe Paulo apresenta o desafio a todos os que querem

apresentar duvidas sobre a segurança crista. Não há nada que se possa comparar a

Deus. Paulo faz um contraste com as preposições u`pe.r (sobre) e kaqV (abaixo ou

contra) para enfatizar esse fato.

Paulo prossegue com suas indagações lançado as bases da sua segurança e

elas não são arbitrarias. Deus não poupou seu próprio filho para nos salvar (v32)

seria muito espera dele uma graça eterna e a segurança de herda novos céus e

nova terra. O raciocínio de Paulo aqui vai do maio para o menor, ou seja, do mais

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difícil para o mais fácil: Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos

nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?

Consequentemente: Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus?

O apostolo já havia dito no inicio deste capitulo que nenhuma condenação há para

os que estão em Cristo Jesus. Nenhuma acusação pode prevalecer contra eles

porque é Deus que os justifica. O verbo dikaiw/n\ aqui tem o sentido legal, de alguém

que foi declarado justo. E embora possa o acusador apresenta-se diante do tribunal

de Deus para acusar um cristão sua acusação perde toda a sua validade pois É

Deus quem os justifica. Embora em muitas ocasiões venhamos a ser condenados

até mesmo pelo nosso coração, os inimigos do evangelho e o próprio Satanás,

essas condenações não podem surti qualquer efeito, pois É Cristo Jesus quem

morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também

intercede por nós (v34).

Acusará... justificará... condenará... intercede são todos termos judiciais. Os

versículos 31-34 são um cenário de tribunal no céu apontando para Isaias 50.8-9.

Perto está o que me justifica; quem contenderá comigo? Apresentemo-nos

juntamente; quem é o meu adversário? Chegue-se para mim. Eis que o SENHOR

Deus me ajuda; quem há que me condene? Eis que todos eles, como um vestido,

serão consumidos; a traça os comerá.

Paulo termina a sua serie de perguntas retorica: Quem nos separará do amor

de Cristo? os dois genitivos avga,phj tou/ Cristou/È Pode ser (1) o amor de Cristo pelos

crentes e também (2) o amor dos crentes por Cristo. A primeira opção se encaixa

melhor neste contexto porque o amor dos crentes por Cristo vai e vem, mas o amor

de Cristo por nós é seguro e estável.

Para reforçar a sua tese de que estamos definitivamente seguro em Cristo o

apostolo uma lista de adversidades e adversários que poderiam ser considerados

como algo capaz de interpor-se entre nos e o amor de Cristo. Ele menciona sete

possibilidades (35b): comeca com tributação (qli/yij), angústia (stenocwri,a)

perseguição (diwgmo.j), fome (limo.j), e nudez (gumno,thj ).

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Paulo conclui sua lista com perigo, ou espada, provavelmente uma referencia

ao risco de vida, por um lado, e a experiência da morte, por outro, seja "espada" "o

golpe final da espada do bandido ou do soldado inimigo ou do executor". A

disposição para o martírio e certamente o teste definitivo da fe e da fidelidade crista.

Para reforçar isso, o apostolo cita um salmo que descreve a perseguição de Israel

pelas nações. O sofrimento deles na o era em virtude de haverem esquecido Deus

ou se voltado para um deus estranho. Pelo contrario, estavam sofrendo por amor a

Deus, justamente por terem sido fieis a ele:

Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos

considerados como ovelhas para o matadouro.

Os cristãos enfrentam problemas no mundo, mas nenhum deles, nem os

poderes do mal, podem separar os cristãos de Deus. é obvio que certas

circunstancias desagradáveis e perigosas podem ter influencia prejudiciais a fé e a

perseverança dos crentes. no entanto a pergunta que se faz aqui é se essas coisas

ou qualquer outra pode fazer os crentes perderem a salvação. Paulo diz que essa

possibilidade é definitivamente nula. nada pode ameaçar o crente de perde a

salvação. em todas as coisas somos mais do que vencedores. O verbo indicativo

presente ativo u`pernikw/men é um verbo composto que significa literalmente “ ter uma

super. vitória, um triunfo acima das expectativa. Agora note que essa vitória é dia. (

por meio), daquele que nós amou.

Em vista destas coisas a conclusão de Paulo é uma só: Porque eu estou bem

certo. Aqui “pe,peismai” nós temos um verbo indicativo ativo perfeito significando “Eu

fui convencido e continuo a estar convencido”.

Paulo está convencido de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem

os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, em a

altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor

de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.

Não podia ser de outra maneira em vista da obra perfeita e graciosa de Jesus

Cristo.

Josué Marcionilo

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