Andrew Murray - Cura Divina

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    15/11/2015 Andrew Murray - Cura Divina

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    Captulo I

    Perdo e Cura

    "Ora, para que saibais que o Filho do homem tem sobre a

    terra autoridade para perdoar pecados (disse ento aoparaltico): Levantate, toma o teu leito, e vai para tuacasa (Mateus 9:6).

    No homem duas naturezas esto combinadas. Ele ao mesmotempo esprito e matria, cu e terra, alma e corpo. Poresta razo, por um lado ele um filho de Deus, e por outrolado, ele condenado destruio por causa da Queda;pecado em sua alma e enfermidade em seu corpo testemunham o

    direito que a morte tem sobre ele. a dupla natureza quetem sido redimida pela graa divina. Quando o Salmistaconvida tudo que h dentro dele para bendizer ao Senhor porSeus benefcios, ele clama: Bendize, minha alma, aoSenhor, e no te esqueas de nenhum dos seus benefcios. ele quem perdoa todas as tuas iniqidades, quem sara todasas tuas enfermidades (Salmos 103:23). Quando Isaasprofetizou a libertao de seu povo, ele acrescentou: E

    morador nenhum dir: Enfermo estou; o povo que nela habitarser perdoado da sua iniqidade (Isaas 33:24).

    A predio foi realizada alm de toda de toda expectativaquando Jesus, o Redentor, desceu a esta terra. Quonumerosas foram as curas operadas por Ele, que veio paraestabelecer sob a terra o reino do cu! Seja por Seusprprios atos ou mais tarde pelos mandamentos que Eledeixou aos Seus discpulos, no nos mostra claramente que a

    pregao do Evangelho e a cura dos enfermos andaram juntasna salvao que Ele veio trazer? Ambas foram provasevidentes de Sua misso como o Messias: Os cegos vem, eos coxos andam; os leprosos so purificados, e os surdosouvem; os mortos so ressuscitados, e aos pobres anunciado o evangelho (Mateus 11:5). Jesus, que tomou sobSi a alma e o corpo do homem, liberta ambas em igual medidadas conseqncias do pecado.

    Esta verdade no em nenhuma parte mais evidente ou melhordemonstrada do que na histria do paraltico. O SenhorJesus comea lhe dizendo: Perdoados so os teus pecados(Mateus 9:5), ao que depois acrescenta: Levantate, toma o

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    teu leito, e vai para tua casa. O perdo do pecado e acura da enfermidade completa ou ao outro, porque aos olhosde Deus, que v nossa natureza completa, pecado eenfermidade esto intimamente unidos como o corpo e a alma.De acordo com as Escrituras, nosso Senhor Jesus considerouo pecado e a enfermidade em outra luz da que temos.

    Conosco, o pecado pertence ao domnio espiritual; nsreconhecemos que ele est sob o justo desprazer de Deus,justamente condenado por Ele, enquanto que a enfermidade,pelo contrrio, vemos somente como uma parte da presentecondio de nossa natureza, e no tendo nada a ver com acondenao de Deus e Sua justia. Alguns vo mais longe aodizer que a enfermidade uma prova do amor e graa deDeus.

    Mas nem as Escrituras e nem ainda o prprio Jesus Cristojamais falaram de enfermidade nesta luz, nem jamaisapresentaram a enfermidade como uma beno, como uma provado amor de Deus que deve ser suportada com pacincia. OSenhor falou aos discpulos de diversos sofrimentos queeles deveriam suportar, mas quando Ele fala de enfermidade,sempre como um mal causado pelo pecado e Satans, e doqual devemos ser libertos. Mui solenemente Ele declarou que

    cada discpulo dEle deveria carregar sua cruz (Mateus16:24), mas Ele nunca ensinou uma pessoa doente a aceitarser doente. Por toda parte que Jesus curou o enfermo,sempre tratou da cura como uma das graas pertencentes aoreino dos cus. Tanto o pecado na alma, como a enfermidadeno corpo testemunham o poder de Satans, e "o Filho de Deusse manifestou: para destruir as obras do Diabo (1 Joo3:8).

    Jesus veio para libertar os homens do pecado e daenfermidade para que Ele pudesse fazer conhecido o amor doPai. Em Suas aes, em Seus ensinos aos discpulos, nosatos dos apstolos, perdo e cura so sempre encontradosjuntos. Um ou outro pode aparecer, sem dvidas, em um maiorrealce, de acordo com o desenvolvimento ou f daqueles paraquem eles falaram. s vezes foi a cura que preparou ocaminho para a aceitao do perdo; algumas vezes foi o

    perdo que precedeu a cura, que, vindo mais tarde, tornouse um selo para o perdo. Na parte inicial de Seuministrio, Jesus curou muitos dos enfermos, encontrandolhes prontos para crer na possibilidade da cura deles.

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    Deste modo, procurou influenciar coraes para receberLHEcomo Aquele que era capaz de perdoar pecado. Quando Ele viuque o paraltico podia receber perdo imediatamente, Elecomeou por aquilo que era de maior importncia; depoisveio a cura, que ps um selo no perdo que tinha sidoconcedido a ele.

    Ns vemos, pelos relatos dados nos Evangelhos, que era maisdifcil para os Judeus daquele tempo crer no perdo dospecados do que na cura divina. Hoje, isto justamente ocontrrio. A Igreja Crist tem ouvido tanto da pregao doperdo dos pecados que a alma sedenta facilmente recebeesta mensagem da graa; mas, no o mesmo com a curadivina; que raramente falada; no so muitos os crentesque tmna experimentado. verdade que a cura divina no

    dada hoje como naqueles tempos, s multides que Cristocurou sem qualquer converso precedente. Para recebla, necessrio comear pela confisso de pecado e o propsitode viver uma vida santa. Esta sem dvida a razo porqueas pessoas encontram maior dificuldade em crer na cura doque no perdo; e esta tambm a causa pela qual aquelesque recebem a cura ao mesmo tempo que a nova benoespiritual, sentemse mais intimamente unidos ao Senhor

    Jesus, e aprendem a amLO e serviLO melhor. Aincredulidade pode tentar separar estes dois dons, mas elessempre esto unidos em Cristo. Ele sempre o mesmoSalvador, tanto da alma como do corpo, igualmente prontopara conceder perdo e cura. O redimido pode sempre clamar:Bendize, minha alma, ao Senhor, e no te esqueas denenhum dos seus benefcios. ele quem perdoa todas as tuasiniqidades, quem sara todas as tuas enfermidades (Salmos

    103:23).

    Captulo II

    Por Causa da Vossa Pouca F"Depois os discpulos, aproximandose de Jesus emparticular, perguntaramlhe: Por que no pudemos nsexpulslo? Disselhes ele: Por causa da vossa pouca f;pois em verdade vos digo que, se tiverdes f como um grode mostarda direis a este monte: Passa daqui para acol, e

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    ele h de passar; e nada vos ser impossvel (Mateus17:1920).

    Quando o Senhor Jesus enviou Seus discpulos paradiferentes partes da Palestina, Ele lhes revestiu com umduplo poder: o de expulsar os espritos imundos e o decurar todas doenas e enfermidades (Mateus 10:1). Ele fez o

    mesmo com os setentas que voltaram para Ele com alegria,dizendo: "Senhor, em teu nome, at os demnios se nossubmetem" (Lucas 10:17). No dia da Transfigurao, enquantoo Senhor ainda estava sob o monte, um pai trouxe seu filhoque era possesso de demnio, para Seus discpulos, rogandolhes que expulsasse o esprito mal, mas eles no puderam.Quando, depois de Jesus ter curado o menino, os discpulosperguntaramLHE porque no puderam expulslo como nos

    outros casos, Ele respondeulhes: "Por causa da vossa poucaf". Foi, ento, a incredulidade deles, e no a vontade deDeus que tinha sido a causa do fracasso deles.

    Em nosso dias, a cura divina pouqussima acreditada,porque ela tem quase desaparecido inteiramente da IgrejaCrist. Algum pode pedir a razo, e aqui so duas asrespostas que devem ser dadas. A grande maioria pensa queos milagres, incluindo o dom de cura, foram limitados aotempo da Igreja primitiva, que seu objetivo era estabelecero primeiro fundamento do Cristianismo, mas daquele paraeste tempo as circunstncias foram alteradas. Outroscrentes dizem sem hesitao que se a Igreja perdeu estedons, isto foi por sua prpria falta; porque ela tem setornada mundana que o Esprito age debilmente nela; porque ele no tem permanecido em direta e habitual relaocom o poder do mundo invisvel; mas que, se ela fosse vistanovamente cheia de homens e mulheres que vivam a vida da fe do Esprito Santo, inteiramente consagrados a Deus, elaveria novamente a manifestao dos mesmo dons como nostempos antigos. Quais destas duas opinies coincide maiscom a Palavra de Deus? pela vontade de Deus que os "donsde cura" [1 Corntios 12:9] tm sido suprimidos, ou ohomem quem responsvel por isto? a vontade de Deus queos milagres no aconteam? Em conseqncia disto, no mais

    dar Ele a f que produz tais milagres? Ou novamente aIgreja que tem sido culpada de falta de f?

    O que as Escrituras dizem?

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    A Bblia no nos autoriza, pelas palavras do Senhor nem dosSeus apstolos, a crer que os dons de cura foram concedidossomente aos tempos primitivos da Igreja; pelo contrrio, aspromessas que Jesus fez aos apstolos quando Ele deulhesinstrues concernentes a misso deles, imediatamente antesde Sua ascenso, se mostramnos aplicveis a todos os

    tempos (Mateus 16:1518).Marcos 16

    15 E disselhes: Ide por todo o mundo, e pregai o evangelhoa toda criatura.16 Quem crer e for batizado ser salvo; mas quem no crerser condenado.17 E estes sinais acompanharo aos que crerem: em meu nomeexpulsaro demnios; falaro novas lnguas;18 pegaro em serpentes; e se beberem alguma coisamortfera, no lhes far dano algum; e poro as mos sobreos enfermos, e estes sero curados.

    Paulo coloca o dom de cura entre as operaes do EspritoSanto.

    [1 Corntios 12

    9 A outro, pelo mesmo Esprito, a f; a outro, pelo mesmoEsprito, os dons de curar;]

    Tiago d um mandamento preciso sobre este assunto semqualquer restrio de tempo.

    [Tiago 5

    13 Est aflito algum entre vs? Ore. Est algum contente?Cante louvores.14 Est doente algum de vs? Chame os ancios da igreja, e

    estes orem sobre ele, ungidoo com leo em nome do Senhor;15 e a orao da f salvar o doente, e o Senhor olevantar; e, se houver cometido pecados, serlheoperdoados.16 Confessai, portanto, os vossos pecados uns aos outros, eorai uns pelos outros, para serdes curados. A splica de umjusto pode muito na sua atuao. ]

    Toda as Escrituras declaram que estas graas seroconcedidas de acordo com a medida do Esprito e da f.

    tambm alegado que no incio de cada nova dispensaoDeus opera milagres, que este Seu curso ordinrio de

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    ao; mas isto no tem nada a ver. Pensem no povo de Deusda dispensao anterior, no tempo de Abrao, durante toda avida de Moiss, no xodo do Egito, sob Josu, no tempo dosJuzes e de Samuel, sob o reinado de Davi e de outros reispiedosos do tempo de Daniel; durante mais de mil anos osmilagres aconteceram.

    Mas, dito, os milagres foram mais necessrios nos dias doCristianismo primitivo do que mais tarde. Mas, o que dizersobre o poder do paganismo mesmo nestes dias, onde quer queo Evangelho procure o combater? impossvel admitir que osmilagres tenham sido mais necessrios para os pagos defeso (Atos 19:11,12) do que para os pagos da frica nosdias de hoje.

    Atos 19

    11 E Deus pelas mos de Paulo fazia milagresextraordinrios,12 de sorte que lenos e aventais eram levados do seu corpoaos enfermos, e as doenas os deixavam e saam deles osespritos malignos.

    E se pensarmos sobre a ignorncia e incredulidade que reinamesmo no meio das naes Crists, no seremos induzidos a

    concluir que h uma necessidade de manifestar atos do poderde Deus para sustentar o testemunho dos crentes e paraprovar que Deus est com eles? Alm do mais, entre osprprios crentes, quanta dvida h, quanta fraqueza! Como af deles necessita ser despertada e estimulada por algumasprovas evidentes da presena do Senhor no meio deles! Umaparte de nosso ser consiste de carne e sangue; ento, nacarne e no sangue que Deus quer manifestar Sua presena.

    A fim de provar que a incredulidade da Igreja que temfeito o dom de cura desaparecer, vejamos o que a Bblia dizsobre ele. No deve isto nos colocar freqentemente empreveno contra a incredulidade, contra tudo que possa nosafastar ou desviar de nosso Deus? No nos mostra a histriada Igreja, a necessidade dessas advertncias ? No nosfornece com numerosos exemplos de progressos retrgrados,de prazeres mundanos, nos quais a f enfraqueceu na exata

    medida em que o esprito do mundo tomou supremacia? Tal f somente possvel para quem vive no mundo invisvel.

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    [2 Corntios 5

    7 (Porque andamos por f, e no por vista)]

    At o terceiro sculo as curas pela f em Cristo eramnumerosas, mas nos sculos seguintes eles tornaramse mais

    infreqentes. No sabemos pela Bblia que sempre aincredulidade que impede os poderosos feitos de Deus?

    Oh, que possamos aprender a crer nas promessas de Deus!Deus no voltou atrs de Suas promessas; Jesus ainda Aquele que cura tanto a alma como o corpo; a salvao nosoferece mesmo agora, cura e santidade, e o Esprito Santoest sempre pronto para nos dar algumas manifestaes deSeu poder. At quando perguntamos porque este divino poder

    no mais freqentemente visto, Ele nos responde: "Porcausa da vossa pouca f". Quanto mais dermonos a nsmesmos para experimentar pessoalmente a santificao pelaf, mais experimentaremos tambm a cura pela f. Essas duasdoutrinas andam lado a lado. Quanto mais o Esprito de Deusvive e atua na alma dos crentes, mais os milagres semultiplicaro pelos quais Ele obra no corpo. Atravs disso,o mundo pode reconhecer o que a redeno significa.

    Captulo III

    Jesus e os Doutores

    "Ora, certa mulher, que havia doze anos padecia de uma

    hemorragia, e que tinha sofrido bastante s mos de muitosmdicos, e despendido tudo quanto possua sem nadaaproveitar, antes indo a pior,

    tendo ouvido falar a respeito de Jesus, veio por detrs,entre a multido, e tocoulhe o manto;porque dizia: Se to

    somente tocarlhe as vestes, ficaria curada. Eimediatamente cessou a sua hemorragia; e sentiu no corpo

    estar j curada do seu mal. E logo Jesus, percebendo em si

    mesmo que sara dele poder, virouse no meio da multido eperguntou: Quem me tocou as vestes? Responderamlhe os seusdiscpulos: Vs que a multido te aperta, e perguntas: Quem

    me tocou? Mas ele olhava em redor para ver a que isto

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    fizera. Ento a mulher, atemorizada e trmula, cnscia doque nela se havia operado, veio e prostrouse diante dele,e declaroulhe toda a verdade. Disselhe ele: Filha, a tua

    f te salvou; vaite em paz, e fica livre desse teu mal(Marcos 5:2534).

    Podemos ser gratos a Deus por nos ter dado doutores. A

    vocao deles uma das mais nobres porque um grande nmerodeles procuram verdadeiramente fazer, com amor e compaixo,tudo que eles sejam capazes para aliviar os males esofrimentos que afligem a humanidade como resultado dopecado. H at alguns que so zelosos servos de JesusCristo, e que procuram tambm o bem da alma de seuspacientes. No entanto, o Prprio Jesus que sempre oprincipal, o melhor, o maior Mdico.

    Jesus cura doenas que os mdicos terrestres no podemcurar, porque o Pai LHE deu este poder quando Ele Ocarregou com a obra de nossa redeno. Jesus, tomando sobSi nosso corpo humano, libertouo do domnio do pecado e deSatans; Ele fez de nossos corpos templos do Esprito Santoe membros de Seu prprio corpo (1 Corntios 6:15,19), e atem nossos dias, quantos dos casos que tm sido determinadospelos doutores como incurveis quantos casos detuberculose, de gangrena, de paralisia, de edema, decegueira e de surdez tm sido curados por Ele! No surpreendente ento que um to pequeno nmero de doentes seachegue a Ele?

    O mtodo de Jesus totalmente diferente do que aquele dosmdicos terrestres. Eles procuram servir a Deus fazendo usode remdios que so encontrados no mundo natural, e Deus

    faz uso desses remdios de acordo com a lei natural, deacordo com as propriedades naturais de cada um, enquanto acura que procede de Jesus de uma ordem totalmentediferente; pelo poder divino, o poder do Esprito Santo,que Jesus cura. Ento, a diferena entre estes dois mtodosde cura absolutamente significante. Para que possamosentender melhor, tomemos um exemplo; aqui est um mdicoque um descrente, mas extremamente hbil em sua

    profisso; muitas pessoas doentes devem sua cura a ele.Deus d estes resultados pelos meios de remdiosprescritos, e os mdicos tm conhecimento deles. Aqui estoutro mdico que um crente, e que ora pela beno de Deus

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    nos remdios que ele utiliza. Neste caso, um grande nmerode pessoas so curadas tambm, mas nem neste caso e nem nooutro a cura foi trazida com alguma beno espiritual. Elesestavam preocupados, at mesmo acreditando entre eles, comos remdios que eles usam, muito mais do que com o que oSenhor poderia fazer com eles, e em tal caso a sua cura

    ser mais prejudicial do que benfica. Pelo contrrio,quando em Jesus somente que a pessoa doente se apia paraa cura, ele aprende a no contar muito com remdios, mas emcolocar a si mesmo em direta relao com Seu amor e Suaonipotncia. A fim de obter tal cura, ele deve comearconfessando e renunciando seus pecados, e exercendo umaviva f. Ento a cura vir diretamente do Senhor, que tomaposse do corpo doente, e isto ento se torna uma beno

    para a alma tanto como para o corpo.Mas, no Deus quem d os remdios ao homem? perguntado.O poder deles no vem dEle? Sem dvida; mas por outro lado,no foi Deus quem nos deu Seu Filho com todo o poder paracurar? Ns seguiremos o caminho da lei natural com aquelesque ainda no conhecem Cristo, e tambm com aqueles de Seusfilhos cuja f ainda to fraca para entregaremse a Suaonipotncia; ou antes escolheremos o caminho da f,

    recebendo cura do Senhor e do Esprito Santo, vendo nisto oresultado e a prova de nossa redeno?

    A cura que operada pelo nosso Senhor traz com ela maiorbeno real do que a cura que obtida atravs de mdicos.A cura tem sido mais uma desgraa para muitas pessoas doque uma beno. Em uma cama de doenas, srios pensamentostomam posse, mas no tempo de sua cura quo freqentementetem o homem doente sido encontrado novamente longe doSenhor! No assim quando Jesus que cura. A cura concedida depois da confisso de pecado; portanto, ela trazo sofredor para mais perto de Jesus, e estabelece um novoelo entre ele e o Senhor, fazlhe experimentar Seu amor epoder, comea dentro dele uma nova vida de f e santidade.Quando a mulher tocou a orla do vestido de Cristo, elasentiu que tinha sido curada, ela aprendeu algo dosignificado daquele divino amor. Ela foi embora com as

    palavras: "Filha, a tua f te salvou; vaite em paz"(Marcos 5:34).

    Oh, tu que ests sofrendo de alguma enfermidade, saiba que

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    Jesus, o soberano Mdico, ainda est em nosso meio. Eleest perto de ns, e Ele est dando novamente para SuaIgreja provas manifestadoras de Sua presena. Voc estpronto para separarse do mundo, para entregar a si mesmopara Ele com f e confidncia? Ento, no temas, lembrateque a cura divina uma parte da vida da f. Se ningum ao

    seu redor pode te ajudar em orao, se nenhum presbteroest perto para orar a orao da f, no temas de ir vocmesmo ao Senhor no silncio da solido, como a mulher quetocou a orla de Seu vestido. Entregue a Ele os cuidados deseu corpo. Cheguese quieto diante dEle e como aquela pobremulher diga: eu quero ser curado. Talvez possa demoraralgum tempo para se quebrarem as correntes de suaincredulidade, mas certamente ningum que espera nEle ser

    envergonhado. "No seja envergonhado nenhum dos que em tiesperam" (Salmos 25:3).

    Captulo IV

    Sade e Salvao pelo Nome de Jesus

    "E pela f no seu nome fez o seu nome fortalecer a este quevedes e conheceis; sim, a f que vem por ele, deu a este,

    na presena de todos vs, esta perfeita sade....Sejaconhecido de vs todos, e de todo o povo de Israel, que em

    nome de Jesus Cristo, o Nazareno, aquele a quem vscrucificastes e a quem Deus ressuscitou dentre os mortos,

    em nome desse que este est so diante de vs... E emnenhum outro h salvao, porque tambm debaixo do cunenhum outro nome h, dado entre os homens, pelo qual

    devamos ser salvos(Atos 3:16; 4:10,12).

    Quando depois do Pentecostes, o paraltico foi curadoatravs de Pedro e Joo na porta do templo, foi "em Nome deJesus Cristo de Nazar" que eles disseramlhe: "Levantatee anda" (Atos 3:6), e to logo o povo em seu espantocorreram para juntos deles, Pedro declarou que foi o nome

    de Jesus que tinha curado completamente o homem.Como resultado deste milagre e do discurso de Pedro, muitaspessoas que ouviram a Palavra creram (Atos 4:4).

    Atos 4:4 "Muitos, porm, dos que ouviram a palavra creram,

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    e chegou o nmero desses homens a quase cinco mil".

    E no dia seguinte, Pedro repetiu estas palavras diante doSindrio: "Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno...em nomedesse que este est so diante de vs;" e ento eleacrescentou: " E em nenhum outro h salvao, porque tambmdebaixo do cu nenhum outro nome h, dado entre os homens,

    pelo qual devamos ser salvos. Esta afirmao de Pedro nosdeclara qeu o nome de Jesus tanto cura como salva. Nstemos aqui um ensino da mais alta importncia sobre a curadivina.

    Ns vemos que a cura e a sade formam uma parte da salvaode Cristo. No declarou Pedro claramente isto em seudiscurso no Sindrio, onde, tendo falado da cura, eleimediatamente fala de salvao por Cristo? (Atos 4:10,12).No cu, at nossos corpos tero sua parte na salvao; asalvao no ser completa para ns at que nossos corposdesfrutem da completa redeno de Cristo. Por que, ento,no cremos nesta obra da redeno aqui embaixo? At mesmoaqui na terra, a cura de nossos corpos um fruto dasalvao qeu Jesus adquiriu para ns.

    Ns vemos tambm que a sade, bem como a salvao, obtida

    pela f. A tendncia do homem por natureza trabalhar porsua salvao por suas obras, e somente com dificuldadeque ele vem a recebla pela f; mas quando isto umaquesto de cura do corpo, ele tem ainda mais dificuldade emse apossar disto. Em relao salvao, ele acabaaceitandoa porque por nenhum outro meio pode ele abrir aporta do cu; enquanto que para o corpo, ele faz uso deremdios bemconhecidos. Porque, ento, ele procura por

    cura divina? Feliz aquele que vem a entender que esta avontade de Deus; que Deus quer manifestar o poder de Jesus,e tambm nos revelar Seu amor Paternal; para exercitar econfirmar nossa f, e nos dar prova da redeno no corpo,bem como na alma. O corpo parte de nosso ser; at o corpofoi salvo por Cristo; portanto, em nosso corpo que o Paiquer manifestar o poder da redeno, e permitir que oshomens vejam que Jesus vive. Oh, creiamos no nome de Jesus!

    No foi no nome de Jesus que perfeita sade foi dada aohomem impotente? E no foram estas palavras: Tua f tesalvou, pronunciadas quando o corpo foi curado? Busquemo,ento, para obter a cura divina.

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    Onde quer que o Esprito atue com poder, ali Ele realizacuras divinas. No notrio que se os milagres fossemmesmo suprfluos, eles foram no Pentecostes, porque ento apalavra dos apstolos trabalhou poderosamente, e oderramamento do Esprito foi abundante? Bem, precisamenteporque o Esprito atua poderosamente que Sua obra necessita

    ser visvel no corpo. Se a cura divina vista senoraramente em nossos dias, podemos atribuir isto nenhumaoutra causa do que o Esprito no estar atuando com poder.A incredulidade dos mundanos e a falta de zelo entre oscrentes impedem Sua obra. As curas que Deus est dando aquie ali, so os sinais percurssrios de todas as graasespirituais que so prometidas a ns, e somente o EspritoSanto revela a onipotncia do nome de Jesus para operar

    tais curas. Oremos ardentemente pelo Esprito Santo, noscoloquemos a ns mesmos sem reservas sob Sua direo, ebusquemos ser firmes em nossa f no nome de Jesus, querpara pregao da salvao ou para a obra de cura.

    Deus concede cura para glorificar o nome de Jesus.Busquemos ser curados por Jesus para que Seu nome possa serglorificado. triste ver quo pouco o poder de Seu nome reconhecido, quo pouco ele [o poder de Seu nome] o fim

    da pregao e da orao. Tesouros da graa divina, dosquais os Cristos privam a si mesmos pela sua falta de f ezelo, esto escondidos no nome de Jesus. a vontade deDeus glorificar Seu Filho na Igreja; e Ele far isto ondequer que Ele encontre f. Quer entre os crentes, ou querentre os gentios, Ele est pronto para com virtudedespertar conscincias, e trazer coraes obedincia.Deus est pronto para manifestar todo o poder de Seu Filho,

    e para fazer isto de uma maneira admirvel tanto no corpo,bem como na alma. Creiamos nisto para ns mesmos, creiamosnisto para os outros, para o crculo de crentes ao redor dens, e tambm para a Igreja em todo o mundo. Demonos a nsmesmos a crer com firme f no poder do nome de Jesus,peamos grandes coisas em Seu nome, contando em Suapromessa, e ns veremos Deus at fazer maravilhas pelo nomede Seu santo F