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lio2009
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Colégio Gênesis
Nome:Lísian da Motta Barbosa
Professora: Mayra Paniago
Disciplina: História
2º ano A
Agosto de 2009
“Amizade é:
saber amar,
saber compreender,
saber compadecer-se,
saber dizer SIM e
saber dizer NÃO”
Anônimo
Índice
Introdução 04
Ideologias proletárias 05
o Anarquismo 05
o Socialismo 09
Socialismo Utópico 13
Socialismo Cientifico 15
Socialismo Cristão 17
o Sindicalismo 19
Repercusões 20
o Anarquismo 20
o Socialismo 22
o Sindicalismo 23
Principais Teóricos 26
o Anarquismo 26
Internacionalmente conhecidos 26
Brasileiros 27
o Socialismo 28
Anexos 29
Bibliografia 34
Introdução
Esse trabalho tem como finalidade demonstrar as teorias anarquismo, socialismo e
sindicalismo, além de suas repercussões, origens, e principais teóricos.
Anarquismo é um termo amplo que abrange desde teorias políticas a movimentos
sociais que advogam a abolição do capitalismo e do Estado enquanto autoridade imposta
e detentora do monopólio do uso da força. Exemplificando, anarquismo é a teoria
libertária baseada na ausência do estado. De um modo geral, anarquistas são contra
qualquer tipo de ordem hierárquica que não seja livremente aceita, defendendo tipos de
organizações horizontais e libertárias.
Socialismo é a denominação genérica de um conjunto de teorias socioeconômicas
ideologias e políticas que postulam a abolição das desigualdades entre as classes sociais.
Incluem-se nessa dominação desde o socialismo utópico a social-democracia até o
comunismo e o anarquismo. As múltiplas variantes de socialismo partilham de uma base
comum de tendência sentimental e humanitária.
Sindicalismo é o movimento social de associação de trabalhadores assalariados
para a proteção de seus interesses. Ao mesmo tempo, é também uma doutrina política
segundo a qual os trabalhadores agrupados em sindicatos devem ter um papel ativo na
condução da sociedade.
Esse trabalho terá o intento de demonstrar essas teorias e seus diversos pontos de
vista.
Ideologias proletárias
Anarquismo
A origem da palavra anarquismo vem de uma dupla raiz grega: archon, que
significa governante, e o prefixo an, que indica sem. Sendo assim, anarquia significa sem
governo. Então, o anarquismo pregava que o Estado era o grande culpado pelos
problemas do povo e que existem outras formas de organização. Segundo Geoge
Woodcock a palavra anarquismo é uma palavra que gera muita “confusão”, já que
acredita-se que os anarquistas são todos violentos e na realidade apenas poucos dos
anarquistas foram violentos. Sengundo Woodcock: “o anarquismo é a doutrina que propõe
uma crítica à sociedade vigente; uma visão da sociedade ideal do futuro e os meios de
passar de uma para a outra.”
As raízes do pensamento anarquistas são antigas. Talvez seja melhor começar-se
a falar sobre o primeiro homem a aceitar o titulo de anarquista: Joseph Proudhon, que
declarou: “Ser governado é ser zelado, inspecionado, doutrinado, aconselhado,
controlado, assediado, pesado, censurado e ordenado por homens que não tem direito,
nem conhecimento ou valor para tanto. Isto é o Estado, esta é a sua justiça, esta é a sua
moral”. Joseph Prodhon porem viveu uma vida isolada da sociedade, onde escrevia os
seus pensamentos. Um desses pensamentos foi escrito em forma de livro em 1840,
“Qu’est-ce que la proprieté?” (O que é a propriedade?). A resposta de Proudhon à
pergunta do titulo do seu livro é que “Propriedade é roubo”. Talvez o fato mais
interessante de Proudhon é que ele se recusava a estabelecer uma doutrina dogmática,
como a que Marx transmitia a seus seguidores.
Para Proudhon as doutrinas nunca eram completas, suas formas e seus
significados mudavam segundo a situação e dizia que a teoria política estava num
processo de evolução constante. Ele também negava que houvesse fundado um partido
político. Para ele, todos os partidos eram “variedades do absolutismo”. Entre a pequena
minoria de representantes que votou contra a constituição aprovada pela Assembléia
Proudhon estava entre eles, e explicou suas razoes dizendo que não votou contra uma
forma especifica de constituição: “Votei contra a constituição, porque era uma
constituição”. Assim, ele estava reafirmando sua rejeição às formas fixas de organização
política.
Assim sendo, nunca foi possível falar no anarquismo como sistema político ou
filosófico, como o marxismo, que entende que as obras de um homem que morreu em
1883 fornecem respostas infalíveis a todos os problemas. O anarquismo nunca foi
representado por um partido político e consideram as constituições como sistemas
políticos fixos, que fortalecem o Estado e institucionalizam o exercício do poder.
Os libertários acreditam que a organização da vida comunitária, a nível político,
deve ser substituída por uma organização social e econômica baseada num acordo livre
entre os indivíduos. A liberdade não é algo para ser protegido e decretado por leis e
Estado. É algo que se faz para si mesmo e que se reparte com os outros. O Estado e a lei
são seus inimigos e, de cada ângulo do pensamento anarquista, essa é uma opinião
unânime. O Estado é nocivo, e não traz a ordem, mas o conflito. A autoridade impede os
impulsos naturais e faz com que os homens sejam estranhos.
Em 1793, em seu grande livro Justiça política, William Godwin levanta a questão:
O Estado lança suas mãos contra a elasticidade da sociedade e pára seu
movimento. Dá consistência e permanência aos novos erros. Ele reverte as tendências
naturais do nosso pensamento e, ao invés de nos permitir olhar para a frente, nos ensina
a procurar a perfeição no passado. Ele nos induz a buscar o bem-estar público sem
inovação e melhoramento, mas em nítida reverência aos nossos ancestrais, como se
fosse da natureza humana sempre degenerar e nunca avançar.
Os anarquistas sustentam que não podemos usar nossa experiência do presente
para planejar o futuro, onde as condições podem ser bem diferentes. Se exigirmos
liberdade de escolha, devemos esperar a mesma exigência de nossos sucessores.
Podemos apenas tentar eliminar as injustiças que conhecemos.
O anarquista é, na verdade, um discípulo natural do filósofo grego Heráclito, que
postulava que a unidade da existência consiste na sua constante mudança. "Sobre
aqueles que entram no mesmo rio", disse Heráclito, "as águas que fluem são
constantemente diferentes". Essa é uma boa imagem do anarquismo, já que exprime a
idéia de uma teoria cheia de variações, que se move entre as margens dos conceitos
comuns. Portanto, mesmo havendo diferentes opiniões anarquistas, existe uma filosofia
definida, assim como uma tendência anarquista reconhecida. Essa filosofia envolve três
elementos: uma crítica à sociedade como ela é, uma visão de uma sociedade alternativa
e um planejamento para pôr em prática esta transformação.
A sabedoria chinesa tinha sido descoberta recentemente pelos anarquistas. Para
eles, o conceito da unidade da lei natural veio da antiguidade clássica, através dos
neoplatônicos e da Alexandria helênica. Na Renascença, Deus foi retirado do seu lugar
e/ou racionalizado no princípio da harmonia. Provavelmente o indivíduo mais influente na
transmissão deste conceito foi o escritor suíço Jean-Jacques Rousseau, autor das
famosas “Confissões”.
Rousseau foi acusado de protoliberal, protocomunista e proto-anarquista. Muitos de
seus críticos, julgando apenas o seu lado autoritário, consideraram-no o principal
responsável pela deificação do Estado que surgiu na Revolução Francesa e em todas as
subseqüentes. Sua teoria de um contrato social implícito, pelo qual a autoridade fora
estabelecida no passado e comprometera as gerações seguintes, era repugnante para os
anarquistas que tinham a idéia de um futuro livre. Apesar das objeções à idéia de um
contrato social primitivo, um grande grupo de anarquistas deriva de Rousseau, com sua
ênfase romântica na espontaneidade, sua idéia de educação como o desenvolvimento do
que é latente na criança de forma que os instintos naturais para o bem e sua percepção
das virtudes primitivas são desenvolvidos.
A despeito de Rousseau não ser o primeiro escritor a esboçar o conceito do nobre
selvagem, é evidente que os anarquistas receberam principalmente dele sua predileção
pelo homem pré-civilizado. Seus artigos descreviam várias sociedades primitivas capazes
de conciliar suas obrigações sociais e até mesmo criar culturas razoavelmente elaboradas
sem recorrer, pelo menos abertamente, a um sistema de autoridade. O pensamento
anárquico está claramente resumido numa frase de Rousseau: "O homem nasceu livre e
está acorrentado em toda parte".
Essencialmente, os anarquistas acreditam que, se o homem obedecer às leis
naturais da sua própria espécie, será capaz de viver em paz com seus semelhantes. Em
outras palavras, o homem pode não ser naturalmente bom mas, segundo os anarquistas,
é naturalmente social. São as instituições autoritárias que deformam e atrofiam suas
tendências cooperativas. Durante o século XIX, essa idéia foi apoiada por várias teorias
da evolução, que foram sendo gradualmente aceitas até o final do século com a
publicação da marcante "Origem das espécies", de Charles Darwin, em 1859.
O gigantismo e a impersonalidade do Estado moderno são rejeitados pelo
anarquismo. Os anarquistas querem criar um companheirismo entre indivíduos e eliminar
o distanciamento entre os homens e o início das atividades sociais necessárias. Portanto,
longe de pregar o colapso da sociedade com a destruição do Estado, os anarquistas
querem reforçar os laços e os valores sociais através do fortalecimento das relações
comunitárias nos níveis mais básicos. Sua idéia é reverter a pirâmide do poder,
representada pelo Estado. Entendem que a responsabilidade começa entre indivíduos e
pequenos grupos, e não da autoridade que desce do céu político pela escada da
burocracia. Ninguém pode avaliar melhor essas necessidades do que aqueles que as
sentem.
Há uma diferença vital entre anarquistas e marxistas, pelo menos da forma como
os marxistas têm atuado. Por causa da teoria de Marx, do domínio do fato econômico na
exploração do homem pelo homem, seus seguidores tendem a ignorar as características
vitais de outras formas de poder. Como resultado, eles não apenas elaboraram a teoria da
ditadura do proletariado, mas também provaram sua invalidade deixando que a ditadura
se tornasse um mesquinho governo partidário em todos os países comunistas. Ao ignorar
os processos do poder, os revolucionários que se diziam seguidores de Marx destruíram a
liberdade com tanta eficácia como qualquer bando de generais sul-americanos.
Os anarquistas têm a irônica vantagem sobre os marxistas de nunca haverem
estabelecido uma sociedade livre de acordo com seus ideais, a não ser por pouco tempo
e em áreas restritas e, portanto, não podem ser acusados de falhas na sua evolução.
As sementes dos grandes movimentos anarquistas estão num trio composto por
Pierre-Joseph Proudhon (o primeiro homem a aceitar o rótulo de anarquista com orgulho
e desafio), o russo Michael Bakunin, que se ocupava em incitar à insurreição as minorias
eslavas no Império Austríaco, e o alemão Karl Marx, notável criador de expressões
históricas, que naquela época era a fonte mais irrepreensível da metafísica alemã. A
contribuição deste último para aquela união consistia, aparentemente, de longas
exposições da filosofia de Hegel para o aperfeiçoamento de seus companheiros. Marx
seria o ancestral do atual comunismo autoritário, apesar de ele e de Engels só haverem
publicado o Manifesto comunista em 1848. Proudhon e Bakunin se tornariam os
fundadores do anarquismo, como um movimento revolucionário social. Com o tempo, as
animosidades iriam dividi-los, e mesmo em 1840 suas relações eram cautelosas. Havia
um contraste entre o dogmatismo rígido de Marx e a flexibilidade exploratória de
Proudhon. Assim falou Bakunin sobre Marx:
“Marx e eu éramos amigos naquela época. Nos víamos com freqüência, pois o
respeitava por sua sabedoria e devoção séria e apaixonada, ainda que com uma certa
vaidade pessoal, à causa do proletariado, e o procurava por sua conversa sempre
inteligente e instrutiva. Mas não havia intimidade entre nós. Nossos temperamentos não
se adaptavam. Ele me chamava de idealista sentimental, e estava certo. Eu o chamava
de vaidoso, traiçoeiro e ardiloso, e eu também estava certo!”
Por algum tempo Marx e os dois anarquistas foram da mesma opinião de que as
grandes revoluções anteriores ao século XIX, como a Revolução Inglesa do século XVII e
as revoluções Francesa e Americana do século XVIII, avançaram pouco em direção a
uma sociedade justa, porque foram revoluções políticas e não sociais. Elas reajustaram o
padrão de autoridade, dando poder a novas classes, mas não modificaram efetivamente a
estrutura social e econômica dos países onde ocorreram. O grande slogan da Revolução
Francesa, liberdade, igualdade e fraternidade, se tornou uma piada, uma vez que a
igualdade política era impossível sem igualdade econômica. A liberdade dependia de que
o povo não fosse escravizado pela propriedade, e a fraternidade era impossível através
da brecha que no fim do século XVIII ainda dividia ricos e pobres.
Nem Marx, Bakunin ou Proudhon consideraram a possibilidade de que tais
resultados pudessem ser herdados do processo revolucionário, cuja experiência no
século XX sugere que sempre se impõe a substituição de uma elite por outra. Mas
Proudhon e Bakunin entenderam mais claramente do que Marx que uma revolução que
não se desfaz da autoridade criará sempre um poder mais penetrante e mais duradouro
do que aquele a que substitui. Eles sustentavam que uma revolução sem autoridade, que
destruísse as instituições poderosas e as substituísse por instituições de cooperação
voluntária, poderia ocorrer.
Socialismo
Há muita discordância quanto as origens históricas do socialismo, por isso será
apresentada muitas versões.
Para G.D.H. Cole, a palavra “socialismo” apareceu na imprensa pela primeira vez
em 1832, no jornal “Le Globe”, dirigido por Pierre Leroux e foi empregada para
caracterizar a doutrina de Saint-Simon. Mas o século XIX não registra somente o
aparecimento da palavra “socialismo”. Segundo o mesmo autor, na mesma obra, a
palavra “comunismo” também surgiu no século XIX e foi empregada pela primeira vez
também na França, relacionada com algumas sociedades revolucionárias secretas que
existiram em Paris durante a década de 30 daquele século, enquanto que por volta de
1840, a palavra “comunismo” passou a designar as teorias de Etienne Cabet expostas na
sua obra “Viagem à Icária”.
Bom, ao analisar o teoria acima, se as palavras “socialismo” e “comunismo” só
apareceram nas décadas de 30/40, poderíamos determinar aquele século como marco
inicial para uma História do Socialismo, ou do Comunismo?
Max Beer, na sua “História do Socialismo e das Lutas Sociais”, identifica a
existência do comunismo, como teoria e como prática, desde a Antigüidade: como teoria
através do pensamento de Platão, dos estóicos e do cristianismo; como prática nas
formas de organização das sociedades palestina (hebreus) e gregas (Esparta e Atenas).
Neste caso, poderemos nos orientar por Max Beer fixando a Antigüidade como marco
inicial para nossa História do Socialismo, ou antes, do Comunismo?
E se fosse descartado Max Beer, o que dizer de Rosa Luxemburgo (“O Socialismo
e as Igrejas”) que nos fala de um “comunismo dos primeiros cristãos”? Se pode
acompanhar Rosa Luxemburgo?
Friedrich Engels não volta tanto no tempo. Em sua obra “Do Socialismo Utópico ao
Socialismo Científico”, defende que assim como o “materialismo moderno” é filho da
Inglaterra do século XVII, o “socialismo moderno” é filho da França do século XVIII. No
entanto, se o “materialismo moderno” não exclui a existência de um “materialismo pré-
moderno”, pois os primeiros materialistas existiram na Grécia Antiga, do mesmo modo,
admitir um “socialismo moderno” não deverá excluir a existência de um “socialismo pré-
moderno”.
No "Manifesto do Partido Comunista", Marx e Engels chegam a reconhecer a
existência de “sistemas socialistas e comunistas propriamente ditos” ligados aos nomes
de Saint-Simon, Fourier e Owen. A expressão “propriamente ditos” quer significar que
pode ter existido “sistemas socialistas e comunistas” que não eram “propriamente ditos”?
Se assim for, esses últimos – os “não-propriamente ditos” - podem ter existido antes de
Saint-Simon, Fourier e Owen.
A resposta a essas indagações, só será possível se for verificado de qual
socialismo (e de qual comunismo) está se falando. Será que socialismo pode ser
identificado com qualquer forma de pensamento que condene a propriedade privada?
Fala-se muito das tendências que estariam presentes nos movimentos
camponeses na fase de transição do feudalismo para o capitalismo na Europa e na
política agrária da esquerda jacobina durante a Revolução Francesa de 1789. O que
sabemos é que os movimentos camponeses que se verificaram na Europa Ocidental,
Central e Oriental nos séculos XV ao XVIII, reivindicaram o acesso às terras pelos
trabalhadores do campo; a ala radical dos jacobinos, na fase que assumiu o poder em
1793, elaborou uma política agrária que propunha a repartição da propriedade. o que
permitiria aos camponeses pobres o acesso às terras, antes monopólios da nobreza
fundiária. É bom observar, no entanto, que em ambos os casos, não se tratava de
eliminar a propriedade privada da terra, mas de limitar essa propriedade, facilitando o
acesso às terras aos camponeses, transformando-os também em proprietários.
Evidências de comunismo? O máximo que se pode admitir, é que uns e outra defenderam
a implantação de um "igualitarismo agrário", que não pode ser, de forma alguma,
identificado com o comunismo, no sentido moderno do termo.
Talvez a partir dos conceitos de comunismo e socialismo possa se estabelecer
uma historia do socialismo. Porem até mesmo tais conceitos mudam de significado no
processo de desenvolvimento histórico.
No Prefácio que escreveu para a edição inglesa de 1888 do "Manifesto do Partido
Comunista", Engels, referindo-se ao fato do Manifesto não ter sido chamado de Manifesto
Socialista, assim se justifica:
"Por socialistas, em 1847, entendia-se, de um lado, os adeptos dos vários sistemas
utópicos: os owenistas na Inglaterra e os fourieristas na França, ambos já reduzidos à
condição de meras seitas em vias de desaparecimento gradual; de outro lado, os vários
charlatões sociais que por meios dos mais variados truques pretendiam remediar, sem
qualquer perigo para o capital e o lucro, todos os males sociais".
Para Engels, naquela época, se chamava comunista todo aquele que defendia "a
necessidade de uma completa mudança social", já socialista era aquele que com
"panacéias variadas e com todas as espécies de cataplasmas", queria "eliminar os males
sociais" sem mudar as condições responsáveis pela existência daqueles males. Ou seja,
(...) "em 1847, o socialismo era um movimento burguês (a middle-class movement), o
comunismo um movimento operário."
Isto significa, entre outras coisas, que socialismo não é sinônimo de movimento
revolucionário, nem de uma sociedade nova. Razão pela qual os autores do "Manifesto"
chegam a estabelecer tipos de socialismo: o socialismo feudal, o socialismo sacro, o
socialismo pequeno-burguês, o socialismo conservador, etc.
Nesta altura é possível admitir que a palavra socialismo pode se referir a qualquer
tipo de movimento que defenda que as relações entre os homens sejam pautadas pela
melhoria das condições de vida e de trabalho da população, pela maior distribuição dos
bens entre os cidadãos, mas nada disso implicaria na real transformação da estrutura
econômico-social da sociedade, na eliminação da propriedade privada dos meios de
produção, no fim da exploração do homem pelo homem.
A doutrina política e as organizações trabalhistas de massa, em sua forma familiar
e moderna, são um produto do século XIX. Começaram cedo na era industrial, como um
protesto contra a miséria do sistema fabril, que tinha rompido o padrão tradicional de
atividade econômica, e como um meio pelo qual o crescente e explorado operariado podia
defender-se dos novos e cruéis senhores, que exigiam o máximo de esforço em troca da
menor recompensa possível. O socialismo foi amadurecendo com a difusão da empresa
capitalista pelo mundo, e os esquemas utópicos dos primeiros foram abandonados, dando
lugar a uma acusação mais elaborada da sociedade capitalista, que parecia incapaz de
evitar as sucessivas guerras e crises financeiras. A segunda metade do século XIX foi o
grande período em que grupos rivais discutiram os principais problemas teóricos do
socialismo e estabeleceram os fundamentos dos movimentos populares que conhecemos
hoje. Nos últimos 30 anos, os socialistas dedicaram parte de seu tempo a refinar e
estender doutrinas, cujos princípios básicos estavam claramente estabelecidos antes de
1914, e a procurar resolver as dificuldades táticas nascidas do crescimento de sua força e
da perspectiva de que, em muitos países, seriam chamados a aceitar as
responsabilidades do poder.
Mas o socialismo, como outras filosofias, vem de um longo processo. Embora
como um movimento sério de crítica e reforma social date de apenas 150 anos, sua
ascendência pode ser ligada a algumas das maiores figuras da vida cultural e política da
Europa. É um aspecto da tradição civilizada que começou nas antigas Grécia e Roma.
Herdou a interpretação radical do cristianismo. O socialismo continental emergiu, em
parte, da filosofia de Hegel. Sob condições bastante diferentes, o utilitarista Jeremy
Bentham deixou uma marca permanente no movimento trabalhista inglês, que cresceu
após sua morte em 1832. Também Rousseau, Tom Paine e outros, que conduziram a
investida democrática contra os privilégios e a autocracia, são agora aclamados como
homens que abriram a estrada mais tarde seguida pelo socialismo.
Não há nada de novo na idéia de que a miséria e a injustiça são o resultado da
divisão da sociedade em ricos e pobres. Na literatura européia, até o alvorecer da era da
máquina havia a inconstante crença numa idade de ouro perdida, quando, antes do
advento da civilização, com os conseqüentes vícios de pobreza e privilégio, os homens
levavam uma vida pastoril simples, com a propriedade comum de todas as coisas. O
socialismo, pelo menos tanto quanto qualquer outra doutrina contemporânea, é o herdeiro
do entrelaçamento da Filosofia grega com o Direito Romano e a religião cristã, sobre o
qual repousa a tradição democrática nas primeiras especulações socialistas há freqüentes
recursos à antiguidade. Mably, o filósofo francês do século XVIII, que forneceu a maior
parte da inspiração intelectual para a fracassada revolta comunista chefiada por Babeuf
nos últimos estágios da Revolução Francesa, foi muito influenciado por Platão e Licurgo
de Esparta. Os ensinamentos do cristianismo, e mesmo a vida comunal dos primeiros
cristãos, influenciaram poderosamente as revoltas camponesas do fim da Idade Média, os
grupos de extrema esquerda da Guerra Civil Inglesa e, mais recentemente, alguns dos
principais fundadores do Partido Trabalhista britânico.
Socialismo Utópico
O Socialismo Utópico faz parte do universo teórico dos pensadores SAINT-SIMON,
FOURIER e OWEN que vivenciaram o surgimento do capitalismo com todas as suas
contradições e conflitos, com todas as “injustiças” e “irracionalidades”, próprias das novas
relações sociais de produção implantadas na Europa ocidental, a partir dos meados do
século XVIII, inícios do século XIX.
Escreveram projetos de reestruturação da sociedade que deveriam ser
racionalmente planejada, controlada pelos produtores. Mas para a realização desse
"sonho", desse modelo de sociedade perfeita, tinham a esperança de que os próprios
governantes ou os "homens de bem", empreendessem aquelas mudanças, que reuniria
industriais, reis e trabalhadores. Segundo G.D.H. Cole ("Historia del Pensamiento
Socialista"), foi o economista Jérone Blanqui que em 1839, na sua obra "History of
Political Economy", utilizou pela primeira vez o termo "socialistas utópicos" para
denominar os discípulos daqueles três pensadores. Termo esse adotado posteriormente
por Marx e Engels.
O Conde Henri-Claude de Saint-Simon nasceu em Paris. É considerado um dos
fundadores do socialismo. Dividindo a sociedade em "ociosos" e "produtores", achava que
a direção do Estado caberia aos industriais, entre os quais Saint-Simon incluía
empresários, artesãos, operários. Publicou L’ORGANISATEUR, juntamente com Auguste
Comte, pai do positivismo, além de LE SYSTEME INDUSTRIEL e LE NOVEAUX
CHRISTIANISME.
Charles Fourier nasceu em Besançon, França. Elaborou um modelo de sociedade
Robert Owen nasceu na Inglaterra. De origem humilde, tornou-se gerente de um moinho e
posteriormente proprietário de uma empresa têxtil em New Lanarck. Apresentou sua
proposta de construção de uma nova sociedade ao Parlamento britânico, aos Governos
europeus e a Nicolau I, czar da Rússia, sem qualquer sucesso, como era de se esperar.
Defendia a organização de colônias ou comunas de trabalho onde reinaria a igualdade
entre seus membros. Chegou a adquirir terras no Estado de Indiana (EUA), nas quais
organizou uma Comuna de trabalho (New Harmony) que fracassou. No final de sua vida
dedicou-se intensamente na organização de Sindicatos (Trade-Unions), na Inglaterra.
Os primeiros grupos a serem chamados originalmente socialistas, saint-
simonianos, fourieristas e owenianos, seguidores de Saint-Simon, Fourier e Owen, têm
ponto de convergências e divergências em mais de um aspecto de seus pensamentos.
Entre as idéias que existem coincidências, os três grupos consideravam: 1ª)Que a
"questão social" era a mais importante questão a se resolvida na sociedade; 2ª)Que
caberia aos "homens de bem" promover a felicidade e o bem-estar geral da sociedade;
3ª)Que era incompatível a existência da felicidade e do bem-estar, numa ordem social
baseada na concorrência; 4ª)Que não se poderia confiar aos políticos e ministros, a tarefa
de dirigir os assuntos sociais, mas aos "produtores"; 5ª)Que se deveria lutar contra a
desigualdade, limitando o direito de propriedade, não suprimindo-a.
Entre as idéias que os diferençava, enumeramos: 1ª)Os fourieristas e owenianos
defendiam a criação de comunidades igualitárias; 2ª)Os saint-simonianos defendiam a
organização e a planificação científica da sociedade em grande escala e na
transformação dos Estados nacionais em grandes corporações produtoras lideradas pelos
homens de ciência e de alta capacidade técnica; 3ª)Os fourieristas e owenianos evitavam
as atividades políticas; 4ª)Os saint-simonianos pretendiam apoderar-se dos Estados e
transformá-los para atender aos seus propósitos; 5)Os fourieristas supervalorizavam o
cultivo da terra, relegando a indústria e o comércio a um segundo plano; 6ª)Os owenianos
consideravam a Revolução Industrial um grande feito, admitindo a formação de uma nova
sociedade baseada no equilíbrio da agricultura e indústria.
Apesar das similitudes e diferenças, todos eles viam a instituição de uma nova
organização da sociedade no plano das idéias, como produto da vontade dos homens,
não como uma forma de organização necessária, decorrente da própria realidade
objetiva, como etapa progressiva no processo de desenvolvimento histórico da sociedade
humana.baseada na associação e no cooperativismo, que seria organizada em falanges,
integradas cada uma por 1800 pessoas que viveriam comunitariamente. Cada falange ia
se dedicar a uma atividade "industrial": falange do trabalho comercial, falange do trabalho
fabril, falange do trabalho agrícola, falange do trabalho doméstico, entre outros. Para
construir tal sociedade, as pessoas de fortuna (empresários, homens da corte), deveriam
investir capital monetário na edificação de um novo mundo.
Socialismo cientifico
O Socialismo cientifico é uma corrente iniciada por Karl Marx que influenciou
muitos personagem da historia mundial. O Socialismo nasceu por causa de uma
necessidade pelo o capitalismo que era explorador. Esse capitalismo na Alemanha estava
se desenvolvendo violentamente e isso colaborou para que o Socialismo cientifico de
Marx se desenvolvesse lá. Com a expulsão de Karl Marx na Alemanha, ele poderia
estudar mais profundo o Capitalismo na Inglaterra aonde que é o coração da revolução
industrial.
Antes o Socialismo era uma coisa mais voltada na conscientização do homem mas
Karl Marx deu uma base cientifica para o Socialismo. Com Marx, o Socialismo ficou muito
mais ''fácil'' de colocar em pratica para que ocorra alguma mudança na sociedade.
O trabalho é uma necessidade presente na sociedade, mas com a existência das
hierarquias o trabalho se tornou exploração entre indivíduos. Com isso um grupo na
sociedade começou a trabalhar para um individuo e isso resultou na disparidade entre a
classe exploradora e a classe que era explorada. Com essa disparidade, resultou uma
necessidade da classe proletariada brigar com os seus direitos.
Quando a sociedade estava caminhando lentamente para o capitalismo, a Luta de
classe sempre começou a existir. Sempre que teve um individuo querendo lucrar e com
isso utilizando e conseqüentemente explorando a mão de obra de outros, vai ter luta de
classes.
Para manter a elite, é preciso que os trabalhadores tenham salários e isso vai fazer
que outras classes sejam consumidores e com isso mantenha a classe dominante no
poder. Ai, explicamos o porque a burguesia da época era contra a escravatura no país,
pois escravo não ganha e com isso ele não compra e isso não é viável para a burguesia,
pois escravo não é consumidor.
A classe proletariada então vai fazer uma revolução socialista e vai tomar o poder
da elite, instaurando a ditadura do proletariado. Com a ditadura do proletariado o
socialismo vai se transformar em comunismo que é uma sociedade totalmente igualitária.
Porem quando se tratamos em qualquer ditadura, o individuo que governa extrapola os
limites e passa ser aquele velho lema da ditadura '' eu mando, você obedece''.
O burguês consegue economicamente montes de formas de se manter no poder e
uma destas formas é a Mais Valia. A mais valia é a produção do proletariado que vai pra
mão do burguês. Isso é uns dos motivos no qual aumenta a desigualdade social, pois é
um mecanismo aonde que fazem muitos ganharem pouco e poucos ganharem muito.
Com o socialismo, não vai existir mais valia.
Há um velho lema, aonde que põe o socialismo como um sistema atrasado em
relação a tecnologia. Por mais que tenha seus poréns e discordias, tem que se enxergar
que o modo que a mão de obra é tratada na sociedade capitalista traz uma boa vantagem
que é a evolução tecnologia, mas isso não significa que nesse quesito o Capitalismo está
em frente do Socialismo pois a mão de obra será tratada numa maneira diferente.
O Socialismo muitas vezes foi tentado por em pratica, mas por alguns erros que
cometeram teve conseqüências ruins. Um exemplo claro é a Rússia feudal que se
transformou em Socialista. Marx citava que para um país socialista triunfar, ele precisa ter
uma grande quantidade de renda e na Rússia não era o caso, pois quando se tratamos
em feudalismo, tratamos de um sistema arcaico. Outros problemas ocorreram na União
Soviética como corrupção e as empresas estatais que era totalmente burocrática.
A revolução na China de Mao, ocorreram exploração nos tais ''campos de trabalho
agriculas'' e isso de acordo com Marx o criador do socialismo está totalmente errado, pois
quando Marx criou o Socialismo cientifico uns dos objetivos era combater a exploração.
Assim como antiga União Sovietica, a China teve imensos casos de corrupção.
Quando houve a queda do muro de berlim e o fim da União Sovietica, Cuba
começou a perder força. Cuba apresenta indices escolares e de saudes de primeiro
mundo, porém Cuba sofreu com alguns problemas como a privação da sociedade em
diversos aspectos.
No livro do Manifesto do Partido Comunista de Marx, tem uma frase fundamental
para uma revolução socialista e a seguinte frase é ''Trabalhadores do mundo inteiro, uni
vós''. Quando tratamos dessa frase, temos que ter consciencia que não é os
trabalhadores da Russia ou da China e sim do mundo inteiro, sendo assim ocorrera a
revolução socialista.
Socialismo cristão
Esta corrente teve em Campanella sua primeira manifestação conhecida. Note-se
que, embora as monarquias fossem cristãs, os preceitos religiosos que interessavam
eram apenas os da obediência ao Estado e ao monarca, como representantes da ordem e
do poder de Deus, e que a estrita obediência aos dogmas era questão de segurança do
Estado. No século XVII o dominicano Thomas Campanella propôs uma ordem social
cristã da qual seria força guardiã e coerciva o poder da monarquia católica da Espanha.
Repetiu sua proposta nomeando, em versões posteriores da sua obra, o poderio militar
francês e depois a união das forças das monarquias católicas sob a chefia do Papa. A
idéia no cerne da sua utopia era a da justiça social.
No começo do século 19, o filósofo francês Henri de Saint-Simon propôs " um
cristianismo novo " preocupado primeiramente com as reivindicações dos pobres. Os
saint-simonianos acreditavam que a chave do desenvolvimento social seria um espírito da
associação, - com a Igreja instituída em Estado como a força dominante -, o qual
suplantaria gradualmente o espírito de egoísmo e antagonismo prevalecente na
sociedade. Advogavam (entre outras coisas) que o direito de herança fosse abolido de
modo que o capital pudesse sair das mãos dos capitalistas ávidos e ser colocado à
disposição de todos. Saint-Simon propôs uma ditadura benevolente dos industriais e dos
cientistas para eliminar as iniquidades do sistema liberal inteiramente livre. Desejava um
Estado industrializado dirigido pela ciência moderna, no qual a sociedade seria
organizada para o trabalho produtivo pelos homens mais capazes. Os saint-simonianos
imaginaram que isto e outras ações relacionadas terminariam efetivamente com a
exploração dos pobres
Falta aos adeptos do Socialismo Cristão, no entanto, uma fórmula de conciliação
entre os alvos fundamentais do socialismo, ou seja, a ampla setorialização da autoridade
e da ação do governo - com a conseqüente restrição da iniciativa individual -, e as
convicções religiosas e éticas do cristianismo as quais, ao contrário, demandam a livre
escolha individual do bem. Essa contradição cria a dúvida quanto à legitimidade da
expressão "Socialismo Cristão", uma vez que, se a Ética Política do movimento respeita o
livre arbítrio, então é liberalismo cristão, e se introduz a coerção, é puro socialismo que
nega o princípio da liberdade individual que é fundamental ao cristianismo.
O termo socialismo cristão foi apropriado primeiramente ao redor de 1830 por um
grupo de teólogos britânicos incluindo Frederick Denison Maurice, o novelista Charles
Kingsley, e outros, que fundaram um movimento que ganhou forma na Inglaterra
imediatamente depois do fracasso da agitação Cartista de 1848. A finalidade geral desse
movimento era reivindicar para "o reino de Cristo" sua autoridade verdadeira sobre os
"domínios da indústria e do comércio", e "para o socialismo seu caráter verdadeiro como a
grande revolução cristã do século 19." Quatro anos depois que Karl Marx caracterizara a
religião como "ópio do povo", Kingsley (possivelmente desconhecendo a frase de Marx)
afirmou que a Bíblia havia sido erradamente usada como "uma dose de ópio para manter
bestas de carga pacientes enquanto estavam sendo sobrecarregadas" e como um "mero
livro para manter o pobre dentro da ordem" (em “Politics for the People”, 1848).
Tudo isto faz parecer que os fundadores do Socialismo Cristão nessa época
pretendiam, de modo confuso, o uso da força e o banimento da religião. Porém verifica-
se, examinando a atitude individual de seus fundadores, que pretendiam o soerguimento
da classe pobre, e não uma revolução ou um estado forte que a socorresse em oposição
aos ricos. Ao que pretendiam aplicar-se-ia melhor a expressão Movimento Social Cristão,
que hoje deseja um governo segundo os preceitos cristãos porém apenas naquele
mínimo de responsabilidade que possa ser conferido ao governo na democracia liberal.
Maurice e Kingsley, apesar de serem radicalmente por uma reforma social que
diminuísse a pobreza, pensavam que existia um caminho através da fé, e procuravam
converter os ricos, e paralelamente convencê-los de que essa reforma reverteria em
benefício de todos, enquanto promoviam as classes pobres através do melhoramento da
instrução e da habilitação profissional.
Sindicalismo
O sindicalismo tem origem nas corporações de ofício na Europa medieval. No
século XVIII, durante a revolução industrial na Inglaterra, os trabalhadores, oriundos das
indústrias têxteis, doentes e desempregados juntavam-se nas sociedades de socorro
mútuos.
Esta revolução teve um papel crucial no advento do capitalismo, pois, devido à
constante concorrência que os fabricantes capitalistas faziam entre si, as máquinas foram
ganhando cada vez mais lugar nas fábricas, tomando assim, o lugar de muitos operários,
estes tornaram-se o que é chamado "excedente de mão-de-obra", logo o capitalista
tornou-se dono da situação e tinha o poder de pagar o salário que quisesse ao operário.
É neste momento que surgem duas novas classes sociais, o capitalista e o
proletário, onde o capitalista é o proprietário dos meios de produção: (fábricas, máquinas,
matéria-prima). por outro lado, o proletário, que era proprietário apenas de sua força de
trabalho, passou a ser propriedade do capitalista, que pagava salários cada vez mais
baixos para obter mais lucros, forçando o proletário a trabalhar em uma jornada de
trabalho que chegava até 16 horas.
É através desta situação que o proletariado percebe a necessidade de se
associarem e, juntos, tentarem negociar as suas condições de trabalho. Com isso surgem
os sindicatos, associações criadas pelos operários, buscando lhes equiparar de alguma
maneira aos capitalistas no momento de negociação de salários e condições de trabalho,
e impedir que o operário seja obrigado a aceitar a primeira proposta feita pelo
empregador, ou seja, a que ele é mais prejudicado
Durante a revolução francesa surgiram idéias liberais, que estimulavam a
aprovação de leis proibitivas à atividade sindical, a exemplo da Lei Chapelier que, em
nome da liberdade dos Direitos do Homem, considerou ilegais as associações de
trabalhadores e patrões. As organizações sindicais, contudo, reergueram-se
clandestinamente no século XIX. No Reino Unido, em 1871, e na França, em 1884, foi
reconhecida a legalidade dos sindicatos e associações. Com a Segunda Guerra Mundial,
as idéias comunistas e socialistas predominaram nos movimentos sindicais espanhóis e
italianos.
Nos Estados Unidos, o sindicalismo nasceu por volta de 1827 e, em 1886, foi
constituída a Federação Americana do Trabalho (AFL), contrária à reforma ou mudança
da sociedade. Defendia o sindicalismo de resultados e não se vinculava a correntes
doutrinárias e políticas..
Repercussões
Anarquistas
Talvez uma das primeiras experiências anarquistas do mundo, antes mesmo de ter
sido criado o termo, tenha ocorrido nas margens da Baía de Babitonga, perto da cidade
histórica de São Francisco do Sul. Em 1842 o Dr. Benoit Jules Mure, inspirado na teorias
de Fourier, instala o Falanstério do Saí ou Colônia Industrial do Saí, reunindo os colonos
vindos de França no Rio de Janeiro em 1841. Houve dissidências e um grupo dissidente,
à frente do qual estava Michel Derrion, constituiu outra colônia a algumas léguas do Saí,
num lugar chamado Palmital: a Colônia do Palmital.
Mure conseguiu apoio do Coronel Oliveira Camacho e do presidente da Província
de Santa Catarina, Antero Ferreira de Brito. Este apoio foi-lhe fundamental para
posteriormente conseguir a ajuda financeira do Governo Imperial do Brasil para seu
projeto.
O anarquismo no Brasil ganhou força com a grande imigração de trabalhadores
europeus entre fins do século XIX e início do século XX. Em 1889 Giovani Rossi tentou
fundar em Palmeira, no interior do Paraná, uma comunidade baseada no trabalho, na vida
e na negação do reconhecimento civil e religioso do matrimônio, (o que não significa,
necessariamente, "amor livre"), denominada Colônia Cecília. A experiência teve curta
duração.
No início do século XX, o anarquismo e o anarco-sindicalismo eram tendências
majoritárias entre o operariado, culminando com as grandes greves operárias de 1917,
em São Paulo, e 1918-1919, no Rio de Janeiro. Durante o mesmo período, escolas
modernas foram abertas em várias cidades brasileiras, muitas delas a partir da iniciativa
de agremiações operárias de inclinação anarquista.
Alguns acreditam que a decadência do movimento anarquista se deveu ao
fortalecimento das correntes do socialismo autoritário, ou estatal, i.e., marxista-leninista,
com a criação do Partido Comunista Brasileiro (PCB) em 1922 participada inclusivamente,
por ex-integrantes do movimento anarquista que, influenciados pelo sucesso da revolução
Russa, decidem fundar um partido segundo os moldes do partido bolchevique russo.
Porém, esta posição, sustentada por muitos historiadores, vem sendo contestada
desde a década de 1970 por Edgar Rodrigues (anarquista português naturalizado no
Brasil, pesquisador autodidata da história do movimento anarquista no Brasil e em
Portugal), e pelos recentes estudos de Alexandre Samis que indicam que a influência
anarquista no movimento operário cresceu mais durante este período do que no já
fundado (PCB) e só a repressão do governo de Artur Bernardes, viria diminuir a influência
das idéias anarquistas no seio do movimento grevista. Artur Bernardes foi responsável por
campos de concentração e centros de tortura, nos quais morreram inúmeros libertários,
sendo que o pior de tais campos foi o de Clevelândia, localizado no Oiapoque. Edgar
Rodrigues apresenta em várias de suas obras as investidas de membros do PCB que,
procurando transformar os sindicatos livres em sindicatos partidãrios e conquistar devotos
às idéias leninistas, polemizavam em sindicatos e jornais, chegando a realizar atentados
contra anarquistas que se destacavam no movimento operário brasileiro, durante a
década de 1920.
Provavelmente devido aos problemas de comunicação resultantes da tecnologia da
época, os anarquistas só terão compreendido a revolução russa de forma mais clara, a
partir das notícias de célebres anarquistas, como a estadunidense Emma Goldman, que
denunciara as atrocidades cometidas na Rússia em nome da ditadura do proletariado.
Seria a partir deste momento histórico que se definiria a posição tática do anarquismo
perante os socialistas autoritários no Brasil, separando a confusão ideológica que reinava
em torno da revolução russa, identificada pelos anarquistas inicialmente como uma
revolução libertária. Esta ideia seria depois desmistificada pelos anarquistas, que
acreditam no socialismo sem ditadura, defendendo a liberdade e a abolição do Estado.
Para Rômulo Angélico, foi durante o governo de Getúlio Vargas que o anarco-
sindicalismo recebeu seu golpe de morte, devido ao surgimento dos sindicatos
controlados pelo Estado e as novas perseguições estatáis. Até a primeira metade da
década de 1930, no entanto, o anarquismo permaneceu a idelogia mais influente entre os
operários brasileiros.
Durante o Regime Militar (1964-1985), as principais organizações anarquistas no
Brasil foram o Centro de Estudos Professor José Oiticica, no Rio de Janeiro, e o Centro
de Cultura Social de São Paulo. Ambos foram fechados no final da década de 1960, mas
seus militantes continuaram se encontrando clandestinamente, publicando livros e se
correspondendo com libertários de outros países. na década de 1970 surge na Bahia o
jornal O Inimigo do Rei, impulsionando a formação de novos grupos anarquistas em
várias partes do Brasil. O anarquismo, porém, já não tinha tanta influência nos meios
operários quanto no início do século XX, de modo que a maioria dos grupos nascidos a
partir da década de 1980 foram formados por estudantes.
Socialismo
O primeiro partido socialista brasileiro foi fundado em 1902, em São Paulo, sob a
direção do imigrante italiano Alcebíades Bertollotti, que dirigia o jornal Avanti, vinculado ao
Partido Socialista Italiano.
A fundação do Partido Comunista Brasileiro, em 1922, e seu rápido crescimento
sufocaram as dezenas de organizações anarquistas que na década anterior chegaram a
realizar greves importantes. Pouco antes da revolução de 1930, Maurício de Lacerda
organizou a Frente Unida das Esquerdas.
Proibida a atividade político-partidária durante a ditadura Vargas, o socialismo
voltou a se desenvolver em 1945, com a criação da Esquerda Democrática, que em
agosto de 1947 foi registrada na justiça eleitoral com o nome de Partido Socialista
Brasileiro.
Com o golpe militar de 1964, todos os partidos políticos foram dissolvidos e as
organizações socialistas puderam atuar apenas na clandestinidade. A criação do
bipartidarismo em 1965 permitiu que os políticos de esquerda moderada se abrigassem
na legenda do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), partido de oposição consentida
ao regime militar, ao lado de conservadores e liberais.
Na segunda metade da década de 1960 e ao longo da década de 1970, os
comunistas (socialistas radicais), ao lado de outros setores de oposição ao regime militar,
sofreram implacável combate. Professavam idéias comunistas a imensa maioria dos
militantes de organizações armadas que confrontaram o regime militar. O lento processo
de redemocratização iniciado pelo general Ernesto Geisel na segunda metade da década
de 1970 deu seus primeiros frutos na década seguinte, quando os partidos socialistas
puderam mais uma vez se organizar livremente e apresentar seus próprios candidatos a
cargos eletivos.
Sindicalismo
A indústria brasileira se desenvolveu tardiamente em relação às grandes potências
capitalistas. Na passagem dos séculos 19 e 20, a economia brasileira era ainda
predominantemente agrícola.
No início do século 20, jornadas de 14 ou 16 horas diárias ainda eram comuns.
Assim como a exploração da força de trabalho de mulheres e crianças. Os salários pagos
eram extremamente baixos, havendo reduções salariais como forma de punição e castigo.
Todos eram explorados sem qualquer direito ou proteção legal. A primeira greve no Brasil
foi a dos tipógrafos do Rio de Janeiro, em 1858, contra as injustiças patronais e por
melhores salários.
Os imigrantes, enganados com promessas nunca cumpridas, trouxeram
experiências de luta muito mais avançadas do que as que haviam no Brasil, e é a partir
deles que se organizou o anarquismo, que foi a posição hegemônica mo movimento
operário brasileiro no período de nascimento e consolidação da indústria.
Existiam outras posições de menor influência política entre a classe, como a dos
socialistas, que fundaram o primeiro partido operário no país em 1890, e que, mais tarde,
adotaram as teses da 2ª Internacional, especialmente, a comemoração do 1º de Maio
como data internacional da classe trabalhadora.
Em abril de 1906, realizou-se no Rio de Janeiro, o 1º Congresso Operário
Brasileiro, com a presença de vários sindicatos, federações, ligas e uniões operárias,
principalmente do Rio e São Paulo. Nascia a Confederação Operária Brasileira (COB), a
primeira entidade operária nacional.
Mas a reação patronal e do governo não demorou. Em 1907, foram expulsos do
país 132 sindicalistas. A crise de produção gerada pela 1ª Guerra Mundial e a queda
vertiginosa dos salários dos operários, caracterizou-se por uma irresistível onda de greves
entre 1917 e 1920. A greve de 1917 paralisou São Paulo e chegou a envolver 45 mil
pessoas. O governo convocou as tropas do interior e 7 mil milicianos ocuparam a cidade.
O ministro da Marinha enviou dois navios de guerra para o porto de Santos. A repressão
era total sobre os trabalhadores. Num dos choques com a polícia, foi assassinado o
operário sapateiro Antonio Martinez. Mais de 10 mil pessoas acompanharam o enterro.
Em 1919, Constantino Castelani, um dos líderes da União Operária, foi morto por policiais
quando discursava em frente a uma fábrica.
As limitações do ideário anarquista, entretanto, permitiram o isolamento do
movimento, tornando-se presa fácil do Estado e de sua força policial repressora. A
revolução soviética, em 1917, apontava para a formação de um partido e a redefinição do
papel do Estado.
Com a "Revolução de 1930", liderada por Getúlio Vargas, é iniciado um processo
de modernização e consolidação de um Estado Nacional forte e atuante em todas as
relações fundamentais da sociedade. Vargas acabaria atrelando a estrutura sindical ao
Estado, destruindo todas as bases sociais e políticas em que tinha se desenvolvido o
movimento sindical no período anterior.
A partir da década de 30, o Brasil passou a ser um país industrial e a classe
operária ganhou uma importância maior. O conflito entre capital e trabalho passou a ser
tratado como uma questão política. Por um lado, criou uma estrutura sindical
corporativista, dependente e atrelada ao Estado, inspirada no Fascismo italiano; por outro,
criou o Ministério do Trabalho, a Justiça do Trabalho e a Consolidação das Leis
Trabalhistas (CLT). A fundação dos sindicatos oficiais, a criação do imposto sindical e a
política populista de Getúlio Vargas estimularam o surgimento dos pelegos.
A palavra pelego, que originalmente significa a manta que se coloca entre o cavalo
e a sela de montar, passou a ser utilizada para classificar os dirigentes sindicais que
ficavam amortecendo os choques entre os patrões e o cavalo que, no caso, era a própria
classe trabalhadora.
Categorias e sindicatos combativos, no entanto, ainda resistiam. E obtiveram
conquistas importantes como a Lei de Férias, descanso semanal remunerado, jornada de
oito horas, regulamentação do trabalho da mulher e do menor, entre outros.
Junto com as lutas sindicais cresciam também as mobilizações das massas
trabalhadoras. Em março de 1934, é fundada a Aliança Nacional Libertadora, dirigida pelo
PCB, já com Luís Carlos Prestes..
Entre 1940 e 1953, a classe trabalhadora dobra seu contingente. Já são 1,5 milhão
de trabalhadores nas indústrias e as greves tornam-se freqüentes. Em 1947, sob o
governo do marechal Dutra, mais de 400 sindicatos sofreram intervenção. Em 1951,
houve quase 200 paralisações; em 1952, 300. Em 1953, foram 800 greves, a maior delas
com 300 mil trabalhadores de empresas têxteis, metalúrgicos e gráficos. Participação
intensa do PCB e reivindicações que não eram apenas econômicas: liberdade sindical,
campanha pela criação da Petrobras, em defesa das riquezas nacionais e contra a
aprovação e aplicação do Acordo Militar Brasil-EUA.
No campo, os trabalhadores iniciaram seu processo de mobilização. Em 1955,
surge a 1ª Liga Camponesa. Um ano antes, foi criada a União dos Trabalhadores
Agrícolas do Brasil. Pouco a pouco foram nascendo os sindicatos rurais.
O golpe militar de 1964 significou a mais intensa e profunda repressão política que
a classe trabalhadora enfrentou na história do país. As ocupações militares e as
intervenções atingiram cerca de 2 mil entidades sindicais em todo o país. Suas direções
foram cassadas, presas e exiladas. A desarticulação, repressão e controle do movimento
foram acompanhados de uma nova política de arrocho de salários, da lei antigreve nº
4.330 e do fim do regime de estabilidade no emprego. A ditadura passou a se utilizar de
práticas de tortura, assassinatos e censura, acabando com a liberdade de expressão,
organização e manifestação política.
Na década de 70, principalmente, começa a surgir um novo sindicalismo, que
retomou as comissões de fábrica e propôs um modelo de sindicato livre da estrutura
sindical atrelada. Este fenômeno aparece com maior nitidez no ABCD paulista (cidades de
Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul e Diadema).
Surge, também, a mais expressiva liderança sindical brasileira de todos os tempos:
Luiz Inácio da Silva, o Lula, que em 1969 participa pela primeira vez da diretoria de um
sindicato, como suplente.
No dia 12 de maio de 1978, os trabalhadores da Saab-Scania do Brasil, em São
Bernardo do Campo (SP), entraram na fábrica, bateram o cartão de ponto, vestiram seus
macacões, foram para os seus locais de trabalho diante das máquinas, mas não as
ligaram: cruzaram os braços. No momento, eles não poderiam imaginar que com aquele
gesto, aparentemente simples, estavam abrindo o caminho de uma nova proposta sindical
para o Brasil. A greve desafiou o regime militar e iniciou uma luta política que se estendeu
por todo o país. No contexto das mobilizações populares que se seguiram, surgiram
manifestações em defesa das liberdades democráticas e contra a ditadura militar, entre
elas, a luta pela anistia e pelas Diretas Já.
Em 1980, sindicalistas, intelectuais e representantes do movimento popular fundam
o Partido dos Trabalhadores, com a proposta de estabelecer um governo que represente
os anseios da classe trabalhadora.
Nos dias 24, 25 e 26 de agosto de 1984, é realizado em São Bernardo, o 1º
Congresso Nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT) com a participação de
5.260 delegados eleitos em assembléias, de todos os estados do país, representando 937
entidades sindicais. Foram lançados os princípios de uma nova proposta sindical, que
vem mudando o país e que culminou com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva para a
presidência do Brasil, em 27 de outubro de 2002..
Principais teóricos
Anarquismo
Internacionalmente conhecidos
- Mary Wollstonecraft (1759-1797) – ativista libertária e precursora feminina.
-Max Stirner (1806-1856) – anarquista individualista.
-Pierre-Joseph Proudhon (1809-1865) – considerado o pai do anarquismo do
mutualismo anarquista.
-Mikhail Bakunin (1814-1876) – conhecido como anarquista socialista.
-Buenaventura Durruti (1896-1936) – militante anarco-sindicalista espanhol, talvez
o mais conhecido revolucionário anarquista do século XX.
-Leon Tolstói (1828-1910) – escritor russo, anarquista cristão.
-Luise Michael (1833-1905) – professora, anarquista e comunista.
-Piotr Kropotkin (1842-1921) – anarquista comunista.
-Errico Malatesta (1853-1932) – anarquista italiano.
- Benjamin Tucker (1854-1939) – grande defensor do anarquismo individualista.
-Voltairine de Cleyre (1866-1912) – ativista anarquista estadunidense.
-Emma Goldman (1869-1940) – anarco-sindicalista e principal teórica anarco-
feminina.
-Rudolph Rocker (1873-1958) – anarco-sindicalista.
-Noam Chomsky (1928- ) – lingüista, adepto do socialismo libertário.
-Élisée Reclus (1830-1905) – geógrafo francês, considerado um dos grandes
pensadores do século XIX.
-Henry David Thoreau (1817-1862) – anarquista, ensaísta, poeta, naturalista e
filosofo estado-unidense.
-Antonio Gonçalves Correia (1886-1967) – anarquista, ensaísta, poeta e humanista
português.
-Neno Vasco (1878-1920) – poeta, advogado, jornalista, escritor e ardoroso
militante anarco-sindicalista nascido em Portugal.
Brasileiros:
-Raul Seixas (1945-1989) – anarquista-socialista, cantor, compositor e o pioneiro
do rock no Brasil.
-José Oiticica (1882-1957) – professor, poeta parnasiano, filosofo e notável
anarquista brasileiro.
-Maria Lacerda de Moura (1887-1945) – Anarquista individualista feminina
brasileira notável.
-Domingos Passos (provavelmente no sinal do século XIX) – operário, carpinteiro,
negro e anarquista brasileiro.
-Florentino de Carvalho (1889-1947) – Anarco-sindicalista que nasceu na Espanha
mas se tornou anarquista no Brasil.
-Edgard Leuenroth (1888-1968) – tipógrafo, jornalista, arquivista, propagandistas e
um dos mais notáveis anarquistas do período da Primeira Republica brasileira.
-Avelino Fóscolo (1864-1944) – anarquista e escritor brasileiro.
Socialismo
-Robert Owen (1771-1858) – industrial inglês que defendia as mudanças estruturais
da sociedade.
-Saint-Saimon (1760-1825) – filósofo e economista inglês, além de ser um dos
fundadores do socialismo.
-Charles Fourier (1772-1837) – socialista frânces
-Louis Blanc (1811-1882) – socialista utopico frânces
Anexos
Símbolo anarquista 1 Símbolo anarquista 2
Símbolo anarquista 3 Símbolo anarquista 4
Representando o anarquismo como caminhos Representação das “cadeias” do Estado
A luta anarquista
Pierre Proudhon 1 Pierre Proudhon 2
Karl Marx 1 Karl Marx 2
Friedrich Engels 1 Friedrich Engels
Símbolo socialista Movimento sindicalista
CSC
Referencias
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Sindicalismo