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CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC BRUNA VASCONCELOS TENÓRIO MÁRCIA LETÍCIA SILVA SANTOS ANÁLISE DAS PATOLOGIAS EM INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS OCASIONADAS EM EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS NA CIDADE DE MACEIÓ-AL MACEIÓ-AL 2018/2

ANÁLISE DAS PATOLOGIAS EM INSTALAÇÕES …LISE DAS PATOLOGI… · anÁlise das patologias em instalaÇÕes hidrossanitÁrias ocasionadas em edificaÇÕes residenciais na cidade

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC

BRUNA VASCONCELOS TENÓRIO

MÁRCIA LETÍCIA SILVA SANTOS

ANÁLISE DAS PATOLOGIAS EM INSTALAÇÕES

HIDROSSANITÁRIAS OCASIONADAS EM EDIFICAÇÕES

RESIDENCIAIS NA CIDADE DE MACEIÓ-AL

MACEIÓ-AL

2018/2

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BRUNA VASCONCELOS TENÓRIO

MÁRCIA LETÍCIA SILVA SANTOS

ANÁLISE DAS PATOLOGIAS EM INSTALAÇÕES

HIDROSSANITÁRIAS OCASIONADAS EM EDIFICAÇÕES

RESIDENCIAIS NA CIDADE DE MACEIÓ-AL

Trabalho de conclusão de curso, apresentado como requisito final do curso de engenharia civil do Centro Universitário Cesmac, sob a orientação do Prof. Msc. Mayco Sullivan Araújo de Santana.

MACEIÓ-AL

2018/2

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AGRADECIMENTOS

Bruna Vasconcelos Tenório

Primeiramente vai os meus agradecimentos ao meu Deus, por me permitir

concluir esta fase tão importante em minha vida, e aos meus pais por todo amor,

incentivo e dedicação para a realização desse sonho.

Agradeço ao meu namorado, Humberto, que nesses últimos meses vem me

apoiando e ajudando bastante, sempre me motivando de alguma forma.

Agradeço a todos os familiares, amigos e professores que fizeram parte

dessa caminhada e que de alguma maneira serviram como auxílio para

concretização deste momento único em minha vida. Chegar até aqui não foi fácil,

mas sem dúvida nenhuma, valeu muito a pena.

À todos minha eterna gratidão!

Márcia Letícia Silva Santos

Agradeço primeiramente a Deus, por todo o cuidado e guia, por ser o meu

amparo e refúgio nos momentos em que mais preciso, sem a Sua permissão, jamais

chegaria até aqui.

Aos meus pais, Marcos e Joelma, fontes de incentivo, que nunca mediram

esforços para proporcionar tudo que foi necessário para a concretização de um

sonho. Vocês me ensinaram o real significado do que é respeito, dedicação, força,

trabalho e bondade. Obrigada, pai e mãe, amo vocês.

Ao meu namorado Jeandre, pela compreensão e parceria inabalável, sempre

me motivando e consolando nos momentos mais difíceis. Obrigada por tudo, amo

você.

Aos meus familiares, amigos e colegas de trabalho que, de forma direta ou

indiretamente, contribuíram para a realização deste trabalho.

Aos professores, por todo o conhecimento transmitido durante a trajetória

acadêmica, tornando possível a realização deste projeto.

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ANÁLISE DAS PATOLOGIAS EM INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS OCASIONADAS EM EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS NA CIDADE DE MACEIÓ-AL

ANALYSIS OF PATHOLOGIES IN HIDROSSANITARY INSTALLATIONS OCCURRED IN RESIDENTIAL BUILDINGS IN THE CITY OF MACEIÓ-AL

Bruna Vasconcelos Tenório Márcia Letícia Silva Santos

Mayco Sullivan Araújo de Santana Graduandas do Curso de Engenharia Civil

[email protected] [email protected]

RESUMO

Os sistemas prediais hidráulicos e sanitários são compreendidos por instalações de água fria, água quente, esgotos e águas pluviais. Por se tratarem de tubulações embutidas são lembradas apenas com o aparecimento de problemas como infiltrações, vazamentos, entupimentos e outras causas. O estudo teve como objetivo analisar a incidência dessas patologias nos sistemas hidrossanitários de edifícios verticais e propor soluções de melhor viabilidade, enfatizando que, para o ótimo desempenho desses sistemas é necessário seguir todas as recomendações especificadas nas normas técnicas. Foram realizadas visitas em seis (06) edifícios situados nas regiões RA-1 e RA-3, compreendendo aos bairros Jatiúca e Pinheiro do município de Maceió/AL, o que possibilitou uma análise comparativa entre os casos de estudo, sobre as principais manifestações patológicas que apresentavam. Desta forma, ao compreender essas falhas, foi possível expor a importância da necessidade de prevenção dos sistemas, para o alcance do desempenho de funcionamento eficaz das tubulações.

PALAVRAS-CHAVE: Edifícios. Sistema Hidrossanitário. Anomalias.

ABSTRACT

The hydraulic building system and sanitary are understood by instalations of cold water, hot water, sewers and rain water. Because it is inlaid pipes they are just realized with the appearance of troubles like infiltration, leakage, cligging, among others. The study had the objective of analyze the incidence of these pathologies on hidrossanitary systems of vertical buildings and to porpose solutions of better viability, emphasizing that to the great performance of these systems is necessary to follow all specified recomendations on technical standars. There were fulfilled visits in six (6) building located in regions RA-1 and RA-3, comprising neighbohood Jatiúca and Pinheiro in Maceió/AL city, what made it possible a comparative analysis between the case studies about principal pathological manifestations that they presented. Therefore to understand these fails it was possible to expose the importance of prevention necessity of the systems for the reach of performance of effective operation of pipes.

KEYWORDS: Buildings. Hidrossanitary system. Anomalies.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 7 1.1 Objetivos ............................................................................................................. 9 1.1.1 Objetivo geral .................................................................................................... 9 1.1.2 Objetivos específicos ........................................................................................ 9 2 REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................... 10 2.1 Saneamento Básico ......................................................................................... 10 2.2 A Importância do Estudo das Patologias nas Instalações Hidrossanitárias para a Qualidade das Edificações ....................................................................... 11 2.3 Legislações em Vigor ...................................................................................... 12 2.4 Instalações Prediais de Água Fria .................................................................. 13 2.4.1 Sistema de Abastecimento de Água ................................................................ 14 2.4.2 Sistema de Distribuição de Água .................................................................... 15 2.4.3 Componentes da Rede de Distribuição de Água Fria ...................................... 17 2.4.3.1 Reservatórios ............................................................................................... 19 2.4.3.2 Tubulações................................................................................................... 19 2.5 Instalações Prediais de Água Quente ............................................................. 20 2.6 Instalações Prediais de Esgoto Sanitário ....................................................... 21 2.6.1 Componentes do Sistema Predial de Esgoto Sanitário ................................... 21 2.6.2 Principais Materiais Utilizados ......................................................................... 23 2.7 Instalações Prediais de Água Pluvial ............................................................. 24 2.8 Patologias Comumente Encontradas nos Sistemas Hidrossanitários......... 24 2.8.1 Vibrações e Ruídos ......................................................................................... 24 2.8.2 Vazamentos .................................................................................................... 25 2.8.3 Infiltrações ....................................................................................................... 25 2.8.4 Altas Pressões ................................................................................................ 26 2.8.5 Acúmulo de Ar nas Tubulações ....................................................................... 26 2.8.6 Corrosões ....................................................................................................... 26 2.8.7 Entupimentos .................................................................................................. 27 2.8.8 Retorno de Esgotos......................................................................................... 28 2.8.9 Mau Cheiro ..................................................................................................... 28 2.9 Manutenções .................................................................................................... 28 2.9.1 Vida Útil........................................................................................................... 29 3 METODOLOGIA ................................................................................................... 31 3.1 Local de Estudo ............................................................................................... 31 3.2 Identificação dos Tipos de Patologias ........................................................... 33 3.3 Avaliação da Causa dos Danos ...................................................................... 33 3.4 Estimativa da Frequência das Anomalias ...................................................... 34 4 RESULTADOS ..................................................................................................... 35 4.1 Patologias no Sistema Predial de Água Fria .................................................. 38 4.1.1 Vazamentos .................................................................................................... 38 4.1.2 Trincas e Rupturas em Conexões ................................................................... 39 4.1.3 Infiltrações ....................................................................................................... 39 4.1.4 Altas Pressões ................................................................................................ 41 4.1.5 Vibrações e Ruídos ......................................................................................... 41 4.1.6 Falta D’água e Acúmulo de Ar nas Tubulações ............................................... 41 4.1.7 Corrosão em Tubulações e Conexões ............................................................ 42 4.2 Patologias no Sistema Predial de Água Pluvial ............................................. 43 4.2.1 Infiltrações ....................................................................................................... 43

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4.3 Patologias no Sistema Predial de Esgoto Sanitário ...................................... 43 4.3.1 Vazamentos em Sifões ................................................................................... 43 4.3.2 Mau Cheiro ..................................................................................................... 44 4.3.3 Retorno de Esgotos......................................................................................... 44 4.3.4 Entupimentos .................................................................................................. 45 5 DISCUSSÃO ......................................................................................................... 47 6 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 50 REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 51 APÊNDICE .............................................................................................................. 55

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1 INTRODUÇÃO

A água apresenta importância vital na sobrevivência, economia e no

desenvolvimento social. Sua coleta, ao passar dos anos, deu início às modificações

nos recursos naturais, ocasionando a exposição da população às doenças

relacionadas à unificação da água aos resíduos gerados. Nasceu, então, a

necessidade de medidas para dispor de uma água limpa, subitamente surge o

saneamento, direito constitucional indispensável para a qualidade de vida e melhoria

da saúde pública (MACEDO, 2015).

Devido ao início da manifestação do saneamento e a carência por

fornecimento de água de forma contínua, houve a necessidade de uma orientação

das tubulações e peças de utilização, de modo a evitar imprevistos durante

construção e pós-ocupação.

De acordo com o Sindicato da Indústria da Construção Civil de São Paulo, no

cenário atual, mesmo diante de prédios recém-construídos, 75% das patologias de

construção são decorrentes de problemas com erros no dimensionamento de

instalações prediais de água e esgoto, gerando aumento de custos para reparar

determinado serviço que poderia ter sido evitado com o correto dimensionamento e

execução (CARVALHO-JUNIOR, 2015).

As instalações hidrossanitárias (tubos, conexões e dispositivos) constituem

uma das partes mais importantes do edifício. Dimensionadas e executadas da forma

correta, minimizam os custos e garantem a segurança e o conforto do usuário

(VIEIRA, 2016). Contudo, é comum a ocorrência de erros em virtude da falta de

qualidade do profissional gerada pela concorrência no setor da construção civil.

Com a existência desses erros, objetivando sanar tais irregularidades, além

de visar melhoria na qualidade do setor da construção civil, em 2013 entrou em vigor

a Norma de Desempenho em Edificações Habitacionais – ABNT NBR 15575:2013,

que conta com requisitos para realização dos sistemas: estruturais, de pisos,

vedações verticais internas e externas, coberturas e hidrossanitários.

Em relação aos sistemas hidrossanitários, a norma especifica os cuidados e

deveres dos sistemas compreendidos em seu escopo, entre eles estão: sistemas

prediais de água fria e de água quente; sistemas prediais de esgoto sanitário e

ventilação; e sistemas prediais de águas pluviais.

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É comum o usuário se preocupar com o projeto hidrossanitário apenas

quando há um problema, visto que são tubulações embutidas, lembradas apenas

com o aparecimento de infiltrações, vazamentos, entupimentos e outras causas.

O projetista responsável pela realização dos projetos hidrossanitários deve

conciliar os principais objetivos do empreendimento com as necessidades impostas

pelo construtor e empreendedor, já compatibilizando ao projeto arquitetônico,

estrutural e complementares. Além disto, especificar no memorial descritivo,

entregue junto com o respectivo projeto, os materiais e equipamentos adequados

para a construção. É recomendável também, que haja uma fiscalização com o intuito

de prevenir e, em determinados casos, se necessário, realizar manutenções para

retificação de erros (SOUSA JUNIOR; MAIA; CORREIO, 2014).

Em referência às manutenções, são conjuntos de ações que além de

recuperar a eficiência funcional, também são utilizadas para a conservação dos

sistemas constituintes de um edifício, neste caso, os hidrossanitários, isto é, devem

ser realizadas periodicamente para manter a melhor qualidade de seu

funcionamento, reestabelecendo o desempenho eficaz das tubulações (VIEIRA,

2016).

Em virtude das constantes incidências de falhas, a análise das ocorrências de

patologias dos sistemas de água e esgoto busca ações preventivas em

conformidade com a norma, para evitar transtornos maiores causados aos usuários

e empreendedores.

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1.1 Objetivos

1.1.1 Objetivo Geral

Analisar a incidência de patologias em sistemas hidrossanitários de

edificações residenciais.

1.1.2 Objetivos Específicos

Identificar os tipos de patologias mais recorrentes relacionados as instalações

hidrossanitárias;

Avaliar se esses danos são originados principalmente por falha em projeto,

erro de execução, falta de manutenção, mau uso ou, ainda, materiais inadequados;

Estimar um valor percentual da frequência das anomalias dos sistemas aos

quais pertencem;

Propor recomendações aos usuários para evitar possíveis problemas nos

sistemas.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Saneamento Básico

A água para o consumo humano sempre foi uma preocupação para todos os

povos. Na idade antiga, as manifestações de epidemias foram associadas à falta de

higienização da água, que desencadeou os primeiros passos para o saneamento

básico (PALAS, 2013).

Brasil (2007), que diz respeito à Lei Federal nº 11.445:2007, na qual

estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico, determina que: os

serviços públicos serão prestados com base no princípio fundamental do

abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo dos

resíduos sólidos realizados de formas adequadas à saúde pública e a proteção do

meio ambiente.

Segundo a Prefeitura Municipal de Maceió (2016), que dispôs do Plano

Municipal de Saneamento Básico do município, revisado em junho de 2016, apenas

19% da população tem acesso a sistemas de coleta e tratamento de esgoto

sanitário. Além disto, o ranking de saneamento realizado pelo Instituto Trata Brasil

(2018), que analisa a situação do saneamento básico nas 100 maiores cidades do

país, Maceió apresenta um dos maiores indicadores de água consumida, porém,

apesar do progresso no tratamento de esgoto em relação aos últimos anos, sua

coleta não chega a metade do gerado na cidade.

Em um estudo comparativo realizado em 2016 e 2017, com o intuito de

avaliar o índice de qualidade da água em alguns rios, foram distribuídos 152 pontos

fixos de coletas em cinco estados: Alagoas, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro e

São Paulo, além do Distrito Federal.

Na Figura 1 abaixo é possível evidenciar os resultados obtidos do estudo:

Figura 1: Índices de qualidade da água em alguns rios de Alagoas, Paraíba,

Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal. Fonte: Fundação SOS Mata Atlântica, 2017.

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É possível observar que houve um aumento de locais com água péssima, de

0,7% para 2%. E, embora tenha sucedido uma diminuição nos pontos de qualidade

ruim, passando de 35,5% para 31,6% e, aumento nos pontos de água regular

(61,8% para 63,8%) e boa (2% para 2,6%), essa discreta minimizada e progresso,

respectivamente, propendem a imaginar uma melhora significativa, porém, isto é

devido aos fatores climáticos, uma vez que há o aumento do volume e da vazão,

contribui para a diminuição dos poluentes, fato que ocorreu na Região Sudeste

(RIBEIRO, 2017).

Um edifício é composto por diversos sistemas, e um deles é o sistema

hidrossanitário, que por deter contato direto com os usuários, de acordo com a NBR

15575:2013, são os responsáveis pelas condições de saúde e higiene requeridas

para habitação, além de garantir segurança ao serem incorporadas à construção.

2.2 A Importância do Estudo das Patologias nas Instalações Hidrossanitárias

para a Qualidade das Edificações

Os romanos foram os grandes impulsionadores da evolução dos sistemas

hidráulicos e sanitários. Além de serem os responsáveis pela construção de um

sistema de onze aquedutos - canal utilizado para o transporte de água -, criaram os

sistemas de alimentação de água fria e quente, alguns com usos de torneiras

(PALAS, 2013).

Os sistemas prediais hidráulicos e sanitários são compreendidos por

instalações de água fria, água quente, esgotos e água pluviais.

No ramo da construção civil, os sistemas de água e esgoto estão em

constante evolução, devido às exigências de melhor desempenho impostas pelas

normas, contribuindo para o melhor conforto dos usuários. No entanto, as patologias

continuam presentes nas edificações (FERREIRA, 2013).

A patologia, na medicina, define-se como a ciência que estuda as causas das

doenças, verificando se há alterações nas células, tecidos e órgãos, para determinar

um diagnóstico. Analogamente, na construção civil, a patologia estuda os sintomas,

causas e origens dos vícios construtivos, tornando o reconhecimento de

fundamental importância para poder estabelecer ações corretivas para restaurar a

funcionalidade do sistema (CARMO, 2000).

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Figura 2: Gráfico que evidencia as principais causas de patologias. Fonte: Duarte, 2015.

Portanto, a etapa fundamental de uma obra, e muitas vezes determinante, é

no desenvolvimento do projeto, momento esse, em que determinará se a construção

apresentará uma satisfatória instalação dos sistemas hidrossanitáros.

Além de inconsistências no projeto, as principais patologias podem ser

causadas por falhas na execução, qualidade dos materiais empregados inferior ao

adequado para atender os requisitos da norma e a má utilização dos usuários.

Uma diferença do sistema estrutural para o sistema hidrossanitário, em

relação à patologia, é que as anomalias na estrutura sofre em silêncio sua falta de

manutenção, enquanto o sistema de água e esgoto é perceptível desde o início do

transtorno causado aos usuários (ASSUNÇÃO; FERREIRA; PINA, 2011).

2.3 Legislações em Vigor

Como os resultados de um edifício durante a funcionalidade de seu sistema

sempre acarretou em uma grande preocupação, a primeira versão da norma de

desempenho publicada em 2008 trouxe os requisitos impostos que, por sua vez,

eram incomuns à época, fazendo com que as construtoras, os projetistas e as

indústrias de materiais tivessem mais dificuldades.

Diferentemente do normativo brasileiro, que é respaldado em instruções de

como o sistema é construído, a norma de desempenho foi criada baseando-se no

conceito do comportamento em uso. Contudo, é importante salientar que, as normas

de desempenho não substituem as normas prescritivas, na verdade, complementam.

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As normas de desempenho que apresentam requisitos e critérios para os

sistemas hidrossanitários são:

NBR 15575-1:2013, Edificações Habitacionais – Desempenho – Parte 1:

Requisitos gerais;

NBR 15575-6:2013, Edificações Habitacionais – Desempenho – Parte 6:

Sistemas Hidrossanitários.

As normas que possuem os procedimentos para o correto dimensionamento

dos sistemas hidrossanitários são:

NBR 5626:1998 - Instalação Predial de Água Fria;

NBR 7198:1993 - Projeto e Execução de Instalações Prediais de Água Quente;

NBR 8160:1999 - Sistemas Prediais de Esgoto Sanitário - Projeto e

Execução;

NBR 10844:1989 - Instalações Prediais de Águas Pluviais;

NBR 5674:1999 - Manutenção de Edificações - Procedimento.

2.4 Instalações Prediais de Água Fria

A NBR 5626:1998 determina que a instalação predial de água fria é, na

maioria dos casos, um subsistema de um sistema maior, constituído também pelas

instalações prediais de água quente e de combate a incêndio.

Estas instalações são constituídas como um conjunto de todos os

equipamentos, tubulações, conexões, reservatórios, aparelhos sanitários e

acessórios existentes a partir do ramal predial, que proporcionam levar a água da

rede pública até os pontos de consumo dentro das moradias (SILVÉRIA, 2016).

Segundo Aguiar (2012), sua instalação tem inicio imediatamente a jusante do

aparelho que contabiliza o consumo de água, denominado hidrômetro, num trecho

chamado alimentador predial. O alimentador predial é a tubulação responsável pelo

fornecimento de água do reservatório, quando este existir, ou pela rede de

distribuição que serve aos pontos de aplicação.

A aplicação de projetos de instalações prediais de água fria deve ser

realizada por projetista com formação profissional de nível superior, competente e

preparado. Alguns trâmites devem ser considerados e observados de acordo com as

normas específicas, por exemplo, a NBR 5626:1998 estabelece que, durante a vida

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útil do edifício que as contêm, as instalações prediais de água fria devem ser

projetadas de modo que, atendam aos seguintes requisitos:

Conservar a potabilidade da água;

Assegurar o fornecimento de água de forma contínua, em quantidade

adequada e com pressões e velocidades compatíveis com o ótimo

desempenho dos aparelhos sanitários, peças de utilização e demais

componentes;

Promover economia de água e de energia;

Permitir manutenção fácil e econômica;

Evitar níveis de ruído inadequados à ocupação do ambiente;

Transmitir conforto aos usuários, prevendo peças de utilização

adequadamente localizadas, de fácil execução, com vazões satisfatórias e

atendendo as demais exigências do usuário.

De acordo com Ilha e Gonçalves (1994), para o sistema predial, a captação

de água pode ser feita através da rede pública ou de fontes privadas. Com o intuito

de garantir a qualidade de água para uso humano, deve ser previsto um sistema de

tratamento, caso a captação seja feita a partir de uma fonte privada. De qualquer

maneira, caso exista rede urbana, as fontes privadas podem ser usadas para outras

utilidades, tais como combate a incêndio, lavagem de pisos, uso industrial, entre

outros. Ao considerar a captação por meio da rede urbana, os sistemas prediais de

água fria podem ser divididos em dois subsistemas:

Abastecimento (com a estação elevatória);

Distribuição.

2.4.1 Sistema de Abastecimento de Água

O sistema de abastecimento é feito a partir de uma ligação predial que

contém:

Ramal predial ou ramal externo: trecho que compreende a rede pública e o

aparelho do medidor (hidrômetro);

Alimentador predial ou ramal interno de alimentação: trecho que compreende

o hidrômetro e a primeira derivação, ou até a válvula de flutuador - “válvula de

boia”-, na entrada do reservatório.

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2.4.2 Sistema de Distribuição de Água

O sistema de distribuição, de acordo com Ghisi (2013), pode ser:

Sistema direto acontece quando a água vem diretamente da fonte de

abastecimento, garantindo uma melhor qualidade da água, em razão de à

taxa de cloro residual existente na água e devido à ausência de reservatório

no prédio. O problema da distribuição direta no Brasil é a inconstância no

abastecimento público e a mudança da pressão ao longo do dia ocasionando

defeito no funcionamento de aparelhos como os chuveiros. A utilização de

válvulas de descarga não é compatível com este sistema de distribuição. O

sistema em questão em exemplificado na Figura 3.

Figura 3: Sistema de distribuição direto. Fonte: Ghisi, 2013.

Sistema indireto, em que a água vem de reservatório(s) existente(s) na

edificação. Este sistema pode funcionar com ou sem o auxilio de bombas.

a) Sistema indireto sem bombeamento - Há necessidade de se prever um

reservatório superior, caso haja uma descontinuidade no

abastecimento, mesmo que se tenha pressão suficiente, desta forma, a

alimentação do prédio será descendente, como mostra a Figura 4.

Figura 4: Sistema de distribuição indireto sem bombeamento. Fonte: Ghisi, 2013.

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b) Sistema indireto com bombeamento - Quando a pressão não for

suficiente para transportar água ao reservatório superior, deve-se ter

dois reservatórios: um inferior e outro superior. O uso de bombas de

recalques (moto-bombas) é feito para levar a água do reservatório

inferior ao superior. O sistema de distribuição indireto com

bombeamento é mais usado em grandes edificações onde são

necessários grandes reservatórios de acumulação. Esse sistema é

mostrado na Figura 5.

Figura 5: Sistema de distribuição indireto com bombeamento. Fonte: Ghisi, 2013.

Sistema Misto é aquele que contém distribuição direta e indireta em paralelo.

.

Figura 6: Sistema de distribuição misto. Fonte: Ghisi, 2013.

Sistema hidropneumático, dispensa a utilização de reservatório superior,

porém segundo Creder (2015), sua instalação tem custo elevado, sendo

sugerida apenas em casos especiais para amenizar a estrutura.

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2.4.3 Componentes da Rede de Distribuição de Água Fria

No decorrer do percurso da rede de distribuição de água fria, alguns

elementos recebem as seguintes denominações, sendo elas: sub-ramais, ramais,

colunas de distribuição e barriletes (AGUIAR, 2012).

Figura 7: Coluna de distribuição de água fria. Fonte: Carvalho Júnior, 2013.

É a partir dos barriletes (tubulações que iniciam nos reservatórios), que

derivam as colunas de distribuição de água fria, as mesmas seguem na posição

vertical alimentando os ramais que por sua vez alimentam os sub-ramais das peças

de utilização. É necessário que cada coluna tenha um registro de gaveta, instalado à

montante do primeiro ramal (CARVALHO JÚNIOR, 2013).

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Além desses elementos, outros principais também fazem parte desse

sistema, sendo eles mostrados na Figura 8 a seguir.

Figura 8: Elementos da rede de distribuição de água fria. Fonte: Scura, 2015.

Segundo Carvalho Júnior (2013), os elementos podem ser definidos como:

Alimentador predial: canalização que faz a ligação entre a fonte de

abastecimento e o reservatório de água de uso doméstico;

Caixa de quebra de pressão: caixa designada à diminuição da pressão nas

colunas de distribuição;

Reservatório inferior: reservatório instalado entre o alimentador predial e a

instalação elevatória, com função de reservar água e de funcionar como poço

de sucção da instalação elevatória;

Tubulação de recalque: canalização situada entre o orifício de saída da

bomba e o ponto de descarga no reservatório de distribuição;

Sistema de abastecimento: rede pública ou qualquer sistema particular de

água que abasteça a instalação predial.

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19

2.4.3.1 Reservatórios

De acordo com a NBR 5626:1998, os reservatórios possuem as orientações

específicas mediante o tipo de material de fabricação. A preservação da potabilidade

da água é um dos principais fatores de preocupação, e por esta razão, deve-se ter

um cuidado especial em fase de projeto para as escolhas dos materiais, face às

contaminações, como por exemplo, o tipo de material utilizado na impermeabilização

dos reservatórios.

Para seguir o devido padrão determinado pela norma, os reservatórios

impreterivelmente:

Não devem transmitir gosto, cor, odor ou toxicidade à água, ou ainda,

estimular o crescimento de microrganismos;

Devem ser um recipiente totalmente vedado e possuir tampa/porta de acesso

opaca, bloqueando a passagem de qualquer tipo de líquido ou insetos, por

exemplo, em seu interior.

Precisam de inspeções para a realização de limpezas na sua área interna,

logo deve ser instalado de modo a facilitar esta finalidade;

Devem ser fabricados por materiais resistentes à corrosão.

2.4.3.2 Tubulações

A conservação da potabilidade da água e a garantia de desempenho

adequado dos componentes às características do fluido são critérios que devem ser

seguidos durante a escolha dos materiais constituintes da rede de distribuição de

água fria, conforme orientação da NBR 5626:1998. Além disto, deve-se considerar o

local a ser implantada a rede e a viabilidade econômica (MACEDO, 2015).

A seleção para a decisão do material é trabalhosa, já que o catálogo de

materiais disponíveis no mercado é bastante amplo, segmentado em tubulações

termoplásticas e tubulações metálicas. As tubulações metálicas englobam o aço,

aço galvanizado, aço inox e cobre. Paralelamente, as tubulações termoplásticas

podem ser de policloreto de vinila (PVC), polietileno de alta densidade (PEAD),

polipropileno (PP) e polietileno reticulado (PEX/PERT) (MACEDO, 2015).

O material mais utilizado nas instalações de água fria é o PVC, polímero que

possui enormes vantagens em relação aos demais materiais. É mais leve, mais

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econômico, tem longa vida útil e baixa rugosidade, o que favorece no melhor

desempenho hidráulico (COUTO, 2014).

2.5 Instalações Prediais de Água Quente

O projeto dos sistemas prediais de água quente deve ser elaborado de

maneira que assegure que a água chegue em condições adequadas para o uso

(temperatura, qualidade e quantidade) em todos os lugares de consumo (ILHA;

GONÇALVES; KAVASSAKI, 1994).

A NBR 7198:1993, determina que as instalações prediais de água quente

devem ser projetadas e executadas de forma que:

Assegure o perfeito funcionamento dos aparelhos sanitários e das tubulações,

com pressão e velocidades adequadas e com distribuição de água de forma

constante, em quantidade suficiente e temperatura controlável garantindo

segurança aos usuários;

Conserve a potabilidade da água;

Promova conforto apropriado aos usuários;

Racionalize o consumo de energia.

De acordo com Creder (2015), o abastecimento de água quente é feito em

tubulações independentes dos de água fria, podendo ser de três sistemas:

Aquecimento individual ou local é aquele onde, a água fria é removida das

colunas normais de abastecimento e seu contato com uma fonte produtora de

calor (eletricidade, gás, óleo, etc.) eleva a temperatura, deixando em boas

condições de uso. Em geral estão situados em banheiros ou cozinha e

servem para poucos aparelhos;

Aquecimento central privado (domiciliar) há uma instalação central domiciliar,

de onde partem as canalizações para os vários pontos de utilização (cozinha,

banheiros, etc.);

Aquecimento central do edifício é o em que, existe uma instalação geral,

usualmente situado no subsolo ou no térreo de onde partem as ligações de

água quente para as demais unidades do edifício.

A temperatura adequada a qual a água está sendo destinada depende do

local e do uso, porém quando acontece de uma mesma tubulação ter que fornecer

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água em temperaturas diferentes, em alguns pontos de consumo, deve haver um

esfriamento podendo haver uma mistura com água fria, para se ter temperaturas

mais baixas (BOHN, 2012).

2.6 Instalações Prediais de Esgoto Sanitário

As instalações prediais de esgotos sanitários dispõem de canalizações, cuja

finalidade é: coletar, conduzir e afastar da edificação todos os despejos provenientes

do uso adequado dos aparelhos sanitários, além disso, é obrigatório que o destino a

serem lançadas as águas servidas seja em local apropriado, normalmente indicado

pelo poder público (CARVALHO JÚNIOR, 2013).

A NBR 6180:1999, que estabelece as exigências e recomendações relativas

aos sistemas prediais de esgoto sanitário, especifica que o dimensionamento do

projeto e a execução devem ser realizados de maneira que:

Impeça a contaminação da água;

Impossibilite o retorno dos gases e formação de depósitos no interior do

sistema, além de impedir vazamentos;

Permita o rápido escoamento da água;

Os equipamentos/aparelhos sejam dispostos de fáceis acessos para

eventuais manutenções.

2.6.1 Componentes do Sistema Predial de Esgoto Sanitário

Os principais componentes de um sistema predial de esgoto são: aparelhos

sanitários, desconectores ou sifões, ralos, caixas sifonadas, ramal de descarga,

ramal de esgoto, tubo de queda, coluna de ventilação, subcoletor, dispositivos de

inspeção, coletor predial e válvula de retenção.

Os componentes estão representados nas Figuras 9 e 10, mediante conceito

de Carvalho Júnior (2013) e Creder (2015):

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Figura 9: Elementos do sistema de esgoto sanitário. Fonte: Grabowski, 2017.

A tubulação primária recebe os despejos sólidos, ou seja, do ramal de esgoto,

tubo de queda e coletores, onde há acesso de gases. E a tubulação secundária é a

que recebe as águas servidas, que não há acesso de gases.

Figura 10: Partes constituintes de uma instalação de esgoto em corte esquemático. Fonte: Carvalho Júnior, 2013.

Ramal de descarga: parte da canalização que recebe os efluentes

diretamente dos aparelhos sanitários;

Ramal de esgoto: tubulação primária, onde recebe diretamente o despejo do

ramal de descarga ou através de um desconector;

Tudo de queda: parte da tubulação que recebe os efluentes do ramal de

descarga ou ramal de esgoto;

Subcoletor: tubulação que recebe os efluentes através de um ou mais tubos

de queda ou diretamente de ramais de esgoto;

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Coletor: canalização destinada a receber os efluentes dos subcoletores;

Desconector: dotado de fecho hídrico, é um aparelho destinado a impedir a

passagem dos gases para o ambiente, como os sifões, caixas e ralos

sifonados;

Tubo ventilador: pertencente à tubulação de ventilação, onde é ligado a

desconectores ou ramais de descarga provenientes dos aparelhos sanitários;

Ramal de ventilação: tubo ventilador que interliga o desconector, ou ramal de

descarga, ou ramal de esgoto, de um ou mais aparelhos sanitários a uma

coluna de ventilação ou a um tubo ventilador primário;

Coluna de ventilação: parte da tubulação vertical que interliga os ramais de

ventilação e/ou tubos ventiladores individuais diretamente com a atmosfera,

ou a um tubo ventilador primário, ou a um barrilete de ventilação;

Ralos sifonados e caixas sifonadas: conectam os ramais de descarga aos

ramais de esgoto e/ou coletam as águas de piso (neste caso, os ralos), além

de evitar o retorno dos gases por portar fecho hídrico;

Ralo seco: utilizado para a coleta das águas de piso, porém não há fecho

hídrico, deixando o caminho livre para o retorno dos gases;

Caixa de gordura: caixas destinadas a receber e reter os despejos gordurosos

para que, em seguida, seja realizada a remoção desse material.

2.6.2 Principais Materiais Utilizados

Brasil (1994), que refere ao Decreto-Lei n.º 207:1994, aprovou o regulamento

geral dos sistemas públicos e prediais de distribuição de água e de drenagem de

águas residuais, em que os materiais estabelecidos para as tubulações de esgoto,

entre outros, podem ser metálicos (ferro fundido), de PVC rígido e grés cerâmico.

O PVC é o mais econômico em relação ao ferro fundido, sendo o mais

utilizado nas tubulações prediais de esgotos. Deve-se ter um cuidado quanto à

temperatura de operação, já que influencia diretamente no seu desempenho. Os

tubos são leves e compridos, o que ajuda na redução de junções, e além de ser um

bom isolante acústico, possui também uma menor dilatação térmica e maior

resistência a depressões internas (FERREIRA, 2013).

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2.7 Instalações Prediais de Água Pluvial

Segundo Baptista e Coelho (2010), a finalidade das instalações de águas

pluviais é conduzir águas decorrentes das chuvas, oriunda de áreas

impermeabilizadas expostas ao tempo, até as redes públicas, sarjetas ou outros

pontos adequados.

De acordo com a NBR 10844:1989, referente a instalações prediais de água

pluvial, existem parâmetros fundamentais aos projetos das instalações de drenagem

dessas águas, de modo que garanta um ótimo funcionamento, conforto, higiene

entre outros fatores indispensáveis para seu desempenho. Para isso são estipuladas

algumas exigências e metodologias a fim de alcançar uma execução satisfatória. Ela

se emprega ao escoamento de águas pluviais em coberturas, e locais como

terrações, quintais, pátios e análogos. As instalações de drenagem devem seguir

alguns procedimentos como: coletar e dirigir a vazão de projeto através dos

dispositivos, facilitar a inspeção e limpeza, conter materiais resistentes aos esforços

estimulados pelas mudanças térmicas, choques e intempéries, utilizar materiais

compatíveis, de modo a evitar a produção de ruídos excessivos, além de suportar

pressões, garantindo resistência e durabilidade.

2.8 Patologias Comumente Encontradas nos Sistemas Hidrossanitários

O funcionamento dos sistemas prediais hidrossanitários está sujeitos às

constantes falhas que podem se tornar em problemas de grande proporção caso

não resolvidos de imediato, desta forma, é necessário seguir todas as

recomendações das normas que regem as instalações no geral, além da

normatização específica de cada material.

2.8.1 Vibrações e Ruídos

A excessiva velocidade de escoamento da água, mudanças bruscas de

diâmetro e irregularidades de dimensionamento da rede são algumas das causas

das vibrações, que se propagam pelas tubagens e caso não sejam tomadas

medidas de precaução, são também fonte de produção de ruídos (PALAS, 2013).

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Segundo a NBR 15575-6:2013, é aconselhável que as instalações e

equipamentos prediais, bem como os sistemas hidrossanitários de uso coletivo, não

causem, no interior dos dormitórios, elevados níveis de pressão sonora, por isso,

alguns requisitos devem ser levados em consideração, analisando alguns pontos

caso sejam causados por terceiros e não pelo próprio usuário, sejam eles:

descargas hidráulicas/tubulações, esgotos e bombas.

Vale ressaltar que, o conforto, não está apenas ligado a produção de ruídos,

as peças de utilização também devem promover movimentos confortáveis e seguros

aos usuários, devendo ser isentos de rebarbas asperezas ou ressaltos que possam

provocar lesões.

2.8.2 Vazamentos

É comum, em paredes de alvenaria o aparecimento de manchas de umidade,

devido ao vazamento das tubulações embutidas. Em tubulações metálicas a

principal causadora desses rompimentos é a corrosão, podendo ser localizada ou

generalizada, mesmo as peças, possuindo vida útil de 10 a 15 anos. No caso das

tubulações de plástico, como o PVC, as rupturas são resultados de: deformações

excessivas, falhas nas aplicações de soldas nos encaixes das conexões, uso de

materiais diferentes, impróprios, reparos nas tubulações hidráulicas, ou ainda

reforços e emendas não confiáveis (VIEIRA, 2016).

2.8.3 Infiltrações

As infiltrações são decorrentes dos vazamentos não tratados, sendo

aconselhável a verificação regular do correto funcionamento das prumadas e os

demais elementos constituintes da instalação. Ocorrem principalmente nas

instalações hidráulicas, devido às falhas durante a execução de impermeabilização,

caimentos inadequados para os ralos e até trincas, em virtude da má qualidade dos

materiais empregados (FERREIRA, 2014).

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2.8.4 Altas Pressões

De acordo com a NBR 5626:1998, a alta pressão em tubulações tende a

aumentar desnecessariamente o consumo da água, além de poder causar danos

nos elementos da rede. Com isso, em condições estáticas, a pressão da água não

deve ser superior a 400 kPa em qualquer ponto de utilização, e é importante

enfatizar que, o fechamento das peças de utilização não devem causar

sobrepressão nos pontos de instalação.

Para garantir que o escoamento se realize com pressão em conformidade

com o projeto, utilizam-se válvulas redutoras de pressão, minimizando riscos aos

danos nos elementos da instalação e a redução da existência de fugas (MACEDO,

2015). Ainda de acordo com a norma, o funcionamento da válvula deve ser

verificado periodicamente, de preferência através de leitura de manômetro aferido

instalado a jusante da válvula.

2.8.5 Acúmulo de Ar nas Tubulações

Um dos responsáveis pelo acúmulo de ar nas tubulações é a falta de água,

como consequência de esvaziamentos dos reservatórios. Fatores que também

causam esse transtorno também podem estar ligados ao nível da água, que quando

é relativamente baixo, causa a entrada de ar na tubulação, além de situações em

que há um desvio na trajetória da canalização (VIEIRA, 2016).

Segundo a NBR 5626:1998, quando há um grande volume de ar acumulado,

aumenta a perda de carga e limita a vazão, sendo necessário a utilização de

dispositivos que ajudem na remoção desses gases.

2.8.6 Corrosões

A NBR 5626:1998 determina que as tubulações e conexões de água fria

devem ser projetadas de modo a evitar os problemas relacionados à corrosão. Com

isso, deve se analisar os tipos de materiais adequados que preservem ou minimizem

o aparecimento dessa patologia, que acontece devido ao contato com alguns meios,

como: água, solo, atmosfera e argamassa. Entre os fatores que influenciam na

velocidade da corrosão, sobressaem: pH da água, temperatura, gases dissolvidos,

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concentração de sais e velocidade de escoamento. Os tipos mais recorrentes de

corrosão são:

Corrosão generalizada: é o tipo que aparenta uma uniformidade em toda a

área exposta ao meio corrosivo e causa a redução de espessura do tubo;

Corrosão por pite: se manifesta em pontos específicos de tubulações, ou seja,

corrosão localizada, o que a torna difícil de ser encontrada;

Corrosão galvânica: ocorre devido a junção de materiais diferentes em que há

formação de par galvânico;

Corrosão por erosão: acontece quando há danos à camada protetora formada

nos metais, devido à elevada velocidade de escoamento da água.

Os materiais mais propícios às corrosões são as tubulações metálicas, apesar

de que o cobre, sendo um dos metais mais nobres, tem reduzida corrosão e é

bastante utilizado em tubos e conexões de água fria, água quente, gás e em outras

instalações (MACEDO, 2015). De acordo com a Declaração Ambiental do Produto

(2014), o cobre possui também a facilidade de manuseamento e reciclagem ao fim

da vida útil, que é longa, limitada apenas pelo tempo de existência do edifício, no

entanto, devem-se ter os cuidados normativos durante armazenamento e instalação,

já que a exposição da superfície aos agentes quimicamente agressivos pode

acelerar o surgimento de corrosão, ocasionando vazamentos e perda da

funcionalidade que, consequentemente, reduz a vida útil.

Diferentemente dos tubos de metais, os de PVC rígido possuem alta

resistência química e à corrosão, além de uma excelente resistência mecânica, por

isso são indicados para serem usados em locais que os metais tenham facilidade de

corrosão, já que suportam a agressão das águas, alcalinas ou ácidas, sem que suas

propriedades tenham muitas alterações (SOUZA, 2011).

2.8.7 Entupimentos

As principais causas de recorrências dos entupimentos são: má utilização do

usuário - por colocação imprópria de materiais nos aparelhos -, falta de manutenção

dos sistemas, deficiência no funcionamento dos equipamentos, aparelhos e

tubagens, além de situações em que as canalizações são dimensionadas com

diâmetro inferior ao adequado (MACEDO, 2015).

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É exigido pela NBR 8160:1999 que os componentes do sistema predial de

esgoto sanitário devem ser projetados de maneira que possibilite o escoamento

adequado para a coleta dos efluentes produzidos. É necessário ainda que, os

subcoletores e coletores possuam declividade constante, respeitando os valores

mínimos de acordo com o diâmetro calculado para a tubulação, devendo obedecer a

uma declividade máxima que é de 5%, bem como, os elementos constituintes do

sistema devem permitir a inspeção, evitando assim, a obstrução dos aparelhos e

tubulações.

2.8.8 Retorno de Esgotos

Os entupimentos acumulam os resíduos nas tubulações e podem causar o

retorno dos esgotos em vários pontos, já que são interligados, assim sendo, é

necessário seja realizada com frequência a limpeza nas caixas de gordura e de

inspeção (VIEIRA, 2016).

2.8.9 Mau Cheiro

Outra patologia frequente nas instalações sanitárias é o mau cheiro, que pode

ser causado por diversos fatores. A inexistência do fecho hídrico é considerada o

principal deles, já que provoca o retorno de gases desagradáveis. O fecho hídrico,

camada de água presente nos desconectores – como vaso sanitário, sifões, caixas e

ralos sifonados, entre outros -, deve obedecer à altura mínima de 0,05 m,

especificada na NBR 8160:1999.

2.9 Manutenções

As manutenções, segundo a NBR 15575-1:2013, podem ser definidas como

conjunto de ações a serem realizadas ao longo da vida total da edificação para

conservar ou recuperar sua capacidade funcional e de seus sistemas constituintes

para atender as necessidades de conforto, bem estar e segurança dos usuários.

Os profissionais destinados à execução das manutenções das instalações

prediais de água fria e esgoto devem ser qualificados para garantir a excelência nos

procedimentos.

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Apesar de ser um custo considerável à obra, a manutenção nem sempre está

inclusa no planejamento orçamentário da edificação, potencializando ainda mais o

custo total da obra, além de gerar transtorno em virtude das constantes interrupções

para reposição dos elementos do sistema.

Como os descuidos com a manutenção é responsabilidade do proprietário ou

síndico, qualquer problema relacionado à ausência de medidas preventivas acarreta

em prejuízos financeiros de grande proporção (BRASIL, 2002).

A classificação da manutenção, de acordo com NBR 5674:1999, que orienta a

organização para um sistema de manutenção, pode ser definida como:

Manutenção rotineira: são serviços habituais, realizados pela equipe da

própria edificação;

Manutenção planejada: acontece quando a execução é previamente

determinada mediante solicitação dos usuários, laudos de inspeção e

referências quanto aos materiais utilizados;

Manutenção não planejada: são as manutenções emergenciais, demandam

de intervenção imediata.

2.9.1 Vida Útil

A vida útil de uma edificação e de seus sistemas corresponde ao seu período

de funcionalidade sem perder suas características fundamentais, não podendo ser

confundida com o prazo de garantia estabelecido por lei, segundo a NBR 15575-

1:2013.

A estrutura de uma edificação tem a sua vida útil de projeto (VUP), que é um

valor teórico para o qual o sistema é projetado, estimada em aproximadamente 50

anos, no entanto, em relação ao sistema hidrossanitário, este número é reduzido

para 20 anos, já considerando a realização da manutenção regularmente, onde é

imprescindível ter todas as informações especificadas no manual de uso, operação e

manutenção, documento entregue ao morador durante recebimento do imóvel.

É possível verificar a vida útil de projeto de variados sistemas na Figura 11,

logo abaixo:

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Figura 11: Vida útil de projeto (VUP). Fonte: NBR 15575-1:2013.

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3 METODOLOGIA

3.1 Local de Estudo

Para o desenvolvimento do presente estudo, busca-se, além do conhecimento

referente às instalações, componentes e equipamentos dos sistemas

hidrossanitários, colaborar para prevenção de possíveis irregularidades assíduas.

Para tanto, serão analisados prédios concluídos com alta e baixa longevidade

localizados no município de Maceió-AL.

De acordo com o IBGE (2017), a população estimada em 2017 da capital

Alagoana é de 1.029.129 habitantes divididos em oito regiões administrativas,

conforme Figura 12. Foi escolhida para a realização das análises patológicas a

região RA-1, que corresponde aos bairros: Poço, Jaraguá, Ponta da Terra, Pajuçara,

Ponta Verde, Jatiúca, Mangabeiras e, RA-3, aos bairros: Farol, Pitanguinha,

Pinheiro, Gruta de Lourdes, Canaã, Santo Amaro, Jardim Petrópolis e Ouro Preto.

No entanto, os edifícios residenciais a serem estudados estão localizados na Jatiúca

e no bairro Pinheiro.

A seleção dos bairros ocorreu devido aos mesmos conterem edificações que

apresentavam os recursos necessários para a realização deste estudo, além de sua

facilidade de acesso, com o consentimento dos moradores e construtoras

responsáveis.

Os prédios escolhidos possuem construtoras distintas e características

arquitetônicas variadas. No decorrer do trabalho, os prédios serão nomeados como:

A, B, C, D, E e F.

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Figura 12: Mapa da cidade de Maceió dividido em regiões administrativas. Fonte: Prefeitura Municipal de Maceió, 2005.

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3.2 Identificação dos Tipos de Patologias

A dificuldade para realizar pesquisas envolvendo patologias ocorre,

principalmente, com a possibilidade da desvalorização do imóvel através da

exposição dos seus problemas. Por meio de visitas técnicas com a garantia do

anonimato, foram coletados dados a partir de relatos descritos pelos moradores e

através do síndico, sobre o histórico das incidências de manutenções, além de

dados documentais disponíveis e registros fotográficos.

A pesquisa tem caráter qualitativa, com o intuito de realizar a verificação da

existência de anomalias e suas possíveis causas, baseando-se nos critérios de

desempenho estabelecidos pela norma NBR 15575-6:2013. Desta forma, para a

elaboração do diagnóstico dessas patologias é necessário compreender seu

funcionamento em fase de utilização, assumindo que o comportamento do edifício

será correlacionado com o desempenho funcional dos seus componentes e que, a

patologia é, na verdade, uma objeção a determinadas atividades existenciais

(RODRIGUES, 2001).

Entende-se por diagnóstico, o conjunto de métodos para interpretar e

compreender a causa de uma anomalia, por meio de inspeção visual e, às vezes,

com a realização de ensaios para um resultado mais coesivo (RODRIGUES, 2001).

Assim sendo, de posse de todas as informações, o diagnóstico obtido é fruto da

sequência lógica dos procedimentos, com o intuito de convergir para alternativas de

intervenções a serem adotadas que, além de preparar os moradores para futuras

reincidências, tornou-se possível correlacionar o grau de criticidade de cada

patologia às suas possíveis intervenções, mediante elaboração de uma planilha para

levantamento técnico da edificação.

3.3 Avaliação da Causa dos Danos

A origem das anomalias foi determinada a partir de informações quanto aos

materiais utilizados, assim como, a análise das ações de manutenções corretivas

realizadas, já que a patologia é a consequência de um determinado erro, seja ele

por falha durante projeto e/ou execução, mau uso dos equipamentos ou materiais

inadequados.

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3.4 Estimativa da Frequência das Anomalias

Com os dados coletados, tornou-se possível a elaboração de um quadro com

as manifestações patológicas encontradas, relacionando os edifícios com o seu

número de pavimentos e suas respectivas construtoras. A partir da análise desse

quadro, obtiveram-se os gráficos com a frequência de cada patologia de acordo com

o sistema atuante (água fria, água pluvial e esgoto sanitário).

Além disto, feito a verificação dos sistemas, conseguiu-se comparar os

prédios em questão e identificar qual possui menor e maior qualidade construtiva.

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4 RESULTADOS

Os dados foram coletados a partir de 06 (seis) edifícios residenciais

localizados nas regiões administrativas RA-1 (Jatiúca) e RA-3 (Pinheiro).

Os edifícios possuem construtoras distintas, identificadas por XA, XB, XC, XD,

XE e XF, em contrapartida, os prédios foram identificados por apenas uma letra,

como mostra o Quadro 1, que aponta, ainda, o tempo de uso de cada edificação em

relação ao percentual de vida útil, que, de acordo com a norma de desempenho

15575-1:2013, é de 50 anos para edificações residenciais.

Quadro 1: Tempo de uso das edificações em relação à vida útil.

Região

Administrativa Edifício Construtora

Tempo de uso

(anos)

Percentual de vida útil

(%)

RA-3

A XA 12 24

B XB 9 18

C XC 2 4

RA-1

D XD 25 50

E XE 3 6

F XF 18 36

Fonte: Autor, 2018.

O Quadro 2 relaciona os edifícios, seus respectivos números de pavimentos

com as patologias encontradas e/ou relatadas, que, na maioria das vezes, foram

ocasionadas devido a falta de manutenção adequada. As anomalias apontadas

estão divididas de acordo com o correspondente sistema de atuação, sendo eles:

água fria (AF), água pluvial (AP) e esgoto sanitário (ES).

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Quadro 2: Patologias encontradas e/ou relatadas nas edificações.

Patologias Encontradas e/ou Relatadas

EDIFÍCIOS

A B C D E F

CONSTRUTORA

XA XB XC XD XE XF

Nº DE PAVIMENTOS

10 14 20 10 12 11

AF Vazamentos X X X X X X

AF Trincas e rupturas em conexões

X X

X

AF Infiltrações X X X X X X

AF Alta Pressão

X X

AF Vibrações e ruídos

X

AF Falta d'água e acúmulo de ar na tubulação

X

AF Corrosão em tubulações e conexões

X X

AP Infiltrações X X

ES Vazamentos em sifões X X X

ES Mau cheiro X X X X

X

ES Retorno de esgotos X X X

X

ES Entupimentos X X X

X X

Fonte: Autor, 2018.

De acordo com as visitas realizadas nas edificações residenciais, foi possível

confirmar que, como já esperado, a maioria dos problemas encontrados estão

ligados ao sistema hidrossanitário, e que na maior parte dos casos é necessário

elevados custos para a correção destas falhas.

A norma de inspeção predial do IBAPE/SP (2011) classifica as anomalias de

acordo com a sua origem, sendo assim, aderindo a esta classificação, foi possível

constatar que as anomalias encontradas e/ou relatadas nos prédios visitados variam

desde as endógenas, que são problemas gerados por falhas construtivas, às

funcionais, que é a perda da funcionalidade dos elementos constituintes dos

sistemas, causados por falta de manutenção adequada.

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Levando em consideração o Quadro 2, que possui informações necessárias

para a determinação da frequência dos erros, serão expostos a seguir nos Gráficos

1,2 3 e 4, o percentual de cada patologia dentro de seu sistema atuante.

Gráfico 1: Frequência das patologias no sistema de água fria.

Fonte: Autor, 2018.

Gráfico 2: Frequência das patologias no sistema de água pluvial.

Fonte: Autor, 2018.

Gráfico 3: Frequência das patologias no sistema de esgoto sanitário.

Fonte: Autor, 2018.

100,00%

50,00%

100,00%

33,33%

16,67%

16,67%

33,33%

Vazamentos

Trincas e rupturas em conexões

Infiltrações

Alta Pressão

Vibrações e ruídos

Falta d'água e acúmulo de ar natubulação

Corrosão em tubulações e conexões

Água Fria

33,33% Infiltrações

Água Pluvial

50,00%

83,33%

66,67%

83,33%

Vazamentos em sifões

Mau cheiro

Retorno de esgotos

Entupimentos

Esgoto Sanitário

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4.1 Patologias no Sistema Predial de Água Fria

Os prédios visitados contam com, no mínimo, 10 pavimentos, todos

equipados com estações redutoras de pressão, porém apresentam sistema de

distribuição de água distintos. Os edifícios localizados na RA-3 possuem sistema de

captação de água própria, onde foi necessária a perfuração de poços, devido a uma

falha no fornecimento de água por parte da rede pública de abastecimento,

enquanto que, os situados na RA-1 possuem sistema de distribuição indireto com

bombeamento.

O estado de conservação, a condição de operação e o tipo de material

utilizado foram fatores indispensáveis para a análise de acordo com as exigências

atuais da norma de desempenho, a NBR 15575-6:2013.

As patologias encontradas no sistema predial de água fria foram decorrentes

de falhas na execução, material de má qualidade, mau uso e, principalmente, falta

de manutenção.

4.1.1 Vazamentos

Os acontecimentos de vazamentos foram encontrados em todos os prédios,

porém nos A, C, D e F ocorreram de forma similar, que foram identificados através

de manchas de umidades nas paredes, originadas por rompimentos nas tubulações.

O fato ocorrido no prédio B foi bem particular, em que o vazamento ocorreu

devido à corrosão das tubulações metálicas que possuía, tendo que haver a troca

das tubulações por outro material anticorrosivo. Outro episódio particular foi o

acontecido no prédio E, onde houve vazamento em bomba de pressurização devido

à vedação mal realizada no momento da instalação e a falta de manutenção

periódica para reparar o dano, causando o desperdício da água e o funcionamento

deficiente da bomba.

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Figura 13: Vazamento em bomba de pressurização no prédio E. Fonte: Autor, 2018.

4.1.2 Trincas e Rupturas em Conexões

As trincas e rupturas foram diagnosticadas nas conexões de PVC dos prédios

A, B e E. No prédio A, de acordo com o que foi relatado, a ocorrência desta

patologia, se deu ao fato do dimensionamento incorreto da tubulação.

No prédio B, a trinca foi causada devido à conexão ser inserida em uma

válvula de esfera fixada no registro redutor de pressão situada no 7º pavimento,

podendo afirmar também que, a alta pressão da água contribuiu para o

aparecimento das trincas, causando rompimento da tubulação, fazendo com que a

água chegasse até os poços dos elevadores, danificando-os. O prejuízo para o

conserto gerou em torno de R$ 10.500,00 (dez mil e quinhentos reais).

No prédio E, em virtude da qualidade do material utilizado ser inferior ao que

foi especificado no manual, um joelho de 45º da tubulação, situado próximo ao

gerador rompeu, espalhando a água, podendo causar um possível curto circuito,

caso não tivesse sido reparado antes.

4.1.3 Infiltrações

As infiltrações ocorrem em 100% dos prédios estudados, devido às falhas

durante execução das impermeabilizações e vazamentos não tratados. É notório

que, as principais ocorrências sucedem em prédios que possuem piscinas na

cobertura, como são os casos dos prédios C e E, que apresentavam peças

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danificadas, como os ralos das piscinas, causando infiltrações que atingiram a laje

do apartamento abaixo. Para resolver a situação foi necessário a trocar das peças.

Nos prédios A, B, D e F, as infiltrações foram identificadas e relatadas,

principalmente, em áreas molhadas, como os banheiros, onde foi descrito manchas

de mofo ou de bolor, além de bolhas na pintura dos tetos. Esses problemas foram

causados por desgaste natural dos materiais e a ineficiente impermeabilização. A

troca das tubulações, a retirada do revestimento cerâmico e a nova

impermeabilização foram as soluções para sanar tais ocorrências.

As Figuras 14 e 15, abaixo, demonstram as infiltrações encontradas nos

prédios C e D, que são semelhantes às infiltrações descritas pelos responsáveis nos

prédios A, B e F.

Figura 14: Infiltração encontrada no prédio C. Fonte: Autor, 2018.

Figura 15: Infiltração encontrada no prédio D. Fonte: Autor, 2018.

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4.1.4 Altas Pressões

O problema associado à alta pressão acontece nos dois maiores prédios, o B

e o C, sendo de extrema importância a colocação de válvulas redutoras de pressão.

No prédio B, há uma necessidade de pelo menos duas válvulas, no entanto, só

dispõe de apenas uma localizada no 7º pavimento. O prédio C possui duas válvulas

redutoras, porém não supre a necessidade da edificação, pois, casualmente leva a

quebra de aparelhos sanitários.

4.1.5 Vibrações e Ruídos

Problemas relacionados às vibrações nas tubulações, como é o caso do

prédio C, são causados, principalmente, por consequência da quantidade de

pavimentos, apartamentos e a alta pressão da água, onde mesmo contendo válvulas

redutoras de pressão são bem evidentes. Os ruídos, transtorno associado a essa

vibrações, incomodam os moradores, maiormente os que estão localizados nos

andares em que estão presentes as válvulas redutoras.

4.1.6 Falta D’água e Acúmulo de Ar nas Tubulações

De acordo com os dados registrados em campo, apenas o prédio D apresenta

este problema, já que os prédios A, B e C possuem sua própria fonte de

abastecimento, e os prédios E e F são supridos pela rede pública de abastecimento

de água.

O prédio deficiente sofre por motivos que deveriam ser previstos durante o

dimensionamento, como a frequência e duração de interrupções do abastecimento,

que especifica a NBR 5626:1998, que recomenda, ainda, além da reserva de

incêndio, ter o volume necessário para abastecer o edifício por 24h para uso

doméstico.

Em decorrência da falta de água constante no prédio em questão, o acúmulo

de ar nas tubulações é frequente, o que impossibilita a passagem de água para os

pontos de consumo, por esta razão, o edifício dispõe de duas bombas de recalque,

onde uma é acionada após a concentração de ar na outra.

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4.1.7 Corrosão em Tubulações e Conexões

Apesar de a corrosão ser uma característica presente nos metais, o bronze é

um material mais resistente à corrosão, já que possui na sua composição básica o

cobre e o estanho, porém, quando em contato com água de alta salinidade, a

tubulação pode perder a sua funcionalidade, mesmo com a realização de

tratamento. Nos casos dos prédios A e B, mesmo diante de tratamentos adequados,

tiveram toda a sua tubulação de bronze corroída, devido a captação de água de um

lençol freático que possui um pH baixo (ácido), dando cor e cheiro ao fluido, sendo

necessário a substituição de toda a tubulação por material plástico.

Nas Figuras 16 e 17 abaixo, é possível evidenciar as corrosões ocorridas nos

prédios A e B, respectivamente:

Figura 16: Conexões de bronze encontradas corroídas no prédio A. Fonte: Autor, 2018.

Figura 17: Tubulação de bronze encontrada corroída no prédio B. Fonte: Autor, 2018.

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4.2 Patologias no Sistema Predial de Água Pluvial

4.2.1 Infiltrações

Nos prédios A e B, as infiltrações ocorreram no pavimento abaixo da

cobertura, que permitia que uma grande parte da água infiltrasse, levando os

moradores a pensar que o problema estava relacionado à manta asfáltica, onde

refizeram a impermeabilização. No entanto, o problema persistia, e averiguando

melhor sua causa foi visto que a situação era consequência de uma vedação mal

realizada das tubagens.

4.3 Patologias no Sistema Predial de Esgoto Sanitário

4.3.1 Vazamentos em Sifões

Uma das funções do sifão é proteger contra o retorno dos insetos e do mau

cheiro, sendo necessário ser trocado regularmente, pois dependendo do tempo de

uso e da qualidade do material, o seu estado de conservação é reduzido. É comum

a ocorrência desse tipo de vazamento que, em geral, é decorrente da vedação

inadequada feita durante instalação ou, ainda, do aparecimento de fissuras. Apesar

de apenas três dos edifícios analisados apresentarem este tipo de problema, a

quantidade de apartamentos afetados foi de fato numerosa. O surgimento de

vazamentos que foram relatados aconteceu em pias de cozinhas, pias de banheiros

e de áreas de serviços, no entanto, os principais afetados são as pias de cozinhas e

de banheiros.

Na Figura 18 abaixo, relata o episódio sucedido em um dos apartamentos do

prédio C, onde houve o aparecimento de fissuras, consequentemente, vazamentos,

levando a perda total do material. Por conta do vazamento que atingiu os armários

da cozinha, o morador teve que arcar com o prejuízo para a substituição dos móveis,

pois os mesmos encontravam-se danificados pela umidade.

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Figura 18: Imagem meramente ilustrativa de fissuras em sifão de pia de cozinha. Fonte: SOS, 2016.

4.3.2 Mau Cheiro

Como visto no Quadro 2, quase todos os edifícios apresentaram esta

anomalia, e vários fatores podem ser considerados causadores. Pode-se dizer que

são acarretados principalmente por problemas nos sifões, tubos de ventilação e

ausência de fecho hídrico. No item 4.3.1, referente aos vazamentos em sifões, foi

mencionado que eles protegem dos maus cheiros, porém caso dimensionado e

colocado de forma incorreta deixa de exercer tal função, devido a isso, há um

retorno do mau cheiro pelas válvulas das pias, diagnosticando problema no sistema

de esgoto. O que houve nos prédios A, C, D e F, foi a danificação da caixa sifonada

que acarretou uma irregularidade perdendo a funcionalidade do fecho hídrico. Outro

fator causador é o mau desempenho dos tubos de ventilação que também provoca

essa anormalidade, em virtude do retorno dos gases com odores fétidos, gerando o

descontentamento dos proprietários, caso esse ocorrido no prédio B.

4.3.3 Retorno de Esgotos

As situações relacionadas a retorno de esgotos, ocorridas nos prédios A, B, C

e F, aconteceram de forma similar, atingindo o primeiro andar das edificações.

Porém, apesar de ter acontecido semelhantemente, o prédio B, foi o que mais

sofreu, devido à moradora não se encontrar na hora do ocorrido, facilitando o

espalhamento do esgoto que atingiu alguns móveis do apartamento. Devido a isso, a

moradora foi indenizada pelo próprio condomínio, que arcou com os prejuízos.

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O motivo que ocasionou o retorno desse resíduo foram entupimentos nas

tubulações que recebem esgotos de outras tubulações, os subcoletores e também a

inexistência de uma válvula de retenção, que impossibilita que haja o regresso dos

esgotos. O retorno aconteceu pelos ralos de banheiros e através da caixa de

gordura da cozinha.

Figura 19: Imagem meramente ilustrativa de retorno de esgotos. Fonte: Venâncio, 2014.

4.3.4 Entupimentos

Os entupimentos, é um transtorno dos sistemas de esgotos que acontece de

forma frequente em edificações e como mostrado no Quadro 2 está presentes em

cinco dos seis edifícios (A, B, C, E e F). Sua causa ocorre de forma similar em todos

eles, e estão ligados principalmente ao descarte inadequado de entulhos nos

aparelhos, feito pelas próprias pessoas que ali residem. Essas obstruções foram

mais citadas em pia de banheiro, pia de cozinha e no vaso sanitário, o que causa o

desconforto, prejudicando a comodidade dos proprietários. Nas pias de banheiros, a

obstrução ocorreu devido, ao acumulo de cabelos, de fio dental e pequenos pedaços

de algodões nos sifões o que dificultava ou impossibilitava a passagem do efluente,

na pia da cozinha, a falta de cuidado que permitia a passagem de restos de comida

e de óleos pelos ralos , e no vaso sanitário, a eliminação de papel higiênico usado,

ou até mesmo de absorventes.

A Figura 20, abaixo, evidencia o entupimento causado no prédio C:

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Figura 20: Entupimento em pia de cozinha ocorrido no prédio C. Fonte: Autor, 2018.

Outra causa dos entupimentos que ocorreram nos prédios, foram a formação

de incrustações em volta das tubulações, geradas devido a aplicação de produtos

químicos como a soda cáustica. As pessoas utilizavam esse produto, com o intuito

de desentupir, porém sem ter conhecimento, não sabiam que ao usar só resolveria

por determinado momento, ocasionando entupimentos ainda piores e mais difíceis

de solucionar, sendo necessário muitas vezes a troca da tubulação.

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5 DISCUSSÃO

Com base nos resultados alcançados todos os prédios apresentaram

patologias nos sistemas de água fria e esgoto, enquanto que, o sistema de água

pluvial foi evidenciado em apenas dois edifícios. O sistema de água fria apresentou

um percentual considerável em relação aos demais, indicando que é responsável

por 52% do total dos casos estudados, como mostra o Gráfico 4 abaixo:

Gráfico 4: Percentual de patologias nos sistemas atuantes.

Fonte: Autor, 2018.

No Quadro 3 estão sendo expostos o total de patologias em cada edificação,

indicando que o prédio D, mesmo sendo o mais antigo, foi o que menos apresentou

defeito nos sistemas, pois o mesmo dispõe de manutenções frequentes, ao contrário

dos prédios A e B, que foram os que mais apresentaram defeitos em relação aos

demais, estes precisam de um controle maior quanto às ações de manutenções

preventivas.

Quadro 3: Total de patologias em cada edificação.

Edifício Nº de

pavimentos Nº de Aptos

Nº de patologias encontradas e/ou relatadas

AF AP ES Total

A 10 60 4 1 4 9

B 14 58 5 1 3 9

C 20 216 4 0 4 8

D 10 40 3 0 1 4

E 12 56 3 0 2 5

F 11 44 2 0 3 5

Fonte: Autor, 2018.

52%

5%

43%

Água Fria

Água Pluvial

EsgotoSanitário

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Em geral, o número de apartamentos foi fator impulsionador para a presença

de problemas, embora que, de maneira singular, o prédio C, apesar de ter o um

maior número de apartamentos, trata-se de um prédio recém-entregue, em que os

apartamentos ocupados, em sua maioria, apresentaram problemas.

Entre as patologias detectadas destacaram-se com frequência os

vazamentos, infiltrações, entupimentos e o mau cheiro.

O Quadro 4 abaixo, expõe as patologias com as suas respectivas origens:

Quadro 4: Origem das patologias.

PATOLOGIAS ORIGEM

AF Vazamentos Rompimento, corrosão e vedação

inadequada nas tubulações.

AF Trincas e rupturas em conexões Dimensionamento incorreto das

tubulações, alta pressão da água e má qualidade do material.

AF Infiltrações Peças danificadas, desgaste

natural dos materiais e ineficiente impermeabilização.

AF Alta Pressão Ausência de válvulas de pressão.

AF Vibrações e ruídos Alta pressão da água.

AF Falta d'água e acúmulo de ar na

tubulação

Descontinuidade da água devido a não previsão durante o projeto e o

acúmulo de ar consequente da falta d'água.

AF Corrosão em tubulações e

conexões Água com alto índice de

salinidade.

AP Infiltrações Má vedação das tubagens.

ES Vazamentos em sifões Vedação inadequada e

aparecimento de fissuras.

ES Mau cheiro Danificação da caixa sifonada e

desempenho deficiente dos tubos de ventilação.

ES Retorno de esgotos Entupimentos.

ES Entupimentos Descarte inadequado de entulhos

nos aparelhos.

Fonte: Autor, 2018.

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Adotando a classificação do IBAPE/SP (2011), o estado das edificações

visitadas tiverem níveis diferentes em relação às adversidades acometidas, podendo

variar do mínimo, relativos a pequenos prejuízos, ao crítico, referente a males

causados à saúde e segurança dos indivíduos. De forma abrangente, as anomalias

encontradas foram as endógenas, exógenas e funcionais, que são problemas

relacionados aos materiais empregados, ao uso e utilização dos componentes ao fim

da vida útil.

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6 CONCLUSÃO

As patologias em instalações hidrossanitárias lideram o número de

ocorrências em relação às demais áreas, convertendo em normalidade a sua

aparição.

Após a elaboração do estudo, foi possível identificar através de visitas

técnicas, as patologias que estiveram presentes em menor e maior proporção,

dependendo diretamente do estado da edificação. Desta forma, foi constatado que

as infiltrações, os vazamentos, os entupimentos e o mau cheiro foram as patologias

mais frequentes nos edifícios.

Entre as principais origens das patologias encontradas estão as falhas

durante projeto/execução e a deficiente utilização dos usuários. O ato de

diagnosticar uma anomalia promove a compreensão do estado em que o sistema se

encontra, de modo a proceder com a correta intervenção e evitar o desenvolvimento

progressivo da deficiência, assim como, precaver o usuário sobre os cuidados de

preservação dos elementos que compõem as instalações.

Uma edificação que obedeceu às normas durante construção e segue-as

também na preservação, na realização de ações de manutenções preventivas - à

título de exemplo-, tende a ter um número reduzido de falhas, uma vez que, realizar

o monitoramento pode reduzir, ou até impedir, o surgimento das anomalias,

estendendo a vida útil do edifício.

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REFERÊNCIAS

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ABNT NBR 7198:1993 - Projeto e Execução de Instalações Prediais de Água Quente.

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ABNT NBR 10844:1989 - Instalações Prediais de Águas Pluviais.

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APÊNDICE – CARTILHA COM RECOMENDAÇÕES PARA PRECAVER OS

USUÁRIOS DE POSSÍVEIS ANOMALIAS

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