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ANO 9 – Nº 2050 / 2051 SÃO PAULO, 07 A 09 DE JUNHO DE 2006 R$ 2,00 A PREFEITURA DO CAMPUS DA USP DE RI- BEIRÃO PRETO e a Co- missão de Cultura e Extensão Universitária da FMRP pro- movem o Festival do Japão entre os dias 9 e 11 (sexta a domingo). A abertura será às 17h, e a festa, que terá entre as atrações a cerimônia do chá, shodô, sumiê, pipamodelismo e animê, acon- tece das 10h às 22h, come- morando também os 150 anos da cidade do interior paulista. Leia mais na pág. 6. A LIGA DAS ASSOCIA- ÇÕES CULTURAIS DE ASSAÍ (Laca), no Paraná, realiza a 63ª Expoasa – Ex- posição Agrícola Regional –, nos dias 9, 10 e 11 (sexta, sá- bado e domingo). O evento, que traz também muitos estandes de maquinários, veí- culos, caminhões e motos, além de shows artísticos, será no Centro Poliesportivo Yonezo Ueno. Leia mais na pág. 6. O INSTITUTO CULTU- RAL NIPO-BRASILEI- RO prepara para os dias 10 e 11 (sábado e domingo), das 10h às 20h, o 2º Festival do Japão de Campinas, na sede da entidade. Muitos cantores de karaokê, exposições cul- turais, shows de taikô, dan- ça, artes marciais, origami e venda de artesanatos inte- gram o evento. Leia mais na pág 6 . A ASSOCIAÇÃO CUL- TURAL NIPO-BRASI- LEIRA DE REGISTRO fará, nos dias 10 e 11, a 11ª Festa do Sushi, que terá tam- bém outros pratos típicos. O local que abriga a festa é o recinto da Expovale (Dutra, BR-116, km 449) e shows de taikô, karaokê e artistas locais animam o evento. Leia na pág. 6. A ASSEMBLÉIA LEGIS- LATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO recebe no Es- paço Cultural V Centenário a exposição “Iwao Nakajima – 50 anos no Brasil”, que prossegue no local até o dia 9 (sexta), das 10h às 18h. O artista, que chegou ao País em 1956 e naturalizou-se brasileiro em 1977, exibe sua pintura naif, expressando a poesia com seus pincéis. São quadros em que reproduz cenas de fragmentos e reta- lhos que lhe vêm à mente, com tons vivos e numa at- mosfera impregnada de sím- bolos. O endereço é Av. Pedro Álvares Cabral, 201, no Ibirapuera, em São Pau- lo. Inf.: 11/3886-6432. O BAILE ÉRIKA KAWA- HASHI está com ingressos à venda para o evento que acontece no dia 10 (sábado), a partir das 19 horas, no Res- taurante Nandemoyá. A ani- mação fica por conta da pro- fessora, tecladista e vocalista Érika Kawahashi. O ingresso custa R$ 15,00 (antecipado) e R$ 17,00 (na porta), e dá direito a sorteio de brindes. O endereço é Rua Américo de Campos, 9, na Liberdade. Reservas pelos telefones 11/ 2578-3829 ou 9827-9925. Zenkara Matsuri e Brasil Top Star provam união do karaokê nacional KARAOKÊ Presidência de cara nova SEINEN BUNKYO Primeiro não descendente de japoneses a assumir a presidência do Seinen Bunkyo, Luiz Fernando Rosa da Silva (na foto, ladeado por Osamu Matsuo e Kokei Uehara) prevê que cada vez mais pessoas participem da entidade. Eleito em abril deste ano para o cargo, Rosa da Silva não se sente um “estranho no ninho”. Ao contrário, aprendeu o idioma e começou a freqüentar festas noturnas organizadas pela comu- nidade, onde geralmente quase todo o público é de orientais. “Acho as baladas japas mais organizadas e têm menos brigas”, diz Rosa da Silva. | pág 5 CIDADES A Fundação Japão promove no sábado e domingo (dias 10 e 11 de junho) um espetá- culo de fusão musical, cultural e artístico com os músicos Keiko Asoo e o violonista Camilo Carrara. Nascida na província de Chiba, Keiko é flautista e ocarista (instrumento de sopro, geralmente de barro, com cerca de dez orifícios). | pág 4 CONCERTO Espetáculo apresenta encontro inédito O Instituto Cultural Nipo- Brasileiro de Campinas realiza nos dias 10 e 11 de junho (sábado e domingo), em sua sede, a segunda edi- ção do Festival do Japão. O evento contará com diversas atrações, entre elas a con- vidada internacional, Mariko Nakahira, além de cantores nipo-brasileiros. | pág 6 Nipo-Brasileiro realiza 2º Festival do Japão Pela primeira vez em 50 anos de história da Uces União Cul- tural e Esportiva Sudoeste), a equipe de Itapetininga conquis- tou o título do 50º Campeona- to Sudoeste de Sumô Mirim, Infanto-Juvenil e Adulto, com- petição realizada no último dia 4, na cidade de Capão Bonito.O evento reuniu cerca de 100 atletas. | pág 7 SUMÔ Itapetininga fica com o título do 50º Campeonato ASSINE AGORA (11) 3208-3977 AGENDA Programação cultural é um dos atrativos do Festival do Japão de Campinas A flautista e ocarista Keiko Asoo Campeões da categoria mini mirim: evento homenageou atletas e dirigentes No último domingo (4), dois dos maiores concursos do karaokê paulista, “6º Zenkara Matsuri” e “3º Brasil Top Star”, uniram forças para realizar um evento em conjunto no Bunkyo. Ao final da maratona musical, cuja duração foi de 18 horas ininterruptas, o destaque foi a cantora paranaense Jane Ashihara, campeã absoluta do Grand Prix. | pág 8 JORNAL NIKKEI DIVULGAÇÃO DIVULGAÇÃO JORNAL NIKKEI DIVULGAÇÃO

ASSINE AGORA (11) 3208-3977 · 2 JORNAL NIKKEI São Paulo, 07 a 09 de junho de 2006 Contato: [email protected] Colaboração: Marcus Hide EDITORA JORNALÍSTICA UNIÃO NIKKEI

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Page 1: ASSINE AGORA (11) 3208-3977 · 2 JORNAL NIKKEI São Paulo, 07 a 09 de junho de 2006 Contato: cacauyoshida@uol.com.br Colaboração: Marcus Hide EDITORA JORNALÍSTICA UNIÃO NIKKEI

ANO 9 – Nº 2050 / 2051 — SÃO PAULO, 07 A 09 DE JUNHO DE 2006 — R$ 2,00

A PREFEITURA DOCAMPUS DA USP DE RI-BEIRÃO PRETO e a Co-missão de Cultura e ExtensãoUniversitária da FMRP pro-movem o Festival do Japãoentre os dias 9 e 11 (sexta adomingo). A abertura será às17h, e a festa, que terá entreas atrações a cerimônia dochá, shodô, sumiê,pipamodelismo e animê, acon-tece das 10h às 22h, come-morando também os 150 anosda cidade do interior paulista.Leia mais na pág. 6.

A LIGA DAS ASSOCIA-ÇÕES CULTURAIS DEASSAÍ (Laca), no Paraná,realiza a 63ª Expoasa – Ex-posição Agrícola Regional –,nos dias 9, 10 e 11 (sexta, sá-bado e domingo). O evento,que traz também muitosestandes de maquinários, veí-culos, caminhões e motos,além de shows artísticos, seráno Centro PoliesportivoYonezo Ueno. Leia mais napág. 6.

O INSTITUTO CULTU-RAL NIPO-BRASILEI-RO prepara para os dias 10e 11 (sábado e domingo), das10h às 20h, o 2º Festival doJapão de Campinas, na sededa entidade. Muitos cantoresde karaokê, exposições cul-turais, shows de taikô, dan-ça, artes marciais, origami evenda de artesanatos inte-gram o evento. Leia mais napág 6.

A ASSOCIAÇÃO CUL-TURAL NIPO-BRASI-LEIRA DE REGISTROfará, nos dias 10 e 11, a 11ªFesta do Sushi, que terá tam-bém outros pratos típicos. Olocal que abriga a festa é orecinto da Expovale (Dutra,BR-116, km 449) e shows detaikô, karaokê e artistaslocais animam o evento. Leiana pág. 6.

A ASSEMBLÉIA LEGIS-LATIVA DO ESTADO DESÃO PAULO recebe no Es-paço Cultural V Centenárioa exposição “Iwao Nakajima– 50 anos no Brasil”, queprossegue no local até o dia9 (sexta), das 10h às 18h. Oartista, que chegou ao Paísem 1956 e naturalizou-sebrasileiro em 1977, exibe suapintura naif, expressando apoesia com seus pincéis. Sãoquadros em que reproduzcenas de fragmentos e reta-lhos que lhe vêm à mente,com tons vivos e numa at-mosfera impregnada de sím-bolos. O endereço é Av.Pedro Álvares Cabral, 201,no Ibirapuera, em São Pau-lo. Inf.: 11/3886-6432.

O BAILE ÉRIKA KAWA-HASHI está com ingressosà venda para o evento queacontece no dia 10 (sábado),a partir das 19 horas, no Res-taurante Nandemoyá. A ani-mação fica por conta da pro-fessora, tecladista e vocalistaÉrika Kawahashi. O ingressocusta R$ 15,00 (antecipado)e R$ 17,00 (na porta), e dádireito a sorteio de brindes. Oendereço é Rua Américo deCampos, 9, na Liberdade.Reservas pelos telefones 11/2578-3829 ou 9827-9925.

Zenkara Matsuri e Brasil Top Starprovam união do karaokê nacional

KARAOKÊ

Presidência de cara nova

SEINEN BUNKYO

Primeiro não descendente de japoneses a assumir a presidência do Seinen Bunkyo,Luiz Fernando Rosa da Silva (na foto, ladeado por Osamu Matsuo e Kokei Uehara)prevê que cada vez mais pessoas participem da entidade. Eleito em abril deste anopara o cargo, Rosa da Silva não se sente um “estranho no ninho”. Ao contrário,aprendeu o idioma e começou a freqüentar festas noturnas organizadas pela comu-nidade, onde geralmente quase todo o público é de orientais. “Acho as baladas japasmais organizadas e têm menos brigas”, diz Rosa da Silva. | pág 5

CIDADES

A Fundação Japão promove no sábado edomingo (dias 10 e 11 de junho) um espetá-culo de fusão musical, cultural e artístico comos músicos Keiko Asoo e o violonista CamiloCarrara. Nascida na província de Chiba,Keiko é flautista e ocarista (instrumento desopro, geralmente de barro, com cerca de dezorifícios). | pág 4

CONCERTO

Espetáculo apresentaencontro inédito

O Instituto Cultural Nipo-Brasileiro de Campinasrealiza nos dias 10 e 11 dejunho (sábado e domingo),em sua sede, a segunda edi-ção do Festival do Japão. Oevento contará com diversasatrações, entre elas a con-vidada internacional, MarikoNakahira, além de cantoresnipo-brasileiros. | pág 6

Nipo-Brasileirorealiza 2º Festivaldo Japão

Pela primeira vez em 50 anosde história da Uces União Cul-tural e Esportiva Sudoeste), aequipe de Itapetininga conquis-tou o título do 50º Campeona-to Sudoeste de Sumô Mirim,Infanto-Juvenil e Adulto, com-petição realizada no último dia4, na cidade de CapãoBonito.O evento reuniu cercade 100 atletas. | pág 7

SUMÔ

Itapetininga ficacom o título do50º Campeonato

ASSINE AGORA

(11) 3208-3977

AGENDA

Programação cultural é um dos atrativos do Festival do Japão de Campinas

A flautista e ocarista Keiko Asoo

Campeões da categoria mini mirim: evento homenageou atletas e dirigentes

No último domingo (4), dois dos maiores concursos do karaokê paulista, “6º Zenkara Matsuri” e “3º Brasil Top Star”, uniram forças pararealizar um evento em conjunto no Bunkyo. Ao final da maratona musical, cuja duração foi de 18 horas ininterruptas, o destaque foi a cantoraparanaense Jane Ashihara, campeã absoluta do Grand Prix. | pág 8

JORNAL NIKKEI

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Page 2: ASSINE AGORA (11) 3208-3977 · 2 JORNAL NIKKEI São Paulo, 07 a 09 de junho de 2006 Contato: cacauyoshida@uol.com.br Colaboração: Marcus Hide EDITORA JORNALÍSTICA UNIÃO NIKKEI

2 JORNAL NIKKEI São Paulo, 07 a 09 de junho de 2006

C o n t a t o : c a c a u y o s h i d a @ u o l . c o m . b r

Colaboração: Marcus Hide

EDITORA JORNALÍSTICA

UNIÃO NIKKEI LTDA.CNPJ 02.403.960/0001-28

Rua da Glória, 332 - LiberdadeCEP 01510-000 - São Paulo - SP

Tel. (11) 3208-3977 – Fax (11) 32085521E-mail: [email protected]

Diretor-Presidente: Raul TakakiDiretor Responsável: Daniel Takaki

Jornalista Responsável:Takao Miyagui (Mtb. 15.167)

Redator Chefe: Aldo ShigutiRedação: Cíntia Yamashiro,

Juliana Kirihata, Gilson Yoshioka e Aline InokuchiFotógrafo: Marcus Kiyohide Iizuka

Publicidade:

Tel. (11) 3208-3977 – Fax (11) 3341-6476

Periodicidade: quarta-feira e sábado

Assinatura semestral: R$ 80,00

E-mail: [email protected]

A aniversariante Bruna Kita comemorou no dia 3 de junho, seu 1º aniversario. A festa reuniufamiliares, parentes e amigos num buffet de São Paulo

1: Daniela Kita, a aniversariante Bruna e Alexandre Kita. 2: Victor, Gustavo e Tina Kobayashi.3: Suely, Anelise e Carlos Kato. 4: Marcelo e Daniela Hideshima, Evelyn e Tomas Yamamoto, ReinaldoIhoshi e Alexandre Kita. 5: Iuzo Takeda, Akemi Irekawa, Lílian Nishimura Kita e Rogério Kita.6: Marcelo Kita e Karenine Maeda.

CÂMARA JÚNIOR BRASIL-JAPÃOAPROVAÇÃO DO NOVO ESTATUTO

Edital de ConvocaçãoAssembléia Geral Extraordinária

São Paulo, 07 de Junho de 2006.

De acordo com o que determinam os arti-gos 62, 68 a 71 do Estatuto Social, ficamconvocados todos os membros da CâmaraJúnior Brasil-Japão, com direito a voto, ase reunirem em Assembléia Geral Extraor-dinária no dia 03 de julho de 2006 (Segun-da-feira), às 19:00hs, em primeira convo-cação, 20:00hs em segunda convocação noNikkey Palace Hotel, situada à rua GalvãoBueno, n° 425, nesta capital, a fim delibe-rarem sobre a seguinte Ordem do Dia:

a) Leitura do Estatuto;b) Apreciação do Estatuto e Espaço aber-to para uso da palavra;c) Informes da Presidência;d) Votação do Estatuto, Leitura e Aprova-ção da ata.

LUCÍLIA CRISTINA SATOMIPresidente – Gestão 2006

1: Mari Tozuka e Satiko Yonehara. 2: SatikoYonehara e Mari Tozuka. 3: Cláudio Mizuta (pre-sidente da Associação), Gal. Modesto, Cel. Kiyota,Cel. Kihara, Cel. Máximo, Norio Fujimoto e KiyoshiHarada. 4: Maria Goreti, Luis Sposito, JunkoFujiyama, Mitsuko Yoshida, Kazue Shimao, TomikoSuguiyama, Akemi Hirakawa, Felícia Harada,Satiko Yonehara e Mari Tozuka. 5: Mitsuko Yoshi-da, Felícia Harada, Kazue Shimao, AkemiHirakawa, Tomiko Suguiyama e Junko Fujiyama.

A Associação Cultural Nipo-Brasileira de Taubaté promoveu o seu Sushi Matsuri no dia 20 demaio, com a presença de líderes comunitários, associados e simpatizantes.Uma das atrações dafesta foi o grupo de dança flamenca, da professora Mari Tozuka.

A professora de Ikebana Emilia Tanaka recebeu, no último dia 30, na residência do cônsulgeral do Japão em São Paulo, a comenda de Ordem do Sol Nascente. Muito emocionada, aprofessora da modalidade desde 1958 realizou um discurso, no qual contou toda sua trajetória.

1: Emilia Tanaka entre seu filho, Helio Takashi Tanaka, e seu marido, Akira Tanaka. 2: Masuo Nishiba-yashi, Emilia Tanaka, Akira Tanaka e Kikuko Nishibayashi. 3: Osamu Matsuo, Seiti Sakay e KokeiUehara. 4: Carlos Takahashi e Aurélio Nomura. 5: Célia Abe Oi, Harumi Goya, Tomoko Higuchi eKoichiro Shinomata.

A JCI (Câmara Júnior) Brasil-Japão realizou no último dia 22 de maio uma palestra com oconsultor financeiro Gustavo Cerbasi. O evento foi um sucesso de público. Mais de 500 pessoaspuderam conferir os conselhos sobre o tema: “Como conquistar sua tão sonhada independênciafinanceira”.

1: Regis Yoshio, Gustavo Cerbasi, Lucilia Satomi,presidente da JCI Brasil-Japão, e Roberto Sekiya,coordenador da palestra. 2: Milena Abe, RodrigoFonseca, William Lin, Yasushi Arita e Harue Arita.3: Solange Haranaka, Marcelo Odo, VerônicaSterzek e André Hirano. 4: Diogo Nomura Neto,Lincon Posseti, Patrícia, Ricardo e Seiji Ishikawa.5: Kazuo Kurahashi, Henrique Yokota, Mika Ito eEduardo Kashimata. 6: Lucilia Satomi com os pa-trocinadores do Banco Sudameris: Omar Okyno,Márcia Nakagawa e Jorge Iwashita. 7: Luiz Oka-moto e Leandro Hattori. 8: Rodolfo Wada, IuzoTakeda, Diogo Miyahara, Nilson Satomi e CláudioKurita. 9: Rodrigo Hayakawa e Mauro Nikuma.

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São Paulo, 07 a 09 de junho de 2006 JORNAL NIKKEI 3

Após aprovação no Se-nado Federal, o de-sembargador paulista

Massami Uyeda recebeu no-meação do presidente da Re-pública Luiz Inácio Lula da Sil-va como novo ministro do Su-perior Tribunal de Justiça. Elepartirá em breve para Brasí-lia, onde assume o posto em14 de junho, como o desem-bargador alagoano HumbertoMartins, também nomeadoministro para as vagas deixa-das pelos ministros aposenta-dos Sálvio de FigueiredoTeixeira e Franciulli Netto.

Nascido em Lins (SP), odesembargador MassamiUyeda, 63 anos, formou-se emDireito na USP (1966), ondetambém fez pós (Direito Pú-blico) e doutorado (DireitoComparado) e latu sensu naEscola de Magistratura Fran-cesa, em Paris (1997).

No seu currículo incluem-se atuações no Ministério dasComunicações, Varas de Fa-zenda Pública, Juizado Espe-cial de Pequenas Causas e terlecionado em algumas institui-ções de ensino superior.Acompanhando as atividadesda comunidade nikkei em SãoPaulo, Uyeda foi também pre-sidente da Associação Brasi-leira dos Bolsistas GaimushôKenshusei e membro fundadordo Instituto de Direito Compa-rado Brasil-Japão, tendo par-ticipado de palestras e semi-nários que debatem os proble-mas dos dekasseguis.

Na entrevista que deu aoJornal Nikkei, em seu gabi-nete no Tribunal de Justiça ins-talado no bairro da Liberdade,Massami Uyeda conta umpouco de sua trajetória e o quepensa sobre a atuação do Di-reito na sociedade.

Jornal Nikkei: Quais asfunções de um ministro doSTJ?

Na estrutura constitucionalbrasileira, o Superior Tribunalde Justiça é considerado, aolado do Supremo Tribunal Fe-deral e do Superior TribunalEleitoral e Superior TribunalMilitar e do Tribunal Superiordo Trabalho, os chamados Tri-bunais Superiores do Brasil. Acompetência para um julga-mento das causas submetidasa apreciação do Superior Tri-bunal de Justiça é em referên-cia a todas as causas infra-constitucionais, ou seja, todamatéria que não seja exclusi-vamente no ponto de vista naConstituição, mas toda legisla-ção infraconstitucional, todalegislação federal e por tabelaa legislação estadual e muni-cipal e também os atos admi-nistrativos normativos. A com-petência é muito ampla, é umtribunal que em ultima análisedeve uniformizar a jurisprudên-

cia federal, deve traçar a ori-entação do Estado como juiznas causas tanto de naturezacivil quanto penal fundamen-tadas em legislação infracons-titucional.

JN: Como surgiu seu in-teresse na área de Direito ecomo começou a atuar?

Meu interesse no Direito jáé bem antigo porque ao mes-mo tempo em que cursava ocolegial eu imaginava que atu-ar na área seria uma grandeoportunidade de poder servira um maior número possívelde pessoas e por tabela a so-ciedade. E eu me lembro queuma das primeiras manifesta-ções de lampejo de justiça quetive ocorreu quando serviacomo soldado reservista no 4ºBatalhão dos Caçadores deLins, em 1961, e lá presencieiuma flagrante cena de injusti-ça. Um soldado havia sidoadvertido severamente por umsuperior e todos que ali esta-vam sabiam que ele não eraresponsável pelo fato, mas,como se estava numa situa-ção de treinamento, ninguémousou divergir porque issopoderia caracterizar um atode insubordinação. Então, na-quela ocasião, eu, com muitotato, procurei pedir a palavrapara uma oportunidade demanifestação para dizer queas coisas não tinham se pas-sado daquela forma. Aquilogerou uma grande advertên-cia sobre mim, na verdade opróprio superior acabou dizen-do que não admitia uma inter-ferência daquela natureza,mas eu havia dito que nãopoderia concordar com a ma-nifestação, quando alguémestava sendo injustamenteagredido. Foi nesse momentoentão que eu imaginei que se-

ria um dos caminhos a seguira área do Direito e da distri-buição da justiça.

JN: Na época em que osenhor se formou não erammuitos os casos de nikkeisem cursos superiores, espe-cialmente como Direito ouMedicina. Foi difícil inves-tir na carreira e ser aceitono meio? Quais foram as di-ficuldades na época?

Na verdade as dificuldadesque nós, os nisseis daquelageração, tivemos não diferemmuito das que as novas gera-ções estão também passando.Uma das características dacorrente imigratória japonesano Brasil foi a permanente pre-ocupação dos pais em propor-cionar condições de educaçãoe desenvolvimento para os fi-lhos. Comigo também não foidiferente, porque como amaior parte dos imigrantes nos-sos pais vieram com as mãosvazias, mas trouxeram nassuas bagagens muitos sonhos,esperanças, e muita vontadede vencer e criar uma famíliano seio de uma nova socieda-de de um país que os recebiae que os acolhia muito bem.De maneira que a ascensão,vamos dizer assim, o acessoque os nikkeis tiveram aos cur-sos superiores é uma manifes-tação clara dessa vontade queteve o imigrante, não só daetnia japonesa, mas de modogeral todos os imigrantes, emfazer uma vida nova numa pá-tria nova.

JN: Como o senhor che-gou a São Paulo, já que nas-ceu e morou em Lins?

Eu vim a São Paulo porque,em 1962, a cidade tinha umapopulação na casa dos 5 mi-lhões de habitantes e possuía

três cursos de Direito. A Fa-culdade de Direito do LargoSão Francisco, da Universida-de de São Paulo, a mais antigainstituição de ensino jurídico doBrasil, porque foi instituída pordecreto imperial de D. PedroI em 11 de agosto de 1927. E,ao lado dessa tradicional esco-la de Direito, por onde passa-ram várias personagens davida política no Brasil, muitospresidentes, senadores, depu-tados e ministros do SuperiorTribunal Federal, naquela qua-dra de 1970, ao lado da Facul-dade de Direito da USP nóstínhamos a Pontifícia Univer-sidade Católica e a Universi-dade Mackenzie. Então a mi-nha vontade de vir de Lins, ládo interior para São Paulo, foibuscar o ingresso na faculda-de de Direito da USP e eu tivea felicidade de ter sido apro-vado. Na ocasião eu haviaprestado também vestibularpara a Faculdade de Filosofia,Letras e Ciências da USP e naocasião eu pretendia me dedi-car ao estudo de línguas, e fuibem sucedido no curso de Le-tras Clássicas, porque eu que-ria estudar muito português,latim e grego.

JN: O senhor então tam-bém estudou na FFLCH?

É, fui aprovado no vestibu-lar, e cursei apenas um anoporque fazia simultaneamentea Faculdade de Direito. Mas,por problemas pessoais, eu tivede trabalhar, e aí tocar essesdois cursos passou a ser difícile tive de optar pelo Direito.

JN: Esse trabalho já foina área do Direito?

Sim, na verdade eu acabeiingressando na área como au-xiliar no Departamento Jurídi-co já em 1964, e embora como

ENTREVISTA DA SEMANA

Massami Uyeda assume como ministro doSuperior Tribunal de Justiça na próxima semana

Antigamente, quando sefalava em união estável, todosse sobressaltavam, os co-mentários a respeito eram àboca pequena, não havia qual-quer legislação pertinente, e,pasmem, os tribunais chega-vam a decidir até que as com-panheiras (geralmente, asmulheres eram as grandesprejudicadas) deveriam rece-

União Estável – Parte Iber algo no final do tal relacio-namento por serviços presta-dos.

Entretanto, é de se ver queera uma realidade. Havia tan-tas uniões estáveis, verdadei-ras famílias e sem qualquerproteção. Cedo ou tarde algu-ma providência iria surgir. As-sim, certa está a ConstituiçãoFederal de 1988, quando reco-

nhece a união estável comoentidade familiar, trazendo-a aoabrigo da lei.

Porém, somente em 1994e posteriormente em 1996 leisespecíficas trataram da maté-ria.

Com a edição da Lei 8971,de 29/12/1994, regulou-se odireito dos companheiros a ali-mentos, nos mesmos direitos edeveres existentes entre oscônjuges, e à sucessão.

A Lei 9278, de 10 de maiode 1996, que regulamentou o§ 3º do artigo 226 da Consti-tuição Federal, reconheceucomo entidade familiar, comounião estável ou concubináriapropriamente, a convivênciaduradoura, pública e contínua,de um homem e uma mulher,estabelecida com objetivo deconstituição de família. Comose vê, não reconhece a lei arelação homossexual e nemestipula prazo certo para a

existência de união estável.O Novo Código Civil, em

seus artigos 1723 a 1726,conceitua a união estável nosmoldes da Lei 9.278/96.

Vejamos:

“Art. 1723. É reconhecidacomo entidade familiar a uniãoestável entre o homem e amulher, configurada na convi-vência pública, contínua e du-radoura e estabelecida com oobjetivo de constituição de fa-mília.”

§ 1º. A união estável nãose constituirá se ocorrerem osimpedimentos do art. 1521;não se aplicando a incidênciado inciso VI no caso de a pes-soa casada se achar separadade fato ou judicialmente.

§ 2º. As causas suspensi-vas do art. 1523 não impedi-rão a caracterização da uniãoestável.”

Da leitura desses dispositi-vos conclui-se que a união es-tável é a convivência públicaentre o homem e a mulher li-vres, de maneira contínua, istoé, sem qualquer interrupção,duradoura e constituindo famí-lia. Como se verifica, os mes-mos impedimentos para o ca-samento são aplicados à uniãoestável, é claro, excluindo-seo impedimento VI, que se re-fere às pessoas casadas.

São elementos essenciaispara a configuração da uniãoestável: a) diversidade de sexo;b) ausência de matrimônio vá-lido e de impedimento matri-monial entre os companheiros(não se aplica o art. 1521, V,do Código Civil, no caso de apessoa se achar separada ju-dicialmente ou de fato); c) con-vivência marital pública, con-tínua e duradoura; d) intençãode constituir família.

A união estável pode ser

convertida em casamento. Aqualquer tempo, os interessa-dos podem requerê-la ao juiz,perante o oficial do RegistroCivil da circunscrição de seudomicílio, observando-se osimpedimentos legais, e, ao de-pois, assento no Registro Ci-vil. É lógico que não se deveexigir a celebração das núp-cias pelo juiz do casamento.Até porque se um dos convi-ventes for separado judicial-mente ou de fato e viver emunião estável não pode esta,é claro, ser convertida em ca-samento. Dessa forma, nãose pode equiparar a união es-tável ao casamento.

Felicia Ayako HaradaAdvogada em São Paulo

Integrante do HaradaAdvogados Associados

[email protected]

auxiliar o salário não fosseequiparado ao que se encon-trava fora da área do Direito,eu preferia assim fazer, comouma forma de retribuição indi-reta pelo conhecimento queiria adquirir.

JN: E o senhor tem maisde 40 anos de experiênciana área de Direito...

Atuo desde 1964, comoauxiliar de Departamento Ju-rídico, naquela época haviauma categoria chamada desolicitador acadêmico, depoiseu terminei o curso de Direito,tornei-me advogado, advogueiem São Paulo em empresascomo a Kibon, e prestei umconcurso do Ministério Públi-co de São Paulo, em que tivetambém sucesso, fui promotorpúblico do Estado de São Pau-lo de 1970 a 1977 e, depois,prestei novo concurso paramagistratura de São Paulo. Eingressei na magistratura emjaneiro de 1978, onde até ago-ra me encontro e no dia 14deste mês eu estarei me apos-tando em São Paulo e assumin-do o lugar de ministro do Su-perior Tribunal de Justiça.

JN: Quais mudanças osenhor vê nessa área, desdequando começou a traba-lhar até hoje?

Essa pergunta também émuito interessante, porque nasdécadas de 60, 70, 80, 90 emesmo no novo milênio no ano2000, não só o Brasil, mascomo todo o mundo, sofreuuma grande transformaçãosócio-político-econômica. Oshistoriadores, sociólogos, pes-quisadores políticos, os juris-tas, os pedagogos, enfim,todos são unânimes em afir-mar que o mundo hoje não éo mesmo de 40 anos atrás,quando tínhamos uma aura deromantismo, e podíamos, mes-mo na época de faculdade,sair à noite pelas ruas de SãoPaulo e estávamos tranqüilos.Hoje em dia há uma preocu-pação constante com o pro-blema da segurança, cujaquestão passa por outros cri-vos e todas essas transforma-ções acarretam mudança noordenamento jurídico, de ma-neira que a atuação do Direi-to como norma de regência daconduta das pessoas, da so-ciedade, tanto quanto possívelse estará atualizada e essascondutas que deverão estaratualizadas pelas leis vão seraplicadas nos tribunais e porisso que a atuação dos tribu-nais ou dos juízes passa a serrelevante na medida de quetem de ser aplicadas essas leise propor acompanhar a evo-lução dos tempos. Então res-pondendo objetivamente suapergunta eu diria que ao ce-nário de 1960 em cotejo com

Massami Uyeda: “Uma das características da imigração japonesa foi a preocupação com a educação”

o cenário de 2006 houve umasubstancial alteração e trans-formação, mas isso não signi-fica que pessimisticamentenós possamos concluir quenão haja soluções à vista. Naverdade as soluções deverãovir, como se espera tambéme já estão acontecendo. Exis-te uma palavra no glossáriochinês, que muito bem ex-pressa isso. Crise. Nós esta-mos vivendo a crise social, acrise política. O que é crise?É uma situação e estado deperigo, e o glossário chinêsreproduz bem essa idéia coma junção de dois ideogramas:perigo e oportunidade. Esta-mos efetivamente vivendo umperigo crítico, masvivenciando a grande oportu-nidade de solucioná-lo.

JN: Alguém tem culpanessa crise que o Brasil estávivenciando?

Não se pode dizer que al-guém tenha culpa. É a própriafunção da própria história, é ateoria pendular que nós esta-mos vivenciando. Esse perío-do crítico vai ter uma solução,e a universidade, a iniciativaprivada, o poder público, enfim,toda a sociedade está emana-da no sentido de encontrar es-sas soluções. Não há como seapontar um responsável.

JN: Tem alguma luta naárea de Direito que o senhorgostaria de levar à frentecomo ministro?

Colocando a pergunta nosseus devidos termos, eu diriaque a preocupação de tudo,como profissional e operadordo Direito, será sempre no sen-tido de buscar o equilíbrio so-cial. A função do Direito nasociedade é exatamente pro-porcionar isso, e como minis-tro do STJ a tarefa que é aco-metida aos juizes de maneirageral é procurar aplicar a leino caso concreto e, assim fa-zendo, estabelecer esse equi-líbrio social. Então, em relaçãoao exercício da minha função,eu sempre estarei animado nopensamento de que devo meesforçar conscientemente nosentido de bem aplicar a lei noscasos que forem submetidos.

JN: Agora como novo mi-nistro, qual o sentimento emrelação a conseguir atingiresse cargo, como nikkei ecomo um advogado?

À nomeação ao cargo deministro no Tribunal Superior,pode-se dizer que é a consa-gração profissional de quemtrabalha na área do Direito, eassim encarando recebo commuita humildade esse novoencargo e procurando semprefazer jus as expectativas quese criou em torno da minhanomeação.

JORNAL NIKKEI

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4 JORNAL NIKKEI São Paulo, 07 a 09 de junho de 2006

Nos dias 10 e 11 de ju-nho (sábado e domin-go), a Fundação Japão

em São Paulo promove umespetáculo de fusão musical,cultural e artística com os mú-sicos Keiko Asoo e CamiloCarrara no palco, para apre-sentações inéditas unindo ossons do violão e da ocarina,antigo instrumento de sopro.

Flautista e ocarinista, KeikoAsoo nasceu em 1970 emMobara, na província de Chiba,no Japão. Formada em flautapela Universidade de MúsicaMusashino, Asoo mostrou seutalento durante a graduação,tendo sido aprovada como pro-fessora de flauta da YamahaPMS (Popular Music School).

Em 1998, estabeleceu oGrupo Aonokai, com o propó-sito de expandir a música àsociedade em geral, tornando-o anos depois uma NPO (NonProfit Organization), e realizan-do apresentações em institui-ções sem fins lucrativos comoasilos, creches, escolas e hos-pitais. Além de concertos deflauta e ocarina realizados pe-riodicamente, suas atividadesextendem-se também na pro-moção de intercâmbio culturalcom outros países, tendo seapresentado nos Estados Uni-dos.

A ocarina é um instrumen-to de sopro, geralmente de bar-ro, com cerca de dez orifícioscorrespondentes às notas su-cessivas de uma escala musi-cal. O nome do instrumentoprovém de sua semelhançacom a cabeça de um ganso.

A história de ocarina re-monta a um povoado italianosituado a cerca de 20 quilôme-tros de Bolonha, Budrio, emmeados de 1860. Seu criadorfoi Giuseppe Donati, umdoceiro de Budrio, conhecidopor sua afeição à música, quepartindo de um antigo instru-mento, fez diversos experi-mentos e modificações, atéconsolidar a ocarina atual.

Camilo Carrara, violonistaformado pelo Departamentode Música da USP, tem sedestacado por fazer a ponteentre os universos da músicaerudita e popular. Pela sua téc-nica e musicalidade, é freqüen-temente requisitado para gra-

vações, shows e concertos noBrasil e exterior ao lado deartistas renomados como Alaí-de Costa, José Miguel Wisnik,Ná Ozzetti, Rodolfo Medeiros(Argentina), Toquinho, ZiziPossi, entre outros.

Suas participações se es-tendem também junto à Or-questra Sinfônica do Estadode São Paulo (Osesp), Or-questra Municipal de São Pau-lo (OSM), Banda Sinfônica doEstado de São Paulo e ao HetSpectra Ensemble – grupo bel-ga de música contemporânea.

Keiko Asoo e Camilo Carraraapresentam espetáculo inédito

Tem em sua discografia a par-ticipação em mais de 30 CDse, em junho de 2004, lançoupela gravadora Azul Music,seu primeiro CD solo: “Can-ção do Sol Nascente”, com 24arranjos de canções tradicio-nais japonesas para violão.

Programação – Na apresen-tação, serão interpretadas can-tigas tradicionais japonesas,bem como músicas popularesbrasileiras e estrangeiras, taiscomo Sakura, Tsuki no Sabaku,Furusato, Olhando para o Céu,

Garota de Ipanema, Imagine,entre outras.

APRESENTAÇÃO KEIKO ASOOE CAMILO CARRARAQUANDO: DIAS 10 E 11 DE JUNHO.SÁBADO, ÀS 18H, NO RESTAURANTE

SHINTORI (AL. CAMPINAS, 600) E

DOMINGO, ÀS 11H, NO ESPAÇO CULTURAL

DA FUNDAÇÃO JAPÃO (AV. PAULISTA, 37,1º ANDAR – PRÓXIMO AO METRÔ

BRIGADEIRO)INFORMAÇÕES: 11/3141-0843 / 3141-0110 / WWW.FJSP.ORG.BR

ENTRADA GRATUITA. NÃO ÉNECESSÁRIO CONFIRMAR PRESENÇA.

Camilo Carrara já se apresentou ao aldo de artistas renomados como Toquinho e Zizi Possi

A flautista e ocarista Keiko Asoo, que participa também de intercâmbio cultural com outros países

DIVULGAÇÃO

MÚSICA

A pianista Ayumi Shigetae o violinista Luiz Amato sãoos convidados do 28º Concer-to Bunkyo aos Domingos, pro-gramado para o dia 11 de ju-nho próximo, com o Recitalde Violino e Piano

Ayumi e Luiz, desde queformaram o duo em 2004, jáse apresentaram em importan-tes salas de concerto, como ado CPFL de Campinas, SescVila Mariana, Centro CulturalFiesp, Pinacoteca (série BankBoston), interpretando compo-sições do final do século 19 econtemporâneas.

Luiz Amato é professorda Unesp e da Escola Muni-cipal de São Paulo e spalla daJazz Sinfônica. Estudou naOrquestra Sinfônica do Esta-do de São Paulo na qualida-de de vencedor do ConcursoJovens Solistas. Bacharel naUSP, fez mestrado emBoston (EUA) e doutorou-seem 1996 pela Universidadede Califórnia (EUA).

De volta a São Paulo, in-tegrou a Camerata Novo Ho-rizonte (salla), a Orquestra deCâmara São Paulo (spalla), oTrio Ives e os quartetos deSão José dos Campos e Mu-nicipal da Cidade de São Pau-lo (na qual ganhou, respecti-vamente, em 1997 e 2001, oprêmio da APCA na catego-ria de Melhor Grupo de Câ-mara do Ano).

Luiz Amato também foi,durante três anos, spalla daOrquestra Sinfônica Munici-pal de São Paulo e, por dois,na Amazonas Filarmônica.

Ayumi Shigeta iniciou seusestudos aos 6 anos de idade.Formou-se em 2000, pelaEscola Municipal de Músicae pela Faculdade Mozarteumde São Paulo, sendo seusmestres, Sônia Yamakawa,

Maria Eliza Bologna, OlgaKiun e Eduardo Monteiro.Também participou demasterclass com diversos pi-anistas nacionais e internaci-onais. Bolsista da FundaçãoVitae, formou-se em cravoem 2003 pela Escola MagdaTagliaferro.

Ayumi atuou como tecla-dista (celesta) da Osesp, pia-nista do Grupo Raízes de dan-ça flamenga na SemanaGuiomar Novaes, pianista doscorais Ashibue e da Funda-ção Bradesco.

Também se apresentoucomo solista da Orquestra Fi-larmônica de São Paulo,Osesp e Sinfonia Cultural, res-pectivamente, sob regência deKenichi Yamakawa, DiogoPacheco e Lutero Rodrigues.

Programação – Da progra-mação do Recital de Violino ePiano de Luiz Amato e AyumiShigeta constam composiçõesde: Mozart (Sonata para violi-no e piano - KV 304-300c emmi menor: 1º. Movimentoallegro e 2º. Movimento tem-po di minuetto), Liszt (Estudode concerto no. 3 – sospiro),Chopin (Barcarola op. 60),Saint-Saens (Introdução eRondó Caprichoso) eDebussy (Sonata para violinoe piano - 1º Movimento allegrovivo, 2º Movimento intermede:fantasque at lêger e 3º Movi-mento Três anime).

O Concerto Bunkyo aosDomingos tem o apoio cultu-ral da Fundação Kunito Miya-saka, Panasonic, Sudameris,Toyota e Yakult.

O Recital de Violino e Pi-ano será realizado no Peque-no Auditório, no dia 11 de ju-nho, às 11 horas, na Rua SãoJoaquim, 381, Liberdade. En-trada franca.

CONCERTO

Ayumi Shigeta e Luiz Amatosão os convidados do Bunkyo

Luiz Amato, que estará se apresentando ao lado de Ayumi

DIV

ULG

ÃO

Completado um ano de ati-vidades no mês de maio, o gru-po Yuushin Taikô procura cres-cer e desenvolver suas técni-cas numa das artes que maisencantam os jovens nikkeis.Para isso, precisa de mais ins-trumentos, possibilitando me-lhores condições de aprendiza-do aos alunos.

A equipe hoje conta com 18alunos, de 10 a 17 anos, asso-ciados à Sociedade CulturalABC (Bunka Kyokai de San-to André), entidade que os aco-lhe no quarto e último andar doprédio localizado na Rua San-to André, no bairro da VilaAssunção, na cidade do ABCpaulista. Dos equipamentos,conta-se 11 tambores. A inten-ção é adquirir outros dois tipos:odaikos (grandes) e shimedai-kos (pequenos).

“Queremos diversificar nos-sas apresentações, mas temosum só tipo de taikô”, conta umadas alunas, Patrícia Sayuri Fu-jisawa. “Faz um ano que temoso grupo montado, e precisamosarrecadar dinheiro para com-prar mais taikôs, porque o nú-mero de alunos é maior que ode tambores. E queremos tam-

bém aumentar o grupo, já quehá grande procura [de interes-sados]. Toda semana vinhagente conhecer e começava afazer a aula. Mas tivemos delimitar, porque não iríamos con-seguir dar conta”, lamenta ajovem de 17 anos.

Pensando nisso, a comissãode jovens, composta por maisde 20 pessoas, resolveu unirdeterminação e força e orga-nizou a 2ª Noite da Pizza queaconteceu no último sábado(3). As mais de 350 pessoasconvidadas da região puderamcontribuir com a causa, eprestigiaram o evento, sabore-ando deliciosas pizzas e con-correndo a vários prêmios nasrodadas de bingo que anima-ram a noite.

E com a ajuda do vice-pre-sidente Yuji Gombata, conheci-do na região por ser professorde Biologia num cursinho dacidade, foi possível agregarmais parceiros. São duas asentidades beneficentes queagradecem a colaboração dosjovens nikkeis: o Projeto Cre’r,que cuida de excepcionais, e oCentro de Promoção HumanaLar Vicentino, que acolhe ido-

Yuushin Taikô, de Santo André, quer maisinstrumentos para desenvolver técnicas

sos em Ermelino Matarazzo. “OSeinen ofereceu parceriaconosco. A proposta consisteem contarmos com seu apoionas barracas quando tivermoseventos na escola”, explicaHarumi Uehara Taira, voluntá-ria no Projeto Cre’r. Na agen-da, já está marcada sua FestaJunina, dia 10; só falta enviar oconvite aos jovens. A entidadeassiste a 33 internos com defi-ciências múltiplas. “Sempremantemos contato com elesatravés do professor Yuji. Nafesta que fizemos no Natal, elesparticiparam com a apresenta-ção de taikô.”

Outro programa marcado éo yakisoba que o Lar Vicentinoprepara para os dias 1º e 2 dejulho, quando realiza a 15ª Fes-ta das Nações.

Virada Cultural - Com umano de existência, o YuushinTaikô teve um de seus gran-des momentos de destaque nasegunda edição da Virada Cul-tural, programa que listou mui-tas atrações e manifestaçõesartísticas na cidade de SãoPaulo no dia 21 de maio. Aolado dos grupos Kyôrakuzã

Harmonia Taiko e Mizuho,abriram a grande festa na Pra-ça da Independência, no bair-ro do Ipiranga, logo no períododa manhã, como lembraCristiano Issamu, um dos vice-presidentes do Seinen. Ele des-taca que quem introduziu a prá-tica na associação de SantoAndré foi o professor Kokubo,que depois partiu para o Japão,onde mora.

Agora as técnicas são pas-sadas pela professora SuemiCoelho, do Harmonia, da vizi-nha São Bernardo do Campo.Uma ou duas vezes por mêsela comparece ao local paraencontrar-se com os alunos.Estes programam suas agen-das e têm como compromissorealizar os treinos todas as sex-tas e sábados.

Para mais conforto, os inte-grantes jovens querem aindamelhorar a infra-estrutura desuas dependências. Comprarcortinas e sofás já seria sufici-ente. “Acredito que as pesso-as que fazem parte do Yuushinqueiram um grupo maior. É oque desejamos, torná-lo maisforte”, afirma Patrícia.

(Cíntia Yamashiro)

TRADIÇÃO

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São Paulo, 07 a 09 de junho de 2006 JORNAL NIKKEI 5

COMUNIDADE/BUNKYO

Após serem condecoradospelo Consulado Geral do Japãoem São Paulo, Emília Tanaka(como estrangeira), ChuyoNakanishi e Jiro Nomura(como japoneses residentes noexterior) recebem amanhã (8)uma homenagem do Bunkyo(Sociedade Brasileira de Cul-tura Japonesa). A entidadeprepara a Cerimônia de Ho-menagem aos Condecoradosde Primavera 2006, a partirdas 19h30, em seu Salão No-bre.

Dezenas de entidades re-presentativas da comunidadeestão juntas na organização doevento. A professora EmíliaTanaka, 77, presidente da As-

sociação de Ikebana KadoIemoto Tatibana da AméricaLatina, foi recepcionada pelocônsul Masuo Nishibayashi emsua residência oficial no dia 30de maio. O imigrante ChuyoNakanishi, 95, ex- presidentedo Kenren (Federação dasAssociações de Províncias doJapão no Brasil), recebeu ahomenagem do Consulado on-tem. E o diretor do Enkyo (Be-neficência Nipo-Brasileira deSão Paulo) Jiro Nomura, 82,terá sua vez às 15h de ama-nhã, antes da festa no Bunkyo.

A entidade fica na Rua SãoJoaquim, 381, Liberdade. Maisinformações pelo telefone 11/3208-1755.

Bunkyo homenageia amanhãCondecorados de Primavera 2006

ANUNCIE

e-mail: [email protected]

(11) 3208 3977

OUTORGA

Àprimeira vista, LuizFernando Rosa da Sil-va não é nada japonês.

Descendente de austríacos eportugueses, herdou de seusavós olhos redondos e claros,cabelos um pouco ondulados,pele branca e bochechas emtom de rosa. Mas a vida deLuiz Fernando, um paulista de26 anos, tem muito a ver como Japão. Silva é o primeiro so-brenome na presidência doSeinen Bunkyo São Paulo (de-partamento jovem da Socieda-de Brasileira de Cultura Japo-nesa) que não tem origem ja-ponesa.

Em 2003, o analista de sis-temas estava navegando emum site na internet sobre a co-munidade. Foi uma amiga - ci-ente de seu interesse pela cul-tura oriental - que lhe indicouo site. “Entrei num grupo debate-papo do seinen, e assimcomecei no grupo”, conta Sil-va.

O primeiro dia no Seinen foimarcante: “A primeira coisaque eu fiz foi a limpeza da sala.Foi um trabalho braçal”, diz,com o sorriso constante. Se-gundo Luiz Fernando, daqueleano para cá muitos já entra-ram e saíram do departamen-to. Os que permanecem são,geralmente, descendentes dejaponeses. Mas, para ele, o in-teresse pela comunidade japo-nesa entre os não nikkeis estáaumentando: “O departamen-to de cultura, por exemplo,também é dirigido por um não-descendente. Acho que aspessoas procuram algo dife-rente. Eu, por exemplo, não seinada da história da minha fa-mília”, explica.

Apesar da aparente falta deinteresse de Luiz pela culturade seus avós, a família apóiaas atividades ligadas à comu-nidade japonesa. Porém, mes-mo com o apoio de casa, a vidade presidente não é fácil: “Arotina é corrida, puxada. Nãobasta ter o nome de presiden-te. Tem que se preparar, pla-

nejar”, afirma. O analista desistemas hoje atua como ad-ministrador de rede do ItaúCultural. Tem que conciliar otrabalho com as reuniões se-manais no 3º andar do Bunkyo,local onde o departamento jo-vem discute projetos e even-tos. “Às vezes só os sábadosnão bastam. Temos que fazeralguma reunião no meio dasemana também”.

A vida pessoal de Silva tam-bém evidencia seu lado, diga-mos, oriental. “80% dos meusamigos são descendentes dejaponeses”, conta. Suas ex-namoradas também têm olhospuxados.

Quando começou a parti-cipar de reuniões nas quais sóse falava o japonês, Luiz re-solveu estudar o idioma. Elelembra: “Percebi que precisa-va melhorar a comunicação ládentro (do Seinen)”. Para isso,

estudou dois anos. Emboraconviva num ambiente onde amaioria tem traços diferentesdos seus, o jovem nunca sesentiu excluído. Começou, in-clusive a freqüentar festas no-turnas organizadas pela comu-nidade, onde geralmente qua-se todo o público é de orien-tais: “Acho as baladas japasmais organizadas e têm menosbrigas”.

Desde que começou a fre-qüentar o grupo, Luiz já notoualgumas diferenças. Além deuma maior participação dosjovens - “Hoje as pessoas maisnovas tem bem mais conheci-mento que antes, o pessoal estámais preparado” – o presiden-te vê a integração com o Bun-kyo uma mudança significati-va: “Antes eles viam o seinencomo uma coisa à parte. Hojenós procuramos trabalhar emconjunto”. Ele diz que precisa

de pessoas comprometidas, eque o objetivo maior do depar-tamento jovem, hoje, é um re-conhecimento maior na socie-dade.

Cerca de 100 pessoas es-tão cadastradas no banco dedados do Seinen. Destas, 30jovens freqüentam regular-mente os eventos e reuniões.Entre as atividades realizadasestão trabalhos voluntários eprojetos, como o Programade Formação de Líderes(Proform). A previsão deLuiz Fernando Rosa da Silvaé de que o Seinen terá, cadavez mais, pessoas participa-tivas. E, se depender da mis-tura de culturas, caracterís-tica cada vez maior no Bra-sil, esse futuro será certo.Coincidência ou não, o irmãode Luiz freqüenta a comuni-dade coreana.

(Juliana Kirihata)

Pela primeira vez, Seinen elegepresidente não descendente

Uma das cidadespaulistas mais enga-jadas na comemora-ção dos 100 anos de

imigração, Guarulhos prepara-se agora para dar início de for-ma oficial aos projetos do Cen-tenário ao criar uma associa-ção voltada exclusivamentepara os festejos. Marcadapara domingo (11), a primeiraAssembléia Geral da nova en-tidade, denominada “Associa-ção Guarulhense para Come-moração do Centenário da Imi-gração Japonesa no Brasil”,discutirá questões pertinentesà nova diretoria e formataçãodo estatuto social.

Segundo o vice-presidenteda comissão que até então cui-dava dos preparativos do Cen-tenário, Fernando Mukuno, aidéia de lançar oficialmenteuma entidade dos 100 anossurgiu após consultas ereuniões com a comunidadenikkei local, que encontrava

dificuldades para obter infor-mações sobre os andamentosdos preparativos em Guaru-lhos. “Será nosso primeiro en-contro entre a diretoria e osassociados, já para começar adefinir os projetos que real-mente iremos correr atrás.Queremos mostrar que Gua-rulhos também está inseridanessa grande festividade, alémde fortalecer ainda mais o in-tercâmbio entre brasileiros ejaponeses”, afirma ele.

Após a Assembléia Geral,na qual concorrerão ao cargode diretoria os principais diri-gentes da comissão atual en-cabeçada por EduardoYukisaki, os coordenadorespreparam-se para correr atrásde apoio aos projetos do cen-tenário e também de interes-sados em participar das orga-nizações do festejo. SegundoMukuno, que hoje ocupa ocargo de presidente da Uceg(União Cultural e Esportiva

de Guarulhos), “já está nahora de fecharmos alguns tra-balhos, pois o Centenário estápraticamente a dois anos”.“Antes de dar continuidadeaos trabalhos, iremos primei-ro registrar em cartório nossaAssociação para efetivamen-te começar os trabalhos. Issofoi um pedido da própria As-sociação para Comemoraçãodo Centenário, através do pre-sidente Kokei Uehara, paraformar uma parceria comeles. Vamos fazer nossa par-te e batalhar com os projetoslocais, mas sempre pensandoem como fortalecer no cen-tenário como um todo. É im-portante manter esse elo comas demais regiões para fazerdessa festa um marco na his-tória”, explica.

Quanto aos projetos emandamento, Mukuno comentaque dois estão praticamentefechados: um monumento noAeroporto de Internacional a

ser produzido pela artista plás-tica Tomie Ohtake, e a revita-lização da Praça Kasato Maru,localizado na periferia da cida-de, sendo que este último con-tará com a ajuda da prefeituralocal. “Esse dois projetos já es-tão encaminhados. Inclusive, aprópria Tomie Ohtake visitouo local onde será colocado omonumento para estudar asformas e o que pode ser feitopara homenagear os japonesesque desembarcam. Já para apraça Kasato Maru tambémconseguimos um apoio muitobom da prefeitura. O que estápendente ainda e que vamoscomeçar a fechar é o formatodo festejo e a formatação dosdiretores das sub-comissões”,diz Mukuno.

Aberta a toda a comunida-de nikkei e com início às 14horas, a Assembléia Geral seráaberta a todos os interessadose acontece na rua Maria Zinti,232, Guarulhos.

Assembléia no dia 11 define diretoria e estatuto daAssociação Guarulhense para as comemorações

CENTENÁRIO

Enquanto algumas associ-ações nipo-brasileiras atenuamsuas atividades, uma sub-sede( a 44ª) da Associação Okina-wa Kenjin do Brasil (AOKB)é inaugurada na capital para-naense. No domingo (4) foiapresentada a diretoria eleitada Associação OkinawaKenjin de Curitiba, presididapor Jorge Yasuhide Uesu.

A nova entidade tem 49 fa-mílias associadas, descenden-tes ou não da ilha ao sul doJapão. E tudo começou com otanomoshi (consórcio de di-nheiro), costume em Okinawa,onde as pessoas viviam próxi-mas e todos se conheciam.“Começamos com otanomoshi lá pela década de60, porque um podia ajudar ooutro quando precisasse de di-nheiro. Eu entrei nesse grupohá cinco anos e no final do anopassado me elegeram comopresidente. Mas o objetivo nãoera só financeiro, mas socialtambém.” E foi por isso queUesu resolveu ir além. “O pes-soal se reunia, mas a tendên-cia era diminuir, porque algunsfaleceram e não estava haven-do continuidade. Foi aí quepensei em fazer algo pelo gru-po. Em janeiro propus fundara associação, e todos concor-daram. Fizemos assembléia, oestatuto, elegemos diretores eregistramos a associação emfevereiro”, explica ele, lem-brando que a matriz de SãoPaulo foi a grande incentiva-dora da idéia.

A sede própria, no entanto,ainda não existe. “Esse é umoutro passo que iremos dar,mas por enquanto está apenasna idéia. Como há muito en-trosamento com os não-okinawanos daqui, começa-mos a fazer as reuniões nasdependências do ClubeNikkey.” Segundo conta, ossócios do tanomoshi já plane-javam ter um espaço em que

Associação Okinawa Kenjinsurge para preservar tradições

pudessem realizar as reuniões,e havia até um fundo para isso,mas quando um dos líderes,Sergio Miyashiro, faleceu, nãose tocou mais no assunto. Odinheiro, no entanto, teve ou-tro destino: investimento emcultura. “Fizemos uma grandecampanha para esse Festival[Folclórico de Okinawa, reali-zado também no domingo], ea matriz de São Paulo ajudoua organizarmos o evento,contatando os grupos de dan-ça, shamisen, taikô, e trouxe131 pessoas da AOKB e doshibu Santo André. Notei quea atividade em São Paulo égrande, aqui raramente se vê”,lamenta, projetando mudaresse quadro.

“Em comparação a outroscentros, aqui são poucos osdescendentes de Okinawa. Oque existia eram aqueles quecomeçaram com granjas ouplantações no Cinturão Verde,mas restaram poucas famíli-as.” E as que persistiram eparticipavam do tanomoshiingressaram nessa nova pro-posta. “É um pontapé inicial,que irá estimular mais jovens,essa nova geração. Estamosengatinhando no nosso movi-mento, mas o objetivo princi-pal é preservar as nossas tra-dições. Os povos, raças e dia-letos estão desaparecendo enossa luta é contribuir comalgo, não podemos ser omis-sos”, afirma Uesu, que ésansei e uchinanchu , comomuitos daqueles que ajudarama lotar o salão do Nikkey Clu-be Bunenkyo. “Foi um suces-so tremendo. Até o presidentedo Nikkey Clube [JorgeYamawaki] estava assombra-do, pois nunca viu o salão tãolotado”, brinca, sobre as cer-ca de 600 pessoas que com-pareceram ao local, entre osquais, o cônsul geral do Japãoem Curitiba, HirotsuguHagiuda.

Diretoria da AOKB/Curitiba foi apresentada no dia 4

DIVULGAÇÃO

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Luiz Fernando Rosa da Silva (centro): “Acho as baladas japas mais organizadas”

CIDADES/CURITIBA

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6 JORNAL NIKKEI São Paulo, 07 a 09 de junho de 2006

A partir desta edição, o Jornal Nikkei passa a publicar regu-larmente notícias enviadas pela Liga Desportiva e CulturalParanaense e pela Aliança Cultural Brasil-Japão do Paraná

O Instituto Cultural Nipo-Brasileiro de Campinas realizanos dias 10 (sábado) e 11 (do-mingo), em sua sede, a segun-da edição do Festival do Ja-pão. O evento conta com aparticipação de entidades deCampinas e região, como aAssociação Okinawa Kenjinde Campinas, Associação Cul-tural e Assistencial Nipo-Bra-sileira da Colônia Tozan, As-sociação Cultural Nipo-Brasi-leira de Pedra Branca, Asso-ciação Cultural e AssistencialNipo-Brasileira Macuco(Valinhos) e Seicho-no-Ie doBrasil (Regional Campinas).

“A colaboração destas en-tidades é imprescindível parao sucesso do evento porqueconfere ao Festival um toqueúnico, já que cada associaçãoparticipa com produtos e co-midas típicas de cada região”,avisa o presidente do Instituto,Tadayoshi Hanada, que este-ve em visita à redação do Jor-nal Nikkei acompanhado porCida Kobayashi e MasakoHanada, diretoras dos Depar-tamentos Cultural e Social, res-pectivamente.

Segundo Hanada, o Festi-val do Japão de Campinas foiinspirado no similar, realizadona capital paulista pelo Kenren(Federação das Associaçõesde Províncias do Japão no Bra-sil). “A idéia surgiu em mea-

dos da década de 90, quandovisitamos uma das edições doFestival, até então realizado noestacionamento da AssembléiaLegislativa [a partir do anopassado passou a ser realiza-do no Centro de ExposiçõesImigrantes]”, disse Hanada,explicando que o objetivo épromover a cultura japonesa naregião através de atrações ar-tísticas como a dança e a mú-sica, além de apresentar as va-riedades da gastronomia emostrar a riqueza dos produ-tos, em especial, o artesanato.

“Na verdade, aproveitamosa estrutura da Feira Oriental,que já era realizada todo segun-do domingo do mês pelo Insti-tuto há 11 anos. Apenas ampli-amos o leque de atividades,com mais estandes. Aproveitan-do as estruturas, exceto a par-

CIDADES/CAMPINAS

te de shows, conseguimos re-duzir os custos e, desta forma,atingir nossos objetivos”, obser-va Hanada, lembrando que umadas atrações deste ano é a can-tora japonesa Mariko Nakahi-ra. A cantora, que já esteve noPaís em diversas ocasiões eeste ano também deve se apre-sentar em outros eventos, cos-tuma incluir em seu repertóriocanções tradicionais comoSakura, Akai Tombo, Do RéMi e Edelweiss, além de clás-sicos internacionais como Ga-rota de Ipanema, Time to SayGoodbye, Love is a ManySplendored Thing, entre ou-tras.

Atrações – A programação deshows terá ainda PedroMizutani, Kenji Kunitake,Massami Yano, Tiemi Kunita-

ke, Satiko Ono, Shinkichi Ya-mada, Ysao Okada, FusakoHara, Joe Hirata, Karen Ito,Lílian Tangoda, AlexandreHayafuji, Roberto Casa Nova,Beatriz Minaki, Érika Pedrão,Renato Chibana, YoshinariUeda, Célio Nomoto, LuisYabiku, Isabela Kataoka,Sayuri Ohashi, MasasukeKuroki, Yoshiaki Shinde, Na-tália Murakami, Yumi Sonoda,Tânia Hayasaki, FabianoHayasaki, Mary Hasunuma,Eduardo Ohashi, NatáliaNagayoshi, Hideki Uchida,Naomi Nakamura e IsadoraKataoka.

Apresentações de danças tí-picas, taikô, artes marciais, ex-posições de ikebana, origami,shodô e venda de produtos ja-poneses (importados e artesa-natos) completam a programa-ção do 2º Festival do Japão deCampinas, que terá ainda umaampla praça de alimentação.

(Aldo Shiguti)

2º FESTIVAL DO JAPÃO DECAMPINASQUANDO: DIAS 10 E 11 DE JUNHO, DAS

10 ÀS 20H

ONDE: INSTITUTO CULTURAL NIPO-BRASILEIRO DE CAMPINAS (RUA

CAMARGO PAES, 118, JARDIM

GUANABARA)ENTRADA FRANCA

TEL.: 19/3241-1213 OU

[email protected]

2ª edição do Festival do Japão deveatrair mais de 20 mil visitantes

DIVULGAÇÃO

Apresentações de danças típicas e taikô são algumas das atrações

A Aliança Cultural Brasil-Japão do Paraná e a LigaDesportiva e Cultural Para-naense promovem o tradicio-nal culto em homenagens aospioneiros e imigrantes faleci-dos no próximo dia 17, às 14h,no Imin-Center, em Rolândia.Na programação consta oculto, apresentação de taikopelo Grupo Yuuwa, de Rolân-dia, comemoração dos 98anos da Imigração Japonesano Brasil, premiação aos par-ticipantes do concurso de re-dação em japonês e coque-tel. Estão confirmadas a pre-sença dos diretores da Alian-ça/Liga, dos presidentes e di-retores das associações filia-das, convidados, entre eles ocônsul geral do Japão no Pa-raná, Hirotsugu Hagiuda, orepresentante da Jica, o pre-feito de Rolândia, EuridesMoura, vereadores, o depu-tado estadual Luiz Nishimori,o ex-prefeito de Curitiba Cás-sio Taniguchi e o ex-deputa-do federal Antonio Ueno, pre-sidente da Câmara do Co-mércio Brasil-Japão do Para-ná.

Taikô – O show de taikô rea-lizado dia 27 último na cidadede Nova Esperança foi um

CIDADES/LONDRINA

Aliança/Liga promovemtradicional culto “Ireisai”

PORTAL DO ORIENTE– A Associação Cultural e Es-portiva de Londrina (Acel)promove sua tradicional Ex-posição Agrícola nos dias 15a 18 de junho no Centro deEventos de Londrina. A ex-posição será em conjuntocom o Portal do Oriente ondealém dos produtos agrícolasserão expostos maquinários,estandes com pequenos co-mércio e uma praça de ali-mentação com comidas típi-cas do oriente.

BEISEBOL – Será realiza-do nos dias 17 e 18 de junho,em Londrina, no campo daAcel, o 56º Campeonato Pa-ranaense Seletivo de Beise-bol Veteranos (39 anos) e o4º Campeonato Paranaensede Beisebol Adulto (+19anos), numa promoção daLiga e Federação e realiza-ção da Acel.

IMIN-MATSURI – A As-sociação Cultural e Benefi-cente Nipo-Brasileira de Cu-ritiba promove nos dias 16 a18 de junho o Imin-Matsuri deCuritiba, com diversas atra-ções e praça de alimentaçãocom comidas típicas. Serãotrês dias de muita festa pelapassagem dos 98 anos daImigração Japonesa no Bra-sil.

SOFTBOL CIDADECANÇÃO – No último dia28 foi realizado em Maringá

sucesso. O Grupo Wakadai-ko, de Maringá se apresentouno Ginásio de Esportes Cape-lão, durante abertura dos Jo-gos da Juventude Fase Regi-onal do Paraná. O BancoSudameris é o grande patro-cinador dos eventos Show deTaikô promovido pela AliançaCultural Brasil-Japão do Pa-raná através do incentivo cul-tural do Ministério da Cultura.

O workshop contou comdezenas de participantes e,na oportunidade, foi entreguepelo diretor de Taikô, AlfredoOta, cinco tambores por co-modato ao presidente IzárioYamamoto, da AssociaçãoCultural e Esportiva de NovaEsperança, que pretende for-mar um grupo de taikô naque-la entidade.

A próxima apresentaçãoserá durante a realização doFestival das Cerejeiras pro-movida pela Associação Cul-tural e Esportiva de Apuca-rana, de 28 de junho a 2 dejulho. O show e o workshopserão realizados no dia 1º dejulho, nas dependências daACEA, durante o Festival dasCerejeiras e contará com aparticipação dos grupos detaikô de Rolândia (Yuuwa) ede Assai (Assahi e Keshin).

o X Torneio “Cidade Can-ção” de Softbol Adulto e Ve-terano. Na categoria Livreparticiparam as equipes deDiamante do Norte, Amigosde Londrina, Nova Londrinae Maringá Méd Line, fican-do o título de campeão paraAmigos de Londrina e viceDiamante do Norte. Na ca-tegoria Super Veteranos (49anos), participaram as equi-pes de Maringá Matuzawa,Liga Oeste, Apucarana eLondrina Agro-Hara ficandoo título com Maringá Matu-zawa e vice Liga Oeste. Nacategoria Super Super Vete-ranos (59 anos), participa-ram as equipes de Paranavaí,Uraí, Londrina ÓticaQuintino e Maringá Nikkey,sagrando-se campeãoParanavaí e vice Uraí.

CURSOS – A Aliança Cul-tural Brasil-Japão do Paranáatravés da Escola Modeloestá com inscrições abertaspara vários cursos, a saber:“Portugarugô” (Portuguêspara japonês), “Nihongo”(Língua e cultura japonesa),“Shuji” (Caligrafia japonesacom pincel), “Origami” (Artede dobraduras em papel),“mangá” (Desenhos em qua-drinhos), “Ekaki-utá” (Dese-nho musicado), “Ikebana”(Arranjo de flores) e Compu-tação em japonês e portu-guês). Mais informações comMarina pelo telefone (43)3324-6418, em Londrina.

AGENDA

Realizado em parceriaentre a Prefeitura Municipalde Registro, Associação Cul-tural Nipo-Brasileira de Re-gistro, Registro Base BallClube (RBBC) e a unidadeda Unesp de Registro, a 11ªedição da Festa do Sushi deveatrair mais de 12 mil visitan-tes. A estimativa é do coor-denador geral do evento, Ru-bens Takeshi Shimizu. Se-gundo ele, pela primeira veza festa vai acontecer em doisdias.

“A expectativa é grandeporque a Unesp também es-tará participando do eventopela primeira vez como pre-paração para a comemora-ção do centenário da imigra-ção japonesa no Brasil”, re-vela Shimizu, acrescentandoque a instituição montará umestande no local para divul-gar os trabalhos realizadospela Universidade.

A atração principal da fes-ta, a culinária japonesa, es-tará a cargo da recém-cria-da Fenivar (Federação dasEntidades Nikkeis do Vale doRibeira), e inclui pratos tra-dicionais como yakissoba etempurá, e outros exóticos,como o sashimi e oniguiri demanjuba. A programação ar-tística contará com artistaslocais, como os músicosSesary (harpa) e Luiz Henri-

que (violão), que prometemincluir canções japonesas norepertório, o cantor sertane-jo Joe Hirata, e o grupo detaikô Ryukyukoku MatsuriDaiko, além de danças fol-clóricas e apresentação debalé.

Shimizu lembra que as pri-meiras edições da Festa doSushi de Registro, um dosgrandes eventos que a cida-de realiza durante o ano, teveinício na sede social doRBBC, no centro da cidade,“mas logo ficou pequeno”.“Posteriormente, mudamospara o Ginásio de Esportes doRBBC, que comporta maispessoas, mas o evento cres-ceu tanto que tivemos queescolher um novo local”. Oatual, o Expovale, tem capa-cidade para receber cerca de10 mil visitantes”, dizShimizu, antecipando que se-rão preparados mais de 1.500pratinhos de sushis com seisunidades do bolinho em cadaum.

(AS)

11ª FESTA DO SUSHIQUANDO: DIAS 10 E 11 DE JUNHO.SÁBADO, A PARTIR DAS 18H E DOMINGO,A PARTIR DO MEIO-DIA

ONDE: EXPOVALE (RODOVIA BR-116,KM 449)INFORMAÇÕES PELO TEL.: 13/3822-4144ENTRADA FRANCA

CIDADES/REGISTRO

Festa do Sushi deve receberrecorde de público

Nos dias 9, 10 e 11 de ju-nho, acontece mais uma Ex-posição Agrícola Regional deAssai (PR, que este ano che-ga na sua 63º edição. Organi-zada pela Laca (Liga as As-sociações Culturais de Assaí)do Departamento Agropecuá-rio, a exposição deve atrairmais de 10 mil visitantes nostrês dias de programação.

Trata-se de um evento tradi-cional que teve suas raízes em1935 e que conta com a partici-pação da comunidade nikkei daregião. No início, as exposiçõesde produtos agrícolas incluíamapenas o algodão, o carro-che-fe da agricultura rural até os diasatuais, e o café.

Hoje, são inúmeros os pro-dutos na feira agropecuária,como cereais, frutas e legumes,entre outros. O evento, quedeve reunir cerca de 700 expo-sitores, é anual e teve mais des-taque no ano de 1950, quandoocorreu uma maior expansãocultural japonesa, devido o cres-cimento da produção rural emAssaí e também por conta deum foco maior que deram nacomunidade.

Porém, na época da Segun-da Guerra Mundial, o eventofoi paralisado devido a proibi-ção que o Estado Novo deVargas fez de qualquer tipo emanifestação japonesa no Bra-sil. A exposição de 1936 tam-

bém não ocorreu por causa dacrise agrícola brasileira.

Programação – Após essescontratempos, o evento seguiue conquistou uma grande im-portância em Assaí. Afinal, acidade é considerada “a maisjaponesa de todo o Brasil”.

Na sua 63º edição, a exposi-ção conta com stands demaquinários, veículos, cami-nhões e motos, além da exposi-ção tradicional de produtos agrí-colas. Uma praça de alimenta-ção e eventos culturais, comodança japonesa para os jovens,também farão parte da festa.

Com o apoio da Prefeiturade Assaí, o evento será reali-zado no Centro PoliesportivoYonezo Ueno, como na ediçãoanterior.

Na sexta-feira (9), o localserá aberto para visitação porvolta das 19h, com apresenta-ção de taikô e showsartístiscos. A abertura oficialdo evento será no sábado (10),a partir das 10h e prosseguedurante todo o dia. No domin-go (11), a programação tam-bém tem início às 10h.

(Aline Inokuchi)

63º EXPOASAQUANDO: 9 (A PARTIR DAS 19H), 10 E11 DE JUNHO (A PARTIR DAS 10H).ONDE: CENTRO POLIESPORTIVO

YONEZO UENO (PROLONGAMENTO DA

CIDADES/ASSAÍ

63ª Expoasa deve atrair maisde 10 mil visitantes

Em comemoração aos 150anos de Ribeirão Preto e 98anos da Imigração Japonesano Brasil, será realizado a par-tir desta sexta-feira (9), o 2ºFestival do Japão. O eventoterá início a partir das 17h, nocampus da USP. O festival,uma organização da Prefeitu-ra do Campus e da Comissãode Cultura e Extensão Univer-sitária da USP de RibeirãoPreto, prossegue nos dias 10 e11, das 10 às 22h, trazendo mui-tas atrações da cultura japo-nesa.

Segundo uma das organi-zadoras, a professora de

ikebana Inês Urabe, “o even-to será baseado nos ensina-mentos do dô, essência dacultura japonesa, o caminhodeixado pelos nossos ances-trais que deve ser percorridopara atingir a perfeição”. Afesta, com expectativa de reu-nir cerca de 12 mil pessoaspor dia, contará com apresen-tações, palestras e workshopsde diversas artes, como okotô, shamisen, ikebana,shadô, taikô, cerimônia do chá,danças típicas e artes marci-ais. A abertura do festival seráfeita pelo cônsul do Japão epelo prefeito da cidade univer-

sitária, José Aparecido da Sil-va. Um dos destaques doevento é a palestra com a pre-sidente da Associação de Ike-bana do Brasil, Emília Tana-ka, que abordará a evoluçãoda ikebana na cultura brasi-leira.

Inês Urabe acredita que oevento é importante “para pre-servar a cultura japonesa, umacoisa difícil, no mundo globali-zado de hoje”. Ela acredita queo caminho para o conhecimen-to de uma arte é longo: “Nãose aprende a fazer ikebana emworkshops rápidos. É precisoestudar por pelo menos três

anos, para que se tenha con-tato mais de uma vez com to-das as estações. As flores, fo-lhas, folhagens são diferentesem cada época do ano.”

Além disso, ela acredita quetodas as artes precisam ter umtratamento semelhante, apesardo contexto atual favoreceruma simplificação dos ensina-mentos básicos: “Apesar damistura de culturas, as pesso-as devem se informar sobre assuas origens”.

O primeiro festival aconte-ceu no ano de 2004, quando acidade recebeu o título de Ber-ço da Imigração Japonesa no

Brasil por meio de um projetode lei. Esse título foi uma ho-menagem aos imigrantes japo-neses que chegaram no Portode Santos em 1908 e foramtrabalhar nas lavouras de caféde Ribeirão Preto.

Comunidade - Segundo CéliaUrabe, a região de Alta Mogi-ana, que ganhou esse nome naépoca em que as linhas detrem funcionavam, conta comcerca de 1.500 famílias nikkeis:“Essa região abrange as cida-des de Ribeirão Preto, Guata-porá, Jardinópolis, Ituverava,Guaíra, Miguelópolis, Barretos,

Monte Alto, Jaboticabal,Dumont, Pradópolis”.

Os imigrantes da colônia deMombuca, em Guatapará, vi-eram para o País no períodoapós a 2ª Guerra. Os imigran-tes que fundaram Mombucavieram com recursos própriospara adquirirem terras e vive-rem em comunidade.

(Gilson Yoshioka)

FESTIVAL DO JAPÃO DERIBEIRÃO PRETO(AVENIDA BANDEIRANTES 3900)QUANDO: DIAS 9, 10 E 11 DE JUNHO.SEXTA, A PARTIR DAS 17H. SÁBADO EDOMINGO, DAS 10 ÀS 22H

CIDADES/RIBEIRÃO PRETO

2º Festival do Japão integra comemoração dos 150 anos de fundação do município

Page 7: ASSINE AGORA (11) 3208-3977 · 2 JORNAL NIKKEI São Paulo, 07 a 09 de junho de 2006 Contato: cacauyoshida@uol.com.br Colaboração: Marcus Hide EDITORA JORNALÍSTICA UNIÃO NIKKEI

São Paulo, 07 a 09 de junho de 2006 JORNAL NIKKEI 7

AUnião Cultural e Es-portiva Sudoeste(Uces) realizou no úl-

timo dia 4, no doyo da Associ-ação Cultural e EsportivaCapão Bonito, o 50º Campeo-nato Sudoeste de Sumô Mirim,Infanto-Juvenil e Adulto, cate-gorias masculino e feminino. Acompetição selecionou os qua-tro primeiros classificados parao Campeonato Brasileiro, mar-cado para os dias 22 e 23 dejulho, na cidade de Araçatuba(SP).

A surpresa foi a primeiracolocação da equipe masculi-na de Itapetininga, quebrandoa hegemonia de Osasco eCapão Bonito. Trata-se de umfato inédito em 50 anos de his-tória da Uces. No feminino,Itapetininga confirmou seu fa-voritismo e ficou com o título,o nono consecutivo. Na dispu-ta individual, Alan Galvãosagrou-se campeão da catego-ria adulto enquanto CristianeSakashita ficou em primeiro naprincipal categoria do torneiofeminino (veja box).

Na ocasião, a diretoria daSudoeste, que abrange hoje umtotal de 25 municípios, comoOsasco, Ibiúna, Piedade, Re-gistro, Capão Bonito, Sorocabae Pilar do Sul, prestou uma ho-menagem a todos os atletas edirigentes que contribuíram –e continuam contribuindo –com o Departamento de Sumô.Estiveram presentes na ceri-mônia os prefeitos de SãoMiguel Arcanjo e de CapãoBonito, respectivamente, An-tonio Celso Mossin (PSDB) eJosé Carlos Talarico Jr. (PTB)e a vereadora de Capão Boni-to, Márcia Moriy (PL), alémdo vereador William Woo(PSDB/SP), e o vice-presiden-te da Associação Comercial de

São Paulo, Walter Ihoshi.“O sumô da Sudoeste só

resistiu ao tempo graças ao tra-balho de dirigentes abnegadoscomo Yoshihiro Sakashita, deItapetininga; Takio Otaki, deOsasco, e Masaaki Tsutsumi,de Capão Bonito. A participa-ção ocorre de forma voluntá-ria, por isso, valorizamos essetipo de trabalho, que não visainteresse, mas a preservaçãoda cultura japonesa. Na ver-dade, são eles que carregam opiano”, destaca o presidenteda Uces, Hélio Keichi Mori,lembrando também o apoio doprefeito Talarico Jr, cujo pai foio primeiro presidente da As-sociação Cultural e Esportivade Capão Bonito.

“Por causa dessa ligaçãoantiga com a comunidadenikkei, que teve início com opai dele, o prefeito se colocoua disposição para patrocinar aparticipação do atleta da Su-

SUMÔ

Departamento da Sudoestecomemora 50 anos de fundação

doeste, Thiago Queiroz, noCampeonato Mundial Sub-20,que será realizado em agosto,na Estônia”, revelou Mori, es-clarecendo que a Uces man-tém 15 departamentos, entreos quais, o de tênis de mesa eo de atletismo, considerados osmais fortes da Sudoeste e queforam criados no primeiro anode fundação da associação,em 1955, e que também foramalvos de homenagens em 2005,ano em que também comemo-raram seu cinqüentenário.

“70% da base da SeleçãoBrasileira de atletismo que dis-puta o Intercolonial é formadapor atletas oriundos da Sudo-este”, orgulha-se Mori, lem-brando que a Uces também foia responsável pela introduçãodo mallet golf no País, atravésde Makoto Shirahata que, porsinal, foi um dos homenagea-dos deste ano com a entregado 50º Prêmio Paulista de Es-

portes, honraria concedidapelo Jornal Nikkei com o in-tuito de reverenciar o trabalhode atletas e dirigentes.

Projetos – Segundo Mori, oDepartamento de Sumô daUces reúne atualmente entre100 e 120 atletas. Apenas trêsmunicípios participam ativa-mente: Osasco, Capão Bonitoe Itapetininga. “Mas já vive-mos épocas melhores”, contao dirigente, acrescentando queo auge foi há 15 anos, “quan-do o nosso departamento che-gou a reunir cerca de 300 atle-tas”. “Embora apenas essastrês regiões participem dascompetições, o departamentode sumô não sobreviveria semo incentivo financeiro dos ou-tros municípios, que acabamsustentando o esporte atravésdas contribuições”, justificaMori, que elogia o trabalho depolíticos “como o saudoso de-

JORNAL NIKKEI

Modalidade esportiva nas-cida no Japão e que no Brasilteve início em 1995 nos cam-pos construídos no FuruyaPark, em Salto (SP), o mallettgolfe vem conquistando cadavez mais adeptos. Trata-se deum esporte que não requeresforços físicos e é recomen-dado a todas as faixas etárias,especialmente à terceira ida-de.

De acordo com seus prati-cantes, a modalidade tambémnão exige grandes investimen-tos. Os tacos e as bolas sãoidênticas as usadas no gatebol.O taco tem formato de umamarreta, em “T”, e o regula-mento segue o manual do gol-fe (daí o nome: mallet –marreta, em inglês – golf).

Como no golfe, a modali-dade é praticada em grupos detrês jogadores, colocando-se abola no buraco (hole) com omínimo de tacadas possíveis.A distância de um buraco paraoutro é bem menor que a dogolfe, sendo a mais curta, de25 metros, e a mais longa, deaproximadamente 100 metros.

São realizados torneios, ge-ralmente abertos, praticamen-te todos os meses. Atualmen-te, existem campos em locais

como São Roque/VargemGrande Paulista (Kokushikan),Piedade, Itapetininga, SítioRecanto Sereno, Mogi dasCruzes, Ibiúna, São MiguelArcanjo, São Joaquim (SC),Nippon Country Club (Arujá)e, para este ano, estão previs-tas inaugurações em Itapece-rica da Serra, Biritiba Mirim,Coopercotia e Caldas Novas(GO).

O primeiro CampeonatoBrasileiro foi realizado emagosto de 2002, nos campos doFuruya Park, onde teve inícioa prática de mallet golf, em1994, com a construção do pri-meiro campo (o segundo e ter-

MALLET GOLF

Modalidade conquista cada vez mais adeptos na comunidadeDIVULGAÇÃO

Terceira etapa acontece em agosto, no Kokushikan

MASCULINO

MIRIM “B”1º) Leonardo Andrade (Itapetinin-ga)2º) Gustavo Réfica (Itapetininga)3º) Marcos V. Silva Alves (Itapeti-ninga)3º) Luiz Gustavo Cerqueira (Itape-tininga)

MIRIM “A”1º) Marcelo Correa (Itapetininga)2º) Ricardo Calçada (Itapetininga)3º) Mayke dos Santos (Itapetinin-ga)3º) Vitor Hugo Delgado (Osasco)

INFANTIL1º) Felipe Ishimaru Martin (Osas-co)2º) Vitor Yuji Moriy (Capão Boni-to)3º) Cristiano Jesus Carriel (Itapeti-ninga)3º) Edson Koji Horigome (CapãoBonito)

JUVENIL1º) Lucas Leite (Itapetininga)2º) Frank Maciel Marques (Itapeti-ninga)3º) Felipe Protassio (Itapetininga)3º) André Duarte (Osasco)

ADULTO1º) Alan Galvão (Capão Bonito)2º) Mario Franetti (Osasco)3º) Luiz Vicentim (Itapetininga)3º) João Carlos Martins (Capão Bo-nito)

EQUIPESMIRIM1º) Itapetininga2º) Capão Bonito

INFANTIL1º) Osasco2º) Capão Bonito3º) Itapetininga “A”

JUVENIL1º) Capão Bonito2º) Itapetininga3º) Osasco

ADULTO1º) Capão Bonito “A”2º) Osasco3º) Capão Bonito “B”

CONTAGEM GERALDE PONTOS1º) Itapetininga (56 pontos)2º) Capão Bonito (48 pontos)3º) Osasco (32 pontos)

FEMININO

MIRIM “B”1º) Eduarda Camargo (Itapetininga)2º) Jéssica Machado (Capão Boni-to)3º) Giovana Nalesso (Itapetininga)3º) Helen Niachi (Itapetininga)

MIRIM “A”1º) Juliana Rodrigues (Capão Boni-to)2º) Dorotéia Franciele (Capão Bo-nito)3º) Karen Jennifer (Capão Bonito)3º) Daiane Suze (Capão Bonito)

PESO LEVE1º) Daiane Maria (Capão Bonito)2º) Maria Rita Domingues (Itapeti-ninga)3º) Cristina Maria Silva (Itapetinin-ga)3º) Daiane Paula Orsi (Itapetininga)

PESO PESADO1º) Cristiane Sakashita (Itapetinin-ga)2º) Maria do Carmo (Itapetininga)3º) Natália Calçada (Itapetininga)3º) Juliana Medeiros (Itapetininga)

CONTAGEM GERALDE PONTOS1º) Itapetininga (28 pontos)2º) Capão Bonito (20 pontos)

Confira os resultados do 50º Campeonato Sudoeste de Sumô

ceiro campos foram construí-dos nos anos seguintes).

A segunda edição do Bra-sileiro aconteceu em agostode 2003, nos campos do Ko-kushikan e o terceiro, em se-tembro de 2004, em Itapeti-ninga. No ano passado, a ci-dade de Piedade sediou oquinto Campeonato Brasilei-ro. Atualmente, a FederaçãoPaulista de Mallet Golf estárealizando a quinta edição,com término previsto paranovembro, em Itapetininga,num total de cinco etapas.

Realizada em março, emPiedade, a primeira etapa apre-sentou os seguintes resultados:

NET1º) R. Yokoi (Nippon CountryClub)2º) K. Nishimura (Piedade)3º) Y. Yamakawa (NCC)4º) I. Okino (Ibiúna)5º) G. Adachi (Itapetininga)

Prêmio DRACONMasculino: Naoshige AdachiFeminino: Neide Adachi

Best GrosMasculino: Gilberto AdachiFeminino: Sanae Okoshi

Near PinMasculino: T. HishinumaFeminino: H. Takahashi

Hole-in-one: T. Ibusuki, E.Nakamura, Y. Murasawa, I.Yamada e M. Takahashi.

A segunda etapa foi reali-zada no dia 7 de maio, no Cen-tro Cultural de Ibiúna, com aparticipação de jogadores deIbiúna, Piedade, Kokushikan,Itapetininga, Mogi das Cruzes,São Miguel Arcanjo, NipponCountry Club, num total de 140ateltas. Confira os resultados:

NET1º) Yasusshi Iwata2º) Kunio Takahashi3º) Tsutomu Kato

4º) Setsuko Saito5º) Inaki Okino

GROSMasculino: 1º) Yoji Ueda, 2º)Tsutomu Kato, 3º) Kunio Ta-kahashiFeminino: 1º) Ayako Furuya,2º) Sanae Okoshi, 3º) SetsukoSaito

Near PinMasculino: Kei KurokiFeminino: Lucia Uemura

Hole-in-one: Minoru Dói, KeiKuroki, Tomiko Ozaki e Tsu-tomu Kato

putado federal Paulo Kobaya-shi, que sempre nos ajudava”.“Esse legado acabou ficandopara o Walter [Ihoshi] e oWilliam [Woo]”, acredita.

Mori atribui o esvaziamen-to do Departamento de Sumôao movimento dekassegui e,principalmente, à falta de inte-resse dos nikkeis. “Quem con-tinuou praticando é porquegosta”, observa ele, afirman-do que aproximadamente 85%dos praticantes de sumô daUces é formada por não des-

cendentes de japoneses.E aí, um fato curioso. Para

garantir sua sobrevivência, amodalidade acaba cumprindotambém um papel social. “Es-tamos buscando uma parceriacom a Prefeitura de CapãoBonito nesse sentido. A Secre-taria de Esportes do municípiose responsabilizaria por umaescolinha e nós cederíamos aestrutura do kaikan. Mas oprojeto ainda está fase de es-tudos”, antecipa Mori.

(Aldo Shiguti)

Equipe masculina de Itapetininga comemora feito inédito em Capão Bonito

Premiação da categoria Adulto Masculino Premiação da categoria Infantil Feminino Premiação da categoria Infantil Masculino

Page 8: ASSINE AGORA (11) 3208-3977 · 2 JORNAL NIKKEI São Paulo, 07 a 09 de junho de 2006 Contato: cacauyoshida@uol.com.br Colaboração: Marcus Hide EDITORA JORNALÍSTICA UNIÃO NIKKEI

8 JORNAL NIKKEI São Paulo, 07 a 09 de junho de 2006

KARAOKÊ

Com um jeito delicado decantar e interpretaçãoperfeita da música

“Mussume Ni”, a cantora pa-ranaense Jane Ashihara fatu-rou pela primeira vez o títulode campeã do “6º ZenkaraMatsuri”, que neste ano foirealizado em conjunto com o3º Brasil Top Star no GrandeAuditório do Bunkyo (Socieda-de Brasileira de Cultura Japo-nesa), no último domingo (4),em São Paulo.

Emocionada com o primei-ro lugar, a cantora, em meio alágrimas e sorrisos, afirmouque não esperava faturar o tí-tulo do concurso, mesmo apósum intenso ritmo de treinamen-to na cidade paranaense parachegar em São Paulo prepa-rara para enfrentar cantoresgabaritados. “Realmente nãoesperava ganhar. Foi totalmen-te inesperado, pois chegueiaqui e vi um mundo de canto-res muito bem preparados.Nessa hora a gente não con-segue pensar em nada”, afir-mou ela em meio a abraços deamigos e dirigentes do kara-okê.

Pela conquista do título,Jane, que desbancou cantoresde uma das categorias maisacirradas dos taikais – AdultoB, leva para casa um prêmiode R$ 1 mil mas não consegueo feito de embarcar para o Ja-pão para participar do Zenkaralocal no ano que vem, pois so-mente os associados da enti-dade no Brasil e campeões dascategorias “Kain” (NortonMiyazaki) e “Kyojyu” (AkiraIkawa) entraram na disputa.Segundo os organizadores, acampeã e o terceiro lugar (Ro-berto Casanova) do GrandPrix, até podem participar doconcurso japonês com a con-dição de arcarem com o custodas passagens.

“Mesmo não conseguindoa passagem para o Japão, ficomuito emocionada com o títu-lo. Já canto há muitos anos e,a cada título que conquisto, asensação é a mesma. Gosta-ria muito de agradecer aos queme apoiaram, principalmenteminha família e meus amigos”,diz ela, que é irmã de um doscantores de maior sucesso nacomunidade nipo-brasileira,Joe Hirata. “Pois é, essa veiamusical vem de família. Todostemos um histórico com a mú-sica e fazemos de tudo paramelhorar a qualidade musicala cada dia”, disse Jane.

Com um formato diferen-ciado, o Top Star, apesar de nãoter escolhido um único cam-peão a exemplo do Zenkara,também premiou os vencedo-res das categorias Veterano De Veterano C, Paulo Shikamae Tieko Sakuma, com duaspassagens para o Japão ofe-recidas pelos organizadores.Além deles, os já consagradosKiyomi Kanashiro e NobuhiroHirata, vencedores dasfinalíssimas entre os melhoresdas categorias Veterano A e B,e do Adulto A, B e Juvenil, res-pectivamente, também garan-

tiram as outras duas passagensrestantes.

Além dos cantores nikkeis,outro destaque do evento foi apresença de uma delegação ja-ponesa composta por 26 mem-

Jane Ashihara fatura título da sexta ediçãodo Brasil Zenkara Matsuri

bros, divididos em cantores,dançarinos e compositores.Aliás, a vinda deles foi o prin-cipal motivo para a união deforças dos dois concursos. “Foiuma grande surpresa vir ao

Brasil e saber que os cantoresdaqui muitas vezes cantammelhor do que os de lá. Essajunção de dois grandes even-tos de canto mostra que o ka-raokê no Brasil está mais for-

te do que nunca. Deixo meusparabéns aos participantes etambém aos organizadores,pois todos mostraram muita

dedicação para conseguir via-bilizar um projeto tão grandio-so”, afirmou o presidente doZenkoku Karaokê ShidoKyokai e líder da delegaçãojaponesa no Brasil, ShoichiMatsuyama.

Assim como o próprio re-presentante japonês definiu,dedicação é a palavra que me-lhor define o evento, cuja dura-ção foi de aproximadamente 16horas ininterruptas. Contudo, sepor um lado o fato inédito dedois dos maiores concursos uni-rem forças foi produtivo, poroutro a parte de organização einfra-estrutura mostrou que semantiver mesmo a parceriapara os próximos anos, ambosdevem encontrar um meio deagilizar as apresentações, afi-nal, nenhum taikai – ou mesmoo “Paulistão” e “Brasileirão” –nunca ultrapassa as 2 horas damanhã, horário em que os cam-peões do Zenkara e do Top Starforam finalmente anunciados.

Para o presidente do GrupoThe Friends, Toshio Yamao,mesmo com os atrasos na en-trada dos cantores que tiveramo acompanhamento da orques-tra The Friends – fato que pre-judicou o andamento da progra-mação – o saldo final do eventofoi positivo. “Apesar de ser umevento em conjunto, mostramosque o karaokê realmente passapor um momento bom. Tivemosalguns pequenos problemas naprogramação, mas conseguimosatingir nosso objetivo de fazerdois grandes concursos em umsó. Além disso, tivemos a pre-sença de cantores e dançarinosdo Japão, muito apreciado pelopúblico (cerca de 1,5 mil pesso-as). Enfim, foi um evento real-mente para ficar na história”, ex-plicou Yamao.

Jane Ashihara mostrou técnica e talento no palco e faturou o título do “6º Zenkara Matsuri”

Orquestra The Friends acompanhou os músicos participantes do“Top Star”

Em turnê pelo Brasil, a cantora japonesa Mariko Nakahira interpretoumúsicas tradicionais para a alegria do público presente no Bunkyo

JORNAL NIKKEI

Local: Sede - Rua Jaime Lima, 500 - ItuData: 04/junho/2006Presidente: FRANCISCO H. KATAHIRACoordenador Geral: ISAO KIHARACorpo de Jurados:Presidente: YAEKO HASHIMOTO

HITOE YUIMOTOHIRO SATO

Participação de 24 Associações e 288 participantes inscritos

ASSOC. CULTURAL ESPORTIVA NIKKEY DE ITUXV SHINZEN KARAOKE TAIKAI DE ITU

Campeões das Categoria:Categoria Participantes Clube Música

B-6 Oshiro Yoshi Itu Tsubaki No FurusatoB-5 Ishiga Tokusaburou Campinas OhanB-4 Fukami Yasuko Mairinque MeotoshunjuA-6 Nonosse Mitsuko Avaré Futari ZakaA-5 Yoshiura Fumie Piedade HatobaA-4 Ibusuki Midori Piedade YumeDoyo-1-2 Sonoda Yumi Aokika Yasashii OkasanTibiko-1-2 Sonoda Keiko Aokika Oka-SanESP-6 Nakakubo Sue S.M. Arcanjo YawaraESP-5 Imanishi Masamitsu Rib.Preto Tyantiki OkesaExtra-6-5 Kawakami Tokuyoshi Piedade Meiguetsu AkaguiyamaESP-4 Oki Fumio Bragantina MagoS.Extra-4 Yamashita Seiko Bragantina Hootyo ItidaiB-3 Mizutani Orlando Rib.Preto Tokiwa NagaretemoB-2 Dairokuno Izumi Indaiatua Nadasou SouB-1 Hama Kazue Jundiaí YoakeJUV-A-A1 Takei Yumi Sorocaba KoibitoyoJuvenil-B Hasegawa Bruna Jundiaí NadasousouA-3 Miyasawa Eliza Piedade Kita KaiganA-2 Sakamoto Morio Piedade DakishimeteESP-3 Egashira Toshihiko Itu Aito Tawamureno TonariniESP-2 Enomoto Elza Mairinque NoraESP-1 Arimoto Daniela Sorocaba Minato Komori UtaExtra-4 Hasegawa Kimiyo Jundiaí Onnahitorino NihonkaiExtra-3 Hirose Alice Piedade Utawa Watashino JinseiExtra-2-1 Ejima Toshiaki Jundiaí Miaguetegoran Yoru No HoshioS.Extra-3-2 Hasuike Maria Sorocaba Utsukushi Mukashi

RELAÇÃO DE CANTORES PREMIADOS

CATEGORIA TOT PARTICIPANTES CLUBE MUSICAZENKARA-DOMINGO

VET-D3 5 Satiko Terashi Shizuoka BashofuVET-D2 5 Shiroko Watanabe Hiratsuka Shinjuku Take NinguiyoVET-D1 8 Norio Horimi Mooca Sayonara YokohamaVET-C2 10 Fumie Kimura Jaguare Mujyono YumeVET-C1 10 Mitsue Kina Hiratsuka Anya KooroVET-B2 6 Eiko Hojo Ebihara Midare GamiVET-B1 5 Carlos Miyamoto Coopercotia Ai To Tawamure No Tonari NiVET-A2 3 Luiz Yabiku Kawabata Ai To Tawamure No Tonari NiVET-A1 4 Ricardo Seguchi Maeda Haha KagueJUVENIL 3 Monica Misawa M. Nagao Mussume NiADULTO-B 3 Jane Ashihara M. Nagao Mussume NiADULTO-A 3 Mario Chibana Maeda Kareo KaeshitePOP 4 Roberto Casanova DiretaiKAIN 9 Norton Miyasaki Maeda Ai No OwariniKOOSHI 7 Mizue Yamaguti Ebihara Anata e no blusKYOJYU 10 Akira Ikawa Ikawa Otoko NamiPREMIAÇÃO ESPECIAL GRAND PRIX - 1.Lugar Jane Ashihara M. Nagao Mussume NiGRAND PRIX - 2.Lugar Norton Miyazaki Maeda Ai No OwariniGRAND PRIX - 3.Lugar Roberto Casanova DiretaiCAMPEÃO “KAIN” Norton Miyazaki Maeda Ai No OwariniVICE_CAMPEÃO “KAIN” Akira Ikawa Ikawa Otoko NamiTOTAL 95

TOP STAR-DOMINGOVET-D 18 Paulo Shikama Oeste KimiyueniVET-C 22 Tieko Sakuma Centro Inoti No ArikaVET-B 14 Carlos Miyamoto Oeste Aito Tawamureno TonariniVET-A 15 Kiyomi Kanashiro Norte MusumeniJUVENIL 13 Sayuri Ohashi Sul - 1 MusumeniADULTO-B 12 Norton Miyazaki Oeste Ai No OwariniADULTO-A 13 Nobuhiro Hirata Sorocabana Boukyou JongaraCAMPEONISSIMO 8 Renato Chibana Leste Kodokuna RunnerPASSAGEM JAPAO VET-D Paulo Shikama Oeste KimiyueniVET-C Tieko Sakuma Centro Inoti No ArikaVENCEDOR VETB/A Kiyomi Kanashiro Norte MusumeniVENCEDOR JUV/ADB/AA Nobuhiro Hirata Sorocabana Boukyou JongaraTOTAL 115

Apesar dos problemas na organização, objetivo foi atingido