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ANO 56 - ABRIL A JUNHO 2016 - N° 213 HEBREUS - O DESCAMSO DE DEUS Hebreus 4:1-13 Em seguida à ilustração anterior sobre disciplina de Deus, somos advertidos a cuidar para que ninguém entre nós tenha falhado em alcançar a promessa do descanso de Deus, pois ela continua em vigor, não tendo sido ainda totalmente cumprida. Ouvimos o Evangelho assim como os israelitas no deserto ouviram as boas novas sobre a terra prometida. Mas somente ouvir não trouxe proveito a eles, nem o trará a nós: é também preciso crer na Palavra de Deus. Todos os que se declaram cristãos devem assegurar-se de que não estão falhando em atingir o objetivo de ter fé. Se a sua profissão de não for genuína, correm o perigo de se afastar e aderir a algum sistema religioso ou profano que não o pode salvar. O conceito central deste texto é o descanso de Deus, e se não for compreendido, a interpretação do presente capítulo torna-se um campo minado, carregado de explosivos teológicos escondidos em quase todos os versículos. As interpretações deste conceito têm sido quase tão variadas quanto as passagens de advertência, tanto que a interpretação destas últimas geralmente tem determinado a do próprio conceito. Antes de apresentar os vários pontos de vista, será útil coletar e resumir os fatos sobre o descanso de Deus que podem ser inferidos deste texto: 1. O substantivo katapausis, "descanso", é empregado em sete versículos (3:11, 18,4:1,3,5, 10, W) s o verbo katapauô, "descansar", em três (4:4, 8, 10). Uma terceira palavra a eles relacionada, sabbatismos, "celebração do sábado", é usada uma vez (4:9), sendo esta a sua única aparição no Novo Testamento (reconhecida pela primeira vez na literatura grega antiga). Essas três palavras são empregadas neste livro em relação a um único conceito: o do descanso de Deus. 2. É o descanso de Deus, porque três vezes neste texto Deus o chama de "Mew descanso" (3:11, 4:3, 5). Esse é o descanso prototípico de Deus em que Ele tem permanecido desde que cessou o Seu trabalho da criação do mundo (Génesis 2:2). Esse descanso está disponível e é oferecido aos crentes. 3. O descanso de Deus foi em parte dado aos israelitas quando entraram na terra prometida; no entanto, compreende muito mais (4:7, 8). 4. O descanso de Deus ainda continua - 01 -

ANO 56 - ABRIL A JUNHO 2016 - N° 213€¦ · Apocalipse 5:10; 20:6; 22:5). Concluímos assim que resta um descanso para o povo de Deus. Este é o descanso eterno, que será gozado

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ANO 56 - ABRIL A JUNHO 2016 - N° 213 H E B R E U S - O D E S C A M S O D E D E U S

Hebreus 4:1-13 Em seguida à ilustração anterior

sobre disciplina de Deus, somos advertidos a cuidar para que ninguém entre nós tenha falhado em alcançar a promessa do descanso de Deus, pois ela continua em vigor, não tendo sido ainda totalmente cumprida. Ouvimos o Evangelho assim como os israelitas no deserto ouviram as boas novas sobre a terra prometida. Mas somente ouvir não trouxe proveito a eles, nem o trará a nós: é também preciso crer na Palavra de Deus. Todos os que se declaram cristãos devem assegurar-se de que não estão falhando em atingir o objetivo de ter fé. Se a sua profissão de fé não for genuína, correm o perigo de se afastar e aderir a algum sistema religioso ou profano que não o pode salvar.

O conceito central deste texto é o descanso de Deus, e se não for compreendido, a interpretação do presente capítulo torna-se um campo minado, carregado de explosivos teológicos escondidos em quase todos os versículos. As interpretações deste conceito têm sido quase tão variadas quanto as passagens de advertência, tanto que a interpretação destas últimas geralmente tem determinado a do próprio

conceito. Antes de apresentar os vários pontos de vista, será útil coletar e resumir os fatos sobre o descanso de Deus que podem ser inferidos deste texto: 1. O substantivo katapausis, "descanso", é empregado em sete versículos (3:11, 18,4:1,3,5, 10, W) s o verbo katapauô, "descansar", em três (4:4, 8, 10). Uma terceira palavra a eles relacionada, sabbatismos, "celebração do sábado", é usada uma vez (4:9), sendo esta a sua única aparição no Novo Testamento (reconhecida pela primeira vez na literatura grega antiga). Essas três palavras são empregadas neste livro em relação a um único conceito: o do descanso de Deus. 2. É o descanso de Deus, porque três vezes neste texto Deus o chama de "Mew descanso" (3:11, 4:3, 5). Esse é o descanso prototípico de Deus em que Ele tem permanecido desde que cessou o Seu trabalho da criação do mundo (Génesis 2:2). Esse descanso está disponível e é oferecido aos crentes. 3. O descanso de Deus foi em parte dado aos israelitas quando entraram na terra prometida; no entanto, compreende muito mais (4:7, 8). 4. O descanso de Deus ainda continua

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disponível mediante a fé em Cristo, e é algo a ser gozado no presente e em antecipação do futuro (4:1-11). 5. Essa disponibilidade termina para os que ouvem a pregação do Evangelho de Cristo, mas não crêem (4:2), assim como foi negada à geração dos israelitas do Êxodo, por causa da sua incredulidade (Hebreus 3:19).

Existem quatro interpretações principais para o que se entende por "entrada no descanso de Deus": 1. O gozo da terra. É o conceito de katapausis, "descanso", com base na promessa para a geração do Êxodo, representada pela sua entrada em Canaã, onde Israel iria gozar de repouso e segurança contra os seus inimigos (Deuteronômio 12:9, 10). Esta interpretação corresponde apenas a uma parte do que se entende por "descanso de Deus". Josué proporcionou uma parte, e este descanso não se esgotou com ele, mas estava ainda disponível nos tempos de Davi (4:7, 8), e ainda está disponível agora, porque nunca foi totalmente cumprida. O propósito deste livro aos Hebreus é incentivar os crentes judeus a entrar na plenitude do descanso. Embora já desfrutando da sua cidadania na terra, ainda não entraram no pleno descanso de Deus. 2 . 0 gozo do céu. A evidência fornecida para esta interpretação é que Hebreus indica que o gozo do descanso é ainda futuro (4:1, 11). Alguma evidência adicional é que existe uma associação entre os conceitos de descanso e a experiência do céu, conforme descrito em Apocalipse 14:13. Embora não se possa discordar com a observação quanto ao aspecto futuro de descanso em que se baseia este ponto de vista, esta visão é deficiente porque deixa de incluir o contexto do Antigo Testamento especificamente judaico da passagem. 3. O gozo da vida espiritual, ou "descanso pela fé". A base para este

entendimento é que o descanso de Deus é algo de que nós que cremos atualmente já podemos desfrutar através da fé (eiserchometha é o presente indicativo médio e deve ser entendido como "estamos nos fazendo entrar"). O convite do Senhor Jesus para entrarmos em Seu descanso pode ser uma ideia paralela (Mateus 11:28 a 30). 4. O gozo da era messiânica (o reino de Cristo). Este texto fornece várias provas desse gozo: a. Tal como na segunda interpretação acima, o "gozo do céu", nos dá a ideia de uma promessa que permanece, e certamente indica a antecipação de um gozo futuro (4:1, 11). b. O presente do indicativo médio de eiserchometha em (4:3) pode ser entendido como um presente futurista como encontramos em Mateus 17:11, João 14:3 e 1 Coríntios 16:5. c. Embora a ideia de descanso não seja limitada ao usufruto da terra, também não deveria ser completamente desassociado dele. d. Como o Salmo 95 é frequentemente classificado com um "salmo de entronização", cujo conteúdo se interpreta como profecia da era messiânica, segue-se que o descanso de Deus também deve ser entendido nesse sentido. e. Há uma forte ligação na tradição judaica entre a era do reino messiânico e o conceito da celebração do Sábado (sabbatismos, 4:9). Uma oração de Shabat tradicional de longa data diz: "possa o Todo Misericordioso nos deixar herdar o dia que será inteiramente um sábado e o descanso da vida eterna". Com efeito, o próprio Velho Testamento associa a era messiânica com descanso (Salmo 132:12-14; Isaías 11:10; 14:3; 32:18).

Cada uma destas quatro interpretações sâo viáveis, mas limitadas. Contudo, se as juntarmos, encontraremos a seguinte definição concisa do que vem

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a ser o "descanso de Deus": para todo ser humano, o descanso prometido por Deus consiste em um estado de paz com Deus e com os homens, na terra e no céu. Corresponde à posição atual do crente em seu relacionamento com Deus e subsequente gozo pelo acesso contínuo à Sua presença e todos os benefícios associados, como recompensa, ajuda, bênção e proteção divina.

Em suma, existem quatro estágios temporais do descanso de Deus: 1. O aspecto eterno, protótipo, que é de Deus após a cessação dos Seus trabalhos criativos no sétimo dia de descanso (4:4, 10). Ele continua a desfrutar o descanso, e serve como a fonte dos três outros aspectos disponíveis do descanso. 2. O aspecto histórico, que é o descanso associado com o gozo de Israel na terra da promessa (3:11, 18, 19, também Deuteronômio 3:20; 12:9; 25:19, Josué 11:23; 21:44; 22:4; 23:1). 3. O aspecto contemporâneo, que é a atual relação de intimidade profunda e constante, e de bênção que está disponível para todos os crentes desfrutarem de um estilo de vida de fé e descanso espiritual. 4. O aspecto futuro, que é a era messiânica quando nós os crentes participaremos do reinado universal do Messias a partir da terra de Israel (Romanos 5:17, T Timóteo 2:12, Apocalipse 5:10; 20:6; 22:5).

Concluímos assim que resta um descanso para o povo de Deus. Este é o descanso eterno, que será gozado por todos os que fomos redimidos pelo precioso sangue de Cristo. É um "sábado" que nunca vai acabar.

Quem entra no descanso de Deus goza de uma cessação de trabalho, assim como Deus fez no sétimo dia depois da criação. Antes de sermos salvos, podemos ter tentado trabalhar para nossa salvação. Quando percebemos que Cristo terminou o trabalho no Calvário, abandonamos nossos próprios esforços

inúteis e confiamos no Redentor ressuscitado.

Depois da salvação, assumimos a tarefa de nos dedicarmos ao serviço amoroso por Aquele que nos amou e se entregou por nós. Nossas boas obras são o fruto do Espírito Santo em nós. Muitas vezes nos gastamos em Seu serviço, embora nunca nos cansemos dele. No descanso eterno de Deus, deixaremos os nossos trabalhos aqui. Isso não significa que estaremos inativos no céu ou na terra por toda a eternidade. Vamos ainda adorar e servi-10, mas não haverá nenhuma fadiga, angústia, perseguição ou aflição.

Embora o descanso de Deus ainda esteja disponível, é necessário diligenciar a fim de entrar nele. E preciso empenho para ter certeza de que nossa única esperança é de fato Cristo o Senhor. Devemos diligentemente resistir a qualquer tentação para meramente professar a fé nEle, e em seguida renunciá-10 no calor do sofrimento e perseguição.

Os israelitas adultos que saíram do Egito foram descuidados. Trataram as promessas de Deus com leviandade. Ansiavam pelo Egito, a terra da sua servidão. Não foram diligentes em apropriar-se das promessas de Deus pela fé. Como resultado, nunca chegaram a Canaã.

Devíamos ser alertados pelo seu exemplo, pois essa incredulidade nunca deixará de se revelar: 1) É primeiro detectada pela palavra de Deus. A palavra de Deus é: • Viva - sempre ativa. • Eficaz - produz o resultado pretendido. • Cortante - manifesta-se de maneira lancinante. • Penetra até a divisão de alma e espírito - para nós não é fácil distinguir entre essas partes imateriais do ser humano. • Penetra entre juntas e medulas - são as articulações, permitindo os movimentos para fora, e a medula, escondida, mas vital para os ossos.

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• Discemidora - discrimina e julga no que respeita os pensamentos e intenções do coração. É a palavra que nos julga, nós não a julgamos. 2) A incredulidade é tornada patente também pelo Senhor vivo. Aqui o pronome muda do impessoal para o pessoal. E não há nenhuma criatura escondida da Sua vista. Nada escapa à

Sua atenção. Ele é absolutamente onisciente, constantemente ciente de tudo o que está acontecendo no universo. Obviamente, o ponto importante no contexto é que Ele sabe onde não há fé real e onde há apenas um assentimento intelectual aos fatos.

R. David Jones

"QUÃO POUCO S A B E M O S A R E S P E I T O D E DEUS* Pois então, prezado leitor, no

abrasante verão brasileiro deste ano (2016) deparei-me a meditar como as estações climáticas já não são as mesmas de outrora. Impressionante como as temperaturas estão elevadas no presente século, trazendo grande desconforto àqueles que não têm possibilidade de refrigeração nos ambientes em que vivem. Mas, ainda assim, prefiro o clima tropical.

Essa contemplação fez-me lembrar de que não é somente o clima que tem se alterado substancialmente nos dias em que vivemos, mas tudo mais que gira em nosso entorno qualquer que seja a área de atividade ou relacionamento humano. Assim como o ambiente climático, o comportamento humano já não é o mesmo e isso não significa que esteja havendo uma evolução, ao contrário, o mundo piora cada vez mais em quase todos os sentidos, mesmo com todo avanço científico e tecnológico em nossos dias.

Com toda essa mudança, para pior, é claro que isso afetaria a espiritualidade dos seres humanos e a cada dia que passa mais perplexo fico ao contemplar a forma degenerativa com que se referem ao Senhor Deus, Criador de todas as coisas, principalmente através dos meios de comunicação. Apesar das religiões se multiplicarem, dados estatísticos dão conta que 500 milhões de pessoas se declaram ateias, mas isso é totalmente ilusório, pois esse número é sobremodo

maior. Na verdade, os que dizem seguir a um preceito religioso não significa que acreditam em Deus, mas numa divindade qualquer criada pelas doentias mentes humanas. Para muitos desses o Deus Todo-Poderoso nunca existiu ou então morreu.

Quando uso a expressão "doentia" não estou a exagerar, pois em recentes pesquisas nos USA efetuadas por um geneticista americano (Dean Hamer, em O Gene de Deus), ele assevera que os ateus são dotados de uma insuficiência genética. Segundo ele, todos nascem com esse código genético (VMAT2) que predispõe à espiritualidade. Todavia, nem todos exercem essa capacidade e é aí que está o mistério que a ciência não consegue explicar ao longo dos séculos. Esse é o divisor que faria com que algumas pessoas fossem mais espiritualizadas e outras menos. Se assim fosse, a constituição genética de uma pessoa teria papel definitivo na determinação do grau de espiritualidade.

Pessoalmente não acredito que isoladamente a ciência conseguirá explicar a religiosidade de cada pessoa, mas ela poderá ser um indicador importante. Por definição, a fé autêntica, verdadeira, é somente aquela que vem de Deus. Talvez seja esse o entendimento interior de Hamer ao afirmar: "Nós não entendemos a Deus. Nós O sentimos". Claro que ele foi execrado pela imensa maioria dos cientistas por serem ateus, assim como fizeram com Albert Einstein

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ao afirmar que sem um Ente Criador o Universo não existiria no formato que conhecemos.

Talvez, prezado leitor, temos nessa experiência genética uma possível explicação para a revelação do homem mais sábio deste mundo, Salomão: "Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo; também pôs a eternidade no coração do homem, sem que este possa descobrir as obras que Deus fez desde o principio até ao fim " (Eclesiastes 3:11). Seria através desse gene que Deus inseriu no homem a existência da eternidade?

Isso nos remete a William MacDonald que nos diz: "Embora vivam em um universo preso ao tempo, as pessoas têm inmições a respeito da eternidade. Quando pensamos na eternidade, instintivamente entendemos como algo que dura "para sempre" e, conquanto não possamos entender completamente esse conceito, percebemos que, além desta vida, existe a possibilidade de viver sem se preocupar com a passagem do tempo".

MacDonald continua: "Não existe a menor possibilidade de o ser humano resolver o enigma da Criação, da providência ou do fim do universo, exceto se aceitar aquilo que consta na revelação de Deus. Apesar dos extraordinários progressos do ser humano em aumentar o conhecimento, nossa visão de mundo ainda se parece com a visão através de um vidro opaco. Com frequência somos obrigados a suspirar e confessar: "Quão pouco sabemos a respeito de Deus".

Uma coisa é absolutamente certa, caro leitor, no seu mais profundo íntimo todo ser humano não se conforma que a vida se restrinja à que vivemos, pois seria muito curta e uma enorme estupidez achar que tudo acaba com a morte. Daí a grande angústia que toda humanidade padece que é a incerteza das coisas que virão com a passagem desta para a outra vida. Só há uma única forma de as

pessoas deixarem de manquejar entre o falso e o verdadeiro: O Deus Todo-Poderoso, Criador de todas as coisas, está pronto a redimir a todos que assim desejarem através da obra efetuada pelo Seu Filho, o Senhor Jesus, que aqui veio para "buscar e salvar o que se havia perdido" (Lucas 19:10). Porém Ele respeita a decisão, ainda que equivocada, de cada um de nós.

Lamentavelmente, são bilhões de pessoas que não O buscam com esse propósito apesar de toda religiosidade que possuem, que lhes tem gerado uma falsa segurança, pois todos se tornaram baldados conforme asseverado por Paulo: "Como está escrito: Não hájusto, nem um sequer, não há quem entenda, não há quem busque a Deus; todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis " (Romanos 3:10-11). É uma imensa tolice achar que fora do Senhor Jesus haja Salvação! É como correr atrás do vento, jamais o alcançará.

Entretanto, tenho observado que muitíssimos daqueles que dizem depositar sua fé no Senhor Jesus, vivem como se a vida se restringisse às coisas deste mundo, como se aqui iriam permanecer para sempre, e por isso pensam nas coisas aqui debaixo, numa busca, por vezes alucinante, de bens materiais, saúde perfeita, sucesso pessoal e outros que tais, esquecendo-se de que a nossa redenção será concluída no "futuro": "Cristo... aparecerá segunda vez... aos que o aguardam para a salvação" (Hebreus 9:28). Por conta disso devemos diariamente revigorar essa convicção, pois "a nossa salvação está, agora, mais perto do que quando no princípio cremos" (Romanos 13:11). A cada dia ela se renova e por isso devemos estar prontos para esse magnífico dia! Sem dúvida um precioso exercício de fé.

Há quase dois milénios, o consagrado apóstolo Paulo alertava acerca dos males

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e as corrupções que adviriam nos últimos dias. Sobreviriam tempos muitos difíceis, pelo egoísmo, avareza e arrogância dos homens que não teriam domínio sobre si, mais amigos dos prazeres do que amigos de Deus. Face a isso ele recomendava ao seu dedicado discípulo, Timóteo, para que fugisse desses tais que "aprendem sempre", mas jamais chegam ao conhecimento da verdade, por resistirem a ela. São homens de todo corrompidos na mente e quanto à fé (2 Timóteo 3:1-8). Creio que não há a menor dúvida de que vivemos nesses dias.

Todavia, assegurava Paulo, que eles não iriam avante, e para isso era sobremodo importante que o seu discípulo seguisse de perto o seu ensino, permanecesse naquilo que aprendera, sabendo de quem aprendeu (2 Timóteo 3:9-11). Será que em nossos dias aqueles que dizem fazer parte do povo de Deus permanecem firmes nas doutrinas estabelecidas na Palavra de Deus? Basta-nos ouvir um pouco do "evangelho" atualmente pregado e concluiremos que isso, tristemente, não é verdadeiro. Prega-se hoje um outro evangelho, muito distante daquele que foi revelado por homens inspirados por Deus.

Em nossos dias raramente se ouve alguém mencionar que é iminente a volta

do Senhor Jesus para buscar os Seus. Os cristãos contemporâneos sabem muito pouco a esse respeito. Como saber se não lhes é ensinado? Sequer desconfiam que há um galardão específico que o Senhor Jesus dará a todos que amam a Sua vinda: "Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda " (2 Timóteo 4:8).

Caro leitor, comecei este artigo mencionando as grandes mudanças que vemos ao nosso redor. Todavia, há algo absolutamente imutável que é a volta do Senhor Jesus para buscar os que n'Ele crêem. Permita, portanto, a pergunta: Você ama a volta de Cristo? Você tem dito isso a Ele em suas orações diárias? Se você lhe perguntasse algo a esse respeito Ele lhe diria que a resposta já foi dada: "Eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras... Certamente, venho sem demora".

Então, repita comigo estimado leitor: "Amém! Vem, Senhor Jesus!" (Apocalipse 22:12 e 20). Permita Deus que assim seja!

José Carlos Jacíntho de Campos

UM Q O V E R K A N T E J U S T O Quem governa o povo com justiça,

quem o governa com o temor de Deus, é como a luz da manhã ao nascer do sol, numa manhã sem nuvens. É como a claridade depois da chuva, que faz crescer as plantas da terra 2° Samuel 23:3,4.

Nosso país vive momentos agitados em sua história. Há um clima de incerteza, medo, desalento em toda a parte, e ainda uma insatisfação e descrença de seus dirigentes. A mentira

e a desonestidade imperam, e o que se ouve num dia, no dia seguinte é desmentido.

Em meio a todo esse quadro nebuloso, deparei-me com o texto acima, palavra do rei Davi, escrito há quase três mil anos. Quanta verdade. Não foi difícil transportar-me para esse país. Fechei meus olhos e deixei os pensamentos tomarem conta com toda a sua força.

Quem seria o governante justo? Quem governaria com o temor de Deus?

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Sem dúvida não seria o autor do texto bíblico, ou seu filho Salomão, e muito menos um rei daqueles tempos que já se foram. Davi, entretanto, falou sob a direção do Espírito Santo, e apontou para o Senhor Jesus que ainda virá com todo o poder e glória. Todavia, de acordo com a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, onde habita a justiça (2" Pedro 3:13). A sua primeira vinda neste mundo foi de humilhação e morte de cruz; sua segunda vinda será de exaltação, onde Ele implantará um reinado de paz e justiça, e assim se cumprirá em sua integridade o texto profético.

Embora também esteja decepcionado com o rumo que segue nosso país, senti-me mais revigorado nutrindo pensamentos de uma cidade que um dia será plena realidade. Eu creio nesta promessa e espero pelo estabelecimento de uma nova ordem, onde Jesus Cristo será o governante inigualável. Se hoje as nuvens são escuras e a luz do sol é fraca, um dia aquele que é o "Sol da Justiça" fará brilhar a sua luz em todos os lugares. Não haverá mais noite. Eles não precisarão de luz de candeia nem da luz do sol, pois o Senhor Deus os iluminará; e eles reinarão para todo o sempre (Ap. 22:5).

Pensando no texto desta meditação, o velho hino veio para reforçá-la, e o cantei baixinho:

Jesus à terra voltará Com grande majestade E neste mundo tomará Suprema potestade. Jesus, justiça e paz dará E proteção ao povo; O Seu reinado amor trará Ao mundo feito novo. Dominará de mar a mar E até os fins da terra; Felicidade nos vem dar: Não haverá mais guerra.

Compadecer-se-á Jesus Dos tristes e dos pobres; Florescerão na Sua luz Os justos como nobres. Qual chuva, bênçãos descerão. Aos povos refrescando; Os reis e príncipes virão Curvar-se sob Seu mando.

Estribilho: Saudai ao Rei celestial, Que toma aqui poder real! Saudai o imperial Senhor: Jesus, Rei santo. Salvador. (H&C 329)

Que as decepções, medos e desconfianças não empanem nossa visão, nem nos afastem da trajetória da cruz, "pois se nada aqui me anima, Jesus me satisfaz". Elevemos aos céus nossas súplicas para que Deus abra os olhos dos nossos governantes, e acalme o nosso coração.

Orlando Arraz Maz SITE DO HINÁRIO

HINOS E CÂNTICOS Em breve estará à disposição de todos

os irmãos o site do Hinário Hinos e Cânticos, no seguinte endereço: www.hinosecanticos.com.br, com notícias do Hinário e de ^ Senda do Cristão. Neste site serão publicados assuntos referentes ao Hinário, como o andamento da próxima edição de palavras - 18^ Edição, alteração de algumas letras, e adaptação à nova ortografia da língua portuguesa. Estaremos publicando periodicamente uma pequena biografia dos autores de alguns hinos, notadamente irmãos que viveram em solo nacional, a fim de que todos tenham conhecimento de quem foram. Tais informações terão como objetivo incentivar a nova geração, para que usem os hinos do nosso Hinário e conheçam de perto sua história, nesses 140 anos de existência (1876-2016). . - 07 -

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PROFECIA è MPOETANTE (conclusão) 10. Os diferentes julgamentos

Precisamos distinguir claramente entre os diferentes julgamentos que ocorrerão no fmal dos tempos. 1. O tribunal de Cristo: já temos mostrado que este é apenas para os crentes. Não tem absolutamente nada a ver com o julgamento de nossos pecados, mas sim o julgamento ou avaliação de nosso serviço para o Senhor. Acontecerá no céu, depois do arrebatamento, mas antes da volta de Cristo para reinar. 2. O julgamento de Israel: Ezequiel 20:34-38 profetiza sobre isso e mostra que este determinará quem da nação de Israel entrará no Reino de Cristo durante o milénio. Mateus 24:31 fala da reunião da nação de Israel depois do período da Tribulação (vs. 4-26) e o retorno de Cristo para reinar (vs. 27-30). Então seguirá seu julgamento descrito em Mateus 25:1-30. Veja também Malaquias 3:2-5. 3. O julgamento das "nações vivas": também ocorrerá na terra por Cristo, quando Ele "se sentar no trono de Sua glória" (Mt 25:31). Uma profecia interessante em Joel 3:1-2 explica como esse dia de julgamento ocorrerá ao mesmo tempo em que o Senhor restaura o reino de Israel. Os discípulos perguntaram sobre isso em Atos 1:6: Senhor, será este o tempo em que restaures o reino a Israel? Mateus 25:31 -46 diz-nos que a base de seu julgamento naquele dia será a maneira como trataram o povo de Israel durante a tribulação. Em verdade vos afirmo que, sempre que o fiizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes, diz Cristo em Mt 25:31-46. 4. O grande julgamento do trono branco: contrariando a concepção popular errónea, este julgamento não determina finalmente quem está salvo e quem está perdido. Aqueles que

comparecerem ao julgamento do grande trono branco são todos não salvos. Nenhum crente estará lá. a) Apocalipse 20:12 diz: os mortos serão julgados. Aquelas pessoas dos vs.11-15 não estão fisicamente mortas, mas espiritualmente mortas, como em Efésios 2:1. Aqueles que estão mortos incluem os grandes e os pequenos (v. 12). Os "pequenos" são as pessoas humildemente insignificantes, os "grandes" são aquelas pessoas ilustres e influentemente importantes. Boa observação essa de que tais distinções não farão diferença naquele dia fmal. Ninguém será tão insignificante para escapar de ser notado e ninguém será tão importante para evitar o julgamento. b) V. 12: Os livros serão abertos. Quais livros? Primeiro as Escrituras serão abertas. Em João 12:48 o Senhor Jesus diz: a própria palavra que tenho proferido, essa o julgará no último dia. Ninguém será capaz de alegar ignorância da palavra de Deus naquele dia.

Em segundo lugar, o registro de nossas vidas será aberto. Em Mateus 12:36 o Senhor Jesus novamente nos diz que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no Dia do Juízo. Você pode se admirar de como Deus pode manter um registro da vida de muitos milhões na terra. Isso não representa problema para Deus. Apenas pense no que meros homens mortais são capazes usando computadores.

Em terceiro lugar, o v. 12 diz: Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. O que é isso? É o registro de todos aqueles que receberam salvação através de Cristo. Em Apocalipse 21:27 ele é chamado "o Livro da Vida do Cordeiro". Isso fala-nos da base em que podemos ter nosso nome inscrito nesse livro. Não é baseado em nossa afiliação religiosa ou nossas boas obras na comunidade, mas em nossa

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aceitação da morte do Cordeiro de Deus no Calvário para nossa salvação.

Verdadeiros crentes em Cristo têm plena garantia nesta vida de ter seus nomes inscritos nesse livro. Em Filipenses 4:3 Paulo escreve de certos discípulos cujos nomes estão no Livro da Vida. Em Lucas 10:20 o Senhor Jesus fala a Seus discípulos: alegrai-vos,... porque o vosso nome está arrolado nos céus. Não há dúvida nesses versículos. Eles não dizem que seus nomes podem ou poderiam ou serão escritos, mas estão escritos no céu.

Em ambas as passagens, encontramos a segurança que cristãos têm para o futuro. Meus leitores têm essa garantia e certeza neste momento? Se não, pensem nas consequências — se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo (Ap 20:15). c) O fato de que o Julgamento do Trono é descrito como "grande" e "branco" não é sem sentido. Ele é grande porque não hájulgamento maior para acontecer. Esse é o mais alto trono no universo de Deus. Ele é branco, descrevendo a pureza e a justiça do julgamento que resultará dele. Não haverá erro de justiça ou erro de identidade nesse trono. Ninguém será

condenado erroneamente. Tudo será absolutamente correto. d) O v. 13 diz: Deu o mar os mortos que nele estavam. Você já ouviu de pessoas que tentam escapar do Dia do Julgamento de Deus ordenando que sejam cremados quando morrerem, e ainda pedindo que suas cinzas ou restos mortais sejam espalhados sobre o mar? Não é desafiador ler que o mar dará os mortos que nele estão?

Novamente o v. 13 diz: A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. A palavra morte se refere à estada temporária dos corpos dos não salvos em seus túmulos, mas a palavra além (VA) ou hades (TB) se refere à estada temporária das almas desses não salvos. No dia do Julgamento "corpo e alma" serão reunidos para serem lançados na estada final da perdição.

Tudo isso é muito solene. Cada um de nós precisa perguntar a si mesmo onde está hoje quanto à questão eternal.

Eternidade é um tempo muito longo para estar no lugar errado.

Onde você passará a eternidade? John Campbell

lmá:EFC M O S S A HERAMÇA Capítulo 8 - Separação

Poucos cristãos tiveram uma grande reputação pelo desapego às coisas mundanas como os irmãos. Eles privaram-se e separaram-se das coisas do mundo, e não foram muito cooperativos com as atividades mundanas. Sem dúvida há aqueles que acham que essa perspectiva de vida é muito restrita e por assim dizer deixaram de se reunir conosco para poder alcançar maior liberdade para se deleitar no mundanismo.

A pergunta, portanto, surge: "Somos rígidos demais em tais assuntos? Precisa­

mos ser tão cheios de auto abnegação? Será que não podemos ter um pouco de prazer mundano? Será que preciso ser a única pessoa estranha no escritório, na sala de aula ou no trabalho? Será que não posso participar um pouco de suas atividades e diversões?" Se for meramente uma tradição "dos irmãos" que dita essa atitude à vida, então podemos descartá-la, mas se é a Palavra de Deus que causa essa reação, então estamos adotando uma perspectiva saudável do ponto de vista espiritual.

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o escritor muitas vezes fica abismado em como os colegas cristãos nominais se comportam em vista de T Pedro 4:3-4: Porque é bastante que no tempo passado da vida fizéssemos a vontade dos gentios, andando em dissoluções, concupiscências, borrachices, glutonarias, bebedices... E acham estranho não correrdes com eles no mesmo desenfreamento de dissolução. (SBTB).

O NT nos dá quatro razões simples para nortear os relacionamentos do cristão com o mundo. (A palavra "mundo" é usada com três significados diferentes no NT. Significa "a terra" como em João 1:10:0 Verbo estava no mundo, o mundo foi feito por intermédio dEle. Significa "o mundo dos seres humanos" em João 3:16. Significa "o sistema do mundo" como Dr. Schofield o chama, ou a civilização, e é nesse sentido que está sendo usado nesse artigo.)

Em primeiro lugar, o Senhor Jesus Cristo não espera que o cristão seja "do mundo" (João 17:14). Em segundo lugar, o apóstolo Paulo ordena para que não seja conformado com este mundo (Romanos 12:2). Em terceiro lugar, o mesmo autor anseia que o cristão não abuse deste mundo, isto é, não usá-lo por completo ( P Coríntios 7:31: "e os que usam deste mundo, como se dele não abusassem, porque a aparência deste mundo passa." -ARC). Em quarto lugar, o apóstolo João diz: Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo {V João 2:15).

Sem dúvida o NT ensina que Deus e o mundo estão em poios opostos, e é impossível amar ambos ao mesmo tempo. De igual modo nos ensina que o mundo é passageiro e por isso deve ser um enorme erro amar aquilo que não vai durar.

Qualquer um que é tentado a entregar-se ao mundanismo deveria ler o livro de Eclesiastes. O seu escritor foi um homem que teve toda oportunidade para experi­mentar o mundanismo e a sua descoberta foi total decepção. "Vaidade de vaidades".

como um resumo, simplesmente significa que o mundanismo não leva a lugar nenhum. A ilustração clássica do NT acerca da mesma verdade se encontra na parábola do filho pródigo. É uma história de um jovem que não gostava das restrições do seu lar. Logo percebeu por esforço próprio que a vida na terra longínqua era uma terra de pobreza e ressecada comparada com a vida no seu lar. A Bíblia não nos manobra em um estilo de vida que sofre pelas restrições que parece impor. Muito pelo contrário, Tiago chama-o de a lei perfeita da liberdade (ARC - Tiago 1:25). A verdade é que ela nos liberta da humilhação, perversidade e devassidão da terra deixando-nos livres para subir a tais alturas para que possamos viver a vida de Deus.

Os maiores exemplos dessa verdade são os seletos cristãos que viveram e morreram entre nós e a quem somos inclinados a chamar de santos. Foram notáveis pela maneira como trataram o mundo de modo trivial. Nunca houve uma questão de perguntarem: "Que mal tem nisso?", mas antes estavam dispostos a perder todo o desejo pelas coisas mundanas por causa da insuperável beleza do Salvador que fazia com que as coisas terrenas se tornassem estranhamente opacas.

Conta-se acerca do saudoso Harold St. John que, quando se converteu, fumava um cachimbo e apreciava ópera. Após sua conversão ele continuou suas práticas, não considerando-as como prejudiciais. Logo ele se tornou um estudante das Escrituras. Levantando cedo cada manhã, ele apreciava seu tempo devocional com sua Bíblia antes de sair para o serviço no banco. Ao caminhar rumo à estação uma manhã, sua mão foi instintivamente ao seu bolso à procura de seu cachimbo, quando, de repente, um pensamento veio a sua mente: "Como posso apreciar um

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cachimbo sujo após passar tempo precioso com meu Senhor?" O cachimbo foi jogado por cima da cerca viva e esse foi o fmal desse hábito.

A primeira vez em que a ópera se apresentou na cidade após a conversão do Sr. Harold, ele frequentou como sempre, mas não a apreciou. Ele rejeitou a apresentação como "off. Quando isso aconteceu pela segunda vez, Sr. Harold St. John começou a imaginar se era a ópera ou Sr. Harold que mudara. Ele foi uma terceira vez sem ter mais prazer e concluiu que não era a ópera que mudava, mas Harold St. John. As palavras do poeta são apropriadas: "As alegrias da terra nunca podem preencher O coração de quem provou do Teu amor".

Um resumo do seu diário citado por sua filha na biografia do seu pai diz: "Li coisas sem valor até as duas da madrugada. Como fui capaz de crer em tal doidice carnal quando estou aguardando a Sua volta?"

Um amigo missionário tem uma gravação de uma pregação em que a voz do Sr. Harold conta sobre a ocasião em que foi encorajado a ir e ouvir "O Messias". Tendo comprado seu ingresso, pensou que iria aos bastidores encontrar o elenco antes da apresentação. A mente pura de Sr. Harold St. John só podia pensar de uma maneira na qual a preparação poderia ser feita e isso seria pela oração. Ao invés disso ele encontrou as mulheres se pintando, os homens fumando e contando piadas duvi­

dosas, ele rasgou seu ingresso e foi para casa.

Na mesma fita ele diz que se um cristão terminou seu dia de serviço e fez suas devoções, ele não o condenaria por um pouco de descanso, mas ele sugere que isso deveria sempre ser em doses homeopáticas.

Sugiro que isso é como pessoas espirituais deveriam sentir a respeito de questões mundanas.

Mas essa separação não necessariamente implica isolamento. Reconhecemos que é tão fácil para a pessoa separada cair em uma armadilha. "Não do mundo" tem sido bem ilustrado na enfermaria do hospital. O corpo médico e de enfermagem nem ousa ser como seus pacientes nas suas aflições, mas eles devem se locomover entre eles para o benefício dos seus pacientes. Nunca podemos ajudá-los por participar de suas manobras, mas podemos ajudar por estar disponíveis quando eles precisam de nós.

A Bíblia Newbeny coloca uma leitura na sua margem em Êxodo 33:16. Sugere que a natureza separada do povo de Deus fez com que fossem distintos. Essa distinção consistia por um lado em ter a presença de Deus, e por outro lado, a ausência de coisas que caracterizavam os outros. Como a liberdade da corrupção e vaidade pode prejudicar alguém?

James Anderson Tradução: Meg Crawford

COMO AQRADAfl AO SENHOR ANTES QUE VOLTE Antes de partir para junto do Pai, o

Senhor Jesus disse: Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo- lo teria dito; vou preparar-vos lugar, e quando eu for e vos preparar lugar, virei outra vez, e

vos tomarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também. (João 14:1-3). Disse também: e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. (Mateus 24:20); mas antes tinha pedido aos seus discípulos: ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do

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Pai, e do Filho , e do Espirito santo; ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; (Mateus 28:16-19) e por fim, próximo da ascensão Jesus declarou: Assim está escrito que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia ressurgisse dentre os mortos; e que em seu nome se pregasse o arrependimento para remissão dos pecados, a todas as nações, começando por Jerusalém. Vós sois testemunhas destas coisas (Lc 24.46-48).

Numa primeira observação aos ditos do amado Salvador, constatamos o desejo de que os seus discípulos sejam pacientes, tranquilos e pacíficos, dando-nos a promessa de estar conosco todos os dias, voltando para nos levar para junto de si. No entanto, enquanto isso não acontece, a sua vontade é que sejamos testemunhas das coisas que Ele fez por nós e em nós. A Palavra de Deus ensina a ser firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é em vão no Senhor ( P Coríntios 15:58).

Perante este verso poderemos questionar: "o que agrada ao nosso Senhor Jesus Cristo?" A resposta é fácil: Ser abundante na Sua Obra. Como pode o crente ser abundante na Obra de Cristo? Que deve fazer? Vou apresentar cinco fatores que considero básicos: 1 - Ser firmes na Fé em Cristo

O crente em Jesus é um homem de fé. Porém algumas vezes as dúvidas, os medos e a confusão assaltam o seu espírito. Ora, convém confiar plenamente e sem reservas naquele que tem poder, que nos ama e deu a sua valiosíssima vida na cruz para nos salvar.

Sabendo que sem fé é impossível agradar-lhe (Hebreus 11:6), sejamos firmes e constantes neste dom especial que Deus nos deu (Efésios 2:8). Vivamos com fé e por fé. 2 - Ser firmes no ensino da Palavra de Deus

Vivemos dias de muita confusão religiosa e muitos estão a utilizar mal a

sã doutrina. A Palavra de Deus tem sido desautorizada pelos homens e muitos a tem desprezado.

Para nós a Palavra de Deus é um tesouro que saboreamos como o salmista: A lei do Senhor é perfeita, e refrigera a alma; o testemunho do Senhor é fiel e dá sabedoria aos simples. Os preceitos do Senhor são retos, e alegram o coração; o mandamento do Senhor é puro, e alumia os olhos. O temor do Senhor é limpo, e permanece para sempre; os juízos do Senhor são verdadeiros e inteiramente justos. Mais desejáveis são do que o ouro, sim, do que muito ouro fino; e mais doces do que o mel e o que goteja dos favos. (Salmo 19).

Assim como sabemos que somos bem-aventurados porque meditamos nela de dia e de noite (Salmo 1), sejamos firmes e constantes no ensino da verdade e da sã doutrina ( P Timóteo 6).

3 - Ser firmes na oração Através de Jesus - o Mediador Todo-

Poderoso, temos comunicação direta com Deus, o criador do Universo. Ele é além de nosso Deus também nosso Pai, porque o sacrifício do amado Jesus nos outorgou esta filiação.

Se amarmos o nosso Senhor e Salva­dor Jesus, temos prazer nEle e por isso existe também prazer na oração diária. A disposição e vontade de estarmos em contato constante com Deus permite-nos uma relação de comunhão que se traduz em bênçãos espirituais. Através da oração o crente é fortalecido para realizar os propósitos definidos por Deus para si, mas também é motivado para a sua fidelidade, a Palavra.

Por isso sejamos sempre firmes e constantes, perseverando na oração, velando nela com ações de graças (Colossenses 4.2).

4 - Ser firme e constante amor fraternal O inimigo de Deus tem criado

inimizades e ódio entre os irmãos, ao ponto de igrejas que deviam ser uma

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família se dividirem, demonstrando a falta de amor entre eles.

Existem "crentes" que só têm prazer em dizer mal dos seus irmãos.

O nosso Deus afirma: Estas seis coisas aborrecem o Senhor, e a sétima a sua alma abomina: olhos altivos, língua mentirosa e mãos que derramam sangue inocente; coração que maquina pensamentos viciosos; pés que se apressam a correr para o mal; testemunha que profere mentiras e o que semeia contendas entre irmãos (Pv 6:16-19).

A Bíblia diz ainda: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos, porque ha­verá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfe­mos, desobedientes a pais e a mães, ingra­tos, profanos, sem afeto natural irreconci­liáveis, caluniadores, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te (2^ Tm 3:1-5).

Por isso todos nós devemos recordar o que agrada ao Senhor Jesus e que Ele proferiu na sua oração ao Pai: Erogo não somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim; para que todos sejam um; assim como tu, ó Pai, és em mim, e eu em ti, que também eles sejam um em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste (João 17:20-21).

Ele quer unidade do Corpo e apontou a forma pela qual somos conhecidos dele TJm novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei a vós, que também vós vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros (João 13:34- 35).

5- Ser firme e fiel na obra do Senhor:

A obra do Senhor é vasta. Ela é realizada por muitos e cada um de nós pode contribuir com o seu testemunho pessoal mostrando suas experiências com Cristo aos que ainda não pertencem

à família de Deus. A obra de Deus é dEle não nossa, por

isso não devemos estar preocupados com aqueles que trabalham de maneira diferente de nós, mas nós precisamos de estar firmes e constantemente motivados para a realização da Obra que o Senhor nos tem dado segundo a sua direção e vontade.

A Salvação de almas não é da nossa responsabilidade direta. Esta responsabili­dade é do Espírito Santo que os convence da sua pecaminosidade, no entanto tudo se inicia com a nossa responsabilidade em falar, testemunhar e contribuir para a compreensão do evangelho por aqueles que precisam.

Precisamos ser firmes nesta atividade de falar a tempo e fora de tempo para que almas sejam arrebatadas da perdição eterna. O Senhor se agrada deste trabalho.

Num outro plano, devemos ter prazer na comunhão com os irmãos na fé. Ele se agrada deste testemunho. Também temos prazer na contribuição para engrandecimento do Nome de Deus e de Cristo na localidade e no mundo.

Ser firme e constante nestes princípios agrada a Jesus, o que é muito preciso enquanto Ele não volta. O homem fiel gozará de abundantes bênçãos (Pv 28:20).

Samuel Pereira (Portugal)

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ADORsAÇÂO Representação

Em Mateus 26 o Senhor Jesus Cristo fez uma única promessa. Essa promessa não foi feita sobre os discípulos que o seguiram através do Seu ministério, nem sobre qualquer dos proeminentes e importantes indivíduos com quem Ele entrou em contato. Antes, foi sobre uma mulher devota que o Salvador fez um compromisso inédito: Em verdade vos digo: Onde for pregado em todo o mundo este evangelho, será também contado o que ela fez, para memória sua (v. 13).

A ação escolhida para a posteridade pelo Salvador está entre as mais preciosas e profundas registradas nos evangelhos. Aqui estava uma mulher, uma pecadora alcançada pela graça de Deus, cuja apreciação pelo Senhor transbordou num ato de adoração que foi uma grande ocasião para nos ensinar. Preciosidade

O aspecto mais importante do feito dessa mulher - tanto para os discípulos quanto para nós - foi sua preciosidade. O unguento que ela derramou sobre o Salvador era precioso. Vendido, ele teria rendido muito. Como tal ele representava um considerável sacrifício financeiro. Mas também personificava meses, talvez anos, de autonegação, visto que essa mulher passou sem toda sorte de luxo -e talvez de necessidades - a fim de que pudesse ter algo para derramar sobre Seu Senhor. Nos cálculos do mundo, isso foi um desperdício. Ela poderia ter se diverfido gastando o dinheiro consigo mesma, ou poderia ter prudentemente guardado para sua necessidade futura. Se ela estivesse determinada a usá-lo em sacrifício, poderia tê-lo gastado praticando caridade. De qualquer forma, certamente, teria sido melhor que o desperdício injustificado de livremente derramar o unguento valioso. Mas essa

mulher avaliou o caso diferentemente. O privilégio de ungir seu Salvador era

mais valioso que tudo que ela tivesse dado. Nessa avaliação do valor do Senhor ela colocou-se em completo contraste com Judas que, apenas alguns versículos depois, vendeu o Cristo de Deus pelo mísero valor de trinta moedas de prata. E o Salvador dividiu com ela a economia espiritual. Ele sabia exatamente o que custara para ela, e Sua resposta foi proporcional ao valor que Ele deu ao seu simples, mas profundo ato de devoção.

A ação da mulher revela prioridades que devem nos desafiar e humilhar. Ao nos reunirmos para lembrarmos o Senhor, trazemos o que é precioso? Nossa adoração - silenciosa ou audível, de irmã ou irmão - representa algum sacrifício real de nossa parte? Ou estamos em perigo de fazer o que Davi repudiou: não oferecerei ao Senhor meu Deus holocaustos que não me custem nada (2° Sm 24:24). A atitude dessa irmã devota, tão apreciada pelo Salvador, ainda que de pequeno valor para outros, deveria nos impelir a investir mais seriamente em nosso principal chamado - adorá-lO. Consideração

Se o Salvador apreciou o valor da oferta da mulher, Ele observou também a consideração que ela indicava. O investimento dela não foi gasto num ato aleatório de impulso. Essa unção foi um ato de um adorador inteligente. Ela derramou o unguento nEle para Seu sepultamento (v. 12). No seu ato cuidadoso e preciso, demonstrou um discernimento espiritual que os discípulos pareciam não perceber. Essa consideração de modo algum comprometeu a sinceridade e a ternura de seu ato; seu valor foi realçado imensuravelmente.

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Deveríamos aspirar adoração desse tipo. Nossa adoração deveria demonstrar uma apreciação inteligente da natureza de Deus e da pessoa de Cristo. Não deveria ser apenas correta doutrinalmente; deveria ser cheia das Escrituras. Apesar de uma mentalidade predominante que preza espontaneidade e informalidade e cria uma falsa oposição entre a mente e as afeições, de modo algum isso significa que deveríamos ser formais ou artificiais em nossa adoração. De acordo com o ideal das Escrituras, a adoração deve envolver nossos corações, nossas mentes, nosso intelecto e nossas afeições. Como essa mulher, realçamos a beleza e o valor de nossa adoração quando adoramos tanto em espírito como em verdade.

Totalidade É significante que Mateus

cuidadosamente especifica o recipiente no qual a mulher trouxe seu unguento. O vaso de alabastro em si deve ter sido caríssimo, e lindo em sua arte e execução. Mas mais importante é que era um vaso que tinha que ser quebrado. Ela não trouxe uma garrafa ou frasco que poderia derramar apenas uma parte do unguento, guardando o restante para ser usado mais tarde. Essa adoradora não guarda nada, não retém nada. O vaso foi quebrado, até a última gota da fragrância foi liberada - reserva e reuso não foram opção.

Um dos maiores desafios que enfrentamos é manter o frescor de nossa adoração. Vez após vez parecemos vir com uma garrafa derramando uma medida mesquinha de adoração e depois tampando-a até a próxima reunião de adoração. Como os israelitas indolentes, temos apenas um maná mal cheiroso e cheio de vermes. Em vista das glórias inesgotáveis e infinitas da pessoa que adoramos, com certeza é inconveniente com frequência usarmos sempre as

mesmas frases e as mesmas passagens tão gastas que nossos irmãos poderiam repefi-las junto conosco. Seria apropriado se tivéssemos uma apreciação nova e fragrante do Salvador para derramar sem reserva sobre Sua linda Pessoa. Consequências

O ato dessa mulher foi seguido por uma série de consequências. E precioso refletir que, assim que o Salvador deixou a casa. Ele carregou consigo uma fragrância que iria até o Calvário e além. Mesmo quando os soldados cuspiram no Seu rosto, eles sentiriam o aroma da devoção dessa mulher. Enquanto pendurado na cruz, enquanto deitado no túmulo, ainda permaneceria a fragrância da adoração. O ato da mulher glorificou Cristo, e nós, também, não podemos ter ambição mais alta para nossa adoração.^

As consequências não paravam ali. À medida que a fragrância do unguento se espalhava pelo ambiente, se impregnaria nas próprias roupas da mulher e também dos discípulos. Tanto aquela que adorou e os que estavam observando seguiram seu caminho com uma fragrância, mais ligada a Cristo como resultado dessa adoração.

Nossa oração é fragrante? Nada podemos acrescentar intrínseco a Cristo, mas há uma porção dEle em nossa adoração? Será que magnificamos Sua Pessoa, realçamos Seu valor? E qual o efeito que nossa adoração tem em nossos irmãos? Será que eles se levantam da Ceia do Senhor um pouco mais fragrantes, um pouco mais como Cristo por causa da minha adoração? É isso que deveríamos almejar, pois é isso que a verdadeira adoração realizará.

E como temos visto, há uma outra consequência à adoração da mulher. O Salvador publicamente registrou Sua apreciação do ato dela, e determinou que seria lembrado através dos séculos. Em um sentido, a fragrância da sua oferta

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nunca diminuiu - chega a nós hoje tão doce, tão sagrada, tão preciosa como foi na casa de Simão o leproso.

No que se refere à terra, ninguém recebeu tanto reconhecimento pela adoração. Temos muito a dizer sobre o dom (e aqueles que o possuem) em relação a pregar e ensinar. Raramente o exercício de adoração é destacado para louvor, ou até mesmo comentário. No entanto é o serviço mais importante e mais alto a que podemos aspirar. E é reconhecido e valorizado corretamente

nos registros do Céu. A mulher trouxe uma oferta preciosa,

mas as consequências de seu ato e sua compensação ultrapassaram qualquer custo. Nisso ela exemplifica para nós a bem-aventurança e o valor de cumprir nosso chamado para sermos adoradores de nosso Deus.

M Sweetnam, Dublin Trad. EFC

Believer's Magazine, ago. 2012

A SENDA DO CRISTÃO Publicação trimestral cristã, sem fins lucrativos e mantida por ofertas voluntárias.

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HINÁRIO CIFRADO Já está disponível na Livraria Nova Vida Araraquara Ltda, com sede na rua Jesuino de Arruda s/n - Loj a 1 - Mercado Municipal - Cep 13.560-642 - São Carlos - SP, Tel. (16) 3372-1996 e (16) 3371-5016. O Hinário Cifrado é uma coletânea de 220 hinos do Hinário Hinos e Cânticos, e pode ser adquirido em dois tamanhos: Grande (21x29,7) por R$30,00 e Pequeno (14x21) por R$20,00. O preço é promocional e estará em vigor até 31 de agosto de 2016.

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