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ANNO XV11 RIO DE JANEIRO, 13 DE JUNHO DE 1914 NUM. 1599 O RIO NU SEMANÁRIO HUMORÍSTICO 1LLÜSTRADO "trSBIíBMÍ AYlI.Ml» -- SOO réis w%: <* ' 'i •« Redacção, escriptorio e officinas ¦¦¦ Rua do Hospício N. 218 - Telepnófi^ TN. 3515 ^Y^~7\~\)__- -. ..-i ..«*.¦-¦, i i --—a --—tt-— ¦ ¦ ,n-rf—7--~aK^rfvsxV^ rr^tj^N}_ Olhe, menina : a barriga grande não é um impecilho para o amor. 0 corcunda sabe como,r^l^ ^T^íTlA—' Sim.. .mas.. .a corcunda não é na barriga...j|o^-' xJ|| Do pharmaceutico e chimico JOÍO DA SILVA SiLVEIRA PELOTAS RIO GRANDE DO SUL Grande depurativo do sangue. Unico que cura a "Syphilis" V.ude«i em toda» Ph.r»«*l*» Droa«r-ln«.

ANNO XV11 RIO DE JANEIRO, 13 DE JUNHO 1914 NUM. 1599 …memoria.bn.br/pdf/706736/per706736_1914_01599.pdf · Suzanna b Castera,tal como você nol-a enviou «Suzanna Castera diz que

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ANNO XV11 RIO DE JANEIRO, 13 DE JUNHO DE 1914 NUM. 1599

O RIO NUSEMANÁRIO HUMORÍSTICO 1LLÜSTRADO

"trSBIíBMÍ AYlI.Ml» -- SOO réisw%:

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Redacção, escriptorio e officinas ¦¦¦ Rua do Hospício N. 218 - Telepnófi^ TN. 3515

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rr^tj^N} _ Olhe, menina : a barriga grande não é um impecilho para o amor. 0 corcunda sabe como ,r^l^

^T^íTl —' Sim.. .mas.. .a corcunda não é na barriga... j|o^-' xJ||

Do pharmaceutico e chimico JOÍO DA SILVA SiLVEIRAPELOTAS — RIO GRANDE DO SUL

Grande depurativo do sangue. Unico que cura a "Syphilis"

V.ude«i em toda» a» Ph.r»«*l*» • Droa«r-ln«.

13 de Junho de 1014

7p= iSp ^

CDEsteve em nossa redacção o nosso amigo

Saboeiro, que nos veiu pedir para, por meiode uma notinha brejeira, recouimendarnios aSra. Albertina Rodrigues, do S. Pedro, quenão se esqueça de dar-lhe tantas libras comoas que elle lhe emprestou para a compra dapassagem delia, de Portugal para aqui.

Parece incrível que uma actriz, que eesposa de um doutor e que tem adoradoresendinheirados, se não lembrasse ainda desatisfazer uma divida tão pequena !

O Saboeiro diz que espera mais algunsdias, mas que si vir que a coisa demora, naoirá importunar as algibeiras vazias do doutor;procurará o A. T., que é o gabiru de maiscotação ao lado da Albertininha e enten-der-se-A com elle.

/tar Dizem as más linguas que a Leonorjá não procura esconder do seu deus os amo-res que tem com os santos.

E não ha encrenca ?Certamente assim suecede porque o

caso dá-se entre creattiras celesttaes.fâ" A felicidade nunca é completa neste

mundo - dizem os livros dos escriptoresmais sábios.

Mas é um erro. ...Pelo menos assim o prova o Urijo que

diz ser um homem completamente feliz desdeque entrou a usar a Loção Danzi, magníficopreparado contra a caspa e a queda doscabellos

t' m<n 49 <h JaSSíJ&BfB => vJ_H?

***•*. MARCA REOI8TRADA*"" '

)--( O RIO NU )-( LA'

Está encontrado o X do problema econo-mico que tanto tem preoecupado os economistasmodernos I

Mas, qual é elle? - perguntarão os leitoresanciosos.

E' muito simples : ir a querida Alfaia-taria Guanabara, Carioca 3 . e mandefazer ou comprar feito um terno de roupa definíssima fazenda que a popular casa vendeabaixo de barato.

O stock desta casa é enorme a par do va-riado sortimento de padrõesparatodos os preços.

Enviam-se instrucções e acceitam-se pedidosdo interior, dando-se agencia.

direcção da caixa do S. Pedro, barrando a

permanência dos gabirús nos bas «;Só assim as constas nao se distraliem ao

aue têm a fazer em scena.q .'«Parece que a Itália anda roxa parafazer as pazes com o dono da mala que estano seu camarim.

Pelo menos assim disse ella a uma""'Agora

é tempo do Azevedo abrir o olho.ísr E por falarmos no Azevedo.Soubemos que esse valente gabiruanda

mm vontade de cahir sobre o lombo aoTavares cremos que por parolas que este, l imo contou a respeito da mesma Itália.ultimo contou^

oPT )(sra uma vez umnutor com vontade de o ser."5.

Entendem-se ás mil maravilhas se-

gundo nos contou o Alberto Ferreira, o Can-dÍ"hO

^ntSXr causa da especia-lidade de um delles.

Até'as mulheres já o procuram, em vezde elle as procurar, como é da ordem naturaldo universo.

trs' No S. José :A Belmira-Então? Os 400 fachos vxwm_

O Pedro Dias —"Eu eníregiiei-lne a suacarta. Elle leu-a, deu uma risadinha e dis-se-me * - «Podes ir. Dize á Belnurinha queeu estou bom de saúde e que nao posso ir na0U

TBelmira desatou a chorar... de raiva.its' Está dando muito nas vistas a cama-

radagem actual da Trindade e da Dolores^sTos

responsáveis não abrirem o olho...ssr Então o lzidro está curtindo calada-

mente a dor de uma paixão mal correspon-dida e não dizia nada aos amigos?

Ah! filhinho!... (que raiva, não?) aquilloera tão doce!...

m Quem seria que fez o Machadmhoaoanhar para o seu tabaco ?P

O' Tobias! Has de contar-nos isso pormiudo, sim? . .

m- Sempre é muito mao o Acauã !Fez chorar tanto a pobre Assumpçao

naattelle dia e tudo desnecessariamente Iq m Vá lá, seu Pedro; por ter uns foros

de verdade.publicaremos a sua nota sobre aSuzanna Castera,tal como você nol-a envioub

«Suzanna Castera diz que sua filhaadoctiva - só faz o que ella diz senão saienganada - isso não seja moto assim e quese faz».

Os ervphos são nossos.ir Disse-nos o Antonio Tavares que a

Leonor está farta de fazer fitas de ciúmescom o João de Deus por causa da bailarina.

Não te rales, menina ,O loão é gabirú que se preza; faz, as

vezes o seu pé de alferes a uma ou outracarinha menos má, mis, no fundo, e sem-

Pre «"'Foi excellente a medida tomada pela

Fabiana e Manode sahir hoje.

CORRESPONDÊNCIA~ScTclfegaram-a-tempo

JOÃO RATÃO.

-@—®-Au Biiou dc Ia Mode Grande deposito

___— de calçados, poiat^aloT^a-rejo. Ca^^f^f^.gelro para homens, senhoras e crianças, m

ços baratissimos, rua da Carioca n.lephone 3.660.

i-Te-

® @

VíiiS

— Agora, depois do banho, uma dose dePeitoral de Angico Pelotense e... posso rece-ber sem receio o meu amado !

Está á venda —A PULGA— Grande sue-

cesso da nossa esplendida collecção.

MilBn© dlai imm

RA no tempo em que Napoleãofazia guerra á Itália.

Numa pequena aldeia da-w.-. -_^.-„ quelle reino, em cujas proximi-

dades as batalhas estalavam, habitava umcastellão que tinha uma filha lindíssima por'l°

Todas' as tardes essa moça tinha porhabito ir deitar-se um pouco e ficava assimalgumas horas a ler, sozinha, no seu muitobem cuidado quarto, que ficava no primeiroandar do castello. . .

Em um dia de combate um official doexercito de Napoleão, em companhia domedico do seu regimento, andava a sondar oterreno e passava junto ao castello.quando otiroteio da batalha, ao longe, se fez ouvirma'Spara

ver si podia divisar alguma coisa,o official trepou a uma arvore que havia alinerto porém apenas se encarapitou nos pri-

- meiros galhos. soltotLum grito e caiu pesa-damente no solo.

O medico examinou-o promptamente.Uma bala iriimigjtjinh^he-flíravfissadí)--

-tatHtiBiiT-qTnrfíãõ^e pôde mencionar aquiclaramente; tinha-lhe atravessado, e feliz-mente quasi sem prejuízo, a parte mais pro-xima a certa coisa que os homens tem .: quemuito prezam. . . . . .

Narremos agora o mais curioso do mci-delltAida

achava-se deitada na oceasiâo emque o official fora ferido, e, quasi ao mesmotempo que elle, soltara também um grito, aosentir uma dor agudissima, penetrante, queparecia querer rebentar-lhe as entranhas.

Mas não passou disso.A moça examinou-se e não vendo nenhum

ferimento no seu elegante corpinhoe comoa dor passara no mesmo instante, nao ligoumais importância ao caso. .

O official foi levado para o regimento.Estava tudo muito bem, mais o diabo e

que á medida que os dias iam decorrendonotava-se que o ventre de Aida se ta avo u-mando a pouco e pouco, e, decorridos justa-mente nove mezes após o incidente todosviram com espanto que ella dava a luz umrobusto pimpolho. .

Foi chamado o medico do regimento, oúnico que havia ali. =,iiPnte

O pequeno nascera com uma saliente

pipoca Ao nariz. O medico £-xaml"0"-°i'n°aPre:rou-o e poude verificar que o que oceas oiiaraa oiooca era... a bala que tinha ferido novementes o officiali que elle acompanhara.

O pequeno era filho da bala, ai qua ,tendo ferido da fôrma que se sabe

^«^

2 = gjg )-( O RIO NU )-(

^ 0 RIO NU"FUNDADO EM 1898

EESSEPtlríIMEKr•;g

v_ j

— Ohl não! Por isso não seja a duvida.— proferiu a linda esposa de Bellemy comextrema meiguice. — E' de um abrigo queprecisa para se aquecer? Pois si lhe serve

E modestamente, com um elegante gestohospitaleiro, levantou as roupas do leito.

7Í000ASSIGNATURAS

Anno . . . 12Í000 1 Semestre

Exterior: Anno 2OÍO00Numero avulso, 200 réis

Nos Estados e no interior, 300 réis

Toda a correspondência, seja de

que espécie fòr, deve ser dirigida ao

gerente desta folha.

CoEüdsdí

13 de Junho de 1914 SJHB" ~~~

Mofe an CoiMiirs©

Para o MOTTE n. 8 da 3-> serie

Ermie as saias, Mlqucllna,Mostra essas pernas bem feitas.

ZE'ANTONE. ,-eccbemos as seguintes glosas :

A Ibum de um velhoi

J RA no inverno, em Lyon, a nobreV. ^| cidade franceza tão citada, não

' sabemos porque, pelos mais ceie-bres escriptores da França.

Acabavam de dar as quatro horas damanhã.

Bellemy, homem de seus quarenta annos,iá de pé, déu um beijo em Aure, sua esposa,muito nova e muito bella, pegou em umavalise que a velha criada Ursula lhe apresen-tava e saiu, tomando o caminho da estradade ferro. ; ,

Ia a Paris, aquelle homem, que, desdeque estava casado, nunca se havia separadode sua esposa. Chamavam-n.'o á capital ne-rocios de alta importância, e elle ia, crentede que em breve tornaria para junto da mu-lher querida.

Aure deixou-se ficar no leito.Tinha decorrido pouco mais ou menos

meia hora quando bateram fortemente a por-ta da rua.

Ursula foi attender.O senhor Bellemy?— perguntou um

elegante rapaz de 22 primaveras, mais oumenos. .

Embarcou para Paris ha pouco — in-formou a criada.

Ao ouvir isso o rapaz começou a mal-dizer a sua sorte ; chegou até a gritar, o que,notado por Aure, obrigou esta a chamar Ur-sula e perguntar-lhe o que se passava. _

E' um moço que procura o patrão.Como eu lhe disse que o senhor Bellemy se-guiu viagem para Paris, começou a chorar ea maldizer a sorte da fôrma que a senhoraestá ouvindo.

Mas o que quererá esse moço ?Nâo sei. Para elle chorar assim...Manda-o entrar para aqui.

Curiosa, Aure dispoz-se a receber o man-cebo mesmo deitada.

Este, apenas entrou, explicou a razãodas suas lagrimas.

Senhora — disse elle — sou um pobrerapaz que vive desempregado e sem vintémha mais de um mez. Cheguei ha pouco a estacidade, onde contava com a protecção doSr Beílemy, que é intimo amigo de meu pae,nois que foi seu companheiro de escola eimagine o meu desespero ao saber que elletinha embarcado para Paris.

Mas isso não é caso para desesperar.— disse Aure, que começava a achar o jovenmuito sytnpathico. .

_ Mas então o que ha de ser de mim ?!Não posso esperal-o 1 Estou cheio de fome cde frio. De frio, principalmente. S. nao achar

já um abrigo, morro gelado, com toda acerteza.

AGUA OXIGENADA

Mister James era louro, lourissimo, comotodo o legitimo filho da pallida e loma

'üleo legitimo filho porque os pais, os

avós, os tataravós, emfim todos os ascen-dentes de James eram inglezes puros, legm-mos sem mistura, e como taes haviam tam-bem' sido de um intenso cabello louro, ver-dadeiras cabelleiras de ouro ^'efite.

Doralice, a meiga e formosa esposa demister James, apezar de haver nascido nestetropical Brazil, causaria inveja a muita filhada britannica terra com a belleza do douradode seus longos e bellos cabellos, s, as ingle-zas fossem susceptíveis de invejarem qual-qUe'oCs0'nes

primeiros robustos filhinhos dessecasal anglo-brazileiro ostentavam tres verda-feiras coroas de fios de ouro sobre o sadiorosado de seus graciosos rostos.

Mister James, quando passava os grossose camudos dedos pela cabeça dos seus pim-nolhos, dizia sorrindo satisfeito :

— Oh! Cor amarella esta marque de"corria

assim plácida e serena a vidafeliz do ditoso par, quando para a vizi-nhanca de sua casa veio morar um grupo dcestudantes, entre os quaes havia um guaporapagão, filho do norte, moreno e de crespae negra cabelleira. . .

Pouco depois as mas línguas da vizi-nhança principiaram a murmurar que Dora-lice talvez atacada pela nostalgia do preto,não era indifferente ao estudante nortista.

E essas murmurações subiram a taidiapasão que foram até os ouvidos de mister

Por esse tempo começou Doralice amanifestar signaes de estar grávida pelaquarta vez e seu marido, frio e methodico,dÍssC"Ílic" *

— O' Doralice, gente vizinha diz vocêestá conversa com estudanta. Eu não sabe,mas si esta filha não traz marque de fabriqueeu mata .você,inata pequeno e mata estudanta.

E sahiu frio, risonho, como um legitimofilho de Albion. . .

Não sei, nem quero saber, si misterlames tinha razão : o facto é que nesse dia amulher e a sogra do mesmo tiveram umalonga e reservada conferência que deixou amoça satisfeita.

Quando Doralice, pela quarta vez, deu aluz um robusto pequenão, mister James estavafora e so regressou dez dias depois.

Mal entrou em casa, correu ao quarto daparturiente e sem falar a esta tomou o recém-nascido nos braços e veio para junto dajanella, onde se extasiou ao ver a crespa eloura cabelleira da criança.

Regressou então ao leito.onde beijou ter-namente a esposa, dizendo :

— O' sim, este está minha filho ; trazmarque de fabrique!

No toilette, entre tisanas e remédios dadoente, ria cynicamente uma garrafa de AguaOxigenada...fe MATHUSALEM.

_. Não creio que a perna finaTu tenhas, minha adorada ;Olha ; não te custa nada :Ergue as saias Miquelma !Não mostrarás tua mina; ^Bastam p'ra mim as suspeitasDe que ella é das mais perfeitas.Onero ver somente agoraAs tuas pernas, senhora ;Mostra essas jiernas bem feitas ¦

MAR SAL.

Stás com receio, menina !De mim não precisas tel-o ;Teu corpo, já, quero vel-o,Ergue as saias, Miqttelina ;Mostra a camisinha finaQue ao corpo tão bem ageilas,Mostra-me as calças afeitasA beijar teu corpo bello,Mostra-me o crespo cabelloMostra essas pernas bem jeitos l

ELMANO II.

Dizia o Chico Facluna,Todo terno e amoroso :Para me encher já de goso,Ergue as saias Miquelma,Estou grelando, menina,As tuas fôrmas perfeitas !Por isto, vê si te ageitas, __Enche-me bem de prazer,Pois só te peço p'ra... ver.Mostra estas pernas bem feitas!

MAS D'AZIL.

Em casa dajosephinaA Miquelina encontrei;Disse-lhe, logo que entrei,— Ergue as saias Miquelma,Mostra a camisa tão finaCom que o alvo collo enfeitas,Mostra, que assim me deleitas,O pésinho delicado,Depois, subindo um bocado,Mostra essas pernas liem feitas!

ELMANO III.

3a SerieMOTTE N. 10

Pegou... achou muito grosso,Mas afinal consentiu...

Glosas até 20 do corrente.

Licor TibainaO nietlzor ptirifica-— dor do sangue —

GRANADO & C - Rua Io de Março, H

Isabel, cá para mimTua carinha é faceta;Terás tu também assimBem tentadora a bo.. .lacha?

PONTO.

\

13 de Junho de 1914 )-( 0 RIO NU )-(

tmé.

Regras de civilidade

jmw-ftfMSrSfMs*-'/ _«*!ííwJi'i-_™«MiCD

Na arte de amar, como em todas as coisasda vida, é preciso ser chie, mostrar elegânciae provar natural smartismo, de modo quenão haja duvida sobre o ter-se tomado...chá em pequeno.

CDMuitos dos nossos leões julgam que

as melhores mulheres para os transportes dapaixão são as mocinhas. Puro engano, fallazillusâo ! Nada melhor para o amor que umacamaradona já sabida e com pratica p'raburro.

E' preciso não esquecer que a mulher ecomo a gallinha (salvo seja!) que quanto maisvelha melhor caldo dá, ou como o vinho doPorto, que quanto mais idade tiver maisescorrega.

CDO nosso collega do elegante «Binóculo»

também é desta opinião, tanto que tece osmaiores elogios á mulher outonal, isto é amulher cheia de rugas e pregas.

Nós não lhe vamos fora e elle pode con-tar com a nossa... adhesão.

Sim, não ha duvida, a mulher quantomais pregas tiver, melhor, muito melhor!

Depois de mostrarmos a nossa... opiniãoaos leitores e conquistadores,, é justo quelhes indiquemos algumas maneiras de pescaresses cações d'amor.

CDAo passar uma dessas creaturas outo-

naes, mas frescalhota e mostrando que aindanão deu o quinhão ao vigário, deve-se dizer-lhe ao ouvido :

O' pancadão! Isso sim! Vê-se logoque é tarimbeira velha I

CDQuando temos a ventura de irmos num

bonde junto a unia dessas fazendas quaren-tonas,devemos beliscar-lhe levemente a coxae segredar-lhe :

Si estas coxas falassem, quanta coisabonita contariam!

CDFinalmente, o bote decisivo, o tiro vicio-

rioso que nos atirará infalliveliuente a outo-uai creatura é este, que se diz batendo fami-liarmente no hombro da cuja:

O' catraia bonzona de guerra, engataaqui que eu quero rebocar-te p'r'o chateou'.

PETRONIO.

Collecção amorosa

Agua Japoneza

Não ha outra que torne a pelle maiamacia. Dá ao cabello a côr que se dese)s.E' tônico, faz crescer o cabello e extirpaa caspa. — Ruas: Andradas, 43a 47 eHospício, 164 e 166.

®Já leram O MENINO DO GOUVEIA o n. 6dos Contos Rápidos ! E' um suecesso semigual a sua leitura.

E' falta de sorte

Tenho andado aborrecidoCo'a Juvelina Canella!Quando vou á casa deliaVou co'a intenção de... beijal-aE sempre saio.. . fisgado.

Até a presente data, consta esta collec-ção de romanceies editados pelo Rio Nude4volumes: n. 1, Amores de um Frade,picaresca historia de frei lgnacio,um san-tarrão que soube gosar o que de melhorexiste neste mundo— o amor;n. 2, Noitede Noivado, cm que são narradas as peri;peciasde um noivado em que a noiva étão escovada como o noivo ; n. 3, Mada-me Minet, deliciosa narrativa da vidaamorosa de uma mulher viciada, em queella, afinal não leva a melhor parte...e n.4, Casta Suzanna, extravagante historiade uma donzella, que só deixou de o serdepois de haver provado o amor por va-rios modos que não compromettiam asua virgindade. =— =Qualquer desses volumes, que se ven-dem juntos ou separados, á razão de500 réis cada um, constitue uma lei-tura amena, muito recommendada aosenfraquecidos de todas as idades, não sópela linguagem altamente excitante emque elles são escriptos, como tambémpelas lindas esuggestivas gravuras queos ornam e que são mesmo de fazer re-suscitar um defunto. :Os pedidos do Correio, aos quaes de-vem acompanhar mais 300 réis para oporte decadalivro.devemserdirigidosa

Alfredo Velloso ¦ ™»»™™

A collecção completa será enviadaa quem a pedir envlan»do a quantia de 3$000.

ZÉ.

Leiam

OJ-I ZOM.V.N. 11 dos Contos Rápidos — 300 réis

Folhetim do "Rio Nu

FLAVIO OUVAL

' (6)

CASADA E VIRGEMgg Historia realista de um homem

como lia mxiitos

•v

Uma vez em casa e recolhidas ao leito,Lúcia notou que Regina procurava afastar-sedelia, que se voltava para a parede.

Que tens hoje?Não sei, sinto-me indisposta, pesa-me

a cabeça... .No emtanto, debaixo das cobertas, havia

a esposa do Barballio collocado entre as suaspernas um pequeno travesseiro e o apertavacom anciã, pensando em Leoncio. Si elle esti-vesse ali 1...

Estremeceu. Lúcia puxou-a para si.Escuta. Quero proporcionar-te...Não... Amanhã...

E porque nâo ha de ser já ?Não... Está quieta !

Lúcia, porém, não a attendeu e forçou-a,por meio de caricias ardentes, a ceder aosseus desejos e fel-a estorcer-se nas convtil-soes dos prazeres lésbicos, cm que era dou-tora de borla e capello.

Regina, entretanto, tinha o pensamento

fixo no poeta e, quando a amiga a levou aosétimo céo, um nome se escapou dos seuslábios entre um ai e um longo suspiro :

— Leoncio !... ¦VI

No sabbado seguinte Regina deliberousahir só. Pela primeira vez se arriscava aisso. Durante toda a semana sahiu em com-panhia de Lúcia na esperança de ver, aomenos por alguns minutos, o autor do Cal-vario. Todas as suas esperanças foram bal-dadas. _

E' que as filhas do commendador naodavam uma folga ao pobre rapaz. Tres vezes,durante a semana, encontraram-n'o na Ave-nida e, sem que elle pudesse se excusar,levaram-11'0 quasi de rastos para o Flamengo.Todas disputavam-n'o a valer e como eramboas irmãs e faziam muito reservadamentedas suas, apezar de solteiras, nào brigavamentre si e saboreavam em conjuneto as cari-cias que elle lhes prodigalizava.

No emtanto, Leoncio procurava dar umtiro naquella pouca vergonha. As pequenaseram bonitas, tentadoras ; mas o escândaloque de futuro se poderia originar espanta-va-o a valer.

Por isso, ao avistar ao longe as mem-nas que se approximavam, penetrou no CaféBellas Artes e esperou que ellas passassem.Depois seguiu em direcção ao Hotel Avenida.

Uma doce surpresa o esperava. Reginasurgira á sua vista, cada vez mais bella. Aovel-o, sorriu para elle com doçura, mostrandoos dentinhos brancos. O poeta correu ao seuencontro.

Permittiu-me o céo, minha senhora,que eu tivesse o ensejo de agradecer pesso-almente a gentileza da offerta que me fez nanoite da primeira representação do meudrama.

Eu?...E confesso que as violetas . de seu

ramo jamais se afastaram de mim. Emborajá emmiitxliecidas, trago-as bemjunto docoração. •

Gentilmente tirou a carteira. Ellas ahestavam.

Regina cravou os seu olhos ternos nosolhos de Leoncio. Sem dizer nada, aquelleolhar significava tudo.

O autor dramático proseguiu :Eu já a conhecia. Ao vel-a, pela pri-

meira vez, senti-me dominado pela sua ter-nura, pela sua modéstia, pelo seu modo tãodiverso das mulheres de hoje. E eu logoconclui :

Deve ser um anjo de bondade e de mei-guice; o supremo ideal daquelle que tiver aventura de possuir seu coração!

No dia seguinte, ao ser chamado á scena,senti-me radiante.E' que a senhora se achavapresente e applaudia-me, atirando flores. Detodas as manifestações que recebi só as suasme ficaram gravadas na memoria.Si soubessecomo soffro de oito dias para cá !.. ..Amo-acomo um louco!

Fale baixo, podem nos ouvir.Onde poderemos estar a sós ?Não sei. Receio comprometter-me.Tenho tanta coisa para lhe dizer.. -

(Continua)

)-( O RIO NU )-( 13 de Junho de 1914

llPl 1 |S a&am

CD

0 Fernandes Brochinha do Maison Mo-deme anda todo haboso por uma formosamorena do Engenho Novo.

Quando o velho ama, logo se conhece,porque elle «morde» com requintado prazero bello «palha» Andrade & Andrade !!

«3- Um sympathico e «gordinho» rapazdo Meyer impressionou-se seriamente com aPirataria Suburbana.

Necessariamente é porque, sendo piratatambém, receia ter a sua calva á mostradahi não poder dormir socegado. .

Nem mesmo uma pestana tem conseguidofazer!!

Serão os remorsos dos amores do Ca-chamby ou o resultado das longas vigílias ?

ts- Deu o desespero, por havermos cha-mando o perfil dojoão, o Barroso de «manda-chuva nos baixos» o loiro Barbosa.

Nós não sabíamos que o sympathicopirata era o verdadeiro «manda-chuva, masagora já o sabemos e portanto o Barrosopassará a chamar-se: «o homem do des-canso» !

Estará certo assim ?.tar O Arantes, apezar de ter-se separado

do Sayão ainè, continua a conduzir «crioulas»para o campp_do_Cachaml>y-Foot-baH Club.DTõTrõ pequeno só sabe shootar a goal

com «bolas negras» 1 1.t» Qual será a razão por que o perfumado

«barbeirinho» da rua Capitão Rezende nãofaz «fé» com a viuvinha Adriana, apezar damorena ser tão bonitinha ?

Será porque o «decantado rapaz das«cen, comadres» tenha medo de algum resfri-amento ?...

Tem razão, seu Manoel, a «pequena» emuito.. - vassoura!

w O «amondrongado» vendeiro do L.a-chamby, depois que temos publicado as suaspiratagens, anda mais quietinho.

Agora sabemos que o «mondrongo» eum pândego rapaz! .

Não é que elle, ha tempos, impediu q«enlace» de um camarada, que já vivia cátão perto da «flicidade», com a pequenina«boneca de biscuit ? !

Só por isto perderá o titulo do «mon-drongo», ouviu, seu Manoel ?

Mesmo porque um «mondrongo» naopode ser tão pirata assim 1

Tão «sabidinho» como estás, necessária-mente não te «crias»!

ter Os piratas do Meyer andam pavoro-samente «assombrados» com «O Rio Nu»depois da nova phase da «Pirataria Subur-bana» e já alguns bem ..assanhadinhos» para«sapecarem» os outros.

Agora sim, é que a «coisa» e preta!«ar O «menino» Octavio Júlio, depois que

se tornou «campeão» de bilhar no «Portu-ense» criou uma grande importância junto asmulheres bonitas, a ponto de tornar-se ocnfant-gaté do Meyer.

Seu Medeiros, já nem se lembra maisdos «saudosos tempos» da sua Pequenina,por quem foi obrigado a bater-se em «duello»com o «compadre» Horacio, em frente aosP í n fâ s -°Quem tem importância, tem mesmo, nao,«menino» Octavio Júlio?

mo «bacalháo» Pompêo anda tristenestes últimos tempos!

Serão saudades da «viuvinha dos chili-quês» . _ ,fer O Edgard, apezar de ter conquistado apequena da rua 15 de Novembro, atira-se de«corpo e alma» aos amores da «diva» daVilla Militar!

O que nos diz a islo, ó «mano» Zeca íE você... nada ?a-3' O Izidoro deixou definitivamente de

brincar con, «tetéas». Até que emfim !mr o João Maison Moderne o Barbosa e

o «velhinho» Fernandes tremem tanto quandoconquistam, que até parecem fazer parte da«familia... rcpinica» !

Então, no «Brochinha», até o bello«palha» Andrade & Andrade, treme ! ! !

,tw o aconductorado Imbuzeiro, apezarde já ter sido obrigado a «dar um fora» emceroulas na Piedade, atira-se novamente aconquistas... difficeis !

Qualquer dia teremos que ver, no Meyer,seu Imbuzeiro a correr... nú ! !

CORRESPONDÊNCIAC. M. A. — Continue a nos remetter suas

notas, porque temos certeza de que todasellas são... boas.

Falcato — Então a mezada é de 300?

PIRATA MÓR.

Está a venda o N. 11 dos Contos Rápidosintitulado: Na Zona... Apavorante novellarealista.— Preço 300 rs. Pelo Correio 500 rs.

-__^_/1M-&. ]

LrJ^.ife-ÃLV1T-^^-iJ_ttwgiy 1CD

do Bloco dando

sua querida no

—ps^iraçís©

Ao Dr. Palma de Castro

Elle sonhou que andava pelo espaço,Calmo, risonho, a dominar o mundo !No seu olhar, tão languido e tão baço,Havia um quer que fosse de profundo!Vinha do sol o calido mormaçoQueimar-lhe o rosto, suarento, immundo,E o vento, que era no principio escasso,Tornou-se impetuoso e furibundo 1.-..

De repente, o motor do aeroplano,Que era do travesseiro o molle panno,Deu um estouro e parou... 'Stava quebrado !

Da «nacelle» saltou o Dr. PalmaE vendo aquella «fita», perde a calmaE um murrro dá no coco do... pellado !...

...a Aurora Gallinhaumas pratas ao Moreno...

...o Tobias com a

..o Moreno esperando no «Lisboa» afunecionaria Aurora Gallinha do Bloco. ..

.o Gillet atrapalhado trocando línguacom uma wezugth da zona Conceição...

.o Natal na madrugada de sabbadoultimo tomando gargarejos em frente aonumero 9 da zona Gomes Freire...

a Clelia da zona Gomes Freire 9dando o desespero quando lhe falaram noNatal... _ , . . .,a Pepa Delgado na quarta-fena, a 1hora da madrugada, em amistosa palestracom o Carvalho do «Carlos Gomes»...

.. .na zona Ouvidor a Mariquinhas com-prando uma sombrinha.. .

...na zona Gloria a Iracema acompa-nhada por um mondrongo....

...na zona Lapa o Pe Espalhado con-tando valentias...

VE TUDO.

% Galeria Artística %Avisamos aos lcl«o«-es que «eiiliai»falta de .il.|inii:«s estampas «In nossaGaleria Artislien.c queiram comple-«ar a colIecoAo, que em nosso eserip-«orio existem exemplares ile todosos numero» do MO iVU «lesile o ini-elo da publicação dessa Galerin, po-deudo ser adquiridos sem auj.meiito

de preço*

FPOÍMfgiOtE?

Cinco noites ha, talvez,Que comtigo vou ficarE, Julia, nem uma vezEt, consegui te enra. . .scar.

ESCULAPIO. PONTO.

¦¦m§ÈÊ

TIaj /1 BM

mu, ii ruli,li« ~ iirjj.lHThfcu rtiffráiVih i pt>Ui«k

,-¦?-*. DOZES .-«DULT0í._a.. .........«[N0liE>:i__._i,_

PEITORAL DE ANGICO PELOTENSE

Não ha em todo o mundo medica-mento mais efficaz contra tosses, resinados,influenza, coqueluches, bronchites, etc, doque o Peitoral de Angico Pelotense, verda-deiro especifico contra a tuberculose nosprimeiros gráos. E' o melhor peitoral domundo. O Peitoral de Angico Pelotensenão exige resguardo. Vende-se em todas aspharmacias e drogarias.

Depósitos: Pelotas, Ed. C. Sequeira;Rio, Drog. Pacheco; S. Paulo, Baruel &C; Santos, Drog. Colombo.

COMO ESTAVA COMO ESTOU

¦—J&m 13 dc Junho de 1914

ffiksBâA^CD

AVISO.-O «Rio Nu»não tem repórter ai-gum nas zonas paradar ou não dar notasnesta secção; todoaquelle que se apre-sentar como tal é umintrujão e deve sertratado como me-rece.

Na zona chieDisse-nos a Rolinha que a Aurora üalli-

nha do Bloco lhe contara que quando vai aoS |osé» é para trazer o Tobias, mas que o

zitiho quando a vê dá o fora.E você, sua fiinccionaria.não tem vergo-

nha em contar isso?*-t 0 losé Testa Rachada andou com dor

de cor.Xnucopia por ter brigado com a°rmSi

acoberta Billieteira souber disso, aOrminda perde o contracto da roça queambas cultivam.

mr E por falar em Roberta Billieteira,nos lembrou a scena que fez certo adoutorado

ue depois de dois dias de abarracaçao,coú arrependido e mandou buscar a chave

da casa que tinha alugado para esse ninho.A Roberta chorou tanto que so a poude

consolar a sua inseparável Orminda._¦_.' A lulieta B. Quadrada, não podendo

sustentar o chie em ter casa na zona Cattete,deu o fora para uma zona mais baixa.

Bem dizíamos nós, sua funecionaria, quevocê estava deslocada nessa zona .

m Disse-nos o Ferrabraz da zona RioComprido desde que começou a usar a LoçãoDa i o especifico infallivel contra a caspa ea queda do cabello, o seu cabello tem dei-.adi de cahir e , a caspa desappareceu com-

Ple,E'econiinuar, seu moço, pois assim evitade ficar careca !

tts- No próximo numero temos que con-tar uma fita desenrolada pela Sebast.anapaulista da zona Mem de Sá 34 e um zinhomuito conhecido. .

«3* No sabbado ultimo, á noite, a ManettaChantecler da zona Marrecas andava afou-bada procurando algum zinho que lhe desse3 '"'Livra

que viciada ! Até nos botequins dazona Lapa você procura essas coisas '

m A Altiva deu o desespero quando leua nota sobre a sua farra na Mèrc-Loiuse como Manoel Mnndrongo, caixeiro da casa üepasto da zona Lapa. .

Ora, dona Altiva, você de altiva so temo nome, porque no mais... ,

ar Porque será que o Antonico Pepe, ocelebre chauffeur nocturno, fica indignadoquando falla-se numa certa wesughtt

tar A Juliela B. Quadrada tirou-se doscuidados e foi se offerecer ao zinho da Mar-condes, mas levou os contras, pois o rapaznão está acostumado a tomar purgantes.

E que tal é essa tvpa': Fazta-sc muitoamiga da outra e queria tirar-lhe o seu que-rido. Por isso é que a Zulmira conta em todaa parte o que ella tem nas pernas !

.nr O Amoedo Nhònhò Manteiga passouum máo quarto de hora quando a Ermelindaleu a nossa ultima nota com relação ao seuitinerário pela zona Gomes Freire. ,

Nào se zangue, Ermelinda, pois e bemvelho o adagio : Amor de.. . sempre fica .

LINGUA DE PRATA.

IICONTOS RÁPIDOS

Linda collecçào de contos rápidos a300 réis cada exemplar com uma bellae suggestiva gravura impressa em papeiC°Os'onze

primeiros desses contos in-titulam-se: O tio empataA mulher defogo, D. Engracia, Faz tudo..., A ViuvaAlegre, O menino do Gouveia,A Pulga,O Correio do Amor, Dolores, FamíliaModerna e Na Zona..., constituindouma preciosa bibliotheca de leitura ra-

pida e... estimulante. r„rrpinCada exemplar custa, pelo Correio,

1.00 réis- mas quem quizer obter a col-lecção completa dos onze enviara ape-nas a importância de 4>00ü.

Pedidos, acompanhados das respe-ctivas importâncias a

ALFREDO VELLOSO218, Rua do Hospicio - Rio de Janeiro

j^H]

São coisas

Tem o Lucas a maniaIrrisória - vê só tu 1 —De que a elegante MariaNasceu o'ra levar... vantagens.

ZE\

)_( O RIO NU )-( SB== 7 :

PERFIS SUBURBANOS

1". B. S. Q.

E' o mais moço dos piratas suburbanos,nois conta só dezesete pujantes primaveras,mas, mesmo assim, já é bem grande a suabagagem de conquistas.

Fez-se nas hostes do Engenho de Dentroe foi lá que amou pela vez primeira.

Tornou-se conqueranl e teve a «gloria.,de amar a mais formosa suburbana, vivendocom a sua «diva» num verdadeiro «latisto» .

Depois tornou-se morador dum bairrochie fez progressos na famosa arte, rendeu-do ás suas lábias seduetoras innumeros co-ríicõss I

O seu ponto predilecto actualmente e noMeyer em frente ao Café e Bilhares MaisonModerue, por ser logar obrigatório de pas-sagem das formosas meyerenses, as quaes o«menino prodígio» rende ardoroso cu to,amando-as e cognominando-as de «rainhasda formosura»!

Como lzidoro aprendeu a brincar com...«tetéas», mas acabou mais «sabido» que oseu ..moreno» amigo, o que não é de admirarporque o moreno e sympathico rapaz e cunha,do pela mesma forma dum.. .pirata-mor..!

O «menino-prodigio» é moreno, olhosnegros, rosto ainda imberbe, que lhe em-presta um todo de ingenuidade que lhe vai amatar, uns dentes alvos e lindos que guarne-cem uma boca de criança de lábios carnudose sensuaes, que sabem beijar até enlouque-csr !'

E' «loterico- e dizem que é um «bicho»aliando,com a sua voz melodiosa, canta a...sorte grande, mas o pequeno gosta mais de«.•i.flr a outro gênero de «sortes», emboraestas sejam mesmo.. .pequenas I ! !

MAS D'AZIL.

Tônico Japonez;Para perfumar o cabello e destruir as

parasitas, evitando com seu uso diário to-

das as enfermidades da cabeça, não ha

como o Tônico Japonez—Ruas : Andra-

das, 43 a 47 e Hospicio, 164 e 166.

@ @BOLSA DE OURO

CHAPA SEMANAL

LOTERIAS DA^CÃPÍTÃI^FEDERA^

Grande e Extraordinária Loteria de São JoãoEM TRES SORTEIOS

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Prêmio maior: 100.000*000 dezenasa»-em 22 do «^ÍVWSmalor: 2oo:ooo$ooo 02-95-31-07-85-69-26-78-40-90-15r.tíl 1 ¦¦'—' > ¦ ¦"—»"—¦ .. CENTENAS

Total dos tres prêmios maiores 4oo:OOOjOOO 1_859_367-o.6-382-8óoPreço dos bilhetes inteiros 16*000 em vigésimos de 800 reis 911 D0N

FELICIO.

Bilhetes - vendarem todas as casas Iotericas

)-( O RIO NU )-(jmm 13 de Junho de 1914

^-^Tar----—- -rtWH tflPSMB Willl 1 i"

A c^uWÊÈÊÊmCD

Esta historiada de crise, afinal das con-tas, é mesmo uma espiga rox,a de grãos du-ros como pelle de crocodilho. Nada escapou,não escapa, nem escapará á terrível, a me-donha coisada.

Aquelles troços mesmo que ncs causa-vam inveja, uns empreguinlios que erammesmo umas sinecuras, uma senatona deencher o olho e ganhar os arames com umaperna ás costas, ou mesmo com as duas,hoje não valem o espirro de um gato.

E' uma disga mãi por toda a parte.Si um camarada, com a cilha já no ui-

timo furo, recorre a um amigalhao abonadoe casca-lhe uma facada de vinte toda cheiade circumstancias melosas e circumcisflauti-cas, o bruto torce a bicanca e si nao poe ocorpo fora de todo do golpe, empurra-noseste complemento semi-barrativo :

— Vinte ? ! Ah ! meu amigo, podes levarmuito honradamente cinco, e isso mesmo sosi fôr nickeis.

E sai-se muito satisfeito, lambendo aunha, porque nesta épica de crise, cinco paosé um fortunão e tanto.

Até mesmo, em casa, a cara metadeaproveita a desculpa para deixar um cama-radão com o bico nagua morrendo a sede.

Chega um cidadão aos penates com umavontade maluca de dar umas... beijocas namuiherzinha, porém, levando unicamente,das duas encomni^ndas_Je|t<TS_Eeiajiianha,

A filha de sua sogra vem recebel-o sor-

Bemzinho, que dê as minhas encom-mendas? Esqueceste? .

Não, rilhinha, nao esqueci, porem,devido á crise, só pude trazer uma.

A cara metade fica assim com a metadeda cara meio enfarruscada, mas nós, quequeremos dar-lhe as... beijocas, vamos dis-farçadamente levando-a para o quarto. _

E... damos-lhe a primeira... "eijoca,porém, quando nos preparamos para dar-lhea segunda, ella raspa-se a dizer:

Duas,... filhinho, com a crise... Naopôde ser'... , . ..„„„

E um cidadão fica com a segunda beijocaencruada, porque, devido á crise_ maldita,somente trouxe uma encommenda a mulhet-

Pois, meus amigalliões, no meio dissotudo havia um homem que me causava in-veja, um invejão preto como pello de urubumalandro. ;. ., . ,

A crise não podia attingil-o, nada o to-cava elle passava sorrindo com a mala cheiade pellegames. Que felizardo I Que maganao

Esse aborto era o cobrador do P. K. L.!Imaeimem vocês, de cada um sócio um pelle-gão de cincoenta, isto é, quarenta e cincopáos para a caixa e cinco p'ra o cujo.

Isso em dezenas, em centenas de sócios .Pois eu cahi das nuvens outro dia quan-

do encontrei o supplicante de crista calnda,feito gallo que cantou de gallinha.

A crise a pavorosa crise, tambem che-sou aos membros do P. R. C. e elles agoraló pagam de beiço, emquanto o mísero co-brador fica na espinha !

L. REPÓRTER.

Já está á venda-A PU-LCJA"

M. 7 dos Contos Rápidos-300 réis

CH.BJínFiriüf! de ESiraiiOS

A. M. SADINO-Diz você que é «leitorassíduo e constante do Rio Ato». 1'ois incntlu,seu aquelle, mentiu descaradamente. Voccparece até que nunca leu o nosso periódico,sinão era impossível que nos enviasse umsoneto relesmente pornographlco para puDiicarmos. . , „,„,,.

Humorismo não e indecência e tei graçanão é ser imnioral. .

E com esta, fica você reduzido ao nas-mo que o seu lençol do ultimo verso...CSP"|

ANOS PEREIRA-Em primeiro logar, fiquesabendo que escrever a alguém a lápis,è amaior prova de má-creaçao que uni typo podefornecer; por isso nós vimos logo que voccnão tomou chá em pequeno. ,

Em segundo logar, que temos nos com ofacto das mocinhas do tal instituto, que via-iam nas barcas da Cantareira,terem apreciadotanto o armamento dos marinheiros allemaesí

Em terceiro logar, não pode você, quese diz tocador de flautim de Kapa, ter receioda concurrencia das taes mocinhas quetocam outro instumento. „„,„i,„.

Finalmente: deixe o flautim, mocinho,dedique-se ao clarinete e depois que adqui-rir embocadura appareça ca pela redacção,que temos muitos collegas aqui que gost.ani.

Vizinho incommodo — Então a moçacasada com o velhote seu vizinho faz umescândalo burro mettendo tantos rapazes em

É você, caríssimo amigo, fica tão revol-tado que quer transformar o Rio Nu emcorsário para publicar o nome e a residênciada talzinha! ,-j„,i„

Nós conhecemos muito essa moralidadeinanciuáe. Você-quiz entrar de queixo, S cuja

~ barrou-o e você deu o desespero

1UVENAL-Vá ao theatro Rio Branco,onde facilmente poderá ter noticias segurasda Pepa, por quem está tão ancioso, com oDiniz, com algum doutor dos ares e comoloão da typographia, ou com algum casado,pois que todos elles são, como você, apre-ciadores d'aqtiillo.

Tenha, porém, cuidado com Rabo doRato ¦ dizem que é pavoroso e insaciável.

Depois mande-nos dizer de que modoou por qual das funcçõès foi aitendido.

Festeiro — Ha com effeito uma lei pro-hibindo soltar foguetes; talvez, porém, jaesteja em desuso, conforme quasi todas asnossas tezes. Em todo o caso, não ha_ nadasobre rodinhas e traques, por isso voçe podese divertir bem soltando traques em família.

SOLTEIRINHA-Solteirinh? ou solteirona?Em todo caso, ahi vai. Fique atras da portacom a boca cheia dágua, rezando mental-mente o «Credo». O nome que ouvir será odo seu futuro. Pode bem ser que escutealguma palavrinha que não pareça nome degente. A difficuldade então é ligar o nome apessoa.

De qualquer modo, será sempre o seufu,Ur0- JOÃO DURO.

Pomada Seccativa de São LázaroA única que cura toda e qualquer ferida

sem prejudicar o sangue; allivia qualquerdor, como a erysipela e o rheumatismo. Co-nhecida em todo o universo. Ruas dos An-dradas, 43 a 47 e Hospicio, 164 e 166.

Desejo...Vendo a Rita CavalheiraDisse o marido da Esther :— Eu vou fazer uma asneira,Vou... beijar esta mulher.

ZE',

Bibliotheca d'0 RIO NU

A CABEÇA DO CARVALHO - Pyrami-dal trabalho do bestunto do incomoaravd Va-«abundo, 2Í000; pelo Correio, 2*500.

SCENAS DE ALCOVA - Interessantis-simos episódios da vida de um pobre copei-rcI que acaba como patrão da p.atroa, 1*500;

pelo Correio, 2*000.AMORES DE UM FRADE - (2- edição,

„ i da «Collecção Amorosa») - Escândalo-sas peripécias de amor prolnbido acompa-nl.ado de interessantes gravuras. Verdadei-"as

scenas dignas da antiga Roma. Preço,500 réis. Pelo Correio, 800 reis.

NOITE DE NOIVADO -(n. 2 da .Col-lecção Amoros.1»)-Episódios picantes entre,m casal recem-unido pelos laços do matri-

monio, contados por Mathusalem, 500 reis;

pelo Correio, 800 réis.MADAME MINET - (n. 3 da «Collecção

Amorosa») - Historia de uma linda viuvinhapatusca, que para comer exige appentivos es-

peciaes... Custa 500 rs.; pelo Correio, 800 reis-

CASTA SUZANNA - (ti. 4 da «Collec-ção Amorosa») - Empolgante descnpçao descenas amorosas passadas entre uma don-zella e Lúcio d'Amour, que afinal consegueentrar em Barcelona depois de varias invés-tidas pelas redondezas. Preço, 500 rs.; peloCorreio, 800 rs.

ÁLBUNS DE VISTAS - Collecçãode Fogo, contendo cada um oito gravurastiradas do natural, impressas em papel cou-chè de 1» qualidade e acompanhadas de bel-los versos explicativos de cada scena repre-sentada. Estão publicados osns. 1, l, i, 4 e5'Preço"de cada um, 1*000; pelo Correio1$500.

CONTOS RÁPIDOS—Estão pu-blicados os seguintes : N. 1, Tio Empa-

ta — N. 2, A Mulher de Fogo —

N. 3, D. Engracia - N. 4, Faz tudo...— N. 5, A Viuva Alegre—N. 6, O

Menino do Gouveia — N. 7, A

Pulga - N. 8, O Correio do Amor_ N. 9, Dolores, N. 10, Familia

Moderna e N. 11, Na Zona...Todos esses contos, que são escriptos.

em linguagem ultra livre, contendo uma gra-vura cada um, narram as mais pittorescas.scenas de amor para todos os paladares.

Cada um custa unicamente 300 rs., pele-Correio : 500 rs.

Todos oa livros acima citados sftoillustrados com gravuras tiradas do-natural.

UMA CEIA ALEGRE - Engraçadissimaparodia á «Ceia dos Cardeaes», em versosbrejeiros. Tres respeitáveis padres contamsuas aventuras arr.orosas, numa linguagemde alcova, sem pelas... Preço, 500 reis. PeloCorreio, 800 réis.

CD

Os pedidos dirigidos ao nosso escripto-rio devem vir acompanhados da respe-ctiva importância, em vales postaes, ordenscommerciaes ou dinheiro e endereçados a

ALFREDO VELLOSO, Rua do Hospicio, 218.

Licor TibainaO melhor purifica-

— dor do sangue ~

GRANADO & C. - Rua Io de Março, 14

8 = )-( O RIO NU )-(—-jauH 13 de Junho de 1914 gjg-

Beijos tminos

O MARIDO-Não pintes tanto o rosto, minha queridinlia, sinão logo mais, quando te for beijars lábios de tinta.A A1ULHER — Deixa-te de implicanc

rosto ; ficam sempre no meio do caminho...

sujo os lábios de tinta.A MULHER - Deixa-te de implicâncias, -pois bem sabes que os teus beijos nunca me chegam ao

ÁSSS*"^

^j@@reN. -1 — O TIO EMPATAN. 2 — A MULHER DE FOGON. 3 — D. ENGRACIA

•) N. A — FAZ TUDO...' N. 5 - A VIUVA ALEGREN. 6 — O Menino cio Gouveia,

N. 7 _ A PULGAIM. 8 — O Correio do AmorN. 9 — DOLORESN.-IO- Família ModernaN. -1-1 - NA ZONA...

Contos RápidosA' venda em nosso escriptorio