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ANO 13 – Nº 2275 – SÃO PAULO, 08 a 14 DE JULHO DE 2010 – R$ 2,50 www.jornalnippak.com.br Yuri Harada, Concurso Cosplay, danças típicas e, claro, muita comida. Consi- derado um dos maiores eventos de cultura japonesa no mundo, e o maior da América Latina, o Festival do Japão chega este ano a sua 13ª edição nos dias 16, 17 e 18 no Centro de Expo- sições Imigrantes (Zona Sul de São Paulo), com expec- tativa de pelo menos repetir a presença de público do ano passado, quando 170 mil pessoas passaram pelo local. Parte do Calendário Oficial Turístico do Estado e do Município de São Paulo, e das festas que comemoram os 102 anos de imigração ja- ponesa no Brasil, o evento oferece um panorama do que há de melhor em termos de cultura japonesa sem sair de São Paulo. Para isso, não faltam atrações: shows mu- sicais, workshops, oficinas, demonstrações de artes mar- ciais, danças típicas, culiná- ria, exposições especiais, ati- vidades para as crianças e para a terceira idade devem dividir a atenção do público. —–––––——––––––––––––––––—–| págs. 09, 10 e 11 Assembleia Legislativa homenageia Paulo Kobayashi JORNAL NIPPAL O saudoso deputado Paulo Kobayashi (in memoriam) foi homenageado no dia 30 de junho pela Assembléia Legis- lativa de São Paulo, onde seu nome foi atribuído a um audi- tório. O nome do ex-parlamen- tar, que faleceu no dia 26 de abril de 2005, foi incluído no projeto de resolução 38/2009, por iniciativa do deputado —–––––——––––––––––––––––——––––––—–| pág 04 Barros Munhoz e aprovado no dia 5 de maio pelo plenário da- quela casa parlamentar. A ce- rimônia foi aberta pelo presi- dente da Assembléia e depu- tado Barros Munhoz. Em se- guida foi apresentado um vídeo no qual políticos que convive- ram com o ex-deputado relembraram a trajetória de Paulo Kobayashi. Paulistano tem até dia 11 para eleger o “Melhor Pastel de Feira de SP” A Secretaria de Coordena- ção das Subprefeituras encer- ra, na próxima semana, a fase de votação popular para elei- ção do “Melhor Pastel de Feira de São Paulo”. Até o próximo domingo, 11 de ju- lho, o morador da cidade po- derá votar em seu pastel pre- ferido. Mais de 230 feiras es- tão no concurso que distribui- rá R$ 11 mil em prêmios aos três primeiros colocados. O primeiro lugar receberá R$ 8 mil, o segundo colocado ficará com R$ 2 mil e o terceiro R$ 1 mil. —–––––––––––—–| pág 05 Governo Japonês concede R$ 360 mi para o Onda Limpa da Sabesp O governo japonês decidiu conceder financiamento de 19 bilhões e 169 milhões de ie- nes, cerca de R$ 360 milhões, para o projeto Onda Limpa, da Sabesp. O programa irá universalizar os índices de coleta e tratamento de esgo- to na Baixada Santista. A de- cisão foi formalizada no dia 1º de julho, em Brasília, quando foi assinado acordo, por tro- ca de notas, entre o embai- xador do Japão no Brasil, Ken Shimanouchi, e o minis- tro das Relações Exteriores, Celso Amorim. —–––––––––––—–| pág 05 DIVULGAÇÃO Filha de precursora prestigia festa em Guatapará JORNAL NIPPAK Berço da imigração japonesa no Brasil, a comunidade japo- nesa e descendentes nipo-bra- sileiros moradora na Colônia de Mombuca, localizada a dez quilômetros de Guatapará (SP), comemorou nos dias 4 e 5 de julho, duas importantes datas: o 48º aniversário da chegada dos imigrantes na re- gião e a festa da colheita dos agricultores locais. Para isso —–––––——––––––––––––––––——––––––—–| pág 03 três eventos realizados marca- ram as festividades: uma mis- sa no Cemitério Mombuca em memória aos imigrantes fale- cidos; cerimônia de recepção às autoridades no clube da Associação Agro Cultural e Esportiva de Guatapará e uma exposição de hortifrutigranjei- ros e artesanato organizada na quadra de esportes da entida- de. Kassab vistoria obras de reforma do Estádio Municipal Mie Nishi O prefeito de São Paulo vis- toriou no último dia 26, as obras de reforma do Estádio Municipal de Beisebol Mie Nishi e de implantação das novas unidades no Centro Esportivo e Cultural Brasil- Japão. Localizado no Bom Retiro, região central da Ci- dade, a área possibilita a prá- tica de esportes como o bei- sebol, softbol, gatebol e o sumô. A reforma teve início em 2008, ano do centenário do início da imigração japo- nesa ao Brasil. “Estivemos aqui no início da gestão. —–––––––––––—–| pág 06 Projeto visa implantar aulas de Go em escolas de São Paulo Implantar aulas de Go em es- colas da rede pública e parti- cular da cidade de São Pau- lo, núcleos (clubes) e futura- mente do estado, além de mostrar a eficiência deste jogo milenar na disciplina, agi- lidade mental e educação dos alunos, é o objetivo do ins- trutor de Go e xadrez, Rodri- go Scimini Gibba, que luta di- ariamente para concretizar o seu projeto. Ele tem apresen- tado a proposta pessoalmen- te ou por e-mail, em quase todas as escolas da capital paulista. —–––––––––––—–| pág 07 13º Festival do Japão destaca a arte das províncias e espera 170 mil visitantes

ANO 13 – Nº 2275 – SÃO PAULO, 08 a 14 DE JULHO DE 2010 – R ...€¦ · 2 JORNAL NIPPAK São Paulo, 08 a 14 de julho de 2010 EDITORA JORNALÍSTICA UNIÃO NIKKEI LTDA. CNPJ

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ANO 13 – Nº 2275 – SÃO PAULO, 08 a 14 DE JULHO DE 2010 – R$ 2,50www.jornalnippak.com.br

Yuri Harada, ConcursoCosplay, danças típicas e,claro, muita comida. Consi-derado um dos maioreseventos de cultura japonesano mundo, e o maior daAmérica Latina, o Festivaldo Japão chega este ano asua 13ª edição nos dias 16,17 e 18 no Centro de Expo-sições Imigrantes (Zona Sulde São Paulo), com expec-tativa de pelo menos repetira presença de público do anopassado, quando 170 milpessoas passaram pelo local.Parte do Calendário Oficial

Turístico do Estado e doMunicípio de São Paulo, edas festas que comemoramos 102 anos de imigração ja-ponesa no Brasil, o eventooferece um panorama doque há de melhor em termosde cultura japonesa sem sairde São Paulo. Para isso, nãofaltam atrações: shows mu-sicais, workshops, oficinas,demonstrações de artes mar-ciais, danças típicas, culiná-ria, exposições especiais, ati-vidades para as crianças epara a terceira idade devemdividir a atenção do público.

—–––––——––––––––––––––––—–| págs. 09, 10 e 11

Assembleia Legislativahomenageia Paulo Kobayashi

JORNAL NIPPAL

O saudoso deputado PauloKobayashi (in memoriam) foihomenageado no dia 30 dejunho pela Assembléia Legis-lativa de São Paulo, onde seunome foi atribuído a um audi-tório. O nome do ex-parlamen-tar, que faleceu no dia 26 deabril de 2005, foi incluído noprojeto de resolução 38/2009,por iniciativa do deputado

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Barros Munhoz e aprovado nodia 5 de maio pelo plenário da-quela casa parlamentar. A ce-rimônia foi aberta pelo presi-dente da Assembléia e depu-tado Barros Munhoz. Em se-guida foi apresentado um vídeono qual políticos que convive-ram com o ex-deputadorelembraram a trajetória dePaulo Kobayashi.

Paulistano tem atédia 11 para elegero “Melhor Pastelde Feira de SP”A Secretaria de Coordena-ção das Subprefeituras encer-ra, na próxima semana, a fasede votação popular para elei-ção do “Melhor Pastel deFeira de São Paulo”. Até opróximo domingo, 11 de ju-lho, o morador da cidade po-derá votar em seu pastel pre-ferido. Mais de 230 feiras es-tão no concurso que distribui-rá R$ 11 mil em prêmios aostrês primeiros colocados. Oprimeiro lugar receberá R$ 8mil, o segundo colocado ficarácom R$ 2 mil e o terceiro R$1 mil.—–––––––––––—–| pág 05

Governo Japonêsconcede R$ 360 mipara o Onda Limpada SabespO governo japonês decidiuconceder financiamento de 19bilhões e 169 milhões de ie-nes, cerca de R$ 360 milhões,para o projeto Onda Limpa,da Sabesp. O programa iráuniversalizar os índices decoleta e tratamento de esgo-to na Baixada Santista. A de-cisão foi formalizada no dia 1ºde julho, em Brasília, quandofoi assinado acordo, por tro-ca de notas, entre o embai-xador do Japão no Brasil,Ken Shimanouchi, e o minis-tro das Relações Exteriores,Celso Amorim.—–––––––––––—–| pág 05

DIVULGAÇÃO

Filha de precursora prestigiafesta em Guatapará

JORNAL NIPPAK

Berço da imigração japonesano Brasil, a comunidade japo-nesa e descendentes nipo-bra-sileiros moradora na Colôniade Mombuca, localizada a dezquilômetros de Guatapará(SP), comemorou nos dias 4e 5 de julho, duas importantesdatas: o 48º aniversário dachegada dos imigrantes na re-gião e a festa da colheita dosagricultores locais. Para isso

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três eventos realizados marca-ram as festividades: uma mis-sa no Cemitério Mombuca emmemória aos imigrantes fale-cidos; cerimônia de recepçãoàs autoridades no clube daAssociação Agro Cultural eEsportiva de Guatapará e umaexposição de hortifrutigranjei-ros e artesanato organizada naquadra de esportes da entida-de.

Kassab vistoriaobras de reformado EstádioMunicipal Mie NishiO prefeito de São Paulo vis-toriou no último dia 26, asobras de reforma do EstádioMunicipal de Beisebol MieNishi e de implantação dasnovas unidades no CentroEsportivo e Cultural Brasil-Japão. Localizado no BomRetiro, região central da Ci-dade, a área possibilita a prá-tica de esportes como o bei-sebol, softbol, gatebol e osumô. A reforma teve inícioem 2008, ano do centenáriodo início da imigração japo-nesa ao Brasil. “Estivemosaqui no início da gestão.—–––––––––––—–| pág 06

Projeto visaimplantar aulas deGo em escolas deSão PauloImplantar aulas de Go em es-colas da rede pública e parti-cular da cidade de São Pau-lo, núcleos (clubes) e futura-mente do estado, além demostrar a eficiência destejogo milenar na disciplina, agi-lidade mental e educação dosalunos, é o objetivo do ins-trutor de Go e xadrez, Rodri-go Scimini Gibba, que luta di-ariamente para concretizar oseu projeto. Ele tem apresen-tado a proposta pessoalmen-te ou por e-mail, em quasetodas as escolas da capitalpaulista.—–––––––––––—–| pág 07

13º Festival do Japão destaca a arte dasprovíncias e espera 170 mil visitantes

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2 JORNAL NIPPAK São Paulo, 08 a 14 de julho de 2010

EDITORA JORNALÍSTICAUNIÃO NIKKEI LTDA.

CNPJ 02.403.960/0001-28

Rua da Glória, 332 - LiberdadeCEP 01510-000 - São Paulo - SP

Tel. (11) 3208-3977

Fax (11) 3208-5521

Publicidade:Tel. (11) 3208-3977Fax (11) 3341-6476

[email protected]

Diretor-Presidente: Raul TakakiDiretor Responsável: Daniel Takaki

Jornalista Responsável: Takao Miyagui (Mtb. 15.167)Redator Chefe: Aldo Shiguti

Redação: Afonso José de SousaColaboradores: Erika Tamura Sumida, Jorge Nagao,

Kuniei Kaneko (Registro),Shigueyuki Yoshikuni (Lins), Célia Kataoka (Campinas),

Paulo Maeda (Paraná) e Osmar Maeda (Zona Norte)Periodicidade: semanal

Assinatura semestral: R$ 60,[email protected]

MIE NISHI – O prefeito de São Paulo, Gil-berto Kassab (DEM), esteve no Estádio Muni-cipal Mie Nishi, no bairro do Bom Retiro, nodia 26 de junho, para uma vistoria técnica. Oestádio foi reformado e ampliado, e agora oespaço conta com um grande campo de beise-bol, um campo de softbol, dois campos degatebol – há outros em construção, além deum ginásio com arena de sumô. Para Kassab,as obras do estádio foram fundamentais para apreservação e divulgação desses esportes. Leiamais na página 6. Fotos: Luci Júdice Yizima

SUKIYAKI DO BEM –Cerca de 350 pessoas partici-param do Sukiyaki do Bem,evento organizado pelo Atelierde cerâmica Hideko Honmaem parceria com o hotel GrandHyatt São Paulo, no dia 4 dejunho. Os chefs Tsuyoshi Mu-rakami (Kinoshita), Alex Atala(D.O.M. e Dalva & Dito) eAdriano Kanashiro (Kinu) pre-pararam releituras do sukiyaki,prato de origem japonesa queleva legumes, carnes, molhose outros ingredientes. O chefLaurent Grolleau (Grand HyattSão Paulo) preparou a sobre-

mesa. Na entrada, os convida-dos receberam um pedaço debarro que amassavam com osdedos e depois trocavam poruma das peças em exposiçãocriadas por ceramistas doAtelier Hideko Honma. Comesses pedaços de barro, serámontada uma escultura a serexposta em breve na institui-ção Ikoi no Sono. Estiverampresentes o cônsul geral adjun-to do Japão em São Paulo,Masahiko Kobayashi, o depu-tado federal Walter Ihoshi(DEM-SP), o presidente doBunkyo (Sociedade Brasileira

de Cultura Japonesa e de As-sistência Social), Kihatiro Kitae o presidente da Associaçãopara Comemoração do Cente-nário da Imigração Japonesano Brasil, Kokei Uehara, en-tre outros. Todo o valor arre-cadado na venda dos convitesfoi revertido para a Assistên-cia Social Dom José Gaspar,mantenedora do Ikoi no Sono,instituição que cuida de idososjaponeses e para a AssociaçãoTravessia, que oferece educa-ção especial a crianças comdificuldades de aprendizagem.Fotos: Luci Júdice Yizima

4ª SEMANA DA CULTURAJAPONESA – No dia 27 de ju-nho foi realizada no salão do Bun-kyo de Registro, a cerimônia deabertura da 4ª Semana da Cultu-ra Japonesa com a Cerimônia doChá organizada pelo mestreYoshimitsu Matsuto e membrosdo seu departamento. Estiverama prefeita de Registro, SandraKennedy Viana, o presidente doBunkyo, Kuniei Kaneko e o co-ordenador da 15ª Festa do Sushi,Satoru Sassaki.

MARIKO NAKAHIRA NA NAGUISA –A Associação Naguisa promoveu um showbneficente no último dia 25, em sua sede, noJabaquara (Zona Sul de São Paulo), com apresença da cantora japonesa Mariko Naka-hira. Na ocasião, Eiji Denda, presidente da en-tidade, indicou o nome de Mariko Nakahirapara sócia honorária da associação, pela sualonga dedicação, desde 2006, às causas daNaguisa, principalmente nas ações sociais.

Eiji Denda apresentando e indicando o nomeda Mariko para sócia honorária da Naguisa.

Recuperação: Mariko Nakahira emocionada efeliz com a sua recuperação.

Dueto: Apresentação da Mariko com Edson Saito Show: Irradiando alegria e bom humor à platéia.

BAILE DA GRANDE SÃOPAULO – 17 Clubes e Asso-ciações (Vila Carrão, Casa Ver-de, Guarulhos, Imirim, Girassol,Itaim Paulista, Mogi das Cru-zes, Sakura Aiko Kai, Santana,Sto Amaro, São Bernardo doCampo, Tucuruvi, Vila Galvão,Vila Matilde, Vila Nova Cacho-

eirinha, São Caetano do Sul,Vila Prudente), se uniram edesta união, surgiu uma Comis-são das Associações da Gran-de São Paulo – Presidida porMasaki Mori que promoveramno dia 3 de julho o 2º BaileBeneficente da Grande SãoPaulo. O evento foi realizado

na sede social da Acrec e con-tou com a presença de aproxi-madamente 350 pessoas. Arenda líquida foi revertida paraas entidades - Creche Giras-sol Sociedade Benemérito As-sistência a Carente e Socieda-de Beneficente Casa da Espe-rança – Kibo-No-Iê

Público presente no evento Dina Utida, Atílio Yugue e Midori Yamaguti

Mirian Okada, Lucia Nishizaki, Tereza Aoki, CeliaYshii, Keiko Okada e Mitsue Ikemori

Oswaldo Yendo, Mario Suga, Ana Sachiko Wada,Junji Ikemori , Luzia Mukai e Masaki Mori

14ª FESTA DAS CEREJEIRAS – O de-putado federal Walter Ihoshi (DEM/SP) es-teve no Centro Esportivo Kokushikan Daiga-ku, em São Roque, no dia 26 de junho paraprestigiar a 14ª Festa das Cerejeiras Bunkyos(Sakura Matsuri), no dia 26 de junho, “umadas festas mais bonitas do Estado de São Pau-lo”, segundo o deputado. E para ajudar na am-pliação e propagação do evento, Ihoshi indi-cou R$ 50 mil de sua emenda parlamentar,valor empenhado há duas semanas pelo Mi-nistério do Turismo.

Deputado Ihoshi e presidente do Bunkyo –Kihatiro Kita – visitam as barracas típicas da festa

Deputado Ihoshi reencontra amigos na 14ª Festadas Cerejeiras

Autoridades após participar da cerimônia do chá

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São Paulo, 08 a 14 de julho de 2010 JORNAL NIPPAK 3

COMUNIDADE/IMIGRAÇÃO

Guatapará comemora 48 anos dachegada dos pioneiros na região

COLUNA DA ERIKA SUMIDA

Hoje não vou falar de cri-se econômica, nem de dificul-dades dos brasileiros aqui noJapão, hoje vou falar comoencaro o trabalho aqui do ou-tro lado do mundo.Trabalhonuma fábrica de chip paraconexão de internet, sou aúnica brasileira, e sou muitorespeitada ali, todos me tra-tam muito bem. Mas em mi-nha opinião, o meu diferenci-al está na maneira em comoeu trabalho. Eu sou feliz nomeu emprego, encaro meutrabalho com muitafelicidade.E lendo um artigoem uma revista percebi queestou no caminho certo da re-alização profissional. E nãotem nada relacionado a di-nheiro não, o dinheiro apare-ce como consequência do re-conhecimento da capacidadeprofissional de cada um. Vitambém que ser feliz no tra-balho é, antes de mais nada,uma escolha puramente pes-soal.

Sei o quanto é difícil e des-gastante o serviço de fábricaaqui no Japão, com carga ho-rária puxada, muitas vezesestressante e com um ambi-ente de trabalho péssimo. Seique muitos trabalham no au-tomático, sem motivação, semuma meta, como se fossemrobôs.Mas eu não. Eu traba-lho motivada. No início do dia,já faço uma meta para o fimdo dia e planejo cada minutodo meu tempo dentro da fá-brica. Tenho uma agenda co-migo, aonde vou anotandotudo, exatamente tudo! Equando meu chefe entrou naminha sala e viu em cima daminha mesa essa agenda,pediu para que eu traduzisseo que escrevi, e contei nosmínimos detalhes o que es-crevi. Tudo calculado de horaem hora, até as ordens queele me falava, estava tudo lá.Ele ficou admirado com aquiloe agora todos fazem a mes-ma coisa, por sugestãodele.Um serviço ruim, umchefe ruim e um ambiente detrabalho ruim não nos fazeminfelizes, mas sim a nossa ati-tude com relação a tudo isso!Se o serviço é ruim, mas bus-camos pela felicidade, pode-mos reverter a situação sim!Por que não?Infelicidade notrabalho causa cansaço,estresse e negatividade.

Ser feliz no trabalho nosaumenta a energia, a motiva-ção, a criatividade e conse-quentemente o sucessovem.E é disso que estamosprecisando! E se alguém vierme falar que hoje em dia não

está sendo fácil, o fantasmado desemprego está rondan-do todos, eu respondo quetudo bem, mas eu escolhi serfeliz no meu serviço! E se umdia vier a ser demitida, tenhocerteza de que fiz a minhaparte, pois o negativismo e opessimismo não vão ajudar amelhorar a situação. E umaatitude negativa dentro dafábrica fará com que o tra-balho renda menos e isso,certamente, pulará aos olhosdo chefe, e a cara amarradae um discurso pessimista nãoabrem portas a ninguém.Conclusão: uma atitude felizsó trará benefícios!Na outrafábrica em que trabalhei, o di-retor-geral sempre passavapela minha seção de manhã.Quando eu pedi demissão, eleme explicou por que faziaquestão de ir todas as manhãsali no meu setor: era pra mever trabalhar, porque eu fa-zia serviço de três pessoas,corria de um lado para o ou-tro, com o celular na mão,tomando várias providênciasao mesmo tempo, mas nuncaestava estressada, nunca dei-xei de cumprimentar ninguém,e dava meu bom dia para to-dos.

Do mesmo jeito que fala-va com os chefes, falavatambém com os outros fun-cionários da linha. E ele meperguntou como eu conseguiaser assim, e eu respondi:“Simples, eu gosto do que eufaço, e estou trabalhandofeliz!”Soube que, depois quesaí, ele fez uma reunião e fa-lou sobre a importância dafelicidade no trabalho.Podeparecer besteira, mas a qua-lidade de vida melhora muitoe a melhor maneira de tornar-se feliz no trabalho é fazeroutras pessoas felizes tam-bém. É aí que entra a com-petência profissional, pois osjaponeses são frios, e só tedão valor quando realmentevocê prova que tem um dife-rencial, e a felicidade é con-tagiosa, não adianta só euestar feliz, quero compartilharcom todos a minhafelicidade!E vamos fazer dafelicidade a nossa meta para2009? Vamos começar o anopositivo! E encarar o traba-lho com uma gotinha de amorpor ele, sem deixar o profis-sionalismo de lado, concilian-do os dois na dose certa!

*Erika Sumida é natural de Ara-çatuba (SP) e há 12 anos morano Japão, onde trabalha com de-senvolvimento de criação. E-mail: [email protected]

Felicidade no trabalho

E R R A T A

Por erro de digitação, na matéria “Neta de imigrantes do RyojunMaru, Amélia Yano prepara homenagem às famílias dos pioneiros”(à página 3 da edição anterior), no quadro de passageiros, constaProvíncia Saitama quando o correto é PROVÍNCIA DE SAGA, sen-do que os nomes dos imigrantes permanecem inalterados.Província de Saitama

FUJIIE / FUJIKA, KISAKUFUJIIE / FUJIKA, KOICHIFUJIIE / FUJIKA, SAKUIKEDA, ICHITARO / KAZUTAROIKEDA, KICHITARO /YOSHITAROIKEDA, MITSUNOIKEDA, TOMOIKEDA, YASUTAROKAIBARA, GISHICHIKAIBARA, KUMAZOKAIBARA, MASHIKAIBARA, WAIMAEYAMA, MAMPEIMAEYAMA, TERUOMAEYAMA, YONESAKUMAEYAMA, YUMIMAHO / MAGANE /MAZUTSUMI, RYUICHIMAHO / MAGANE /MAZUTSUMI, SAWANAKAMURA, MURANAKAMURA, WAINAKAMURA, YONESUKE

NAKANISHI, KIMMA / KANEMANAKANISHI, TANENAKANISHI, TEIROKU /SADAROKUNONAKA, IMANONAKA, KENJIRONONAKA, SAKAENONAKA, SHIMAOZAKI, SACHIYO / YUKICHIYOOZAKI, SHIOOZAKI, TORASABUROSAKAI, KAZUICHI / WAICHISAKAMOTO, KATSUSAKAMOTO, SHUNICHI /TOSHIICHI / TOSHIKAZUSHIDOKORO / SHITSUSHO,DENGOSHIDOKORO / SHITSUSHO,DENKICHISHIDOKORO / SHITSUSHO,DENROKUSHIDOKORO / SHITSUSHO, TAMASHIDOKORO / SHITSUSHO,TOMETASHIRO, TATSUMA

TASHIRO, TORAICHITASHIRO, TSUNATERADA, HIDEYOSHI /SHUKICHI / HIDEKICHITERADA, YONETERADA, YOSHIOTSURU, TATSUJIYAMADA, SHINAYAMADA, WASHICHI /KAZUSHICHIYAMAGUCHI, GENKUROYAMAGUCHI, HANICHI /NORIKAZUYAMAGUCHI, ICHIROYAMAGUCHI, KICHIZABURO /YOSHISABUROYAMAGUCHI, KIYOSHIYAMAGUCHI, MAKIYAMAGUCHI, MINOSUKE /JITSUNOSUKEYAMAGUCHI, SAMIYAMAGUCHI, SANNOSUKEYAMAGUCHI, SHICHIYAMAGUCHI, TOYOSABUROYAMAGUCHI, YOSHI

O presidente do Bunkyo, Kihatiro Kita, discursa durante cerimônia dos 48 anos da chegada dos pioneiros

JORNAL NIPPAK

Berço da imigração japo-nesa no Brasil, a comu-nidade japonesa e des-

cendentes nipo-brasileiros mo-radora na Colônia de Mombu-ca, localizada a dez quilômetrosde Guatapará (313 quilômetrosde São Paulo), comemorou nosdias 4 e 5 de julho, duas impor-tantes datas: o 48º aniversárioda chegada dos imigrantes naregião e a festa da colheita dosagricultores locais. Para issotrês eventos realizados marca-ram as festividades: uma missano Cemitério Mombuca emmemória aos imigrantes faleci-dos; cerimônia de recepção àsautoridades no clube da Asso-ciação Agro Cultural e Esporti-va (A.A.C.E.) de Guatapará euma exposição de hortifruti-granjeiros e artesanato organi-zada na quadra de esportes daentidade.

A novidade nas festividadesdeste ano foi à presença espe-cial e ilustre da presidente daEscola de Corte e Costura naProvíncia de Hiroshima (Ja-pão), Keiko Koide, que estavaacompanhada da sua neta,Shisa Shiino. Keiko Koide é fi-lha de uma precursora da colô-nia, Hiseko Koide que chegouà cidade a partir de 1912. Du-rante os dois dias de festa fo-ram preparadas várias atraçõesartísticas e culturais na sede doclube, com apresentações deKoto com o Grupo Seiha; ka-raokê com Caio Suzuki de Ati-baia; e instrumental de KaitoBando de Taubaté. Bem comoartes variadas de Ichiro Oikadodo Japão; dança Kyôfujimaryude Campinas; karaokê comFusako Hara, Paulo Tsukada,Chizu Takito e Sandra Higaki,também de Campinas; dançaFujin-kai de Guatapará; entreoutros.

O acontecimento contoucom a participação de váriasautoridades como o Cônsul-geral do Japão em São Paulo,Kazuaki Obe e a consulesaEiko Obe; o prefeito deGuatapará, Samir R. Souto(PSDB) e a primeira-dama dacidade, Edilene Lemos Souto;o representante chefe daJapan International Coopera-tion Agency (JICA) no Brasil,Katsuhiko Haga; o presidenteda Sociedade Brasileira deCultura Japonesa e de Assis-tência Social (Bunkyo), Kiha-tiro Kita; o presidente da Pas-toral Nipo-Brasileira, padreIsao Aoki; o presidente daA.A.C.E. de Guatapará, JunKawakami e o vice-presiden-te, Kizuki Nitta, entre outras.

Na Colônia de Mombuca,as terras nas mãos das atuais130 famílias (800 descendentesde japoneses – a maioria agri-cultores), habitantes, trabalhamárdua e diariamente, renovan-do as tradições, produzindo detudo e recebendo os visitantescom um sorriso. Os bastidoresda cozinha da festa tambémcontaram com uma grandeequipe que preparou vários pra-tos típicos da culinária japone-sa com sabores tradicionaiscomo o yakisoba, sushi, sashi-mi, guioza, legumes, saladas,shitake, tempurá, entre outros.

Cerimônia – Na solenidadeoficial promovida no clube daassociação, o cônsul KazuakiObe disse que Guatapará é umponto de partida para a imigra-ção dos imigrantes japonesesque chegaram à região. “So-bretudo é símbolo de amizade

entre o Brasil e o Japão e mar-co dos primeiros pioneiros quecultivaram e lutaram com bra-vura, por isso o lugar é muitoimportante”, destacou. O côn-sul falou também estar certodo desenvolvimento da comu-nidade de Guatapará. KihatiroKita por sua vez cumprimen-tou os inúmeros pioneiros quepagaram com a vida o cresci-mento da colônia e agradeceuos cidadãos do município quemarcou história ao receber osimigrantes do pós-guerra.

“Este é o melhor momentopara ressaltar o espírito de lutada comunidade da cidade”,destacou.

O Prefeito Samir Souto afir-mou que infelizmente o povobrasileiro não aprendeu a culti-var a disciplina do povo japo-nês, se cultivasse o brasileiroseria melhor. Segundo ele acomemoração para a cidade émuito importante porque a cul-tura japonesa está inserida emGuatapará antes mesmo dela setornar município. “A cultura é

subaproveitada até hoje, nossomunicípio tem apenas 16 anosde emancipação e a cidade ain-da não aprendeu a utilizar amaravilhosa cultura japonesaem benefício próprio”, ressal-tou. “Guatapará em razão dacultura e da colônia japonesainstalada na região, faz parte dahistória do Brasil e do Japão,porque recebemos a primeiraleva de imigrantes japonesesque vieram para o país noKasato Maru, enfim a impor-tância é enorme para o municí-pio”, completa.

De acordo com SamirSouto a prefeitura dirige vári-as ações em parceria com asassociações do bairro, realizan-do a manutenção das estradase ruas rurais que ligam estra-das importantes; a construçãode uma praça com arquiteturajaponesa que se transformaránum símbolo da união Brasil/Japão com recursos do gover-no federal; entre outras parce-rias que deverão ser feitas como intuito de sedimentar a união.

“Tenho aproximado a pre-feitura com o bairro Mombu-ca, investindo em obras. Va-mos trazer o projeto JovemAprendiz para a colônia japo-nesa com algo a mais (emGuatapará no período em queele está na escola aprende ar-tes, pintura, música, literatura,matemática, xadrez), com algoa mais. Pretendemos que umprofessor daqui dê aulas nes-se projeto para ensinar a cul-tura japonesa para os alunos,uma vez que aqui moram tan-to descendentes, como brasi-leiros também. Entendemosque precisamos sedimentar acultura japonesa entre os bra-sileiros”, afirma.

(Afonso José de Sousa)Keiko Koide, filha da precursora da colônia, Hiseko Koide

O vice-presidente daA.A.C.E. de Guatapará, KizukiNitta revelou que o diferencialda festa da Colônia Mombucacom relação às outras é a festada colheita, bem como defendeua importância do evento paramanter a tradição japonesa naregião, aonde chegaram os pri-meiros imigrantes. A novidadeda festa deste ano foi a vinda dafilha de uma precursora que fi-cou quase dez anos na colônia,Keiko Koide, que após aprenderbordado e crochê com uma imi-grante italiana, voltou para o Ja-pão e abriu uma escola de moda.

Kizuki Nitta esclarece que ascomemorações geralmente sãorealizadas durante dois dias, sá-bado quando acontece à cerimô-nia e domingo, dia em que a mai-oria dos visitantes comparece.Hoje a associação possui 100 fa-mílias efetivas e mais 70 não efe-

tivas – filhos ou parentes que mo-ravam e saíram da colônia, masagem como se fossem associados.“Aqui todos que vieram do Japãosão sócios, não precisa falar queeles já se sentem associados”,explica.

Além da festa de aniversáriode imigração a associação realizaoutros eventos como a festa shi-nenkai de confraternização deano novo no dia 1º de janeiro; afesta Seindjinshiki em homena-gem as pessoas que completam20 anos; baile de Carnaval paraos jovens; Undokai; Keirokai emsetembro em homenagem aos ido-sos com mais de 70 anos; bomodori na época dos finados; oKohaku Utagassem no fim de anoe o Bonenkai entre a diretoria.

Há 26 anos como membro dadiretoria da associação o vice-presidente Kizuki Nitta tomouposse quando tinha 33 anos de

idade, e desde então lembra dasconquistas da diretoria como te-lefone, poço artesiano, etc. “Nocomeço não tinha ajuda da pre-feitura, Ribeirão Preto quase nãoajudava, depois é que a prefei-tura de Guatapará começou a aju-dar, batalhamos muito”, garan-te.

O dirigente confirma que aprefeitura tem ajudado na infraestrutura, como na zona rural dacolônia consertando estradas, eatualmente na construção deuma praça estilo japonês. Per-guntado sobre o significado davisita do ex-primeiro Ministro,Junichiro Koizumi, em 2004 nacolônia, ele disse que “signifi-cou muito, até hoje eu lembro,naquele tempo as pessoas deidade agarraram o Koizumi, eleestava de paletó azul claro, eparece que sujou. Foi muito gra-tificante a visita”, finalizou.

Associação mantém as tradições japonesas

MIssa contou com presença do cônsul e do prefeito de Guatapará

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4 JORNAL NIPPAK São Paulo, 08 a 14 de julho de 2010

Assembleia Legislativa de SP inaugura auditórioem homenagem ao deputado Paulo Kobayashi

COMUNIDADE/HOMENAGEM

Osaudoso deputadoPaulo Kobayashi (inmemoriam) foi home-

nageado no dia 30 de junho(quarta-feira) pela AssembléiaLegislativa de São Paulo, ondeseu nome foi atribuído a umauditório instalado no térreo doedifício anexo do Palácio 9 deJulho. Várias autoridades par-ticiparam da cerimônia na oca-sião como o Cônsul-geral doJapão em São Paulo, KazuakiObe; o deputado federalWilliam Woo (PPS/SP); osdeputados estaduais BarrosMunhoz (PSDB), CarlinhosAlmeida (PT), e Conte Lopes(PTB); entre outras. O nomedo ex-parlamentar nikkei fale-cido no dia 26 de abril de 2005foi incluído no projeto de reso-lução 38/2009, por iniciativa dodeputado Barros Munhoz eaprovado no dia 5 de maio peloplenário daquela casa parla-mentar.

A cerimônia foi aberta pelopresidente da Assembléia edeputado Barros Munhoz, sen-do que em seguida foi apre-sentado um vídeo no qual polí-ticos que conviveram com oex-deputado prestaram depoi-mentos relembrando a trajetó-ria de Paulo Kobayashi comoprofessor, vereador, deputadoestadual e federal. Todos co-mentaram a competência pro-fissional, a dedicação e o em-penho do saudoso parlamentar,que presidiu a Assembléia en-tre março de 1997 e março de1998. O ex-deputado foi o pri-meiro nissei a ocupar a presi-dência dos poderes legislativosmunicipal e estadual.

O filho de Paulo Kobaya-shi, Victor Kobayashi, frisouque é uma grande homena-gem colocar o nome do seupai em um dos principais au-ditórios da casa de leis e maiorAssembléia Legislativa dopaís, em honra do deputadoPaulo Kobayashi. “Para nósé uma honra enorme não sópara nós da família e satisfa-ção participar da homenagemno dia que ele completaria 65

Um índice de aprovação de86% nos dois mandatos comoprefeito de Mogi das Cruzesencerrados em novembro de2008 foi um dos principais mo-tivos que levou o empresário daárea rural, Junji Abe (DEM), aconcretizar o desejo de dispu-tar uma vaga de deputado fe-deral na Câmara dos Deputa-dos em Brasília, nas próximaseleições deste ano. Outra ra-zão que incentivou ele a sercandidato oficial do Democra-tas após a convenção realiza-da há cerca de dez dias, foi oconvite que recebeu do prefei-to Gilberto Kassab (DEM) pararetornar para o Democratas em2009, bem como o prestígio quetem no partido.

Ao fazer um panorama daseleições 2010 Junji Abe afirmouque entre os candidatos a pre-sidente, apesar da gangorraentre a Ministra Dilma Roussef(Casa Civil) e o ex-governadorJosé Serra (PSDB), ele é par-tidário da candidatura do tuca-no. “Vejo nele muito mais com-petência e experiência paraconduzir o destino da pátria,servindo o povo brasileiro. Res-peito a biografia da DilmaRoussef, mas falamos da figu-ra do presidente da Repúblicaque precisa ser uma pessoacom estrutura de conhecimen-tos para enfrentar globalização,e melhorar a vida da popula-ção”, destaca.

De acordo com o empre-sário as últimas pesquisasapontavam Dilma Roussef

nikkei avaliou que, de acordocom informações das cúpulaspartidárias da coligação, a vo-tação mínima necessária paradeputado federal estaria nacasa aproximada dos 120 milvotos e para estadual na casados 80 mil votos.

“É um pouco prematuroprever os votos que posso con-quistar porque tudo é parte deum grande processo de traba-lho, mas acredito que essa ta-refa que se inicia a partir do dia5 de julho com o início da cam-panha conforme legislação elei-toral, teremos condições deuma vitória garantida. Porémcomo a eleição é só para apu-ração, no meu pensamento edos meus correligionários e sim-patizantes, em momento algumpassa a hipótese de que já es-tamos eleitos, pelo contrário,estamos como se estivéssemosno plano zero, trabalhando in-cansavelmente”, destaca.

Projeto – Durante a campa-nha eleitoral Junji Abe divulgaráuma mensagem com algumasbandeiras (projetos) para ser-vir a pátria como diz. Ele pre-tende trabalhar para fortalecera educação com a ampliaçãoobrigatória do período integralpara sete a oito horas na es-cola para os jovens; direciona-mento de jovens de 14 a 16anos para o ensino pedagógi-co, escolas profissionalizantese ao espírito da religiosidade.Também lutará para baixar osjuros e impostos para as pe-

quenas e médias empresas dequalquer atividade econômica;e amparo maior para as peque-nas e médias empresas ou pro-dutores de verduras, legumes,frutas, flores, plantas ornamen-tais e pequenas granjas de avesou animais. “A nossa grandepreocupação são os nossos jo-vens se formarem com espíri-to de cidadania, de amor à pá-tria e concorrendo no merca-do de trabalho com chinês, ja-ponês, francês, italiano, espa-nhol, porque o mundo está glo-balizado”, ressalta.

Segundo o empresário oDemocratas estabeleceu algu-mas divisões importantes comisso recebeu a responsabilida-de e ser o único candidato adeputado federal para represen-tar os dez municípios do AltoTietê, 41 municípios do Vale doParaíba, e de 51 cidades, des-de Ferraz de Vasconcelos àBananal (divisa do Rio de Ja-neiro), até cidades da Serra daMantiqueira e do Litoral Nor-

te. “É com muita honra e ale-gria que recebi essa incumbên-cia e quero dignamente traba-lhar com responsabilidade, sereleito e representar esses mu-nicípios”, afirma.

“Pela minha vivência, co-nhecimentos e aprendizado aolongo dos anos, cada vez maisme convenço que, não temuma terra tão generosa comoa brasileira. Cabe a nós, ho-mens públicos, sermos dignosrepresentantes do povo, sou afavor do projeto Ficha Limpa,que me faz lembrar que ele sóaconteceu porque o povo quis.Lamentavelmente essa inicia-tiva que era dos parlamenta-res, não moveram uma palhapara que o projeto chegasseaonde chegou. Cabe a popu-lação exercer uma fiscalizaçãorigorosa de todos aqueles quese elegeram, para que os mausbrasileiros sejam cada vezmais depurados da classe po-lítica, caso contrário os bonspagam pelos maus”, finaliza.

ELEIÇÕES 2010

Junji Abe aposta na trajetória vencedora em sua campanha eleitoral para deputado federal

com 5% acima de José Serra,com 40.35%, número esse quenão o preocupa porque a fasepara que a campanha chegueàs casas dos brasileiros come-ça com o mecanismo da tele-visão. “Por mais que as pes-quisas indiquem o caminhomais favorável para um oupara outro e vice-versa, acre-dito que será por volta do dia20 de agosto que haverá umdirecionamento daquele quepoderá ser o (a) presidente. OJosé Serra é o meu amigo par-ticular, mas o meu candidato,homem com simbologia de es-tadista que deve confirmar vi-tória no primeiro turno é o Ge-raldo Alckmin”, prevê.

Com relação a disputa comoutros candidatos nikkeis a re-eleição para deputado federalcomo Walter Ihoshi (DEM/SP)

e William Woo (PPS/SP), JunjiAbe entende que no Brasil eem São Paulo com mais 40milhões de habitantes, os dois“companheiros” nikkeis e ou-tros concorrentes terão o ca-rinho da população, podendorealizar o objetivo de conquis-tar uma cadeira na CâmaraFederal, contanto que tenhamserviços prestados e imagemde credibilidade diante da opi-nião pública, bem como capa-cidade de trabalho.

Pertencente ao DEM JunjiAbe disputará as eleições emuma coligação com o PSDB eo PPS; segundo ele serão 140aspirantes ao cargo de deputa-do federal independente de se-rem candidatos de primeira vi-agem ou a reeleição. Quanto aquantidade de votos necessári-os para se eleger o empresário

JORNAL NIPPAK

Junji Abe, que disputa uma vaga de deputado federal pelo DEM

anos. Conversei com muitosamigos, compatriotas, corre-ligionários e colegas, que tam-bém para eles é uma honra terum auditório na Assembléiacom o nome Paulo Kobaya-shi”, salienta.

Emocionado, Victor Koba-yashi revelou que a homena-gem foi uma boa surpresa. Elelembrou que desde a época doentão presidente Rodrigo Gar-cia, este já comentava que fa-

ria a homenagem e agora Bar-ros Munhoz com a mesa dire-tora consolidou e efetivou ahomenagem. “Foi uma grandehonra, eu estava com todo odiscurso pronto, imaginei quenão ia me emocionar tanto.Sempre quando a gente lem-bra já fiquei emocionado como vídeo que a casa fez, não ti-nha visto antes. É uma home-nagem que considero para acomunidade nipo-brasileira que

sentir-se-á homenageada deter um representante, que nãosó foi presidente da Assem-bléia, mas um dos poucos ho-menageados permanentemen-te pela casa”, garante.

Repercussão – Para o depu-tado Barros Munhoz a home-nagem tem uma importânciamuito grande porque PauloKobayashi foi um grande de-putado, cidadão e representan-te da colônia japonesa no par-lamento, na vida política doBrasil e sobretudo um grandepresidente da Assembléia Le-gislativa de São Paulo. “É umahomenagem justa, a quem tra-balha, era alegre, solidário, foium ser humano extraordinário,um grande político e parlamen-tar”, destaca ele ao falar dajusta escolha do nome de PauloKobayashi para batizar o novoauditório da casa e desejousucesso a Victor Kobayashi nacondução do instituto que levao nome do ex-deputado.

O deputado William Woo

JORNAL NIPPAK

A família Kobayashi: homenagem no dia em que o saudoso deputado completaria 65 anos de vida

O cônsul Kazuaki Obe, Victor Kobayashi e Ie Kobayashi

ressaltou que Paulo Kobaya-shi sempre foi um líder e prin-cipalmente na arte de fazerpolítica no parlamento, comovereador foi presidente daCâmara Municipal de São Pau-lo (maior legislativo municipalda América Latina); como de-putado estadual foi presidenteda Assembléia Legislativa ecomo deputado federal, foicoordenador e líder da banca-da dos deputados federais deSão Paulo. “Isso mostrava aarte que o Paulo Kobayashi ti-nha de sempre reunir diferen-tes opiniões para chegar a umamelhor representação do Par-lamento brasileiro. Essa justahomenagem aprovada por to-dos os deputados estaduais

condiz com a saudosa vidapública de Paulo Kobayashi”,afirma.

A viúva de Paulo Kobaya-shi, Ie Kheng Kho Kobayashi,marcou presença no evento,onde para ela a homenagem foium reconhecimento muito gra-tificante que teve o esforço detodos os colegas da casa e doex-parlamentar. “Foi muitogratificante e emocionante queele e seu trabalho foram reco-nhecidos. Eu não esperava ahomenagem, foi uma surpre-sa. Quando eles mandaram oDiário Oficial do Estado comu-nicando que foi aprovada ahomenagem, eu fiquei muitoemocionada”, atesta.

(Afonso José de Sousa)

Paulo Seiti Kobayashinasceu em Ribeirão Pires(SP), no dia 30 de junho de1945. Era filho do imigran-te japonês Shigueo Kobaya-shi e da nissei Sumiyo Ko-bayashi. Lecionou no Cur-so Objetivo por 20 anos,onde coordenou o curso deGeografia. Em 1974, foieleito deputado estadualpela então Arena, onde fezparte do Grupo de Vanguar-da, dissidente do governomilitar, liderado pelo entãosenador Teotônio Vilela. Em1982, foi novamente eleitodeputado estadual peloPMDB. Em 1988, fez partedo grupo de políticos quefundou o PSDB, sendo elei-to por este partido vereador,em 1989 e 1993.

Presidiu a Câmara Mu-nicipal de São Paulo e as-sumiu como deputado esta-dual em 1995. Em 1998 foieleito deputado federal porSão Paulo. Nas eleições de2002 obteve 109.434 votose, após breve período nasuplência, reassumiu a

Paulo Kobayashi,trajetória de conquistas

vaga de deputado federal.Em 2003, foi escolhidocomo coordenador da ban-cada do PSDB paulista.Paulo Kobayashi faleceuem 2005, “deixando lacu-nas na família, no meio edu-cacional, na política pau-lista e nacional e, especi-almente, na casa onde eraamado igualmente por par-lamentares e servidores”segundo a justificativa doprojeto.

Paulo Kobayashi

REPRODUÇÃO

MISSA DE 7º DIA

A família de

MINOR YASUDAAgradece as manifestações de carinho e convida paren-tes e amigos para a Missa do 7º Dia será realizada nodia 13 (terça-feira), às 19h30, na Igreja São Franciscode Assis (Rua Borges Lagoa, 1209 – Vila Mariana).

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São Paulo, 08 a 14 de julho de 2010 JORNAL NIPPAK 5

Paulistano tem até domingo paraeleger o “Melhor Pastel de Feira”

SÃO PAULO 1

O governo japonês decidiuconceder financiamento de 19bilhões e 169 milhões de ienes,cerca de R$ 360 milhões, parao projeto Onda Limpa, daSabesp. O programa irá uni-versalizar os índices de coletae tratamento de esgoto na Bai-xada Santista. A decisão foiformalizada no dia 1º de julho,em Brasília, quando foi assina-do acordo, por troca de notas,entre o embaixador do Japãono Brasil, Ken Shimanouchi, eo ministro das Relações Exte-riores, Celso Amorim.

O próximo passo será a ne-gociação entre a Jica (JapanInternational CooperationAgency), órgão ligado ao go-verno japonês, e a Sabesp paraa assinatura do empréstimo. Ofinanciamento terá juros de1,8% ao ano, período de amor-tização de 25 anos e carênciade sete anos.

Com o Onda Limpa, o índi-ce de coleta de esgoto na Bai-xada Santista saltará de 53%

para 95%, com 100% de trata-mento do coletado. O emprés-timo concedido pelo governojaponês garantirá a continuida-de do cronograma de obras,cujo término é previsto para2011. O Onda Limpa inclui, naBaixada Santista, as constru-ções de sete estações de trata-mento de esgoto (ETE’s), duasestações de pré-condiciona-mento (EPC’s), um emissáriosubmarino em Praia Grande ea ampliação de outro em San-tos, 102 estações elevatórios deesgoto, a implantação de maisde 49 km de coletores-tronco,2,2 km de interceptores, 1058km de redes coletoras e a exe-cução de mais de 123 mil liga-ções domiciliares.

O programa permitirá umamelhora considerável na balne-abilidade das praias, benefici-ando 1,6 milhão de moradorese 1,35 milhão de turistas naBaixada Santista. O Onda Lim-pa começou a ser posto emprática em 2007, já projetado

BAIXADA SANTISTA

Governo Japonês concede financiamento deR$ 360 milhões para o programa Onda Limpa

para acompanhar o crescimen-to das cidades e atender por trêsdécadas as populações fixa eflutuante dos nove municípiosda Baixada Santista (Santos,São Vicente, Guarujá, PraiaGrande, Cubatão, Itanhaém,Mongaguá, Peruíbe e Bertio-ga). No total, cerca de R$ 1,4bilhão estão sendo investidos.

Litoral Norte – Além da Bai-xada Santista, a Sabesp exe-cuta o programa Onda Limpano Litoral Norte. Até 2015, acoleta de esgoto na região sal-tará dos atuais 35% para 85%,com 100% de tratamento dovolume coletado. No total, 15ETE’s, uma EPC e um emis-sário submarino em Ilhabela,além de redes e demais insta-lações para coleta de esgotoserão construídos, benefician-do 306 mil habitantes e 280 milturistas de São Sebastião, Ca-raguatatuba, Ilhabela eUbatuba. O investimento é demais de R$ 500 milhões.

ARQUIVO/JORNAL NIPPAK

Em 2009, a vencedora foi a barraca da Maria Yonaha

ASecretaria de Coordenação das Subprefeituras encerra, na pró-

xima semana, a fase de vota-ção popular para eleição do“Melhor Pastel de Feira deSão Paulo”. Até o próximodomingo, 11 de julho, o mora-dor da cidade poderá votar emseu pastel preferido. Mais de230 feiras estão no concursoque distribuirá R$ 11 mil emprêmios aos três primeiros co-locados. O primeiro lugar re-ceberá R$ 8 mil, o segundocolocado ficará com R$ 2 mile o terceiro R$ 1 mil. A finalacontecerá na praça CharlesMiller, em agosto. Em 2009, naprimeira edição do concurso,a vencedora foi a pasteleiraMaria Kuniko Yonaha, de 57anos

O concurso é formado portrês etapas: Votação Popular;Júri Secreto e Final, com votode chefs de cozinha, jornalis-tas, críticos de gastronomia,entre outros. Durante a fase

mento, a higiene das instala-ções e os manipuladores, seusam uniforme e luvas, ecomo manipulam o dinheiro.A higiene dos molhos recebeatenção especial e devem virem embalagens individuais.

Neste ano, a edição vemcom novidades. Os 50 melho-res definidos pelas notas po-pulares serão visitados pelosjuízes à paisana, que farão vi-sitas surpresas para testar aqualidade do alimento, a hi-giene da barraca e o bomatendimento. A consciênciaambiental também será valo-rizada: o feirante que com-provar que faz uma destina-ção correta do óleo de frituraganha bônus na nota.

Além da premiação emdinheiro, os melhores colo-cados de cada região tam-bém ganharão placas deapresentação e certificados.E terão direito a comerci-alizar pastéis na Virada Cul-tural de 2011.

de votação popular os consu-midores darão notas para abarraca e poderão experimen-tar todos os sabores. Na gran-de final, apenas o pastel decarne será analisado.

Os critérios avaliados du-rante a fase de Votação Po-pular, em relação ao pastel,são o recheio e a massa, alémdo sabor. Em relação à bar-raca são avaliados o atendi-

SÃO PAULO 2

Começa a reforma dascalçadas da avenida Liberdade

A avenida Liberdade vaipassar por uma reforma paraganhar calçadas seguras eacessíveis, entre as ruas Álva-res Machado e Pedroso. A Sub-prefeitura Sé começou a trocado piso em toda a extensão davia, que receberá concretomoldado e ladrilho hidráulico em8.630 m², ao longo de 1,2 km.

O diferencial nesta obra éa utilização do ladrilho hidráu-lico, o Samurai (ao lado), queremete à característica do bair-ro oriental. O novo piso daavenida conta com faixas deserviço e livre. A de serviços -que se destina à colocação deárvores, rampas de acesso,poste de iluminação, sinaliza-ção de trânsito e mobiliário ur-bano - será toda em ladrilho.Já a faixa livre, localizada do

lado interno da calçada, é ex-clusiva aos pedestres e será deconcreto, com detalhes em la-drilho Samurai. A obra tam-bém vai privilegiar a acessibi-lidade. A Subprefeitura vai co-locar rampas e piso podotátilem todo o percurso.

“É fundamental que o po-der público cuide do piso des-tas vias conhecidas como es-truturais, por onde circulammuitas pessoas e existe um flu-xo grande de transporte públi-co. Mas para que a cidade fi-que totalmente adequada, cadacidadão tem que cuidar damanutenção e limpeza de suacalçada”, explica o subprefeitoda Sé, Nevoral Bucheroni.

A previsão é de que a obraseja concluída em 6 meses e ocusto será de R$ 1,18 milhão.

DIVULGAÇÃO

Previsão é que as obras sejam concluídas em seis meses

O Consulado Geral do Ja-pão em Curitiba entregou nodia 23 de junho os equipamen-tos para audiologia e diagnós-tico para o Centro Integradode Saúde Auditiva (Cisa). Osaparelhos, entre eles o imitan-ciômetro clínico digital, emis-são otoacústica, audiômetroclínicos, potencial evocado au-ditivo e cabine audiométrica,foram adquiridos com os recur-sos doados pelo Governo Ja-ponês através do convênio fir-mado entre a Apae de Goioerêe o Consulado Geral do Japãoem Curitiba, no valor de US$67,521.00 (cerca de R$127.932,00).

A cerimônia de entrega dosequipamentos foi realizada no

próprio Cisa, com a presençado cônsul geral do Japão emCuritiba, Soichi Sato e do pre-sidente da Apae de Goioerê,Antônio Carlos Sestak; entreoutras autoridades.

Em seu discurso, o presiden-te da Apae agradeceu o gover-no japonês. “Hoje é um dia bas-tante especial, porque estamosdiante de mais uma conquistaque trará muitos benefícios tan-to para os nossos alunos comopara a nossa comunidade e todaa região, pois a partir de agora,podemos todos os exames dis-poníveis e atendemos com pro-fissionais na área neste CentroIntegrado de Saúde Auditivapara diagnosticar e auxiliar cri-anças e adultos que possam ter

CIDADES/GOIOERÊ

Consulado japonês entrega equipamentos àAssociação de Pais e Amigos dos Excepcionais

uma perda auditiva, destacan-do a certeza de melhorar a qua-lidade dos serviços e do atendi-mento”, destacou.

Soichi Sato explicou que adoação foi realizada pelo pro-grama de Assistência a Proje-tos Comunitários (APC) doGoverno Japonês, que promo-ve auxílio no campo socioeco-nômico aos países em desen-volvimento, por meio de açõesnas áreas da educação bási-ca, da capacitação profissional,da saúde e do bem-estar soci-al, cujos recursos provêm dosimpostos pagos pelo povo ja-ponês, desejando estreitar ain-da mais os laços de amizadeentre o Japão e o Brasil atra-vés desta doação.

Pelo sexto ano consecuti-vo, o Bourbon Londrina Busi-ness Hotel ganhou o PrêmioTop Nikkey Londrina 2010 -como a marca mais lembradana mente do consumidor nipo-brasileiro de Londrina e região,na categoria Hotel, dentro dosegmento Turismo e Lazer.

Segundo os organizadores,houve um crescimento de 10%em relação à percepção dosentrevistados, em comparaçãoao ano de 2009, totalizando umíndice de 36,4% na votação afavor do Bourbon Londrina.Para o gerente geral doBourbon Londrina BusinessHotel, Leandro Mosca, essereconhecimento é fruto de umrelacionamento com a comu-nidade nipo-brasileira de lon-ga data. “Londrina respondepela segunda maior comunida-de nikkei do Brasil - isso refle-te num fluxo de 15% de hós-pedes decentes de japonesesem nossa unidade. Temos ocostume de apoiar os eventosculturais e esportivos - traçosmarcantes dos japoneses”, de-talha Mosca.

Segundo o gerente do ho-tel, esse trabalho de qualidadeno atendimento, apoio a proje-

DIVULGAÇÃO

Batida forte dos tambores marcou presença na cerimônia

tos e parcerias tem revertidoem fidelidade dos hóspedes:“Por Londrina ser co-irmã da

cidade Nishinomi-ya, trabalhamosquase que comoum intercâmbio.Por isso, procura-mos caprichar nosdetalhes para tornaro hotel uma exten-são da casa delescomo a oferta depratos típicos e há-bitos culturais pe-culiares. Dispomos,inclusive, de umafuncionária que fala

japonês. Acredito que esseseja o resultado do nosso su-cesso”, explica o gerente.

CIDADES/LONDRINA

Bourbon Londrina recebe prêmio Top NikkeyLondrina 2010 pelo sexto ano consecutivo

Leandro Mosca: Relacionamento antigo

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6 JORNAL NIPPAK São Paulo, 08 a 14 de julho de 2010

Kassab vistoria obras de reformado Estádio Municipal de Beisebol

COMUNIDADE/ESPORTES

Em 1926, após a padroni-zação das regras e fundaçãoda ITTF (International TableTennis Federation), 7 paísesparticiparam do 1º Campeona-to Mundial de Tênis de Mesana Inglaterra, sendo que aHungria sagrou-se campeãcom 5 vitórias e 1 derrota, se-guida da Áustria, Inglaterra,Índia, Pais de Gales, Tchecos-lováquia e a Alemanha, queperdeu todas as partidas.

Daí surgiu a história damodalidade que atualmente éuma das líderes mundiais emnúmero de países filiados, to-talizando 210.

Tornou-se esporte olímpicoem 1988 e desde então reco-nhecido internacionalmentecomo esporte competitivo eprofissional, já que sua imagemsempre foi confundida com opingue-pongue lazer e diver-são, como é o bilhar, totó, fu-tebol de mesa, etc.

Nos Jogos Pan-america-

na mesma posição. A melhorrealmente foi em DortmundGER 1959, (6º lugar) sendoeste único, já que não haviamais países dividindo este pos-to.

No feminino, um 24º lugarem Chiba (Japão), em 1991, foia melhor colocação brasileira,no entanto, em chances reaisde subir para a 1ª divisão foiem Moscou (Rússia) 2010,quando bastava o Brasil (Li-gia, Karin, Mariany e Jessica),vencer uma partida (Turquia)para em 2012, enfrentarem aspotências do esporte: China,Cingapura, Japão, Coréias,Hong Kong, Taipei, etc.

Dos 14 Campeonatos Mun-diais que pude presenciar, comcerteza este foi o mais emoci-onante, não preciso explicar o“porque” !!!!

*Marcos Yamada é consultor emtênis de mesa. E pai da atletaJéssica Yamada

TÊNIS DE MESA 2

Campeonato Mundial de Moscou já entrou para a história

nos, oficialmente desde 1983 -Caracas VEN, o Brasil con-seguiu suas maiores vitórias eglórias com as participações deKano, Hoyama, Thiago e ago-ra Tsuboi (atualmente o melhorbrasileiro no ranking mundial).

Já em Campeonatos Mun-diais, a geração de Biriba,Betinho, Ivan, Dagoberto, con-

seguiu mais sucesso internaci-onalmente.

Registrado na ITTF, o me-lhor resultado por equipes mas-culina do Brasil foi no Mundialde Wembley ENG em 1954(4º lugar), porém, dos 33 paí-ses participantes, França,EUA, Brasil, Romênia e Iu-goslávia foram considerados

MARCOS YAMADA

Lígia, Karin, Lincon Yasuda, Lígia e Jéssica no Mundial de Moscou

Oprefeito de São Paulovistoriou no último dia26, as obras de refor-

ma do Estádio Municipal deBeisebol Mie Nishi e de im-plantação das novas unidadesno Centro Esportivo e Cultu-ral Brasil-Japão. Localizado noBom Retiro, região central daCidade, a área possibilita a prá-tica de esportes como o beise-bol, softbol, gatebol e o sumô.

A reforma teve início em2008, ano do centenário do iní-cio da imigração japonesa aoBrasil. “Estivemos aqui no iní-cio da gestão. As instalaçõesestavam bastante deteriora-das”, observou o prefeito. Asintervenções já realizadas con-ferem melhores condições aosatletas e espectadores. Cercade R$ 10 milhões serão inves-tidos nas obras. A inauguraçãoestá prevista para novembro.

“O Centro Esportivo e Cul-tural Brasil-Japão é um equipa-mento fundamental para que agente possa recuperar a quali-dade das modalidades que sãooferecidas aqui. Além das refor-mas, ele está sendo ampliado. Enós esperamos realmente que,até o final da gestão, tenhamosavançado bastante nesse proje-to”, destacou o prefeito.

Todas as práticas esporti-vas existentes no centro foramremodeladas. Dentre as insta-lações que sofreram interven-

ções estão o sistema de ilumi-nação, toda a parte hidráulica,de vestiários e gradil, além dareestruturação da capacidadede assentos para o público,passando de três mil lugarespara aproximadamente 10 mil.

Existe o plano de constru-ção de mais um campo de bei-sebol e novos espaços polies-portivos. “Mesmo sem o tér-mino das obras, hoje o centro

possui uma estrutura em quese pode caminhar e ficar coma família”, afirmou o secretá-rio municipal de Esportes.

Segundo o diretor do MieNishi, Olívio Sawasato, a procurapelo espaço aumentou com areformulação. “Durante a sema-na, temos a escolinha de beise-bol, com duas aulas semanais efreqüência de 80 alunos”, des-tacou o dirigente, revelando a

intenção de promover o ProjetoClube Escola para as modalida-des da entidade. Também acom-panharam a vistoria o deputadofederal Walter Ihoshi (DEM-SP), subprefeito da Sé, NevoralAlves Bucheroni, os vereadoresUshitaro Kamia e Jooji Hato, eo secretário municipal de espor-tes, Walter Antonio da Rocha.

Veja mais fotos à pág 2(com site da PMSP)

Kassab arrisca uma rebatida: Equipamento fundamental para recuperar as qualidades das modalidades

LUCI JÚDICE YIZIMA

A Liga Nipo-Brasileira deTênis de Mesa realizou no úl-timo dia 3, a 7ª rodada do Cam-peonato por Equipes. Os resul-tados foram os seguintes: KenZen 1x5 Acrepa; Piratininga4x2 Ateme; Nippon 1x5 CasaVerde; Represa 1x5 Palmeiras.

Com estes resultados, aequipe do Piratininga mantevea liderança do grupo A, com17 pontos, e as equipes daAcrepa e do Ken Zen dividemo segundo lugar com 11 pon-tos. No grupo B, as equipes daCasa Verde e Palmeiras divi-dem a liderança 14 pontos; emterceiro lugar, está a equipe daRepresa com 13 pontos.

Segundo Alfredo Ferreira,capitão da Acrepa, os confron-tos foram bastante equilibrados,com partidas também disputa-das, como por exemplo, o con-fronto entre Ken Zen eAcrepa, onde algumas parti-

das tiveram como resultado o3x2, “não traduzindo o resul-tado final”. Ferreira destacoutambém a atleta Bruna Taka-hashi, da categoria pré-mirimfeminino, que atuou em duplamista ao lado de RenatoDomenech, da categoria Ve-teranos, vencendo a partidacontra Joana Santos, da cate-goria Geral feminino e Ricar-do Koga da categoria JuvenilMasculino por 3x0.

A 8ª rodada será disputadano dia 17 de julho, com os se-guintes confrontos: Acrepa xBunkyo, Ateme x Ken Zen,Casa Verde x Acenbo e Pal-meiras x Nippon. A fase finalserá diputada no dia 19 de se-tembro, na Associação Cultu-ral e Esportiva Piratininga.

Mais informações atravésdo e-mail: [email protected], com Ronaldo Mo-rita, coordenador do evento.

TÊNIS DE MESA 1

Equilíbrio marca 7ª Rodadada Liga Nipo por Equipes

COLUNA DO JORGE NAGAO

(JORGE NAGAO)

Obrigado, Dunga. Para-béns por ter chegado até àsQuartas, na sexta. Tudo bemque depois fomos aos quin-tos... Bela campanha: 2x1, napoderosa Coréia do Norte;3x1, na Costa do Marfim;0x0, contra Portugal. En-quanto isso, a campeã Fran-ça dizia au revoir e a tetra-campeã Itália, arrivederci.

Nas Oitavas, no país damúsica Pata-Pata, sem a van-tagem do empata-empata, fo-mos ao mata-mata e sobre-vivemos. 3x0, no simpáticoChile. Outra favorita, a Ingla-terra, said goodbye, SouthAfrica. Mais três vitórias e ohexa é nosso, se iludia o povo.Hexa ou hexacanagem,questão de tempo.

Nas Quartas, chegou a vezda Holanda. Cuidado, dizia aimprensa, ela tem Robben eSneijder. E daí? Nós temosRobinho, Kaká (KK), FelipeMelo e Gilberto Silva. Primei-ro tempo, Felipe “Gerson”Melo lança, Robinho faz 1x0.É nóis! No intervalo, você dásábias instruções e o jogomuda no segundo tempo.Felipe “Oséas” Melo faz umgolaço de cabeça, pena quecontra. 1X1. Felipe mela e obaixinho Sneijder, de cabeça,vira 1X2. Infelipe é expulso.Você olha pro banco e não vêRonaldinho, nem Hernanes,nem Ganso, nem Neymar.Mas tem Nilmar que entra,mas não resolve. O futebol éuma caixinha de surpresas.Nem sempre o pior vence.Sua campanha foi idêntica àdos baladeiros de 2006. Masvocê tem a desculpa daJabulani. E a vuvuzela, então,nem se fala, só se ouve.

Você levou os campeõesda Copa América, de 2008, edas Confederações, em 2009,pra que levar quem está jo-gando bem em 2010? Essahistória de futebol é momen-to é coisa de jornalista cricri.Futebol é para guerreiro, lu-gar de craque é na cracolân-dia. Luiz Fabiano fez dois golsnuma partida, levou uma bron-ca e, obediente, não fez mais

Obrigado, Dunga

nada. O futebol é sério. Es-ses meninos da Vila tem ma-nia de golear. E a ética? Te-mos que respeitar aautoestima do adversário.Suerte nuestra que elesotros,Messi, Maradona y cia. sejuntaram a nosotros e a losparaguaios y dijeron adiós,Cuepa. Mande ela, Mandela,pra outro país. Sem o Brasiiil,a Espanha e a Holanda po-dem levar o caneco pela pri-meira vez. O Uruguai podeser tri e a Alemanha, tetra.Apesar de tudo, todo mundotenta mas só tem um penta.

O futebol agradece tam-bém, Dunga. Você era o caracerto, no lugar certo, na horacerta, para tudo dar errado.Coerente e comprometidocom a Fifa, você levou oscabeças-de-bagre, em vezdos meninos do Peixe, a eraDunga era para o Brasil nãochegar lá. O hexa seria de-mais. O Brasil ficaria super-arrogante. A Copa 2014 per-deria o interesse. Jogando emcasa, favorito pra levar ohepta, o futebol perderia agraça e entraria em decadên-cia. Alguém tinha que fazero serviço sujo. Graças a você,o futebol association continu-ará empolgando as massas.

Obrigado, Dunga. Obriga-do sou a ouvir o Kaká dizerque jogou no sacrifício porqueestava com 60, 70% de suascondições físicas, e você nãolevou um reserva à altura dele.Obrigado a constatar que aprovável expulsão de FelipeMelo, aconteceu. Obrigado aver você xingar o AlexEscobar. Obrigado a ouvir oGalvão Urubueno minimizar oestrago dizendo que só perde-mos uma partida de futebol.Cala a boca, Galvão, não foisó o jogo, perdemos tambémo feriado de terça-feira, dasemi. Semi paga, Dunga.

Obrigado, Dunga. Obriga-do sou a ser irônico para nãochorar. Mas em 2014, o Bra-sil será hexa. É, quiçá...

*Jorge Nagao é colunista dosite Primeiro Programa(www.primeiroprograma.com.br).E-mail: [email protected]

DIVULGAÇÃO

A categoria infantil do Nip-pon Blue Jays sagrou-se cam-peã da 18ª edição da Taça Bra-sil de Beisebol Interclubes In-fantil. A competição foi reali-zada nos dias 2, 3 e 4 de julho,em Londrina (PR), com a par-ticipação de 21 equipes. Ain-da na Chave Ouro, a segundacolocação ficou com São Pau-lo, seguido por Ibiúna e Lon-drina. Na Chave Prata, o títu-lo ficou com a equipe de Bas-tos, com Nikkei de Curitiba nasegunda colocação. Na Bron-ze, o campeão foi Naviraí, comMaringá em segundo. Na Cha-ve Incentivo, Tupã ficou emprimeiro e Atibaia em segun-do. Cesai Ishi, do Nippon BlueJays, foi eleito o Melhor Joga-dor do campeonato.

Estou enviando a foto daequipe campeão(Nippon BlueJays) e os resultados e premi-ação do XVIII Taça BrasilBeisebol interclubes Infantilrealizado nos dias 2,3 e 4 dejulho em Londrina.

Softbol – Neste fim de sema-na (10 e 11), acontece a 11ªTaça Brasil de Softbol Inter-clubes Mirim “Troféu Sasa-zaki”.

RESULTADOS18ª Taça Brasil de Bisebol In-terclubes Infantil

Chave OUROCampeão: Nippon Blue JaysVice-Campeão: São Paulo3º Colocado: Ibiúna4º Colocado: Londrina

Chave PRATACampeão: Bastos – Atleta Desta-que: Kevin Nokae (Bastos)Vice-Campeão: Nikkei Curitiba –

Atleta Destaque: Rodrigo Araka-wa (Nikkei Curitiba)

Chave BRONZECampeão: Naviraí – Atleta Desta-que: Alessandro S. Silva (Naviraí)Vice-Campeão: Maringá – AtletaDestaque: Douglas Naoki Takano(Maringá)

Chave INCENTIVOCampeão: Tupã – Atleta Desta-que: Henrique Pereira (Tupã)Vice-Campeão: Atibaia – AtletaDestaque: Gabriel Martins (Ati-baia)

PREMIAÇÃO INDIVIDUAL1º Melhor Rebatedor: DaniloKenji Uehara – São Paulo (526)2º Melhor Rebatedor: Vitor Doi –Ibiúna (.438)3º Melhor Rebatedor: DouglasKaneko – Ibiúna (429)Melhor Empurrador Carreiras:Danilo Kenji Uehara – São Paulo(8 carreiras)Melhor Conquistador de Carrei-ras: Daniel Chibana – São Paulo(14 carreiras)Home-Run: Gustavo Souza –Ibiuna (1 Rhr)2º Home-Run: Alexandre Haida –Maringá (1 Rhr)Melhor Roubador de Bases: Da-niel Chibana – São Paulo (11 Ba-ses)Melhor Arremessador: Cesar Ishi– N.Blue JaysArremessador Destaque: Fernan-do Takafuji – IbiunaMelhor Receptor: Felipe F. Kimu-ra – N.Blue JaysMelhor Defensor Interno: DiogoUehara – São PauloMelhor Defensor Externo: Gabri-el Peres Andrade – N.Blue JaysJogador Mais Esforçado: MateusMaciel – LondrinaMelhor Jogador do Campeonato:Cesar Ishi – N.Blue JaysTécnico Campeão: Claudio Ma-tsumoto – N.Blue Jays

BEISEBOL INTERCLUBES

Nippon Blue Jays conquistatítulo da 18ª Taça Brasil Infantil

DIVULGAÇÃO

Categoria infantil do Nippon sagrou-se campeão em Londrina

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São Paulo, 08 a 14 de julho de 2010 JORNAL NIPPAK 7

Canto do

Bacuri

MARI SATAKE

Quando ela chegou aobairro devia ter os seus de-zoito, dezenove anos. No iní-cio, tudo por ali lhe pareciaacanhado. Por lá, ainda ha-via muitas casas com jardinse gente. Gente idosa que fi-cava tomando o sol mornodas manhãs, sentada nas va-randas de suas casas.

Ela se mudou para o bair-ro num feriado, era dia 9 dejulho. A irmã, quando se re-feria à mudança, dizia quehavia desfilado pela AvenidaBrasil com o caminhãozinhoapinhado de cacarecos daantiga casa em que moravam.Enquanto a mudança desfila-va, a imã rezava para o ca-minhão não enguiçar ali nomeio daquele trânsito lento econfuso da manhã do feriadofestivo. Ela foi depois. Fe-chou janelas e portas, olhoua velha casa de vila pela últi-ma vez. Pela última vez ad-mirou as rosas que resistiamheroicamente no jardim dacasa, era uma das poucas ca-sas da vila que não haviatransformado o jardim emvaga para carro. Já não ha-via mais o que fazer ali. Nin-guém de quem se despedir.Vagarosamente partiu para onovo endereço. A irmã nãohavia ainda chegado com amudança. Ficou ali no apar-tamento vazio. Esperando.

Era mês de julho. Estavaem férias escolares. Naque-le mês, ela passou poucosdias no interior. Achou melhorficar no novo endereço e ex-plorar o bairro que não conhe-cia direito. Andava pela vizi-nhança e estranhava a faltade gente andando nas ruas,só havia as antigas casas eas pessoas pareciam ser to-das idosas. Tinha impressãode nunca ver gente jovem porali. Bom é que podia andartranquilamente sem correr orisco de ser atropelada. Ôni-bus quase não passavam porali. Diferente do antigo ende-reço, a poeira que se forma-va era cor de rosa. Lá a fuli-gem não chegava dentro decasa.

Aos poucos foi descobrin-do. A lavanderia, as bancasde revistas, a papelaria, a far-mácia, o homem que cortavae entortava vidros, a quitan-da, o mercadinho, a padaria,o sapateiro, a feira de domin-go. Logo achou bom ter semudado para aquele bairro.Ali havia o sossego que lhefazia se lembrar da cidade dointerior com a grande vanta-gem de estar próxima damuvuca que muito apreciavana cidade grande. Quando osossego a cansava era sóprocurar pelos amigos e sairpela cidade grande.

Foi também naquela épo-ca que ela havia conhecido ossebos do centro da cidade.Para sua surpresa, logo en-controu um bem perto. Fica-va na avenida principal dobairro. Num velho casarãocom jardim na frente, quintal

O homem da gatanos fundos e corredor nasduas laterais, livros e mais li-vros se abrigavam nos salõesfrontais da casa. Apesar deter gostado da descoberta, elanão entrou de imediato naque-le casarão que vendia livrosusados. Passou ali em frentemuitas vezes. Parava, olha-va e deixava para entrar numoutro dia. Talvez, a pessoali-dade que a casa lhe inspira-va a assustasse. Naquelaépoca, o que dizia mais apre-ciar na cidade grande era oanonimato. E ali, ela pensa-va, logo teria que se apresen-tar e se mostrar.

Um dia, não teve saída.Ela quis comprar um peque-no livro de edição esgotadanas livrarias normais. Em vão,procurou pelos sebos que co-nhecia e como última espe-rança recorreu ao sebo docasarão. Não. Lá também,não havia o livro que queria.Havia muitos outros; menosaquele que ela tanto deseja-va.

O dono daqueles livros to-dos era um homem muito ele-gante. Sentado em sua escri-vaninha, com um livro abertoe com uma esbelta siamesaem seu colo, era dono de umacalma e tranqüilidade que sóo tempo parece conferir a al-gumas pessoas. Aquele livroele não tinha; mas, quis sa-ber sobre ele. Interessou-sepelo que dizia a menina, sus-tentou a conversa. Ali, naque-la sala, logo

à entrada do casarão fi-caram o velho e a meninaconversando sobre aquele li-vro e também sobre as tan-tas outras histórias que podemser encontradas nos livros.Ele não lhe prometeu procu-rar pelo livro que ela tantoqueria como outros fizeram.Ele apenas lhe disse para virmais vezes e que se o livrorealmente fosse necessáriopara ela, de uma forma ououtra, lhe chegaria às mãos,mais dia, menos dia. Ouvin-do isso, a menina se conso-lou e se conformou com aespera. Um dia, ela encontra-ria o livro.

Depois, passou a freqüen-tar o sebo com certa regula-ridade, principalmente, nosperíodos de suas férias esco-lares. Ali entrava apenas paraconversar, mas antes, faziasua longa e demorada visitaa todas as prateleiras das sa-las ocupadas pelos livros.Olhava prateleira por prate-leira, como a conferir as no-vas aquisições de acervosfeitas pelo advogado. Ela sou-be, ele era advogado. Entãoela se sentava e se punha aouvir as estórias contadaspelo elegante homem da gata.E ela, apesar de tantos anosali visitando o homem da gatae seus livros, continuava ocul-ta em si mesma. Ele, dela,talvez soubesse apenas o pri-meiro nome, a profissão, ogosto por livros e alguns au-tores que gostava de ler.

[email protected]

Projeto visa implantar aulas emescolas públicas e particulares

GO

Implantar aulas de Go emescolas da rede pública eparticular da cidade de São

Paulo, núcleos (clubes) e fu-turamente do estado, além demostrar a eficiência deste jogomilenar na disciplina, agilidademental e educação dos alunos,é o objetivo do instrutor de Goe xadrez, Rodrigo SciminiGibba, que luta diariamentepara concretizar o seu proje-to. Quase que diariamente eletem apresentado a propostapessoalmente ou por e-mail,em quase todas as escolas dacapital paulista, inclusive dobairro Oriental da Liberdade eda região do ABC paulista. Ini-ciado nas escolas de São Ber-nardo do Campo, o plano foiencaminhado pelo instrutorpara o vereador Gilberto Fran-ça (PMDB), para a criação deum projeto de Lei com intuitoe aplicar o jogo e o xadrez nasEMEI’s, porém ainda sem dataprevista para votação na Câ-mara dos Vereadores.

“Em relação às escolasparticulares, por exemplo, es-tou aguardando resposta dosColégios Harmonia no RudgeRamos e Petrópolis. Tinhatambém uma apresentaçãomarcada para julho, no ClubeGonzaga, em São Caetano doSul”, destaca o instrutor quetem a convicção de que a di-vulgação da sua iniciativa namídia ajudará o jogo crescerno Brasil, valorizando suaapreciação e importância,abrindo espaços para novosprojetos.

O instrutor lamenta que agrande dificuldade atual é apouca divulgação do jogo, noqual muitas vezes difundecomo uma má comparação esemelhança com o xadrez,apesar de serem jogos de ba-talha e estratégia diferentes. Ofascínio de Rodrigo Gibba, peloGo surgiu quando ele tinha 7anos de idade e desde entãodivulga o jogo para o maiornúmero de pessoas. Foi destaforma que nasceu o seu proje-to de não só divulgar, mas tam-bém informar o valor educaci-onal como elemento de “agili-dade” mental e disciplina.

Fascínio – “O que mais mefascinou foi que apesar de suasregras serem simples, a com-plexidade do jogo é estrondo-sa, sendo que até hoje nãoexiste um programa de com-putador capaz de vencer umforte jogador, mesmo de nível

Rodrigo Scimini Gibba: pouca divulgação é uma das dificuldades

cer. No Japão, China, e Coréia(onde é chamado respectiva-mente Go, Wei-chi e Baduk),o jogo é uma paixão nacional:faz parte dos currículos esco-lares, conta com revistas men-sais, histórias em quadrinhos,seções especiais nas livrarias,programas de TV. A popula-ção desses países pára duran-te as competições anuais en-volvendo as três nações. Écomparável a uma final demundial de futebol.

As estratégias do jogo fo-ram aplicadas também nomundo dos negócios confor-me texto publicado no livroGo: an Asian paradigm forbusiness strategy. O título, ain-da sem tradução para o por-tuguês, foi escrito pelo execu-tivo da Japan Airlines (JAL),Yasuyuki Miura. Ele revelacomo se inspirou no Go paraestabelecer um negócio debilhões de dólares nos Esta-dos Unidos. O ex-executivojaponês mostra também comoa Toyota e a Nissan usam asestratégias do jogo para com-petir no mercado automobilís-tico.

De acordo com RodrigoGibba outro trabalho de divul-gação do Go no Brasil tam-bém é desenvolvido pela du-pla Thiago Shimada e BrunoBorchartt, da Insei Brasil (siteinseibrasil.com.br), por meiode aulas, workshop e compe-tições em São Paulo na sedeNihon-kiin, entidade internaci-onal de divulgação do Go. Aidéia é realizar cursos à dis-tância através da Internet, fa-cilitando a evolução no jogoprincipalmente para quem nãomora no estado.

(Afonso José de Sousa)

amador, permitindo muito maisa aplicação da intuição, da cri-atividade e da estratégia pes-soal para se desenvolver”, ex-plica.

Rodrigo Gibba não tem da-dos estatísticos sobre a quan-tidade de praticantes de Go noBrasil, até porque grande par-te se reúne pela internet parajogar, principalmente atravésde sites como o KGS GOServer, onde existe uma salade jogos do Brasil. Em 2008, aFederação Internacional de Gotinha um total de 71 paísesmembros, sendo que um a cada

222 pessoas no mundo joga Go.O jogo ainda é pouco divulga-do no território brasileiro – secomparado à Europa, EstadosUnidos, Canadá, na vizinhaArgentina, e Ásia, países e re-gião respectivamente onde émais conhecido e muito desen-volvido.

Negócios – No Brasil, osexemplos do Go já são usa-dos para treinar executivos edesenvolver estratégias de se-gurança para proteção de in-formações comerciais nainternet, citado na revista Ven-

DIVULGAÇÃO

O Go trás vários benefíci-os a diversas faixas etárias,de crianças a idosos, sejameles em âmbito mental, envol-vendo melhora de raciocínio,ajudando a pensar antes deagir impulsivamente, a esco-lher e montar estratégias paratomada de decisão nos vári-os aspectos da vida, comotambém resgatar num senti-do comportamental a discipli-na e força de vontade, tãoimportante para lidar com osproblemas no cotidiano.

O jogo também proporci-ona aumento considerávelde concentração nas diversasatividades; agilidade em pen-

Jogo proporciona inúmeros benefíciossar mais rapidamente, mesmosob pressão; mantém o cére-bro em constante atividade (es-tudos de ressonância magné-tica da atividade cerebral pro-vam que os dois hemisférioscerebrais ficam em atividadequando se pratica Go); e maiorsensibilidade em criar e darsoluções a diversos problemasdo cotidiano em geral. O jogodisponibiliza um investimentomuito pequeno em material di-dático para sua implantação.“Estou convicto que o projetopropondo a oportunidade deimplantarmos com mais vigorem nossa sociedade, seria deuma benfeitoria formidável a

muitas pessoas”, afirma.Rodrigo Gibba já participou

de várias competições ama-doras, vencendo duas vezes ocampeonato inter-escolar nacategoria mirim de São Cae-tano do Sul. Até que certo diapesquisando na internet sobreartes marciais, encontrou umareportagem que falava sobreuma arte marcial mental cha-mada Go. “Desde então meapaixonei pelo jogo, ou espor-te, pois a partir das Olimpía-das de Londres 2012, quandoparalelamente acontecerão asOlimpíadas dos Esportes Men-tais, na qual o Go e o Xadrezfazem parte”, esclarece.

O jogo oriental doGo existe a milhares de anos,muito difundido no continen-te asiático principalmente noJapão, China e Coréia, ondeé muito desenvolvido. A suaorigem esta na China, cer-cado de dúvidas sobre seusurgimento. Muitos dos his-toriadores atribuem a suacriação ao imperador Yao.Na ocasião, o soberano soli-citou à sua corte que fizesseum jogo para que seus filhospudessem desenvolver e au-mentar o nível de raciocíniológico e de inteligência. Daísurgiu o jogo chamado Wei

Qi – em sua tradução literalsignifica “jogo de cercar”.

O jogo também é pratica-do por grandes personalidadesmundiais como os executivosJohn Reed (Citibank); BillGates (Microsoft); e JohnNash / Prêmio Nobel de Ma-temática, mostrado no filme“Uma Mente Brilhante - ABeautiful Mind”, ganhador doOscar 2001, interpretado porRussel Crowe.

Estima-se que hoje o Go épraticado por cerca de 50 mi-lhões de jogadores amadoresem clubes, escolas e empre-sas de quase todos os países

do mundo, dos quais, pelo me-nos 170 mil jogadores são daEuropa e Estados Unidos. Omundo fascinante do Go queincentiva adultos e criançasna prática do jogo é mostradono desenho/mangá “Hikaruno Go” que conta a históriade um garoto que mantém re-lações de amizade com o“fantasminha”, antigo mestrede Go.

No Brasil o Go tem atraí-do inúmeros interessados emaprender a jogar, principal-mente os não descendentes deorientais. Vários locais dispo-nibilizam espaços para jogar

Criado há milhares de anos, jogo é mais praticadono continente asiático

e ensinar como na Universi-dade de São Paulo (USP),Universidade Federal de SãoCarlos e Instituto Tecnológi-co da Aeronáutica/ITA deSão José dos Campos. A sim-plicidade das suas regraspermite o jogo ser ensinadoa partir dos cinco anos deidade, portanto mais cedo doque o xadrez, sendo porém,mais difícil de dominar, poisenquanto o computadorDeep Blue da IBM desafiacampeões mundiais, foi im-possível até hoje desenvol-ver um software de nívelmédio.

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8 JORNAL NIPPAK São Paulo, 08 a 14 de julho de 2010

KARAOKÊ

Kodomo-no-Sekai preserva acultura japonesa de forma lúdica

Realizado dia 27 de junhonas dependências daAssociação Aichi Ken-

jinkai, no bairro da Liberdade,em São Paulo, o 6º Kodomo-No-Sekai Nodojiman Taikaicontou com a participação de61 crianças.

Segundo a organizadorado evento, Celina Yamao, aproposta do evento é resga-tar a cultura japonesa entre ascrianças. “Muitos nem sabemmais o que significam essascanções porque as tradiçõesjaponesas vão se perdendo aolongo do tempo”, destacouYamao, que aproveitou paraagradecer a presença do de-putado federal Walter Ihoshi(DEM-SP), que “sempreacreditou no nosso projeto”.

“Vendo estas crianças can-tarem, me lembro de quandoera pequeno e também parti-cipava de karaokês”, relatou oparlamentar num breve discur-so. “Parabéns a todos os par-ticipantes, organizadores e aospais que trouxeram seus filhospara este convívio familiar”,observou Ihoshi.

Outra preocupação deCelina foi com a questão am-biental. “Na decoração, usa-mos artigos recicláveis, comogarrafas pets, caixas de pa-pelão, tampinhas de garrafa,etc. E tudo muito colorido

DIVULGAÇÃO

Questão ambiental foi uma das preocupações dos organizadores; taikai reuniu 61 crianças

para chamar a atenção dameninada”, explicou a ideali-zadora do taikai, lembrandoque, durante os intervalos, osparticipantes também pude-ram desenhar, ler gibi, mangáe fazer origami (dobradurajaponesa).

Além de Celina Yamao, a

Comissão Organizadora doEvento foi formada por: LelioYamao (coordenador geral) eToshio Yamao (relações públi-cas).

Presidido por MasakoIshihara, o corpo de juradosfoi formado por Satiko Ono eElsa Fuchimi.

Um grupo deamigos decidiuprestar uma ho-menagem ao can-tor RobertinhoCasanova pelaconquista do tro-féu do NodojimanChampion Taikai2010, concurso dekaraokê organiza-do pela emissoraestatal japonesaNHK e conside-rado um dos maisconcorridos domundo.

O evento serárealizado na próxima quarta-feira (14), a partir das 19 ho-ras, no Salão Nobre do Bun-kyo (Sociedade Brasileira de

Cultura Japonesa e de Assis-tência Social).

A iniciativa conta comapoio do Bunkyo, Abrac (As-

MÚSICA

Grupo de Amigos organiza homenagem aRobertinho Casanova na próxima quarta em SP

sociação Brasileira de Can-ção), Instituto Ícaro, RevistaBJ, Revista Mundo OK, Ve-reador Jooji Hato (PMDB),Vereador Ushitaro kamia(DEM), Fderação Paulista deBeisebol e Softbol (FPBS),Buffet Arnaldo, AnhangueraNikkei Clube, Instituto PauloKobayashi, SPTuris – São Pau-lo Turismo, Associação Nik-key do Brasil, Acal (Associa-ção Cultural e Assistencial daLiberdade), UPK (União Pau-lista de Karaokê), Jornal Nik-key Shimbun, Jornal Nippak,Grupo Sumirê, Joe Hirata eUces (União Cultural e Espor-tiva Sudoeste).

Adesão: R$ 20,00. Infor-mações pelo telefone: 11/3209-4640 (com Maria)

O cantor Robertinho Casanova com o troféu

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ENTREVISTA / AKEO YOGUI

“Queremos que cada Kenjinkai sinta que é parteintegrante na organização do Festival do Japão”

Realizado desde 1998pelo Kenren (Fede-ração das Associa-

ções de Províncias do Japãono Brasil), o Festival do Ja-pão chega à sua 13ª ediçãonos próximos dias 16, 17 e18, no Centro de ExposiçõesImigrantes, com expectativade atrair cerca de 180 milpessoas – 10 mil a mais queem 2009. Não à toa, o Festi-val do Japão é consideradoum dos maiores eventos decultura japonesa no mundo, eo maior da América Latina.Durante três dias, apresentao que há de melhor em showsmusicais, atrações culturais,danças típicas, culinária, ex-posições especiais e ativida-des para as crianças. “Umevento deste porte não seriapossível sem a ajuda e cola-boração de todos”, desde oskenjinkais até os voluntários”,destaca o presidente doKenren, Akeo Yogui. Entreuma reunião e outra para acer-tar os detaltes, Akeo Yoguiatendeu a reportagem do Jor-nal Nippak e concedeu a se-guinte entrevista:

JORNAL NIPPAK:Como estão ospreparativos para o 13ºFestival do Japão?

AKEO YOGUI: A pratica-mente uma semana da reali-zação do Festival do Japão,está tudo caminhando dentroda normalidade, embora nun-

dos anos anteriores, gira emtorno de R$ 1.100 milhão dedespesas. Existe uma corre-ção natural devido ao aque-cimento, em torno de 10% emrelação ao ano passado.

JORNAL NIPPAK: OFestival do Japão é umevento que dá lucro para oKenren?

AKEO: Nosso objetivo, den-tro das possibilidades doKenren, é ajudar os kenjin-kais. O objetivo final de qual-quer federação é ajudar as as-sociações filiadas. Com oKenren não é diferente. En-tão, o lucro é desejável, masmais do que visar lucro, que-remos fazer um Festival queseja do agrado de todos, nãosó dos patrocinadores, mastambém dos participantes ede todas as pessoas envolvi-das. Até porque em últimaanálise a proposta é a integra-ção e a divulgação de todosos kenjinkais. Dentro disso,se tivermos um saldo, melhorainda. Mas não trabalhamosobjetivando apenas o resulta-do final, embora isso sejamuito importante. Mas o maisimportante é fazer com quetodas as pessoas que visitemo Festival saiam contente, dopúblico aos expositores pas-sando pelos patrocinadores.

JORNAL NIPPAK: Porfalar em integração, essaunião foi alcançada?

AKEO: Acredito que demosum primeiro passo para isso.O Festival é realizado peloKenren, como sempre foi.No entanto, os kenjinkaisnão sentem que são eles ospromotores do Festival.Cada kenjinkai se preocupacom seu estande de gastro-nomia e não vê o Festivalcomo um todo. É preciso fa-zer com que os kenjinkaisentendam que o Festival é simrealizado pelo Kenren, masque o Kenren é uma associ-ação das províncias e, destaforma, todas as provínciastem que estar envolvidas esentir que é parte integrantena organização do Festivalcomo um todo. A gastrono-mia é uma parte pequena deum todo. Precisamos fazercom que os kenjinkais per-cebam isso.

JORNAL NIPPAK: E oque foi feito nesse sentido?

AKEO: Este ano, nós pedi-dos para que pelo menos umrepresentante de cada ken-jinkai que não fosse trabalharno estande de gastronomia,esteja presente para trabalharna organização como umtodo e não ficar preocupadoapenas com o estande da gas-tronomia. Uma pessoa queverifique a organização comoum todo.

(Continua na página 10)

Akeo Yogui: “Queremos formar núcleos que entendam como funciona o mecanismo do Festival”

ca possa se dizer que estejatudo cem por cento. A genteimagina que está tudo ok, mascomo o Festival é um ventobastante grande, sempre sur-ge algum imprevisto e agoraé hora de acertarmos os de-talhes [Akeo Yogui atendeua reportagem do JornalNippak após mais uma reu-nião da Comissão Organi-zadora]. A estrutura, oesquemão mesmo já estápronto. Mas acho que o Fes-tival deste ano será tão bomquanto o dos anos anteriores.JORNAL NIPPAK: Noano passado, em

entrevista concedida a estemesmo jornal, a ComissãoOrganizadora do Festivaldo Japão antecipou quepretendia convocar osenvolvidos com arealização do evento comantecedência justamentepara evitar transtornos.Vocês conseguiramcolocar a ideia emprática?

AKEO: Sim. Normalmente,nós costumamos visitar osgrandes patrocinadores logoapós o Carnaval, mas paraesta 13ª edição nós agenda-

mos as visitas já para o finaldo ano passado e reforçamoso pedido de patrocínio apóso Carnaval. Surtiu um efeitopositivo porque eles gostarammuito já que foi possível pro-gramar com antecedência.Este ano, conseguimos ante-cipar também a aprovação daLei Rouanet, que para o Fes-tival é muito importante.Quanto a isso foi bastantepositivo.

JORNAL NIPPAK:Enquanto está orçado oFestival deste ano?AKEO: Não difere muito

ARQUIVO/JORNAL NIPPAK

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10 JORNAL NIPPAK São Paulo, 08 a 14 de julho de 2010

DIVULGAÇÃO

ENTREVISTA / AKEO YOGUI

(Continuação da página 09)

JORNAL NIPPAK: O quevocês esperam com essainiciativa?AKEO: Que ele não fiquerestrito apenas na parte dagastronomia de seu kenjinkai.O Kenren tem uma peculiari-dade bastante interessante.Os associados são os kenjin-kais e quem participa são ospresidentes dos kenjinkais.Do jeito que está montada aestrutura hoje, o Kenren nãoforma pessoas que possamajudar no futuro. A pessoaparticipa enquanto é presiden-te de seu kenjinkai. No meucaso, tenho uma certa expe-riência, mas amanhã ou de-pois se eu perder a condiçãode presidente da AssociaçãoOkinawa do Brasil, tambémdeixarei o cargo de presiden-te do Kenren e não podereiparticipar nem como associ-ado. Provavelmente assumi-rá um presidente que desco-nhece a estrutura do Festivaldo Japão. Queremos quecada representante de ken-jinkai participe na organizaçãopara formar um núcleo paraque amanhã ou depois possaajudar na organização do Fes-tival como um todo, indepen-dente da mudança de direto-ria no Kenren.

JORNAL NIPPAK: Comisso se prepara umsucessor...AKEO: Exatamente. Mas opresidente do Kenren tem queser presidente de um ken-jinkai. O que nós queremos éque, além do presidente dokenjinkai, que mais uma pes-soa represente o seu kenjinkaina organização do Festival doJapão. Depois de um certotempo, essa pessoa vai adqui-rir experiência na organizaçãodo Festival do Japão. Claroque não será em um ou doisanos, mas se ele começar aparticipar efetivamente, certa-mente acumulará muita baga-gem. São 47 províncias, secada uma enviar um represen-tante, serão 47 pessoas en-volvidas na organização doFestival. É claro, sempre exis-tirá rotatividade. Um pessoanão vai ficar na organizaçãoeternamente, mas mesmo quemude metade, sempre terá al-guém com experiência paratocar. Então, sempre teremosum núcleo com experiênciaem Festival e é isso o núcleoque pretendemos formar.

JORNAL NIPPAK: Eesse trabalho começou aser desenvolvido este ano?AKEO: Sim. Já fizemos umastrês reuniões. Infelizmente,nem todos os kenjinkais es-tão participando. Nós temos28 pessoas de 23 kenjinkais.Não temos pressa, é um pro-cesso lento. O importante éque demos o primeiro passo,

mas nós queremos formaresse núcleo porque, mesmoque mude a diretoria doKenren, aquele representan-te vai estar a par da situação.Sei que é um processo lento,mas devagarzinho formare-mos esse núcleo. Não preci-samos ter 47 pessoas, se ti-vermos 20 envolvidos já seráo suficiente para entender omecanismo do Festival.

JORNAL NIPPAK: Quala grande dificuldade de secomandar aquele que éconsiderado o maiorevento da comunidadenipo-brasileira?AKEO: É exatamente a faltade experiência pela altarotatividade dos participan-tes. Hoje, estou presidindo oKenren e o [Augusto, deTochigi] Sakamoto está comopresidente do Festival. Ama-nhã ou depois, se perdemosa condição de presidentes dekenjinkais – eu mesmo pre-tendo deixar meu kenjinkai –, outra pessoa ocupará nos-sos lugares e, por mais boavontade que ela tenha encon-trará dificuldades por falta deexperiência. Por isso nossapreocupação de formarmosum núcleo que entenda comofunciona o Festival pra que opresidente que assumir nãoencontre tantas dificuldadescomo agora.

JORNAL NIPPAK: Ecomo o senhor mesmodisse é um processo lento...AKEO: Não queremos parao ano quem ou para daqui adois anos. Será um processolento, mas seguro. Por sermuito grande, o Festival doJapão envolve muito dinhei-ro, mas é feito por pessoas deboa vontade. Ocorre que nemsempre boa vontade é sufici-ente, é preciso ter vivência eisso só se adquire com o tem-po. Mas pelo próprio estatu-to do Kenren nenhum presi-dente terá longa duração. Tra-ta-se de um cargo rotativo, oque não é ruim para gerir, maspara realizar o Festival já éruim. Eu, por exemplo, já es-tou fazendo as malas paradeixar o Kenren e, em vistadessa dificuldade que nós es-tamos tentando criar esse nú-cleo de pessoas que possamajudar efetivamente no Festi-val, que é feito de pessoas deboa vontade, de voluntários ecomo é um evento muitogrande, se não tiver um con-trole rígido, fica difícil de ob-ter um resultado satisfatório.

JORNAL NIPPAK: Esteano quantos kenjinkaisestão participando doFestival?AKEO: Este ano são 45kejinkais.

JORNAL NIPPAK: Equantos voluntários?AKEO: Só voluntários jovenstrabalhando na organizaçãosão mais de mil. Agora, pordia, cada kenjinkai leva maisde 30 pessoas para trabalharnos estandes. Em três imagi-na o volume de pessoas quetrabalham no Festival.

JORNAL NIPPAK:Gostaria de chamar aatenção para o trabalhodos voluntários, que já setornou uma marcaregistrada do Festival doJapão. É de se admirar oempenho de todos, mesmodaqueles que trabalhamsem sequer ver o Festival,ou seja, fora do Centro deExposições Imigrantes,orientando os visitantesainda nas estações. Comovocês conseguem essamobilização?AKEO: Pois é. É algo quenão me canso de elogiar. Já édifícil trabalhar no Festival,imagina quem trabalha fora,no metrô, na área do estacio-namento... Eles nem sabem oque está acontecendo no Fes-tival. Sem esse espírito, jamaisrealizaríamos o Festival.

JORNAL NIPPAK: Atéporque, o público costumaver apenas o resultado...AKEO: Exatamente. E esse

trabalho não é realizado so-mente nos dias do Festival,existe toda uma preparação.São pessoas que participamde reuniões desde o início doano. Para se ter uma idéia,quando se termina a contabi-lidade de um Festival já co-meçamos a pensar no próxi-mo. Isso no fim de outubro oucomeço de novembro já co-meçamos a levar os materiaispara os nossos grandes pa-trocinadores. É igual ao Car-naval: terminou um já come-çamos a preparar o próximo.

JORNAL NIPPAK: Porfalar em patrocinadores,lembro que vocês falaram,também em entrevistapara este jornal, quepoderiam abrir o Festivaldo Japão parapatrocinadores de fora dacomunidade, mas que issopoderia desvirtuar afilosofia do evento. Vocêscontinuam pesando destaforma?AKEO: Dentro da nossa fi-losofia pretendemos continu-ar assim, mas é lógico que nósprecisamos repensar este as-pecto. Não é fácil manter umevento deste porte. O Festi-val vai crescendo e, em con-seqüência, cresce também asexigências. Em contrapartida,as nossas receitas não aumen-tam na mesma proporção dasdespesas. Acho que para oano que vem devemos, sim,pensar este lado e buscar no-vos patrocinadores. É claroque com muito critério paranão perdermos nossa identi-dade. Pela sua organização,pela sua repercussão, as gran-

des empresas já sabem que oFestival do Japão é realizadosempre no mês de julho e járeservam na agenda um espa-ço para o Festival do Japão.Mas sempre existe flutuaçãoe é muito difícil você conse-guir aumentar o patrocíniocom as mesmas parceiras.

JORNAL NIPPAK: Esseano houve um amentosignificativo?AKEO: Depende muito da si-tuação atual. No ano passa-do, por exemplo, consegui-mos um preço até um poucomelhor do que em 2008 [anodo Centenário da ImigraçãoJaponesa no Brasil].

JORNAL NIPPAK:Preços em relação a quê?AKEO: Em relação a servi-ços. Este ano, o mercado estámuito aquecido e eles tentamrecompor o que perder ouque não foi reajustado no anopassado, quando tivemospoucos eventos. Este ano,com a economia aquecida,não digo que houve um au-mento exagerado, mas é na-tural que haja um reajuste.

JORNAL NIPPAK: Quala expectativa de públicopara o 13º Festival doJapão?AKEO: Estamos esperandocerca de 180 pessoas contra170 mil do ano passado. Apresença de público depen-de de alguns fatores, como otempo.

JORNAL NIPPAK: Equal a faixa etária destepúblico?AKEO: Este ano, em funçãoda realização de algumas atra-ções, que em 2009 não esta-vam na programação, como agrande final do concurso decosplay, acredito que teremosum afluxo maior de pessoasjovens. Então, esperamos umpúblico um pouco diferentedaquele que estamos acostu-mados. Isso vai ser muito bomporque os mais velhos terãooportunidade de ver uma cul-tura diferente, pop, voltadapara as novas gerações. Quan-to a descendentes e não des-cendentes, fica meio a meio.

(Por Aldo Shiguti)

Akeo Yogui destaca participação dos voluntários no Festival

... mas as novas gerações também recebem tratamento especial

Estandes de gastronima devem ser os mais disputados no Festival

16 DE JULHO(SEXTA)

18h30 - ABT - Grupo Ryu-sei19h - Punk for Alice (desfilemoda japonesa)19h30 - Street Dance

17 DE JULHO(SÁBADO)

10h30 - ABT Sakura Fubuki- Federação Sakura - Taiko10h45 - Genbukan NenrikiDojo - Bill Sensei - ArtesMarciais11h05 - Associação CulturalNiigata do Brasil - DançaFolclorica11h15 - ABT - Tenryu -Taiko

11h35 - Atração Internacional- Cantora Mariko Nakahira -Show12h - Cerimônia de Aberturacom Carlos Takahashi13h05 - Assoc. CulturalTottori Kenjin do Brasil - Dan-ça Folclórica13h35 - Cantora JaponesaHarada Yuri14h - Musicoterapia - Kibo-no-Iê14h35 - Miyagui Kenjinkai doBrasil – Dança Folclórica14h45 - Minbu de Ribeirão Pi-res - Shinsei ACAL - Assoc.Kenko Taissô - Dança Folcló-rica15h20 - Confederação Brasi-leira de Aikido - Brazil Aikikai- Artes Marciais15h40 – Ryukyu Koku Matsu-

ri Daiko - Taiko16h10 - Assoc. Hokkaido deCultura e Assistência - DançaFolclórica16h20 - Kansai Guinshi doBrasil - Poema16h40 - Assoc. CulturalTottori Kenjin do Brasil - ZeniDaiko - Dança Folclórica17h- ABT Himawari - Taiko17h20 - Tottori Japan Inabano Kassa Odori - (Kassa Odoride Inaba) - Dança Folclórica17h40 - Shinkyo Daiko - Taiko18h - Miss Nikkey Brasil 2010com Kendi Yamai - Concursode Miss Nikkey

Show dos Cantores:Yudi do SBT, Joe Hirata eRobertinho Casanova21 horas - Encerramento

DIA 18 DE JULHO(DOMINGO)

10h30 - Assoc. BeneficenteOsaka Naniwa-Kai – Profes-sor Omura - Compositor Mú-sica Infantil10h38 - Bujinkan HattoriHanzo Dojo - Artes Marciais10h56 - Kitsume - ACESA -Yosakoi11h08 - Buyou Doukoukai -Nara Kenjinkai - Dança Fol-clórica11h21 - Assoc. Benefic. Osa-ka Naniwa-Kai - Prof. Omura- Compositor Música Infantil11h29 - Shinkyo Daiko - Taiko11h49 - Fed. dos Clubes NipoBrasileiros de Anciões (Rou-kuren) - Dança Folclórica12h07 - Cantora Karen Ito -

PROGRAMAÇÃO DO 13º FESTIVAL DO JAPÃO*

Show12h29 - Assoc. CulturalTottori Kenjin do Brasil - Dan-ça Folclórica13h01 - Takaryu Hanano Aki- Escola de Dança Profa.Yoriko Shimabukuro - DançaFolclórica de Okinawa13h11 - Assoc. Benefic. Osa-ka Naniwa-Kai - Prof. Omura- Compositor Música Infantil13h19 - Requios Geino Dou-koukai - Taiko13h47 - Cantor Joe Hirata -Show14h09 - Centro Cultural Hi-roshima do Brasil - Teatro14h44 - Assoc. Centro SocialTochigui do Brasil - DançaFolclórica14h51 - Atração Internacio-nal - Cantora Mariko Nakahi-

ra - Show15h13 - ABT - Mika Youtien- Taiko15h28 - Cantor Edson Saito- Show15h50 - Federação PaulistaKarate Kyokushin Oyama -Artes Marciais16h08 - ABT - Kouran -Taiko16h28 - Grupo Ishin - Yosakoi16h37 - Seleção Brasileirada ABT - Taiko17h - Concurso de Cosplay -WCS Etapa Brasil com KendiYamai18h – Encerramento

*Programação sujeita à altera-ção sem aviso prévio.Apresentadores: Jorge Suzuki /Eliane Matsuda / Erika Murata

Apresentações de danças folclóricas são algumas das atrações de palco do Festival do Japão...

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São Paulo, 08 a 14 de julho de 2010 JORNAL NIPPAK 11

FESTIVAL DO JAPÃO / ESPECIAL

Yuri Harada, Concurso de Cosplay, Miss Nikkey...São algumas das atrações do 13º Festival do Japão

Considerado um dosmaiores eventos decultura japonesa no

mundo, e o maior da AméricaLatina, o Festival do Japãochega este ano a sua 13ª edi-ção nos dias 16, 17 e 18 noCentro de Exposições Imi-grantes (Zona Sul de São Pau-lo), com expectativa de pelomenos repetir a presença depúblico do ano passado, quan-do 170 mil pessoas passarampelo local. Parte do Calendá-rio Oficial Turístico do Estadoe do Município de São Paulo,e das festas que comemoramos 102 anos de imigração ja-ponesa no Brasil, o evento ofe-rece um panorama do que háde melhor em termos de cul-tura japonesa sem sair de SãoPaulo. Para isso, não faltamatrações: shows musicais,workshops, oficinas, demons-trações de artes marciais, dan-ças típicas, culinária, exposi-ções especiais, atividades paraas crianças e para a terceiraidade devem dividir a atençãodo público.

Este ano, o Festival do Ja-pão destacará “A Arte dasProvíncias” e prestará umahomenagem a nove provínci-as que comemoram aniversá-rio de fundação neste ano: Hi-roshima, Saga, Toyama, Nara,Okayama, Gunma, Fukuoka,Akita e Hyogo. Um dos prin-cipais destaques será a come-moração dos 50 anos da As-sociação Cultural e Recreati-va Nara Kenjinkai do Brasil,que celebrará seu cinquente-nário em 2010, mesmo ano emque a Província de Nara es-tará comemorando 1.300

anos.Nara foi a primeira capital

do Japão, de 710 a 794, e o anode 2010 marca o 1.300° ani-versário da transferência dacapital para Nara Heijo-kyo.No Japão, serão realizadoseventos internacionais nas ru-ínas do Palácio Heijo, um lo-cal de patrimônio mundial, as-sim como em outros pontos daprovíncia. E no Brasil, várioseventos estão programados, eo Festival do Japão não pode-ria ficar de fora das comemo-rações.

No sábado (17), quem sobeao palco principal do evento éa cantora Yuri Harada. Natu-ral de Kumamoto, de Watari-shi (atual Amakusa-shi), YuriHarada conquistou espaço de-finitivo no cenário da músicaenka com a música “Kisoji no

onna”, lançada em 1985, quechegou a vender mais de ummilhão de cópias. Depois, em1999, a música “Tsugaru nohana” levou-a a participar do50º NHK Kohaku Utagasen ea conquistar no 41º NipponRecord Taisho o Prêmio deMelhor Obra. Além do Festi-val do Japão, Yuri Harada es-tará se apresentando tambémno palco do Bunkyo (Socieda-de Brasileira de Cultura Japo-nesa e de Assistência Social),no dia 18.

Copslayers – Outra atraçãoque merece destaque é acompetição de cosplayersWCS (World Cosplay Summit- Etapa JBC -Brasil), que en-trou na programação do Fes-tival e apresentará atraçõesinéditas. Além da final da eta-

pa brasileira do mundial decosplayers, que acontece nodomingo (dia 18), das 17 às19 horas, o evento contarácom a Parada Cosplay (sá-bado, dia 17) e um espaço decultura pop japonesa, chama-do AkibaSpace.

Referência a Akihabara,centro de eletrônicos e pontode encontro dos otakus emTóquio, o AkibaSpace será umlocal de experimentação rela-cionado ao WCS, onde o pú-blico poderá circular entreestandes de livros, mangás,animes, games e moda,interagindo com o que há denovo nesse mundo, Durante ostrês dias do Festival, o WCSvai apresentar o universo dacultura pop japonesa a diferen-tes públicos.

O WCS Etapa JBC-Brasil

DIVULGAÇÃO

As atrações do palco montado no Festival do Japão sempre prendem a atenção do público

é a única competição nacionalque leva representantes doBrasil ao campeonato mundialno Japão. Em quatro anos departicipação no mundial (2006a 2009), o Brasil conquistoudois títulos, sendo o único bi-campeão. A final brasileiraserá apresentada pelo atorKendi Yamai e terá um desfilede moda inspirado nos visuaisurbanos de Tóquio, organiza-do pelo grupo paulistano Ha-rajuku Lovers.

Para Akeo Yogui, presiden-te do Kenren (Federação dasAssociações de ProvínciasJaponesas no Brasil), entida-de que reúne as 47 associa-ções de províncias japonesassediadas no Brasil e vem rea-lizando o Festival desde 1998,a novidade certamente atrairáum público jovem e tambémdeve despertar a curiosidadenos mais velhos.

O tradicional concursoMiss Festival do Japão, coor-denado pelo ator e apresenta-dor Kendi Yamai, agora tam-bém é o “Miss Nikkey”. Des-de 2009, a vencedora do MissFestival do Japão também écoroada “Miss Nikkey”, repre-sentando toda a comunidadenipo-brasileira. A final nacio-nal do concurso contará coma participação de 20 candida-tas vindas de várias partes doBrasil e será realizada no pal-co principal do Festival do Ja-pão no dia 17 de julho (sába-do).

Revitalização – Segundo opresidente do 13º Festival doJapão, Augusto Sakamoto, pre-sidente do Tochigi Kenjinkai,

uma das principais preocupa-ções da Comissão Organiza-dora é “atender da melhor for-ma possível tanto os participan-tes quanto o público que visitao Festival”. “O Festival do Ja-pão é um evento que cresce acada ano e torna-se um desa-fio corresponder às expectati-vas”, conta Sakamoto, quie noano passado ficou responsávelpela Gastronomia e VigilânciaSanitária. “Mas felizmente,contamos com a ajuda de cer-ca de 2 mil pessoas, entre vo-luntários, pessoal da organiza-ção e dos kenjinkais”, destacaSakamoto, explicando que umdos maiores retornos do Festi-val do Japão é justamente mo-bilizar a participação dos jo-vens. “De certa forma, o Festi-val do Japão também ajuda arevitalizar os kenjinkais porqueserve de estímulo para os jo-vens”, observa Sakamoto.

(Aldo Shiguti)

13º FESTIVAL DO JAPÃO

QUANDO: DIAS 16, 17 E 18 DE JULHO.

SEXTA, DAS 12 ÀS 21 HORAS; SÁBADO,

DAS 10 ÀS 21 HORAS E DOMINGO, DAS 10

ÀS 18 HORAS

ONDE: CENTRO DE EXPOSIÇÕES IMI-

GRANTES (RODOVIA DOS IMIGRANTES, KM

1,5, SÃO PAULO)

ÔNIBUS GRATUITO NO METRÔ

JABAQUARA, DAS 8H30 ÀS 22H30

INGRESSOS: R$ 7,00

ENTRADA GRATUITA PARA MENORES DE 8

ANOS E MAIORES DE 65 ANOS

INGRESSOS À VENDA PELA INTERNET, NO

LOCAL E NOS PONTOS DE VENDA

ANTECIPADOS

INFORMAÇÕES: (11) 3277-8569

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SITE: WWW.FESTIVALDOJAPAO.COM

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A culinária típica japonesa é,sem dúvida, um dos princi-pais destaques do Festivaldo Japão. As associações deprovíncias apresentam pra-tos típicos de sua região,muitas vezes desconhecidosaté pelos restaurantes japo-neses.

Confira os pratos principais decada província:

1 – MIE – Ichigo Daifuku(Massa de arroz recheado commorango e feijão doce), tema-ki, merengue

2 – IWATE - Udon, MoriokaRenmei (macarrão frio), gyoza,sake

3 – MIYAZAKI - Harumaki,dorayaki(doce com feijão),umeboshi (conserva de amei-xa)

4 – HIROSHIMA - Okono-miyaki (panqueca japonesa)

5 – TOKYO - yakisoba,gyoza, cogumelo grelhado

6 – NAGANO - conserva,mochi, natto (soja fermentada),miso (pasta de soja)

7 – EHIME - Caipirinha desake, amazake, churrasquinho,taruto, arroz temperado

8 – FUKUSHIMA – Espeti-nho, oniguiri

9 – NAGASAKI - udon, chur-rasquinho

10 – SHIZUOKA - peixe gre-lhado (enguia), chá, zenzai(caldo doce de feijão)

11 – HOKKAIDO - peixegrelhado, ika yaki (lula grelha-da), Morango com chocolate

(morango c/calda de chocola-te), tirashi zushi (sushi tempe-rado)

12 – ENKYO PIPA - espeti-nho, oniguiri, mabo dofu (tofucom molho), sakê, cookie, café

13 – IKOI NO SONO - Tei-shoku de Peixe grelhado/car-ne de porco grelhado, churras-quinho, raspadinha, algodãodoce, ichigo daifuku (bolinhode arroz com recheio de mo-rango e feijão), bolinho de ba-calhau/carne seca

14 – OKAYAMA - matsurisushi, kibi com arroz, shimejikushi yaki (espeto de cogume-lo)

Confira a lista de Gastronomia do 13º Festival do Japão

15 – YASURAGI HOME –tempurá, gyoza

16 – KIBO-NO-IE – pastel,sonho

17 – CHIBA - yakisoba,gyoza, sushi, sashimi, hotroll,temaki, robata yaki

18 – KAGOSHIMA –Karukan Manju (Manju espe-cial), satsuma age (massa depeixe prensado frito), espeti-nho, satsuma tonkotsu lamen(lamen - comida típica da pro-víncia), conserva de takana(folhas verdes)

19 – FUKUOKA - yakisanma (peixe sanma) grelha-

do), manju (doce com feijão-doce típica da província)

20 – GIFU - shimeji combacon, espetinho, peixe grelha-do (peixe ayu), dango (espeti-nho de massa de arroz típicoda província)

21 – ISHIKAWA - hijikiokowa (Arroz temperado), sa-kura mochi (doce de feijãocom folhas de sakura),nikuman (bolinho de carnecom legumes a vácuo)

22 – YAMANASHI –Houtou (sopa dos samurais),udon de curry, arroz c/curry

23 – TOCHIGUI - yakisoba,gyoza, kanpyo zushi (sushi),amazake

24 – SAGA - tempurá de sor-vete, pastel, sanduiche de per-nil

25 – KYOTO - MitarashiDango (espetinho de bolinhode arroz - típico da província),sorvete de chá, hana ume(conserva de ameixa),rocambole

26 – KAGAWA - Sanuki Udon(comida típica da província)

27 – AOMORI - maçã, ringojuice(suco de maçã), produtosde maçã, shoga miso (pasta desoja c/gengibre)

28 – KODOMO-NO-SONO - yakisoba, tempurá,tempurá especial

29 – NIIGATA - Mochi,dango (massa com ingredien-tes típicas da província),oshiruko (caldo doce de feijão),dorayaki (massa assada comrecheio de pasta de feijãodoce), anpan (pão com re-

cheio de pasta de feijão doce)

30 – GUNMA - kaki agetempura, takikomi gohan(arroztemperado)

31 – AKITA - kiri tanpo (boli-nho de arroz no espeto c/cal-do e verdura), tempurá, sorve-te, caipirinha de sake

32 – MIYAGUI - gyutan ben-to (língua de boi assado c/oniguiri), sossu yakisoba (commolho inglês), gyoza, harakohan (arroz temperado)

33 – FUKUI - Soba (macar-rão), pastel, tempurá

34 – IBARAKI - kuri Gohan(arroz com castanha), conser-va, anko jiru (sopa especial)

35 – SHIMANE - Maki sushi,tempura udon (sopa de macar-rão com tempura)

36 – WAKAYAMA - Okono-miyaki (panqueca japonesa)

37 – YAMAGUCHI - ichigodaifuku (Massa de arroz comrecheio de morango e feijãodoce), bari bari soba (yakiso-ba), tempurá

38 – HYOGO - takoyaki (bo-linho com polvo), sake, nori (im-portado)

39 – OITA - dango jiru (caldoespecial), tori meshi (risoto defrango), gyuu tataki (carne le-vemente grelhada), hoshi gaki(caqui seco)

40 – TOKUSHIMA – Tako-yaki (bolinho de polvo), tema-ki, oniguiri, ichigo chocolate(morango com calda de cho-colate)

41 – NARA - sushi, yakisoba,

oshiruko (caldo doce de feijão)

42 – SAITAMA - yaki imo(Batata doce), oshiruko (cal-do doce de feijão), curry Rice(arroz com curry), curry pan(pão de curry), Orange juice(suco de laranja)

43 – OKINAWA - yagi jiru(sopa de cabrito), soba deokinawa, sata andagui (bolinhode chuva - típico da província)

44 – SHIGA - shijimi taki komiGohan (arroz com vôngole),gyoza, hamburger curry

45 – AICHI - yaki lamen(Lamen), tori miso kushi katsu(espeto de milanesa de frangocom miso), tempurá

46 – OSAKA - yakisoba,udon, sushi, tempura

47 – TOTTORI - Okowa(comida típica da província),tempurá, gyudon (arroz comcarne ao molho)

48 – KOCHI - Peixe a vapor,sashimi levemente grelhado,yakisoba, sushi, conserva desardinha, tempurá, udon, mochidoce

49 – KUMAMOTO -karashi renkon (Flor de lótustemperada), ohagui( arroz compasta de feijão doce), manju,bento, carolina de creme

50 – YAMAGATA - sushi,konyaku, nori, tempurá, manju,gyoza

51 - CARMO SAKURA -Yakisoba, sakura mochi (docede feijão com folhas de saku-ra), sakê de ameixa, manju,planta de sakura

*Fonte: site do Festival do Japão

DIVULGAÇÃO

Cada associação apresenta um prato típico de sua região

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