Animais - Legislacao Europeia - 2012/05 - Reg nº 456 - QUALI.PT

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    REGULAMENTO DE EXECUO (UE) N. o 456/2012 DA COMISSOde 30 de maio de 2012

    que altera o Regulamento (CE) n. o 1266/2007 que estabelece normas de execuo da Diretiva2000/75/CE do Conselho no que se refere ao controlo, acompanhamento, vigilncia e restriess deslocaes de determinados animais de espcies sensveis, relativamente febre catarral ovina

    (Texto relevante para efeitos do EEE)

    A COMISSO EUROPEIA,

    Tendo em conta o Tratado sobre o Funcionamento da UnioEuropeia,

    Tendo em conta a Diretiva 2000/75/CE do Conselho, de 20 denovembro de 2000, que aprova disposies especficas relativass medidas de luta e de erradicao da febre catarral ovina oulngua azul ( 1 ), nomeadamente o artigo 9. o , n. o 1, alnea c), os

    artigos 11. o

    e 12. o , bem como o artigo 19.

    o , terceiro pargrafo,

    Considerando o seguinte:

    (1) O Regulamento (CE) n. o 1266/2007 da Comisso ( 2 ) es-tabelece as normas aplicveis ao controlo, acompanha-mento, vigilncia e restries s deslocaes de animais,relativamente febre catarral ovina, nas zonas submeti-das a restries ou a partir delas. Estabelece igualmente ascondies de derrogao proibio de sada dos animaisde espcies sensveis e do smen, vulos e embriesdesses animais, como prevista na Diretiva 2000/75/CE,incluindo normas aplicveis utilizao de vacinas con-

    tra a febre catarral ovina.

    (2) Ao abrigo das normas em vigor, consagradas na Diretiva2000/75/CE, a utilizao de vacinas contra a febre catar-ral ovina no permitida fora das zonas de proteo. ADiretiva 2012/5/UE do Parlamento Europeu e do Conse-lho, de 14 de maro de 2012, que altera a Diretiva2000/75/CE do Conselho no que respeita vacinaocontra a febre catarral ovina ( 3 ), flexibiliza as normasem matria de vacinao estabelecidas na Diretiva2000/75/CE, a fim de permitir a vacinao com vacinasinativadas contra a febre catarral ovina tambm fora daszonas sujeitas a restries s deslocaes dos animais. necessrio, por conseguinte, alterar o Regulamento (CE)n. o 1266/2007. Alm disso, so necessrias alteraes nosentido de simplificar o processo de acompanhamento evigilncia e de adaptar os procedimentos estabelecidos noRegulamento (CE) n. o 1266/2007 luz de parecerescientficos recentes.

    (3) Para efeitos de recolha e anlise de informaes epide-miolgicas sobre a febre catarral ovina, o Regulamento(CE) n. o 1266/2007 dispe que os Estados-Membros de-vem transmitir, atravs da aplicao BlueTongue NET-work (sistema BT-Net), informaes relativas febrecatarral ovina recolhidas no mbito da implementaodos programas de acompanhamento e vigilncia desta

    doena.

    (4) Todavia, a experincia demonstra que esto disponveisinformaes suficientes no quadro de outras obrigaesem vigor na Unio em matria de notificao e apresen-tao de relatrios sobre doenas. Assim, a obrigao detrocar informaes atravs do sistema BT-Net deixou deser necessria.

    (5) O Regulamento (CE) n. o 1266/2007, com a redao quelhe foi dada pelo Regulamento (CE) n. o 123/2009 daComisso ( 4 ), introduziu a possibilidade de os Estados--Membros delimitarem, em determinadas condies, reasde mais baixo risco, a fim de facilitar a vacinao pre-ventiva em zonas do seu territrio onde o vrus nocircula. Como consequncia da entrada em vigor da Di-retiva 2012/5/UE, ao abrigo da qual a vacinao contra afebre catarral ovina pode tambm ser efetuada fora daszonas submetidas a restries, deixaram de ser necess-rias as disposies relativas delimitao de reas demais baixo risco.

    (6) Em conformidade com o artigo 6. o , n. o 2, do Regula-mento (CE) n. o 1266/2007, um Estado-Membro podedecidir da retirada de uma rea geogrfica epidemiologi-camente relevante de uma zona submetida a restries e,deste modo, alegar a indemnidade dessa doena naquelarea, aps dois anos de ausncia de circulao do vrus,comprovada por aes de acompanhamento.

    (7) Todavia, as partes de uma zona submetida a restriesem que, pelo menos durante um ano, incluindo umapoca completa de atividade do vetor, as aes de acom-panhamento e vigilncia tenham revelado a ausncia decirculao do vrus de um ou vrios sertipos especficosda febre catarral ovina, correm o risco de reintroduo dadoena atravs da entrada de animais infetados prove-nientes de outras partes da mesma zona submetida arestries onde o vrus da febre catarral ainda circula.Relativamente a estas situaes, e a fim de proporcionaruma transio segura para a indemnidade da doena emcondies epidemiolgicas favorveis, os Estados-Mem- bros devem ter a faculdade de delimitar uma rea pro-visoriamente indemne, na condio de realizao deacompanhamento e vigilncia a fim de confirmar a au-sncia de circulao do vrus.

    (8) De acordo com o parecer cientfico do painel da sade e bem-estar animal da AESA sobre o Risco de transmissde febre catarral ovina durante as deslocaes dos ani-mais adotado em 11 de setembro de 2008 ( 5 ), existe a

    possibilidade terica de os insetos infecciosos seremtransportados em conjunto com os animais. Esse risco

    PT 31.5.2012 Jornal Oficial da Unio Europeia L 141/7

    ( 1 ) JO L 327 de 22.12.2000, p. 74.( 2 ) JO L 283 de 27.10.2007, p. 37.( 3 ) JO L 81 de 21.3.2012, p. 1.

    ( 4 ) JO L 40 de 11.2.2009, p. 3.( 5 ) The EFSA Journal(2008) 795, 18-65.

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    pode ser controlado com a limpeza do veculo e o seutratamento com inseticidas ou repelentes antes do carre-gamento dos animais ou quando se transportam animaisatravs de zonas onde se sabe que o risco baixo ounum perodo de tempo em que o risco reconhecida-mente baixo. A fim de limitar efeitos indesejados dessassubstncias no ambiente e para evitar eventuais proble-mas no que se refere a intervalos de segurana e a even-tuais resduos nos animais, o tratamento dos animaiscom inseticidas ou repelentes autorizados deve deixarde ser exigido, dado que a segurana adicional propor-cionada por este tratamento limitada.

    (9) O Regulamento (CE) n. o 1266/2007, com a redao quelhe foi dada pelo Regulamento de Execuo (UE)n. o 648/2011 ( 1 ), permite, durante um perodo transit-rio, que os Estados-Membros de destino, onde a introdu-o de animais no imunes em determinadas circunstn-cias poderia representar um risco para a sade animal,exijam que as deslocaes desses animais estejam sujeitasa determinadas condies adicionais. Uma vez que opresente regulamento determina regras relativas aos cri-trios para os estabelecimentos protegidos contra vetores,a referida disposio transitria j no necessria.

    (10) Em virtude dos diferentes nveis de circulao dos vrus,das condies ambientais e das diversas estratgias devacinao nos Estados-Membros, as situaes epidemio-lgicas no que respeita febre catarral ovina podemdiferir consideravelmente entre as diferentes zonas daUnio. A experincia demonstrou que, para atingir osobjetivos pretendidos, podem ser implementadas comxito diferentes estratgias de vigilncia. Consequente-mente, os requisitos mnimos harmonizados para oacompanhamento e a vigilncia previstos no anexo Ido Regulamento (CE) n. o 1266/2007 devem ser simpli-ficados a fim de proporcionar aos Estados-Membros umamaior flexibilidade na conceo dos respetivos programasnacionais de acompanhamento e vigilncia, tendo emconsiderao o parecer cientfico do painel da sade e bem-estar animal da AESA sobre o acompanhamento e avigilncia da febre catarral ovina ( 2 ).

    (11) Com base no referido parecer cientfico, a dimenso m -nima da amostra para detetar uma prevalncia de 5 %com uma confiana de 95 % na populao das espciessensveis deve ser suficiente para efeitos de vigilncia,com o objetivo de demonstrar a ausncia de circulaodo vrus numa rea geogrfica epidemiologicamente re-levante durante um perodo de dois anos.

    (12) A manuteno dos animais sensveis febre catarralovina num estabelecimento prova de vetores por umperodo de tempo especificado um requisito importantepara certas condies aplicveis s derrogaes proibi-o de sada, tal como estabelecido no anexo III doRegulamento (CE) n. o 1266/2007. A experincia de-monstrou que difcil, para os Estados-Membros, deter-minar os critrios adequados para a implementao deum estabelecimento prova de vetores no que toca sdeslocaes regulares, para efeitos de comrcio, de ani-

    mais das espcies sensveis tais como bovinos, ovinos ecaprinos.

    (13) A fim de melhorar a eficcia dos estabelecimentos prova de vetores e de prestar assistncia aos Estados-Membros na implementao dessa medida de controlodevem estabelecer-se diversos critrios. Esses critrios d-vem basear-se na experincia dos Estados-Membros bemcomo no Cdigo Sanitrio dos Animais Terrestres daOrganizao Mundial da Sade Animal (OIE). No intuitde alinhar a terminologia com a da OIE, a expressoestabelecimento prova de vetores, atualmente usadno Regulamento (CE) n. o 1266/2007, deve ser subs-tituda por estabelecimento protegido contra os vetores

    (14) A fim de dar resposta a novas informaes cientficas quindicam a possibilidade de transmisso transplacentriado vrus da febre catarral ovina, em especial do sertip8, foram introduzidas no Regulamento (CE)n. o 1266/2007, com a redao que lhe foi dada peloRegulamento (CE) n. o 384/2008 ( 3 ), medidas cautelarespara evitar a possvel propagao da doena atravs defmeas prenhes ou de determinados animais recm-nas-

    cidos. (15) De acordo com o parecer cientfico do painel da sade

    bem-estar animal da AESA sobre o sertipo 8 da febrcatarral ovina ( 4 ), existem provas cientficas da transmis-so transplacentria do sertipo 8 do vrus da febre ca-tarral ovina, que foi introduzido na Unio em 2006. Noentanto, no se verificou a transmisso transplacentriade outros sertipos do vrus da febre catarral ovina nasreas afetadas onde no se usaram vacinas vivas modif-cadas. luz das concluses daquele parecer, a medidacautelar relativa s deslocaes de fmeas prenhes sdeve ser aplicada em zonas submetidas a restries noque se refere ao sertipo 8 do vrus da febre catarralovina.

    (16) O Regulamento (CE) n. o 1266/2007 deve, por conse-guinte, ser alterado em conformidade.

    (17) As medidas previstas no presente regulamento esto emconformidade com o parecer do Comit Permanente daCadeia Alimentar e da Sade Animal,

    ADOTOU O PRESENTE REGULAMENTO:

    Artigo 1. o

    O Regulamento (CE) n. o 1266/2007 alterado do seguintemodo:1) O artigo 4. o passa a ter a seguinte redao:

    Artigo 4. o Programas de acompanhamento e vigilncia da febrecatarral ovina Os Estados-Membros devem pr em prtica programas dacompanhamento e vigilncia da febre catarral ovina confor-mes aos requisitos mnimos estabelecidos no anexo I..

    2) suprimido o artigo 5. o .3) No artigo 6. o , o n. o 2 passa a ter a seguinte redao:

    2. Antes de tomar qualquer deciso quanto retirada duma rea geogrfica epidemiologicamente relevante de um

    zona submetida a restries, os Estados-Membros devemfornecer Comisso informaes fundamentadas que

    PT L 141/8 Jornal Oficial da Unio Europeia 31.5.2012

    ( 1 ) JO L 176 de 5.7.2011, p. 18.( 2 ) The EFSA Journal2011; 9(6):2192.

    ( 3 ) JO L 116 de 30.4.2008, p. 3.( 4 ) The EFSA Journal2011; 9(5):2189.

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    demonstrem a ausncia de circulao do vrus da febre ca-tarral ovina naquela rea durante um perodo de dois anos,incluindo duas pocas completas de atividade do vetor, acontar da implementao do programa de acompanhamentoe vigilncia da febre catarral ovina em conformidade com oponto 3 do anexo I..

    4) No artigo 7. o , o n. o 2-A passa a ter a seguinte redao:

    2-A. Os Estados-Membros podem delimitar uma reageogrfica epidemiologicamente relevante numa zona sub-metida a restries, enquanto rea provisoriamente indem-ne, desde que, por um perodo de um ano, incluindo umapoca completa de atividade do vetor, o acompanhamento ea vigilncia efetuados em conformidade com o ponto 3 doanexo I tenham demonstrado a ausncia de circulao dovrus da febre catarral ovina nessa parte da zona submetida arestries relativamente a esse sertipo especfico ou combi-nao de sertipos da febre catarral ovina.

    Um Estado-Membro que tencione delimitar uma zona sub-metida a restries ou uma parte de uma zona submetida arestries como" rea provisoriamente indemne" deve noti-ficar a sua inteno Comisso. Essa notificao deve seracompanhada das informaes referidas no ponto 3 doanexo I.

    No quadro do Comit Permanente da Cadeia Alimentar e daSade Animal, a Comisso deve transmitir a lista das" reasprovisoriamente indemnes" aos Estados-Membros.

    As deslocaes de animais na mesma zona submetida arestries a partir de uma rea onde circulam os mesmossertipos do vrus da febre catarral ovina para uma parte damesma zona submetida a restries delimitada como" rea

    provisoriamente indemne"

    s podem ser permitidas se:a) Os animais cumprirem as condies definidas no anexo

    III; ou

    b) Os animais cumprirem quaisquer outras garantias sanit-rias adequadas, que se baseiem em resultados positivos deuma avaliao dos riscos das medidas contra a propaga-o do vrus da febre catarral ovina e de proteo contraataques por vetores, exigidas pela autoridade competentedo local de origem e aprovadas pela autoridade compe-tente do local de destino, antes do transporte desses ani-mais; ou

    c) Os animais se destinarem a abate imediato..

    5) No artigo 8. o , n. o 5, o terceiro pargrafo passa a ter aseguinte redao:

    As informaes relativas aos matadouros designados devemser disponibilizadas aos demais Estados-Membros assimcomo ao pblico..

    6) O artigo 9. o passa a ter a seguinte redao: Artigo 9. o

    Condies suplementares aplicveis ao trnsito deanimais 1. A autoridade competente deve autorizar o trnsito deanimais desde que:a) Aps uma limpeza e desinfeo adequadas no local de

    carregamento, os meios de transporte dos animais sejamtratados com inseticidas e/ou repelentes autorizados. Estetratamento deve, em qualquer caso, ser efetuado antes desair ou entrar na zona submetida a restries;

    b) Se, no decurso do transporte por uma zona submetida arestries, estiver previsto um perodo de repouso de

    mais de um dia num posto de controlo, os animais sejamprotegidos contra ataques por vetores num estabeleci-mento protegido contra os vetores, em conformidadecom os critrios enunciados no anexo II.

    2. O n. o 1 no se aplica se o trnsito tiver lugar:a) Exclusivamente a partir ou atravs de reas geogrficas

    epidemiologicamente relevantes da zona submetida a res-tries durante o perodo sazonalmente livre do vetor dafebre catarral ovina, definido em conformidade com oanexo V; ou

    b) A partir ou atravs de partes da zona submetida a res-tries delimitada como" rea provisoriamente indemne" em conformidade com o artigo 7. o , n. o 2-A.

    3. Os certificados sanitrios estabelecidos nas Diretivas64/432/CEE, 91/68/CEE e 92/65/CEE ou referidos na Deci-so 93/444/CEE relativos aos animais referidos no n. o 1 dopresente artigo devem conter a seguinte meno adicional: " Tratamento inseticida/repelente com (inserir nome do pro-duto), em (inserir data), em conformidade com o artigo 9. o do Regulamento (CE) n. o 1266/2007." .

    7) suprimido o artigo 9. o -A.8) Os anexos I, II, III e V so alterados em conformidade com

    anexo do presente regulamento. Artigo 2. o

    O presente regulamento entra em vigor no quinto dia seguinteao da sua publicao noJornal Oficial da Unio Europeia.

    O presente regulamento obrigatrio em todos os seus elementos e diretamente aplicvel emtodos os Estados-Membros.

    Feito em Bruxelas, em 30 de maio de 2012.

    Pela ComissoO Presidente

    Jos Manuel BARROSO

    PT 31.5.2012 Jornal Oficial da Unio Europeia L 141/9

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    ANEXO

    Os anexos I, II, III e V do Regulamento (CE) n. o 1266/2007 so alterados do seguinte modo:

    1) O anexo I passa a ter a seguinte redao:

    ANEXO I

    Requisitos mnimos para os programas de acompanhamento e vigilncia da febre catarral ovina (referidos noartigo 4. o )

    1. Requisitos gerais

    Os programas de acompanhamento e vigilncia da febre catarral ovina tm por objetivo:

    a) Detetar quaisquer incurses possveis do vrus da febre catarral ovina; e

    b) Se for caso disso, demonstrar a ausncia de determinados sertipos daquele vrus num Estado-Membro ounuma rea geogrfica epidemiologicamente relevante; ou

    c) Determinar o perodo sazonalmente livre do vetor (vigilncia entomolgica).

    A unidade geogrfica de referncia para efeitos de acompanhamento e vigilncia da febre catarral ovina deve serdefinida por uma grelha de cerca de 45 x 45 km (aproximadamente 2 000 km 2 ) a menos que as condiesambientais especficas justifiquem outra dimenso.

    Se tal for adequado, os Estados-Membros podem tambm usar, como unidade geogrfica de referncia para efeitosde acompanhamento e vigilncia, a" regio" , na aceo que lhe dada no artigo 2. o , n. o 2, alnea p), da Diretiva64/432/CEE, ou as regies tal como definidas no anexo X da Deciso 2005/176/CE da Comisso, de 1 de marode 2005, que estabelece a forma codificada e os cdigos para a notificao de doenas dos animais nos termos daDiretiva 82/894/CEE do Conselho ( 1 ).

    2. Programas de acompanhamento e vigilncia da febre catarral ovina que tm por objetivo detetar quaisquer incurses possveisdo vrus da febre catarral ovina

    Os programas de acompanhamento e vigilncia da febre catarral ovina que tm por objetivo detetar quaisquerincurses possveis do vrus da febre catarral ovina devem consistir em, pelo menos, uma vigilncia clnica passivae uma vigilncia laboratorial ativa.

    2.1. A vigilncia clnica passiva deve consistir num sistema formal, devidamente documentado e contnuo, des-tinado a detetar e investigar qualquer suspeita, incluindo um sistema de alerta rpido para a comunicao desuspeitas. Os proprietrios ou detentores, assim como os veterinrios, devem comunicar rapidamente autoridade competente qualquer suspeita.

    2.2. A vigilncia laboratorial ativa deve ser constituda por um programa anual com, pelo menos, uma dasseguintes medidas ou uma combinao das mesmas: acompanhamento serolgico/virolgico com animais--sentinela; estudos serolgicos/virolgicos; acompanhamento e vigilncia orientados com base numa avaliaodos riscos.

    A amostragem pode ser efetuada a intervalos predefinidos ao longo do ano mas, pelo menos uma vez porano, deve realizar-se na poca do ano em que maior a probabilidade de detetar a infeo ou aseroconverso.

    Os programas de acompanhamento e vigilncia da febre catarral ovina devem ser concebidos por forma aque as amostras sejam colhidas em animais sensveis (isto , animais que no foram vacinados e queestiveram expostos ao vetor competente) e representativos da estrutura populacional das espcies sensveisna rea geogrfica epidemiologicamente relevante.

    A dimenso da amostra deve ser determinada para detetar a prevalncia de delineamento adequada, baseada no risco conhecido para a populao-alvo, com 95 % de confiana, na populao de espciessensveis nessa rea geogrfica epidemiologicamente relevante. Na falta de informaes cientficas acercada prevalncia esperada para a populao-alvo, a dimenso da amostra deve ser determinada para detetaruma prevalncia de 20 %.

    PT L 141/10 Jornal Oficial da Unio Europeia 31.5.2012

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    Sempre que as amostras no provenham de animais individuais, a dimenso da amostra tem de serajustada de acordo com a sensibilidade dos procedimentos de diagnstico aplicados.

    A vigilncia laboratorial deve ser concebida de forma a que os testes de despistagem positivos sejamseguidos de testes serolgicos/virolgicos especficos do sertipo, orientados para o(s) sertipo(s) que seespera esteja(m) presente(s) na rea geogrfica epidemiologicamente relevante, a fim de determinar o

    sertipo especfico em circulao.

    3. Programas de acompanhamento e vigilncia da febre catarral ovina destinados a demonstrar a ausncia de determinadossertipos do vrus da febre catarral ovina num Estado-Membro ou numa rea geogrfica epidemiologicamente relevante

    Os programas de acompanhamento e vigilncia da febre catarral ovina destinados a demonstrar a ausncia decirculao do vrus da febre catarral ovina devem satisfazer as condies estabelecidas nos pontos 2.1 e 2.2. Adimenso da amostra para a vigilncia laboratorial ativa deve ser determinada para detetar uma prevalncia de5 % ( 2 ), com 95 % de confiana. Alm disso:

    a) Para efeitos da retirada de uma rea geogrfica epidemiologicamente relevante de uma zona submetida arestries, tal como referido no artigo 6. o , n. o 2, os Estados-Membros devem demonstrar a ausncia decirculao do vrus da febre catarral ovina durante um perodo de, pelo menos, dois anos, que inclua duaspocas de atividade do vetor.

    Os Estados-Membros devem apresentar Comisso informaes epidemiolgicas histricas pertinentes sobre oprograma de acompanhamento e vigilncia em vigor, bem como sobre os respetivos resultados anuais refe-rentes aos trs ltimos anos, incluindo, pelo menos:

    i) uma descrio dos estudos em curso e o tipo de testes de diagnstico realizados (ELISA, seroneutralizao,PCR, isolamento de vrus),

    ii) as espcies amostradas e o nmero de amostras colhidas por espcie sensvel; se se usarem soros combi-nados (empool) deve tambm apresentar-se uma estimativa do nmero de animais representados,

    iii) a cobertura geogrfica das amostras,

    iv) a frequncia da amostragem e o respetivo calendrio,

    v) o nmero de resultados positivos, especificado por espcie animal e por localizao geogrfica;

    b) Para efeitos da delimitao de uma" rea provisoriamente indemne" , tal como referido no artigo 7. o , n. o 2-A, osEstados-Membros devem demonstrar a ausncia de circulao do vrus da febre catarral ovina durante umperodo de, pelo menos, um ano, que inclua uma poca de atividade do vetor.

    Os Estados-Membros devem apresentar Comisso informaes epidemiolgicas histricas pertinentes sobre oprograma de acompanhamento e vigilncia em vigor, bem como sobre os respetivos resultados referentes aosdois ltimos anos, incluindo, pelo menos as informaes mencionadas na alnea a), subalneas i) a v).

    4. Programas de acompanhamento e vigilncia da febre catarral ovina que tm por objetivo determinar o perodo sazonalmentelivre do vetor (vigilncia entomolgica) A vigilncia entomolgica destinada a determinar o perodo sazonalmente livre do vetor, tal como referido noanexo V, tem de cumprir os seguintes requisitos:

    a) Ser constituda por, pelo menos, um programa anual ativo de interceo do vetor atravs de armadilhas desuco permanentes destinadas a determinar a dinmica da populao do vetor;

    b) As armadilhas de suco com luz ultravioleta tm de ser usadas em conformidade com protocolos preestabe-lecidos; as armadilhas devem funcionar durante toda a noite, no mnimo:

    uma noite por semana durante o ms que antecede o incio previsto do perodo sazonalmente livre do vetore durante o ms que antecede o seu final previsto,

    uma noite por ms durante o perodo sazonalmente livre do vetor.

    Com base nos indcios obtidos nos trs primeiros anos de funcionamento das armadilhas de suco, afrequncia do seu funcionamento pode ser ajustada;

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    c) Deve ser colocada no mnimo uma armadilha de suco em cada rea epidemiologicamente relevante em toda azona sazonalmente livre de febre catarral ovina. Deve enviar-se uma proporo dos insetos recolhidos nasarmadilhas de suco a um laboratrio especializado que seja capaz de contar e identificar as espcies do vetorsuspeitas.

    ___________ ( 1 ) JO L 59 de 5.3.2005, p. 40.( 2 ) Durante um perodo transitrio at 31 de agosto de 2012, a dimenso da amostra para o estudo pode ser

    determinada para detetar uma prevalncia de 20 %..

    2) O anexo II passa a ter a seguinte redao:

    ANEXO II

    Critrios aplicveis aos" estabelecimentos protegidos contra os vetores" [referidos no anexo III, seco A,pontos 2, 3 e 4, seco B, alnea b), e seco C, ponto 2, alnea b)]

    1. Um estabelecimento protegido contra os vetores deve cumprir pelo menos o seguinte:

    a) Deve dispor de barreiras fsicas adequadas nos pontos de entrada e de sada;

    b) As aberturas do estabelecimento devem estar protegidas contra os vetores com redes de malhagem adequada, asquais devem ser regularmente impregnadas com um inseticida aprovado, de acordo com as instrues dofabricante;

    c) Deve efetuar-se a vigilncia e o controlo dos vetores dentro e em redor do estabelecimento protegido contra osvetores;

    d) Devem ser tomadas medidas para limitar ou eliminar locais de reproduo de vetores na vizinhana doestabelecimento protegido contra os vetores;

    e) Devem vigorar procedimentos operacionais normalizados, incluindo descries dos sistemas de emergncia e dealarme, para o funcionamento do estabelecimento protegido contra os vetores e o transporte de animais para olocal de carregamento.

    2. Se estiverem satisfeitos os critrios enunciados no ponto 1, a autoridade competente deve aprovar um estabele-cimento como estando protegido contra os vetores. Deve igualmente verificar, com a frequncia adequada maspelo menos trs vezes durante o perodo de proteo requerido (no incio, durante e no fim do perodo), a eficciadas medidas aplicadas atravs da colocao de uma armadilha para vetores no interior do estabelecimentoprotegido contra os vetores..

    3) O anexo III alterado do seguinte modo:

    a) A seco A alterada do seguinte modo:

    i) No ponto 2, o primeiro pargrafo passa a ter a seguinte redao:

    At sua expedio, os animais foram protegidos contra ataques por vetores num estabelecimento protegidocontra os vetores conforme aos critrios enunciados no anexo II, por um perodo mnimo de 60 dias antes dadata de expedio.,

    ii) No ponto 3, o primeiro pargrafo passa a ter a seguinte redao:

    At sua expedio, os animais foram mantidos numa zona sazonalmente livre de febre catarral ovina,durante o perodo sazonalmente livre do vetor, definido em conformidade com o anexo V, ou foram protegidoscontra ataques por vetores num estabelecimento protegido contra os vetores conforme aos critrios enunciadosno anexo II, por um perodo mnimo de 28 dias e, durante esse perodo, foram submetidos a um testeserolgico, em conformidade com o manual da OIE, a fim de detetar anticorpos ao grupo de vrus da febrecatarral ovina, com resultados negativos, efetuado em amostras colhidas nesses animais pelo menos 28 diasaps a data de incio do perodo de proteo contra ataques por vetores ou do perodo sazonalmente livre dovetor.,

    iii) No ponto 4, o primeiro pargrafo passa a ter a seguinte redao:

    At sua expedio, os animais foram mantidos numa zona sazonalmente livre de febre catarral ovina,durante o perodo sazonalmente livre do vetor, definido em conformidade com o anexo V, ou foram protegidoscontra ataques por vetores num estabelecimento protegido contra os vetores conforme aos critrios enunciadosno anexo II, por um perodo mnimo de 14 dias e, durante esse perodo, foram submetidos a um teste deidentificao do agente, em conformidade com o manual da OIE, com resultados negativos, efetuado emamostras colhidas nesses animais pelo menos 14 dias aps a data de incio do perodo de proteo contraataques por vetores ou do perodo sazonalmente livre do vetor.,

    PT L 141/12 Jornal Oficial da Unio Europeia 31.5.2012

  • 7/31/2019 Animais - Legislacao Europeia - 2012/05 - Reg n 456 - QUALI.PT

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    iv) O ponto 5 passa a ter a seguinte redao:

    5. Os animais foram vacinados contra o ou os sertipos presentes ou provavelmente presentes na reageogrfica epidemiologicamente relevante de origem, encontrando-se ainda dentro do perodo de imunidadegarantido nas especificaes da vacina, e satisfazem pelo menos um dos seguintes requisitos:

    a) Foram vacinados mais de 60 dias antes da data da deslocao;

    b) Foram vacinados com uma vacina inativada, com a antecedncia mnima para o incio da proteoimunitria preconizada nas especificaes da vacina, e foram submetidos a um teste de identificao doagente, em conformidade com o manual da OIE, com resultados negativos, efetuado pelo menos 14 diasaps o incio da proteo imunitria preconizada nas especificaes da vacina;

    c) Foram anteriormente vacinados, tendo sido revacinados com uma vacina inativada dentro do perodo deimunidade garantido nas especificaes da vacina;

    d) Foram mantidos, durante o perodo sazonalmente livre do vetor, definido em conformidade com oanexo V, numa zona sazonalmente livre de febre catarral ovina, desde o seu nascimento ou, pelo menos,nos 60 dias anteriores data de vacinao, e foram vacinados com uma vacina inativada, com aantecedncia mnima para o incio da proteo imunitria preconizada nas especificaes da vacina.

    Sempre que os animais referidos no presente ponto se destinem ao comrcio intra-Unio, a meno que se

    segue ser aditada aos certificados sanitrios correspondentes estabelecidos nas Diretivas 64/432/CEE,91/68/CEE e 92/65/CEE:

    " Animais vacinados contra o(s) sertipo(s) da febre catarral ovina [inserir sertipo(s)], com (inserir nomeda vacina), com uma vacina inativada/viva modificada (indicar conforme adequado), em conformidade com oanexo III, seco A, ponto 5, do Regulamento (CE) n. o 1266/2007." ,

    v) No ponto 6, a frase introdutria passa a ter a seguinte redao:

    6. Os animais foram sempre mantidos na rea geogrfica epidemiologicamente relevante de origem, onde noest, no esteve ou no suscetvel de estar presente mais de um sertipo e:,

    vi) O ponto 7 alterado do seguinte modo:

    a frase introdutria passa a ter a seguinte redao:

    7. Os animais foram submetidos, com resultados positivos, a dois ensaios serolgicos adequados de acordocom o manual da OIE para detetar anticorpos especficos contra todos os sertipos do vrus da febrecatarral ovina presentes ou suscetveis de estar presentes, na rea geogrfica epidemiologicamenterelevante de origem, e:,

    o terceiro pargrafo passa a ter a seguinte redao:

    No caso das fmeas prenhes transportadas a partir de uma zona submetida a restries no que respeita aosertipo 8 do vrus da febre catarral ovina, tem de estar satisfeita, pelo menos, uma das condies definidasnos pontos 5, 6 e 7 antes da inseminao artificial ou do acasalamento, ou ainda a condio prevista noponto 3. Caso seja realizado um teste serolgico, tal como estabelecido no ponto 3, este teste deve serefetuado nos sete dias anteriores data da deslocao.;

    b) Na seco B, a alnea b) passa a ter a seguinte redao:

    b) Foram protegidos contra ataques por vetores num estabelecimento protegido contra os vetores conforme aoscritrios enunciados no anexo II, pelo menos nos 60 dias anteriores ao incio da colheita do smen e duranteessa colheita;;

    c) Na seco C, ponto 2, a alnea b) passa a ter a seguinte redao:

    b) Foram protegidos contra ataques por vetores num estabelecimento protegido contra os vetores conforme aoscritrios enunciados no anexo II, pelo menos nos 60 dias anteriores ao incio da colheita dos embries/vulos edurante essa colheita;.

    4) O ttulo do anexo V passa a ter a seguinte redao:

    ANEXO V

    Critrios para a definio do perodo sazonalmente livre do vetor (referido no artigo 9. o , n. o 2).

    PT 31.5.2012 Jornal Oficial da Unio Europeia L 141/13