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András Schiff piano

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András Schiff piano

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Até 15 de outubro, você, jovem músico, pode se inscrever no Ilumina Festival 2018.

Estamos à procura de novos e talentosos artistas com visão e paixão pela música e pelo mundo. Obtenha a oportunidade única de viver, trabalhar e se apresentar lado a lado com grandes solistas internacionais em uma

verdadeira imersão musical, adquirindo conhecimentos e técnicas por meio de uma experiência prática, que prima pelo mais alto nível internacional.

A quarta edição do festival, idealizado pela violista e diretora artística Jennifer Stumm, acontecerá entre 2 e 14 de janeiro, oferecendo bolsas de

estudo completas para músicos latino-americanos de 18 a 26 anos.

As vagas contemplam estudantes de violino, viola, violoncelo, contrabaixo, piano, clarinete e baixo.

Saiba mais e se inscreva em http://www.iluminafestival.org/

A Cultura Artística se orgulha de ser parceira deste projeto!

ILUMINA FESTIVAL 2018INSCRIÇÕES ABERTAS!

FOTO

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O MINISTÉRIO DA CULTURA, O GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, A SECRETARIA DA CULTURA E A CULTURA ARTÍSTICA APRESENTAM

apoio realização

MINISTÉRIO DA CULTURA

Page 3: András Schiff - culturaartistica.org

Gioconda Bordon 3

Programa 4

Notas sobre o programa 6João Vicente Vidal

Biografias 13

András Schiff piano

patrocínio

realização

O Ministério da Cultura, o Governo do Estado de São Paulo, a Secretária da Cultura e a Associação Sociedade de Cultura Artística apresentam

Page 4: András Schiff - culturaartistica.org

REALIZAÇÃO

MINISTÉRIO DA CULTURA

SOCIEDADE DE CULTURA ARTÍSTICA

DIRETORIA

PRESIDENTE Antonio Hermann D. Menezes de Azevedo VICE-PRESIDENTE Gioconda BordonDIRETORES Carlos Mendes Pinheiro Júnior, Fernando Lohmann, Frederico Carramaschi, Ricardo Becker, Rodolfo Villela MarinoSUPERINTENDENTE Frederico Lohmann

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

PRESIDENTE Fernando Carramaschi VICE-PRESIDENTE Roberto Crissiuma MesquitaCONSELHEIROS Antonio Hermann D. Menezes de Azevedo, Carlos José Rauscher, Francisco Mesquita Neto, Gérard Loeb, Henri Philippe Reichstul, Henrique Meirelles, Jayme Sverner, Marcelo Kayath, Milú Villela, Pedro Parente, Plínio José Marafon, Roberto Baumgart

CONSELHO CONSULTIVO Alberto Jacobsberg, Alfredo Rizkallah, George Zausner, João Lara Mesquita, Mário Arthur Adler, Patrícia Moraes, Stefano Bridelli, Sylvia Pinho de Almeida, Thomas Michael Lanz

PROGRAMA DE SALA — EXPEDIENTE

COORDENAÇÃO EDITORIAL SUPERVISÃO GERAL EDIÇÃOGioconda Bordon Silvia Pedrosa Marta GarciaEDITORAÇÃO ELETRÔNICA ASSESSORIA DE IMPRENSALudovico Desenho Gráfico Conteúdo Comunicação

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA DE ESTADO DA CULTURA

FUNDAÇÃO ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO — ORGANIZAÇÃO SOCIAL DE CULTURA

PRESIDENTE DE HONRA Fernando Henrique Cardoso PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Fábio Colletti BarbosaVICE-PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Antonio Carlos Quintella DIRETOR EXECUTIVO Marcelo Lopes SUPERINTENDENTE Fausto Augusto Marcucci Arruda MARKETING Carlos Harasawa diretor

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

András Schiff : piano / [coordenação editorial Gioconda Bordon ; notas sobre o programa João Vicente Vidal]. — São Paulo : Cultura Artística, 2017.

ISBN: 978-85-93629-06-8

1. Concertos (Piano) 2. Música 3. Música clássica 4. Pianistas — Hungria — Biografia 5. Schiff, András, 1953- I. Bordon, Gioconda. II. Vidal, João Vicente.

17-06922 CDD-786.2

Índices para catálogo sistemático: 1. Piano : Concertos : Música clássica 786.2

Page 5: András Schiff - culturaartistica.org

Os dois recitais de András Schiff ficarão registrados como um marco da Temporada 2017. O primeiro ofere-ce-nos a possiblidade de apreciar o caminho por onde passa a história da música, a via traçada e pavimentada por Bach e que guiou todos os compositores depois dele. O segundo recital tem início com uma complexa combinação de obras de Bach e Bartók. Depois do inter-valo, é a vez das sonatas n.1 de Janáček e Schumann.

O cravo bem temperado é uma obra exigente. Perder o foco da atenção é como perder-se num labirinto ou em estradas espelhadas. A obra também nos proporciona intensa intimidade com o intérprete. É um privilégio ouvir os prelúdios e fugas (ainda que apenas o volume 1) interpretados por um pianista da estatura do hún-garo András Schiff. Contando com precisa articulação de frases e com delicadas nuances de entonação, sua visão estética nos transporta para a beleza imensa dessa obra-prima de Bach.

A escolha do repertório, a combinação e a ordem das peças revelam a natureza do talento do intérprete, que não se instala comodamente em sua habilidade e experiência técnica, mas pensa e elabora as múltiplas possibilidades de um discurso musical. No diálogo entre as peças de compositores separados pelo tempo históri-co, Schiff nos convida a buscar a expressão universal da arte, a encontrar o sentido que só ela é capaz de trazer para a vida comum e ao mesmo tempo extraordinária de cada um de nós.

Ótimo concerto a todos!

Gioconda Bordon [email protected]

Dois recitais históricos

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Page 6: András Schiff - culturaartistica.org

Prelúdio e fuga n. 1 em dó maior BWV 846

Prelúdio e fuga n. 2 em dó menor BWV 847

Prelúdio e fuga n. 3 em dó sustenido maior BWV 848

Prelúdio e fuga n. 4 em dó sustenido menor BWV 849

Prelúdio e fuga n. 5 em ré maior BWV 850

Prelúdio e fuga n. 6 em ré menor BWV 851

Prelúdio e fuga n. 7 em mi bemol maior BWV 852

Prelúdio e fuga n. 8 em mi bemol menor (prelúdio) e ré sustenido menor (fuga) BWV 853

Prelúdio e fuga n. 9 em mi maior BWV 854

Prelúdio e fuga n. 10 em mi menor BWV 855

Prelúdio e fuga n. 11 em fá maior BWV 856

Prelúdio e fuga n. 12 em fá menor BWV 857

Prelúdio e fuga n. 13 em fá sustenido maior 858

Prelúdio e fuga n. 14 em fá sustenido menor BWV 859

András Schiff piano

Os concertos serão precedidos do Momento Musical, palestra de Irineu Franco Perpetuo sobre os compositores, peças e intérpretes da noite que acontece às 20 horas no auditório do primeiro andar da Sala São Paulo.

O conteúdo editorial dos programas da Temporada 2017 encontra-se disponível em nosso site uma semana antes dos respectivos concertos.

Sala São Paulo 22 de agosto, terça-feira, 21h

SÉRIE BRANCA

CULTURA ARTÍSTICA — TEMPORADA 2017

Prelúdio e fuga n. 15 em sol maior BWV 860

Prelúdio e fuga n. 16 em sol menor BWV 861

Prelúdio e fuga n. 17 em lá bemol maior BWV 862

Prelúdio e fuga n. 18 em sol sustenido menor BWV 863

Prelúdio e fuga n. 19 em lá maior BWV 864

Prelúdio e fuga n. 20 em lá menor BWV 865

Prelúdio e fuga n. 21 em si bemol maior BWV 866

Prelúdio e fuga n. 22 em si bemol menor BWV 867

Prelúdio e fuga n. 23 em si maior BWV 868

Prelúdio e fuga n. 24 em si menor BWV 869

JOHANN SEBASTIAN BACH (1685-1750)O cravo bem temperado, volume 1 c. 104’

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Programação sujeita a alterações.

facebook.com/culturartisticaInstagram: @culturaartisticawww.culturaartistica.com.br

Sala São Paulo 24 de agosto, quinta-feira, 21h

SÉRIE AZUL

András Schiff piano

JOHANN SEBASTIAN BACH (1685-1750)Sinfonias (Invenções a 3 vozes) c. 9’

Sinfonia n. 1 em dó maior BWV 787Sinfonia n. 2 em dó menor BWV 788Sinfonia n. 3 em ré maior BWV 789Sinfonia n. 4 em ré menor BWV 790Sinfonia n. 5 em mi bemol maior BWV 791

BÉLA BARTÓK (1881-1945)Suíte op. 14 Sz 62 c. 8’

I. AllegrettoII. ScherzoIII. Allegro moltoIV. Sostenuto

JOHANN SEBASTIAN BACH (1685-1750)

Sinfonias (Invenções a 3 vozes) c. 10’Sinfonia n. 6 em mi maior BWV 792Sinfonia n. 7 em mi menor BWV 793Sinfonia n. 8 em fá maior BWV 794Sinfonia n. 9 em fá menor BWV 795Sinfonia n. 10 em sol maior BWV 796

BÉLA BARTÓK (1881-1945)Szabadban (Ao ar livre) Sz 81 c. 7’

Com tambores e pífaros – PesanteBarcarolla – AndanteMusettes – Moderato

CULTURA ARTÍSTICA — TEMPORADA 2017

JOHANN SEBASTIAN BACH (1685-1750)

Sinfonias (Invenções a 3 vozes) c. 10’Sinfonia n. 11 em sol menor BWV 797Sinfonia n. 12 em lá maior BWV 798Sinfonia n. 13 em lá menor BWV 799Sinfonia n. 14 em si maior BWV 800Sinfonia n. 15 em si menor BWV 801

BÉLA BARTÓK (1881-1945)Szabadban (Ao ar livre) Sz 81 c. 7’

I. Músicas noturnas – Lento / Più andanteII. A caça – Presto

intervalo

LEOŠ JANÁČEK (1854-1928)Sonata 1.X.1905 c. 15’

I. Pressentimento – Con motoII. Morte – Adagio

ROBERT SCHUMANN (1810-1856)Sonata n. 1 em fá sustenido menor op. 11 c. 31’

I. Introduzione: Un poco Adagio / Allegro vivaceII. AriaIII. Scherzo: Allegrissimo / Intermezzo: LentoIV. Finale: Allegro un poco maestoso

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Notas sobre o programaJoão Vicente Vidal

1Fato fundamental sobre a obra musical de Johann Sebastian Bach é que ela, por mais mo-nolítica que se apresente à posteridade, é marcada por inflexões internas sempre determi-nadas pelos postos de trabalho que ocupou ao longo de sua vida, quase todos nas regiões da Turíngia e da Saxônia, em um raio não superior a 75 quilômetros. Se o período de Wei-mar (1708-17) é notável pela produção das grandes obras organísticas, e o de Leipzig (1723-50) pelas vastas obras sacras como as Paixões e a Missa em si menor e testamentos musicais como a Oferenda musical e A arte da fuga, o interregno em Köthen (1717-23) representa um momento singular, em que Bach pôde voltar-se a gêneros seculares (no principado calvinis-ta não havia espaço para uma música sacra elaborada) e muito especialmente à música para cravo e clavicórdio.

Mas o período de Köthen é acima de tudo uma época de intensas preocupações pedagógicas para Bach, suscitadas pela necessidade de prover a educação musical de seus filhos Wilhelm Friedemann, Carl Philipp Emanuel e Johann Gottfried Bernhard, com apenas 7, 3 e 2 anos de idade à época da transferência de Weimar (que havia custado a Bach, pelos termos em que requereu sua dispensa, nada menos que um mês de detenção). Toda a produção tecladística do período relaciona-se de uma forma ou de outra ao seu empenho como professor, e ainda à sua união com Anna Magdalena, talentosa soprano com quem casou-se em segundas núpcias em 1721. É no contexto da atividade didático-musical doméstica da família Bach, portanto, que surge uma sequência de obras para cravo e clavicórdio que, culminando na coleção de prelúdios e fugas intitulada Das wohltemperierte Klavier – “para o uso e benefício da juventu-de musical ávida de conhecimentos”, como esclarecia Bach na célebre folha de rosto do ma-nuscrito de 1722 –, compreende também as Suítes francesas, as Invenções e uma profusão de peças menores que até hoje constituem a base do ensino musical ocidental.

Para Bach, porém, o ensino do instrumento não existe dissociado do ensino da composi-ção. Este, aliás, constituía o aspecto central do ensino musical não somente para os Bach, mas também por toda a Europa até pelo menos o século XIX (a figura do intérprete, o músico dedicado à execução de composições de um outro, é sem dúvida uma invenção do romantismo). Nessa perspectiva, Bach perseguiu, no Cravo bem-temperado, o objetivo de ordenar as formas conhecidas de composição polifônica, acoplando prelúdios de estilo livre e improvisatório a fugas de técnica controlada e rigorosa. Ao passo que oferecia, coroando o tour de force, uma demonstração cabal da viabilidade do uso de todas as escalas do sis-tema tonal, feito possibilitado pelo emprego de uma afinação igualmente adequada às 24 tonalidades – de onde vem a expressão ‘bem temperado’.

Se a ideia de uma obra percorrendo as diversas tonalidades não era por si uma novidade (como atestam por exemplo os 20 prelúdios e fugas de Ariadne musica, compostos em 1702 6

Page 9: András Schiff - culturaartistica.org

por Johann Caspar Ferdinand Fischer e bem conhecidos de Bach), nunca antes ou depois ela foi desenvolvida da forma como se vê no Cravo. Trata-se simplesmente da consolidação do sistema maior-menor tal como o conhecemos hoje, em uma época em que nem a pró-pria nomenclatura estava estabelecida; um esforço nesse sentido é a definição do conjunto por Bach como “Prelúdios e fugas através de todos os tons e semitons, relativos tanto à terça maior [...] quanto à terça menor”. O compositor deve ter-se sentido bastante satisfeito com a sua até então mais revolucionária realização, pois na década seguinte, em Leipzig, decidiu somar a ela um segundo volume de 24 prelúdios e fugas, menos heterogêneo do que o primeiro mas com peças em geral mais longas e grandiosas. Juntos, formariam o que Hans von Bülow muito apropriadamente chamou “o Velho Testamento” da música, referên-cia definitiva para as gerações seguintes de músicos e compositores.

Já o conjunto de obras hoje conhecidas como Invenções, originalmente intitulado por Bach Aufrichtige Anleitung (que se poderia traduzir como Guia sincero), tem sua gênese mar-cada por uma intrigante sucessão de nomenclaturas. Apenas as quinze primeiras peças, a duas vozes, foram chamadas pelo compositor Inventio – referência indubitável à retórica clássica, em que o orador se dedica à ‘invenção’ de seus argumentos –, mas não sem terem figurado como Praeambulum em uma primeira versão contida no Klavierbüchlein de Wi-lhelm Friedmann (seu Pequeno livro do cravo, o caderno de estudos de cravo e composição onde se encontram também muitos números do Cravo); as quinze peças a três vozes que seguem, formando a segunda e mais avançada metade da coleção, foram de semelhante modo intituladas Fantasia no volume de Wilhelm Friedmann, recebendo a denominação Sinfonia apenas na versão final do ciclo.

À busca por nomes que traduzissem o real espírito das obras correspondeu um árduo esfor-ço em torno da composição em si, que se constata pelo espólio de peças do mesmo estilo produzidas na mesma época e pela procura por uma sucessão ideal de tonalidades (conce-bida a princípio como ‘parábola’, de dó maior a si menor e de volta a dó menor, e na forma final do ciclo como ‘reta’: de dó maior a si menor, alternando no caminho tonalidades maiores e menores). Somente com a superação de tais desafios, em 1723, Bach sentiu-se disposto a consolidar este seu Guia sincero, no qual, em suas próprias palavras, firmadas como de costume em um prefácio cuidadosamente elaborado, “é demonstrado aos diletan-tes do teclado em especial, mas também àqueles ávidos de conhecimentos uma forma clara […] não apenas de obter boas ideias [inventiones], como também de bem desenvolvê-las; acima de tudo, porém, de adquirir um toque cantabile, e além disso tomar contato com um vigoroso modelo de composição”.

Apenas a gênese particular das Invenções pode justificar a datação posterior à do Cravo bem-temperado, uma vez que elas constituem de fato uma preparação ao ciclo maior: a execução obbligato a três vozes, introduzindo a dificuldade específica de ter uma delas di-vidindo-se entre as duas mãos no teclado, predispõe o executante às mais complexas fugas do Cravo, a 4 e 5 vozes; por sua vez o empréstimo das formas italianas contemporâneas, reconhecido pelo célebre biógrafo Philipp Spitta nas Sinfonias e creditável ao encontro de Bach com a música de Vivaldi nos anos de Weimar, habitua-o ao universo estilístico particu-lar do conjunto maior. 7

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2Bach tornou-se amplamente conhecido somente no século XIX. Se o nome era evocado, na segunda metade do século XVIII, a referência era quase sempre a seu filho mais jovem, Johann Christian, compositor de óperas italianas radicado em Londres que exerceu grande influência sobre Mozart e seus contemporâneos. Para a geração de músicos nascidos por volta de 1810, Mendelssohn, Chopin, Schumann, Liszt e Wagner, o retorno ao velho Johann Sebastian deu-se a partir da (re)descoberta de que o contraponto poderia ser expressivo, e não apenas um exercício racional abstrato. Os resultados desta recepção romântica de Bach são evidentes, embora frequentemente omitidos: além da emulação das formas (os Prelú-dios e fugas de Mendelssohn são um exemplo) e o interesse por texturas pianísticas polifô-nicas (Schumann e o Chopin tardio), vemos a emergência da ‘peça de caráter’, a miniatura retratando um personagem, estado de espírito ou qualquer outra imagem ou abstração, cujo princípio relaciona-se diretamente ao monotematicismo barroco (encontrado, em abundância, no próprio Cravo bem-temperado).

Pelo menos dois dos aspectos acima descritos, definidores do estilo musical de Schumann, podem ser reconhecidos na Grosse Sonate op. 11 dedicada a Clara Wieck em 1835: a polifonia da escrita pianística e uma construção episódica, ‘característica’ dos temas. Conciliá-los com a forma-sonata herdada de Beethoven, sobretudo através de suas 32 sonatas para piano (“o Novo Testamento”, segundo Von Bülow), não foi um desafio simples para o compositor; no aftermath do período clássico, a forma-sonata, um esquema de exposição, desenvolvimento e reexposição associado a uma trajetória harmônica geral pré-determinada, entrara em crise. As composições tendiam ou ao esquematismo exagerado, ou à desintegração inevitável.

Se reside aí uma das razões do naufrágio de Schumann em sua primeira tentativa no gêne-ro, que não foi além de um movimento e resultou no seu Allegro op. 8, o resultado obtido em seu op. 11 é sob qualquer ponto de vista de uma coesão admirável. E ainda mais se pensarmos na origem fragmentada da obra: o primeiro movimento baseava-se em um Fan-dango composto como peça avulsa três anos antes, e o movimento lento (a Aria com indi-cação ‘senza passione, ma espressivo’) em uma de suas primeiras canções. Obras em tudo diversas. Para conectar os movimentos, Schumann fez derivar da Aria a melodia que ‘brota’ da introdução Un poco Adagio, repetindo o procedimento na coda do último movimento, que cita sutilmente o primeiro movimento. O Scherzo exibe a persistência rítmica típica de Schumann, encontrada também no Allegro vivace, e é contrastado por uma bem-humorada paródia de polonaise (o Intermezzo com indicação ‘alla burla, ma pomposo’). A cadência que conecta este Intermezzo à repetição do Scherzo faz lembrar as passagens e seções improvi-satórias encontradas na música para piano do Beethoven tardio, indicando mais uma vez a grande conexão de Schumann com os mestres alemães que o precederam.

3Tendo vivido grande parte de suas vidas sob a égide do Império Austro-Húngaro, Janáček e Bartók dedicaram-se com ardor aos projetos nacionalistas de seus respectivos povos, tcheco e húngaro. Estimulando o artista romântico à criação de obras com uma mensagem patrió-tica e à busca de uma ‘voz nacional’, os nacionalismos culturais do século XIX firmavam-se na premissa de uma contribuição local a uma cultura internacional de alto prestígio (e não necessariamente em uma reação a esta, como em outros tempos e lugares). Mas se Janáček 8

Page 11: András Schiff - culturaartistica.org

e Bartók podem ser compreendidos como compositores formados desde tal perspectiva, e assim no contexto de ramificações locais da tradição germânica, devem ser reconhecidos também como artistas que lograram superar essa moldura em direção a uma linguagem musical moderna, plena de traços étnicos. Para ambos, isso se dá como resultado do inte-resse em tradições musicais populares repletas de irregularidades melódicas e rítmicas, di-ferentes do mais regular folclore musical alemão e austríaco: tradições da Morávia, no caso de Janáček, e da Hungria, Romênia e Eslováquia, no de Bartók.

A sonata para piano de Janáček é uma viva ilustração de seu processo criativo, em que na origem de uma obra quase sempre está um estímulo externo ou programa. Seu motivador foi um incidente ocorrido em uma manifestação em favor da criação de uma universidade tcheca em Brno. O episódio trágico a que o título ‘Primeiro de outubro de 1905’ se refere é narrado por Janáček na epígrafe da obra: “O mármore branco das escadarias do Besední dům [o centro cultural tcheco] em Brno... Aqui o trabalhador František Pavlík tomba, tin-gido de sangue... Ele veio apenas reivindicar uma universidade… e foi imolado por cruéis assassinos”. A sonata possuía três movimentos, mas Janáček destruiu o último logo após ouvi-lo em um ensaio; não satisfeito, tentou destruir também os dois remanescentes, Pres-sentimento e Morte, atirando os manuscritos no rio Vltava – “eles não queriam afundar, as páginas incharam e flutuaram nas águas como cisnes brancos”, lembraria o compositor. Felizmente uma cópia havia sido salva por uma aluna sua, e a sonata foi publicada com anuência do compositor em 1924.

Se Janáček e Bartók aproximam-se pelo interesse no folclore de suas nações e no apro-veitamento criativo desse material, divergem por outro lado, especialmente nas obras apresentadas por András Schiff, na escrita pianística, despida em Bartók dos excessos da tradição romântica. Em sua primeira coleção de arranjos de melodias folclóricas, por exem-plo, o compositor já declarava o objetivo de aproximar a juventude das “belezas simples e não-românticas da música camponesa”. A Suíte op. 14, composta em 1916, exemplifica bem a abordagem; como indicou o compositor mais uma vez, seu propósito central aqui foi de-senvolver “um estilo mais de carne e osso”, simples e direto, contendo o essencial e assim despido de embelezamentos.

Szabadban data por sua vez de 1926, o assim chamado ‘ano pianístico’ de Bartók. Baseada como de costume nas pesquisas do folclore realizadas pelo compositor, a coleção deve o título Ao ar livre ao caráter rústico das peças. A tenaz percussividade que perpassa Com tambores e pífaros e A caça contrasta com a estranha delicadeza de Barcarolla e Musettes, que traem a influência das muitas viagens de Bartók à Itália no ano anterior e de sua atra-ção pela música para teclado dos séculos XVII e XVIII daquele país (resultando em música “na fronteira entre Barroco e barbarismo”, nas palavras de Malcolm Gillies). Mas o verda-deiro coração da suíte é Músicas noturnas, que significou para Bartók a conquista de um novo terreno. Aqui, o compositor afasta-se das representações oníricas da noite romântica, reflexivas e pungentes (por exemplo em Schumann, que as concebia muito no espírito de Caspar David Friedrich); a noite de Bartók é de vigília, de atenta escuta dos sons da nature-za – a saber, da fauna noturna das planícies húngaras.

João Vicente Vidal é pianista e musicólogo. 9

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Sir András Schiff

András Schiff nasceu em Budapeste, em 1953, e iniciou seus estudos de piano aos cinco anos de idade, com Elisabeth Va-dász. Completou sua formação musical na Academia Ferenc Liszt com Pál Kadosa, György Kurtág e Ferenc Rados. Em Londres, foi aluno de George Malcolm.

Inteligência musical poderosa e excepcional sensibilidade fazem de Schiff um dos mais inspirados e completos pianistas de sua geração. Recitais e ciclos especiais dedicados às mais importantes peças para piano de Bach, Haydn, Mozart, Schumann e Schubert destacam-se como atividades centrais de sua carreira de recitalista. Em 2004, Schiff deu início ao ciclo de interpretação das 32 sonatas de Beethoven. Esteve em 20 cidades e gravou ao vivo o ciclo completo no Teatro Tonhalle, em Zurique.

Sir András Schiff atua ao lado das principais orquestras e dos mais prestigiados regentes em atividade, mas atualmente apresenta-se de preferência como recitalista e como regente à frente de orquestras de câmara como a Chamber Orchestra of Europe. Em 1999, criou sua própria orquestra, a Cappella An-drea Barca, grupo formado por solistas e cameristas europeus.

Prestigiosas premiações fazem parte do currículo do artista húngaro: Membro Honorário da Beethoven House (reco-nhecimento por suas interpretações das obras do composi-tor); Membro Honorário da Konzerthaus de Viena; Special Supernumerary Fellow of Balliol College (Oxford); Medalha Wigmore Hall; Medalha Mozart; Medalha de Ouro da Royal Philharmonic Society; Doutor honoris causa em música pela Universidade de Leeds. Em junho de 2014 recebeu o título de Sir pelos serviços prestados à música.

Saiba mais

Uma edição es-pecial com o ciclo completo das sonatas de Bee-thoven, gravadas ao vivo na Sala Tonhalle, em Zu-rique, foi lançada pela ECM Records, em junho de 2016. Além das 32 sona-tas, a caixa com 11 CDs contém ainda todos os “encores” dos recitais: peças de Schubert, Mo-zart, Haydn, Bach e Beethoven. 11

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patrocinadores ouro

patrocinador master

patrocinadores platina

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patrocinadores prata

patrocinadores bronze

realização

MINISTÉRIO DA CULTURA

apoio

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AMIGOS DA CULTURA ARTÍSTICA

Agradecemos a todos que contribuem para tornar realidade os espetáculos e projetos educativos promovidos pela Cultura Artística.

MECENAS

Adolpho LeirnerAlexandre e Silvia Fix

Ana Lucia e Sergio ComolattiAna Maria Igel e Mario Higino LeonelAne Katrine e Rodolfo Villela MarinoAnna Helena Americano de AraújoAntonio Hermann D. M. Azevedo

Arsenio Negro Jr.Beatriz Baumgart Tadini

BrejeiroCarmo e Jovelino Mineiro

Cláudio Thomaz Lobo SonderCristian Baumgart Stroczynski

Cristina BaumgartDenise Pauli Pavarina

Eduardo DefineEdward B. G. WeaverFabio de Campos Lilla

Frédéric de MarizGioconda Bordon

Giovanni Guido CerriGustavo Salomão

Hélio SeibelHeloisa Leite de Moraes DefineHenri Slezynger e Dora Rosset

Israel VainboimJacques Caradec

Jean Claude RamirezJorge Sidney e Nadia Atalla

José Carlos EvangelistaJosé E. Queiroz Guimarães

José Roberto OpiceKarin Baumgart Srougi

Lázaro de Mello BrandãoMarcelo Kayath

Marcos Baumgart StroczynskiMarcos Braga Rosalino

Michael e Alina PerlmanMilú Villela

Minidi PedrosoNádia e Olavo Setúbal Jr.

Nelson Nery JuniorOtto Baumgart

Paulo Bruna

Paulo ProushanPedro Herz

Rolf Gustavo Roberto BaumgartRosa Maria de Andrade Nery

Sylvia e Flávio Pinho de Almeida Ursula Erika Marianna Baumgart

3 mecenas anônimos

MANTENEDORES

Alfredo RizkallahArnoldo Wald

Augusto Livio MalzoniBruno Alois Nowak

Cleide e Luiz Rodrigues CorvoErwin e Marie KaufamnnFernando Eckhardt Luzio

Fernando LohmannFrancisco Humberto de Abreu Maffei

Henri Philippe Reichstul Jayme Blay

José Luiz e Sandra SetúbalLea Regina Caffaro Terra

Livio De VivoMarcelo Pereira Lopes de Medeiros

Maria Zilda Oliveira de AraújoMV Pratini de Moraes

Neli Aparecida de FariaNelson Pereira dos ReisPaulo Guilherme LeserRegina e Gerald Reiss

Ricard AkagawaRuy e Celia Korbivcher

Ruy Souza e Silva e Fátima ZorzatoSandra Arruda Grostein

Silvia e Fernando CarramaschiTamas Makray

Thomas Frank TichauerValeria e Antonio Carlos Barbosa de Oliveira

Vavy Pacheco BorgesVitor Maiorino Neto

Walter CenevivaWolfgang Knapp

4 mantenedores anônimos

BENFEITORES

Abram e Clarice TopczewskiAlberto Whitaker

Antonio Carlos Marcondes MachadoAntonio Kanji

Arnaldo MalheirosCalçados Casa Eurico

Carlos Mendes Pinheiro JuniorCarlos P. Rauscher

Claudia Annunziata G. MustoClaudio Alberto Cury

Claudio e Selma CerneaDario Chebel Labaki Neto

Dario e Regina GuaritaEdith Ranzini

Eduardo Secchi MunhozEdward Launberg

Elias e Elizabeth Rocha BarrosEvangelina Lobato Uchoa

Fernando de Azevedo CorrêaFrancisco J. de Oliveira Jr.Francisco Montano Filho

Galícia Empreend. e Participações Ltda.Gerard Loeb e Angela VarelaGustavo e Cida Reis Teixeira

Heinz Jorg GruberHenrique Lindenberg Neto

Isaac PopoutchiIsrael Sancovski

Izabel SobralJayme Sverner

José e Priscila GoldenbergJunia Borges Botelho

Katalin BorgerLeo Kupfer

Luci Banks LeiteLúcia Lohmann e Nemer Rahal

Luiz Franco BrandãoLuiz Henrique Martins Castro

Luiz Roberto de Andrade NovaesM. Bernardete Baretto de Menezes Sampaio

Malú Pereira de AlmeidaMarcia Igel Joppert

Marcos de Mattos PimentaMaria Bonomi

Page 17: András Schiff - culturaartistica.org

Para mais informações ligue para (11) 3256 0223, escreva para [email protected] ou visite www.culturaartistica.com.br/amigos

Lista atualizada em 22 de junho de 2017

Maria Helena Peres OliveiraMaria Joaquina Marques Dias

Maria Teresa IgelNelson Jafet

Nelson Vieira BarreiraOscar Lafer

Oswaldo Henrique SilveiraPatricia de Moraes

Paula e Hitoshi CastroPaulo Cezar Aragão

Raphael Pereira CrizanthoRenata e Sergio de Simon

Ricardo Luiz Becker Rosa Maria Graziano

Ruben HalabanSergio Luiz Macera

Ulysses de Paula Eduardo Jr.Wilma Kövesi (i.m.)

6 benfeitores anônimos

APOIADORES

Alessandro e Dora VenturaAna Cristina Arantes

Ana Elisa e Eugenio Staub FilhoAna Maria MalikAndré Guyearch

Andrea Sandro CalabiBeatriz e Numa Valle

Beatriz Garcez LohmannBernardo Guerra

Carla MilanoCarlos Alberto Junqueira Franco

Carlos Chagas RodriguesCarmen Guarini

Cássio Augusto Macedo da SilvaCharles e Sandra Cambur

Ciça Callegari e Luiz Eugenio MelloCristina e Richard Barczinski

Dan Linetzky WaitzbergDaniela e Frederico Carramaschi

Edson Eidi KumagaiEduardo Molan Gaban

Eliana Regina Marques ZlochevskyElizabete e Mauro Guiotoku

Eric Alexander KlugFrancisco, Mariana e Gabriela Turra

Guilherme Ary PlonskiGustavo Henrique Machado de Carvalho

Helio e Livia ElkisHoracio Mario Kleinman

Issei e Marcia AbeJosé Carlos Dias

José de Paula Monteiro NetoJosé Francisco Kerr Saraiva

José Rubens Pirani Leda Tronca

Lilia Katri Moritz Schwarz Lucila Pires Evangelista

Luis Renato OliveiraLuiz Alberto Placido Penna Luiz Diederichsen Villares

Luiz Marcello M. de Azevedo FilhoLuiz Schwarcz

M.Luiza Santari M.PortoMarcello D. Bronstein

Marcelo GutglasMárcio P. P. Garcia

Marco Tullio BottinoMaria Cecilia Comegno

Maria da Graça e Mario Luiz RoccoMarisa e Patrick Nielander

Marta D. GrosteinMartha Diederichsen Stickel

Mauro André Mendes Finatti e Caio Andreazza MorbinOmar Fernandes Aly

Patricia GiesteiraPedro Spyridion Yannoulis

Plinio J. MarafonRaquel Szterling Nelken

Raul Corrêa da SilvaRegina Celidonio e Luiz Fernando Caiuby L. da Silva

Ricardo HeringRoberto Crissiuma Mesquita

Roberto FalzoniTeli Penteado Cardoso

Walter Jacob Curi21 apoiadores anônimos

Page 18: András Schiff - culturaartistica.org

Adolpho LeirnerAffonso Celso Pastore

Agência EstadoAggrego Consultores

Airton BobrowAlexandre e Silvia Fix

Alfredo Egydio SetúbalAlfredo Rizkallah

Álvaro Luís Fleury MalheirosAna Maria Levy Villela Igel

Antonio Carlos Barbosa de OliveiraAntonio Carlos de Araújo Cintra

Antonio Corrêa MeyerArnaldo MalheirosArsenio Negro Jr.

Aurora Bebidas e Alimentos FinosBanco PineBanco Safra

BicbancoBruno Alois Nowak

Calçados Casa EuricoCamargo Correa

Camilla Telles Ferreira SantosCarlos Nehring Netto

CCECenter Norte

Cláudio e Rose SonderCleõmenes Mário Dias Baptista (i.m.)

Companhia Brasileira de Metalurgia e MineraçãoDaniela Cerri Seibel e Helio Seibel

Dario Chebel Labaki NetoDora Rosset

Editora Pinsky Ltda.Elias Victor Nigri

Elisa WolynecEMS

Erwin e Marie KaufmannEurofarma

Fabio de Campos LillaFanny Ribenboin Fix

Fernando Eckhardt LuzioFernando Lohmann

Fernão Carlos Botelho BracherFestival de Salzburgo

Flávio e Sylvia Pinho de AlmeidaFrancisca Nelida Ostrowicz

Francisco H. de Abreu MaffeiFrédéric de Mariz

Frederico LohmannFundação Filantrópica Arymax

Gerard LoebGioconda Bordon

Giovanni Guido CerriHeinz J. Gruber

Helga Verena MaffeiHenri Philippe Reichstul

Henri SlezyngerHenrique Meirelles

Idort/SPIsrael VainboimJacques CaradecJairo CupertinoJayme BobrowJayme Sverner

Joaquim de Alcântara Machado de OliveiraJorge Diamant

José Carlos e Lucila EvangelistaJosé E. Queiroz Guimarães

José Ephim MindlinJose Luiz Egydio Setúbal

José M. Martinez ZaragozaJosé Roberto Mendonça de Barros

José Roberto OpiceJovelino Carvalho Mineiro Filho

Katalin BorgerLea Regina Caffaro Terra

Leo MadeirasLivio De Vivo

Luís StuhlbergerLuiz Diederichsen Villares

PRINCIPAIS DOADORES (R$ 5.000,00 ou mais)

Agradecemos a todos que têm contribuído, de diversas maneiras, para o esforço de construção

do novo Teatro Cultura Artística.

PATROCINADORES

Teatro Cultura Artística

Page 19: András Schiff - culturaartistica.org

Luiz Gonzaga Marinho BrandãoLuiz Rodrigues Corvo

Machado, Meyer, Sendacz e Opice AdvogadosMahle Metal Leve

Maria Adelaide AmaralMaria Alice Setúbal

Maria BonomiMaria Helena de Albuquerque Lins

Marina LaferMário Arthur Adler

Marisa e Jan EichbaumMartha Diederichsen Stickel

Michael e Alina PerlmanMilú Villela

Minidi PedrosoMoshe Sendacz

Nádia e Olavo Setúbal Jr.Natura

Neli Aparecida de FariaNelson Reis

Nelson Vieira BarreiraOi Futuro

Oswaldo Henrique SilveiraOtto Baumgart Indústria e Comércio

Paulo BrunaPaulo Setúbal Neto

Pedro HerzPedro Pullen Parente

Pinheiro Neto AdvogadosPolierg Tubos e ConexõesPolimold Industrial S.A.

Porto SeguroRaphael Pereira CrizanthoRicard Takeshi AkagawaRicardo Egydio Setúbal

Ricardo FeltreRicardo RamenzoniRichard BarczinskiRoberto Baumgart

Roberto Egydio SetúbalRoberto e Luizila Calvo

Ruth Lahoz Mendonça de BarrosRuy e Celia KorbivcherSalim Taufic Schahin

Samy KatzSandor e Mariane Szego

SantanderSão José Construções e Comércio (Construtora São José)

Silvia Dias Alcântara Machado

Gostaríamos de agradecer também as doações de mais de 200 empresas e indivíduos que

contribuíram com até R$ 5.000,00. Lamentamos não poder, por limitação de espaço,

citá-los nominalmente.

Stela e Jayme BlaySuzano

Tamas MakrayTheodoro Jorge Flank

Thomas KunzeThyrso Martins

UnigelUrsula Baumgart

ValeVavy Pacheco BorgesVitor Maiorino Netto

Vivian Abdalla HannudVolkswagen do Brasil Ind. de Veículos Automotores Ltda.

Wolfgang KnappYara Baumgart

3 Doadores Anônimos

realização

Page 20: András Schiff - culturaartistica.org

28 e 29 de marçoTRIO WANDERER

24 e 25 de abrilLE CONCERT DE LA LOGE

PHILIPPE JAROUSSKY contratenor

23 e 24 de maio

BENJAMIN GROSVENOR piano

6 e 7 de junho POTSDAM CHAMBER ORCHESTRA

TREVOR PINNOCK regênciaEMMANUEL PAHUD flauta

27 e 28 de junhoROYAL NORTHERN SINFONIA JULIAN RACHLIN violino e direção artística

1 e 2 de agostoYOA — ORQUESTRA DAS AMÉRICAS

CARLOS MIGUEL PRIETO regênciaNADJA SALERNO-SONNENBERG violino

22 e 24 de agosto

ANDRÁS SCHIFF piano

12 e 13 de setembroQUARTETO EMERSON

29 e 31 de outubroORQUESTRA NACIONAL DO CAPITÓLIO DE TOULOUSETUGAN SOKHIEV regência BERTRAND CHAMAYOU pianoLUCIENNE RENAUDIN-VARY trompete

13 e 14 de novembroCAPPELLA MEDITERRÂNEA E CORO DE CÂMARA DE NAMURLEONARDO GARCÍA ALARCÓN regência

Programação e datas sujeitas a alterações