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CRIAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE UM SISTEMA DE MONITORIZAÇÃO NO LITORAL ABRANGIDO PELA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO DA REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO
Estudo da Lagoa de Albufeira
Análises laboratoriais da água da Lagoa de Albufeira
Entregável 3.2.1.2.a
Junho 2013
CRIAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE UM SISTEMA DE MONITORIZAÇÃO NO LITORAL ABRANGIDO PELA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO DA REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO
Este relatório corresponde ao Entregável 3.2.1.2.a do projeto “Consultoria para a Criação e
Implementação de um Sistema de Monitorização do Litoral abrangido pela área de Jurisdição da
ARH do Tejo”, realizado pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL), para a
Agência Portuguesa do Ambiente, I.P. / Administração da Região Hidrográfica do Tejo (APA, I.P.
/ARH do Tejo).
AUTORES
Maria da Conceição Freitas (1), (2)
César Freire de Andrade (1), (2)
Sandra Moreira (1), (2)
Ana Rita Pires (1), (2)
Cristiano Ribeiro (1), (2)
Tiago Silva (1), (2)
Anabela Cruces (1), (2)
Maria do Rosário Carvalho (1), (2)
(1) Departamento de Geologia (FCUL)
(2) Centro de Geologia da Universidade de Lisboa
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4 Entregável 3.2.1.2.a Junho de 2013
REGISTO DE ALTERAÇÕES
Nº Ordem Data Designação
1 Junho de 2011 Versão inicial
2 Dezembro de 2011 Atualização de conteúdos
3 Junho de 2012 Atualização de conteúdos
4 Dezembro de 2012 Atualização de conteúdos
5 Junho de 2013 Atualização de conteúdos e revisão geral de formatos
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Entregável 3.2.1.2.a 5 Junho de 2013
Componentes do estudo da Lagoa de Albufeira
3 Estudo da Lagoa de Albufeira
3.1 Estudo da dinâmica da barra de maré e das suas relações com a agitação marítima incidente e as marés
3.1.1 Levantamentos topo-hidrográficos da barreira e sistema lagunar em situação de barra fechada
Entregável 3.1.1.a Batimetria de todo o sistema lagunar
3.1.2 Levantamentos topo-hidrográficos da área mais próxima do canal de maré após a abertura da barra
Entregável 3.1.2.a Topo-hidrografia da área próxima do canal
3.1.3 Cartografia das modificações morfológicas da secção da barra de maré
Entregável 3.1.3.a Cartas de diferenças entre levantamentos sucessivos
3.1.4 Avaliação das características e modificações geométricas da secção da barra ao longo da sua existência
Entregável 3.1.4.a Perfis topográficos da secção da barra da Lagoa de Albufeira
3.1.5 Estudo das relações entre morfologia da barra de maré e magnitude do prisma de maré lagunar, e
3.1.6 Caracterização da evolução morfodinâmica da embocadura através de modelação
Entregável 3.1.5.a e 3.16.a Morfodinâmica da embocadura da Lagoa de Albufeira
3.1.7 Caracterização da hidrodinâmica e das trocas entre a laguna e o mar
Entregável 3.1.7.a Caracterização das trocas entre a Lagoa de Albufeira e o mar com o modelo ELCIRC e cálculo dos tempos de residência para várias configurações da embocadura
3.1.8 Medição das correntes de maré na barra
Entregável 3.1.8.a Séries temporais de dados de velocidade de corrente integrada na coluna de água, séries temporais de valores de velocidade de escoamento superficial
3.1.9 Integração dos dados: modelo do comportamento morfodinâmico da barra de maré da Lagoa de Albufeira e estabelecimento das condições favoráveis à abertura da barra de maré
Entregável 3.1.9.a Síntese do comportamento morfodinâmico da barra de maré da Lagoa de Albufeira, incluindo relações empíricas específicas deste sistema e orientações conducentes à maximização da eficácia das trocas de água entre a laguna e o oceano em cada abertura artificial
3.2 Estudo e caracterização da qualidade da água no espaço lagunar baseada em parâmetros físico-químicos e biológicos (macroinvertebrados bentónicos, fitoplâncton, peixes, macrófitas)
3.2.1 Monitorização dos parâmetros físico-químicos in situ e análises laboratoriais
3.2.1.1 Monitorização dos parâmetros físico-químicos in situ
Entregável 3.2.1.1.a Parâmetros físico-químicos medidos in situ na Lagoa de Albufeira
3.2.1.2 Análises laboratoriais
Entregável 3.2.1.2.a Análises laboratoriais da água da Lagoa de Albufeira
3.2.1.3 Monitorização da qualidade da água das ribeiras
Entregável 3.2.1.3.a Qualidade da água das ribeiras afluentes à Lagoa de Albufeira
3.2.2 Monitorização dos parâmetros biológicos
3.2.2.1 Biomonitorização das ribeiras (qualidade da água e grau de stress)
Entregável 3.2.2.1.a Dados de poluentes e parâmetros fisiológicos das ribeiras afluentes à Lagoa de Albufeira
3.2.2.2 Monitorização do fitoplâncton
Entregável 3.2.2.2.a Dados da monitorização do fitoplâncton na Lagoa de Albufeira
3.2.2.3 Monitorização do estado da flora e da vegetação na Lagoa de Albufeira e zona envolvente
Entregável 3.2.2.3 Relatório com o estado da flora e da vegetação na Lagoa de Albufeira e zona envolvente
Entregável 3.2.2.3.a Lista das unidades de vegetação representativas da Lagoa de Albufeira e zona envolvente
Entregável 3.2.2.3.b Lista com a composição florística de cada unidade de vegetação
Entregável 3.2.2.3.c Lista de espécies da Diretiva Habitat ou por outros motivos relevantes para a conservação
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6 Entregável 3.2.1.2.a Junho de 2013
Entregável 3.2.2.3.d Lista anotada das ameaças identificadas para a vegetação da Lagoa de Albufeira e zona envolvente
Entregável 3.2.2.3.e Índices QBR
Entregável 3.2.2.3.f Dados e gráficos de síntese de biomassa e parâmetros fisiológicos das macrófitas
3.2.2.4 Caracterização da comunidade bentónica
Entregável 3.2.2.4.a Dados de caracterização da comunidade bentónica
3.2.2.5 Caracterização da comunidade de peixes
Entregável 3.2.2.5.a Dados de caracterização da comunidade de peixes
3.2.3 Integração de toda a informação obtida
Entregável 3.2.3.a Síntese das características físico-químicas do hidrossoma lagunar e das características biológicas do sistema
3.3 Estudo da capacidade de suporte do sistema lagunar face à atividade de miticultura ali instalada
3.3.1 Monitorização da qualidade dos sedimentos do fundo lagunar
Entregável 3.3.1.a Contrastes texturais e composicionais decorrentes da atividade da miticultura e cartografia dos parâmetros analisados
3.3.2 Monitorização do fitoplâncton
Entregável 3.3.2.a Monitorização do fitoplâncton
3.3.3 Monitorização dos invertebrados bentónicos
Entregável 3.3.3.a Avaliação da influência das plataformas de mexilhão na comunidade bentónica
3.3.4 Estudo da componente parasitológica
Entregável 3.3.4.a Relação entre a comunidade de macroparasitas e indicadores parasitológicos, e sua influência no sistema lagunar
3.3.5 Integração da monitorização dos parâmetros físico-químicos do corpo aquoso
Entregável 3.3.5.a Monitorização dos parâmetros físico-químicos do corpo aquoso
3.3.6 Definição da capacidade de carga da Lagoa de Albufeira para a miticultura
Entregável 3.3.6.a Definição da capacidade de carga da Lagoa de Albufeira para a miticultura
3.4 Definição das zonas de dragagem das áreas assoreadas
3.4.1 Comparação de levantamentos topo-hidrográficos
Entregável 3.4.1.a Carta de diferenças topo-hidrográficas: zonas assoreadas/erodidas
3.4.2 Definição da volumetria e da área a dragar
Entregável 3.4.2.a Relatório e mapa de perímetro de manchas de dragagem
3.4.3 Realização de sondagens nas áreas a dragar
Entregável 3.4.3.a Localização e logs das sondagens, boletins dos resultados analíticos e interpretação quanto ao grau de contaminação dos sedimentos
3.4.4 Caracterização e comparação da hidrodinâmica da lagoa em diferentes configurações
Entregável 3.4.4.a Contribuição para a definição das dragagens da embocadura da Lagoa de Albufeira
3.4.5 Estudo de incidências ambientais nos fatores bióticos e abióticos
Entregável 3.4.5.a Estudo de incidências ambientais nos fatores bióticos e abióticos; matrizes de impacto
3.5 Definição dos locais de deposição dos dragados
3.5.1 Avaliação de alternativas para a colocação de dragados de natureza vasosa
Entregável 3.5.1.a Avaliação de alternativas para a colocação de dragados de natureza vasosa; mapas de deposição dos dragados
3.5.2 Avaliação de alternativas para a colocação dos dragados de natureza arenosa
Entregável 3.5.2.a Avaliação de alternativas para a colocação dos dragados de natureza arenosa; mapas de deposição dos dragados
CRIAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE UM SISTEMA DE MONITORIZAÇÃO NO LITORAL ABRANGIDO PELA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO DA REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO
Entregável 3.2.1.2.a 7 Junho de 2013
Índice
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................... 9
2 METODOLOGIA .................................................................................................................................. 10
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................................................ 12
4 CONCLUSÕES ..................................................................................................................................... 22
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................................................... 23
CRIAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE UM SISTEMA DE MONITORIZAÇÃO NO LITORAL ABRANGIDO PELA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO DA REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO
8 Entregável 3.2.1.2.a Junho de 2013
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Entregável 3.2.1.2.a 9 Junho de 2013
1 Introdução
A Lagoa de Albufeira está situada na orla ocidental da Península de Setúbal, no Concelho de
Sesimbra, cerca de 20 km a sul de Lisboa. Ocupa atualmente em média uma superfície de
aproximadamente 1.3 km2 e apresenta uma geometria alongada com o eixo maior oblíquo
relativamente à linha de costa, orientado SW-NE; tem um comprimento máximo de 3.5 km e
uma largura máxima de 625 m.
A Lagoa de Albufeira está separada do mar por uma barreira arenosa contínua, ancorada em
terra em ambos os extremos, por vezes interrompida por uma barra de maré única, aberta
artificialmente, em regra, com periodicidade anual.
A laguna é formada por dois corpos contíguos - a Lagoa Pequena (assim designada na
toponímia local) e o corpo lagunar principal a Lagoa Grande - ambos ligados por um canal
estreito, sinuoso e pouco profundo. A Lagoa Grande é constituída por dois corpos elípticos,
separados por duas cúspides arenosas aproximadamente simétricas, localizadas em margens
opostas, sendo a da margem direita dupla.
O espaço lagunar apresenta profundidades crescentes para jusante. O corpo mais profundo
corresponde à elipse oeste da Lagoa Grande, com profundidades máximas entre 12 e 12.5 m
(relativo ao nível médio do mar - NMM) no extremo poente, junto ao sopé do talude interno
dos depósitos interiores. No entanto, a maior parte desta elipse apresenta profundidades
entre 10 e 12 m (NMM), sendo igualmente esta a profundidade do canal de ligação das elipses
oeste e leste da Lagoa Grande. A elipse leste da Lagoa Grande exibe maioritariamente
profundidades entre 8 e 10 m (NMM), apresentando declive forte no seu extremo interno,
onde as cotas sobem para valores de 0-2 m (NMM) nas proximidades do delta da ribeira de
Aiana e do canal de ligação à Lagoa Pequena. A Lagoa Pequena é, na generalidade, pouco
profunda (cotas de -2 m NMM), apresentando maiores profundidades junto à margem sul
(cotas de -6 m NMM).
A espessura da coluna de água varia consideravelmente no tempo, pelo que, com a barra
fechada e em anos de pluviosidade elevada, esta pode exceder 20 m na Lagoa Grande e 6 m na
Lagoa Pequena (embora excecionalmente, como no inverno de 1990 – Freitas e Ferreira,
2004).
As características físico-químicas do corpo aquoso da Lagoa de Albufeira são
fundamentalmente influenciadas pela dualidade imposta pela presença/ausência de barra de
maré e pelos parâmetros meteorológicos, dos quais se destacam a precipitação - que
influencia a descarga fluvial - e a temperatura, e cujos comportamentos são marcadamente
sazonais. A atividade antrópica sobrepõe-se, ainda, a estes fatores naturais.
No âmbito deste trabalho, foi proposto caracterizar os parâmetros físico-químicos da água
lagunar, em campanhas com periodicidade variável, adequada à compreensão da variabilidade
sazonal e da influência da abertura/fecho da barra de maré, com intervalo mínimo de três
meses, durante um ciclo de vida da barra de maré. Os parâmetros cuja análise foi efetuada em
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10 Entregável 3.2.1.2.a Junho de 2013
laboratório foram: nutrientes (fósforo, nitritos+nitratos, amónia), fenóis e hidrocarbonetos,
sulfatos, sulfitos e CO2.
2 Metodologia
A análise dos parâmetros que constam das Tabela 1 e Tabela 2 foram efetuadas em amostras
de água recolhidas em cinco estações posicionadas ao longo do eixo longitudinal principal da
Lagoa de Albufeira (Figura 1, Tabela 3, Tabela 4). Em cada estação, as amostras foram
recolhidas diretamente à superfície e com garrafa de colheita horizontal Van Dorn junto ao
fundo; na estação E e na campanha de 11/04/11 a água foi apenas recolhida à superfície
(Tabela 4).
Realizaram-se no total 8 campanhas de recolha de água lagunar, 4 no ciclo de 2011/2012
(abril, junho e setembro de 2011 e fevereiro de 2012) e 5 no ciclo 2012/2013 (fevereiro, abril,
julho e outubro de 2012 e março de 2013) – Tabela 4. A periodicidade nem sempre foi
trimestral para privilegiar o conhecimento do sistema em dois ciclos de vida da barra. As
amostras de 5 campanhas foram enviadas para o laboratório contratado LPQ (Laboratório Pró-
Qualidade, Lda). As restantes foram analisadas no Laboratório de Águas do Departamento de
Geologia e Centro de Geologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (Tabela 4).
Tabela 1. Parâmetros e métodos de análise utilizados no laboratório LPQ.
PARÂMETROS (unidades) Equipamento / Método
Nitritos (mg/l NO2) Flux Injection Analysis (FIA)
Nitratos (mg/l NO3)
Amónia (mg/l NH4) Fluxo segmentado
Fósforo Total (mg/l P) Espectrometria de Absorção
Molecular
Compostos fenólicos (mg/l) Espectrometria de Absorção
Molecular
Hidrocarbonetos totais (mg/l) Espectrometria de infravermelhos
Sulfatos (mg/l SO4) Gravimetria
Sulfitos (mg/l SO3) Volumetria
Anidrido carbónico livre (CO2) (mg/l)
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Entregável 3.2.1.2.a 11 Junho de 2013
Tabela 2. Parâmetros e métodos de análise utilizados no Laboratório de Água da FCUL.
Parâmetros Método
*CO2 Titulação básica
Dureza Titulação EDTA
Alcalinidade Titulação ácida
SO42-, Br-,
Cl-, F-, HCO3-, Ca2+, Mg2+, Na+, K+,
NO3-, NO2
-, PO43-
Cromatografia iónica
Figura 1. Localização das estações de amostragem para recolha de água para análise laboratorial na Lagoa de Albufeira.
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12 Entregável 3.2.1.2.a Junho de 2013
Tabela 3. Coordenadas (WGS 84) das estações de amostragem para recolha de água para análise laboratorial na Lagoa de Albufeira.
Estação X Y
A 486907,1 4263748,0
B 485945,8 4263437,2
C 485326,7 4263060,0
D 484665,1 4262655,7
E 484563,9 4262494,8
Tabela 4. Estações de amostragem, laboratório de análise e situação da barra nas campanhas de recolha de água lagunar para análise laboratorial.
Data Estações de
Amostragem
Laboratório
de Análise
Situação da
barra Amostras
11/04/2011 A, B, C, D e E LPQ fechada A, B, C, D – superfície, fundo
E - superfície
28/06/2011 A, B, C, D e E LPQ aberta Superfície, fundo
22/09/2011 A, B, C, D e E LPQ aberta Superfície, fundo
20/02/2012 A, B, C, D e E DG – FCUL fechada Superfície, fundo
13/04/2012 A, B e D DG – FCUL aberta Superfície, fundo
03/07/2012 A, B e D DG – FCUL aberta Superfície, fundo
31/10/2012 A, B, C, D e E LPQ fechada Superfície, fundo
26/03/2013 A, B, C, D e E LPQ fechada Superfície, fundo
3 Resultados e discussão
A 11 de abril de 2011 da Lagoa de Albufeira não apresentava anidrido carbónico livre na água
superficial (no hidrossoma superficial, os valores elevados de pH, acima de 8.3, remetem o C
disponível para carbonato, inibindo a existência de CO2 livre na coluna de água); porém este
composto foi detetado na água junto ao fundo lagunar, variando entre 6 e 9 mg L-1 na Lagoa
Grande (Estações B a D) e alcançando o seu valor máximo de 17 mg L-1 na Lagoa Pequena
(Estação A) - Figura 2. Este aumento junto ao fundo deve-se à libertação de dióxido de carbono
proveniente da decomposição da matéria orgânica (difusão sedimento-água). Os sulfitos
surgem na água superficial em concentrações inferiores a 1 mg L-1, estando por vezes abaixo
do limite de quantificação do método analítico (L.Q.1 <0.5 mg L-1), compatível com águas
superficiais em ambiente oxidante. Embora exista um incremento do teor em sulfitos em
1 L.Q. – limite de quantificação.
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Entregável 3.2.1.2.a 13 Junho de 2013
profundidade, o seu valor não excede os 4 mg L-1 na Lagoa Grande enquanto na Lagoa
Pequena a concentração deste composto é uma ordem de grandeza superior (45 mg L-1). A
concentração dos sulfatos na água superficial do corpo lagunar é relativamente homogénea
(1100 – 1200 mg L-1), ocorrendo um incremento em profundidade que é mais acentuado na
Lagoa Grande (2600 – 2800 mg L-1) comparativamente à Lagoa Pequena (1800 mg L-1). Embora
seja espectável um aumento do S em profundidade, como consequência de um hidrossoma
estratificado mais salino junto ao fundo, é pouco provável que esse S se encontre na forma de
sulfato, uma vez que as condições anaeróbias (O.D. ≈ 0 mg/L; Eh = entre -24 e -267 mV) do
estrato profundo (hipolimnion) favorecem a formação sulfitos e de H2S em detrimento de
SO42. Estes valores elevados de SO4
2- podem ter resultado de uma deficiente preservação das
amostras, que terá facilitado a oxidação do S. De um modo geral, o fósforo surge na coluna de
água em concentrações não quantificáveis (L.Q.= 0.5 mg L-1), com exceção da amostra de água
recolhida na estação A (Lagoa Pequena) junto ao fundo lagunar, em que surge numa
concentração de 1.6 mg L-1. Em termos de hidrocarbonetos totais, estes só surgem em
concentrações quantificáveis (i.e. > 0.5 mg L-1) na água superficial da estação A (19 mg L-1), D (8
mg L-1) e E (9 mg L-1) e na água junto ao fundo lagunar da estação D (7 mg L-1). De um modo
geral, os nitritos ocorrem neste corpo lagunar em concentrações inferiores a 0,1 mg L-1, que
corresponde ao L.Q. do método analítico utilizado; a amostra de água superficial da estação A
(8.3 mg L-1), na Lagoa Pequena, constitui exceção. As concentrações de fenóis (L.Q. = 0.01 mg
L-1), azoto amonical (L.Q. = 0.5 mg L-1) e nitratos (L.Q. = 5 mg L-1) surgem em concentrações
inferiores ao respetivo limite de quantificação.
Figura 2. Parâmetros químicos da água lagunar na Lagoa de Albufeira a 11/04/11.
A 28 de junho de 2011, as concentrações de anidrido carbónico livre oscilam, à superfície,
entre 2 e 5 mg/L (incorporação a partir da atmosfera, atividade respiratória), diminuindo
ligeiramente em profundidade provavelmente devido a alcalinidade da água (pH> 8.3);
excetua-se a estação D (13.5 m de profundidade máxima), onde os valores deste parâmetro
tendem a aumentar junto ao fundo (5 mg/L) (Figura 3, Entregável 3.2.1.2.a. Excel). Este
aumento, tal com na campanha anterior, deve-se à libertação de dióxido de carbono
CRIAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE UM SISTEMA DE MONITORIZAÇÃO NO LITORAL ABRANGIDO PELA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO DA REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO
14 Entregável 3.2.1.2.a Junho de 2013
proveniente da decomposição da matéria orgânica (difusão sedimento-água), para um
hipolimnion com algum O.D. disponível. Relativamente às concentrações de sulfatos e sulfitos,
estas oscilam, à superfície, entre 2100 e 2800 mg/L e 0.6 e 1.3 mg/L respetivamente; nas
estações B e D o hidrossoma apresenta, em profundidade, dois comportamentos distintos; a
diminuição dos sulfatos e sulfitos na estação D pode indicar a formação de ácido sulfídrico
(H2S) junto ao fundo, enquanto na estação B, apesar da diminuição de sulfatos, observa-se um
incremento na concentração de sulfitos, que pode resultar da presença de algum O.D. ainda
disponível (Figura 3, Entregável 3.2.1.2.a. Excel). No entanto, as diferenças ao longo da coluna
de água são ténues, típico de um hidrossoma não estratificado. As concentrações de fósforo
total não excederam os 2 mg/L, registando-se o valor mais elevado à superfície na estação
mais a montante (estação A) (Figura 3). As concentrações de hidrocarbonetos totais, mais
baixas que na campanha anterior, oscilam, à superfície, entre 0.2 e 0.85 mg/L, observando-se o
valor máximo na estação mais a montante; em profundidade os valores tendem a diminuir,
excetuando a estação C que apresenta 0.93 mg/L junto ao fundo (Figura 3, Entregável
3.2.1.2.a. Excel). No que se refere ao azoto amoniacal, o hidrossoma apresenta-se
relativamente homogéneo, registando-se o valor mais elevado à superfície (0.32 mg/L) na
Lagoa Pequena (estação mais a montante - estação A); este comportamento desfasado do
restante espaço lagunar parece sugerir uma afluência externa deste composto azotado (Figura
3, Entregável 3.2.1.2.a. Excel). As concentrações registadas em todas as estações à superfície e
junto ao fundo de compostos fenólicos, nitratos e nitritos foram inferiores aos Limites de
Quantificação do método (L.Q.=0.0005 mg/L, 10 mg/L e 0.02 mg/L, respetivamente)
(Entregável 3.2.1.2.a. Excel).
Em setembro de 2011, as concentrações de anidrido carbónico livre diminuíram
substancialmente comparativamente com Junho, não ocorrendo em todo o corpo lagunar
(Figura 4, Entregável 3.2.1.2.a. Excel); embora não tenha sido avaliado o parâmetro pH, estes
valores de anidrido carbónico livre indicam que o corpo aquoso apresentava um pH acima de
8.3. As concentrações de compostos fenólicos, embora acima do limite de quantificação,
permanecem baixas em todo o hidrossoma, com valores inferiores a 0.001 mg/L (Figura 4,
Entregável 3.2.1.2.a. Excel). No que se refere ao azoto amoniacal, o hidrossoma apresenta
concentrações ligeiramente superiores (0.2 – 0.34 mg/L) às registadas em junho, uma vez que
o corpo lagunar se encontra estratificado, apresentando menores teores de oxigénio
dissolvido o que potencia o incremento do teor de espécies azotadas reduzidas (NH3 e NH4+)
(Figura 4, Entregável 3.2.1.2.a. Excel). As concentrações registadas em todas as estações à
superfície e junto ao fundo, de nitratos e nitritos foram inferiores aos Limites de Quantificação
do método (L.Q. <10 mg/L e 0.02 mg/L, respetivamente) (Entregável 3.2.1.2.a. Excel).
Comparativamente com o mês de junho, observa-se uma diminuição da concentração de
hidrocarbonetos e compostos de fósforo no hidrossoma. As concentrações de
hidrocarbonetos totais registadas apresentam valores abaixo do Limite de Quantificação do
método (L.Q. <0.05 mg/L); já as de fósforo total foram inferiores ao Limite de Quantificação do
método (L.Q. <0.05 mg/L) à superfície, mas em profundidade (estação C e E) registam-se
concentrações da ordem dos 0.06 e 0.12 mg/L, respetivamente (Figura 4, Entregável 3.2.1.2.a.
CRIAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE UM SISTEMA DE MONITORIZAÇÃO NO LITORAL ABRANGIDO PELA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO DA REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO
Entregável 3.2.1.2.a 15 Junho de 2013
Excel). Relativamente aos sulfatos e sulfitos, o hidrossoma encontra-se homogéneo, com
valores da ordem dos 3000 mg/L e 0.5 mg/L, respetivamente. Comparativamente com os
dados de junho, os valores de sulfatos são superiores e os sulfitos apresentam uma ligeira
diminuição (Figura 4, Entregável 3.2.1.2.a. Excel).
Figura 3. Parâmetros químicos da água lagunar na Lagoa de Albufeira a 28/06/11.
As análises químicas da água da Lagoa de Albufeira recolhida no dia 20 de fevereiro de 2012,
em situação de barra fechada, indicam a presença anidrido carbónico livre somente na água
recolhida junto ao fundo das estações B, C e D, com concentrações entre 22 e 28 mg/L (Figura
5, Entregável 3.2.1.2.a. Excel); nestas estações ocorre anoxia junto ao fundo que promove a
decomposição da matéria orgânica, processo do qual resulta a libertação de CO2. A ausência
deste gás nas restantes amostras analisadas, é reflexo da alcalinidade da água (pH> 8.3). A
água superficial apresenta uma dureza e alcalinidade mais alta nas estações da Lagoa Grande
0
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0 2 4 6 8 10
Pro
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did
ade
(m
)
Anidrido Carbónico Livre (mg/L)
Estação A Estação BEstação C Estação DEstação E
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15
0 0.5 1 1.5 2
Pro
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did
ade
(m
)
Sulfitos (mg/L)
Estação A Estação BEstação C Estação DEstação E
0
1
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15
0 1000 2000 3000
Pro
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ade
(m
)
Sulfatos (mg/L)
Estação A Estação BEstação C Estação DEstação E
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0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5
Pro
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ade
(m
)
Fósforo Total (mg/L)
Estação A Estação BEstação C Estação DEstação E
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1
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0 0.1 0.2 0.3 0.4
Pro
fun
did
ade
(m
)
Azoto Amoniacal (mg/L)
Estação A Estação BEstação C Estação DEstação E
0
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15
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0
Pro
fun
did
ade
(m
)
Hidrocarbonetos (mg/L)
Estação A Estação BEstação C Estação DEstação E
CRIAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE UM SISTEMA DE MONITORIZAÇÃO NO LITORAL ABRANGIDO PELA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO DA REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO
16 Entregável 3.2.1.2.a Junho de 2013
comparativamente à Estação A na Lagoa Pequena; os valores da água do fundo são sempre
superiores aos da superfície (Figura 5, Entregável 3.2.1.2.a. Excel). Os iões presentes na água
lagunar em maiores concentrações são o Cl- (1.5-1.9 %), o Mg2+ (1.0-1.2 %) Na+ (0.8-1.4 %),
refletindo o carácter salobro da água. De um modo geral a quantidade de catiões e aniões é
superior na água do fundo, onde os valores de salinidade são superiores (Figura 6, Entregável
3.2.1.2.a. Excel); o rácio catiões/aniões varia entre 0.8 e 1.3. Os perfis dos parâmetros
analisados são compatíveis com um hidrossoma estratificado.
Figura 4. Parâmetros químicos da água lagunar na Lagoa de Albufeira a 28/06/11.
A amostragem de água lagunar para análise química a 13 de abril de 2012, ocorre 8 dias após a
abertura da barra de maré que estabelece a ligação da Lagoa de Albufeira com o oceano. Em
todas as amostras analisadas foi detetada a presença de dióxido de carbono livre (Figura 7,
Entregável 3.2.1.2.a. Excel). O intervalo de concentração em dióxido de carbono livre na água
superficial é de 3.0 - 24.2 mg/L e na água junto ao fundo lagunar é de 3.4 e 5.6 mg/L,
verificando-se que nas estações A e B a concentração deste composto na água superficial é
uma ordem de grandeza superior à determinada na água junto ao fundo lagunar.
CRIAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE UM SISTEMA DE MONITORIZAÇÃO NO LITORAL ABRANGIDO PELA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO DA REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO
Entregável 3.2.1.2.a 17 Junho de 2013
Relativamente à dureza da água constata-se que na Lagoa Pequena (estação A) existe um
incremento em profundidade deste parâmetro de 5440 para 5760 mg CaCO3/L; mas nas
estações B e D da Lagoa Grande verifica-se a situação oposta, de modo que à superfície a água
lagunar apresenta uma dureza de 5490 e 5770 mg CaCO3/L e junto ao fundo esses valores
passam a 5270 e 5320 mg CaCO3/L, respetivamente (Figura 7, Entregável 3.2.1.2.a. Excel). A
alcalinidade da água lagunar é similar ao longo da coluna de água e não exibe variações
significativas entre estações de monitorização (125 – 135 mg CaCO3/L) (Figura 7, Entregável
3.2.1.2.a. Excel). Os iões que surgem em maior abundância são o Na+ e o Cl-, em concentrações
de 1.0 – 1.3% e 1.9 – 2.2.%, respetivamente. Os restantes catiões (Ca2+, K+ e Mg2+) e aniões (F-,
Br-, HCO3- e SO4
2-) exibem concentrações 1 a 2 e 1 a 4 ordens de grandeza inferior ao teor em
Na+ e Cl-, respetivamente (Figura 8, Entregável 3.2.1.2.a. Excel). A concentração dos diversos
iões já referidos é relativamente homogénea ao longo do corpo aquoso, com exceção para o F-
que surge na água superficial da estação A (2.7 mg/L) em concentrações superiores às obtidas
para as restantes amostras de água analisadas (1.2-1.6 mg/L) (Entregável 3.2.1.2.a. Excel). O
rácio entre catiões e aniões é de 1.0 na estação A, 1.1 na estação B e de 0.9 na estação C.
Figura 5. Parâmetros químicos da água lagunar na Lagoa de Albufeira a 20/02/12.
A 3 de julho de 2012 apenas se verificou a presença de dióxido de carbono livre na água junto
ao fundo lagunar da Lagoa Grande (5 e 4 mg/L nas estações B e D, respetivamente) (Figura 9,
Entregável 3.2.1.2.a. Excel). Enquanto na Lagoa Pequena (estação A) ocorre um decréscimo da
dureza da água em profundidade, de 5720 para 5480 mg/L, verifica-se um comportamento
oposto deste parâmetro na Lagoa Grande, aumentando a dureza da água em profundidade de
5570 para 6320 mg/L, na estação B, e de 5320 para 5920 mg/L, na estação D (Figura 9,
Entregável 3.2.1.2.a. Excel). A alcalinidade da água é inferior junto ao fundo relativamente à
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0 10 20 30
Pro
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e (
m)
CO2 livre(mg CO2/L)
A
B
C
D
E
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4500 5000 5500 6000 6500
Pro
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e (
m)
Dureza(mg CaCO3/L)
A
B
C
D
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100 110 120 130 140 150
Pro
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m)
Alcalinidade(mg CaCO3/L)
A
B
C
D
E
CRIAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE UM SISTEMA DE MONITORIZAÇÃO NO LITORAL ABRANGIDO PELA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO DA REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO
18 Entregável 3.2.1.2.a Junho de 2013
superfície; os valores mais elevados surgem na estação B (127 e 124 mg/L) comparativamente
com as restantes estações (estação A: 116 e 115 mg/L; estação D: 116 e 102 mg/L). Durante a
campanha de amostragem o corpo lagunar encontrava-se ligado ao oceano, o que se traduz
nas concentrações elevadas dos iões Na+ e Cl- que formam o principal sal (cloreto de sódio,
NaCl) presente na água salgada. Na água superficial a concentração em Na+ e Cl- varia entre 1.1
– 1.2 % e 1.8 – 2.1 %, respetivamente e é similar à concentração destes dois iões na água junto
ao fundo lagunar (Na+ = 1.0 – 1.1 % ; Cl- = 1.9 – 2.1%) (Figura 10, Entregável 3.2.1.2.a. Excel).
Ao longo da coluna de água os restantes catiões e os aniões surgem na seguinte ordem
decrescente de abundância Mg2+>>Ca2+>K+ e SO42->> HCO3
->> Br->>F- (Entregável 3.2.1.2.a.
Excel). O rácio catiões/aniões varia entre 1.0 e 1.1 na água superficial e entre 0.9 e 1.1 na água
junto ao fundo lagunar.
Figura 6. Iões presentes na água lagunar da Lagoa de Albufeira a 20/02/12.
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2000
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6000
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A B C D E
mg/
L
Estações - Água Superficial
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A B C D E
mg/
L
Estações - Água do Fundo Lagunar
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4000
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12000
14000
16000
18000
20000
A B C D E
mg/
L
Estações - Água Superficial
0
5000
10000
15000
20000
25000
A B C D E
mg/
L
Estações - Água do Fundo Lagunar
CRIAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE UM SISTEMA DE MONITORIZAÇÃO NO LITORAL ABRANGIDO PELA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO DA REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO
Entregável 3.2.1.2.a 19 Junho de 2013
Figura 7. Parâmetros químicos da água lagunar na Lagoa de Albufeira a 13/04/12.
Figura 8. Iões presentes na água lagunar da Lagoa de Albufeira a 13/04/12.
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0 10 20 30
Pro
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e (
m)
CO2 livre(mg CO2/L)
A
B
D
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2
3
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5200 5300 5400 5500 5600 5700 5800
Pro
fun
did
ad
e (
m)
Dureza(mg CaCO3/L)
A
B
D
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2
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124 126 128 130 132 134 136
Pro
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e (
m)
Alcalinidade(mg CaCO3/L)
A
B
D
Br2-SO42-
Cl- HCO3-
Mg2+Ca2+ Na+ K+
CRIAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE UM SISTEMA DE MONITORIZAÇÃO NO LITORAL ABRANGIDO PELA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO DA REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO
20 Entregável 3.2.1.2.a Junho de 2013
Figura 9. Parâmetros químicos da água lagunar na Lagoa de Albufeira a 03/07/12.
Figura 10. Iões presentes na água lagunar da Lagoa de Albufeira a 03/07/12.
Br2-SO42- Cl- HCO3-
Mg2+Ca2+ Na+ K+
CRIAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE UM SISTEMA DE MONITORIZAÇÃO NO LITORAL ABRANGIDO PELA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO DA REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO
Entregável 3.2.1.2.a 21 Junho de 2013
A 31 de outubro de 2012, já em situação de barra fechada, mas ainda podendo ocorrer a
entrada de água oceânica, foram recolhidas amostras de água à superfície e junto ao fundo
lagunar das estações A, B, C, D e E para serem analisadas quimicamente. Em nenhuma amostra
de água existe anidrido carbónico livre (Figura 11, Entregável 3.2.1.2.a. Excel), ou seja este gás
não se encontrava dissolvido na água. Em todas as amostras de água os teores de fenóis, azoto
amoniacal, hidrocarbonetos totais e nitritos encontram-se abaixo do limite de quantificação
do método analítico (Entregável 3.2.1.2.a. Excel); os sulfitos e o fósforo total surgem em
teores abaixo do limite de quantificação (<0.5 mg/l) ou muito próximos deste (0.5 – 0.7 mg/l).
Os nitratos surgem na água lagunar em teores entre os 350 e os 480 mg/l; enquanto nas
Estações A e E (as menos profundas) os teores em nitrato são superiores junto ao fundo
lagunar, nas restantes estações os teores mais elevados ocorrem na água superficial,
provavelmente após precipitação e acarreio de terra (Figura 11, Entregável 3.2.1.2.a. Excel). Os
sulfatos na água lagunar exibem teores de 2600 a 3000 mg/l; nas estações mais próximas do
cordão litoral (Estação D e D) o teor em sulfatos à superfície e junto ao fundo é igual, mas nas
restantes estações verifica-se os teores mais elevados na água superficial, eventualmente de
contribuição antrópica (Figura 11, Entregável 3.2.1.2.a. Excel).
Figura 11. Parâmetros químicos da água lagunar na Lagoa de Albufeira a 31/10/12.
As análises químicas das amostras de água recolhidas à superfície e junto ao fundo lagunar nas
estações A, B, C, D e E, em situação de barra fechada, a 26 de março de 2013 indicam
inexistência de anidrido carbónico livre, ou seja este gás não se encontrava dissolvido na água
lagunar (Figura 12, Entregável 3.2.1.2.a.). Os fenóis, sulfitos, fósforo total e nitritos ocorrem
em teores abaixo do limite de quantificação do método analítico (Entregável 3.2.1.2.a. Excel).
Na maioria das amostras, o azoto amoniacal e os hidrocarbonetos totais também surgem em
concentrações não detetáveis; excetua-se a água junto ao fundo das estações A e C, onde o
azoto amoniacal é de 8 e 26 mg/l, respetivamente, e na água superficial da estação é onde os
hidrocarbonetos totais apresentam um teor de 14 mg/l (Entregável 3.2.1.2.a. Excel). Os
sulfatos e os nitratos surgem em teores inferiores na água superficial (SO4=790-1600 mg/l;
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Pro
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Anidrido Carbónico Livre (mg/L)
Estação A Estação BEstação C Estação DEstação E
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0.0 0.5 1.0 1.5 2.0
Pro
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)
Sulfitos (mg/L)
Estação A Estação BEstação C Estação DEstação E
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Sulfatos (mg/L)
Estação A Estação BEstação C Estação DEstação E
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Fósforo Total (mg/L)
Estação A Estação BEstação C Estação DEstação E
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200 300 400 500
Pro
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)
Nitratos (mg/L)
Estação A Estação BEstação C Estação DEstação E
CRIAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE UM SISTEMA DE MONITORIZAÇÃO NO LITORAL ABRANGIDO PELA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO DA REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO
22 Entregável 3.2.1.2.a Junho de 2013
NO3=100-240 mg/l) comparativamente à água recolhida junto ao fundo (SO4=1500-2600 mg/l;
NO3=170-360 mg/l), não sendo este incremento em profundidade muito acentuado nas
estações D e E; uma vez mais, estes valores elevados junto ao fundo podem ter resultado de
uma deficiente preservação das amostras, que terá facilitado a oxidação do S. Ambos os
parâmetros químicos ocorrem em teores inferiores na Lagoa Pequena (SO4=790-1500 mg/l;
NO3=100-170 mg/l) comparativamente às restantes estações localizadas na Lagoa Grande
(SO4=1400-2600 mg/l; NO3=160-360 mg/l) (Figura 12, Entregável 3.2.1.2.a. Excel).
Figura 12. Parâmetros químicos da água lagunar na Lagoa de Albufeira a 26/03/13.
4 Conclusões
Os valores de anidrido carbónico livre na água lagunar da Lagoa de Albufeira são baixos de
forma geral à superfície, aumentando junto ao fundo em situações de anoxia (normalmente
em situação de barra fechada) pela degradação da matéria orgânica do sedimento. A
concentração deste componente nas águas lagunares é controlada, não só pela degradação da
matéria orgânica mas também pelos valores de pH, que sendo superiores a 8.3 inibem a
manutenção do carbono em CO2, promovendo a sua passagem a ião carbonato (CO32).
A variação das concentrações dos sulfitos e sulfatos são um reflexo, principalmente dos
valores de salinidade do hidrossoma mas em profundidade podem estar sobrestimados,
principalmente nas campanhas em que o hidrossoma se encontra fortemente estratificado,
com hipolimnion anóxico e redutor. Nestas condições é sabido que é comum o aparecimento
de H2S, em detrimento de espécies oxidadas (SO42-). Uma possível deficiente preservação das
amostras pode ter induzido a oxidação precoce do S.
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Anidrido Carbónico Livre (mg/L)
Estação A Estação BEstação C Estação DEstação E
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Sulfatos (mg/L)
Estação A Estação BEstação C Estação DEstação E
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0 5 10 15 20 25 30
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Fósforo Total (mg/L)
Estação A Estação BEstação C Estação DEstação E
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0 100 200 300 400 500
Pro
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ade
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)
Nitratos (mg/L)
Estação A Estação B
Estação C Estação D
Estação E
CRIAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE UM SISTEMA DE MONITORIZAÇÃO NO LITORAL ABRANGIDO PELA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO DA REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO
Entregável 3.2.1.2.a 23 Junho de 2013
O fósforo total só ocorre em quantidade mensurável na água lagunar em situação de barra
aberta.
Os hidrocarbonetos totais só ocorrem acima do limite de quantificação em Abril e Junho de
2011, sendo os valores obtidos em Junho inferiores aos de Abril. Não sendo mensuráveis nas
ribeiras afluentes (ver Entregável 3.2.1.3.a. Qualidade da água das ribeiras afluentes à Lagoa
de Albufeira), podem ter origem no próprio sistema lagunar.
Os fenóis e o azoto amoniacal, ocorrem de forma geral abaixo do limite de quantificação ou
muito próximo deste.
Os nitritos e nitratos, e por vezes o azoto amoniacal, surgem em concentrações mais elevadas
na região a montante, sugerindo uma possível proveniência da bacia hidrográfica (ver
Entregável 3.2.1.3.a Qualidade da água das ribeiras afluentes à Lagoa de Albufeira).
5 Referências bibliográficas
Freitas, M.C. e Ferreira, T. 2004. Lagoa de Albufeira. Geologia. Instituto da Conservação da
Natureza, Centro de Zonas Húmidas, 11-52.