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ANÁLISE TÉCNICA –“MITOS & FACTOS” - ISEG Lisbonpascal.iseg.utl.pt/~rmgaspar/Workshop/AnaliseTecnica.pdf · • São criadas pela analise histórica dos preços dos títulos

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Mestrado em Contabilidade, Fiscalidade e Finanças Empresariais

Grupo G19:

Cláudio Augusto Figueira, nr.11148

Luís Pedro Rocha Areías, nr.11370

Rogério da Silva Miguel, nr.11282

Investimentos e Mercados Financeiros

Docente: Profª Drª Raquel Medeiros Gaspar

ANÁLISE TÉCNICA – “MITOS & FACTOS”

HISTÓRIA, CONCEITOS E PRINCÍPIOS BÁSICOS

A Análise Técnica visa saber quando comprar ou vender em resultado de um movimento nos preços.

Para o analista técnico o importante são as expectativas do investidor face ao valor, justo ou não.

A Análise Técnica pode ser introduzida sob as formas gráfica e numérica

Princípios básicos:

Os preços reflectem toda a informação influente em situações de tomada de decisões a curto, médio ou longo prazo.

Os preços movem-se em tendências e as tendências persistem;

Os movimentos do mercado são cíclicos.

Análise Técnica “Mitos & Factos”

Grupo G19 I.S.E.G

As origens da análise técnica remontam ao Japão feudal do séc. XVIII, assumindo o molde que viria a converter-se nos actuais gráficos de velas.

A Teoria de Dow (1900-1902) estabeleceu os critérios fundamentais da análise técnica, sendo alvo de derivações futuras da parte de Hamilton (1922) e Rhea (1922)

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ANÁLISE TÉCNICA VS. ANÁLISE FUNDAMENTAL

A Análise Fundamental consiste na determinação na determinação do valor intrínseco do activo.

A Análise Técnica é importante para os fundamentalistas na medida em que é mais eficiente na identificação de problemas ou oportunidades.

Análise Técnica “Mitos & Factos”

Grupo G19 I.S.E.G

Quadro I – Comparações essenciais entre ambas as medidas analíticas

ANÁLISE GRÁFICA – SUPORTE E RESISTÊNCIA

• Nível de Suporte - área de mercado, abaixo do nível em que o mercado está a negociar no presente momento e no qual, a pressão compradora supera a vendedora.

• Nível de Resistência - região do gráfica em cima do nível em que o mercado está a negociar no presente momento e em que a pressão vendedora supera a compradora.

Análise Técnica “Mitos & Factos”

Grupo G19 I.S.E.G

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Análise Técnica “Mitos & Factos”

Gráfico I – Gráfico de Velas – Exemplificação de linhas de suporte e resistência

“FILTER RULES”

• “Filter Rules”: Regras que tentam guiar os investidores para padrões de compra e venda que serão os mais lucrativos.

• São criadas pela analise histórica dos preços dos títulos.

• Testes demonstram que raramente estas regras levam à criação de lucro para os investidores.

Grupo G19 I.S.E.G

Análise Técnica “Mitos & Factos”

MÉDIA MÓVEL

São seguidores de tendência, não servem para visualizar mudanças de tendência.

Média Móvel Simples: Mostra o valor médio da cotação num determinado prazo. Por cada valor

(dia) incluído no cálculo da média, será retirado o valor mais antigo.

Média Móvel Exponencial: Aumenta o peso do último preço no cálculo da média. Torna-a mais

sensível aos valores mais recentes. Não elimina os valores mais antigos, os quais se vão diluindo

ao longo do tempo.

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Análise Técnica “Mitos & Factos”

Grupo G19 I.S.E.G

Os cruzamentos da cotação com a média móvel irão gerar sinais de compra ou de venda.

Caso a cotação cruze ascendentemente a média móvel, tal é sinal de compra.

Caso a cotação cruze descendentemente a média móvel, tal é sinal de venda.

UTILIZAÇÃO DAS MÉDIAS MÓVEIS

Gráfico II – Gráfico de médias móveis

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MODELO ADAPTADO ANÁLISE TÉCNICA – PROGRAMAÇÃO

GENÉTICA

Análise Técnica “Mitos & Factos”

Grupo G19 I.S.E.G

A programação genética corresponde a uma metodologia que integra algoritmos

evolutivos, inspirada nos fundamentos da evolução biológica propostos por Charles Darwin, tendo em

vista a criação de programas informáticos capacitados para a prossecução de tarefas pré configuradas

pelo utilizador.

A programação genética é extremamente exigente ao nível das potencialidades

proporcionadas pelos regulares sistemas electrónicos, de modo a que a elaboração de resultados

observáveis de interesse técnico-científico só se tornou possível na instauração da actual década.

As medidas de estudo estabelecidas produziram resultados em áreas tão díspares como

computação quântica, “design” electrónico, mecanismos para plataformas de jogos, métodos

de selecção, busca analítica, entre outros.

A aplicação da variante de Koza (1992) pressupôs a identificação de regras de transacção

eficazes “ex-ante”, procedendo à posteriori, a uma validação exploratória fora do âmbito do período de

teste. Este processo é especialmente assinalável quando o leque de soluções possíveis é

exageradamente expansivo para ser submetido a ferramentas de interpretação pouco versáteis.

Análise Técnica “Mitos & Factos”

Grupo G19 I.S.E.G

São necessárias duas instâncias de regulamentos:

Uma medida apta a descrever soluções potenciais sob a forma de cadeias de

representações.

Um critério de compatibilidade que mensura a qualidade de uma solução candidata.

Indivíduo I

Ou

Janeiro P. >

P. Médio Preço

20

Indivíduo II

E

><P. Máx.

10

1P. Min.

Preço

5

Indivíduo I (Após Mutação

Genética)

Indivíduo II (Após Mutação

Genética)

Ou

Janeiro P. <P. Máx.

10

1

E

> >

Preço P. Min.

5

P. Médio

20

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Análise Técnica “Mitos & Factos”

Grupo G19 I.S.E.G

A Avaliação de desempenho das regras é estabelecida em contínuum temporal através

da rendibilidade previamente descontada dos custos de transacção:

)1/()1(log)()(11

ccntIrtIrrT

t

sf

T

t

bt

A estimação das regras irá restringir-se a iterações sucessivas que tenham como

fundamento primordial possíveis transacções do activo com risco, em detrimento do activo

sem risco. A “veracidade” da regra presume a aquisição do activo com risco, caso seja decretada

como “falsa” devemos proceder em sentido oposto.

Ct=0.5% Ct=0.25% Ct=0%

1ª regra 16.99% 18.96% 21.02% 45.50% 53.30% 4

11ªregra 7.80% 8.74% 9.71% 50.61% 51.68% 2.67

21ªregra 6.64% 7.94% 9.06% 49.80% 51.41% 3.33

31ªregra 5.55% 6.96% 8.45% 51.14% 51.95% 4

41ªregra 3.56% 5.05% 6.36% 51.28% 50.74% 4

50ªregra -4.38% -3.39% -2.35% 91.12% 49.66% 4

Regra mediana 6.22% 7.54% 8.75% 50.50% 51.50% 3.67

Média das regras 5.98% 7.19% 8.47% 50.47% 51.68% 3.49

Buy-and-hold 0% 0% 0% 100% 49.93% 0.67

Rent. da Regra - Rent. Índice (anual)% Mercado

% Mais

Rentável

Nr. Trans./

Ano

Quadro II – Quadro expositivo excesso de rendibilidades derivadas das regras apuradas.

Análise Técnica “Mitos & Factos”

Grupo G19 I.S.E.G

Torna-se condição essencial gerar um teste de correlações entre as regras estimadas e o

intervalo de teste, através do teste de correlações de Spearman, o que se deve essencialmente

à reduzida dimensão temporal disponível para execução como período de estimação (a realização

do teste não abarcou as séries históricas decorridas após 29 de Dezembro de 2000).

)/()()(*61 3

2

1

nnTRERSn

i

ii

7.72%

7.74%

6.95%

5.01%

3.92%

2.25%

25 piores

10 piores

5 piores

Rent. da Regra -

Rent. Índice (anual)

5 melhores

10 melhores

25 melhores

Quadro III* – Excesso de rendibilidade das regras em função do hierarquia do período de estimação.

*O coeficiente de correlação apurou-se em moderação (0,327) entre os dois estágios .

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Análise Técnica “Mitos & Factos”

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A aprovação do algoritmo não se encontra concluída antes de se inserir uma nova

condição intrínseca à performance das regras, reflectida no valor dos títulos conjugado após o

fecho das sessões bolsistas. Esta alteração vincula-se a um estudo elaborado por Lo e

MacKanley (1990), através do qual foram estabelecidas especificações inerentes aos preços

dos valores mobiliários em formato de dependência, face às auto-correlações de curto-

prazo.

Foi introduzida uma nova variável em concertação com o desfasamento proposto. O valor

de encerramento indicará quanto às possíveis decisões a tomar em relação ao activo com

risco, e sem risco, no instante imediatamente após o fecho da sessão (t+1).

Ct=0.5% Ct=0.25% Ct=0%

1ª regra 15,78% 16,43% 17,09% 36,79% 52,29% 2,67

11ªregra 6,92% 7,61% 8,55% 50,27% 51,62% 2,67

21ªregra 6,50% 7,08% 7,95% 50,13% 51,75% 2,67

31ªregra 5,43% 6,20% 7,17% 47,57% 51,35% 3,33

41ªregra 3,54% 4,50% 5,65% 48,25% 50,67% 3,33

50ªregra -6,06% -5,21% -4,36% 91,11% 49,06% 3,67

Regra Mediana 6,23% 6,93% 7,54% 50,07% 51,69% 3,67

Média das regras 5,79% 6,60% 7,43% 50,34% 51,40% 3,49

Buy-and-hold 0% 0% 0% 100% 49,87% 0,67

Rent. da Regra - Rent. Índice (anual) %

Mercado

% Mais

Rentável

Nr.

Trans./

Quadro IV – Quadro expositivo excesso de rendibilidades das regras apuradas requalificadas

(desfasamento de 1 dia).

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Causas Justificativas do Sucesso do Estudo

Escassa liquidez característica do mercado nacional.

Reduzida dimensão das Bolsas de Valores de Lisboa e Porto.

Insuficiente cobertura mediática das operações levadas a cabo em matéria

de mercados financeiros.

Notas Comparativas

o Os procedimentos adoptados seguiram de perto o desenvolvimento algébrico proposto

por Paul Weller, Christopher J. Neely e Robert Dittmar (1996).

o Identificação de hipóteses constatáveis de excedentes de rendibilidade imputáveis a

mercados externos, influenciadas directamente da taxa de câmbio (sob objecto do

estudo encontravam-se a libra esterlina, o marco alemão, o yen japonês, o dólar

americano e o franco suíço).

o Foram identificadas oportunidades de angariação de proveitos ao nível dos

câmbios ¥/DM (yen em relação ao marco) e SF/£ (franco em relação à libra).

o Os intervenientes do estudo indicaram que, apesar dos acréscimos de rendibilidade

aferidos, o projecto não contemplava estimações aceitáveis de prémios de risco

para as regras em causa, pelo que o mesmo seria submetido a reaveriguação de

variáveis explicativas.

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CONCLUSÕES

o Um estudo recente que teve como grupo amostral os principais corretores bolsistas do “Footsie” estipulou que 60% dos inquiridos assumem a importância da análise técnica como rigoroso fundamento económico.

o Uma outra condição abonada de fama particular, a força relativa (directamente associada às “filter rules”), foi sujeita a testes de aptidão por Jensen e Bennington (1970), remanescendo uma certa ineficiência após o ajustamento face ao risco. A performance assinalada suportou-se como sendo pior do que a aquisição de uma carteira representativa do índice.

o A Análise Técnica não têm sentido quando se comprova a hipótese da eficiência de mercado uma vez que esta impossibilita ao analista obter retornos acima do mercado.

o Em mercados com fraca liquidez e dificuldade de acesso a informação, ao se recorrer à análise técnica, não é de todo invulgar obterem-se retornos superiores a estratégia “buy–and–hold”.

o Não existe uma estratégia que permita ao investidor angariar os melhores retornos numa base temporal constante. Caso contrário, o grupo privilegiado minaria todo o capital e afectaria a dinâmica do mercado.

Análise Técnica “Mitos & Factos”

Grupo G19 I.S.E.G

BIBLIOGRAFIA

• Neely, Christopher J; Paul Weller, Robert Dittmar, 1996, “Is Technical Analysis in the Foreign

Exchange Market Profitable? – A Genetic Programming Approach”.

• Nuno Miguel B. G. Silva, 2001, “Eficácia da Análise Técnica no Mercado Accionista

Português”.

•Gruber, Elton; Goetzmann, 2007, “Modern Portfolio Theory And Investment Analysis”.

• Schultz, Henry, 1925, “Forecasting Security Prices”, “Journal of the American Statistical

Association” – Volume 20, Issue 150

• http://www.allbusiness.com/specialty-businesses/110703-1.html

• http://www.stockcharts.com

• http://www.investopedia.com

• Brito, Sérgio Miguel Cardoso Brito, 2001, “Análise da Performance dos Fundos de

Investimento de Acções Nacionais”

• Dittmar, Robert; Neely, Christopher, J.; Weller, Paul, 1996, “Is Technical Analysis in the

Foreign Exchange Market Efficient?”

Análise Técnica “Mitos & Factos”

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