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ANÁLISE DE VIABILIDADE DE INVESTIMENTO EM FROTA PRÓPRIA
DE VEÍCULO TRUCK EM EMPRESA DO RAMO INDUSTRIAL.
SCHOSSLER, Ana Flávia1
PAULA, Thais Mara2
CAMARGO, Gilmar 3
RESUMO
O objetivo deste artigo foi de demonstrar a viabilidade econômica e financeira em adquirir
frota própria em uma empresa do ramo industrial da cidade de Toledo. Foram utilizados
métodos de pesquisa exploratório, através da análise de dados coletados na empresa, custos
fixos e variáveis que englobam o processo de transporte, e também cálculos financeiros como
valor presente liquido, taxa mínima de atratividade, taxa interna de retorno e payback que
auxiliaram na tomada de decisão. Que levou a um resultado aceitável para o projeto a curto e
longo prazo.
PALAVRAS-CHAVE: Viabilidade; Frota própria; Terceirização.
1 INTRODUÇÃO
A operação logística no Brasil pode ser considerada recente, seu desenvolvimento se
destaca em razão do aumento da demanda e da competitividade do mercado. Tal
competitividade exige que os empresários brasileiros busquem reduzir custos em nível de
prestação de serviços. Neste sentido, a logística tem como função atender as exigências do
cliente destacando-se na redução dos prazos de entrega, disponibilidades de produtos e
atendimento na entrega no prazo determinado.
Visando reduzir estes problemas, bem como, evitar transtornos com a comunicação
entre a empresa, a transportadora e os motoristas, este estudo buscou analisar a viabilidade da
aquisição de uma frota própria. Neste contexto, os estudos de viabilidade surgem no mundo
empresarial com o intuito de produzir informações para diminuir o dilema entre a realização
própria de determinadas atividades e a sua terceirização (BONACIM et al, 2008 apud BESEN
et al, 2017).
1 Pós-graduanda do curso de MBA em Administração Financeira, contábil e controladoria da Pós-Graduação da
Faculdade Assis Gurgacz – Fag. 2 Pós-graduanda do curso de MBA em Administração Financeira, contábil e controladoria da Pós-Graduação da
Faculdade Assis Gurgacz – Fag. 3 Professor orientador do curso MBA em Administração Financeira, contábil e controladoria da Pós-Graduação
da Faculdade Assis Gurgacz – Fag.
2
Com o investimento pretende-se atender as demandas e exigências do mercado, tornar
os serviços mais ágeis, facilitar a comunicação entre a empresa e os motoristas, evitando
“ruídos”, fortalecimento da marca. Bem como cortar custos com frete além de ter um
gerenciamento melhor sobre a carga.
O estudo também fez um diagnóstico do volume mensal de carregamento, da
quantidade de caminhões que serão necessários e a quantidade de produtos que poderão ser
enviados. Além de, verificar quais os custos mensais que englobam todo o processo de
transporte como fretes, seguro, taxas e impostos, a quantidade de funcionários necessários.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Nesta seção serão apresentados os principais fundamentos teóricos que dão suporte a
este estudo, e que auxiliam nas análises posteriores. Inicialmente faz-se uma explanação sobre
análise de investimento e os principais cálculos, após sobre logística, as diferenças entre frota
própria e terceirizada e por fim as Leis que regulamentam os caminheiros.
2.1 ANÁLISE DE INVESTIMENTO
Poder mensurar a viabilidade e o retorno de certo investimento é de tamanha
importância em meio ao atual cenário econômico, definido por mudanças constantes, leva às
empresas enfrentar um ambiente competitivo e que busquem novas estratégias para agregar
valor de mercado. Por meio das análises financeiras é possível definir o investimento a fazer,
realizar seu acompanhamento e verificar o retorno do investimento ao decorrer dos períodos
que podem ser definidos por meses ou anos (LEMES JUNIOR; RIGO; CHEROBIM, 2002).
Segundo Piacenti (2015), em uma operação financeira de investimento, há várias
situações que interferem na decisão de escolha ou recusa de um determinado projeto. A
análise de investimento busca demonstrar se existe ou não a viabilidade de um investimento.
Envolve aplicação de recursos em longo prazo com o objetivo de trazer um retorno a empresa.
De acordo com Kuhnen e Bauer (2001, p.389) o conceito de análise de investimento
pode hoje ser um conjunto de técnicas que permitem a comparação entre resultados de tomada
de decisões referentes a alternativas diferentes de uma maneira científica. Assim, a análise de
investimento mostra a importância de se te rum planejamento financeiro antes da execução do
projeto, pois vai demonstrar se a situação é viável ou não.
De acordo com Hilbig e Oliveira (2016), quando se vai investir é necessário
planejamento. É preciso avaliar todas as variáveis, por exemplo, se este investimento é viável,
3
se há demanda, se terá lucratividade, qual o tempo necessário para este investimento dar um
retorno e se será satisfatório, e principalmente avaliar os riscos. A viabilidade de investimento
é uma ferramenta importante para indicar a origem e o destino dos gastos necessário para
construção de um projeto.
Por fim, a análise de investimento é embasada através de métodos contábeis e
financeiros, onde se processam os dados, equações e cálculos. Entre os indicadores podemos
citar o Valor Presente Líquido (VPL), Taxa Mínima de Atratividade (TMA), Taxa Interna de
Retorno (TIR), Payback Descontado.
2.1.1 Valor presente líquido (VPL)
Segundo Puccini (1999) o método do Valor Presente Líquido (VPL) tem como
finalidade, a determinação, em termos de valor presente, do impacto dos eventos futuros
associados a um projeto ou alternativa de investimento. Para isso, calcula-se o valor presente
líquido dos fluxos de caixa gerados pelo projeto ao longo de sua vida útil. Não existindo
restrição ao capital, argumenta-se que esse critério leva a escolha ótima, pois maximiza o
valor da empresa.
O Valor Presente Líquido considera o valor do dinheiro no tempo, tendo em vista que o
valor que vamos receber no futuro não vale o mesmo que agora.
“O método do valor presente líquido (VPL) tem por finalidade calcular, em
termos de valor presente, o impacto dos eventos futuros associados a uma
alternativa de investimento, ou seja, ele mede o valor presente dos fluxos de
caixa gerados pelo projeto ao longo de sua vida útil.” (SAMANEZ, 2007)
O cálculo do VPL pode ser feito pela seguinte fórmula:
Figura 1 – Fórmula VPL.
Fonte: Samanez, 2007.
De acordo com Assaf Neto e Lima (2011) é possível o investimento ser viável se o
resultado for zero ou maior. Se for zero, significa que o investimento se paga ao longo tempo,
mas não está gerando lucro. Já se for negativo, significa que não se deve investir, pois irá
gerar prejuízo.
4
2.1.2 Taxa mínima de atratividade (TMA)
Essa taxa demonstra o retorno mínimo que se espera de um investimento. Uma das
referências para as empresas brasileiras é a Taxa SELIC, que é a taxa básica de juros da
economia brasileira.
“Através da taxa mínima de atratividade o investidor poderá constatar se
estará obtendo ganhos monetários. Para se ter um melhor investimento,
deve-se escolher o investimento que trará uma taxa superior a TMA, pois
apesar do risco ser maior o rendimento acumulado também será mais
vantajoso.” (CASAROTO, 2008 apud HILBIG; OLIVEIRA, 2016)
Portanto, qualquer investimento só será vantajoso se for maior que a taxa mínima de
atratividade. Já se for menor, não se torna viável.
2.1.3 Taxa interna de retorno (TIR)
Taxa de lucratividade esperada dos projetos de investimento, para obtermos essa taxa
pode-se partir de dois elementos fundamentais: o preço de oferta do bem de capital e as
entradas previstas que serão proporcionadas pela operação deste ativo (fluxo de caixa = lucro
operacional + depreciação) (LEITE, 2004).
De forma simplificada, é a taxa que iguala o VPL a zero. Ou seja, ele iguala o capital
de um investimento com os retornos futuros ou saldo de caixa. É expressa em forma de taxa
percentual (BONA, 2016).
“O método da TIR não tem como finalidade a avaliação da rentabilidade
absoluta a determinado custo do capital (processo de atualização), como o
VPL, mas, ao contrário, seu objetivo é encontrar uma taxa intrínseca de
rendimento. Matematicamente, a TIR é uma taxa hipotética que anula o
VPL.” (SAMANEZ, 2007)
Sua fórmula se dá pela seguinte maneira:
Figura 2 – Fórmula TIR.
Fonte: Samanez, 2007.
5
Para que o projeto seja viável a TIR deve ser maior ou igual que a TMA, ou seja, o
retorno é maior ou igual ao mínimo que se espera receber. Quando a TIR é menor que a
TMA, é considerado inviável.
2.1.4 Payback Descontado
Segundo Piacenti (2015), o payback, ou período de recuperação do capital,
corresponde ao tempo decorrido entre o investimento inicial e o momento no qual o lucro
líquido acumulado se iguala ao valor desse investimento.
O payback é um indicador que mede quanto tempo um projeto levará para retornar o
investimento. Existem duas fórmulas de se calcular. O tradicional e o descontado.
O payback tradicional, não considera o valor do dinheiro no tempo. De acordo com
Hilbig e Oliveira (2016) podemos assimilar que quanto maior for o lapso temporal, maior será
o risco, assim sendo os investidores procuram realizar o investimento com base em um
retorno de capital que apresente um tempo razoável deste retorno, para então diminuir esta
incerteza.
Já o payback descontado considera o valor do dinheiro no tempo, atualiza os fluxos
futuros de caixa a uma taxa de atratividade, trazendo os fluxos a valor presente, para depois
calcular o período de recuperação (BRUNI, 2008).
Segundo Assaf (2011, p. 379) para o cálculo do Payback Descontado “deve-se primeiro
trazer cada uma das entradas de caixa a valor presente, descontando esses fluxos a uma taxa
de juros que represente a rentabilidade mínima (custo de oportunidade) exigida pela empresa
na aceitação do projeto”.
Portanto, quanto mais tempo levar para recuperar o investimento, menos atrativo ele
fica e maior a possibilidade de prejuízo.
2.2 LOGÍSTICA
A logística é responsável por administrar e coordenar os recursos utilizados para a
movimentação de equipamentos, produtos e materiais das empresas.
Ballau (2007, p. 24) afirma o seguinte:
“A logística empresarial trata de todas as atividades de movimentação e
armazenagem, que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição
da matéria-prima até o ponto de consumo final, assim como dos fluxos de
informação que colocam os produtos em movimento com o propósito de
providenciar níveis de serviço adequados aos clientes a um custo razoável.”
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Uma forma de reduzir e de melhorar o custo logístico é avaliar o investimento de
aquisição de veículos próprios para realização da distribuição de materiais ou produtos. Além
de manter o controle preciso da operação e evitar gastos e desperdícios desnecessários. A
logística agrega valor nos produtos e serviços indispensáveis para satisfazer os clientes finais
e para um aumento das vendas (BALLOU, 2006).
A logística faz parte do custo do produto e é fundamental para atribuir valor a
mercadoria. É o processo que vai desde o planejamento até a execução e controle do
transporte e armazenamento de mercadorias dentro e fora das empresas. Visa que o produto
chegue no tempo certo, nas condições desejadas e no destino certo, e ao mesmo tempo atingir
a satisfação do cliente.
2.3 FROTA TERCEIRIZADA
A terceirização é um processo pelo qual uma empresa deixa de executar uma ou mais
atividades realizadas por trabalhadores diretamente contratados e as transfere para outra
empresa.
Queiroz (1998, p. 48) define terceirização:
“É uma técnica administrativa que possibilita o estabelecimento de um
processo gerenciado de transferência, a terceiros, das atividades acessórias e
de apoio ao escape das empresas que é a sua atividade fim, permitindo se
estas se concentrarem no seu negócio, ou seja, no objetivo final.”
É uma pratica que pode reduzir custos e criar vantagens competitivas. Mas também é
preciso muita atenção na hora da contratação. Pois não oferecem o que o mercado espera, não
atendem o nível de serviço desejado. Uma vez que o terceiro responde por todos seus
serviços, como manutenção do veículo, despesas de viagem e alimentação, entre outros.
2.4 FROTA PRÓPRIA
Atualmente a logística de transportes tem um papel fundamental para o sucesso na
competitividade das organizações dentro de toda a cadeia de suprimentos. A logística agrega
valor nos produtos e serviços indispensáveis para satisfação dos clientes finais e para o
aumento das vendas (Ballou, 2006).
Frota própria é caracterizada por conter veículos próprios que realizam operações de
transporte exclusivamente para o seu negócio.
7
A aquisição de frota própria apesar de necessitar certo percentual de investimento, é
capaz de minimizar alguns riscos. Então se o objetivo da empresa é realizar a distribuição
com eficiência e um serviço de qualidade e segurança, o investimento inicial pode ser
recuperado ao longo prazo. Com isso a empresa obtém bens no ativo, tal aquisição pode
reverter em pontos positivos à organização, como: fortalecimento da marca, redução de custo
e ser reconhecida por sua competitividade no mercado (BALLOU, 2011).
Benzecry e Nazário (2008) indicam que a frota própria muitas vezes é a opção das
empresas, pois nem sempre a frota terceirizada atenderá as expectativas dos clientes quanto à
qualidade do serviço prestado. Geralmente a decisão das empresas sobre o tipo de frota vai
depender de fatores como confiabilidade do serviço, redução no tempo do ciclo, capacidade
de reação às situações emergenciais e melhora no relacionamento com o cliente.
2.5 LEIS E REGULAMENTOS DOS CAMINHONEIROS
A legislação de trânsito e transporte de cargas muda a cada período. Além das
documentações exigidas o empregado que atua no setor precisa estar sempre atualizado para
garantir a adoção das melhores táticas a fim de cumprir normas e leis.
Segue algumas leis específicas:
Lei 12.619/2012 A leis do descanso prevê que o motorista profissional tem direito a
intervalo de uma hora para refeição e repouso diário de 11 horas a cada 24 horas de
trabalho.
Lei 11.442/2007 A leis do transporte rodoviário de cargas determina que o
transportador assuma qualquer prejuízo derivado de dano, perda ou avaria desde o
recebimento até a entrega.
Lei 13.103/2015 A lei do motorista que assegura os direitos aos motoristas de
atendimentos sociais todas as empresas devem seguir as diretrizes nacionais e
estaduais quando existirem.
3 MÉTODO DE PESQUISA
Metodologia é a área que se aplicam os métodos praticados na pesquisa. Do ponto de
vista técnico, utilizou-se como método o estudo de caso. Conforme Gil (1996, p.59) “É o
estudo de caso um método de pesquisa exploratório e investigativo, sendo dados que
descrevem uma totalidade do processo da entidade, em suas relações internas e culturais”.
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É caracterizada como exploratória, pois tem afinidade com o problema, tornando claro
em relação a hipóteses. Sendo necessário um levantamento bibliográfico, entrevistas com
indivíduos que tiveram conhecimentos práticos em relação ao problema pesquisado,
estimulando a compreensão dos fatos (GIL, 1996).
“A investigação exploratória é realizada em área que há pouco conhecimento
acumulado e sistematizado” (VERGARA 2013, p. 41).
Além disso, a pesquisa tem como método qualitativo. A pesquisa qualitativa busca
entender, descrever, explicar os fenômenos sociais de modos diferentes: analisando
experiências de indivíduos ou grupos, examinando interações e comunicações que estejam se
desenvolvendo e investigando documentos (textos, imagens, filmes ou músicas) ou traços
semelhantes de experiências e integrações (FLICK, 2009).
De acordo com Richardson (1999), os estudos que empregam uma metodologia
qualitativa podem descrever a complexidade de determinado problema, analisar a interação de
certas variáveis, compreender e classificar processos dinâmicos vividos por grupos sociais.
Portanto, foram analisados documentos da empresa, realizados cálculos de
investimento e de viabilidade, custos, pesquisa de preços, depois tabular os dados, para se
chegar uma conclusão positiva ou negativa.
3.1 OBJETO DE ESTUDO
Quanto à escolha do objeto de estudo, as pesquisas podem ser classificadas em: estudo
de caso único, estudo de casos múltiplos, estudos censitários ou estudos por amostragem. Ao
se tratar do objeto de estudo, será basicamente a empresa em si, como uma forma de estudo de
caso único. Através de dados, relatórios retirados da empresa, para que seja feito cálculos de
viabilidade.
Os estudos de casos podem ser classificados segundo (YIN, 2001; VOSS et al., 2002):
seu conteúdo e objetivo final (exploratórios, explanatórios, ou descritivos) ou quantidade de
casos (caso único – holístico ou incorporado ou casos múltiplos – também categorizados em
holísticos ou incorporados). A principal tendência em todos os tipos de estudo de caso, é que
estes tentam esclarecer o motivo pelo qual uma decisão ou um conjunto de decisões foram
tomados, como foram implementadas e com quais resultados alcançados (YIN, 2001).
9
3.2 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS
Os procedimentos necessários para realização da pesquisa, refere-se à maneira como
os dados são coletados. Ou seja, como, quando, com quem e onde serão coletados os dados.
Para a realização deste trabalho, os procedimentos serão basicamente documentais e
bibliográficos.
Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, pois é necessário identificar o que já se foi dito
sobre este tema, além de oferecer uma quantidade enorme de informações. Este tipo de
investigação baseia-se na análise de livros, artigos, dicionários e enciclopédias.
(MASCARENHAS, 2012)
Além de ser também uma pesquisa documental, onde serão analisados os dados da
empresa, que atualmente atua com frota terceirizada e utilizar os dados necessários para
realização de cálculos financeiros e econômicos para conseguir identificar se existe a
possibilidade de se adquirir frota própria ou não.
De acordo com Mascarenhas (2012). “à pesquisa documental é parecida com a
bibliográfica, a única diferença é o tipo de fonte. na documental, lançamos mão de fontes que
não tem o objetivo de analisar o assunto em questão, mas com documentos que registrem
informações sobre o tema.” Como relatórios de empresas, balanços patrimoniais, registros,
etc.
Para a realização da pesquisa bibliográfica foram utilizados livros, periódicos, artigos
online e impressos e legislação em periódicos eletrônicos. Já a pesquisa documental, como o
nome já diz, é feita através de documentos autênticos, que contemplam documentos oficiais,
cartas, contratos, tabelas estatísticas e relatórios de empresas. Segundo Beuren (2008), são
materiais que ainda não receberam uma análise mais profunda, busca-se extrair desses
documentos alguma informação e lhe dar um valor.
A empresa investigada atua no ramo industrial da cidade de Toledo e que atualmente
atua com frota terceirizada. Foram usados dados dos últimos 12 meses, pois assim, teremos
uma pesquisa mais atual e de maior abrangência. Além de informações coletadas através de
conversa com os funcionários da empresa. Por fim, com um confronto dos dados e uma
análise de investimento chegaremos a uma conclusão se é viável ou não para esta empresa
adquirir uma frota própria ou continuar atuando com frota terceirizada.
10
4 RESULTADO E DISCUSSÃO
Segundo Ballou (2006), dentro da logística empresarial, que realiza a gestão integrada
das atividades de movimentação, transporte e armazenagem, a distribuição física entra como
uma atividade que preenche a lacuna de tempo e espaço entre os pontos de processamento da
empresa e seus clientes. De forma simples e genérica, a distribuição física é responsável por
executar a tarefa de retirar os produtos do ponto de origem e colocá-los no ponto de destino,
de acordo com a necessidade de cada cliente.
A Empresa, objeto deste estudo, produz ração animal para clientes da região e realiza
as entregas diretamente aos seus clientes, por meio da contratação de veículos terceirizados de
uma transportadora.
Para expor a importância da implantação da frota própria na empresa em estudo,
ouvimos dos coordenadores de atendimento ao cliente alguns pontos quanto à implantação da
frota própria na empresa. Com base nos depoimentos, observaram-se os seguintes pontos que
se pretende melhorar com a implantação da frota própria: entregas dedicadas, redução nos
atrasos de entregas, flexibilidade na tomada de decisões, rastreamento das entregas, clientes
mais satisfeitos.
Após analise dos pontos de melhoria com a implantação da frota própria, foram
realizados levantamentos documentais da situação atual das entregas da empresa e a análise
de viabilidade para implantação deste projeto.
O quadro 01 demonstra de forma resumida os custos obtidos com o transporte via frota
terceirizada no ano 2018/2019:
Quadro 01 - Custos: transporte via frota terceirizada em 2018/2019
Fonte: Os autores
O estudo mostrou que nos últimos 12 meses, a empresa realizou um total de 2.046
entregas para os clientes na região. O valor do frete é calculado de acordo com a distância que
cada cliente fica da empresa. No último ano, o total gasto em fretes foi de R$ 1.982.500,51, o
que representa um gasto com frete médio por embarque de R$ 968,96.
Com base no volume de cargas e entregas foi realizada uma pesquisa documental
levantando dados internos da empresa, como o volume de entregas do último ano e constatou-
se a necessidade de aquisição dos caminhões para realização das entregas, quantificando a
Nº de Embarques
Período
Nº de Embarques /
Média Dia
Frete Total
Período
Frete Médio /
Embarque
2.046 5.5 R$ 1.982.500,51 R$ 968,96
11
necessidade de compra de 6 caminhões para aquisição da frota, que demandam também a
contratação de 6 motoristas.
Contudo, o levantamento da quantidade dos caminhões necessários para atendimento
da frota própria foi feito através de orçamentos em concessionárias de veículos, sendo feita a
opção pela melhor proposta comercial para aquisição de caminhões seminovos.
Quantificaram-se ainda necessidades para aquisição de equipamentos, como carrocerias e
equipamentos de distribuição, totalizando R$ 1.245.000,00 conforme exposto no quadro 2. As
aquisições abaixo serão pagas com capital próprio sem a necessidade de financiamentos.
Quadro 2 – Valor total dos investimentos iniciais.
Tipo Unidade R$ Total R$
Caminhão Truck 6 195.000,00 1.170.000,00
Carroceria 6 12.500,00 75.000,00
Total 1.245.000,00
Fonte: Os autores
4.1 SELEÇÃO DO CAMINHÃO
O caminhão escolhido para aquisição foi o Volkswagen Constellation 24.330 (truck, 3
eixos, tração 6x2) (fig. 3), fabricado no ano de 2016. De acordo com o as informações do site
da Volkswagen Caminhões, este modelo é ideal para operações rodoviárias e de distribuição,
com capacidade máxima para transportar aproximadamente 14 toneladas liquidas de carga.
Segundo informações do site da MAM Latin America, esse caminhão possui um
motor de 330 cavalos de potencia. Isso garante de acordo com transportadores consultados um
desemprenho satisfatório em entregas localizadas em zonas rurais, onde é muito comum que
pontos do trajeto não tenham asfaltamentos e sentem alto grau de inclinação, como é o caso
das entregas aos clientes da Empresa em questão, exigindo um motor com capacidade de
resposta adequada.
Figura 03 - Volkswagen Constellation 24.330 ano 2016
Fonte:www.mecanicaonline.com.br
12
4.2 SELEÇÃO DA CARROCERIA
A carroceria graneleiro escolhida para aquisição foi o modelo semelhante da figura 4
em Truck Noma, fabricado pela empresa Taba Carrocerias e Carretas.
A figura 03 demonstra o aspecto visual deste modelo:
Figura 4 - Carroceria Graneleiro
Fonte: https://www.tabacarrocerias.com.br/carroceria/114
4.3 CUSTOS FIXOS
No conceito de Leone (2000, p. 55), os custos fixos “... São custos (ou despesas) que
não variam com a variabilidade da atividade escolhida...”. Ou seja, não variam de acordo com
a quantidade produzida, não possuem relação com a fabricação dos produtos.
Para Bruni (2008, p. 70), “Os gastos fixos são aqueles que não oscilam conforme os
volumes de produção e vendas. Ou seja, em determinado período de tempo e em certa
capacidade instalada não variam, qualquer que seja o volume de atividade da empresa”.
Para realização das entregas com frota própria foi realizado um levantamento de
custos fixos. Os custos fixos são pagos independentemente da utilização do bem, no caso da
frota própria são: licenciamento anual dos caminhões, manutenções/revisões preventivas no
caminhão, seguro do caminhão, salário dos motoristas e encargos.
No quadro 3 são apresentados os valores totais dos custos fixos que irão incorrer na
empresa com a aquisição de frota própria.
13
De acordo com as pesquisas de mercado realizadas, os Profissionais no cargo de
Motorista de Caminhão trabalhando na cidade de Toledo-PR tem uma média salarial de R$
2.003,51 para uma jornada de trabalho de 44 horas semanais de acordo com informações
oficiais do CAGED de 2018/2019.
Para o cálculo do custo anual, utilizou-se a ferramenta de cálculo de folha de
pagamento online da Fpag. Somando-se, o salário de ambos os motoristas, mais encargos
sociais e trabalhistas, chegou-se em um total de R$ 186.086,16 por ano.
Para o cálculo do licenciamento, que incluí IPVA e seguro obrigatório, utilizou-se a
taxa de 1% sobre o valor dos caminhões ao ano conforme legislação do ano de 2019, sem
incluir o valor da carroceria. Dessa forma, considerando valor de tabela FIPE do caminhão de
R$ 181.126,00 chegou-se a um valor anual de IPVA e seguro obrigatório de R$ 10.867,56,
referente aos seis veículos.
Para o cálculo do seguro, realizou-se uma pesquisa junto aos transportadores que
possuem veículos similares. De acordo com o tipo e valor do caminhão a ser adquirido,
estimou-se o valor de R$ 25.500,00 para cada um deles, totalizando R$ 153.000,00 anuais.
O quadro 03 demonstra de forma resumida o os custos fixos anuais oriundos da
utilização de frota própria:
Quadro 3 – Custos fixos
Descrição Valor total
Valor total do licenciamento anual dos caminhões R$10.867,56
Valor de seguro total dos caminhões anual R$153.000,00
Total de custo anual com funcionários R$186.086,16
Custo Fixo Total R$350.000,00 Fonte: Os autores
4.4 CUSTOS VARIÁVEIS
Martins (2003) descreve que os custos variáveis estão atrelados diretamente ao volume
da produção. Exemplificando, observa-se o valor global de consumo dos materiais diretos por
mês, onde quanto maior a produção maior será seu consumo. Portanto, num período de tempo
(mês para este caso) o custo dos materiais diretos varia de acordo com a produção, então,
materiais diretos são considerados um custo variável.
No entendimento de Bruni (2008, p. 77), os custos variáveis são aqueles cujo
comportamento depende dos volumes e produção de vendas. O seu valor total altera-se
14
diretamente em função das atividades da empresa. Podem ser custos – quando produtivos – ou
despesas – quando associados à administração ou vendas.
Neste estudo, custos variáveis são aqueles que ocorrerão de forma proporcional à
quilometragem que cada um dos caminhões fará em determinado período de tempo.
Os itens de custo variável mensurados foram: peças e acessórios, combustíveis
(diesel), lubrificantes, lavagens e pneus. Os custos estimados atribuídos listados no quadro 4,
levou-se em conta o total percorrido de 395.491 quilômetros, considerando uma média
mensal de 32.958 quilômetros.
Os custos variáveis foram quantificados em aproximadamente R$395.000,00 anual.
Com base em pesquisa de mercado, foi possível identificar que os custos variáveis dentro da
logística são distribuídos da seguinte forma: combustíveis 60% do custo total, peças e
acessórios 20%, pneus 15%, lavagem 3% e lubrificantes 2%.
Quadro 4 - Custos Variáveis Anuais
Item Valor Anual
Peças e Acessórios R$79.000,00
Combustível R$237.000,00
Lubrificantes R$7.900,00
Limpeza R$11.850,00
Pneus R$59.250,00
Total Anual R$395.000,00 Fonte: Os autores
Para o cálculo e análise do fluxo de caixa projetado utilizou-se de um reajuste anual de
10% referente a dissídios e inflação em um período de 4 anos, valores expostos no quadro 5.
Quadro 5 – Fluxo de caixa projetado.
Dados Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
(+) Receitas R$1.982.500,51 R$2.180.750,56 R$2.398.825,62 R$2.638.708,18
(-) Custos e despesas
variáveis R$395.000,00 R$434.500,00 R$477.950,00 R$525.745,00
(-) Custos e despesas
fixas R$350.000,00 R$385.000,00 R$423.500,00 R$465.850,00
(=) Saldo de caixa R$1.237.500,51 R$1.361.250,56 R$1.497.375,62 R$1.647.113,18
(-) Investimento R$1.245.000,00 - - -
Fluxo de caixa -R$7.499,49 R$1.353.751,07 R$2.851.126,69 R$4.498.239,87 Fonte: Os autores.
Após análise do fluxo de caixa projetado para o projeto observou-se que no segundo
ano é possível obter valores positivos com o investimento.
15
Por meio da utilização da calculadora HP-12C, encontrou-se um resultado positivo de
R$4.776.546,62. De acordo com Piacenti (2015) esse projeto pode ser aceito, uma vez que o
VPL obtido é maior que zero.
Como já visto a TIR é a taxa que torna o valor do VPL de um investimento nulo. Por
meio da utilização da calculadora HP-12C, chegou-se a uma taxa positiva para TIR de
155,50%. Para os cálculos do VPL e da TIR foi utilizada uma TMA de 12%, o que torna
projeto aceitável.
Quadro 6 – Payback descontado
Ano Fluxo de caixa Fluxo descontado Saldo
0 R$-1.245.000,00 R$-1.245.000,00 R$-1.245.000,00
1 R$1.982.500,51 R$1.770.089,74 R$525.009,74
2 R$1.982.500,51 R$1.580.437,26
3 R$1.982.500,51 R$1.411.104,70
4 R$1.982.500,51 R$1.259.914,91
Fonte: Os autores.
Conforme demonstrado no quadro 6 ( resultados obtidos através da calculadora HP-
12C), o capital investido é possível ser recuperado já no primeiro ano de investimento,
considerado o projeto viável.
5 CONCLUSÃO
O objetivo do estudo de caso foi analisar a viabilidade financeira e econômica de
aquisição de frota própria de veiculo Truck para uma empresa do ramo de nutrição animal, a
fim de otimizar os serviços, reduzir reclamações de clientes e a redução de custos com
transporte.
Conforme os resultados apresentados, os três objetos matemáticos utilizados para
analisar a viabilidade do projeto indicaram, através dos critérios de decisão, que o projeto
pode ser aceito.
O VPL apresentou um valor positivo de R$4.776.546,62, ou seja, VPL maior que zero
torna o projeto viável. A TIR apresentou uma taxa positiva de 155,50%, sendo maior que a
TMA de 12% indicado para o projeto. Por fim, o payback descontado indicou que o capital
investido é recuperado já no primeiro ano de investimento.
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Dessa forma, conclui-se que o projeto analisado é considerado viável financeira e
economicamente para a empresa em questão, com aquisição dos veículos Truck’s como frota
própria.
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