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ANESTESIA DE PRIMATAS
JEFFERSON FARIAS CORDEIRO
PIRENÓPOLIS, 20 DE AGOSTO DE 2017
PROTOCOLO ANESTÉSICO RECOMENDADO PELO
CENTRO NACIONAL DE PRIMATAS (CENP)
Ketamina (50 mg/ml):
10 a 15 mg/kg
0,2 a 0,3 ml/kg
Midazolan (5 mg/ml):
0,2 a 0,5 mg/kg
0,04 a 0,1 ml/kg
Levomepromazina (5 mg/ml)
0,2 a 0,5 mg/kg
0,04 a 0,1 ml/kg
Zoletil (200 mg/ml):
(Cloridrato de Tiletamida e Cloridrato de Zolazepam)
5 a 10 mg/kg
0,12 a 0,25 ml/kg
OU
SUMÁRIO
Fisiologia e contenção física
Monitoramento;
Anestesia;
Anestesia loco regional e Dor;
Emergência e Eutanásia.
PARTE 1 – FISIOLOGIA E
CONTENÇÃO FÍSICA
PARTICULARIDADES
Espécie
PARTICULARIDADES
Idade
PARTICULARIDADES
Grupo
PARTICULARIDADES
Hierarquia
PARTICULARIDADES
Cativeiro x Vida livre
Indivíduo
QUAL O PROPÓSITO DA CRIAÇÃO?
Pet;
Zoológico;
Cetas;
Centro de pesquisa;
LOCAL
Higiene;
Fezes;
Tamanho;
AGENTES ESTRESSANTES
Somáticos:
Ruídos;
Imagens;
Odores;
Calor;
Frio;
Pressão;
Agentes químicos;
Fármacos.
Psicológicos:
Apreensão;
Ansiedade;
Medo;
Terror;
Fúria;
Frustação;
AGENTES ESTRESSANTES
Comportamentais
Superpopulação;
Disputas;
Falta de alimentos;
Falta de estímulos
Outros:
Doenças;
Lesões;
NO AMBULATÓRIO
Evitar movimentos bruscos;
Exame clínico à distância:
Marcha;
Lesões;
Postura;
Pelo;
Hidratação;
Secreções.
ANAMNESE
Procedência do animal;
Alimentação:
O quem tem sido oferecido;
Última refeição.
ANAMNESE
Recinto:
Tamanho;
Contactantes;
Sol.
Tempo de cativeiro;
Histórico.
ANAMNESE
Sinais e sintomas recentes;
Anestesias anteriores;
Medicamentos;
Alergias;
ANAMNESE DIRECIONADA
Cardiopulmonar:
Ativo, cansa fácil, tosse, secreção
Neurológico:
Desmaia, convulsiona
Biotransformação:
Água, apetite, vômito, urina, fezes
APÊNDICES
APLICAÇÕES PRÁTICAS
Mudanças para outros recintos;
Viagens;
Tratamento veterinário;
Novos recintos;
Novo grupo;
Captura para fins científicos.
É PRECISO ANESTESIAR?
“A captura e a contenção bem realizadas são aquelas que se
preocupam tanto com a saúde e segurança do animal, quanto
da equipe de técnicos envolvidos”
– Verona CE, Pissinatti A.
Que situações posso evitar?
CONTENÇÃO FÍSICA
Conhecimento da espécie:
Cognição, velocidade, força, temperamento.
Expõe o animal a risco de perda/ quebra de dentes, fratura de membros, dedos e garras;
Impacto nos outros animais ao redor:
Estresse crônico. Efeitos na saúde e confiança!
Deve ser evitada, quando possível.
CONTENÇÃO FÍSICA
CONTENÇÃO FÍSICA
CONTENÇÃO FÍSICA
CONTENÇÃO FÍSICA
CAPTURA
Conhecimento das características bioecológicas:
organização social;
hábitos alimentares;
melhor área ou época
Presença de vestígios:
fezes;
odor,
carcaças;
vocalização;
CAPTURA
Distribuição dos animais na região;
Contato prévio com moradores.
CONDIÇÕES PARA CAPTURA
Permissão dos órgãos ambientais;
Equipe multidisciplinar devidamente treinada;
Contato com autoridades locais e proprietários das áreas;
Georreferenciamento da área (GPS);
Conhecimento prévio do local;
Equipamentos de campo e de laboratório;
Apoio de moradores da área (mateiros);
Uso correto de todos os EPIs indicados.
CAPTURA - CEVA
Localização e visualização dos animais e registro local com GPS;
Hábitos dos animais;
Número de animais e faixa etária;
Escolha do local e método de captura;
Instalação das armadilhas (plataforma, caso seja necessário);
Oferta do alimento;
Observação até que os animais estejam acostumados com a ceva.
AVALIAÇÃO PRÉ ANESTÉSICA
Exame físico:
Condição geral;
Temperamento;
Cardiovascular:
Ausculta, Pulso, TPC;
Pulmonar:
Ausculta, secreção;
Sistema nervoso;
Muscular esquelético;
Tegumentar.
AVALIAÇÃO PRÉ ANESTÉSICA
Exames complementares
Melhor entendimento da condição do paciente;
Comparação com exames pós-anestésicos;
Importância legal.
Glicose;
Proteína total;
Sódio;
Potássio;
ALT;
FA
• 1537 cães;
• Hematócrito;
• Contagem • células vermelhas, brancas e
plaquetas;
• Concentração de hemoglobina;
• Uréia;
• Creatinina;
8% dos cães que foram colocados identificados como risco maior tiveram
resultados laboratoriais;
A cirurgia foi adiada em 0,8%;
Em 0,2% o protocolo anestésico foi alterado.
PARTE 2 -
MONITORAÇÃO
MONITORAÇÃO
Geralmente a contenção química promove:
Inconsciência:
Depressão cardiopulmonar;
Alteração da perfusão e oxigenação tecidual
ECG
4 grupos:
Tiletamina + zolazepam (5,5 mg/kg);
Isoflurano (via máscara facial);
Cetamina + midazolam (15 + 1 mg/kg);
Contenção física (Luva de raspa de couro).
PRESSÃO ARTERIAL
Qual a importância?
Quais as limitações?
Pressão Arterial Não Invasiva X Pressão Arterial Invasiva
SPO2
Saturação de oxigênio dos capilares periféricos;
A porcentagem de hemoglobina oxigenada em relação à total;
Até 93 %;
Cianose = 75%
KXA:
Cetamina (50 mg/kg)
Xilazina (2 mg/kg)
Atropina (0,05 mg/kg)
A:
Alfaloxone (12 mg/kg)
CAPNOMETRIA X CAPNOGRAFIA
É viável?
É necessário?
CAPNOGRAFIA
NÃO INVASIVOS
Pulso;
Tpc;
Coloração de mucosas;
Temperatura.
MONITORAÇÃO À CAMPO
PARTE 3 - ANESTESIA
VIAS
ACESSOS
TERMOS
Tranquilização
Sedação;
Narcose;
Hipnose;
Anestesia;
Anestesia geral:
intravenosa;
inalatória;
Anestesia loco regional.
FASES DO PROCEDIMENTO ANESTÉSICO
Medicação pré anestésica (MPA);
Indução;
Manutenção;
Recuperação.
ANESTESIA INALATÓRIA
Vantagens;
Desvantagens;
Limitações;
ANESTESIA INALATÓRIA
TIVA / PIVA
8 animais divididos em 2 grupos (TZ e PRO);
6 horas de jejum sólido;
MPA
petidina (5 mg/kg) + midazolam (0,6 mg/kg)
INDUÇÃO
Zoletil (TZ):
10 ml/kg/h – NaCl 0,9%
+
5 mg/kg - TZ
Propofol:
4 mg/kg/min, até a perda de reflexo palpebral
MANUTENÇÃO
Zoletil
2,5 mg/kg
Propofol:
9,6 ml/kg/h – NaCl 0,9%
+
0,4 mg/kg/minuto - Propofol
MANUTENÇÃO - AJUSTE
Zoletil
Nota 1:
+ 2,5 mg/kg
Propofol
Nota 3:
+ 0,1 mg/kg/minuto
Escala de sedação (1-4):
Relaxamento muscular;
Reflexo palpebral;
Movimentação de cauda, membros e cabeça
RESULTADOS - INDUÇÃO
RESULTADOS
RESULTADOS
Pobre relaxamento muscular em TZ;
Provável acidose respiratória nos dois grupos;
Melhor retorno anestésico em PRO.
RESULTADOS
Smaller primates are more likely to be injured;
91% of seriously and fatally injured were arboreal, although
arboreal species accounted for only 54% of the dartings;
All primates that were fatally injured due to a dart hitting the
abdomen or head were darted with a rifle, which was used for
45% of dartings;
RESULTADOS
The presence of a veterinarian appears to reduce primate
mortality in the event of injury or complications;
Severe social effects of darting are not common, but include
forced copulations, partner changes, and fatal attacks on infants.
DIFICULDADES APONTADAS
DIFICULDADES APONTADAS
PONTOS POSITIVOS
RECOMENDAÇÕES
QUANDO APLICAR O DARDO?
PARTE 4 - DOR
IMPULSO NERVOSO
BLOQUEIO LOCAL
ANESTESIA LOCO REGIONAL
Vantagens;
Desvantagens;
Limitações;
Técnicas.
Não houve correlação entre o tamanho do corpo e o comprimento do cone medular (r = 0,212).
Vídeo
RESULTADOS
A dose média de propofol utilizada na
manutenção anestésica foi de 0,0625 ±
0,033 mg/Kg/min;
Não houve alteração nas pressões e na
SPO2.
0
50
100
150
200
250
Antes 5min 10min 15min 20min 25min 35min 45min
FR FC
35
35,5
36
36,5
37
37,5
38
Antes 5min 10min 15min 20min 25min 35min 45min
TR
0
20
40
60
80
100
120
140
160
Antes 5min 10min 15min 20min 25min 35min 45min
Pressão Sistólica Pressão Diastólica Pressão Média
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
100
Antes 5min 10min 15min 20min 25min 35min 45min
SPO2
0
10
20
30
40
50
60
Antes 5min 10min 15min 20min 25min 35min 45min
Resposta ao estimulo elétrico Miliamperagem
Sensibilidade Cutânea
ANESTESIA BALANCEADA
Macaco prego. 2,2 kg. Fratura de tíbia;
MPA:
Cetamina ( 15 mg/kg);
Diazepam (1 mg/kg);
Atropina ( 0,04 mg/kg).
Ringer com lactato:
20 ml/kg/h (primeira hora)
10 ml/kg/hr
Indução:
Propofol (4 mg/kg)
Analgesia trans operatória:
Fentanil ( 10μg/kg + 0,2 μg/kg/min)
Sonda endotraqueal:
3 mm com cuff
Oxigênio:
6 L/min
Sistema sem reinalação;
Manutenção:
Isoflurano 2,5%, por 5 minutos
1%, restante
Bloqueador:
Pancurônio (0,02 mg/kg)
90 minutos de cirurgia;
Respiração espontânea 10 min após fechamento da pele;
E extubado 10 min depois;
Analgesia pós:
Butorfanol (0,35 mg/kg; IM; 4-4hs, 3x)
Fentanil (patch trandermal, 25 μg/h)
PARTE 5 - EMERGÊNCIA
Anamnese na emergência, como fazer?
CA P UM
Cena – Como aconteceu? Quando aconteceu?
Alérgico a algum medicamento?
Passado – Tem alguma comorbidade? Prenhes?
Ultima refeição ? Quando foi? O que foi?
Medicamento – Tomou algum? Uso contínuo?
A IS FOR AIRWAY!
Intubação;
Tamanho correto;
Posicionamento;
Obstrução;
Remover vômitos, muco, sangue e corpo estranho da boca;
B IS FOR BREATHING!
Pressão ventilatória;
1 movimento respiratório a cada 3-5 segundos;
Cuidados.
C IS FOR CIRCULATION!
É essencial manter o coração ainda batendo e com um pulso
efetivo presente;
Como avaliar?
D IS FOR DRUGS!
Interrupção do fornecimento de anestésicos;
Aplicação de reversores (cuidado no despertar imediato);
Atropina 0,05 mg/kg, IV;
Doxapram 5 – 10 mg/kg
Adrenalina 0,01 mg/kg, IV. Cada 3-4 minutos;
ABC X CAB ???
FALHA CARDÍACA
Ausência de pulso palpável;
Rápida cianose;
Ausência de ausculta;
Seguidos de midríase e comprometimento respiratório.
CHOQUE
Pulso rápido e fraco;
Mucosa pálida ou cianótica;
Taquicardia;
Hiperventilação;
Depressão mental.
EUTANÁSIA
Deve ser indicada quando o bem-estar do animal estiver ameaçado, sendo um meio de eliminar a dor, o estresse ou o sofrimento, os quais não podem ser aliviados por meio de analgésicos, de sedativos ou de outros tratamentos, ou ainda, quando o animal constituir ameaça à saúde pública ou animal.
EUTANÁSIA
Cfmv 1000
In 25
PARTE 6 - PRÁTICA
OBRIGADO!