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ANÁLISE DE VIABILIDADE E RISCO ECONÔMICO DE INVESTIMENTO NA MODERNIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS EM UMA EMPRESA DE ALIMENTAÇÃO COLETIVA MARCOS VENICIO BRAZ DE ASSIS (UNIARA ) [email protected] Claudio Luis Piratelli (UNIARA ) [email protected] ANDRE LUIZ FRANCO (UNIARA ) [email protected] Antonio Agide Mota Junior (UNIARA ) [email protected] Cleber Peres (UNIARA ) [email protected] A mudança ocorrida no ambiente competitivo das empresas tem provocado atualmente a necessidade de inovação na estratégia de gestão. Em ralação as indústrias, estas estratégias estão na maioria das vezes atreladas a necessidade de modernizaçção dos processos produtivos, na busca pela melhoria da produtividade, qualidade e menores custos de produção. As empresas de alimentação coletiva, estão entre aquelas que têm sofrido significativamente o impacto desta dificuldade e, devido a problemas em seus processos produtivos provocados pela falta de modernização da produção, tem incorrido em margem de lucro reduzida e problemas de padrão de qualidade. O objetivo deste trabalho foi analisar a viabilidade econômica e riscos de investimento em uma empresa de alimentação coletiva, utilizando-se para este estudo, os métodos tradicionais de análise de investimentos da engenharia econômica (EE) em conjunto com a Simulação de Monte Carlo (SMC). Foram definidos três cenários para o problema em questão: otimista, pessimista e mais provável - sobre os quais foram perturbadas, distintamente, variáveis como demanda de produção, faturamento, preço de vendas, despesas operacionais, custos de produção - considerando para uma análise final, uma taxa mínima de atratividade de 17,50% aa. Os resultados indicaram um risco de 100% para o cenário pessimista, nenhum risco para o otimista e 51,50% de risco para o cenário mais provável. Concluiu-se através desta pesquisa, que os métodos de análise de investimentos, quando aplicados de forma ortodoxa e sem a aplicação de simulações, não são suficientes para apurar os riscos em projetos de investimentos. XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil João Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016.

ANÁLISE DE VIABILIDADE E RISCO ECONÔMICO DE INVESTIMENTO ... · margem de lucro reduzida e problemas de padrão de qualidade. O objetivo deste trabalho foi analisar a viabilidade

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ANÁLISE DE VIABILIDADE E RISCO

ECONÔMICO DE INVESTIMENTO NA

MODERNIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS

EM UMA EMPRESA DE ALIMENTAÇÃO

COLETIVA

MARCOS VENICIO BRAZ DE ASSIS (UNIARA )

[email protected]

Claudio Luis Piratelli (UNIARA )

[email protected]

ANDRE LUIZ FRANCO (UNIARA )

[email protected]

Antonio Agide Mota Junior (UNIARA )

[email protected]

Cleber Peres (UNIARA )

[email protected]

A mudança ocorrida no ambiente competitivo das empresas tem

provocado atualmente a necessidade de inovação na estratégia de

gestão. Em ralação as indústrias, estas estratégias estão na maioria

das vezes atreladas a necessidade de modernizaçção dos processos

produtivos, na busca pela melhoria da produtividade, qualidade e

menores custos de produção. As empresas de alimentação coletiva,

estão entre aquelas que têm sofrido significativamente o impacto desta

dificuldade e, devido a problemas em seus processos produtivos

provocados pela falta de modernização da produção, tem incorrido em

margem de lucro reduzida e problemas de padrão de qualidade. O

objetivo deste trabalho foi analisar a viabilidade econômica e riscos de

investimento em uma empresa de alimentação coletiva, utilizando-se

para este estudo, os métodos tradicionais de análise de investimentos

da engenharia econômica (EE) em conjunto com a Simulação de

Monte Carlo (SMC). Foram definidos três cenários para o problema

em questão: otimista, pessimista e mais provável - sobre os quais

foram perturbadas, distintamente, variáveis como demanda de

produção, faturamento, preço de vendas, despesas operacionais, custos

de produção - considerando para uma análise final, uma taxa mínima

de atratividade de 17,50% aa. Os resultados indicaram um risco de

100% para o cenário pessimista, nenhum risco para o otimista e

51,50% de risco para o cenário mais provável. Concluiu-se através

desta pesquisa, que os métodos de análise de investimentos, quando

aplicados de forma ortodoxa e sem a aplicação de simulações, não são

suficientes para apurar os riscos em projetos de investimentos.

XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil

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Palavras-chave: Engenharia Econômica. Análise de Risco. Simulação

de Monte Carlo. Alimentação Coletiva.

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1. Introdução

Devido a constante mudança ocorrida no mundo corporativo, principalmente no contexto da

globalização, as empresas foram inseridas em um ambiente de grande competição. Neste

cenário, os gestores são obrigados a buscar através da otimização dos recursos disponíveis,

meios para superar as dificuldades geradas por esta nova conjuntura. Segundo Hilgert (1997),

Bruni Famá e Siqueira (1998), a situação das empresas quando envolve um mercado

globalizado e forte concorrência, exige dos gestores habilidades e competências específicas

para lidar com as frequentes decisões sobre novos investimentos, pois neste ambiente, é

necessário atingir maior produtividade, melhor qualidade e menores custos de produção.

Dentro do segmento de alimentação coletiva, setor escolhido para realização desta pesquisa,

Proença (1999), Avelato e Araújo (2009) afirmam que, a busca por melhores condições

competitivas, tem motivado as empresas a realizar revisões dos processos produtivos,

considerando que o ambiente de trabalho neste segmento é marcado por um ritmo intenso de

trabalhos manuais, gerados principalmente pela obsolescência dos equipamentos. Esta

situação demonstra a necessidade de investimento em novos equipamentos neste setor.

De acordo com Casarotto Filho e Kopittke (2010), a análise a ser feita antes de se realizar

novos investimentos deve ser condicionada a uma boa taxa de desconto. Sendo assim, os

métodos da Engenharia Econômica (EE) são imprescindíveis para realização deste tipo de

análise.

Minardi (2004) e Hartman (2011), enfatizam que os métodos da EE devem ser aplicados de

forma rigorosa e com realização de análise de riscos, pois quando aplicados de forma

tradicional não levam em consideração as variáveis que impactam nas decisões de

investimentos.

O objetivo do presente trabalho foi analisar a viabilidade e risco econômico de investimento

na modernização de equipamentos em uma empresa de alimentação coletiva. O estudo da

viabilidade econômica foi realizado por meio das ferramentas tradicionais da EE, sendo, o

Valor Presente Líquido (VPL), Payback (PB), Taxa Interna de Retorno (TIR), Valor Anual

Uniforme Equivalente (VAUE) e o Benefício Custo (B/C). Para análise de riscos, utilizou-se a

aplicação da Simulação de Monte Carlo (SMC), sendo perturbadas variáveis como: demanda

de produção, faturamento, preço de venda, despesas operacionais, mão-de-obra direta de

produção, custos indiretos de produção e índices inflacionários.

Este artigo está estruturado da seguinte forma: A seção 2 trata do referencial teórico sobre o

mercado de alimentação coletiva; sobre métodos tradicionais de análise da viabilidade

econômica em investimentos; análise de riscos e incertezas e; Simulação de Monte Carlo

(SMC). A seção 3 trata da metodologia. A seção 4 trata da caracterização do caso; estudo e

resultados da viabilidade econômica; aplicação e análise de resultados da SMC na empresa

objeto deste estudo. A seção 5 trata das considerações finais.

2. Referencial Teórico

2.1. Mercado de Alimentação Coletiva

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Segundo Abreu, Spinelli e Pinto (2009), a alimentação coletiva é caracterizada pelo

desenvolvimento de atividades de alimentação e nutrição que podem ocorrer de forma

comercial, como restaurantes; ou institucionais, que ocorrem dentro das empresas-clientes. O

presente trabalho foi desenvolvido nesta segunda categoria de atividade.

Matos (2000) afirma, que o segmento de alimentação coletiva aumentou sua

representatividade na economia global devido ao ritmo que a vida moderna proporcionou as

pessoas. Claro, Levy e Bandoni (2009) corroboram afirmando que dentre as principais

evidências desta consideração, pode embasar-se no número de refeições consumidas fora do

domicílio. As Pesquisas de Orçamentos Familiares (POF), do instituto Brasileiro de Geografia

e Estatística (IBGE) comprovam este crescimento também no Brasil.

Segundo ABERC (2015), o setor de alimentação coletiva atingiu em 2015 no Brasil um

faturamento de R$17,8 bilhões, em 13.500 cozinhas industriais. Atualmente são 920 empresas

prestadoras de serviços neste setor, com 195 mil profissionais empregados.

As Tabela 1 e, 2 demonstram algumas informações sobre o setor no Brasil:

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A respeito deste segmento, a ABERC (2015) apresenta algumas considerações sobre a

margem de lucro, que sofreu redução nos últimos anos, sendo que um dos problemas

identificados, refere-se a falta de modernização dos equipamentos de produção.

Sant’Ana, Azeredo e Castro (1994), Proença (1999) e Avelato e Araújo (2009) também

destacam que o segmento de alimentação coletiva no Brasil tem sofrido com a obsolescência

dos equipamentos de produção. Esta evidência é clara quando compara-se a tecnologia

utilizada no Brasil com outros países mais desenvolvidos, especialmente o Estados Unidos e a

França. No Brasil existe uma cobrança por produtividade neste segmento, entretanto, as

empresas não oferecem boas condições de trabalho em termos de ambiente, equipamentos e

processos adequados. Nestes termos, pode-se afirmar que produtividade não depende apenas

das competências do trabalhador, mas também dos equipamentos, materiais e ambiente para

realização do trabalho. Este fato reforça a importância do presente trabalho, uma vez que a

implementação de novos equipamentos permitira a empresa atingir melhores condições

competitivas.

A inflação na categoria de alimentos também gerou nos últimos anos um significativo

aumento, agravando ainda mais a situação. A tabela 3 e figura e 1 demonstram as diferenças

entre o IPC-Fipe Geral e o IPC-Fipe Alimentação.

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Figura 1: Gráfico comparativo entre IPC-Fipe Geral e IPC-Fipe Alimentação

Fonte: Elaborado pelo autor com base nos dados coletados pelo site: www.fipe.org.br

Outro comparativo foi realizado entre o IPC-Fipe Alimentação e o Índice Nacional de Preço

ao Consumidor Amplo (IPCA), conforme tabela 4 e respectiva figura 2.

Figura 2: Gráfico comparativo entre IPCA e IPC-Fipe Alimentação

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Fonte: Elaborado pelo autor com base nos dados coletados nos sites: www.fipe.org.br e www.ibge.gov.br

2.2. Métodos Tradicionais de Análise de Viabilidade Econômica em Investimentos

Em análise de investimentos, Martins (2000) salienta que na previsão dos fluxos de caixa,

deve ser considerado o desconto do custo de capital pelo valor da TMA previamente definida.

Samanez (1999) reforça ainda a necessidade de considerar os fluxo de caixa pelos valores

incrementais, uma vez que representa a rentabilidade líquida do projeto.

Segundo Casarotto Filho e Kopittke (2010), a TMA representa o valor que o investidor

prescinde com outras possibilidades de investimento, ou seja, “a nova proposta para ser

atrativa deve render, no mínimo, a taxa de juros equivalente à rentabilidade das aplicações

correntes e de pouco risco”.

Sobre os métodos tradicionais de análise de investimentos da EE, Assaf Neto e Lima (2010)

define o VPL como o valor resultante da diferença entre os resultados previstos de fluxos de

caixa e os valores do investimento. Já o VAUE, segundo Silva e Fontes (2005) refere-se a

parcela periódica que seja equivalente ao s resultados do VPL, considerando a vida útil do

projeto.

Samanez (1999) apresenta dentre outros métodos, o payback e o B/C, sendo o primeiro,

aquele que analisa o período que decorre entre o dispêndio até a remuneração do capital, e o

segundo definido como indicador que resulta dos benefícios gerados em comparação com o

valor do investimento. Em relação a TIR, Casarotto Filho e Kopittke (2010) conceitua como

sendo a taxa que condiciona o VPL de um fluxo de caixa ser igual à zero ou nulo.

Abensur (2012) apresenta em seus estudos, os métodos de VPL, TIR e PB e salienta que os

resultados obtidos através destes métodos, devem ser analisados como parte de um processo

integrado e não verificados isoladamente, pois isto amplia a visão do gestor no processo

decisório.

Para maiores aprofundamentos conceituais, sugere-se ler: Gitman (2002), Samanez (2009),

Casarotto Filho e Kopittke (2010) e Assaf Neto e Lima (2010).

2.3. Análise de Riscos e Incertezas

Segundo Gitman (2002) “o risco em seu sentido fundamental, pode ser definido como a

possibilidade de prejuízo financeiro”. Já a incerteza, segundo Samanez (1999) ocorre quando

a influência dos fatores externos são imprevisíveis e desconhecidas.

Segundo Gollier (2010), para o risco associado às diferentes estratégias de análise de

investimentos, os valores de cada projeto deve ser analisados separadamente depois e

compará-los para estimar o prêmio dos riscos envolvidos.

Hartman (2011) observou através da análise de publicações na área de engenharia econômica,

que nas últimas décadas ocorreu uma tendência de publicações de artigos discutindo questões

relacionadas à análise de riscos. Isto se deve às mudanças do ambiente externo, que reflete

diretamente às variáveis dos projetos de investimentos.

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Coates e Kuhl (2003) e Armaneri, Õzdagoglu e Yalçinkaya (2010), indicam a SMC como um

método eficaz para analisar os problemas da EE, pois permite determinar os níveis de riscos

dos projetos e auxilia os investidores a tomar as decisões em ambientes de incertezas.

2.4. Revisão da Bibliografia Sobre a Simulação de Monte Carlo (SMC)

Segundo Brealey, Myers e Allen (1992) a SMC é um técnica que permite considerar todas as

combinações possíveis de variáveis e examinar a distribuição total dos resultados através de

probabilidades.

Para Samanez (1999), a SMC é o método estatístico que permite simular valores para análise

dos fenômenos que influenciam os resultados futuros. Em análise de investimentos, a SMC

permite analisar os valores projetados para determinadas variáveis através de amostragens.

Lane et al.(2013), identificou em seus estudos uma certa fragilidade no método do VPL,

quando aplicado de forma ortodoxa, ou seja, sem análise de riscos. Isto por que o valor do

VPL pode a princípio apresentar viabilidade econômica, porém quando aplicado em conjunto

com a SMC, apresentar probabilidade de riscos. Esta argumentação está calcada nos

resultados obtidos através de estudo realizado em uma mineração de ouro no continente

africano.

Liou, Huang e Chen (2012) aplicaram a SMC sobre valores de VPL apurados em estudos

sobre projetos do setor público-privado em Taiwan, e concluíram que os métodos tradicionais

da EE se mostram eficazes em análise de investimentos quando, porém quando aplicados em

conjunto com a SMC para análise de riscos.

3. Metodologia

Os método empregado neste artigo foi o de modelagem e simulação, realizado através de um

modelo específico, onde foram analisados as respostas das simulações para mensurar os riscos

do investimento em análise. Este estudo foi realizado por meio do software @RISK 6.3 da

Palisade.

Segundo Silva (1981) a técnica de simulação é caracterizada pela construção de modelos

matemáticos a fim de buscar, através de tratamento computadorizados de dados, gerando uma

solução mais precisa para os problemas.

Para aplicação da SMC foram realizadas perturbações das seguintes variáveis, conforme

distribuições triangulares em 3 cenários – otimista, pessimista e mais provável – considerando

para cada um diferentes TMAs (15%aa, 17,5%aa e 20%aa).:

Demanda de Mercado;

Preço de Vendas;

Custo de Matéria Prima;

Custo do Gás GLP;

Custo Indireto de Produção;

Gastos Operacionais;

Custo de Mão de Obra;

Custo de Aluguel.

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4. Caracterização do Caso

A empresa pesquisada está localizada no interior do estado de São Paulo e atua com prestação

de serviços de alimentação coletiva desde 1993. Iniciou suas atividades atendendo o setor

sucroenergético e expandiu para empresas do ramo metalúrgico e hoje atua nos mais diversos

segmentos de empresa na região. Em relação ao processo produtivo, a empresa se encontra

em grandes dificuldades, possuindo poucos recursos tecnológicos para produção das

refeições, utilizando-se ainda de panelas, fogões convencionais, caldeirões, chapas, fritadeiras

manuais, equipamentos estes, que poderiam ser substituídos por outros com melhores

tecnologias, possibilitando ampliação do mercado na região de atuação.

4.1. O investimento

Os valor necessário para modernização do processo produtivo da empresa objeto deste estudo,

foi apurado em R$ 1.080.000,00, considerando equipamentos e utensílios e ainda R$

320.000,00 para readequação do prédio e instalação destes equipamentos, perfazendo um total

de R$ 1.400.000,00.

4.2. Estudo da Viabilidade Econômica

O estudo da viabilidade econômica, foi realizado com aplicação dos principais métodos da EE

(VPL, PB, TIR, VAUE e B/C). O fluxo de caixa líquido incremental foi apurado conforme

tabela 5 e as variáveis consideradas para os incrementos anuais estão expostas na tabela 6.

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4.3. Resultados do Estudo da Viabilidade Econômica

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Nota-se através da tabela 7 que em relação ao cenário otimista, considerando os três valores

de TMA, o investimento mostrou-se viável do ponto de vista econômico, pois todos os

indicadores utilizados indicaram aprovação do investimento.

A tabela 8 apresenta o cenário pessimista, também para três valores de TMA. Porém, os

resultados apurados apontam inviabilidade econômica em todos os indicadores. Neste caso, e

considerando este cenário, o investimento não deveria ser realizado.

Nota-se através da tabela 9 que pelo cenário mais provável, considerando os três valores de

TMA, o investimento poderia ser realizado, pois todos os métodos da EE empregados neste

estudo, indicam viabilidade econômica .

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4.4. Aplicação da Simulação de Monte Carlo

A aplicação da SMC para o presente trabalho foi realizada com base nos valores de VPL,

considerando três cenários: otimista, pessimista e mais provável. Para cada cenário

apresentado, foram aplicadas três valores de TMA (15% aa, 17,5%aa e 20%aa).

4.4.1. Receita Operacional Bruta

A estimativa de crescimento em relação a demanda de produção e vendas foi apurada a partir

da possibilidade de modernização dos equipamentos de produção, sendo considerados os

percentuais de incrementos anuais de acordo com a tabela 10. Os valores foram estimados

pelos próprios gestores da empresa e análise de mercado que foram realizados junto a

associação brasileira das empresas de refeições coletivas (ABERC).

Ainda em relação a receita de vendas, deve-se considerar a previsão de aumento anual nos

preços de vendas das refeições, que foi baseada na variação do custo da matéria prima. Este

gasto ocorre de acordo com o IPC-Fipe Alimentação e da mão de obra direta de produção

(MOD) de acordo com o dissídio da categoria. Estes dois valores perfazem o fator cálculo

para precificação das refeições e a atualização ocorre anualmente. Para aplicação da SMC em

cada cenário, foram considerados valores mínimo, intermediário e máximo, conforme tabela

11.

4.4.2. Tributação

A tabela 12 demonstra os percentuais de tributos incidentes para este estudo, sabendo-se que a

SMC foi aplicada sobre a variabilidade destes valores através dos incrementos anuais das

variáveis intrínsecas neste estudo.

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4.4.3. Custo do Produto Vendido (CPV)

4.4.3.1 Matéria Prima

As distribuições triangulares para o gasto com matéria prima, foram elaboradas com base na

previsão das variações de demanda e do IPC-Fipe Alimentação previsto para os próximos seis

anos. Estes valores foram considerados como incrementos anuais e utilizados para aplicação

da SMC para os cenários otimista, pessimista e mais provável. Para aplicação da SMC em

cada cenário, foram considerados valores mínimo, intermediário e máximo, conforme tabela

13.

4.4.3.2. Gás Liquefeito de Petróleo (GLP)

Os valores propostos para distribuição triangular em relação ao consumo e respectivo custo do

GLP estão de acordo com a previsão de incrementos anuais do índice de preço ao consumidor

amplo (IPCA). A SMC foi aplicada considerando cenário otimista, pessimista e mais

provável, sendo que para cada cenário foram aplicados valores mínimo, intermediário e

máximo (tabela 14).

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4.4.3.3. Mão de Obra Direta de Produção (MOD)

Os valores propostos para distribuição triangular em relação ao custo da MOD estão de

acordo com a previsão de incrementos anuais dos valores do dissídio da categoria. Foram

considerados cenários otimista, pessimista e mais provável para esta análise. Para aplicação

da SMC, foram considerados para cada cenário um valor mínimo, intermediário e máximo

(tabela 15).

4.4.3.4. Custo Indireto de Produção

Os valores das distribuições triangulares para esta modalidade de gastos estão expostas

conforme a seguir:

a) Gastos gerais de fabricação, distribuição triangular conforme tabela 14;

b) Salário da supervisão de produção, distribuição triangular conforme tabela 15 e;

c) Custo com aluguel, distribuição triangular conforme tabela 16.

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Para aplicação da SMC, em relação aos custos indiretos de produção, foram considerados os

valores mínimo, intermediário e máximo para cada cenário.

4.4.3.5. Despesas Operacionais

As despesas operacionais estão classificadas em dois tipos de gastos, sendo que, para os

gastos com pessoal , os valores das distribuições triangulares estão de acordo com a tabela 15,

e para os demais gastos, de acordo com a tabela 14. Para aplicação da SMC foram

considerados valores mínimo, intermediário e máximo para cada cenário.

4.5. Resultados da Aplicação da SMC

Na aplicação da SMC, foram considerados três valores de TMA, que estão de acordo com a

expectativa de retorno dos investidores, conforme tabela 17 e os resultados da aplicação da

SMC sobre os valores apurados de VPL para cada cenário estão expostos por meio das

figuras 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9.

Figura 3: VPL - Cenário Otimista k=15%aa

Fonte: Elaborado pelo autor

A análise otimista, considerando uma TMA de 15% a.a., demonstra pela figura 3, que para

este cenário não haveria nenhum risco de investimento, pois todos os valores obtidos

aleatoriamente através das simulações, apontam um valor de VPL maior que zero.

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Figura 4: Gráfico VPL - Cenário Otimista k=17,5%aa

Fonte: Elaborado pelo autor

A figura 4 mostra que mesmo aumentando a TMA para 17,50% a.a., os resultados obtidos no

cenário otimista continuam não apresentar riscos para o investimento em análise, pois todos

os valores apontam para resultados de VPL maior que zero.

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Figura 5: Gráfico VPL - Cenário Otimista k=20%aa

Fonte: Elaborado pelo autor

A figura 5 mostra que para uma TMA para 20,00% a.a., os resultados continuam apresentar

risco zero, pois todos os valores obtidos aleatoriamente através da análise probabilística

apontam para valores de VPL maior que zero.

Figura 6: Gráfico VPL - Cenário Pessimista k=15%aa

Fonte: Elaborado pelo autor

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Na figura 6, os valores de VPL apurados no cenário pessimista, considerando uma TMA de

15% a.a, apresenta um risco de 100%, pois os resultados apontam valores de VPL menores

que zero. Neste caso, considerando que este é o menor valor de TMA considerado neste

estudo, qualquer valor de TMA aplicado acima de 15% a.a, reduziria ainda mais os valores de

VPL e o investimento continuaria sendo inviável economicamente. Desta forma, não foram

realizadas simulações para outros valores de TMA.

Figura 7: Gráfico VPL - Cenário mais Provável k=15%aa

Fonte: Elaborado pelo autor

A análise do cenário mais provável, considerando uma TMA de 17,50% a.a., aponta através

da figura 7, um risco de 44,40%. O gráfico aponta ainda uma probabilidade 55,60% de VPL

ser maior que zero.

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Figura 8: Gráfico VPL - Cenário mais Provável k=17,5%aa

Fonte: Elaborado pelo autor

A análise do cenário mais provável, considerando uma TMA de 17,50% a.a., demonstra

através da figura 8, apresenta um risco de 51,50%. Sendo assim, o gráfico aponta para uma

probabilidade de 48,50% de VPL ser maior que zero.

Figura 9: Gráfico VPL - Cenário mais Provável k=20%aa

Fonte: Elaborado pelo autor

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A análise do cenário mais provável, considerando uma TMA de 20% a.a., demonstra através

da figura 9, que neste caso haveria um risco de 58,60%. O gráfico evidencia ainda uma

probabilidade 41,40% de VPL ser maior.

5. Considerações Finais

O objetivo deste trabalho foi analisar a viabilidade econômica e os riscos de se investir na

modernização dos equipamentos de produção em uma empresa de alimentação coletiva. Ao

final do trabalho e mediante os resultados apurados, notou-se pela perspectiva econômica

apurada a partir da aplicação dos métodos da EE, o projeto apresentou viabilidade econômica

para o cenário otimista e mais provável, porém quando aplicado uma previsão mais

conservadora, considerando um cenário pessimista, o projeto se mostrou inviável. No entanto,

com base na revisão da literatura, pode-se concluir que a aplicação dos métodos da EE,

quando ocorre de forma tradicional, não se mostra totalmente eficaz quanto se trata de análise

de riscos e incertezas , sendo necessário para este fim, a aplicação da SMC sobre as variáveis.

Após sucessivas distribuições probabilísticas pela SMC, foram apurados riscos de 100% para

o cenário pessimista e 51,50% para o mais provável, considerando uma TMA média de

17,50% a.a. Já o cenário otimista não apresentou risco neste estudo. Considerando o cenário

econômico nacional e internacional que evidencia uma notável crise, sugere-se para pesquisas

futuras uma abordagem com aplicação da teoria das opções reais que contempla uma

flexibilidade gerencial, possibilitando aos investidores aguardar o momento mais propicio

para realização dos investimentos, quando inseridos em um ambiente de riscos.

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