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Governo do Estado do Rio Grande do Norte Secretaria de Estado da Educação, da Cultura e dos Desportos SECD. UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE UERN CGC 08.258.295/0001-02 Campus Avançado Prefeito Walter de Sá Leitão CAWSL Departamento de Economia/DECAssú ( RN ) Rua Sinhazinha Wanderley, 871 Centro / CEP 59.650-000 / Assú / RN / Telefax: (84)3331-2411 Home Page: http:// www.uern.br E-mail: [email protected] PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS ASSÚ-RN 2013

Anexo da Resolução 49-2013-CONSEPE

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  • Governo do Estado do Rio Grande do Norte Secretaria de Estado da Educao, da Cultura e dos Desportos SECD. UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE UERN CGC 08.258.295/0001-02 Campus Avanado Prefeito Walter de S Leito CAWSL Departamento de Economia/DEC Ass ( RN ) Rua Sinhazinha Wanderley, 871 Centro / CEP 59.650-000 / Ass / RN / Telefax: (84)3331-2411 Home Page: http:// www.uern.br E-mail: [email protected]

    PROJETO PEDAGGICO DO CURSO DE CINCIAS ECONMICAS

    ASS-RN 2013

    http://www.uern.br/mailto:[email protected]

  • 2

    Governo do Estado do Rio Grande do Norte Secretaria de Estado da Educao, da Cultura e dos Desportos SECD UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE UERN CGC 08.258.295/0001-02 Campus Avanado Prefeito Walter de S Leito CAWSL Departamento de Economia/DEC Ass ( RN ) Rua Sinhazinha Wanderley, 871 Centro / CEP 59.650-000 / Ass / RN / Telefax: (84)3331-2411 Home Page: http:// www.uern.br E-mail: [email protected]

    TERMO DE HOMOLOGAO

    A Pr-Reitoria de Ensino de Graduao da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, no uso de suas atribuies legais, HOMOLOGA o Projeto Pedaggico do Curso de Bacharelado em Cincias Econmicas Campus Avanado Prefeito Walter de S Leito, aprovado pela Resoluo n ________CONSEPE, para efeito de implementao e registro acadmico.

    http://www.uern.br/mailto:[email protected]

  • 3

    UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE PR-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAO

    FACULDADE DE CINCIAS ECONMICAS CAMPUS AVANADO WALTER DE S LEITO

    REITOR

    Prof. Milton Marques de Medeiros

    VICE REITOR

    Prof. Acio Cndido de Sousa

    PR REITORA DE ENSINO DE GRADUAO

    Prof . Momia Gomes de Oliveira Miranda

    DIRETOR DO CAMPUS AVANADO PREFEITO WALTER DE S LEITO

    Prof. Francisco Afrnio Cmara Pereira

    VICE - DIRETORA DO CAMPUS AVANADO PREFEITO WALTER DE S LEITO

    Prof. Maria Leopoldina da Silveira Vicente

    CHEFE DO DEPARTAMENTO DE ECONOMIA Prof. Jos Salazar da Costa

    SUB-CHEFE Prof. Jaime dos Santos da Silva

    COMISSO DE ELABORAO

    Prof. Fagner Moura da Costa Prof. Jaime dos Santos da Silva

    Prof. Joacir Rufino de Aquino Prof. Jos Salazar da Costa Prof. Libnia Maria Braga

    Prof. Marta Aurlia Dantas de Lacerda Prof. Maurcio Miranda

    Prof. Raimundo Incio da Silva Filho Prof. Rodolfo Ribeiro Ferreira da Costa

    Prof. Willian Gledson e Silva

  • 4

    LISTA DE SIGLAS

    CAWSL Campus Avanado Prefeito Walter de S Leito

    CERVAL Cooperativa de Eletrificao Rural do Vale

    CNE Conselho Nacional de Educao

    CONFECON Conselho Federal de Economia

    CONSEPE Conselho de Ensino, Pesquisa e Extenso

    CORECON Conselho Regional de Economia

    ENEM Exame Nacional do Ensino Mdio

    FUERN Fundao Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

    FURRN Fundao Universidade Regional do Rio Grande do Norte

    IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica

    IDEMA Instituto de Desenvolvimento Sustentvel e Meio Ambiente

    IDH ndice de Desenvolvimento Humano

    IES Instituio de Ensino Superior

    MEC Ministrio da Educao e Cultura

    NUPEG Ncleo de Pesquisa em Petrleo e Gs

    PSV Processo Seletivo Vocacionado

    PSVNID Processo Seletivo de Vagas No Iniciais Disponveis

    TCC Trabalho de Concluso de Curso

    UERN Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

    UFRN Universidade Federal do Rio Grande do Norte

    ZPE Zona de Processamento de Exportao

  • 5

    SUMRIO APRESENTAO .................................................................................................... 07 I- DADOS DO CURSO .............................................................................................. 08 1.1 IDENTIFICAO .............................................................................................. 08

    1.1.1 Instituio Mantenedora ........................................................................... 08 1.1.2 Instituio Mantida ................................................................................... 08 1.1.3 Denominao do Curso ........................................................................... 08 1.1.4 Dados da Base Legal ............................................................................... 08 1.1.5 Dados Sobre o Curso .............................................................................. 08 1.1.6 Local de Funcionamento .......................................................................... 09 1.1.7 Mecanismo de Ingresso no Curso ........................................................... 09 1.1.8 Demanda Profissional .............................................................................. 11

    1.2 - JUSTIFICATIVA ................................................................................................ 12 1.3 - HISTRICO DO CURSO .................................................................................. 18 1.4 - DESEMPENHO DO CURSO NO PERODO RECENTE ................................... 20 1.5 - MONOGRAFIAS PREMIADAS NO CORECON-RN ......................................... 20 1.6 - INDICADORES INTITUCIONAIS ...................................................................... 21 1.7 - NECESSIDADES FORMATIVAS PARA O CURSO ......................................... 22 1.8 - NECESSIDADE SOCIAL DO CURSO .............................................................. 23 1.9 - INGRESSO E VAGAS, REGIME ESCOLAR E INTEGRALIZAO ................. 24 1.10 PERFIL DO INGRESSANTE .......................................................................... 25 II- CONCEPES TERICO-METOLGICAS DO CURSO ................................... 26 2.1 OBJETIVO DO CURSO. ..................................................................................... 26

    2.1.1 Objetivos especficos do Curso. ............................................................... 26 2.2 PERFIL DO EGRESSO. ...................................................................................... 27 2.3 PERFIL DE ATUAO DO ECONOMISTA. ....................................................... 28 2.4 A PROFISSO DO ECONOMISTA. .................................................................... 28 2.5 COMPETNCIAS E HABILIDADES. ................................................................... 32 2.6 PRINCPIOS FORMATIVOS. .............................................................................. 32

    2.6.1 Relao Teoria e Prtica.......................................................................... 33 2.6.2 Contextualizao. .................................................................................... 37 2.6.3 Interdisciplinaridade. ................................................................................ 38 2.6.4 Democratizao. ...................................................................................... 38 2.6.5 Flexibilizao. .......................................................................................... 40 2.6.6 Articulao entre Ensino, Pesquisa e Extenso. ...................................... 43

    III- ORGANIZAO CURRICULAR ......................................................................... 44 3.1 EIXO DE CONTEDOS DE FORMAO GERAL. ............................................ 44 3.2 EIXO DE FORMAO TERICO-QUANTITATIVO. .......................................... 45 3.3 EIXO DE CONTEDOS DE FORMAO HISTRICA. ..................................... 45 3.4 EIXO DE CONTEDOS TERICO-PRTICOS. ................................................ 45 3.5 MATRIZ CURRRICULAR. ................................................................................... 45

    3.5.1 Disciplinas Obrigatrias. .......................................................................... 50 3.5.2 Disciplinas Optativas. ............................................................................... 53 3.5.3 Laboratrio de Monografia. ...................................................................... 55

  • 6

    3.5.4 Monografia. .............................................................................................. 56 3.5.5 Normas para Elaborao de Monografia do Curso de Cncias Econmicas. ..................................................................................................... 57 3.5.6 Ficha de avaliao do TCC. ..................................................................... 66

    3.6 EQUIVALNCIA ENTRE MATRIZES CURRICULARES ANTERIOR E ATUAL. 73 3.7 Estgio Supervisionado. ...................................................................................... 75

    3.7.1 Objetivos Especficos do Curso. .............................................................. 77 3.7.2 Concepes Pedaggicas do Curso. ....................................................... 78 3.7.3 Metodologia. ............................................................................................ 79 3.7.4 Resultados a serem alcanados. ............................................................. 82

    3.8 ATIVIDADES COMPLEMENTARES. .................................................................. 83 3.9 AVALIAO DO ENSINO-APRENDIZAGEM. .................................................... 85 3.10 EMENTRIOS. .................................................................................................. 86 IV- POLTICAS ADOTADAS .................................................................................. 151 4.1 POLTICAS DE RECURSOS HUMANOS. ........................................................ 151 4.2 POLTICAS DE PS-GRADUAO. ................................................................ 151

    4.2.1 Princpios Norteadores........................................................................... 152 4.2.2 Implementao. ..................................................................................... 152

    4.3 POLTICA DE EXTENSO . .............................................................................. 153 4.3.1 Princpios Norteadores........................................................................... 153 4.3.2 Forma de Participao. .......................................................................... 155

    V- CONDIES DE FUNCIONAMENTO ............................................................... 169 5.1 QUADRO DOCENTE. ....................................................................................... 169 5.2 QUADRO TCNICO-ADMINISTRATIVO. ......................................................... 169 5.3 POLTICA DE QUALIFICAO DOCENTE E REGIME DE TRABALHO. ........ 170 5.4 CORPO DOCENTE, TITULAO E LTMAS DISCIPLINAS LECIONADAS. .. 172 5.5 INSTALAES E RECURSOS DE INFRAESTRUTURA. ................................ 177 5.6 ACERVO BIBLIOGRFICO. ............................................................................. 179 REFERNCIAS. ...................................................................................................... 182 ANEXOS. ................................................................................................................ 183 ANEXO I REGULAMENTO DA ORGANIZAO E FUNCIONAMENTO DO CURSO DE ECONOMIA (CAMPUS DE ASS) ...................................................... 184 ANEXO II - RELAO DE MONOGRAFIAS DOS LTIMOS TRS ANOS. ........... 187 ANEXO III- ALUNOS E PARTICIPANTES DO CURSO DE DISSEMINDORES DE GESTO AMBIENTAL. ........................................................................................... 195 ANEXO IV ACERVO DE ECONOMIA SETORIAL DE ASS. .......................... XXX APNDICES ........................................................................................................ 211 APNDICE I CPIA DO ATO OFICIAL DE RECONHECIMENTO ...................... 211 APNDICE II RESOLUO 01/2012 CEE/CES/RN DE 01-08-2012 ................ 211 APNDICE III CURRICULO LATTES DO COORDENADOR DO CURSO .......... 211 APNDICE IV ATA DO DEPARTAMENTO (04/07/2013) ................................... 211

  • 7

    APRESENTAO ___________________________________________________________________

    O presente documento constitui-se no Projeto Poltico do Curso de

    Bacharelado em Cincias Econmicas do Campus Avanado Prefeito Walter de S

    Leito, da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, e tem como

    preocupao central a construo de elementos de aperfeioamento das prticas

    pedaggicas e de melhoria acadmica do curso de bacharelado em Cincias

    Econmicas, frisando que este projeto enseja a plena articulao entre ensino,

    pesquisa e extenso, considerando os aspectos de complementaridade entre cada

    uma destas dimenses, na formao do cientista social em cincias econmicas.

    Neste sentido, o projeto entendido como um instrumento de interveno no

    somente pedaggico, mas tambm poltico, na medida em que nele se articula certo

    perfil do curso, cuja compreenso a interao com a realidade regional e local no

    qual se desenvolve.

    Nesse sentido, Veiga (1997, p.13) define o projeto poltico-didtico-

    pedaggico como um processo permanente de reflexo e discusso dos problemas

    da escola, na busca de alternativas viveis efetivao de sua intencionalidade, que

    no descritiva ou constativa, mas construtiva. Assim sendo, o projeto poltico-

    didtico-pedaggico trata-se de um instrumento de constituio e aperfeioamento

    de nossa prtica institucional, informando e construindo um curso de economia de

    qualidade e comprometido com os interesses reais e coletivos da populao de toda

    a circunferncia da regio do Vale do Au1.

    Contudo, faz-se necessrio salientar as bases que fundamentam este Projeto

    tais como:

    A Resoluo n 11/84, do Ministrio da Educao e Cultura - MEC, bem como

    o Parecer n 375/81, que embasou, e que at hoje delineia os parmetros de todos

    os cursos de Economia do pas, enquanto no so editadas novas diretrizes para as

    matrizes curriculares dos cursos superiores, ora em discusso no mbito do CNE

    Conselho Nacional de Educao.

    1 Seguindo as normas estabelecidas na sugesto (acordo ortogrfico de janeiro de 1942), a palavra

    Au grafada com diz respeito microrregio e ao rio.

  • 8

    I DADOS DO CURSO

    1.1 IDENTIFICAO

    1.1 .1 Instituio Mantenedora:

    Fundao Universidade do Estado do Rio Grande do Norte FUERN

    CNPJ: 08.258.295/0001

    Rua Almino Afonso, 478, Centro - CEP 59610-210 Mossor/RN

    Fone: (84) 315-2148 Fax: (84) 315-2108

    e-mail: [email protected]

    PRESIDENTE: Prof. Milton Marques de Medeiros -

    Espcie societria: no lucrativa.

    1.1.2 Instituio Mantida:

    Universidade do Estado do Rio Grande do Norte UERN

    CNPJ: 08.258.295/0001

    Campus Universitrio Central

    BR 110, Km 46, Rua prof. Antnio Campus, S/N - Bairro Costa e Silva

    CEP 59.633-010 Mossor/RN

    Fone: (84) 3315-2148 Fax: (84) 3315-2108

    Home-page: www.uern.br e-mail: reitoria@uern

    DIRIGENTE: Prof. Milton Marques de Medeiros

    Ato de Credenciamento: Portaria n 874/MEC de 17/06/1993

    1.1.3 Denominao do Curso:

    Cincias Econmicas

    Tipo: Graduao

    Modalidade: Bacharelado

    rea de Conhecimento: Cincias Humanas e Sociais.

    1.1.4 Dados da Base legal.

    Autorizao de Funcionamento: Ato de Reconhecimento: 05 de maro de

    1968, pelo Decreto do MEC n. 62.348/68.

    1.1.5 Dados sobre o Curso:

    Periodicidade de ingresso no curso: Anual

    mailto:[email protected]://www.uern.br/mailto:reitoria@uern

  • 9

    Nmero de vagas oferecidas: 40 (quarenta)

    Regime de Matrcula: nico, com inscries em disciplinas semestralmente.

    Turno de Funcionamento: Noturno

    Nmero mximo de alunos inscritos por disciplina: 50 (cinqenta)

    Carga horria total do Curso: 2.760 (duas mil setecentos e sessenta) horas

    Regime escolar: semestral

    Sistema de organizao: crditos

    Perodo mnimo mdio para integralizao do currculo: 5 anos 10 semestres.

    Perodo mximo para integralizao do currculo: 7 anos/ 14 semestres.

    1.1.6 Local de Funcionamento:

    Campus Avanado Prefeito Walter de S Leito CAWSL

    Rua Sinhazinha Wanderley, 871, Centro - CEP: 59.650-000 Ass/RN2

    Telefax: (84) 3331-2411- Homepage: http://www.uern.br

    E-mail: [email protected]

    1.1.7 Mecanismos de ingresso no Curso

    As formas de acesso ao Curso de Graduao em Economia esto definidas

    pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte por meio de critrios de

    seleo e admisso nos seguintes processos:

    Processo Seletivo Vocacionado PSV: de natureza vocacionada por grupos

    de disciplinas afins aos cursos ofertados, objetivando a classificao de

    candidatos que tenham concludo o ensino mdio, ou equivalente, para o

    preenchimento de vagas iniciais nos cursos de graduao;

    Exame Nacional do Ensino Mdio ENEM: processo de carter voluntrio,

    realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais -

    INEP, rgo do Ministrio da Educao - MEC. Objetiva avaliar o

    desempenho do aluno no trmino da escolaridade bsica, para aferir o

    desenvolvimento das competncias fundamentais ao exerccio da cidadania,

    2 A palavra ASS grafada com dois s e acento agudo no u diz respeito cidade/municpio de Ass

    deacordo com a Lei n 124 de 16 de outubro de 1845 que Elevou categoria de Cidade a Villa

    Nova da Princeza, com a denominao de Cidade do Ass. Portanto, um nome prprio que deriva

    da citada Lei e que at a presente data no foi alterada.

    http://www.uern.br/mailto:[email protected]

  • 10

    sendo realizado de forma complementar para acesso aos cursos de

    graduao da UERN, na forma estabelecida em normas vigentes.

    Processo Seletivo de Vagas No Iniciais Disponveis PSVNID, atravs de:

    Transferncia Interna: destinada ao aluno regular da UERN que

    pretende remanejamento entre campi, ncleo, turno ou curso;

    Transferncia Externa: consiste na aceitao de aluno

    regularmente matriculado em curso autorizado ou reconhecido

    pelo Conselho competente de outra IES;

    Retorno: consiste na aceitao de portador de diploma de

    graduao reconhecido pelo Conselho competente para

    obteno de novo ttulo ou nova modalidade/habilitao;

    O ingresso de estudantes na UERN ocorre, ainda, nas seguintes situaes:

    Transferncia escolar ex-oficio: assegurada ao aluno egresso de outra

    Instituio de Ensino Superior congnere (estabelecimento de ensino

    vinculado ao poder pblico, de carter federal ou estadual). Direito de

    ingressar na UERN, a qualquer poca do ano e independente da existncia

    de vaga no curso pleiteado ou curso afim, conforme os termos da Lei N

    9.536/97, de 11/12/1997, que regulamenta o pargrafo nico do art. 49 da Lei

    N 9.394/96, de 20/12/1996 e Resoluo N 040/2004-CONSEPE, de

    11/11/2004.

    Na condio de Aluno Especial, por meio de:

    a) Matrcula em disciplinas isoladas: aberta a portadores de diploma de curso

    de graduao, dependendo da existncia de vaga na disciplina pleiteada e

    do parecer da Direo da respectiva Unidade Universitria, sendo

    permitida a inscrio em at duas disciplinas por semestre, no podendo

    ultrapassar quatro semestres letivos consecutivos ou alternados, e oito

    disciplinas.

    b) Garantia temporria da continuidade dos estudos para aluno regular de

    curso de graduao vinculado outra IES: permitida a inscrio em at

    duas disciplinas por semestre, no podendo ultrapassar quatro semestres

    letivos consecutivos ou alternados, e oito disciplinas. concedida

  • 11

    mediante comprovao de necessidade para tratamento de sade,

    nomeao, transferncia de emprego, vivenciar experincia de estgio

    e/ou convnio tcnico-cientfico.

    1.1.8 Demanda profissional:

    A UERN tem assumido ao longo de sua histria a oferta de cursos de

    graduao como sua atividade principal de educao superior. Os cursos ofertados

    objetivam atender s exigncias de formao profissional e de acesso a outros

    nveis de educao superior, conforme as demandas de qualificao profissional no

    universo de atuao da Universidade. Desta forma, a demanda por profissionais

    formados em economia difusa e complexa. Relaciona-se, estritamente, com o

    carter plural da cincia e a complexidade do seu objeto, conforme orientao

    sugerida pela formao do economista. Por isso mesmo, o economista encontra um

    mercado de trabalho amplo. Trata-se de um profissional que busca compreender,

    modelar e prever o comportamento dos indivduos, instituies e

    os fenmenos econmicos. O alto status dos economistas ou Cientistas Econmicos

    perante a sociedade resultado da quantidade de informao que

    o estudante recebe durante o curso superior. A capacidade de entender

    fluxos financeiros, prever tendncias mercadolgicas e gerir investimentos de

    maneira precisa so algumas das qualidades que os permitem atuarem em qualquer

    rea financeira.

    No mercado de trabalho, uma das principais funes do economista

    explicar os fenmenos econmicos usando as ferramentas que a cincia

    econmica (ou economia) oferece de acordo com cada escola de pensamento.

    O campo de atuao do bacharel em cincias econmicas bastante amplo,

    englobando todos os setores da economia. No setor privado, economistas

    profissionais encontram emprego como consultores, principalmente nos

    setores bancrio e de finanas. As atividades envolvem o estudo da formao de

    preos de venda, potencialidade de consumo, ponto de equilbrio, rentabilidade e

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Indiv%C3%ADduohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Institui%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Fen%C3%B4menohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Economiahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Statushttp://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedadehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Informa%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Estudantehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Curso_superiorhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Financeirohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Mercado_de_trabalhohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncia_econ%C3%B4micahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncia_econ%C3%B4micahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncia_econ%C3%B4micahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Bacharelhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Consultorhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Bancohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Finan%C3%A7a

  • 12

    estratgias para aplicao de recursos financeiros excedentes ou ainda clculos

    para financiamentos de longo prazo, etc.

    No estado do Rio Grande do Norte, mais especificamente na microrregio do

    Vale do Au, a insero do profissional economista no mercado de trabalho d-se,

    na iniciativa pblica e privada. Os economistas que conseguem espao no mercado

    de trabalho cada vez mais exigente ocupam postos de direo em empresas de

    diferentes portes. Outra atividade que tambm absorve o economista o

    desenvolvimento de consultorias, tanto ao setor pblico quanto ao setor privado.

    O setor pblico continua sendo o empregador do profissional formado em

    economia, e com o seu dinamismo absorve uma parcela de profissionais egressos.

    Por fim, outra atividade que tem demandado profissionais de economia nos

    ltimos anos o exerccio da docncia, sobretudo do ensino superior, que tem

    crescido significativamente.

    Podemos afirmar que a profisso do Economista alcanou o seu pice a partir

    dos anos setenta do sculo XX, de forma que a demanda por profissionais com essa

    formao relativamente estvel, ficando o afastamento desse equilbrio como

    resultado de mudanas conjunturais do mercado de trabalho.

    1.2 JUSTIFICATIVA

    O Curso de Cincias Econmicas (bacharelado) em todo o mundo tem

    passado por importantes transformaes ao longo do tempo. Nas mais diversas

    escolas tm sido discutidos, persistentemente, os novos paradigmas de sustentao

    terico-metodolgica das Cincias Econmicas, assim como o perfil adequado do

    economista. As transformaes do mundo moderno e a concorrncia entre cursos

    superiores e at mdios correlacionados com economia fazem com que haja

    uma preocupao constante dos gestores desses cursos no sentido de se achar

    solues adequadas para os dilemas recorrentes. Tal esforo tem como objetivo

    estimular a demanda e alcance social do curso de Economia, ou seja, seu

    reconhecimento enquanto instrumento de formao de profissionais com insero

    adequada no mercado de trabalho.

    No entanto, faz-se necessrio que se d continuidade a este esforo de um

    modo mais profundo, ou seja, que haja um processo de reestruturao do curso, que

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Financiamento

  • 13

    sejam discutidas as implicaes dessa mudana e que exista uma poltica firme e

    contnua para o seu melhoramento.

    Nesse sentido, justifica-se a reformulao do Curso de Cincias Econmicas

    de Ass, uma vez que este oferecido pela UERN, instituio pblica, a qual tem

    como pauta das suas aes administrativas a responsabilidade social e o

    compromisso com a eficincia e eficcia dos recursos pblicos investidos na busca

    da melhoria na qualidade do ensino, da pesquisa e da extenso. Os fundamentos

    bsicos para as mudanas ocorridas encontram-se na RESOLUO N 4, DE 13

    DE JULHO DE 20073, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de

    Graduao em Cincias Econmicas, modalidade Bacharelado.

    Art. 1 A presente Resoluo institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduao em Cincias Econmicas, bacharelado, a serem observadas pelas Instituies de Educao Superior em sua organizao curricular. Art. 2 A organizao do Curso de Graduao em Cincias Econmicas, observadas as Diretrizes Curriculares Nacionais e os Pareceres desta Cmara, indicar claramente os componentes curriculares, abrangendo o perfil do formando, as competncias e habilidades, os contedos curriculares e a durao do curso, o regime de oferta, as atividades complementares, o sistema de avaliao, o estgio curricular supervisionado, em carter opcional e o Trabalho de Curso, como componente obrigatrio da Instituio, sem prejuzo de outros aspectos que tornem consistente o Projeto Pedaggico. 1 O Projeto Pedaggico do Curso de Graduao em Cincias Econmicas, com suas peculiaridades, seu currculo pleno e sua operacionalizao, abranger, sem prejuzo de outros, os seguintes elementos estruturais: I - concepo e objetivos gerais do curso, contextualizados em relao s suas inseres institucionais, poltica, geogrfica e social; II - condies objetivas de oferta e a vocao do curso; III - cargas horrias das atividades didticas e da integralizao do curso; IV - formas de realizao da interdisciplinaridade; V - modos de integrao entre teoria e prtica; VI - formas de avaliao do ensino e da aprendizagem; VII - modos da integrao entre graduao e ps-graduao, quando houver; VIII - incentivo pesquisa, como necessrio prolongamento da atividade de ensino e como instrumento para a iniciao cientfica;

    3BRASIL. Conselho Nacional de Educao. Resoluo CES/CNE n 4 de 13 de julho de 2007.

    Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduao em Cincias Econmicas, Bacharelado, e d outras providncias. Braslia, 2007.

  • 14

    IX - regulamentao das atividades relacionadas com trabalho de curso, como componente obrigatrio a ser realizado sob a superviso docente; X - concepo e composio das atividades de estgio curricular supervisionado opcional, contendo suas diferentes formas e condies de realizao, observado o respectivo regulamento; e XI - concepo e composio das atividades complementares. 2 Com base no princpio de educao continuada, as IES podero incluir no Projeto Pedaggico do curso o oferecimento de cursos de ps-graduao lato sensu, nas respectivas Resolues do CNE/CES 4/2007. Dirio Oficial da Unio, Braslia, 16 de julho de 2007, Seo 1, pp. 22,23. modalidades, de acordo com o surgimento de novos ramos econmicos, e de aperfeioamento, de acordo com as efetivas demandas do desempenho profissional. 3 Na elaborao do Projeto Pedaggico do Curso de Graduao em CinciasEconmicas devero ser observadas as seguintes exigncias: I - comprometimento com o estudo da realidade brasileira, sem prejuzo de uma slida formao terica, histrica e instrumental; II - pluralismo metodolgico, em coerncia com o carter plural das cincias econmicas formadas por correntes de pensamento e paradigmas diversos; III - nfase nas inter-relaes dos fenmenos econmicos com o todo social em que se insere; e IV - nfase na formao de atitudes, do senso tico para o exerccio profissional e para a responsabilidade social, indispensvel ao exerccio futuro da profisso. Art. 3 O curso de graduao em Cincias Econmicas deve ensejar, como perfil desejado do formando, capacitao e aptido para compreender as questes cientficas, tcnicas, sociais e polticas relacionadas com a economia, revelando assimilao e domnio de novas informaes, flexibilidade intelectual e adaptabilidade, bem como slida conscincia social indispensvel ao enfrentamento de situaes e transformaes poltico-econmicas e sociais, contextualizadas, na sociedade brasileira e no conjunto das funes econmicas mundiais. Pargrafo nico. O Bacharel em Cincias Econmicas deve apresentar um perfil centrado em slida formao geral e com domnio tcnico dos estudos relacionados com a formao terico-quantitativa e terico-prtica, peculiares ao curso, alm da viso histrica do pensamento econmico aplicados realidade brasileira e ao contexto mundial, exigidos os seguintes pressupostos: I - uma base cultural ampla, que possibilite o entendimento das questes econmicas no seu contexto histrico-social; II - capacidade de tomada de decises e de resoluo de problemas numa realidade diversificada e em constante transformao; III - capacidade analtica, viso crtica e competncia para adquirir novos conhecimentos; e IV - domnio das habilidades relativas efetiva comunicao e expresso oral e escrita. Art. 4 Os cursos de graduao em Cincias Econmicas devem possibilitar a formao profissional que revele, pelo menos, as seguintes competncias e habilidades:

  • 15

    I - desenvolver raciocnios logicamente consistentes; II - ler e compreender textos econmicos; III - elaborar pareceres, relatrios, trabalhos e textos na rea econmica; IV - utilizar adequadamente conceitos tericos fundamentais da cincia econmica; V - utilizar o instrumental econmico para analisar situaes histricas concretas; VI - utilizar formulaes matemticas e estatsticas na anlise dos fenmenos socioeconmicos; e VII - diferenciar correntes tericas a partir de distintas polticas econmicas. Art. 5 Os cursos de graduao em Cincias Econmicas devero contemplar, em seus projetos pedaggicos e em sua organizao curricular, contedos que revelem inter-relaes com a realidade nacional e internacional, segundo uma perspectiva histrica e contextualizada dos diferentes fenmenos relacionados com a economia, utilizando tecnologias inovadoras, e que atendam aos seguintes campos interligados de formao: I - Contedos de Formao Geral, que tm por objetivo introduzir o aluno ao conhecimento da cincia econmica e de outras cincias sociais, abrangendo tambm aspectos da filosofia e da tica (geral e profissional), da sociologia, da cincia poltica e dos estudos bsicos e propeduticos da administrao, do direito, da contabilidade, da matemtica e da estatstica econmica; II - Contedos de Formao Terico-Quantitativa, que se direcionam formao profissional propriamente dita, englobando tpicos de estudos mais avanados da matemtica, da estatstica, da econometria, da contabilidade social, da macroeconomia, da microeconomia, da economia internacional, da economia poltica, da economia do setor pblico, da economia monetria e do desenvolvimento socioeconmico; III - Contedos de Formao Histrica, que possibilitem ao aluno construir uma base cultural indispensvel expresso de um posicionamento reflexivo, crtico e comparativo, englobando a histria do pensamento econmico, a histria econmica geral, a formao econmica do Brasil e a economia brasileira contempornea; e IV - Contedos Terico-Prticos, abordando questes prticas necessrias preparao do graduando, compatveis com o perfil desejado do formando, incluindo atividades complementares, Monografia, tcnicas de pesquisa em economia e, se for o caso, estgio curricular supervisionado. Pargrafo nico. Para os contedos de Formao Geral, de Formao Terico Quantitativa, de Formao Histrica e Trabalho de Curso dever ser assegurado, no mnimo, o percentual de 50% da carga horria total do curso, a ser distribudo da seguinte forma: - 10% da carga horria total do curso aos contedos de Formao Geral, referentes ao inciso I supra; - 20% da carga horria total do curso aos contedos de Formao Terico Quantitativa, referentes ao inciso II supra; - 10% da carga horria total do curso aos contedos de Formao Histrica, referentes ao inciso III supra;

  • 16

    - 10% da carga horria total do curso envolvendo atividades acadmicas de formao em Metodologia e Tcnicas da Pesquisa em Economia e Trabalho de Curso. Todas as unidades de estudos listadas nos incisos I, II e III acima, correspondentes formao bsica do Economista, devero constar nos currculos e projetos pedaggicos. Assim fica garantida s Instituies de Educao Superior liberdade para utilizar os outros 50% da carga horria dos cursos segundo seus projetos pedaggicos, paradigmas tericos preferenciais e peculiaridades regionais. Art. 6 A organizao curricular do curso de graduao em Cincias Econmicas estabelecer expressamente as condies para a sua efetiva concluso e integralizao curriculares, de acordo com os seguintes regimes acadmicos que as Instituies de Educao Superior adotarem: regime seriado anual; regime seriado semestral; sistema de crditos com matrcula por disciplina ou por mdulos acadmicos, observada a pr-requisitao que vier a ser estabelecida no currculo, atendido o disposto nesta Resoluo. Art. 7 O Estgio Supervisionado um componente curricular opcional da Instituio, direcionado consolidao dos desempenhos profissionais desejados, inerentes ao perfil do formando, devendo a Instituio que o adotar, submeter o correspondente regulamento com suas diferentes modalidades de operacionalizao, aprovao de seus colegiados superiores acadmicos. 1 O Estgio de que trata este artigo poder ser realizado na prpria Instituio, mediante laboratrios que congreguem as diversas ordens prticas, correspondentes aos diferentes pensamentos econmicos, modelos e propostas, estruturados e operacionalizados de acordo com regulamentao prpria prevista no caput deste artigo. 2 As atividades do Estgio Supervisionado devero ser reprogramadas e reorientadas de acordo com os resultados terico-prticos gradualmente revelados pelo aluno, at que os responsveis pelo estgio curricular possam consider-lo concludo, resguardando, como padro de qualidade, os domnios indispensveis ao exerccio da profisso. Art. 8 As Atividades Complementares so componentes curriculares que possibilitam o reconhecimento, por avaliao, de habilidades, conhecimentos, competncias e atitudes do aluno, inclusive adquiridas fora do ambiente escolar, abrangendo estudos e atividades independentes, transversais, opcionais, de interdisciplinaridade, especialmente nas relaes com o mundo do trabalho, com os diferentes modelos econmicos emergentes no Brasil e no mundo e as aes de extenso junto comunidade. Pargrafo nico. As atividades complementares se constituem componentes curriculares enriquecedores e implementadores do prprio perfil do formando, sem que se confundam com estgio curricular supervisionado. Art. 9 As Instituies de Educao Superior devero adotar formas especficas e alternativas de avaliao, internas e externas, sistemticas, envolvendo todos quantos se contenham no processo

  • 17

    do curso, centradas em aspectos considerados fundamentais para a identificao e consolidao do perfil do formando. Pargrafo nico. Os planos de ensino, a serem fornecidos aos alunos antes do incio de cada perodo letivo, devero conter, alm dos contedos e das atividades, a metodologia do processo de ensino-aprendizagem e os critrios de avaliao a que sero submetidos e a bibliografia bsica. Art. 10. O Trabalho de Curso deve ser entendido como um componente curricular obrigatrio da Instituio a ser realizado sob a superviso docente. Pargrafo nico. O Trabalho de Curso, referido no caput, dever compreender o ensino de Metodologia e Tcnicas de Pesquisa em Economia e ser realizado sob superviso docente. Pode envolver projetos de atividades centrados em determinada rea terico-prtica ou de formao profissional do curso, que rena e consolide as experincias em atividades complementares, em consonncia com os contedos tericos estudados. desejvel que tenha o formato final de uma Monografia, obedecendo s normas tcnicas vigentes para efeito de publicao de trabalhos cientficos, que verse sobre questes objetivas, baseando-se em bibliografia e dados secundrios de fcil acesso. Art. 11. A carga horria dos cursos de graduao ser estabelecida em Resoluo da Cmara de Educao Superior. Art.12. As Diretrizes Curriculares Nacionais desta Resoluo devero ser implantadas pelas Instituies de Educao Superior, obrigatoriamente, no prazo mximo de dois anos, aos alunos ingressantes, a partir da publicao desta. Pargrafo nico. As IES podero optar pela aplicao das DCN aos demais alunos do perodo ou ano subsequente publicao desta. Art. 13. Esta Resoluo entrar em vigor na data de sua publicao, ficando revogada a Resoluo CNE/CES n 7, de 29 de maro de 2006.

    O curso apresenta uma grade curricular em consonncia com as Diretrizes

    Curriculares Nacionais do Curso de Graduao em Cincias Econmicas, permitindo

    aos futuros bacharis a capacidade de apreenderem as transformaes polticas,

    econmicas e sociais da sociedade brasileira, inseridas no conjunto das funes

    econmicas globalizadas.

    Neste projeto, procurou-se claramente delinear os elementos que lastreiam,

    dentre outros, a concepo originria do curso, suas peculiaridades,

    contextualizao, adequao e operacionalizao de avaliao, alm de um

    currculo elaborado em conformidade com parmetros nacionais. Para esse fim foi

    ento formada uma comisso com todos os professores do Departamento de

    Economia do CAWSL/Ass para a execuo das atividades necessrias

    reformulao.

  • 18

    1.3 HISTRICO DO CURSO

    O curso de Bacharel em Cincias Econmicas da Universidade do Estado do

    Rio Grande do Norte tem como marco inicial a cidade de Mossor-RN, na forma da

    Lei n. 7.761, de 15-12-99, com sede poltico-administrativa na referida cidade, e

    sede acadmico-pedaggica em todo o territrio do estado do Rio Grande do Norte,

    e criada pela Lei Municipal n. 20/68, de 28-09-68, autorizada a funcionar pelo

    Decreto Estadual n. 5.025, de 11-11-68, alm de incorporada ao Sistema Estadual

    de Ensino pela Lei n. 5.546, de 08-01-87. A UERN uma Instituio de Ensino

    Superior mantida pela Fundao Universidade do Estado do Rio Grande do Norte -

    FUERN, nos termos do Decreto Estadual n. 9.855, de 21-07-87, reconhecida pelo

    Conselho Federal de Educao, Parecer n. 277/93, de 04-05-93, e homologada

    pelo Ministro da Educao e do Desporto - MEC, pela Portaria n. 874/93, de 17-06-

    93.

    Dada a necessidade de expanso do curso, em 20 de setembro de 1974,

    atravs do Ato Executivo de n 0007/74/CP/FURRN, foi criado o Campus Avanado

    Prefeito Walter de S Leito (CAWSL) na gesto do Reitor Professor Francisco

    Canind Queiroz e Silva. O seu funcionamento teve incio no dia 1 de maro de

    1975, na Escola Estadual Tenente Coronel Jos Correia, situada Rua Coronel

    Wanderley.

    Atualmente o CAWSL funciona Rua Sinhazinha Wanderley, 871. Seu terreno

    tem uma rea total de 5.569,74 m2, com 1.247 m2 de rea construda, dispe de

    infraestrutura composta para setor administrativo, biblioteca setorial e salas de aula,

    nele funcionando os seguintes cursos de graduao: Cincias Econmicas, Letras,

    Pedagogia, Histria e Geografia, sendo tambm estes os cinco departamentos do

    Campus. O Departamento do Curso de Cincias Econmicas est constitudo por 10

    docentes com o ttulo de mestre que praticam o exerccio do ensino, da pesquisa e

    da extenso, e dois outros docentes graduados que esto cedidos a outras

    Instituies. No tocante ao universo discente tem-se aproximadamente 180 alunos,

    matriculados em diferentes perodos.

    A infraestrutura do Campus de Ass contempla uma biblioteca setorial com

    um acervo e 2.926 ttulos e 5.498 exemplares, 05 salas de aulas, 01 sala do

  • 19

    departamento, 01 sala para reunies, 01 copa e um auditrio comum a todos os

    departamentos. Vale ressaltar que os alunos e professores deste Campus tambm

    tm sua disposio a Biblioteca Central da UERN, que se localiza no Campus

    Central, em Mossor-RN.

    O Curso de Economia do Campus de Ass tornou-se importante, desde a sua

    criao, pela oportunidade de formao na categoria bacharelado. At 2012, foram

    contabilizados 560 alunos que tornaram-se economistas e atuam nos mais

    diversificados setores do mercado de trabalho e/ou trabalham em atividades

    gerenciando seu prprio negcio.

    Isto posto, evidencia-se a importncia do curso para este municpio, para o

    Vale do Au e para outros espaos geogrficos no entorno da regio, pois se trata

    de uma regio detentora de enormes potencialidades naturais, sendo tambm

    ambientalmente frgil e socialmente vulnervel, conforme revela seu baixo ndice de

    Desenvolvimento Humano IDH. Alm disso, o modelo produtivo instalado aqui

    requer um esforo cada vez maior dos profissionais que so formados por essa

    Instituio. Consolidam ainda a importncia do curso o modelo produtivo do

    agronegcio desenvolvido aqui em escala elevada, a atividade ceramista instaurada

    na regio por mais de trs dcadas, a explorao do petrleo, a extrao de sal

    marinho, o extrativismo da carnaba, a produo de camaro em cativeiro, a pesca

    artesanal em lagoas, audes e barragens, o apoio aos pequenos produtores rurais e

    urbanos e a melhoria da qualidade dos servios pblicos prestados sociedade em

    geral.

    Este Campus tem atrado alunos de vrias cidades da regio e de outras

    cidades prximas. So alunos tanto da cidade de Ass quanto vindos de Afonso

    Bezerra, Alto do Rodrigues, Angicos, Caic, Campo Grande,Carnaubais, Fernando

    Pedroza, Ipanguau, Itaj, Jandus, Lajes, Macau, Para, Porto do Mangue, Pedra

    Preta, Pedro Avelino, Pendncias, Santana do Matos, So Rafael, Tenente

    Laurentino Cruz e Triunfo Potiguar, perfazendo aproximadamente uma populao

    total de 318.662 pessoas, conforme o Censo do IBGE de 20104.

    4 Disponvel em: http://www.ibge.gov.br/cidadesat/link.php?uf=rn

  • 20

    1.4 DESEMPENHO DO CURSO NO PERODO RECENTE

    CONCORRNCIA VESTIBULAR - 2001 A 2012

    ANO N DE CANDIDATOS INSCRITOS

    N DE VAGAS

    CONCORRNCIA CANDIDATO/VAGA

    2001 148 40 3,7

    2002 198 40 4,95

    2003 351 40 8,79

    2004 307 40 7,68

    2005 217 40 5,43

    2006 446 40 11,15

    2007 233 40 5,83

    2008 229 40 5,73

    2009 343 40 8,58

    2010 308 40 7,70

    2011 244 40 6,10

    2012 269 40 6,73

    1.5 MONOGRAFIAS PREMIADAS NO CORECON/RN

    Durante o perodo 2003/2010, alunos do curso de Economia do Campus de

    Ass foram premiados em concursos de Monografias realizados pelo CORECON

    (Conselho Regional de Economia) em parceria com o COFECON (Conselho Federal

    de Economia), conforme desempenho obtido a seguir:

    Ano Colocao Autor Trabalho Universidade

    2003

    2

    Francibeto Dantas Antunes

    Carcinicultura: uma alternativa de restaurao

    produtiva do espao econmico regional potiguar

    UERN ASS/RN

    2003

    3

    Luzia Sayonara E.

    Bezerra

    O diagnstico da Caprinocultura no municio

    de Assu/RN

    UERN

    ASS/RN

    2005

    3 Adriano Ivo da Silva Gomes

    A indstria salineira e a gerao de emprego no municpio de Macau/RN entre as dcadas de 1990 e o inicio do sculo XXI

    UERN

    ASS/RN

    2006

    1

    Maria Idorian de Arajo

    Diagnstico econmico do comrcio varejista do municpio de Assu/RN

    UERN ASS/RN

  • 21

    2007

    1

    Emanoel Luiz Ferreira

    Os Impactos Socioeconmicos da previdncia rural no

    municpio de Jucurutu/RN

    UERN

    ASS/RN

    2007

    2

    Kelly Cristina de Azevedo

    Arajo

    Caracterizao Socioeconmica do

    Assentamento de Reforma Agrria Serra Nova

    localizado no municpio de Florania/RN

    UERN

    ASS/RN

    2008

    1

    Carlos Everton da Silva

    Anlise socioeconmica da atividade apcola do municpio de Lajes no Rio Grande do Norte

    UERN ASS/RN

    2008

    2

    Rusiano Paulino de

    Oliveira

    A previdncia Social Rural e seus impactos na renda das famlias e na economia do

    municpio de So Rafael/RN

    UERN

    ASS/RN

    2011

    1

    3

    Rafaela Cabral de Oliveira

    Glucia Wilanne

    Bezerra de Azevedo

    Anlise Socioeconmica da Indstria da Cermica

    Vermelha, no municpio de Itaj/R

    Poltica de Crdito Rural e Reforma Agrria: uma

    anlise do PRONAF A no assentamento Bom Futuro

    em Campo Grande/RN

    UERN ASS/RN

    UERN ASS/RN

    2012

    2

    Gustavo Alexandre de

    C. Pereira

    Petrleo, royalties e subdesenvolvimento

    econmico no Vale do Au na primeira dcada do

    sculo XXI (2001 a 2010)

    UERN ASS/RN

    1.6 INDICADORES INSTITUCIONAIS

    De 1999 at 2001, o curso foi avaliado pelo MEC e obteve conceito E nos

    trs anos seguidos. Durante o ano de 2006, o curso de economia foi avaliado e

    obteve o conceito C. J em 2009, o resultado foi o seguinte:

  • 22

    Indicadores Institucionais

    ano: municpio: ies: IGC: CI:

    2009 - 71 2.3300

    (3)

    Indicadores de Curso

    curso: 18416 - CINCIAS ECONMICAS Bacharelado

    habilitao: 28597 - CINCIAS ECONMICAS

    ano: municpio: ENADE: IDD: CPC: CC:

    2009 Au/RN 000240100400208

    2.6200 (3)

    3.3000 (4)

    2.1100 (3)

    -

    1.7 NECESSIDADES FORMATIVAS PARA O CURSO

    A histria da criao do Bacharelado em Economia da Universidade do

    Estado do Rio Grande do Norte, no Campus Avanado Prefeito Walter de S leito,

    em Ass-RN, est intimamente ligada economia da regio do Vale do Au,

    constituda por um laboratrio vivo, com riquezas econmicas, as quais vm sendo

    estudadas por este curso e por outros pesquisadores durante alguns anos. Este

    estudo, a cada ano, vem se materializando pela forte demanda de pessoas que

    migram em busca da compra de terras e aqui se estabelecem devido fertilidade de

    suas vrzeas, principalmente na regio onde se localiza os municpios de Ass e

    Ipanguau (Baixo Au).

    Desde o incio da colonizao, essa foi uma rea cobiada para projetos

    agropecurios e extrativos. A regio do Vale do Rio Piranhas-Au composta por 28

    municpios na Paraba, onde o rio nasce, e por 9 municpios no Rio Grande do

    Norte, sendo que Silva (1992, p.13) afirmava que Ao penetrar no Rio Grande do

    Norte passa a ser chamado de Vale do Au, numa clara aluso s extensas e frteis

    vrzeas desse rio nos municpios de Ass e Ipanguau.

    Nesse contexto se materializou, por forte demanda de setores da prpria

    UERN e da sociedade local, a necessidade da criao de um curso na rea de

    economia, direcionado para a formao de profissionais capazes de atuar, tanto no

    desenvolvimento local, quanto no contexto do processo de globalizao que se

  • 23

    impunha regio em virtude da migrao de grandes empresas multinacionais para

    se estabelecerem no Vale do Au.

    Geograficamente, o municpio de Ass se constitui no maior ncleo urbano da

    regio do Vale do Au, com populao de 53.227 mil habitantes. Sua localizao fica

    prxima BR-304, facilitando assim o acesso de transportes os aeroportos de Natal-

    RN e de Fortaleza-CE, ambos com capacidade para receber voos internacionais. A

    sede do municpio fica a 200 km de Natal, capital do Estado e a pouco mais de 200

    km de Fortaleza-CE. A sua localizao considerada estratgica.

    1.8 NECESSIDADE SOCIAL DO CURSO

    O Curso de Economia da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, na

    cidade de Ass, tem grande importncia para a regio do Vale do Au por diversas

    razes:

    1) A regio detentora de enormes potencialidades naturais;

    2) Possui fragilidades ambientais;

    3) Detm baixo ndice de Desenvolvimento Humano - IDH;

    4) A maioria das empresas usam inadequadamente os recursos naturais;

    5) O modelo produtivo do Agronegcio est direcionado para a monocultura,

    e isso prejudica os pequenos e os mdios produtores rurais;

    6) Os municpios auenses carecem de assessoria tcnica, etc.

    Todavia, o Curso de Economia tem passado, ao longo das duas ltimas

    dcadas, por adequaes, aperfeioamentos e capacitaes. Foi realizada uma

    grande discusso interna de avaliao, e a mesma foi alicerada com base na Lei de

    Diretrizes e Base Nacional (9.394/96). A partir das adequaes realizadas, os

    resultados alcanados pelo Departamento de Economia tem sido satisfatrios. Alm

    das participaes de professores em projetos de pesquisas e em congressos

    regionais e nacionais, as investigaes monogrficas feitas pelos alunos egressos

    do curso comearam a ter destaques no cenrio estadual atravs do CORECON

    (Conselho Regional de Economia) do Rio Grande do Norte.

  • 24

    Resultados obtidos: Maiores publicaes pelos docentes; Nmero maior de

    alunos concluintes e bom desempenho no Concurso CORECON/RN de

    Monografias.

    A participao mais efetiva dos professores, dos alunos e da comunidade nos

    projetos desenvolvidos no Departamento tem propiciado melhorias de desempenho.

    Com essa nova metodologia, a sociedade comeou a ver o curso com uma

    concepo renovada de mundo, de homem, de sociedade e de Universidade. O seu

    conceito cresceu, e em resposta relacionada sua demanda, aumentou.

    A partir disso, criou-se a especializao em Economia e Gesto de

    Empresas para complementar a formao acadmica e profissional dos estudantes

    egressos do curso e de outras reas afins. Isso porque o Departamento entendeu

    que a capacitao profissional fundamental, principalmente numa regio de

    enormes potencialidades, tais como a fruticultura irrigada, a pecuria, a pesca, a

    cermica vermelha, a extrao de petrleo e gs natural, a energia elica, a

    carcinicultura, o extrativismo da carnaba, a atividade salineira, o comrcio, o

    turismo, a minerao e a implantao da ZPE do Serto (zona de processamento de

    exportao), que ampliam cada vez mais o espao de oportunidades para os

    profissionais de Economia.

    1.9 O INGRESSO E VAGAS, REGIME ESCOLAR E INTEGRALIZAO DO

    CURSO.

    O ingresso no Curso ocorre por meio do Exame Nacional do Ensino Mdio

    ENEM. Sero oferecidas anualmente 40 vagas no perodo noturno. O regime escolar

    seguido no curso o de crditos, e que adotado em toda a UERN. Cada crdito

    corresponde a 60 horas semestrais de aula em cada disciplina, cumprida com

    regularidade ao longo de um semestre letivo inteiro. Desta forma, uma disciplina de

    quatro crditos representa para o aluno aprovado a integralizao de 60 horas no

    curso. A garantia de adequao de uma seriao lgica e pertinente ao projeto

    pedaggico assegurada atravs do mecanismo de pr-requisitos.

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Fruticulturahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Pecuria

  • 25

    1.10 PERFIL DO ALUNO INGRESSANTE

    A maioria dos estudantes que ingressam no curso de Economia do Campus

    Avanado Prefeito Walter de S Leito no trabalha e tem faixa etria compreendida

    de 16 a 26 anos de idade. Os mesmos dependem de suas famlias e so de cidades

    que compem as regies do Vale do Au, Central, Mdio Oeste, Macau e

    adjacncias.

    Estes, ainda em formao, nos primeiros perodos do curso, ingressam no

    mercado de trabalho, principalmente em rgos pblicos (prefeituras e cmaras

    municipais), setor de servios e outras atividades econmicas.

    Do ponto vista da oferta do curso, este tem atendido s demandas vindas da

    sociedade regional. Por outro lado, como o curso ofertado apenas em horrio

    noturno, compromete sobremaneira o tempo para a realizao de pesquisas,

    monitorias, programas de extenso acadmica e o desenvolvimento curricular.

  • 26

    II CONCEPES TERICO-METODOLGICAS DO CURSO

    2.1 OBJETIVOS DO CURSO

    Formar profissionais capazes de interpretar, analisar e criticar a realidade

    socioeconmica e nela intervirem, embasados no carter pluralista da cincia,

    formada por correntes de pensamentos e paradigmas diversos.

    2.1.1 Objetivos Especficos do Curso

    A exemplo do PDI-UERN que aponta a necessidade de mudanas culturais

    muito significativas na Instituio para a adoo de novas prticas e atitudes, o que,

    pelo dilogo travado sem fronteiras nem impedimentos, durante o processo,

    alimenta em todos a esperana de sua concretizao propem-se os seguintes

    objetivos:

    Melhorar o nvel do curso em questo ampliando o nmero de bolsas de

    monitoria;

    Estimular a criao do grupo do Programa de Educao Tutorial-

    PET/SESu/MEC;

    Desenvolver monografias vinculadas s linhas de pesquisas desenvolvidas

    pelo Grupo de Pesquisa Gesto do Territrio e Desenvolvimento Regional;

    Estimular a produo docente e discente em diferentes reas de pesquisa,

    transformando-a em publicaes, consolidando assim o Grupo de Pesquisa;

    Incentivar a atuao do corpo docente e discente frente aos programas de

    iniciao cientfica junto UERN, a exemplo do PIBIC/UERN;

    Incentivar a publicao de pesquisas em peridicos indexados no sistema

    Qualis da CAPES;

    Realizar eventos no Campus para a divulgao e apresentao dos trabalhos

    de pesquisa;

    Apoiar a participao de docentes e discentes nas semanas universitrias e

    no ENCOPE;

  • 27

    Promover a ps-graduao lato sensu, a fim de oferecer uma formao

    continuada aos seus egressos, atendendo a especificidades necessrias

    sua atuao profissional, tal como referencia o Plano de Desenvolvimento

    Institucional - PDI/UERN;

    Buscar parcerias com instituies pblicas e privadas, no sentido de fomentar

    tais pesquisas, estimulando a participao dos discentes com bolsas de

    estudo;

    Apoiar a qualificao (capacitao) do docente, o que propiciar o mesmo a

    concorrer aos editais de pesquisa, a exemplo do CNPq;

    Criar projetos de extenso que contribuam com as especificidades do curso e

    que sirvam para efetivao de polticas pblicas, visando ao bem estar social;

    Buscar parcerias com instituies pblicas e privadas, no sentido de fomentar

    tais atividades de extenso, estimulando a participao dos discentes com

    bolsas de estudo;

    Estimular a publicao de artigos resultantes das atividades de extenso.

    2.2 PERFIL DO EGRESSO

    O egresso do Curso de Cincias Econmicas do CAWSL apresenta um perfil

    adequado aos recentes requisitos de padro analtico e de competncia crtica

    impostos pelas rpidas transformaes da economia e da sociedade

    contemporneas, e est capacitado a atender s crescentes exigncias do atual

    mercado de trabalho. Assim sendo, o ensino do Curso de Cincias Econmicas do

    CAWSL tem a preocupao central de incorporar, tanto no plano do conhecimento

    da realidade quanto no da ao sobre essa realidade, as profundas transformaes

    vividas nas ltimas dcadas.

    Dentre os atributos do profissional egresso do Curso de Economia do

    CAWSL, podem ser destacados os seguintes: (i) uma base cultural ampla, que lhe

    possibilite o entendimento das questes econmicas inseridas em seu contexto

    histrico-social; (ii) a capacidade de tomada de decises e de resoluo de

    problemas em uma realidade diversificada e em constante

  • 28

    transformao; (iii) capacidade analtica, viso crtica e competncia para adquirir

    novos conhecimentos e; (iv) o domnio das habilidades relativas efetiva

    comunicao, expresso oral e expresso escrita.

    O acompanhamento do egresso ser realizado a partir do acesso ao seu

    Currculo Lattes, bem como do contato telefnico e correspondncia eletrnica. Ser

    ainda realizada verificao dos resultados obtidos pelo egresso nos principais

    concursos pblicos na rea de Economia e nas reas afins.

    2.3 PERFIL DE ATUAO DO ECONOMISTA

    O curso de graduao em Cincias Econmicas deve ensejar a formao de

    profissionais que detenham conhecimentos histricos, habilidade com instrumentos

    analticos e de mensurao dos fenmenos socioeconmicos, embasamento

    tcnico-cientfico, postura tica e uma slida conscincia social, sem perda de

    formao tcnica. Deve ainda ser capaz de compreender e formular polticas para o

    enfrentamento dos problemas scio-econmicos que a diversidade do pais

    apresenta. Desta forma, o economista deve apresentar um perfil centrado em uma

    slida formao geral, formao terico quantitativa prpria do economista, e

    formao histrica do pensamento econmico e da sociedade brasileira. Assim o

    perfil do egresso deve revelar:

    a) Uma base cultural ampla, que possibilite o entendimento das questes

    econmicas no seu contexto histrico-social;

    b) Capacidade de tomada de decises e de resoluo de problemas numa

    realidade diversificada e em constante transformao;

    c) Capacidade analtica, viso critica e competncia para adquirir novos

    conhecimentos;

    d) Domnio das habilidades relativas a uma efetiva comunicao e expresso

    oral e escrita.

    2.4 A PROFISSO DO ECONOMISTA

    A profisso de Economista foi criada pela Lei n. 1.411 de 13 de Agosto de

    1951, regulamentada pelo Decreto n. 31.794 de 17 de novembro de 1952 e

  • 29

    fiscalizada pelos Conselhos Federais e Regionais de Economia. A regulamentao

    vigente diz que: A atividade profissional privativa do Economista exercita-se,

    liberalmente ou no, por estudos, pesquisas, anlises, relatrios, pareceres,

    percias, arbitragens, laudos, certificados, ou por quaisquer atos, de natureza

    econmica ou financeira, inclusive por meio de planejamento, implantao,

    orientao, superviso ou assistncia dos trabalhos relativos s atividades

    econmicas ou financeiras, em empreendimentos pblicos, privados ou mistos. A

    Consolidao da Legislao da Profisso de Economista, que organiza as leis,

    decretos e regulamentaes atuais, pode ser consultada em www.cofecon.org.br.

    As seguintes atividades so consideradas inerentes profisso de economista:

    I. Planejamento, projeo, programao, anlise econmico-financeira de

    investimentos e financiamentos de qualquer natureza, tais como:

    Estudos preliminares de implantao, localizao, dimensionamento,

    alocao de fatores, anlise e pesquisa de mercado;

    Oramentos e estimativas, bem como fixao de custos, preos, tarifas e

    quotas;

    Fluxos de caixa;

    Viabilidade econmica, otimizao, apurao de lucratividade, rentabilidade,

    liquidez e demonstrativo de resultados;

    Organizao;

    Tudo o mais que integre planos, projetos e programas de investimentos e

    financiamentos.

    II Estudos, anlises e pareceres pertinentes macro e microeconomia, tais

    como:

    Planos, projetos, programas, acordos e tratados;

    Contas Nacionais, Produto e Renda Nacional, Renda Familiar e per capita;

    Oferta e Procura Mercados Produtores, revendedores e consumidores

    Poltica Econmico-Financeira nos setores primrio, secundrio e tercirio;

    Poltica Econmico-Financeira de importao e exportao, balana

    comercial, balano de pagamentos e poltica cambial;

    http://www.cofecon.org.br/

  • 30

    Desenvolvimento e crescimento econmico e social;

    Conjuntura, tendncias, variaes sazonais, ciclo e flutuaes;

    Valor e Formao de Preos, Custos e Tarifas;

    Produtividade, lucratividade, rentabilidade, eficincia marginal do capital e

    liquidez;

    Polticas monetria, econmico-financeira, tributria e aduaneira, inclusive

    incentivos;

    Mercado financeiro e de capitais, investimentos, poupana, moeda e crdito,

    financiamento, operaes financeiras e oramentos;

    Ocupao, emprego, poltica salarial, custo de vida, mercado de trabalho e de

    servios;

    Formas de associao econmica, poltica empresarial, situaes

    patrimoniais, fuso, incorporao, transformao de empresas, abertura,

    emisses, redues, reinverses de capital, capitalizao de recursos e

    distribuio de resultados;

    Depreciao, amortizao e correo monetria;

    Estratgia de vendas, canais de distribuio/divulgao, inverses em

    propaganda e "royalties", poltica de estoques e manuteno do capital de giro

    prprio;

    Teorias, doutrinas e correntes ideolgicas de fundo econmico e econmico

    social;

    Tudo o mais que diz respeito Economia e Finanas, exequibilidade,

    rendimentos e resultados econmicos de unidades poltico-administrativas,

    mercados comuns, unies alfandegrias ou quaisquer conglomerados ou

    associaes, empreendimentos e negcios em geral.

    III. Percias (verificao feita por profissional habilitado para constatao minuciosa

    dos fatos de natureza tcnico-cientfica e apurao das provveis causas que deram

    origem a questes de natureza econmica):

    Percias Econmicas, financeiras e de Organizao do Trabalho em Dissdios

    Coletivos;

  • 31

    Percias Econmicas para avaliao de riscos e acidentes ambientais;

    Percias em aes renovatrias;

    Percias e arbitramentos judiciais ou extrajudiciais, compreendendo aquelas o

    exame, a vistoria e a avaliao alm das demais atividades pertinentes ou

    conexas, investigaes e apuraes que envolvam matria de natureza

    econmico-financeira.

    IV. Clculos de liquidao de sentena em processos judiciais

    a) Arbitramentos tcnico-econmicos

    Soluo indicada por profissional habilitado ou a sua deciso para resolver

    pendncia entre proposies ou quantitativos divergentes;

    b) Avaliaes

    Fixao tcnica do valor de um bem ou de um direito;

    Avaliaes Econmico-financeiras de bens ou Empresa;

    Avaliaes Patrimoniais.

    b) Auditoria interna e externa:

    Auditoria de Gesto (exclusive certificar contas) objetiva verificar a

    execuo dos contratos, convnios, acordos ou ajustes, a probidade na aplicao

    do dinheiro pblico e na guarda ou administrao de valores e outros bens.

    Auditoria de Programas objetiva acompanhar, examinar e avaliar a

    execuo de programas e projetos governamentais especficos, bem como a

    aplicao de recursos descentralizados.

    Auditoria Operacional atua nas reas inter-relacionadas do rgo, entidade

    ou empresa, avaliando a eficcia dos seus resultados em relao aos recursos

    materiais humanos e tecnolgicos disponveis, bem como a economicidade e

    eficincia dos controles internos existentes para a gesto dos recursos pblicos

    ou privados.

    Auditoria de Informtica objetiva verificar e avaliar os aspectos de

    segurana dos programas de controle do Sistema de Informtica.

  • 32

    Auditoria Gestional objetiva verificar a adequao da empresa quanto

    formao de polticas de recursos humanos, do plano estratgico e do programa

    de qualidade, nos seus aspectos econmicos e financeiros.

    2.5 COMPETNCIAS E HABILIDADES

    Entende-se por competncias e habilidades, a qualidade de quem capaz de

    apreciar e resolver certos problemas e fazer determinadas coisas. Considerando o

    perfil do economista que se deseja formar, o mesmo deve desenvolver as seguintes

    competncias e habilidades:

    a) Desenvolver raciocnios logicamente consistentes;

    b) Ler e compreender textos econmicos;

    c) Dissertar sobre temas econmicos;

    d) Lidar com conceitos tericos fundamentais da Cincia Econmica;

    e) Utilizar o instrumental econmico para analisar situaes histricas

    concretas;

    f) Utilizar formulaes matemticas e estatsticas na anlise dos fenmenos

    socioeconmicos;

    g) Diferenciar correntes tericas a partir de distintas polticas econmicas;

    h) Elaborar projetos de monografias;

    i) Competncia para atuar nas reas de polticas pblicas, agricultura e

    economia dos recursos naturais e economia e gesto de empresas;

    j) Compreender a problemtica regional do Nordeste, a economia local e a

    sua insero no contexto nacional internacional.

    2.6 PRINCPIOS FORMATIVOS

    O Projeto Pedaggico do Curso de Bacharelado em Cincias Econmicas do

    Campus Avanado Prefeito Walter de S Leito - CAWSL destaca como princpios o

    pluralismo terico-metodolgico, fundamentado na formao histrica, terica,

    tcnico-instrumental e profissional, alm de sua flexibilidade e capacidade de

    oferecer condies de adaptao a diferentes condies regionais e culturais,

    consubstanciadas nas diversas realidades do mercado de trabalho e da reflexo

  • 33

    acadmica. O curso proposto visa ainda a formao humanstica e acadmica, bem

    como a insero de profissionais de elevada capacitao nos exigentes e dinmicos

    mercados de trabalho da atualidade, ensejando um alto nvel dos debates e fruns

    promovidos com a finalidade de buscar e apresentar solues sociedade, s

    empresas humanas e s correes dos desequilbrios no processo de

    desenvolvimento econmico e social do pas.

    2.6.1 Relao teoria e prtica

    O PDI da Instituio ressalta a importncia da sincronicidade entre ensino,

    pesquisa e extenso no aperfeioamento do prprio ensino em geral da UERN. Fica

    patente deste modo que o ensino, sem atividades prticas de pesquisa e extenso,

    fragilizado por falta de evidncias empricas, e com isso, uma disjuno entre

    teoria e prtica. O Departamento de Economia do CAWSL, ao longo do tempo, vem

    desenvolvendo a prtica do trip ensino, pesquisa e extenso, fortalecendo assim o

    curso.

    A relao teoria/prtica desenvolvida por meio das atividades

    complementares, em particular, os projetos em andamento no mbito da Pesquisa e

    Extenso no Departamento de Economia. Os projetos desenvolvidos no curso

    versam sobre:

    PROJETO

    DESENVOLVIDO

    EQUIPE EXECUTORA FINANCIAME

    NTO

    Gesto dos resduos

    slidos produzidos na

    microrregio do Vale do

    Au-RN: anlise sobre o

    potencial do lixo;

    Dr. Francisco F. de Azevedo,

    Ms. Augusto Carlos A.Teixeira,

    Ms.Libnia Maria Braga, Ms. Jaime dos

    Santos da Silva, Ms. Jos Salazar da

    Costa, Ms. Joacir Rufino de Aquino, Ms.

    Raimundo Incio da S.Filho, Ms. Marta

    Aurlia Dantas de Lacerda, Ms. Maurcio

    Miranda e Ms. Fagner Moura da Costa e

    o Prof. Dr. Francisco Afrnio Cmara

    Pereira, diretordo CAWSL.

    Financiamento

    Parcial

    externo

  • 34

    ALUNOS PARTICIPANTES

    Patrcia Batista do Nascimento, Dalmcia

    Arajo Dantas, Angela Maria da Cruz

    Costa, gegrafo Francisco das C. A.

    Xavier (Jandus/RN), Biloga Auriclia

    Patrcia da S. S.Dantas (E.E.J.K/Ass) e

    a Empresa Jnior de Economia e

    Prefeituras do Vale do Au.

    Potencialidades

    econmicas do Ass

    Ms. Raimundo Incio da S. Filho, Ms.

    Jaime dos Santos Silva, Ms. Jos

    Salazar da Costa, Ms. Libnia Maria

    Braga, Ms. Joacir Rufino de Aquino, Ms.

    Marta Aurlia Dantas de Lacerda e Ms.

    Fagner Moura da Costa

    importante salientar que foi a partir de conhecimentos gerados pelos projetos

    supracitados que se deu incio preocupao com o desenvolvimento do Vale do Au e

    com o desenvolvimento regional.

    A realizao em parte dos estudos propiciou a promoo do debate regional em

    duas audincias pblicas. A primeira Audincia Pblica sobre Desenvolvimento

    Sustentvel do Vale do Au, idealizada pelo grupo de pesquisa Gesto do Territrio e

    Desenvolvimento Regional, proposta pelo Deputado Estadual George Soares e

    promovida pela TV Assembleia, foi realizada no dia 14 de outubro de 2011 e teve a

    seguinte exposio:

    TEMAS EXPOSTOS NA AUDINCIA PBLICA I

    1. ASPECTOS GERAIS E CONJUNTURAIS DO VALE DO AU

    (CONTEXTUALIZAO DA REGIO)

  • 35

    Expositor: Prof. Ms. Joacir Rufino de Aquino UERN/ASS.

    2. A ZPE DO SETO COMO INSTRUMENTO INDUTOR DO CRESCIMENTO

    E DO DESENVOLVIMENTO.

    Expositor: Brain Triple Gestor da ZPE.

    3. O POLO CERAMISTA DO VALE DO ASS-SERID

    Expositor: Eurimar Nbrega Leite Presidente da ACEVALE.

    4. OS NOVOS CURSOS PARA A UERN COMO PERSPECTIVA INDUTORA

    DO DESENVOLVIMENTO ECONMICO LOCAL E REGIONAL.

    Expositor: Prof. Milton Marques de Medeiros Magnfico Reitor da UERN.

    TEMAS EXPOSTOS NA AUDINCIA PBLICA II

    1. O TURISMO COMO POTENCIAL ECONMICO REGIONAL

    Expositor: Prof. Ms. Augusto Carlos Avelino Teixeira de Carvalho

    UERN/NATAL

    2. O POTENCIAL HDRICO E PESQUEIRO DO VALE DO AU

    Expositor: Prof. Ms. Antonio Alberto Cortez Departamento Economia

    UFRN.

    3. A QUESTO AMBIENTAL DO VALE DO AU: A SITUAO DOS

    CARNAUBAIS, DO LIXO E DO RIO PIRANHAS-AU.

    Expositor: IDEMA

    4. A ATIVIDADE MINERAL REGIONAL: O PETRLEO, O SAL E O GS

    Expositor: Secretaria de Estado do Desenvolvimento

    5. AS CONDIES DE INFRA-ESTRUTURA DO VALE DO AU: AS

    ESTRADAS, OS RGOS E AS INSTITUIES PBLICAS.

    Expositor: Jos Aldemir Freire Economista e Analista Socioeconmico

  • 36

    do IBGE.

    PROJETOS EM

    DESENVOLVIMENTO

    EQUIPES EXECUTORAS FONTE

    FINANCIADORA

    Finanas pblicas municipais do

    Vale do Au: uma anlise emprica

    do comportamento fiscal e da

    qualidade dos gastos pblicos,

    entre os anos de 2001 a 2010

    Ms.William Gledson e Silva,

    Ms. Raimundo Incio da Silva

    Filho, Ms.Joacir Rufino de

    Aquino, Ms. Jos Salazar da

    Costa, Ms. Rodolfo Ferreira

    Ribeiro da Costa, Ms. Fagner

    Moura da Costa e o aluno

    Francisco Danilo da Silva

    Ferreira.

    Sem

    financiamento

    Mapeamento das cooperativas e

    associaes que desempenham

    atividades econmicas, mercantis

    no Vale do Au luz da economia

    solidria e Avaliao da

    disponibilidade de servios

    pblicos.

    Ms. Fagner Moura da Costa,

    Ms. Jos Salazar da Costa,

    Ms. Libnia Maria Braga, Ms.

    Marta Aurlia Dantas de

    Lacerda, Ms. Maurcio

    Miranda, Ms. Jaime dos

    Santos da Silva, Ms.

    Raimundo Incio da Silva Filho

    e Ms. Joacir Rufino de Aquino

    e os alunos Angela Maria da

    Cruz Costa, Roberto Lus do

    Nascimento Macedo e

    Vanessa de Frana Almeida.

    Sem

    financiamento

    Avaliao das disponibilidades de

    servios pblicos

    Ms. Rodolfo Ferreira Ribeiro

    da Costa, Ms. William Gledson

    e Silva, Ms. Marta Aurlia

    Dantas de Lacerda, Ms.

    Fagner Moura da Costa e a

    aluna Elvira Helena Oliveira de

    Sem

    financiamento

  • 37

    Medeiros.

    Inovao e Crescimento

    Econmico: Uma Aplicao do

    Modelo de Solow para a Regio

    Nordeste e o Brasil no perodo de

    2003 a 2011.

    Ms. Marta Aurlia Dantas de

    Lacerda e os alunos Elvira

    Helena Oliveira de Medeiros e

    Francisco Danilo da Silva

    Ferreira.

    Sem

    financiamento

    Os projetos correntes de pesquisa dos professores do curso, em particular

    aqueles ligados ao Grupo de Pesquisa Gesto do Territrio e Desenvolvimento

    Regional - NUPEG (certificado pela UERN), contam com a colaborao dos alunos

    do curso de economia, e aos poucos essa prtica vai se tornando cada vez mais

    intensa e significativa.

    Uma das metas do curso promover eventos de extenso com frequncia

    regular. Os cursos de extenso so oferecidos para discentes, abertos

    comunidade e permitem uma maior integrao dentre esses segmentos, como

    recomendado pelo PDI da Instituio.

    Tem-se, ainda, em andamento o Curso de Formao de Disseminadores de

    Gesto Ambiental, distribudo em mdulos, e que oportuniza a participao de

    alunos e da comunidade nas atividades de ensino, pesquisa e extenso,

    consideradas de fundamental importncia para formao profissional, conforme

    cronograma anexo.

    2.6.2 Contextualizao

    O curso de graduao em Cincias Econmicas enseja a formao do

    profissional Economista, imbudo de slida conscincia social, indispensvel ao

    enfrentamento das situaes emergentes, na sociedade politicamente organizada.

    Cogita-se formar profissionais capazes de apreenderem as transformaes

    polticas, econmicas e sociais na sociedade brasileira, inseridas no conjunto das

    funes econmicas globalizadas. Desta forma, o bacharel em economia apresenta

    um perfil centrado em slida formao geral e domnio tcnico dos estudos

    relacionados com a formao terico-quantitativa, peculiares ao curso, alm da

  • 38

    viso histrica do pensamento econmico aplicado realidade brasileira e ao

    contexto mundial.

    Os graduados do curso de Cincias Econmicas desenvolvem

    competncias e habilidades para elaborar pareceres e relatrios, utilizar o

    instrumental econmico para analisar situaes histricas concretas, desenvolver

    formulaes matemticas e estatsticas na anlise dos fenmenos scio-

    econmicos, alm de diferenciar correntes tericas a partir de distintas polticas

    econmicas. Entre as diversas reas de atuao do economista, tanto no setor

    pblico quanto no privado, destacam-se as referentes elaborao de estudos de

    viabilidade econmica de projetos, mercado financeiro, consultoria e assessoria

    econmica, estudos mercadolgicos, percias, avaliaes, arbitragens, professor

    universitrio, planejamento econmico e orientao em comrcio exterior.

    2.6.3 Interdisciplinaridade

    A interdisciplinaridade promovida em diversos sentidos: em primeiro lugar,

    incentiva-se o aluno realizao de trabalhos acadmicos que se utilizem de

    tcnicas aprendidas em vrias disciplinas do curso. Alm disso, introduzem-se nas

    vrias disciplinas discusses sobre assuntos pertinentes a outras reas das cincias

    sociais aplicadas e da filosofia sob a tica do aprendido em sala de aula. Desta

    forma, solidifica-se o conhecimento adquirido e produz-se uma viso crtica das

    diversas disciplinas que colaboram para a compreenso dos problemas econmicos

    e do processo de utilizao delas no contexto da anlise econmica.

    2.6.4 Democratizao

    O graduando em Economia trabalhar durante toda a sua faculdade com

    finalidades que se referem, principalmente, aos efeitos intencionalmente pretendidos

    pelo curso, destacando-se a formao geral e bsica de economistas a partir de um

    determinado perfil do curso, como tambm o comprometimento institucional com as

    exigncias gerais e particularidades locais, tendo em conta sua obrigatria condio

  • 39

    de intrprete privilegiado das questes regionais e locais, sem se descuidar da

    necessria anlise e interveno sobre o contexto nacional, o que efetivamente se

    desenvolve com a prtica da pesquisa cientfica e da extenso, elementos

    fundamentais para a real compreenso do sentido de formao acadmica.

    O Curso de Bacharel em Cincias Econmicas dever apresentar um perfil

    eminentemente cientfico antes que meramente tcnico, objetivando tornar o

    Economista um analista que, com base em uma slida formao terica, saiba

    eleger metodologias qualitativas e quantitativas as mais adequadas soluo dos

    problemas que se lhes apresentarem, sem jamais perder de vista o

    comprometimento com o social, com as realidades local, regional e nacional nem

    com a tica profissional. Para tal fim, o curso dever ser voltado, no somente em

    sua grade curricular, mas tambm nas metodologias de apresentao, para a

    discusso e aferio crtica dos contedos programticos voltados compreenso e

    anlise dos problemas regionais, inseridos numa dada realidade de maneira crtica,

    participativa e transformadora, alm das atividades associadas de pesquisa e

    extenso.

    Democratizar o ensino no curso de Economia perpassa pelos princpios que

    norteiam o projeto de formao educacional e profissional do curso, alm da

    abrangncia de uma formao humanstica aliada a uma viso cientfica, que o

    habilite a compreender o fenmeno econmico em suas mltiplas imbricaes com o

    ambiente social, cultural, poltico e ambiental, de modo a capacit-lo a apontar

    iniciativas e propor projetos em um mundo que se caracteriza cada vez mais pela

    interdependncia dos fenmenos, proporcionando uma viso pluralista, em

    coerncia com o carter plural da cincia econmica, formada por correntes de

    pensamento e paradigmas diversos. Esta multiplicidade se expressar no dilogo e

    debate entre os docentes que comunguem de diferentes posies terico-

    metodolgicas, superando a estreiteza das vises unidimensionais, buscando

    um comprometimento com as realidades nacional e regional, para que seu trabalho

    sempre seja voltado para a busca de um projeto de desenvolvimento

    socioeconmico sustentvel para toda a sociedade, no somente para segmentos

    funcionais e regionais da mesma. Assim sendo, torna-se indispensvel um

    slido embasamento cientfico para atuar tanto no Setor Pblico como no Setor

  • 40

    Privado, inclusive incentivando-o a progredir em sua formao, incluindo a formao

    terica, o desenvolvimento do pensamento econmico e as disciplinas auxiliares,

    sobressaindo-se as tcnicas quantitativas aplicadas Economia.

    Sendo assim, a abrangncia do documento leva ao entendimento de que o

    princpio da democratizao permite ao bacharel em Cincias Econmicas

    compreender em sua dimenso formadora e transformadora as possibilidades de

    desenvolvimento integral do homem, tendo em vista os aspectos individual e social,

    que encontra no curso o lcus de preparao do sujeito que a sociedade tecnolgica

    requer, ou seja, um cidado crtico, reflexivo e capaz de transformar a realidade na

    qual se insere.

    Isto posto mostra que a competncia profissional que se pretende formar

    deve estar pautada em princpios de tica democrtica que revelem a dignidade

    humana, a justia, o respeito mtuo, a participao, a responsabilidade, o dilogo e

    a solidariedade que permitam ao indivduo atuar tanto como profissional quanto

    como cidado. Esse entendimento revelador de que a universidade s tem sentido

    se ela tiver, efetivamente, uma prtica social interventiva na realidade, firmada no

    compromisso de transform-la.

    A formao do Cientista em Cincias Econmicas aparece como uma das

    finalidades precpuas, destacando-se a necessria adequao de sua formao

    realidade regional. Neste sentido persegue-se uma "finalidade cultural, ou seja, a de

    preparar culturalmente os indivduos para uma melhor compreenso da sociedade

    em que vivem" (ALVES 1992 apud VEIGA5, 1997), o que atingido por certa

    formao geral. Do mesmo modo deve-se destacar a sua finalidade de formao

    profissional, compreendendo habilidades bsicas a serem desenvolvidas.

    2.6.5 Flexibilizao.

    5VEIGA, Ilma Alencastro (org.). Projeto Poltico-pedaggico da escola: Uma construo possvel.

    Campinas (SP): Papirus, 1997.

  • 41

    Alm das disciplinas listadas, este curso tem uma lista de disciplinas

    optativas, que muitas vezes no se flexibilizam e tornam-se obrigatrias pela falta

    de professores no Departamento para ministrar a disciplina pleiteada pelo discente

    do curso. Segundo Ferreira (1999), a flexibilizao o ato de tornar algo flexvel,

    ou seja, algo que se adapta s circunstncias, que no rgido. As mudanas

    ocorridas no mundo contemporneo atravs do processo de globalizao colocam

    s universidades algumas questes fundamentais para a formao dos

    profissionais desse novo milnio: alm de formar profissionais que venham atender

    s mudanas nas relaes de trabalho e de produo, preciso que estes estejam

    aptos a intervir e contribuir na mudana da realidade, buscando a construo de

    uma sociedade mais justa e democrtica, e isto exige que se adote o princpio da

    flexibilizao enquanto mecanismo para acompanhar as mudanas vigentes e as

    demandas advindas da sociedade por uma formao de profissionais crticos e

    cidados.

    Por outro lado, o Projeto Pedaggico do Curso de Economia prev a

    incluso de disciplinas eleitas para se adequarem realidade regional seus

    problemas e suas carncias, as quais podero fundamentar a formao de

    profissionais deste novo milnio.

    Nossa compreenso curricular est em permitir ao discente participar de

    forma mais ativa na sua formao. Trata-se de uma proposta que aponta para outras

    formas de interao de atuao nas relaes de trabalho e de produo, como

    tambm na atuao de ensino, de aprendizagem, que no mais se restrinjam ao

    espao da sala de aula, mas projetem-se para outras possibilidades geradoras

    quanto segmentao de assuntos a serem discutidos na forma de Seminrios

    Temticos Especiais, voltados para aspectos relevantes do curso. Estes Seminrios

    Temticos tero uma estrutura flexvel, podendo ser ministrados por mais de um

    professor e, na medida do possvel, com a participao de professores convidados

    de outras Universidades com rica experincia na rea temtica, como tambm

    convidar profissionais de empresas privadas e rgos pblicos para relatarem suas

    experincias e discutirem temas afins. Nesse sentido existe uma viso causadora de

    uma viso crtica que permite ao aluno extrapolar a aptido especifica do seu

    campo de atuao profissional (CARVALHO, SANTOS, 2004, p. 86). Assim sendo e

  • 42

    dessa forma, com os Seminrios abre-se tambm a possibilidade do aluno

    ter acesso a vises distintas sobre determinada temtica. Mesmo assim, defende-se

    que a integrao curricular seja garantida por uma matriz que estabelea o melhor

    caminho crtico na disposio cronolgica da sequncia de disciplinas, com o

    respeito aos pr-requisitos.

    A matriz curricular atual reflete apenas parcialmente as necessidades j

    colocadas, sendo fundamental seu aperfeioamento. A flexibilizao curricular

    vertical se expressa atravs da organizao dos conhecimentos em ncleos de

    estudos (projetos/seminrios/fundamentos tericos), os quais possibilitam,

    gradativamente, a apropriao de saberes e competncias inerentes atuao do

    economista, nos mais diversificados espaos de atuao.

    O carter da flexibilizao vertical revela-se ainda na oportunidade de o

    aluno optar por aprofundar conhecimentos requeridos a determinadas reas de

    atuao, como tambm na possibilidade de cada componente curricular

    (disciplinas/atividades) propiciar uma formao voltada para a criatividade e a

    criticidade, subsidiada pela interdisciplinaridade, enquanto exigncia para contribuir

    qualitativamente na formao do cientista econmico, na busca de um perfil do

    egresso, com habilidades consideradas necessrias para um aproveitamento

    adequado de todo o contedo programtico, bem como para um desempenho

    aceitvel do cientista econmico em sua carreira.

    A flexibilizao horizontal decorre do ensino, da pesquisa e da extenso, no

    sentido de inserir o aluno em atividades acadmicas mltiplas (denominadas de

    estudos integradores), que vo alm daquelas concernentes ao espao da sala de

    aula. So atividades como: participao e atuao em eventos cientficos e culturais,

    seminrios, monitorias, palestras, grupos de estudos, dentre outros.

    Atravs do princpio da interdisciplinaridade, busca-se a interao entre as

    diversas reas do saber, permitindo ao aluno um conhecimento global, rompendo

    com a fragmentao do processo do conhecimento. evidente que no estamos

    negando as especialidades de cada disciplina, mas preciso que se entenda que a

    produo do conhecimento pressupe o dilogo entre todas elas, visando

    contribuies mtuas. Portanto, a Universidade precisa se aproximar mais da

  • 43

    sociedade, estar atenta s mudanas e contribuies para a construo de

    alternativas, bem como para a formao de novos profissionais com habilidades e

    competncias capazes de intervir nos problemas relativos sociedade

    contempornea e, particularmente, sociedade local.

    2.6.6 Articulao entre ensino, pesquisa e extenso

    A importncia das atividades de pesquisa para que os docentes se

    mantenham atualizados dispensa nfase. No curso, busca-se que a alocao de

    professores pelas disciplinas permita que eles compartilhem e discutam suas

    pesquisas correntes com o corpo discente. Esse fato beneficia alunos e professores:

    estes, com os comentrios e crticas; aqueles, com o prazer de discutir temas

    contemporneos de pesquisa. Incentiva-se a discusso, em sala de aula, de temas

    que sejam considerados problemas de pesquisa e tratados como tais, de tal forma

    que a monografia de curso no seja o primeiro trabalho cientfico do aluno; dever

    ser apenas o de maior flego. Ao longo das disciplinas, em trabalhos preliminares,

    ele deve ter contato com as prticas de pesquisa e de preparao de trabalhos

    dessa natureza, oportunizando a participao dos alunos em atividades de pesquisa,

    consideradas fundamentais para formao destes. Os projetos correntes de

    pesquisa dos professores do curso em particular, os ligados ao Grupo de Pesquisa

    em Gesto do Territrio e o de Extenso, em andamento, bem como o Curso de

    Formao de Diseminadores de Gesto Ambiental, que distribuido em 12 mdulos

    oportunizaram a participao dos alunos. Pretende-se que esta prtica se torne

    cada vez mais frequente. Os citados projetos de pesquisa tiveram a participao de

    12 alunos; j o Curso de Formao de Disseminadores de Gesto Ambiental (330

    horas) teve participao de 55 alunos, os quais iniciaram e concluiram o referido

    curso.

  • 44

    III- ORGANIZAO CURRICULAR

    A organizao curricular est baseada na finalidade de garantir ao aluno no

    somente a inscrio em ofertas de disciplinas, mas tambm uma formao cujas

    disciplinas e demais atividades curriculares estejam sustentadas por determinados

    princpios formativos como: interdisciplinaridade, contextualizao, flexibilidade,

    relao teoria e prtica, democratizao e articulao entre o ensino, a pesquisa e a

    extenso.

    Com essa f