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Análises Térmicas dos Materiais
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• Princípios de análise instrumental. HOLLER, F. JAMES,Douglas A. Skoog, F. James Holler, Stanley R.:Tradução deCelio Pasquini (Coord.), Jarbas José RodriguesRohwedder.
• Thermal analysis and calorimetry. Haines, Peter J.
• Caracterização de Polímeros. Determinação de PesoMoldecular e Análise Térmica. Elizabeth F. Lucas. , P.J. (Peter J.).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• Técnicas de Caracterização de Polímeros.
Sebastião V. Canevarolo Jr. 2004.
• Solidificação e Análise Térmica dos Metais.
Arno Müller, (cap. 7), 2010.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANÁLISES TÉRMICAS
Análise Térmica abrange um grupo de técnicas nas
quais uma propriedade física ou química de uma
substância, ou de seus produtos de reação, é
monitorada em função da temperatura ou tempo,
enquanto a temperatura da amostra, sob uma
atmosfera específica, é submetida a uma
programação controlada.
CRITÉRIOS A SEREM DEFINIDOS PARA UMA
ANÁLISE TÉRMICA
1. Definir a propriedade física a ser medida.
2. Expressar a propriedade física em função datemperatura (medida direta ou indireta).
3. Estabelecer um programa de controlado detemperature a ser executado na medição
TÉCNICAS TÉRMICAS
Tabela-Canevaloro-pg209
PROPRIEDADE FÍSICA Principais Técnicas Abreviatura
Massa TermogravimetriaDetecção de gás desprendidoAnálise de gás desprendido
Análise térmica por emanação
TGEGDEGAETA
Temperatura Determinação da curva de aquecimento
Análise térmica diferencial
DTA
Entalpia Calorimetria exploratóriadiferencial
DSC
DimensõesCaracterísticas Mecânicas
TermodilatometriaAnálise termomecânica Análise
termomecânica dinâmica
TDTMADMA
Características Acústicas TermossonimetriaTermoacustimetria
TS
Caracteristicas óticas Termoptometria TO
Emissão de Luz Termoluminescência TE
Caracteristicas Elétricas Termoeletrometria TE
Caracteristicas Magnéticas Termomagnetometria TM
NORMAS
• Confederação Internacional de Análises Térmicas e Calorimétrica (ICTAC).
• União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC).
• Sociedade Americana de Testes de Materiais (ASTM).
TÉCNICAS TÉRMICAS
TERMOGRAVIMETRIA
Termogravimetria é a técnica na qual a mudança da
massa de uma substância é medida em função da
temperatura enquanto esta é submetida a uma
programação controlada.
TERMOGRAVIMETRIA (TG)
• 2500AC: Egito pinturas de balanças e fogo.
• Século XIV: Refino do Ouro.
• 1915: Honda; Termobalança (estabilidade das substâncias)
• 1945: Primeiro instrumento comercial (Chevernard)• 1956: Erdey (e outros) introduziu a medição simultânea da
TG/DTA• 1962: Garn adaptou com sucesso a balança gravadora
Ainsworth para a TG até 1600 ºC em várias atmosferas controladas.
• 1963: por Cahn e Schultz Sensibilidade de 0,1 μg .
TERMOGRAVIMETRIA (TG)
Gráfico 1 - Gráfico de TGA (vermelho) e sua derivada, DTG (azul)
• Determinação da umidade,volatilidade, e composição de
cinzas;
• Estudo da cinética das reações envolvendo espécies voláteis;
• Estudo da desidratação e da higroscopicidade;
• Identificação de polímeros novos, conhecidos e
intermediários;
• Propriedades magnéticas como temperatura Curie,
suscetibilidade magnética;
• Reações no estado sólido que liberam produtos voláteis;
• Taxas de evaporação e sublimação.
• Calcinação e torrefação de minerais;
APLICAÇÕES DA TG
• Corrosão de materiais em várias atmosferas;
• Curvas de adsorção e desadsorção;
• Decomposição de materiais explosivos;
• Degradação térmica oxidativa de subst. poliméricas;
• Desenvolvimento de processos gravimétricos analíticos (peso
constante);
• Decomposição térmica ou pirólise de materiais orgânicos,
inorgânicos e biológicos;
• Destilação e evaporação de líquidos;
• Determinação da pressão de vapor e entalpia de vaporização
de aditivos voláteis;
• Determinação da umidade, volatilidade, e composição de
cinzas;
TERMOGRAVIMETRIA (TG) (Partes construtivas)
• Programador de Temperatura : faixas de 1 a 50 ºC/min.
• Termopar .• Termobalanças
TERMOGRAVIMETRIA (TG)
Cadinhos:
O tipo de cadinho utilizado depende da temperatura máxima deexposição, da natureza química da amostra, da sua quantidade ereatividade. Em função das características da análise e da amostra aanalisar, o material utilizado para confeccionar o cadinho pode ser de:platina, alumina, quartzo ou vidro.
Tipos de Termopares
TERMOGRAVIMETRIA (TG) OBS (complementar):
• A curva pode ser construida com a massa e temperaturaversus tempo (para estudos de taxas de aquecimento).
• As taxas efetivas das reações são melhor percebidas nacurva da derivada (DTG)
• TGA para estequiometria.
• Fornos projetados para temperaturas muito altas têm desempenho insatisfatório quando utilizados a baixas temperaturas como 300 ºC.
TERMOGRAVIMETRIA (TG)
Exemplos práticos
Exemplo1:
ANÁLISES TÉRMICAS
Análise Térmica Diferencial (DTA) e Calorimetria
Diferencial de Varredura (DSC)
• LeChatelier (1887), taxas de aquecimento como uma função dotempo, dTs / dt versus t, para identificar argilas (mineralogista).
• Roberts-Austin (1889), metalurgista. A diferença de temperatura,ΔT ou T - Ti, era observada diretamente no galvanômetro enquantoum segundo galvanômetro mostrava a temperatura da amostra.
• Saladin e Kurnakov (1904), isoladamente, registravam dados deforma simultânea. Estudos com argilas e minerais de silicatoformavam o assunto pelos próximos 40 anos.
• Stone (1951), instrumento de controle dinâmico de atmosferas(pressões parciais).
• Calorimetria diferencial de varredura (DSC) por Perkin-Elmer Co.(1964). Também Mettler-Toledo, DuPont, NETZSCH, Setaram, TAInstruments e outras companhias .
Análise Térmica Diferencial (DTA) e Calorimetria Diferencial de Varredura (DSC)
INSTRUMENTOS DSC / DTA
Análise Térmica Diferencial (DTA)
Análise Térmica Diferencial (DTA)
Análise Térmica Diferencial
• O uso principal da DTA é detectar a temperaturainicial dos processos térmicos e qualitativamentecaracterizá-los como endotérmico e exotérmico,reversível ou irreversível, transição de primeiraordem ou de segunda ordem, etc .
• Variação na capacidade calorífica da amostraaparece como um deslocamento da linha base.
• Mudanças na amostra tais como fusão,solidificação e cristalização são registradas sob aforma de picos.
O DSC foi desenvolvido com o intuito de evitar as dificuldades
encontradas no DTA ou compensá-las, criando um
equipamento capaz de quantificar a energia envolvida nas
reações.
Existem dois tipos de equipamentos que realizam a
Calorimetria Diferencial de Varredura, o primeiro é
denominado de DSC de compensação de energia e o segundo
de DSC de fluxo de calor.
DSCCalorimetria Diferencial de Varredura
Calorimetria Diferencial de VarreduraDSC
DSC POR COMPENSAÇÃO DE ENERGIA
O equipamento inicialmente desenvolvido e que dá nome àtécnica é chamado de DSC por “compensação de energia”,desenvolvido por Perkin-Elmer Co. (1964).
No DSC por compensação de energia a amostra e areferencia são colocadas em compartimentos diferentescom fontes de aquecimento individuais, onde atemperatura e a energia são monitoradas e geradas porfilamentos de platina idênticos.
DSC
Calorimetria Diferencial de Varredura (DSC)
POR COMPENSAÇÃO DE ENERGIA .
DSC
DSC Calorimetria Diferencial de Varredura (DSC)
POR COMPENSAÇÃO DE ENERGIA .
DSC POR FLUXO DE CALOR
• Este segundo tipo de instrumento possui umasimilaridade ainda maior com o DTA, uma vezque apenas um forno é utilizado.
• No forno os cadinhos são dispostos sobre umabase de um metal altamente condutor,geralmente platina. A amostra e a referênciasão aquecidas pelo mesmo sistema defornecimento de energia.
DSC
DSC
DSC POR FLUXO DE CALORDSC
DSC POR FLUXO DE CALORDSC
DSC
DSC – registro
• Expresso em termos de temperatura (ou tempo) nasordenadas, e
• mW/mg (miliwatts por miligramas) na abscissa.
DSC
Diferença entre os resultados de DTA/DSC
APLICAÇÕES DO DTA / DCS
EFEITOS SOBRE AS CURVAS DTA/DSC
APLICAÇÕES DO DTA / DCS
Análises de Dados
Transições de primeira ordem (endotérmicas ou
exotérmicas) são caracterizadas como picos, mesmo que
eles possam sobrepor um ao outro. A área do pico,
diretamente sob a curva, é proporcional a entalpia ΔH
envolvida no processo endotérmica / exotérmica, expresso
em Quilojoule por Quilograma, ou Joule por grama J/g.
Transições de segunda ordem (ex: transição vítrea-
Tg) são caracterizadas como uma alteração na
linearidade da curva, geralmente chamados de
“degraus”
Análise de Dados
1. Definir a propriedade física a ser medida.
2. Expressar a propriedade física em função datemperatura (medida direta ou indireta).
3. Estabelecer um programa de controle detemperature a ser executado na medição
PLANEJAMENTO DE UMA ANÁLISE POR DSC
PLANEJAMENTO DE UMA ANÁLISE POR DSC
• Escolher o Tipo de Cadinho
• Escolher a Atmosfera dinâmica com vazão e composição.
• Programa de temperatura.
• Em todos os ensaios manter as linhas de base e calibração(ex: com disco de safira) para determinação preliminar dofluxo de calor e no ensaio da amostra.
• Valores de linha base, para serem consideradosreprodutíveis, devem ter uma diferença igual ou inferior a0.50 μV para a mesma temperatura.
DSC
EXEMPLO DE UM PLANEJAMENTO DE UMA ANÁLISE POR DSC
• Tipo de Cadinhos: alumina (Al2O3) sem tampas ;
• Atmosfera dinâmica: 20 ml/min de argônio semevacuação prévia do forno;
• Programa de temperatura: Igual para todas as “corridas”,10 min de isoterma em 30 ºC; seguido de com taxa deaquecimento de 10 ºC/min até 340 ºC; e posterior 10 minde isoterma a 340 ºC.
• Linhas base com cadinhos vazios.
DTA
DSC
EXEMPLO 1
EXEMPLO 2
ANÁLISES TÉRMICAS
Análises Dilatométricas
A Dilatometria é a técnica na qual a mudança nasdimensões de uma amostra é medida em função datemperatura enquanto esta é submetida a umaprogramação controlada.
• Expressa como (LT - LO) / LO,
• Lo (25oC)• μ.m.m-1.K ,ou mais comumente 10-6C-1.
Aplicações da Dilatometria
ANÁLISES TÉRMICAS
(Análises Dilatométricas)
Análises Dilatométricas
Exemplo: porcelana a verde
ANÁLISES TÉRMICAS
Análise Dínamo-Mecânica (DMA)
É um método termoanalítico desenvolvido para a
caracterização do comportamento mecânico de um
material quando este é submetido a forças
dinâmicas (freqüência – carga oscilante) a um
programa controlado de temperatura.
• Propriedades viscoelásticasde líquidos,
• Comportamento deendurecimento eamolecimento de polímeros,
• Transições vítreas, transiçõesde segunda ordem em geral
• Caracterização de ligaçõescruzadas em cadeiaspoliméricas podem
Análise Dínamo-Mecânica (DMA)
Análise Dínamo-Mecânica (DMA)
ANÁLISES TÉRMICAS
LFA (Laser Flash Analysis ou Light Flash
Analysis)
Método termo-analítico para caracterização de
propriedades termofísicas (TPP) conhecido como laser /
light flash (LFA) foi desenvolvido por volta de 1961 por
Parker et al. e é uma das técnicas mais utilizadas para a
caracterização da difusividade térmica para uma enorme
gama de materiais, incluindo materiais líquidos e
pastosos.
LFA (Laser Flash Analysis ou Light Flash
Analysis)
LFA
L F A
• Por ser menor, não ter controle de atmosfera, nãopossuir um sistema de laser e sim uma lâmpadade Xe intercambiável e forno com capacidade deaté 300 °C, a relação custo / benefício tornou-semais atraente.
• A técnica do método light flash é idêntico ao dolaser flash. Assim sendo, obtêm-se o mesmo tipode curva e unidades.
Light Flash Apparatus
Difusividade térmica (SI - [mm2/s])
Onde: a = Difusividade térmica em cm2/s; d2 = Espessura da amostra em cm; 1/2 = Valor do tempo em 50% do aumento da temperatura na face superior traseira da amostras em s t . (J. Parker et. al.)
ANÁLISES TÉRMICAS
EXEMPLO DE APLICAÇÕES