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Resumo de anencefalia
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REJANE ROSA DA SILVA
QUESTIONÁRIO 6 (A resposta correta tem um “x” antes das opções)
1- É correto afirmar que:
a) Princípios e as regras são dotados de força normativa, e a diferença entre eles, portanto, é
uma diferença entre duas normas jurídicas.
b) Princípios e as regras são dotados de força normativa, sendo as regras as normas jurídicas
utilizadas especialmente nos casos difíceis, que demandam processo interpretativo apurado.
c) Os princípios refletem os pilares valorativos estabelecidos pela sociedade, irradiando e
precedendo, portanto, a outra norma jurídica.
d) Regras e princípios são admitidos como norma jurídica. No caso dos princípios, necessário
o exercício do sopesamento na concorrência de princípios como forma de aplicação, além
do exercício de controle de constitucionalidade, como no caso dos dispositivos do Código
Penal relacionados à questão em estudo.
e) As alternativas “b” e “d” estão corretas.
X f) Apenas uma das alternativas está incorreta.
2- O princípio da dignidade da pessoa humana:
a) Um dos vetores da República Federativa brasileira, sendo reconhecida aos brasileiros que
residem no país.
b) É um dos fundamentos da República Federativa brasileira, assim como os demais direitos
fundamentais estabelecidos na Constituição Federal de 1988.
c) Como conceito jurídico não aparece nem nas declarações clássicas dos direitos humanos
do século XVIII, nem nas codificações do século XIX. Os documentos de fundação das
Nações Unidas, que estabelecem expressamente o vínculo dos direitos humanos com a
dignidade humana, foram uma resposta evidente aos crimes de massa cometidos sob o
regime nazista e aos massacres da Segunda Guerra Mundial.
X d) No caso do ordenamento jurídico brasileiro, a dignidade da pessoa humana atua como
fundamento do Estado brasileiro (artigo 1°, III), percorrendo o corpo Constitucional expressa
e sistematicamente, atuando como o comando jurídico altamente fundamental, iluminando
todo o sistema constitucional hierarquicamente inferior apenas em face do direito à vida.
3 - Qual afirmativa não está correta:
a) A dignidade da pessoa humana atua como vetor, mas também como freio do próprio
exercício do Poder Público.
X b) A dignidade da pessoa humana evidentemente, na condição de fundamento do
ordenamento jurídico brasileiro, deve produzir efeito concreto, sendo sua identificação e
posologia extraídas da realidade política e social, mas sempre em sintonia com o
compromisso estabelecido pelo constituinte originário, e os direitos sociais, econômicos e
culturais – como direitos asseguradores das condições para a realização da prestação -, que
são formas claras de adequação desse compromisso constitucional com as pessoas.
c) A Convenção sobre os Direitos da Criança das Nações Unidas, juntamente com a
Constituição Federal de 1988, determina a proteção à criança e ao adolescente, devendo a
eles ser viabilizado o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária, ficando à salvo de toda a negligência, discriminação, exploração, violência,
crueldade e opressão.
d) O Supremo Tribunal Federal, no julgamento da ADPF 54, julgou procedentes os pedidos,
ficando os dispositivos do Código Penal (artigos 124, 126, caput, e 128, incisos I e II)
declarados inconstitucionais parra todos os fins.
e) O direito à vida, na condição de fundamento da República federativa do Brasil, goza de
primazia em face dos demais direitos fundamentais, em caráter absoluto, sendo protegida
contra todas as formas de atentado pela Constituição Federal de 1988.
4 – Maria Rita, brasileira, casada, mãe de dois filhos, está novamente grávida. Está
realizando o acompanhamento médico pela rede pública de saúde – SUS. O médico, em
exame realizado, diagnosticou que o feto é anencéfalo. Diante do quadro, Maria Rita, em
quadro de depressão instalada tão logo recebeu a notícia, decidiu não querer dar
continuidade ao processo gestacional. Contudo, seu marido, por não entender ser permitido
pelos dogmas de sua religião, e na condição de pai do feto, lhe disse não estar autorizada,
nos termos da legislação pertinente ao matrimônio a buscar a rede pública de saúde para
requerer o procedimento médico de antecipação terapêutica do parto. Maria Rita procura
você, leitor advogado. Qual será sua orientação jurídica? Descrevê-la e justificá-la.
Resposta: Oriento-a que o procedimento interruptivo terapêutico deve caber à mulher, e
caso manifeste o interesse em não prosseguir com a gestação, poderá solicitar serviço
gratuito do Sistema Único de Saúde (SUS), sem necessidade de autorização judicial.
Apesar do julgamento da ADPF ter sido concluído, garantindo-se o direito ao aborto nesses
casos, tratava-se de questão bastante complexa trazida ao Judiciário. Primeiro, por envolver
religião e tentativas inflamadas de católicos, protestantes e outros religiosos em desacordo
com o “aborto” desses fetos. Em segundo lugar, por estar abarcando diversas questões
médicas, ou seja, uma seara bastante distante da área do Direito.