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Anno XVI Torça-folra 30;<feNovembro do 1869 ASSIGNATURAS CAPITAI. Anuo 12'SQOO, Siiís mezes O|G00. ¦i ..(Pagamento adiantado) ' ;'i^V«— ., i;URLICA-SKl)lAltIAMKNTK ASSIGNATURAS 1'ÍJIIA DA CAPITAI Anno lafJOOO. Seis mezes 8)5000. (Pagamento adiantado) lisCUIPTOIlIO, ItllA HA ImPUIIATMZ, 27 m. Wmüot òa rcoacçáo c proprietário, %. % iie Olheiro marques CORREIO PAULISTANO S. Pniilo, 30 de Novembro No ultimo o. da Gazela de Campinas voiii um artigo, que, pela alia importância do assuinplo o ainda porque ó um echo auclorisiido do interior dn provincia a propósito do rincão publica, merece ser lido e meditado seriamente por governantes o governados. li' o seguinte: Estradas Denunciam os iòrhacs que existo nos cofres desta provincia um saldo, chi moeda corrente, superior a quinhentos contos do róis. Não admira. 0 quo assombra c deixa o espirito publico perplexo, é ver como se trazem a himo estes rádios altamente carne-- turísticos da marcha de todos Òs nossos governos. Do maneira que uniu administração para fazer-se rocomniondar ao juizo dos cidadãos, deve seguir a norma du avareiilu. lia dinheiro. Zcla-se, portanto, a fazenda do paiz. Nao se esbanjam as suns riquezas. Progridcni as foiitòs de ronda e a receita hvlilla. Mus islo é a negação do progresso. Queremos saber dn boii applicãção dos nossos capitães. Dóseju.inós,;e6ntó imposto pelOsnossos costumes, pelos hábitos de uni povo quo advinha a libcrdado atravez do horóscopo feliz da esperança, desejamos sim que se dém publicidade nos modos porque se distribuo 0 nosso ouro, que monta o mesmo que o nosso suor. O que não agrada; uno pude agradar, seriamente fal- landn, é que se proclamo a fartura do lliesiiurn do par com a abundância de nossas«meccssidadòsl lista sede de Tahtalò, quo não deixa rever agita em meio do próprio occcano, é mil vezes peiordoqtieaau- eiednde (le Agar no deserto, queimando os lábios nos nreaòs ardentes o infindós. A ultima, representa a magoa profunda embobicln no impossível que pôde quebrar-se d encontro no milagre; porém a primeira é a imagem da raiva quasi, ou, por menos da estéril desesperarão a que não desce tiimraio se qticrdn vida. Deve-se concluir quo seria preferível não ler os meios de cuidar na prosperidade do paiz, do (pie possuil-os e não fazer uso delles'íi F.srolha quem poderá ponta do dilenuiia. OíyToousci isque qualquer delles vai dará um resultado só, i; é o esquecimento de Iodas as reformas indispensáveis, mo- ráesc inaleriaes, quen provincia reclama. Uns desbaratam as linanças e não adiantam uni possn á marcha dos melhoramentos precisos; outros sustam as despezas, cortam, é verdade, as verbas imiteis, mas dei- xam ascousas irem no mesmo eslado. A sorte do pródigo e a do avarento são duas linnas paralollas que se eiieonlrnin, não no infinito, como a dos matlíéninticós modernos, mas a dois palmos além da existência de cada um delles. Tocam-se ás portas da in- felicidade. II' por isso que se deve comparar quasi; em seus ellei- tos, a presidência que fecha com cem chaves os nossos cofres, peio prazer epliemero de mostrai-os cheios, çoíii 'aquella que levanta ohelisc is ou pontes custosas, inútil- mente, para contentara cúbica dos parasitas que a ro- deani. Salva a bon-fé e a probidade quo não se contestam ua primeira, ha identidade tias conseqüências, compara- da aquella com a segunda, em relação nn proveito social. Não se infira que tudo nos desagrada. lia uma vasta arena em quo" a boa administração pode illustrnr os seus netos; Faça a justa distribuição dos dinheiros pela medida segura das múltiplas necessidades. Nesta quadra em (pie tudo está por fazer, nesta époclia desastrada èm que o domínio anterior, á semelhança ile tuna arvore dainiiinlin,.fez erigalliar os ramos da perni- ciosa influencia no terreno arado polo ileleixo, pela Ira- hiç.ào aos interesses gerúos, ó preciso c.lentrar todos oi esforços ua attençáo que iiedciu os reclamos sagrados do bem.' Sabemos fazer justiça aos contrários, tanto como nos nossos. Requeremos para fundamento de nosso juizo ac- cões e accõos. definidas. Os princípios década qual, se não nttrahirem a nossa adhesão, podem, comludo, ca- plaro nosso respeito, li é sempre vencrável uma con- vicçáo sincera quando ella tem pontos de syinpathia com a honra e como brio. A inércia, por mais esteiáda que se apresente no ca- racter ou na capacidade du indivíduo, quando estes at- tributos uáo se traduzem em fados positivos, não pôde certamente merecer um npplnuso sensato. li' por isso que sem fazer iucropação que signifique dezar, deitamos todavia uni reparo muito ponderoso pa- ra o andamento que vão tomando os negócios entre nós. Sem especificar muitas obras de iniinenso alcance pa- ra a actualidade, apontaremos as estradas como objecto que demanda meditado estudo em todos os sentidos. São ellas as veias por onde corre o sangue principal de ali- mento para esle, vasto organismo que se chama a socie- dado. A grande família denominada pátria mal se in- tenderia nas suas relações, se não tivesse esses meios de contado para pôr as'cidades umas cm frente das ou- trás. ,¦¦¦¦--, A civilisação não poderia alargar os seus honsontes senão possuísse este dom eonimunicativo que a torna cosmopolita para ser, o quo é, a pedra preciosa ingasla- da no ultimo élo da cadeia que prende o destino da nu- inanidnile aos pés do Creador. Não é para o elemento material da existência do homem,—o commercio, a agricultura, a industria,— quo prestam as estradas ; é para tudo isso e mais o prin- cipaínieiíte para o espirito que ellas servem, pondo em coutado òs costumes o ns leis o ns almas sobre tudo. A idéaé uma viajante incançaveli li' preciso abrir-lhe franca a passagem para que os malfeitores" emboscados não salteeui-lhe esta explendida bagagem : o progres- so.F, Quinino nos Santos. Depois de orarem sobre a matéria os srs. Cairão; Fal- cão, Coehrano e Uornnrdo Gavião", o sr. dr. Dento de Paula Souza requerei! que se suspendesse essa discussão pola inconveniência de se tratar de tal assumpto ein as- semhlén geral, e que se declarasse que tal matéria lica- va a cargo da directoria. Votada esla moção, passou por uma maioria de mais do 000 votos. listrada—Por acto da presidência, de 21, foi no- meado inspector dn estrada do Itnpetininga á villa dt Paranapaiièma, Domingos Leonel Ferreira. Foram nomeados ins 'Micatro—Deu-se no domingo ultimo o D. Cezar deBazan;como estava" nnnuhciodo, fazendo o sr. Ger- iiinno o protogoiiistn. O esppctnculo andou aziugo para todos. Para a enipreza, porque a vazante de espectadores não era vazante, era thealro deserto. Para os assistentes, porque não ha memória do quo, entre nós fosse assim tão mal alinhavado aquelle fa- moso drama, MÍTÕCIAS 2i\H CB.OVIIVCIAS Da Bahia ha folhas, trazidas polo Critcrion, até 20 do corrente, Fallecèra alli o dr. Antônio Fernandes Irigo du Loit- reiro. —Das Alagoas havia noticias até 11. Havia grande sfleca nos sertões. —De Sergipe havia indicias sem data. O vice-prosi- dente, attendendo ao que lhe represo»taram a câmara municipal de ítabniníia e o vigário respectivo, resolveu abrir, sob sua responsabilidade, um credito de 500S000 para serem distribuídos pela classu desvalida daquella villa. , —Da província de Minas ha datas da capital ate 10. Fallecèra em Queluz o barão de Sunssuhy, José igna- cio Comes llarbosa, membro proeminente do partido conservador. —Da provincia de Goyaz. ha folhas ale 10 do passado. As noticias são destituídas de interesse. —Das províncias do Sul nada consta. ¦mTftTrr-TiTrfrTi^^^^Bnaa»^ Ctnnpusimht Paulista—Rõiiniu-so aiilc-hòn- tem a assembléa geral da Companhia Paulista para os fins designados em edital anterior publicado neste jor- nal. Constituída o assembléa, foi eleito presidente, o sr. cônimenilndoi' Jooqiiiin:'I£gydiodc'Sdiizu Aranha o so- cretarió o sr. dr. Aríhür César Güimnracs. Declarou o sr. presidente que continuava a pensai' que podia ser procurador de accjoilista qualquer indivi- tino accioiiista ou não, o podia reunir pelas procurações que possuísse numero illiímlndo de votos. Não havendo quem reclamasse sobre taes deliberações passou-se eussão da obras. O sr. dr. Cochrane oflbreceii algumas modificações das bases substitutivas o amplentivns que offorecera em sessão anterior. 2a" parto da ordem do dia, que era a dis- bases dos centrados para a factura das Instrucção publica peclorcs da instrucção publica dos districtos: Do Pindamonhaiigaba, o revd. vigário 'fobias da Cos- Ia Rezende; Do Santa Barbara, Joaquim Berhnrdès Rangel. Ofdcio justiça—Acha-se a concurso, pelo prazo de 00 dias, contados de 27, o ofileio de escrivão do jury e execuções criniinaes do termo de ltapeva da Fa- xina. A morte do si'. Sainpsnn Nos dpédidos do ultimo numero do Vpirdngu, vem publicada uma carta uscripta do Rio, sobro a morte dVsr." Sãhípsoh, com a declaração de que recusámos nós imprimil-a por uáo vir responsabilisada, e com allusões tendentes a fa- zer crer que um motivo menos digno nos inspirou a re- cusa. Quem quer quo seja o autor de tudo isso está perfoi- lamente longe da verdade. Antes de tudo, não houve recusa; Quando nos veio ás mãos a caria, trazida pelo negociante dosta capital, sr. Manoel de Paiva o Oliveira, a quem era dirigida, ti- nhatnos nós extradado do outra fonte a noticia do sui- cidio em questão, nxpliCandq-o pelos mesmos motivos expostos na carta, e como esta fosse muito longa e esli- vosso confusariiohto redigida, fizemos sentir ao sr.Paiva que não valia a pena publiení-a por que nada adiantava ao noticiado, no que concordou o sr. Paiva, depois do ler a noticia que havíamos' dado anteriormente, Não obstante este áccordo, dissemos ao sr. Paiva que como mais unia manifestação particular não púnhamos duvida cm publical-a, desde que nos autorisasse a fa- zel-o com a assignntura do autor, c desde que o sr. Paiva qüizosse ter o trabalho de corrigil-a, fado este tão indispensável, que deu-se para a sua publicação no Ypi- ranga, pois a carta que está alli, guardando a fidelidade do pensamento, é inteiramente outra entretanto, em quanto á redacçáo. Se a nossa primeira noticia, idêntica ao pensamento da carta em questão, provocou uma redilicaçáo que nos foi (lirectamento dirigida, publicando-a, nada mais flze- mos do que respeitar uma opinião diversa que nos con- tradictava. Aondo ha nisto questão de amizades ou inimizades com a Companhia Paulista. Que lemos nós com a morte do sr. Sampson. a não sor o pesar que nutrimos pela triste oceurrenein'/ (i Gazeta de Ciimpinas »—Recebemos o n, 9, com a seguinte matéria : listrada importante artigo do sr. F. Q dos Santos, que damos em outra parte; listradas do Amparo (continuação) .1. Miranda; li Noticias, oiitre as quaes vem a seguinte : d Constituição—Dó unia caria daquella cidade datada de 17 do corrente; transcrevemos o seguinte : « Por aqui nada de novo : tudo continua nm pasma- ccira. Hoje, trigosiiho dia da morte de T. Ottoni, o pa- dre Joaquim Cypriano de Camargo, disso uma missa com liliera-mé, por alma daquelle verdadeiro patriota. Depois de linda a missa eas ceromonias religiosas, o dr. Caridi- do Barata recitou um éldqucnto discurso em que, com phrases brilhantes, descreveu ns raras virtudes cívicas que adornavam o ínimortal tribuno, que na sua bella phrase, teve por mortalha a mesma bandeira que ser- viit-lbi! de fachas infantis. «Km Porto Feliz, e Capivary devem ter sido celebrados hoje olíieios fúnebres e solcmiíos em memória c sulfra- gió da alma de Ottoni. li' isto um bom signal.» Santos—Da Revistai Commercial de nnle-hoiilom oxtrnctárnos o seguinte: —Os cantores italianos deram alli o primeiro ospocta- culo, sondo muito applaudidos, mas sendo notnvelinen- te diminuía a cniicurrcnria. —Depois de longa anzencia, volla o vapor S. José a fazer o surviçu da navegação entre aquelle porto o o do Rio de Janeiro, Diz a Revista, que acha-se perfeitamente restaurado o liinpo, com accoiiimodaçóes para 10 passageiros de ré, e marcha de 12 á 14 milhas por hora —Commitiiicam Aquella redacçáo que na ultima expo- sição de Hamburgo uma amostrado arroz de Santos, enviada pelo sr. dr. Cochrane, obteve o prêmio de uma medalha d,- bronze. —Constava ler encalhado ua praia da barra, a 21, um navio Ilespnnhol; consignado á casa llamagiiera oc Filhos, daquella cidade, seguindo na mesma tarde desse dia a lancha ila capitania com o pntráo-mór e os srs. Roma- guera alini de verificarem o sinistro, e prestarem os no- cessados auxílios. Mala da corte—Pelo Crilerian, vapor da linha de Hamburgo, tivemos limitem inala dácurte, cujas da- tas são as mesmas do Paulista. Norte da provincia—Recebemos o Parahyba de Güaratingiicta e. o Pindumonhungubcnsc, ambos do 21 do corrente. —O Pintlumonhangubensc refere o seguinte: n Foi plenamente approvado, no exame do 5.° anno medico, o nosso dislinclo amigo, dr. Francisco Villela de Paula Machado, liste estudioso e intelligontò joven, não contente com as sabias Moções, que assidüainènlo ouve de seus precéptores; não'contente com a clinica do hospital e com os trabalhos dos amphithoatros annlo- micos, encerrou-se na casa do saúde do dr. Penlence, e, como interno, assiste á todos os trabalhos medico- cirúrgicos, quo alli apparecem em grande escala. Reunindo a tbeoria á pratica, que vao adquirindo, formará' um grande cabedal scientilico, com o qual lu- crará muito e muito a humanidade.» Do Parahyba estradamos o seguinte: (( Dera com muita pompa e brilhantismo a festa da Apnarecidn, n nem uma dezordom oceorreu. A companhia dramática existente em Guaratinguetá continuava a fiiiiceionnr. A' 15 do corrente os conservadores ilo lugar-offero- coram unia ceia aos seus correligionários, coronel'An- tonio Pires Barbosa e tenente-coronel José Francisco da Silva Guerra.» Sob o titulo—soirée musical—aquellp jornal ainda refere : d lim a noite de terça-feira o sr. Domingos Antônio de Moraes reuniu em sua casa algumas famílias o pes- sons gradas rs proporcionou-lhes um passa-tempo tão útil quão aprazível. Foi um soirée de piano e canto, divertimento quê o bom gosto vai fazendo tomar incre- monto entre nós. Todas as jovens que tocaram e cantaram revelaram, inuiti cstitdb, iíitelligencia o amor a arte. II sr. Celestino, e um professor hábil e digno de ser acoroçoado, Suas dcscipülns são a mais frisante prova do que dizemos. Durou o soirée alé as 11 horas, sempre alegre o animado. iodos retiraram-se contentes o ponhorados pela ma- ueira cavalheiros;! o urbana com quo foram tratados pelo sr. Moraes c por sua exina. família.» siaMxtiaassaatamaixaoa^^^^^is^^oà^^^eii^ i?.iinfli^iíifüftr*jei rri jr$rt;&m*x*nLúDHi FOLHETIM A-SEIiEIA POll Camillo Castello Branco (Continuação do n. <1,03'2) XXXI Ao romper da manhã, Gaspar de Vasconcollos entrava na quinta de S. João de Rey, o escrevia ao pao estas linhas: « Se meu pac consente quo eu mo recolha a um « quarto d'esta casn, aqui espnrnrci a morto. A minha « presença é-llie odiosa, porque eu não pude ainda « reduzira cinzas o coração, liu do mim taniheni me ' « convenci de que meu pac é cruel, o não posso nmal-o. « Reduza-ine á fome, se quer. Da miséria mo não temo « eu já, porque sou sósinho a solteira. A desgraçada « achou uni irmão, eu não achei ninguém. Dizein-ine « que minha mãe tinha um irmão, que fabricava clia- « póos; se mo faltar valor para soIVreç a fome, irei pedir « pão ao irmão de minha mãe. Bojo-lho as piedosas (i mãos, senhor, como filho e, escravo, « Gaspaií. » Lida n carta; partiu, como ern do esperar, um lacaio com a litoira para Tibaens. Fr. João ora o sempre in- vocado nas tragédias da família, Do Braga, seguiu a liteira para S. João de Rey. 4 Gaspar tinha ido para a serra, o recolheu por no te. Encontrou o tio a cear a mais gorda gallinha da capooi- ra, e a iasca de presunto menos ontroviado. Sentou-se ' a um canto dn casa c assistiu silencioso á silenciosa do- gluliçáo do monge. Acabado o ropasto homerico, e entoada a acção do ""graças, o frade disse ao sobrinho: ^^..i .-_;-,irterm Directoria da Companhia Paulista Consta-nos que resignou o cargo de director desta Com- panhia o sr. dr. Ignacio Wallace da Gania Cochrane. 111» —Vamos lá, se estás para conversar. Fecharam-se na sala. Fr. João disse, espevitando os dentes com um palito do marfim : —Vi teu pae na cama, vi a caria do Cunha, e vi a tua carta. Teu pae eslá alli, está na sepultura. D. .loaquina, mais dia menos dia, está com o irmão. Saibamos agora o (pie vae sor de ti. A minha paciência está quasi esgo- tada. Tu és o homem mais trabalhoso que veio a este globo I... Que queres fazer'/ —Quasi nada : morrer. —Não se morre assim. —Em Roma e tlrecia morria-se por menos, liu li Calão o Soneca. —Cala-lo, pagão! tu devins ler o Evangelho; —Também li essa historia: acho-n menos verosimil que Soneca e Catão. —Ii's um burro I Quem to dou as Cartas philósophicas c as ÇÓTÍns inglezas de Vollaire, que osláo no teu quarto? —Provavelmente eoniprei-os. —Fizeste bem... Mata n fé, c veremos o que te fica, desgraçado I —Pica-me a certeza. —Do que? —Do nada. —Isso é muito saudável... Vamos, porém, á questão principal. Ficas aqui? —So meu pae me não manda expulsar .. —Não manda ; pede-te, e uáo ordena, que vás para Braga. —So não ordena, fico aqui. —li, se eu to peço que vás, Gaspar ? —Que vou ou fazer em Braga, meu tio? A vida é-me insupportavel. Aqui estou só, fatigo-me, despe- daço-me de rochedo em rochedo, atiro-me aos fragoè- dos d'essas serras, e consigo adormecer de prostrado. Nem este desafogo me querem deixar ? —Fica, pobre rapaz I li's digno de muitíssima piedn- de!... Fica: eu de madrugada irei com essa nova a teu pne. ii decorreram seis mezes sem que Pedro de Vascon- eólios avistasse o Ilibo, com quanto lhe enviasse criados, cavallos, armas, e dinheiro supcrabuhdânto. Gaspar via com hidiflereíiça esles preciosos enfeites das vidas felizes. Ao abrir'da manhã, com uni pouco de pão e queijo na bolsa de caça, galgava aos visos dos montes, e por se ficava até noite, De volta, ceava outro pedaço de. páo o queijo; rocolhia-se ao seu gabi- nele, e dormia escassamente. Longo espaço do tempo havia que não chorava. Uni dia, poréní, como encontrasse na serra o meu- digo, que trez. annos antes lhe trazia as cartas de .loaquina Eduarda, abraçou-se n'elle em pranto des- feito. Perguntou o pobre se a senhora tinha morrido. —Morreu!—disse Gaspar, e apertou o passo para embrenhar-se n'um matagal. fSYsle tempo, Francisco da Cunha eslava redinte- grado nos seus abastados baveres. O marquez-rei man- dára-o recolher e cobrar do erário o rendimento dos bens seqüestrados em 1158. Ainda assim, o contenta- mento d aquella família era agoreulado pelo espectaculo d'um senhora douda, sem remédio, sem esperanças ao parecer dos médicos A demência deJoaquina Eduarda subiu de ponto, desde que o irmão, visto n'uma hora lúcida, desappareceu, e os dias, o mezes voltaram sem elle. —Fez-lhe medo a minha desgraça I exclamava ella. A demasiada e indiscreta commiseração do fidalgo foi muito n'este desastre. Se a deixasse ir com o irmão, so a deixasse chorar e recordar-se nas margens do Cavado, por ventura aquella alma voltaria á luz; aquélles crue- lissimos espinhos de sua vidareviçariam ainda alguma dor das que so criam o medram ao orvalho de Deus. Inexorável desgraça a d'nquella mulher, que alé nas bons almas se insinuava, sob capa de caridade, para alirnl-a á extrema bnlisn do seu império I Singularidade que enchia do dor quem ouvia cantar diviiinlmcntc a pobre louca! Dôr c espanto.d'aqúeilá formozura do cadáver, entoando, ora triste ora niogre, os cântaros monnstieos da semana da paixão, ou ns se- guidilhas voluptuosas de llespauha. As senhoras Cu- nlins entrnjnvam-na primorosamente ; e ella deixnvn-se vestir com marmórea quietaçáo. Ia com ellas á sala, senlava-se ao piano, erguia-se. para sentar-se no cannpé, e não respondia a pergunta nenhumn, snlvo ás da fnmi- lia que ella denominava os seus cherubiiis. li, no concurso de cavalheiros que affluiam a ouvil-a, havia um de appellido Mello e Nápoles quo se introu d'iima paixão invencível (1'nquclla mulher morta, que tinha uma hora de resuscitada, quando as todas do pia- no a galvanisnvam. liste cavalheiro chorava na ausência e na presença dVlla. Votou a Deus quo lhe levantaria nm templo,'so alvorecesse luz de razão ivaquella eterna noite. Como Francisco da Cunha usava chamar-lhe a sua sereia, loaquina era assim conhecida de fidalgos e liu- mildes cm Vizeu. Diziam : « a seiuíia appnreceu liou- tem na sala ; a sereia teve um accesso depois que cantou, d li o povo, nn sua linguagem cândida e pitto- rosca, dizia : Vimos hoje a seheia n'uma janella do pala- cete: olhava para o céu que parecia uma santinha.» (Continua.)

Anno XVI Torça-folra 30;

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Anno XVI Torça-folra 30;<feNovembro do 1869

ASSIGNATURAS

CAPITAI.

Anuo 12'SQOO, Siiís mezes O|G00.¦i ..(Pagamento adiantado)' ;'i^V «—

., i;URLICA-SKl)lAltIAMKNTK

ASSIGNATURAS

1'ÍJIIA DA CAPITAI

Anno lafJOOO. Seis mezes 8)5000.

(Pagamento adiantado)

lisCUIPTOIlIO, ItllA HA ImPUIIATMZ, 27

m.Wmüot òa rcoacçáo c proprietário, %. % iie Olheiro marques

CORREIO PAULISTANOS. Pniilo, 30 de Novembro

No ultimo o. da Gazela de Campinas voiii um artigo,

que, pela alia importância do assuinplo o ainda porque óum echo auclorisiido do interior dn provincia a propósitodo rincão publica, merece ser lido e meditado seriamente

por governantes o governados.li' o seguinte:

EstradasDenunciam os iòrhacs que existo nos cofres desta

provincia um saldo, chi moeda corrente, superior aquinhentos contos do róis.

Não admira.0 quo assombra c deixa o espirito publico perplexo, é

ver como se trazem a himo estes rádios altamente carne--turísticos da marcha de todos Òs nossos governos.

Do maneira que uniu administração para fazer-serocomniondar ao juizo dos cidadãos, deve seguir a normadu avareiilu. lia dinheiro. Zcla-se, portanto, a fazendado paiz. Nao se esbanjam as suns riquezas. Progridcnias foiitòs de ronda e a receita hvlilla.

Mus islo é a negação do progresso.Queremos saber dn boii applicãção dos nossos capitães.

Dóseju.inós,;e6ntó imposto pelOsnossos costumes, peloshábitos de uni povo quo advinha a libcrdado atravez dohoróscopo feliz da esperança, desejamos sim que se démpublicidade nos modos porque se distribuo 0 nosso ouro,que monta o mesmo que o nosso suor.

O que não agrada; uno pude agradar, seriamente fal-landn, é que se proclamo a fartura do lliesiiurn do parcom a abundância de nossas«meccssidadòsl

lista sede de Tahtalò, quo não deixa rever agita emmeio do próprio occcano, é mil vezes peiordoqtieaau-eiednde (le Agar no deserto, queimando os lábios nosnreaòs ardentes o infindós.

A ultima, representa a magoa profunda embobicln noimpossível que pôde quebrar-se d encontro no milagre;porém a primeira é a imagem da raiva quasi, ou, pormenos da estéril desesperarão a que não desce tiimraiose qticrdn vida.

Deve-se concluir quo seria preferível não ler os meiosde cuidar na prosperidade do paiz, do (pie possuil-os enão fazer uso delles'í i

F.srolha quem poderá ponta do dilenuiia. OíyToousciisque qualquer delles vai dará um resultado só, i; é oesquecimento de Iodas as reformas indispensáveis, mo-ráesc inaleriaes, quen provincia reclama.

Uns desbaratam as linanças e não adiantam uni possná marcha dos melhoramentos precisos; outros sustam asdespezas, cortam, é verdade, as verbas imiteis, mas dei-xam ascousas irem no mesmo eslado.

A sorte do pródigo e a do avarento são duas linnasparalollas que se eiieonlrnin, não no infinito, como a dosmatlíéninticós modernos, mas a dois palmos além daexistência de cada um delles. Tocam-se ás portas da in-felicidade.

II' por isso que se deve comparar quasi; em seus ellei-tos, a presidência que fecha com cem chaves os nossoscofres, peio prazer epliemero de mostrai-os cheios, çoíii'aquella

que levanta ohelisc is ou pontes custosas, inútil-mente, para contentara cúbica dos parasitas que a ro-deani. Salva a bon-fé e a probidade quo não se contestamua primeira, ha identidade tias conseqüências, compara-da aquella com a segunda, em relação nn proveito social.

Não se infira que tudo nos desagrada.lia uma vasta arena em quo" a boa administração pode

illustrnr os seus netos; Faça a justa distribuição dosdinheiros pela medida segura das múltiplas necessidades.

Nesta quadra em (pie tudo está por fazer, nesta épocliadesastrada èm que o domínio anterior, á semelhança iletuna arvore dainiiinlin,.fez erigalliar os ramos da perni-ciosa influencia no terreno arado polo ileleixo, pela Ira-hiç.ào aos interesses gerúos, ó preciso c. lentrar todosoi esforços ua attençáo que iiedciu os reclamos sagradosdo bem.'

Sabemos fazer justiça aos contrários, tanto como nosnossos. Requeremos para fundamento de nosso juizo ac-cões e accõos. definidas. Os princípios década qual, se

não nttrahirem a nossa adhesão, podem, comludo, ca-plaro nosso respeito, li é sempre vencrável uma con-vicçáo sincera quando ella tem pontos de syinpathia coma honra e como brio.

A inércia, por mais esteiáda que se apresente no ca-racter ou na capacidade du indivíduo, quando estes at-tributos uáo se traduzem em fados positivos, não pôdecertamente merecer um npplnuso sensato.

li' por isso que sem fazer iucropação que signifiquedezar, deitamos todavia uni reparo muito ponderoso pa-ra o andamento que vão tomando os negócios entrenós.

Sem especificar muitas obras de iniinenso alcance pa-ra a actualidade, apontaremos as estradas como objectoque demanda meditado estudo em todos os sentidos. Sãoellas as veias por onde corre o sangue principal de ali-mento para esle, vasto organismo que se chama a socie-dado. A grande família denominada pátria mal se in-tenderia nas suas relações, se não tivesse esses meios decontado para pôr as'cidades umas cm frente das ou-trás. ,¦¦¦¦--,

A civilisação não poderia alargar os seus honsontessenão possuísse este dom eonimunicativo que a tornacosmopolita para ser, o quo é, a pedra preciosa ingasla-da no ultimo élo da cadeia que prende o destino da nu-inanidnile aos pés do Creador.

Não é só para o elemento material da existência dohomem,—o commercio, a agricultura, a industria,—quo prestam as estradas ; é para tudo isso e mais o prin-cipaínieiíte para o espirito que ellas servem, pondo emcoutado òs costumes o ns leis o ns almas sobre tudo.

A idéaé uma viajante incançaveli li' preciso abrir-lhefranca a passagem para que os malfeitores" emboscadosnão salteeui-lhe esta explendida bagagem : o progres-so. „

F, Quinino nos Santos.

Depois de orarem sobre a matéria os srs. Cairão; Fal-cão, Coehrano e Uornnrdo Gavião", o sr. dr. Dento dePaula Souza requerei! que se suspendesse essa discussãopola inconveniência de se tratar de tal assumpto ein as-semhlén geral, e que se declarasse que tal matéria lica-va a cargo da directoria.

Votada esla moção, passou por uma maioria de maisdo 000 votos.

listrada—Por acto da presidência, de 21, foi no-meado inspector dn estrada do Itnpetininga á villa dtParanapaiièma, Domingos Leonel Ferreira.

Foram nomeados ins

'Micatro—Deu-se no domingo ultimo o D. CezardeBazan;como estava" nnnuhciodo, fazendo o sr. Ger-iiinno o protogoiiistn.

O esppctnculo andou aziugo para todos.Para a enipreza, porque a vazante de espectadores já

não era só vazante, era thealro deserto.Para os assistentes, porque não ha memória do quo,

entre nós já fosse assim tão mal alinhavado aquelle fa-moso drama,

MÍTÕCIAS 2i\H CB.OVIIVCIAS

Da Bahia ha folhas, trazidas polo Critcrion, até 20 docorrente,

Fallecèra alli o dr. Antônio Fernandes Irigo du Loit-reiro.

—Das Alagoas havia noticias até 11. Havia grandesfleca nos sertões.

—De Sergipe havia indicias sem data. O vice-prosi-dente, attendendo ao que lhe represo»taram a câmaramunicipal de ítabniníia e o vigário respectivo, resolveuabrir, sob sua responsabilidade, um credito de 500S000para serem distribuídos pela classu desvalida daquellavilla. ,

—Da província de Minas ha datas da capital ate 10.Fallecèra em Queluz o barão de Sunssuhy, José igna-

cio Comes llarbosa, membro proeminente do partidoconservador.

—Da provincia de Goyaz. ha folhas ale 10 do passado.As noticias são destituídas de interesse.

—Das províncias do Sul nada consta.

¦mTftTrr-TiTrfrTi^^^^Bnaa»^

Ctnnpusimht Paulista—Rõiiniu-so aiilc-hòn-tem a assembléa geral da Companhia Paulista para osfins designados em edital anterior publicado neste jor-nal.

Constituída o assembléa, foi eleito presidente, o sr.cônimenilndoi' Jooqiiiin:'I£gydiodc'Sdiizu Aranha o so-cretarió o sr. dr. Aríhür César Güimnracs.

Declarou o sr. presidente que continuava a pensai'que podia ser procurador de accjoilista qualquer indivi-tino accioiiista ou não, o podia reunir pelas procuraçõesque possuísse numero illiímlndo de votos.

Não havendo quem reclamasse sobre taes deliberaçõespassou-seeussão daobras.

O sr. dr. Cochrane oflbreceii algumas modificações dasbases substitutivas o amplentivns que offorecera emsessão anterior.

2a" parto da ordem do dia, que era a dis-bases dos centrados para a factura das

Instrucção publicapeclorcs da instrucção publica dos districtos:

Do Pindamonhaiigaba, o revd. vigário 'fobias da Cos-Ia Rezende;

Do Santa Barbara, Joaquim Berhnrdès Rangel.

Ofdcio d« justiça—Acha-se a concurso, peloprazo de 00 dias, contados de 27, o ofileio de escrivão dojury e execuções criniinaes do termo de ltapeva da Fa-xina.

A morte do si'. Sainpsnn — Nos dpédidosdo ultimo numero do Vpirdngu, vem publicada umacarta uscripta do Rio, sobro a morte dVsr." Sãhípsoh,com a declaração de que recusámos nós imprimil-a poruáo vir responsabilisada, e com allusões tendentes a fa-zer crer que um motivo menos digno nos inspirou a re-cusa.

Quem quer quo seja o autor de tudo isso está perfoi-lamente longe da verdade.

Antes de tudo, não houve recusa; Quando nos veio ásmãos a caria, trazida pelo negociante dosta capital, sr.Manoel de Paiva o Oliveira, a quem era dirigida, já ti-nhatnos nós extradado do outra fonte a noticia do sui-cidio em questão, nxpliCandq-o pelos mesmos motivosexpostos na carta, e como esta fosse muito longa e esli-vosso confusariiohto redigida, fizemos sentir ao sr.Paivaque não valia a pena publiení-a por que nada adiantavaao já noticiado, no que concordou o sr. Paiva, depoisdo ler a noticia que havíamos' dado anteriormente,

Não obstante este áccordo, dissemos ao sr. Paiva quecomo mais unia manifestação particular não púnhamosduvida cm publical-a, desde que nos autorisasse a fa-zel-o com a assignntura do autor, c desde que o sr.Paiva qüizosse ter o trabalho de corrigil-a, fado este tãoindispensável, que deu-se para a sua publicação no Ypi-ranga, pois a carta que está alli, guardando a fidelidadedo pensamento, é inteiramente outra entretanto, emquanto á redacçáo.

Se a nossa primeira noticia, idêntica ao pensamentoda carta em questão, provocou uma redilicaçáo que nosfoi (lirectamento dirigida, publicando-a, nada mais flze-mos do que respeitar uma opinião diversa que nos con-tradictava.

Aondo ha nisto questão de amizades ou inimizadescom a Companhia Paulista.

Que lemos nós com a morte do sr. Sampson. a nãosor o pesar que nutrimos pela triste oceurrenein'/

(i Gazeta de Ciimpinas »—Recebemos o n, 9,com a seguinte matéria :

listrada importante artigo do sr. F. Q dos Santos,que damos em outra parte;

listradas do Amparo (continuação) .1. Miranda;li Noticias, oiitre as quaes vem a seguinte :d Constituição—Dó unia caria daquella cidade datada

de 17 do corrente; transcrevemos o seguinte :« Por aqui nada de novo : tudo continua nm pasma-

ccira. Hoje, trigosiiho dia da morte de T. Ottoni, o pa-dre Joaquim Cypriano de Camargo, disso uma missa comliliera-mé, por alma daquelle verdadeiro patriota. Depoisde linda a missa eas ceromonias religiosas, o dr. Caridi-do Barata recitou um éldqucnto discurso em que, comphrases brilhantes, descreveu ns raras virtudes cívicasque adornavam o ínimortal tribuno, que na sua bellaphrase, teve por mortalha a mesma bandeira que ser-viit-lbi! de fachas infantis.

«Km Porto Feliz, e Capivary devem ter sido celebradoshoje olíieios fúnebres e solcmiíos em memória c sulfra-gió da alma de Ottoni.

li' isto um bom signal.»

Santos—Da Revistai Commercial de nnle-hoiilomoxtrnctárnos o seguinte:

—Os cantores italianos deram alli o primeiro ospocta-culo, sondo muito applaudidos, mas sendo notnvelinen-te diminuía a cniicurrcnria.

—Depois de longa anzencia, volla o vapor S. José afazer o surviçu da navegação entre aquelle porto o o doRio de Janeiro,

Diz a Revista, que acha-se perfeitamente restaurado oliinpo, com accoiiimodaçóes para 10 passageiros de ré,e marcha de 12 á 14 milhas por hora

—Commitiiicam Aquella redacçáo que na ultima expo-sição de Hamburgo uma amostrado arroz de Santos,enviada pelo sr. dr. Cochrane, obteve o prêmio de umamedalha d,- bronze.

—Constava ler encalhado ua praia da barra, a 21, umnavio Ilespnnhol; consignado á casa llamagiiera oc Filhos,daquella cidade, seguindo na mesma tarde desse dia alancha ila capitania com o pntráo-mór e os srs. Roma-guera alini de verificarem o sinistro, e prestarem os no-cessados auxílios.

Mala da corte—Pelo Crilerian, vapor da linhade Hamburgo, tivemos limitem inala dácurte, cujas da-tas são as mesmas do Paulista.

Norte da provincia—Recebemos o Parahybade Güaratingiicta e. o Pindumonhungubcnsc, ambos do21 do corrente.

—O Pintlumonhangubensc refere o seguinte:n Foi plenamente approvado, no exame do 5.° anno

medico, o nosso dislinclo amigo, dr. Francisco Villelade Paula Machado, liste estudioso e intelligontò joven,não contente com as sabias Moções, que assidüainènloouve de seus precéptores; não'contente com a clinicado hospital e com os trabalhos dos amphithoatros annlo-micos, encerrou-se na casa do saúde do dr. Penlence,e, como interno, assiste á todos os trabalhos medico-cirúrgicos, quo alli apparecem em grande escala.

Reunindo a tbeoria á pratica, que vao adquirindo,formará' um grande cabedal scientilico, com o qual lu-crará muito e muito a humanidade.»

Do Parahyba estradamos o seguinte:(( Dera com muita pompa e brilhantismo a festa da

Apnarecidn, n nem uma dezordom oceorreu.A companhia dramática existente em Guaratinguetá

continuava a fiiiiceionnr.A' 15 do corrente os conservadores ilo lugar-offero-

coram unia ceia aos seus correligionários, coronel'An-tonio Pires Barbosa e tenente-coronel José Francisco daSilva Guerra.»

Sob o titulo—soirée musical—aquellp jornal aindarefere :

d lim a noite de terça-feira o sr. Domingos Antôniode Moraes reuniu em sua casa algumas famílias o pes-sons gradas rs proporcionou-lhes um passa-tempo tãoútil quão aprazível. Foi um soirée de piano e canto,divertimento quê o bom gosto vai fazendo tomar incre-monto entre nós.

Todas as jovens que tocaram e cantaram revelaram,inuiti cstitdb, iíitelligencia o amor a arte.

II sr. Celestino, e um professor hábil e digno de seracoroçoado, Suas dcscipülns são a mais frisante provado que dizemos.

Durou o soirée alé as 11 horas, sempre alegre oanimado.

iodos retiraram-se contentes o ponhorados pela ma-ueira cavalheiros;! o urbana com quo foram tratados pelosr. Moraes c por sua exina. família.»

siaMxtiaassaatamaixaoa^^^^^is^^oà^^^eii^ i?.iinfli^iíifüftr*jei rri jr$rt;&m*x*nLúDHi

FOLHETIMA-SEIiEIA

POllCamillo Castello Branco

(Continuação do n. <1,03'2)XXXI

Ao romper da manhã, Gaspar de Vasconcollos entravana quinta de S. João de Rey, o escrevia ao pao estaslinhas:

« Se meu pac consente quo eu mo recolha a um« quarto d'esta casn, aqui espnrnrci a morto. A minha« presença é-llie odiosa, porque eu não pude ainda« reduzira cinzas o coração, liu do mim taniheni me

' « convenci de que meu pac é cruel, o não posso nmal-o.« Reduza-ine á fome, se quer. Da miséria mo não temo« eu já, porque sou sósinho a solteira. A desgraçada« achou uni irmão, eu não achei ninguém. Dizein-ine« que minha mãe tinha um irmão, que fabricava clia-« póos; se mo faltar valor para soIVreç a fome, irei pedir« pão ao irmão de minha mãe. Bojo-lho as piedosas(i mãos, senhor, como filho e, escravo,

« Gaspaií. »Lida n carta; partiu, como ern do esperar, um lacaio

com a litoira para Tibaens. Fr. João ora o sempre in-vocado nas tragédias da família, Do Braga, seguiu aliteira para S. João de Rey. 4

Gaspar tinha ido para a serra, o recolheu por no te.Encontrou o tio a cear a mais gorda gallinha da capooi-ra, e a iasca de presunto menos ontroviado. Sentou-se' a um canto dn casa c assistiu silencioso á silenciosa do-

gluliçáo do monge.Acabado o ropasto homerico, e entoada a acção do""graças,

o frade disse ao sobrinho:

^^..i .-_;-,irterm

Directoria da Companhia Paulista —Consta-nos que resignou o cargo de director desta Com-panhia o sr. dr. Ignacio Wallace da Gania Cochrane.

111»

—Vamos lá, se estás para conversar.Fecharam-se na sala. Fr. João disse, espevitando os

dentes com um palito do marfim :—Vi teu pae na cama, vi a caria do Cunha, e vi a tua

carta. Teu pae eslá alli, está na sepultura. D. .loaquina,mais dia menos dia, está com o irmão. Saibamos agorao (pie vae sor de ti. A minha paciência está quasi esgo-tada. Tu és o homem mais trabalhoso que veio a esteglobo I... Que queres fazer'/

—Quasi nada : morrer.—Não se morre assim.—Em Roma e tlrecia morria-se por menos, liu li

Calão o Soneca.—Cala-lo, pagão! tu devins ler o Evangelho;—Também li essa historia: acho-n menos verosimil

que Soneca e Catão.—Ii's um burro I Quem to dou as Cartas philósophicas

c as ÇÓTÍns inglezas de Vollaire, que osláo no teuquarto?—Provavelmente eoniprei-os.

—Fizeste bem... Mata n fé, c veremos o que te fica,desgraçado I

—Pica-me a certeza.—Do que?—Do nada.—Isso é muito saudável... Vamos, porém, á questão

principal. Ficas aqui?—So meu pae me não manda expulsar ..—Não manda ; pede-te, e uáo ordena, que vás para

Braga.—So não ordena, fico aqui.—li, se eu to peço que vás, Gaspar ?—Que vou ou fazer em Braga, meu tio? A vida lá

é-me insupportavel. Aqui estou só, fatigo-me, despe-daço-me de rochedo em rochedo, atiro-me aos fragoè-dos d'essas serras, e consigo adormecer de prostrado.Nem este desafogo me querem deixar ?

—Fica, pobre rapaz I li's digno de muitíssima piedn-de!... Fica: eu de madrugada irei com essa má novaa teu pne.

ii decorreram seis mezes sem que Pedro de Vascon-eólios avistasse o Ilibo, com quanto lhe enviasse criados,cavallos, armas, e dinheiro supcrabuhdânto.

Gaspar via com hidiflereíiça esles preciosos enfeitesdas vidas felizes. Ao abrir'da manhã, com uni poucode pão e queijo na bolsa de caça, galgava aos visos dosmontes, e por lá se ficava até noite, De volta, ceavaoutro pedaço de. páo o queijo; rocolhia-se ao seu gabi-nele, e dormia escassamente.

Longo espaço do tempo havia que não chorava.Uni dia, poréní, como encontrasse na serra o meu-digo, que trez. annos antes lhe trazia as cartas de.loaquina Eduarda, abraçou-se n'elle em pranto des-feito.

Perguntou o pobre se a senhora tinha morrido.—Morreu!—disse Gaspar, e apertou o passo para

embrenhar-se n'um matagal.fSYsle tempo, Francisco da Cunha eslava já redinte-

grado nos seus abastados baveres. O marquez-rei man-dára-o recolher e cobrar do erário o rendimento dosbens seqüestrados em 1158. Ainda assim, o contenta-mento d aquella família era agoreulado pelo espectaculod'um senhora douda, sem remédio, sem esperanças aoparecer dos médicos A demência deJoaquina Eduardasubiu de ponto, desde que o irmão, visto n'uma horalúcida, desappareceu, e os dias, o mezes voltaram semelle.

—Fez-lhe medo a minha desgraça I — exclamavaella.

A demasiada e indiscreta commiseração do fidalgo foimuito n'este desastre. Se a deixasse ir com o irmão, soa deixasse chorar e recordar-se nas margens do Cavado,por ventura aquella alma voltaria á luz; aquélles crue-lissimos espinhos de sua vidareviçariam ainda alguma

dor das que so criam o medram ao orvalho de Deus.Inexorável desgraça a d'nquella mulher, que alé nasbons almas se insinuava, sob capa de caridade, paraalirnl-a á extrema bnlisn do seu império I

Singularidade que enchia do dor quem ouvia cantardiviiinlmcntc a pobre louca! Dôr c espanto.d'aqúeiláformozura do cadáver, entoando, ora triste ora niogre,os cântaros monnstieos da semana da paixão, ou ns se-guidilhas voluptuosas de llespauha. As senhoras Cu-nlins entrnjnvam-na primorosamente ; e ella deixnvn-sevestir com marmórea quietaçáo. Ia com ellas á sala,senlava-se ao piano, erguia-se. para sentar-se no cannpé,e não respondia a pergunta nenhumn, snlvo ás da fnmi-lia que ella denominava os seus cherubiiis.

li, no concurso de cavalheiros que affluiam a ouvil-a,havia um de appellido Mello e Nápoles quo se introud'iima paixão invencível (1'nquclla mulher morta, quetinha uma hora de resuscitada, quando as todas do pia-no a galvanisnvam. liste cavalheiro chorava na ausênciae na presença dVlla. Votou a Deus quo lhe levantarianm templo,'so alvorecesse luz de razão ivaquella eternanoite.

Como Francisco da Cunha usava chamar-lhe a suasereia, loaquina era assim conhecida de fidalgos e liu-mildes cm Vizeu. Diziam : « a seiuíia appnreceu liou-tem na sala ; a sereia teve um accesso depois quecantou, d li o povo, nn sua linguagem cândida e pitto-rosca, dizia : Vimos hoje a seheia n'uma janella do pala-cete: olhava para o céu que parecia uma santinha.»

(Continua.)

Page 2: Anno XVI Torça-folra 30;

2," CORREIO PAULISTANO

Assassinato—Foi, ante-hontem á tarde, assassi-nado, nesta capital, a facadas, Alóxis Decoussau, cida-dão belga, marmorista estabelecido,ha tempos,entre nós.

Deu-se o facto nas proximidades do cemitério da Con-solação, onde tinha o morto uma chácara, botcquimdobebidas, ou cousa que o valha, e travando-sc de razõescom três indivíduos que andavam a passeio, c que alihaviam parado para beber cerveja, recebera duas ou trêsoíinivctadas, de que veio a morrer ás 8 da noute, 3 ou 4horas depois do facto.

Daquelles Ires indivíduos, um fulano denominado llioGrande, Antônio Pereira da Silva, e Antônio DominguesPereira, o ultimo está preso e os dous primeiros fugiram,não estando, ao que nos parece, ainda bem verificado ográo de culpabilidade que cabo a cada um.

O morto deixa dous filhos menores. Era viuvo.Daremos mais de espaço o quo de mais positivo verifi-

carmos a respeito.Por porte da delegacia procede-se desde liontem ao

suinmario crime.

Exames—Foram liontem approvàdos em latim, ossenhores:

Juliáo de Souza Araújo.Miguel Antônio Dutra Filho.

Reprovados tres.

Coiieerto—Eis o que refere o /ornai do Com-mircio de 20, sobre o concerto monstro do Gollschalk :

' Se a noite de ante-hontem no theatro Lyrico náo li-car por muito tempo memorável, não saberemos real-monte qual outra mereça deixar recordação mais perdu-ravel. Talvez a de hoje'no mesmo recinto; isso o pos-sivel. .

Grandioso nas suas concepções, resoluto, intrépido oveloz na execução, como verdadeiro filho da America doNorte, o sr. Gottchalk com indomável energia e comuma vontade de ferro, que desconheço obstáculos o ven-ce impossíveis, impossíveis de tempo, lugar o numero,organisou em poucas semanas uma festa musical comonãu ha exemplo de outra egual nos nossos theatrus. Li-geira reflexão basta para qualquer formar idea approxi-mada do trabalho insano quo era preciso para reunirtantos auxiliores como os de quo se carecia para umaempreza destas, fazer convergir para o mesmo tini tantasvontades, pôr de accordo lautos elementos. E no meio detodas estas fadigas cumpria conservar um animo sereno« tenaz para arrostar mil contrariedades quo náo podemdeixar de surgir a cada passo, capazes du abalara cora-gem mais pertináz.

A previsão das innuineras diíiiculdades que teriam deser vencidas p ideria assombrar mesmo uni espirito af-fouto. Náo era de certo a esperança de um lucro peçu-niárioquo podia acorocoar semelhante commottimen to,pois que era fácil de calcular que, ainda em circunistan-cias extremamente favoráveis o duplicados os preços, omais a que se podia aspirar por este lado era a cobrir asenormes despezas do todo o gênero. Se algum saldo li-casse, seria tão desproporcionado ao trabalho, que forairrisório cohsideral-o remuneração. Mas o sr. Gottscbalkquiz deixar ligada ao seu nome uma recordação índole-vel, e de uma maneira tão brilhante como desconiniunaldespedir-se deste publico fluminense; que muito o distm-guira, é verdade, mas que em summa só fura justo apre-ciando-lhe o mérito. Entretanto nunca este monto serevelara tão grande, diremos mesmo tão sublime, comona noite de ante-hontem. .

Depois de uma comedia representada pela companhiado Gymnasio Dramático, n de uma primeira parte deconcerto, em que o sr. Luiz Elena tocou na reboca commuito methodoe proficiência uma bella pbantasia, e osr. Gollschalk ao piano só a marcha do Faust e comacompanhamento doorchestra a sua famosa Taruntcla,opublico esperou o que se preparava atraz do panno deboca. Entretanto no vasto espaço do proscênio, iiugmen-tado ainda com um tablado que se prujectava ale as pri-meiras filas de cadeiras, ia-se. dispondo numerosíssimaorchéstra, habilmente distribuídos os instrumentos con-forme a sua natureza.

Finalmente o rufar de tambores chama aos seus luga-res o publico, que divagava pelos corredores. Iodosaçodem, tomam assento, faz-se silencio. Sobe então opanno, u o espetáculo que se ollerece ás vistas deslum-bradas excede toda a espectativa, deixam á quem quantopoderia ter delineado a plíantosia. A sensação quo se ex-periinciita náo se descreve. Manifestou-se ella por ex-claníacõos do admiração, c palmas jubilosas.

Na platéa centenares do pessoas se puzerani irrollec-tidamente de pé para melhor contemplarem a niagestosascena.

Na frente uma orchéstra oecupava toda a largura dotheatro ; no segundo plano grandes grupos de músicos eno centro um elevado estrado para o regente, junto doqual ficava a massa dos tambores. Imagine-se agora oresto do palco, quo, como todos sabem é largo e fundo,litteralmonte coberto por bandas márcias oecupandouma archibancada que subia gradualmente até attingirno fundo meia altura do theatro. Os brilhantes unifor-mes militares davam ainda maior realce a esta massacompacta do homens, illuminada por muitos lustres edecorada com bandeiras apresentava a scena um aspectograndioso.

Appareceu o grande mestre, subiu ao estrado, ergueua batuta e deu o signal do começar. Romperam os ins-truhieritos de metal os primeiros aceordes, cruzam-se,enlacain-so, combinam-se os sons, estrondosas harino-nias enchem o espaço, c, precipilando-se pelas jánellas,vão ainda deleitar

'os ouvidos do milhares de pessoas

que se haviam juntado em roda do theatro e nas casasvisinhas. E' uma verdadeira tempestade sonora, o nomeio delia, domiiiando-a com o gênio da musica, Got-tschalk du pé rego, guia, combina, sujeita as leis doconjuuclo os diversos corpos daquellc exercito de musi-cos' , i n0 publico escuta attonito a niagestosa marcha do D o-phela tocada por centenares de instrumentos, e pasmacomo foi possível conibinal-os em um todo harmoniosoem tão pouco tempo e apenas com ligeiros ensaios, poisninguém ignora quanta difiiculdade ha em reunir paraestes os músicos.. lambem pelo lado da instrumentação so revelou o ta-lento verdadeiramente txtraordinario do sr. Gottscbalk.Apresentava ella grandes diíiiculdades e a menor nãoera por certo a de corrigira desproporção cm que os ins-trumentos de corda necessariamente iam achar-se comos de sopro, e que não havia meio algum de fazer desap-parecer, porque emfim músicos não se improvisam o for-coso era conleiitar-se com os elementos que se oflcre-ciam. Com que perícia cónsummada. com quanto talou-to o habilidade soube o sr. Gottscbalk corrigir esta des-proporção dentro dos limites do possível, que o digam-quantos o ouviram e admiraram.

Ha professores ahalisados, profundos conhecedoresdos segredos da musica, ouvimos dizer que naquclle con-certo se haviam rualisado maravilhas que mais admira-vam os que melhor sabiam avalial-os.

Concluída a primeira peca duu-sc um bonito episódio,O sr. Achilles Arnaud, ciijo merilo como professor depiano é geralmente reconhecido, sondo contudo entre osprimeiras, chegou-se ao sr. Gottscbalk, abraçou-o com-movido e entregou-lhe uma coroa de louro delicadamcn-te trabalhada, sendo as folhas de. prata e bagos doura-dos um mimo de ourivesaria sabido das ofiicinas do sr.Morttinho. Em duas ricas fitas pendentes lia-so esta ins-

cripeáo primorosamente bordada a fio de ouro ; « Algrande gênio L. M.Gollscholk. Achilles Arnaud olfris-ce. ltio de Janeiro, 21 de Novembro de iS6'J. » E' bellovôr abracareni-se dous cultores da mesma arte.

A' marcha do Prophetà seguiu-se a bella symphoniada Cucada do joven Henrique de Mehul, excellento mu-sica sóborbaniente executada, e depois o náo menosbello andante da symphonia Noite dos Trópicos, cujasuave melodia comtudo não requeria tão colossal instru-mentacão.

Fez-se então uma pausa, modificaram-se em parte osgrupos de instrumentos, especialmente os tambores, e opublico esperou com anciosa curiosidade a grande mar-cha composta pelo sr. Gottsckalk para esta oceasiáo.

Ainda uma vez se ergueu a batuta, estrugiram os pri-meiros compassos e logo se conheceu que íamos ouviruma obra de mão de mestre. .Náo tentaremos descrevero que é esta marcha, ou antes esta batalha, porque real-monte o é com todas as suas peripécias habilmente imi-tadas pela combinação dos instrumentos, Parece-nos, ouvir o marchar' dos batalhões, a formatura, oprimeiro rocontro, o gemer dos feridos, o combate acom-panliado de verdadeiras descargas de ospingnrdaria ouma peca de artilharia, até que afinal entre os gritos davictòrhVos instrumentos em fuga, simulando ainda aconfusão da refrega, váo-se unindo e acordando no hym-no nacional, magestoso, atroador, euthusiastico. Foium momento nrrebatador, solemne. Eogos de Hengalaillumináyam plíanlasticamente a scena aninhada de todaaquella multidão de músicos, fazendo sobresahir as va-negadas cores das bandeiras e os vivos das fardas e re-llectindo nos ornatos de metal: na platéa e nos cama-roles os espectadores todos do pé apresentavam umas-poeto náo menos brilhante.

A pedido do publico teve o final de ser repetido, e np-plausos de unthusiasino formaram uma harmonia nãomenos estrondosa do que a daquellas centenas de ins-trumentos. Assim terminou o descoininunal concerto,o estamos que ainda d'aqui a muitos annos, quando soquizer engrandecer alguma extraordinária festividademusical, se dirá : uma festa como a de Gottscbalk.

Mercado— Mappa demonstrativo dos gêneros im-portados á praça no dia 2!) do corrente:

CENEItOS QUANT." ÚNID." 1'IIEÇOS

Toucinho. . Arrobas ,1 8Assucar. ... 10 dsOOO 8Café 39 5S200 CfiOOOFeijão -12 Alq.r" ÍOSÓOO llfjOOOFarinha. . . 55 2s~20 38000Dita de milho. 33 3JÜS0 -ljOOOBatata doce. 8 8Batatinha. . 20 38500 dsOOOArroz 52 MI00 108000Milho (Sü 2388O 3,<j000Polvilho. ... d 1/2 "SOOU '8500Fubá 10 3801)0 3S500Cará Cargas 8 SQueijos .... 8 8Leitões .... 8 8Ovos 11)01/2 Dúzias 8300 jj _

VARIEDADE

PARIS IVA. AMERICAPELO DU. RENATO LEFEBVltE

(Continuação do n. 4,031)

CAPITULO XI11Cauvnssineg

Já tivestes amores, caro leitor? Lembrais-vos ainda,como nesses dias felizes o coração era vivo, o olhar ar-dente, o pensamento rápido, a vida ligeira? Então sabeiso quo é um candidato. A' ciucoenta passos do distancia,não obstante a minha má vista, reconhecia eleitores quenunca tinha visto o achava em um escaninho de meucérebro a historia du uma multidão de indivíduos comquem nunca tinha falindo; náo só a sua historia, mas ade suas mulheres, de seus filhos, de seus pães, do seusavós e de seus primos segundos. Fazia promessas, davaapertos de mão á direita o á esquerda. Com os pequenosera familiar, com os grandes modesto; reparava todas asinjustiças e todas as calçadas. Cicerp implorando o con-suladoj não era certamente, num mais eloqüente, nemmais generoso, nem mais álfavel do que eu..Jjreen reuniu-se ao nosso grupo; era, po(lom-m'oacreditar, um pobre diabo do candidato. Náo foi lá mui-to fuliz a lembrança dos eleitoras que o apresentaram;mesmo na rua teriam encontrado cousa melhor. Umtendeiro não recebeu aquella fina educação social quecolloca o homem em posição de mysliüear a todos e atudo: nenhuma lisonjária á multidão, nenhuma dussaspromessas que ficam 110 fundo da urna, nenhuma da-quellas mentiras agradáveis, (pie são o fogo de artificioobrigado de todas as eleições. Groon era frio o reserva-do, como 11111 mercador que traia um negocio e pesa cadaum dos seus compromissos, apertando a mão do umeleitor e dizendo-lhe: Farei o melhor que puder, ouaposição c dilficil, 011, elegei M. Lille, se o tendes emmelhor conta, julgava ter desempenhado o seu papel.A's minhas benevolas rcpréliensões respondia com umtom glacial:—Minha consciência prohibe-nie du ir além;não posso promotter mais do quo posso fazer —Consciencia em um candidato I escrúpulos do tendeiro. Quemquer fazer fortuna fecha, a duas chaves, sua consciênciana véspera da eleição, e nem sempre a solta no dia se-giiinte.

Em França todos sabem isto.Eu teria morrido de tédio durante esta procissão ciei-

toral, si náo fura a companhia do enorme e jovial Ilum-hug, sempre alerta, sempre pronipto a dar o troco, amultidão seguia-lhe as pegadas pelas risadas que doiva-va após de si. Nem sempre éramos acolhidos lisongei-ramente; os Saxonios toem a mesma franqueza rudenos seus ódios e nas suas amisades; o sal Americanonão é por fôrma alguma o sol-Attico. Porém llumbugera uni admirável jogador de pella ; o gracejo recebidoera devolvido do primeiro jacto. Quem o experimentavauma vez, não voltava a carga.

—Groon candidato I E' uma vergonha, dizia um agiotapallido e engelhadò; imaginai o tendeiro no conselhomunicipal I Quando se tocar a campainha elle respoude-rá : Promplo, ás ordens, podem servir-se. Quo o leve odiabo a elle e a toda a sua pandilha I

—Que o leve o diabo, disse llumbug I Que queres quedigamos a teu pae, o fallido? Que fnlliste pela terceiravez o estais esperando pela quarta,—Greon candidato 11 dizia um vadio, janota de. bolasenvernisadas que a cada palavra fundia o ar com o seuinnocente cbicotinho; Green, náo que é capaz de dis-tinguir um burro de um cavallo!

i —Não te assustes, meu filho, disse Humbug, reco-nhecer-te-ha entre mil,

—Delia resposta e digna de um homem quo vive deseu espirito.

—Se não tivessos, senão esse capital, para viver, meufilho, não òstarieis tão gordo como eu, respondeu Ilum-bug, continuando seu caminho por entre risadas gemes.

Entramos no hotel—União—tinham-nos inculeado odono, como uma das influencias cleiloraes da cidade.Si em sua casa o bom homem tinha as redéas, sua 11111-Iher era que lhe indicava o caminho. A terrível matronacortou a primeira palavra de Greon, dizendo :

—Maldita seja a política.—Maldita soja a ostalagem, respondeu Greon fazendouma profunda cortezia á estâlãjadeira.

—José, exclamou a imperiosa Juno, insultam vossamulher, ultrajam-vos, o ficais abi de braços cruzadoscomo um cepo. Tons sangue de barata nas veias?

A' esta terrível voz, José ficou mudo e quedo com osolhos muito arregalados. Creio que, si estivéssemos narua o bom estalajadeiro nos teria aportado a mão cordi-ahnonte : seu rosto quadrado, sou beiço inferior cabido,sua enorme barriga náo annuuciavauí por fôrma algumauma inachina de guerra; mas debaixo das benevolasvistas de sua amável esposa, elle julgou prudente pnfu-recer-se. Fazer a guerra no estrangeiro é um meio deconservar a paz 110 interior.

—Podo vir esse bello candidato, exclamou elle comuma voz grossa que tratou do tornar ameaçadora, tenhoa seu serviço um baraço para enforcal-o,

—Muito obrigado, meu bom amigo, disse llumbug,com tom alambicado, teríamos remorsos de privar-vosde um inovei de familia.

íamos fugindo desta caverna do Polypliemo, rindo ásgargalhadas, quando nos achamos cortados pela rota-guarda. A matrona tremula de raiva, empertigada comouma sentinella d'armas, á porta da casa, deteve a Ilum-bug.

—Sabeis quem sou? lhe disse ella.—Quem vos náo conhece e admira, rolorqüiu Iluiii-

bug indireitnndo-se com fatuidnde: suis unia encanta-dura menina que ainda náo atlingistes a idade da razão.Com o quo saudou a digna matrona, deixando-a maismuda o pasmada que a mulher de Loth còm a sua ultimatransfiguração.

Isto não passava de simples escaramuças; havia reü-niões publicas onde se discutiam os títulos dos cândida-tos; atii dava-se a batalha u decidia-se a victoria. Eraoceasiáo de sopararmo-nos; conviiiha que cada um tra-tasso du si. Indicaram-mo oLyccum. Entrei nessa im-mensn sala onde fervilhava uma multidão agitada.

Ileconheceram-me, chamaram-me, todos os olharesfixaram-se sobre mimrtomei-níe de pavor; renunciariade boa vontade a esta fatal candidatura que mo oxhibiaem exposição publica. Mas, ali I era muito tarde.

Um homem collocado sobre um estrado quo me ficavaem frente fatiava o gesticulava com extrema vivacidade,oscutavani-11'u em silencio, depois, de repente, davamliurras: é assim que os Saxonios applaudem ou apiipam.listo tribuno popular que a seu boi prazer agitava as pai-xõesda multidão, era o advogado do banquete) Litllc,Fox, nosso inimigo.

D maldito tratanto tinha, em quo me pese, tal qual ta-lento de que abusava. Ora circunspecto, ora gracejador,elogiava seus adversários por maneira a tornal-os ridicu-los; gracejava a respeito de seus candidatos, quo os faziasobresahir. Concluiu por uma rápida enumeração das ri-quesas quo o Banco espalhava por toda America. Litllotornou-se um Júpiter que cabia em chuva de ouro sobreo seio de uma nova Danae. A' voz do advogado, cami-nhos de ferro, cíihaes, barcos a vapor vieram cercar obanqueiro para fazer-lhe cortejo eleitoral, ao passo quecom gosto dusdcnhoso o discursador arengueiro apresen-lava o tendeiro allbgado em mèlaço ou abismado nascoutas do sardinhas o bacalhau—Amigos da paz, excla-inou elle concluindo, olugereis para primeira autoridadeda cidade, esse fabricante de phosphoros, cuja mercado-ria se acha em todos os incêndios? Amigos da liberdade,elegereis esse veiidelháo du bacalhau secco que alimentaos escravos do sul, que amanhã fallirá se s'us freguezes,libertados pelo nosso valor, lhe abandonassem, por con-ta, sua mercadoria envenenada ? Náo, nunca vos robai-xarois a praticar essa deslionra. Quanto a mim, Yankee,puro sangue, patriota, orgulhoso de todas as nossas glo-rias, autos quo dar o meu voto a este homem, proferi-ria votar a favor.., Elle parou de repente o piscando osolhos e abaixando a voz .. em favor daquclle quo nossasmulheres, 0111 sua piedado universal, chamam um pobreanjo 'decaindo. Náo o nomearei.

Um chuveiro de palmas saudou o orador. Desceu datribuna locobendo comprimentos o promessas. Em to-das as assemblóas ha sempre um rebanho do tolos quebaila atraz do ultimo que falia.

Não saciou ao tratnnte o êxito que alcançou, dirigiu-se a mim, estendeu-mo a mão, que não me atrevi a roeu-sar e com voz quo retiimbou por toda a sala disse-me—doutor Smith, agora vós, jogo franco para todos, é a di-visa do Yankee.

Suava suores frios; levantei-me ; de todos os ladosgritavam : Ouçam I Ouçam! Este barulho, as vistas fitasem mim, o silencio que sé lhe seguiu, tudo me dpsorien-tou; passou-me por deante dos olhos uma nuvem ver-molha, prendeii-se-ine a voz na garganta, sentia um tre-mor geral, palpitava-me o coração com força. Quantonãu daria eu, nessa oceasiáo, para possuir a facundia des-se miserável I Tinha idéas mais nobres que elle, o muupatriotismo era mais sincero; mas o advogado tinha ha-bito, era osso o sou ofiicio, o 011, cidadão de um paiz livro,não mo tinham nem so quer ensinado a fallor. Estavaderrotado o derrotado som combate.

Sentia-me tomado du colora e vergonha, quando de ro-ponte, Henrique meu filho, quo me viu cinpallidecer,galgou o estrado o foz signal que ia fallar. Tomando umaposição acadêmica—corpo direito, cabeça levantada, ospés óm osquadria, a mão esquerda méttiua no peito dacasaca abotoada, com a mão direita saudou graciosa-mente a assembléa e esperou que, o tumulto cessasse.

—E' sou filho, é seu filho, murmuravam do todos oslados. Ouçam, ouçam. Todos olhavam com curiosidadepara o menino; fez-se profundo silencio, ter-se-hia ou-vido voar uma mosca.

—Cidadãos u amigos, disse elle, com voz clara e pene-Iranto, não me proponho a combater o terrível Golinthdo banqueiro Lillle; tenho pedras desohra, o Pliilisteulanjou bastantes em nosso jardim, porém de David só te-lilip a mocidade e não as forças para medir-me com umantagonista tão adestrado; só pretendo defender meu paee meu partido; estou certo quo dentre vós, nobres cora-çôes, náo ha um só que náo diga elle tom razão.

—Ouçam, ouçam, gritavam de todos os lados, faliabem.

—O honrado advogado, continuou meu filho, carre-gando sobre a primeira palavra, não gostado especiarias,o que admira; visto fazer tão grande uso de sal bruto,darmo-nos-hemos por muito felizes se alcançarmos-asua freguezia o nusse caso forneceremos o assucar quelhe falta por preço abaixo da cotação. O assucar modi-fica a bilis; aliás vê-se tudo ainarello, e a gente é injustapara com seus companheiros do armas o amigos.

Náo sei onde foi meu filho esquadrinhar esta elo-quencin de tão baixo quilate; o que sei é quo era do gos-to de um publico ignorante: todos riam, applaudiam;as mulheres agitavam os lenços, Henrique correspondia-lhes com um sorriso; estava conquistada a assembléa.

—Náo me oecuparei com os banqueiros, continuou omeu tribuno de dezeseis annos: os banqueiros assome-

lhain-se aos dentistas, convém tcl-os por amigos, quemnos diz que náo precisaremos dollos Amanhã! mas deve-idos confiar-lhes os destinos da cidade? Ilocordò-moagora do que me contava minha avó, uma santa mulherde Connecticut, nota do nossos pães os peregrinos, rape-lia-mo a boa da velhinha muitas vezes o (pie ouvira deseus antepassados,—que os banqueiros sustentam o Es-tado como a corda sustenta o enforcado: estrangulai)-do-o.

—Tres grunhidos para os banqueiros! gritou uniavoz estridente, voz <!o algum devedor mettido entro amultidão. Este grilo encontrou echo, a sala estremeceucom a vozeria; o meu ouvido du pae lisungeou-se comose ouvisse uma sonata do Boelhnvun.

—Minha avó, continuou o menino, nas longas noitesde inverno, assuntada á barreira, propunha-nos inigmas,para divertir-nos: dizia cila, so inottormos dentro d'umsacco a 11111 banqueiro, um advogado o um alfaiate, etirando um ao acaso o que sahirá?

—Um ladrão, repetiram viuto vozes ao mesmo tempo,satisfeitas de uma reminiscehcia da infância.

Henrique chegou-se á borda da plataforma, collocouo indox na bueca o disso em meia voz:

—E' ussa a palavra du que usava minha avó, maspresentemente diz-se: sahirá um millionario feliz.

—Com isto, njunloii, não quero dizer quo detesto afortuna, esporo caminhar como os outros.

—E tu irás longe, meu gigantosinho, gritou uma vozgrossa ([ue abalou toda a assembléa.

—Indicai-ihc, accrcscciitou meu filho animado poreste sulíYagio, mostrai-mo uma fortuna adquirida honra-damento; navios expedidos para a índia, Torra-Nova,ilhas Molucas, saudarei na pessoa du Groon, vinte annosde trabalho, de calculo e economia... Porém essas ri-quozns íilhas-do acaso, ossos milhões ganhos ao jogo em11111 dia, náo mu falleis nisso; são os haveres de outremdespojados ua algibóira do um mais hábil; fortuna semtrabalho, fortuna sem honra! (ouçam, ouçam).

—Amo os homens bravos que não temem entrar naseliminas, continuou meu joven Graoho, e detesto os quonellas vivem eternamente. Náo 1110 maravilha quo ogciitlmaii cujo nomu náo so declinou, lenha todas assymputhios dos nossos adversários; é natural que ohonrado M. Fox escolha um representante na sua fa-índia ou entre seus amigos; nós que temos aliançasmenos ricas, carecemos do um homem honrado á frentedo nossos negócios cònimuns. Náo precisamos occultarsou nome; é o filho do suas obras, é o filho desta cida-de, é Gruen,

—II urra! Green! Ilurra! Smith! grilou toda a mui-tidáo arrebatada pela emoção. A victoria pertencia-nos,No meio desta confusão Henrique procurou-mo comos olhos. Ia esquivar-mo á sua nascente gloria, quandoum robusto caçador de Kentucky, 11111 desses gigantesmeio cavallo meio crocodilo, carregou meu filho nos bra-ços o fel-d dar 11111 giro um volta da sala. Houve uma tro-voada de palmas capaz de dprribar as paredes. Os homensapertavam-lhe a mão, as mulheres abraçavani-nV. Tivedesejos de gritar:—Eu sou sou pae! Mas pola segundavez a voz so 1110 prendeu na garganta o suspirei dizendocm meia voz:—Ah ! porque náo sou eu o senhor meufilho!

(Continua)

C0MMUNICAD0

Srs. f» Carreio c do Knilienl 1'aulistiino

111Permitti quo continue a oecupar um logar em vossas

coluniiias, com a exposição das minhas idéas sobre atyrannia governamental qtieopprime a nação brasileira,a despeito da linha que nos separa qaahto á causa quolhe dá origem.

Li com prascr a apreciação que fizestes acerca daropiniões que omitti em minha segunda carta, porque (d-Ia revela que um donos está em urro, senão ambos.

Em vossas manifestações contra a pessoa do chefe dolistado, ao que parece quer como indivíduo, quer comoprimeira entidade olfieial do nosso paiz, pareceis-mé án-los dominados por uma preocupação deplorável do quepela verdade.

Arrastados pelas deducções, nem sempre exactas, dosprincípios e ainda sem attenção á sua pratica applicaçãoavós os levaos té as suas ultimas conseqüências; esque-condo a educação, a origem, e a época, isto é, desteselementos improtorivois da sociedade em que vivemos,os quaes atacados de fronte o do um só golpe traziaminfallivelmonte a derrota dos assaltantes. Em conclusão:a ultima palavra do vossas opiniões não a escrOvestesainda, mas ella é a conseqüência lógica de vossos es,.riptos .

Se não é a republica o que dosejaes e pregaes, entãoforça é convir que sois viclima da alludida preoccupaçáocontra a pessoa do chefe do Estado; porque a não su-assim, do estudo do vossa historia política facilmente,deduzireis que os maios que nos aflligem tèm outra cau-sa que não procede do quo chamaes—imperialismo,—mas do systoma poslo em pratica pelos áulicos e cama-rilhas, que podem e hão existir como tyrannetos qual-quer quo soja a fôrma de governo, porque o seiiinstinc-to é a subserviência ao poder, qualquer que soja o sys-toma adoptado.

E so osta é a verdade quo teve origem na educação .onas tradicções coloniaes, a conseqüência necessária,forçada, é que aos ambiciosos, a ossos políticos e esíodts-Ias que tem sido chamados ao governo cabe exclusiva-mente a responsabilidade da tyrannia governamental.

O argumento do que o imperador é o motivo e o uni-co responsável pulo arbítrio e pelos desmandos de todosaquelles que tém sido depositários das diversas fracçõosdo poder publico, seria procedente se esses depositáriosfossem sempre e infallivolincnto tirados de uma só par-cialidade; mas o contrario mostra a nossa historia po-litica:—freqüentes tem sido as mutações no scenarioadministrativo, em que um por um dos adores tém sidopatoado o obrigado a retirar-se aos bastidores. E porventura estos maus adores fazem fiasco porque a isso osobriga o contrarogra, ou'porque não coinprehendem opapel? Em nossa opinião é claro que são maus porquefalta-lhes o escola: elles não tem tido outra senão odes-potismo da velha Europa. Mas pretender que o impe-radoré o despotismo, seria tomar o clleito pela causa j

Page 3: Anno XVI Torça-folra 30;

rçpCORREIO PAULISTANO

seria collocar n jiar de uma nação dc dez miíhüos dchabitantes, que conta 4T annos dc autonomia, um sóhomem, nascido depois dessa autonomia, e rosponsabi-lisnl-o pela sua origem, costumes e instituições... seriaa fábula do lobo e do cordeiro r.alisada.

Já vedes, pois, srs. do Correio e do Badical, que osmales que nos alWgcm não procedem da fúrma mimar-chica que adoptnmos, nem da influencia perniciosa do'mperador nos negócios públicos, porém du syslemn, ouantes, da pratica do governo responsável.

Mas a republica em uni paiz quo herdou todas as velhaspraticas do despotismo europeu e com cilas uma boa partedos privilégios de castas, seria por um lado — simplesmudança do nome sem melhoramento do systenia; e poroutro—a anarchia permanente fomentada pela numerosacohorle de pretendentes ao lugar de primeiro feitor deslavasta fazenda chamada itrnzil.

Pela sua parte o velho paulista deseja, e concebo a pos-sibilidade de um governo perfeitamente liberal semmudar a fdrmn aclual. Elle espera quo esse governo virácom o progresso real e não fictício das luzes, que é o pro-grosso dn verdadeira civilisação; elle virá com a exlincçãodo demônio familiar, do que foliou o sr. Alencar em umde seus dramas; virá quando o povo souber separaraverdadeira religião dessas praticas supersticiosas e falsasidéas dc Divindade, que foram ereadas e são tenazmentealimentadas pelo partido apaixonado e iiiteresseiro, quetem o seu chefe e eòrle fauslosae corrompida na velhaItonia. l.llc virá quando o povo melhor esclarecido, con-victu de que us governos são feitos por elle e para elle,n.cordur do torpor em que cuidadosamente o aealentain,e erguer-se para tomar severas coutas aos seus propostosque tanto tem usado e abusado dos poderes que lheforam conferidos. Elle virá finalmente quando os binzi-loiros se regenerarem polo civismo.

Mas, pur einquanlo, respousabilisnr um homem comocausador da tyraunia que solfro uma nação seria fraque-za, senão fosse prooecupação.

llesponsabiliscnios antes a nós todos os bra/.ileiros, quepor falia de energia, e dedicação á causa da liberdade,deixamos sempre sem o merecido casligoos lyrannetesque se cobrem com o iiianlu imperial.

ContinuaráO VEI.HO PAUI.STA.

A PEDIDO

(YttoiH/ào t

Tendo sidu judicialmente alforriada, em Cnçapava, amenor Emitia, deseja-se saber si sua mãe, iVliquelinaMaria da Conceição, que pertenceu ao finado tenente-coronel Francisco de Mattos, e coiisla ach/G «se residindonesta cidade, quer tomara inonura si.

No caso allirmativu deverá ella dirigir-se nesta cidade,quanto antes, a Luiz Gama.

«=r&3>_E=»-

CampinasConvidamos os srs. camaristas a darem um passeio ao

Largo du Brejo cm segiiimonto a Rua do Coes, afiin deapreciarem o cheiro das melhores perfumarias importa-das aquelle lugar.

O MACHADO EM MUDANÇA.

EDITALO illm. sr. inspector da tliesouraria de fazenda da

província manda fazer publico, para conhecimento dosinteressados, que pela ordem do thesouro nacional, n.125, de Ifl deste mez, aclía-so aulorisãdó a mandar pa-gar a diversos credores dn listado pur divida de exerci-cios lindos; devendo portanto os srs. credores, abaixomencionados, requererem, por escripto, á tliesouraria,afim de proceder-se a necessária liquidação na fiínna doart. 5. ° do decreto n. 2,897 de 26 de Fevereiro de 1802.

Pelo ministério da justiça :Simpliciano da Rocha 1'uinbo 115,>':!91Antônio José dc Moraes Dantas .... 50J9G7JoáoStrasburgo -njOüO

Pelo ministério dn guerra :José Innocencio Alves Alvim 22JJ451Bento José de Souza (herdeiro de) . . . 19J354Florencio Corrêa Pupo 240^000Lourenço José Gomes 300J000Ignaeii/Aiitonio Lisboa (herdeiro de) . . . 21jj290Antônio Nunes Corrêa 87JJ990Francisco Martins lionilha 51JÍ6Õ0Albino Guerra Napoluâo Marcondes . . . (ijJKKIOFrancisco José dc Castro 7í>20()Francisco de Albuquerque IOJ'010Fabiano Joaquim Gomes íiiSi-lOOJoão Leite Vianua -. OjjSlOJoão Anlonio de Oliveira 3")^100José Maria das Neves 9(?180Manoel Rodrigues dos Santos 21fJ9Gi.Mariano Gonçalves França 10^980Francisco Anlonio Dias.' GOOJOOOJlento José de Souza (herdeiro de) . . . 20JJÕOOFlorencio Corrêa Pupo 212J000Ignncio Antônio Lisboa (herdeiro de). . . 30J000José Lobo VianriS-fdr.) 34.^000

Pelo ministério da fazenda:Auna Joaquina (viuva de Manoel Pires) . . 3(Jp00Gertrudes Maria Pires (viuva de Manoel Ri-

beiro Cardoso) 3fi|?500Bento Dias Ferraz 8(>fjl000João Corrêa dos Santos 38JS-100Leopoldina Carlota Mendes de Menezes (filha

de Marcella Joaquina Mendes de Menezes). HOgOOOLcocadia Maria da Conceição (viuva de Fran-

cisco Camillo Dias da Silva 2/JO00Lticiano José do Hspirito-Santo .... 9#200Maria Isabel (viuva de Joaquim Antônio daCunha) 3G#500

Maria Jesuina da Silva (viuva de João Manoelda Silva) 87#G00

Maria Justina Rosado Mendes de Menezes(filha de Marcella Mendes de Menezes) . liop.0

Mariano Gonçalves França. . . . . . 20JI000Anno, Maria da Conceição (viuva- de Manoel

da Cunha Camilo) 150^00°Cnrolina Amélia dn Luz Rodrigues (filha de

Joaquim Custodio Rodrigues) .... lõgOOüIgnae.ia Jimqiiina tia Cunha Pinto ((ilha de An-

tonio da Cunha Raposo 21(1000Maria Gertrudes Osório (viuva de Francisco

Osório do Amaral Sarmento 270;?000Maria Ignaein du Hspirito-Sanlo (viuva de Ma-

noi.d Sunres da Cruz) DOjJOOOMaria Isabel Pereira (filha de José PereiraJorge -,(p00

Mana Ursiiln dós lieis (viuva de Aieixo doAmaral Moreira) ÜOÍ-000

Maria lienedicta il'Albiiqiieripie Faria (viuvade Manoel José de Faria) 72,^000Miquelina Ignez (viuva de Pantnleão Antônio„ fi Silva) 7ÕS000Po iieena Custodia de Moraes (filha de Anlonio

José de Moraes) SKO0ORosa Maria Branca (viuva de Manoel do MiitlosMoraes Bragança) 72#000

Rosa Mana de Jesus (viuva de Anlonio Morei-ra do Sampaio) 118S200

Gertrudes Saturnina da Silva (irmã de SobinòAntônio da Silva Pacheco) 109§f)20Secretario da thesouraria de fazenda de S. Paulo, 20de novembro de 18(59.

Servindo de offlcinl-mniòr,">~* JoÀO Paulo da Costa.

AI\NIJ_VCI©Sltrilliantc perdidoHontam, 29 de Novembro, perdeu-se um brilhante,cravação de alfinete, desde a chae.ara do abaixo assignado ate á estação da Luz ; quem o achar e entregar, será

bem gratifi.ario.S. Paulo, 30 do Novembro de 1809. 3—1 Lucas Qukiuoz iie Assumpçáo.

mmãmmmmmmmÊmAs pílulas dc co__s.i|.aç_io

noOU. 1IETIIOLOI

Já tão vantajosamente conhecidas nestacapital o na província, se vendera no largoda Sé n. 5, sobrado, em caixinhas desde2-10 rs. até 5.-)000.

Dislribue-se com ella um directorlo paraseu uzo.25-1 JOÃO LARAGNOIT

mtia3i

I(glí

Em virtude de despacho do illm. sr. juiz municipalsnpplenle o dr. Joaquim Ignscio de Moraes, faço pu-bico que no dia 3 do mez de Dezembro próximo futuroao meio di», deverá ter lugar na salla das audiências,apraça e arremataçáo do uma mora.a de casa sita á ruado Seminário da freguezia da Santa Iplrgenia desta ei-dade, pertencente á herança do finado Manoel Barbczáde Camargo, avaliada pela qmntia de 1:0008000, sobrecuja quantia lançou o dr. Francisco Anlonio DulraRodrigues 72fj000 na ultima praç», em que niio se roa-lizou arremataçáo por suspeiçlo do juiz qua a prezidia.S. P.ulo,29 de Novembro rte 1809.

O escrivão,—JOAQUIM JOSÉ' GOMES. 2-1

Attenção400$OÔo

A Joaquim da Sampaio Gd.s, morador no Indayatu-ba,província da S.Paulo,fugiram no dia 18 de Outubrodo corrente anno os escravos seguinles:

Marinho, porém elle diz chamar-se Amaro, 20 annosde idade mais ou menos, alto, bem feito de corpo, mu-lalo claro, bonito de feiçih, quando filia ri-se, cabellosmeio crespos, boa dentadura,pouca buhasó no queixofoi vestido da calça da algodão mineiro azul, tendo listaao lado, canais» de riscá-lo azul, lavou outro terno debrim pardo grosso, chape, de palha e de aba larga.

Gregorio, 24 annos de id .de mais ou menos, baixo-láo, grosso de corpo, mulato acaboclado, cabellos corri-do», boa dentadura, tendo os da frente partidos, barba-do, porém não muito serrada, tendo o corpo muito ca-b.Iludo, mal incuado, sendo por isso carr.ncudo, foivestido com veslinienU igual ao de cima ; os dois niiolevaram coberta e nem ponche, locam viola. Os escra-vos são filhos do Ceará, vindos à muito pouco tempomostram muito no sutaque da falia ser filhos do Norteandam de pracata nos pés, e tem chapéo pello de lebre(ino ; foram comprados no dia 3 de Onlubro á Anlonio Joaquim Soares Franco, e Alâo, estes srs. trouxeram do Rio de Janeiro á muito pouco tempo. Dzemque são desertores, e que vão Indo para a Bahia atéCanna Verde, perto do Rio Pardo, t.ve se noti.las cer-tas, elles vão atraves.anlo a província Minas-G.raoscom ofi-n de irem para o Norte do Império.

Quem os prender e levar á sen senhor, será gratifi-calo com a qnantia acima, isto é 2O0,?00O por cada um.Pede-se a atlençào das aülhoridades recrutadoras, .

mesmo aos oxms. srs. chefes de policia do império.Indayatuba, 27 de Novembro de 1809, commarca da

cidade do liíi. 5_]"Ãtiençã©No dia 18 do Novembro do corrente anno, fuglo da

fazenda de Francisco de Carvalho Ribeiro, morador noTurvo, a escrava Marg.rida, mulala clara, de 30 epoucos annos de idade, cabellos grenhos, alta e delicadade corpo, roslo co_.pri.lo e fino, boa dentadura, faliacarioca, pés grandese mal feitos.

A mesma foi comprada no Rio de Janeiro.Julga-se ter ido em companhia de ura molalo de no-

me Barnabô, alli, delgado de corpo edesdentado adianle.

Quem aprendera entregar.ou der noticias certas emliú, á Luiz Antônio Nardy da V.sconcellos, será grati-fnado. 2—1

Escravo fugidoA Antônio Janoario Pinto Ferraz, da cidade de

Campinas, fugio o escravo Malhias ; tem os seguintessignaes: idade de 30 annos mais ou menos, alto, bemfeito de corpo, bem preto, testa grande, cara curta e lar-ga, nariz muito curto, bons dentas, barba no queixo,iam orelha furada para brincos, pés pequenos e bemfeitos, e os olhos um pouco vermelhos. Foi vestido comcamza de algndSo em baixo de uma de baeta azul, cal-ças preta, e chapéo de panno pardo com fita larga.

Quem o aprehonder e apresental-o á seu senhor nacidade de Campinas, on na capital ao major SebastiãoJosé Rodrigues de Azevedo, será gratificado. 4—1

Importantes inclhoraientos c grandeaugmenlo de 8ortii_ien.os na relojoaria

APENDUL4 FLUMINENSE

IIIOISavoyte Frères&C.9

PAKISMEDALHA de primeira classe Londres 1802

t,« .de Paris 1867Nós abaixo assignados declaramos que só na casa do

sr. li. Ronneault encontram-se relógios de nossafabrica o que o mesmo é nosso unleo agente no Brasil.

Paris, 20 de Março de 1869.

Savove Fumes é. Cefornecedores da casa

RELÓGIOS suissos de dar corda pelo pé com cha-ve.

Chs. Roulel da Suisse.Cl. Uumberl, Idem.Cl. Monlandon, idem.U. J. J.annnt, idem.1. B.rth & IMs. Idem

I. F. BAUTTE&C.8ROSSKL E FILS, SUCCESSORES.

G-KN_BB-»AMEDALHA de primeira classe Paris 1855

de Londres 1851de Paiis 1807de Londres 1802

Nós ab»ixo assignados deparamos que o sr. E. Ron-neault é nosso único agente e correspondente no Riodo Janeiro a que só na sua casa encontram-se relógiosde nossa fabrica.—Genève, 1 da Maio de 1809.—Rossele Fils.

Fabricantes especiaes,RELÓGIOS inglezes de dar corda pelo pé o com

chave.Nlcol e Capt de Londros.1. Genl Islington, idem.A. L.llemand, idem.li. lloward éc Ce, de Boston.M^nufaciurers American Watchs Companv,

Na.i.-Ynrk.

Deposilo dos relógios da alamada maiHácliira tle Waterbury & C,a

Particular attencãoò

Os numerosos sortimentos e a alta relojiaria que se acha neste estabelecimento o tornam incontestável-mente o primeiro da america do Sul, e o proprietário director não põi duvida a dar provas que nenhum ontroa nifsmn com grande ilifferença pólri offer..;or uma escolha tão complrti e vantagens iguaes. Plil)li-SE QUENÃO SECONFUNDAOS MEIOS INDISPENSÁVEIS afim de fizer confiscar sem ptrda de tempo a superioridadodos relógios destes auihores cornos annuncios vulgares. Estes meios do publicidade são pagos pelos aulhoresdo que sou encarregado d'agoncias o fornecedores fabricantes.

Todos os tratados o escolhas serão f.ilas possoalmento pelo proprietário director do estabelecimento qaeacaba de chegar de sua viagem annual daa cidades manufacluroiras da Europa e da America.

O aiiguiento crescente das vendas edas enconimandas do inlerior neste estabelecimento ó uma prova doqne se afirma. Pede-se qua se experimente «fim da verificar se.

N. I!.—De hojo em diante as garantias são validas senlo firmadas por qualquer dos senhores abaixomencionados encarregado» de negor.ios da loja :—G.renle e encarregado da nfli.ina, AUGUSTO LECOUFLE,relojoedro.—Vendedor 51. ESPAGNAC, relojoeiro.-Guarda livros C. MAITRE,—Director e proprietário, E.RONNEAULT.

Rio de Janeiro, 26 de Julho de 1869.

Voto de gratidãoJosé Felizardo Gome? Mame-le, residenleem Parhayh-

ba, e seus irmãos (ausentes), Francisco de Paula Gomesda Silva residente em S. Il.nto de Sapucahymirim,Paulino José G mes da Silva residente no Riu de Ja-neiro, e Joaquim Gildiio G.mes da Silva residente emUatalaes, agradecem cordialmente a tolas as pessoasque na Igreji da Nossa Senhora dos Remédios assisti-ram ás exéquias que tiveram lugar no dia 27 do corr.ntj por occisião da trasladaç.o dos restos coorl. e. daseu muito amado e estimado irmão, amigo, e protector,o doutor pulra Miraede José Guines da Silva, que vle-ram do Rio de Janeiro, e lambem agradecem aos rvdms.srs. S.icerdotes que tão esponlmeam-ute prestaramseus relevantes serviços nas exéquias, b.m como aossrs. muzicos da orcheslra Ceciliana, que por mais umavez deram provas da eitima a amizade ao finado pa-dra Mamède ; finalmente agradecem aos empregados daegreja dos Remédios, ollérecendo os seus limitadosprestimos.

S. Paulo 28 de Novembro de 1809.

Escravos fugidosD» faz.nda das Anlionns om Campinas, pertencentea d. Gertrudes de Arruda Camargo, fugiram no dia 2-1

do corrente dois escravos com os signa»s seguinles :Aniceto, côr fula, cl ira, altura regular, fino de cor

po, boa dentadura, faltando um ou dous do lado decima, falia bem, rost. comprido e magro, munhecasgrossas, mãose pés grandes, entende de serrar e lavrarmadeiras, idade 40 annos mais ou menos. E' crioulode Santa Birbara.

Francisca, còr fula, altura regular, roslo comprido emagra de corpo, tem falta de dous dentes na frente,falia b^m, tem um pequeno signal em cima de um olho,idade 40 tmlos annos, já tem alguns cabellos brancos,é crioula da villa de Castro em Curitibi, e foi da Fula-na Tapera. Quem os prendor ou delles der noliciiS,será muilo bem gratificado.

Campinas, 28 de Novembro da 1809.GERTRUDES D'ARRUDA CAMARGO. 6-1

ütíençãoDomingo ás 2 hnr.is da manhã, uma oa mais pessoas,

por motivos que ignoro, quebraram os vidros das ja-nellas do aposento que oecupo na cas» do sr. dr. conego Joaquim Manoel Gonçalves de Andrade, esquina datravessado CMbuio e rua di Imperatriz. OiT.rpço aquantia de lOOflOOO á quelle qua puder indiorm. apessoa ou pessoas que praticaram aqualla graça, ou queos agarrar quando porventura se entreguem elle ouelles a este agradável pa.-sa tempo.

São Paulo 29 de Novembro de 1809.E. D. SciiAAit-t Comp.

Escravo para alugarPrecisa-se na padaria da America, rua do Cummer-

cio n. 15.

Systtiema métricoO abaixo assignado piopoem-se a dar lições de sys-

thma métrico em casas particulares e em a casa de suaresidência sita no largo de S. Francisco n. 12.

ANTÔNIO GABRIEL FRAZEN. 12-9

OI A DIREITA N. 46Especialidades

46-lCua Direita—46MOLÉSTIAS »(> PEITO

A FARINHA Dli SÃO BENTO, cujas qualidades sãoeminentemente nutritivas e mnaradoras üa pobresa dosangue, tem prolongado a existência das p ssoas ata-cailas de toda a sorte de deb lidade, de doenças do peitoe da tisica, EIU dá aos órgãos, especialmente ao esto-ni3go, e aos pulmões a robustez necessária para arrostara acção salutar de remédios efü.azes. Onde falta osangue os remédios não podem valer; esta farinha dáo sangue, é por isso que médicos dislinetos aconselhamo uso delia. Preço 3(j500.

Dores dc (lentesO ESPIRITO ODONTALGICO VEGETAL E OS PO'S

ODONTALGICOS VEGliTAliS.tiram de repento as doresde dantes mais violentas, são inteiramente innocentes,limpam a carie delles, o cs.robuto das gengivas, asfortificam a tiram n mau cheiro da bocea. Preço lfiOOO

SABÃO SULPHUROSO das caldas de Bagnéres deLuchon. Goz3 esie afamado sabão da mais altaTamaem todos os paiz.s do mundo ; ,<ó em França mais dec.m mil pessoas devem-lha annualmenta a saúde; alémdisso, conilitue o meio seguro de conservar e embelle-zar a pelle. Faz desapparecer em brev. tempo sarnas,empigens, comichõ.s, effiore«cencia, borbulhas, pan-nos, espinhas, e outras erupçõ s r.ntanaas. 2J000,

ELIXIR ODONTALGICO VEGETAL, para curar as-óesde dentes as mais agudas instantaneamento. 2fi.

4C—l&ua Diréita-46

DIREITOS

FAMÍLIAPELO DISTINCTO ADVOGADO

Dr. Lufaycltc Itodri-ues PereiraUm grosso volume in 4.", preço. . . 8g000

Esta obra é um tratado completo, em fôrma sinthe-tlca, do direilo das pessoas, segundo o estado actual danossa legislação.

O seu autor conseguio reduzir a um corpo de don-trina, claro e simples, todas as disposições de direitoque regem o assuinpto, completando as omissões da lei'com os subsídios do direito consuetudlnatio e do di-reito romano.

Em paragraphos concisos, nos quaes transluz sempreo elemento philosnphico do direito, acha-se lucidamen-te resumido o que faz o objeclo de immensos volumesde custosa acquisição e de diflkil consulla.

Faltava-nos em vulgar um tratado do direito daspessoas que reunisse em sintheses firmes e claras asdisposições legaes, os produetos da jurisprudência pra-tica e os resultados dos trabalhos scientificos acerca damatéria. Essa lacuna acha-sn hnjn dignamente pre-eichida pe-lo livro Direitos de Familia. O livro do sr.dr. Lafayette, so por um lado satisfaz as exigências dásciancla pela severidade de mothodo e vigor das deduc-ções, por outro lado tem o grande merecimento de pôrao alcance de todas as intelhgencias assomptos cujoconhecimento, pela sua importância, interessa a todasas classes.

NA LIVRARIA 6-G

A. L. t-iuraux.

Page 4: Anno XVI Torça-folra 30;

% CORREIO PAULISTANO

III

Mm

Vigor do Cabello,DO U.R. SYER,

Para renovação do Cabollo.

0 Grande Empenho da Época!0 Vlgftr Uo Cnbollo é iiiuii prcpnrai,™

no ínosmo tempo ngrndovol, saudável oefliniz, povo conservar o cubello. O cnbollosccco ou ruço retoma n Min primitiva côrootii-ilho o o viço do cnbollo dos moços; ocabello rnlo, tonio-so (len»o, o quo cúo,

prcscrvn-se o as calvas muitas vezes bemBupprldns, coin o seu uso. Quando ns foi'licita c-sfio onferrnos ou as glnndos atro-

Splilndas, uilo lia quo possa relbrinnr o cn-lieilo senão uma npplloação como o VlOOIt

no Caiiki.1,0, n qunl, oxemptn do substancias dolotórins quotornam algumas preparações perigosas c InjtuiosBS no cabello,e nmito dissiiiiillianlo a essas pastas o sedimentos que tantoconcorrem para sua queda, conserva-o limpo o fovlo o mo-'{ora-o soiripro, «em poder diiiiiuilical-o. Dest 'nvto o Viciou

c o mais desejável dos ornamentos do

T O O -flL X> Ô St.Elle não contem oteo, nem tintura; não i capaz de mau-

cliai nem o mais alvo lenço de cambraia; perdura no cabello,dii-lho brilhante lustre e espargo-Ilio agradável perfume.

Depositário geral lio Erazil

II. BI. LAJEE, 15, rua Direita.TJN1CO AGENTE.

DEPÓSITO EM S. PAULORita Direita n. 46.

Peitoral de CerejaDO DK. AYEK,

Pnra Moloatiaa da Garganta,Poito o Fulmõoa, taes como:Tosses, Constipnçõos, l)o-fluxos, Coqueluebo, Bron-ehitis, Asthma, Cousump-oito ou Tísica pulmonar, &i>

Antes do apparcccr o Peitoral,nunca a historia (In medicina

vira propárnçfio alguma quo mais universal e profundamentemerocesso n confiança do gênero humano, do quo estoremédio para moléstias pulmonares. Tendo atravessado jáuma longa serie do annos e muitos gerações de homens, ollotem gradualmente gozado mnis alta reputação e continua a

tornar-se cada vez mais conhecido, como o melhor promotorcontra essas enfermidades. Ao passo que se adapta porfolta-mente ás formas mais brandas das moléstias, e ás crianças o

meninos, 6, no mesmo tempo, o mais ellicaz remédio de quese podo usar para impedir o progresso dn tísica ineipinnto otodas ns perigosas allccçõos do peito c pulmões.. Comoantídoto contra attaqucs repentinos de Ci-oup, todas ns fa-milias devem-o ter á mão em suas cazns; c em geral cometodos somos sujeitos a dofluxos, constipações o tosses, <! bumestnr-so prevenido com tam poderoso remédio contra essesincommodos.

Os Cnutores o os Oradores acharão no PiuTOUAL umexccllente proteetor contra moléstias da garganta.

. A' Asthma o a' lironchitcs, O Peitoral, om doses pequenase repetidas, dará sempre nllivio e muitas vezes a cura radicalAs virtudes desta preparação tèni-se tornado tam vulgar-mente conhecidas quo nos dispensamos do publicar nttostadosde algumas do suas grandes curas, porque, na verdndo, eilasuão são raras.

Remédio para Sczõc§,PBEPABADO PELO DR. AYER,

PARA

Sezles, Febres intermlttenlea, Febres remillcnles,Frios, SczOcs surdas, Febres periódicas ou bilio-

sus e, cm geral, todas as ajfeccõea oriundasdo veneno malarlo ou mltiamatleo.

O Remédio So Dr. Ayer cura, com efleito, todas essns enfer-

midades, sem ollender o organisação do paciento com assubstancias do Arsênico, Quinino, Blstnutjio ou Zinco ou outro

qualquer mineral, tam empregadas cm outras preparações,O numero o n importância das curas elleituadns com estoKemedio ficam, imoralmente foliando, nlom do tudo quantose podo calcular, o são sem pniallelo na historia dos remédios

para as sezões. Os preparadores toem orgulho em receberem

quotidianamente noticia de curas radicaes cm easos obstina-dos, quo antes zombavam do outros remédios.

As pessoas não nccliinatndas, residentes, ou viajantes emlocalidades paludosas o mlasinaticas devem ostnr senipro

provonldas com o Remédio pura ScCcs. As que sollrem doMui de Fígado provenionto do torpeza do ligado, acharão uoRemédio mn estimulante, que em breve promoverá a netivi-dade salutar desse orgam. Nas desordens biliosns, om geral,nunca tem falhado, ainda quando outros preparações hajamsido imiteis. A' venda cm todos as phiirmacias c drogarias,em toda parte.

Agente G-ex-al pttra o Império

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IUo de Junciro.DEPOSITO EM S. PAULO

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publico quo reoentemenla preparados pira recebar bimrnsalmentt'e directamentè dé França as mercadorias que são nocossarias a seu negocio, poderiío servir ás pessoas, cju^os

qulzcieiii honrar com sua confiança, com o abatimento que seus contrários directos com os rabricantes Iraiicezeseállenilles lhes permiltem obter nos artigos seguintes ¦

Cortes de veslidode foulard, pura seda, a 353) rsFazendas ds lá riscadas eselim a l^PoOOe l^pSOO o cov.

,, de lmlio dita diU a 900 n. o covailo.,, Rocainbollé atiOO rs. ,,,, alpacas lisas a 480 rs. „

Bareges de lii a 4(30 rs. ,,Vegetales riscadas o escossez?s a 320 ,,Perçalos de Mulhanse a 560 rs. .,Chitas eni cassa (J icouas) a.4.60 rs, ,,

,, claras e escuras de Rotten a 300 o 400 rs. o cov.Grande sortinieiilo de cassas brancas, ditas mol-mel,

diUsbordadasVdala.de cores, tarlatanas brancas e decores, lizis a com brilhantes todos afiançados dasprimeiras fabricas de Tarrare, lilós e esconiilhasbrandis, pretas o de core?, cluny branco o prelo empjça e em renda, rtndu Rlonie branca enfeitada deprata, dita branca e preta, renda valenciennes, etc.Cliales escossezes e preUs,Esparlillios aáí e 8$> rs.Ditos de gaioli a 8$ rs.liilões de uiolla a 6$ e8jf>500 rs.Invisíveis com contas de 500 a 1:8)200 rs.Ditos com onf:ilas do filas, llòres e contas a 2S rs.Toucsdinhos coillures, chapêos de palhi das primeirascasas da modas da Paris, de 53P a 831) is.Grande sortimento de grinaldas do palha para enfeitesde Cihflllo, de chapoos e vestidos, guarniçõos de ves-

i 83f> rs.Bolinas de senhora:

De duraquo tranco ricamente enfeitadasDitas de cores a 71/) rs.D.tas cum laço li© rs.Ditas pretas e de coro?, lisas a 5$> rs.Dilis gaspeadas 6 3) rs.

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tidos, de penhas e de flores, como nunca veio a estacidade.

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216500 rs. o par.Ditas brancas, pretas e de cò.es a 236800 rs. o par.Anquinhas crinoliues de 335500 e 53» rs.Vestidos de senhoras e meninas feitos de duas__saias e

babados de pèrcale liscada a linbo a 2036 a 25 $ rs.P-letots de nobreza prela a ultima moda a 303P rs.

,, casia-ira ,, „ 153/) rs.Sai..s, paletots de dormir (canitsolas) o camisas borda-

das para senhoras.Corpinhos de organdy e de cluny bordados a enfeitados.Cullnrinhos e punhos da organdy bordados e lisos.Ditos ditos de rendas a ultima novidade.Gravatas du senhoras, de seda e da renda bordadas e

enfeitadas.Enxoval completo de casamento de GO a 1003í> rs.Tiras o entremuios bordados.Setim branco de 235900 a 435 rs. o covado.

CAMISAS DE HOMEMde moriui francez de 2435 e3036 rs. a dúzia, deinorioj francez com peito, collarinho e punhos dilinbo dè 5435, 0035, 6Ü35, a 7235 rs. a dúzia.

Grande sortimento de gravatas, rollarinhos e punhospira homens.

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Para os preços de 735 rs.636 rs.4# rs.

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ditos para luto ; ftvelibntoadriras de colletes, doublé ouro, diUscom pedrasi Tudo muilo em conta.

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Unos lã e seda riscados de 900, 800 e (300 o rs, covado.Gizes riscadas 320 rs. n covado.Vegetale estampadas 300 rs. o covado.Ditas riscadas 280 rs. o covado.Alpacis lhas, li.us SOO rs. o covado.Ditas dita 480 rs. o covado.1'opelin? furla-iòres e riscadas 500 rs. o covado.1'eivalns de padrões novos 54.0 rs. n covado.Chitas em cassa (jaconas) novas 400 rs. o covado.Ditas ciar s e escuras riscadas a 300,380 e 400 rs. o co-

vado.Córies de vestidos de padiões novos de 2 saias, de per-dle e drtNiila em cassa de 7 a 10,1000 rs.Selins pura seda, de cores pr^to, branco, azul, verde e

vermelho de 2(j800 a 5flõ00.Nobresa chamada faillB persan, prela e branca, puri

seda da 5,1 a 58500.botinas .le duraque pretas e de cores para senhoras, a

5,1000 rs. o par. 'Ditas ditis extra-ftrias a 5^500.Ditas deiòiesdil.s a GjJOOO.

Grande suriiuiento de chalés quadrados e compridos,de padrões os mais modernos, primas modernissimaspara guamiçao de chapéus e da cabellos, cluny brancoa preto em pfça e renda, renda de seda (k^/nüt) branca9 preta, todas 30 por eento mais bar.,to que em outrascasas.

Também recebío pelo ¦ Ctiterion > chegado hontem aSantos 200 dúzias da camisas para homens, do todas asqualidades. Cassas brancas, lisas o bordadas, e outrasfazendas que darít muito em conla.

A casa annnhcia seir pre seus preços põrqua tem umpreço só e tão módico quo não tem medo de nenhumaco:icurronc.ia. 10—8

JundialiyCal superior

Grande ('eposito no.,rni-zeui de Antônio Cmz,pé da est-.çao. P.eçii comm.ido. 10—2

ao

Affna pura !9

Toda a agiu por mais çrystalina qneseji, tir:id<ili-reclamenle da fòrite ou conduzida por tuho<, o mais oumenos impará e o, nnicotneiò de a purificar com'eüi-oácia e facilidade, é (illr.indo-a por alguma substanciaque remova completamente Ioda a impureza orgânica.

Isto faz-se por meio dos6-,tSíriís <ic «'arviiio sí5íí':ií5;)

Na rua do Commercio n. 7 vende-se bacalháo snp.:-rior a 320 rs. a libra, u muitos outros gêneros, tudobarato. 3-3

0 CAPITÃO JOSÉ' BENTO PEREIRA DOS SANTOSCAMARGO residente 110 districlo da cidade de Ciripi-nas, de ora em diante se assignará somente4—4: José Bento dos Santos.! ~

DE CARVÃO SILICAD0Siio os únicos que tiram da água toda a matéria or-

ganica decomposta, chumbo, cal, animaes do infuso-rios o outras impurezas,conservando-a ao mesmo tempofresca, cryàtalina e sabori.za; silo pòr conseguinte omelhor presomtorlo contra todas as enfermidadescausadas pelo uzo de água impura.

Estes FILTROS são adoptades em freqüência a todosos outros ms hospitaes de Londres, como tambBtn emmuitos estabelecimentos públicos e particulares em di-versas partes do mundo, são os únicos reconhecidospelo governo Ing'ez, o almirantado e casa geral docorreio.

Escravo fugidoFugio di Carlos Arruda Rotelho, morador no muni.

oiplo da Constituição, no dia 3 de Julho do correnteanno, um escravo de nome Ezeqüiel; mulato, cabellosgrenhos, altura regular, tom falta do um só dente nafrente, o queixo é um pouco torto para o lado direito,lem um antigo signal de golpe no joelho esquerdo eoolro signal de ferida no pé direito para o lado de fora,levou chapei) de couro, coberta azul e roupa de algo-düo. Graliíida-se com 150JJ000 aquém o aprehendere entregar ao seu senhor, e a quem der noticias certas,com 100SOOO. 5-3

O abaixo assigtiado.riagociaiita, faz sedento ao publi-co, que julga nada dever à pnça do" Rio de Janeiro.ele Santos, S. Paulo, e nem a pessoa alguma, e quepor isso se alguém se julgar seu credor, queira apre-sentar-se no prazo da trinta dias para ser pago, e se¦sso não fizer o abaixo assignado protesta.

S. Josó dos Campos, 2G da Novembro do 1869.3—2 Antônio Leite Machado.

Muita attençãoPRECISA-SE de uma alugada pa-ra o serviço de uma casa de família

naciditdede Campinas; preferindo-se captiva.Paga-se bom, conforme os pres-limos.Trata-se no escriptorio deste jor-nal. (6—6

O correspondente especial do Standard para a expo-sição da Pariz escreve o seguinte :

< Neste departamento nada ha qne exceda o filtroInglez de CARVÃO SILICADO, perfeito pela sua gran-de simplicidade e tjaratfza. (Classe n. 50 Grupo VI,patente de Üahlke) lie do qno se pôde desejar em umtiItro para o uso doméstico encontra-se nesta. >

DIZEM os médicos mais eminentes neste império;que a moléstia terrível conhecida neste paiz debaixo donome de Papelra ouenchaço da garganta,é quasi sempreproveniente de beber agoa no seu estado natural 00impuro. O novo FILTRADOR que é agora offerecidoao publico 6 um especifico verdadeiro contra esta moeslia.

Fabrica de agoas Gazozas¥0— Rim «la 'l'uS):iiiii£uéra — |ÍO

Vende-se na confeitaria d» Líâo, rua do Commercio,10-5

Sapatos de borrachaHENRIQUE FOX

6—Rua da Imperatriz-610-6

Escravo para venderNa rua do Commercio n. 7 vende-se uma creoula de

16 a 18 de Idade, bonita figura e sadia. Quem preleu-der dirija-se ao numero acima. 3-3

Gazeta de CampinasA. Gazela de Campinas, publica-se duas ve-

zcs por semana.O preço das assignaturas 6 :

Para Campinas, anno 10ÍS000« « 6 mezes 6$000

Para fora, anno 12í>0(k)« « «6 mezes 7#00OO preço das publicações é :

Por linha communi #100Repetições. . $050

Todos os pagamentos süo adeantados:No escriptorio do Correio Paiãistano recebe-

se assignaturas e annuncios.S. Paulo: 1869: Typ. do «Correio Paulistano»

de 1, R. de A, Marques