12
PARTE DA EDIÇÃO DE 20-1-12 DO HOJE MACAU • NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE ano do dragão água ardente

Ano do Dragão

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Suplemento especial do Hoje Macau dedicado ao Novo Ano Chinês do Dragão • 20 JAN 2010

Citation preview

Page 1: Ano do Dragão

PARTE DA EDIÇÃO DE 20-1-12 DO HOJE MACAU • NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE

anododragão

água ardente

Page 2: Ano do Dragão

SEXTA-FEIRA 20.1.2012www.hojemacau.com.mo二anododragão

Ana Cristina Alves

OS DRAGÕES na China têm um poder extraordinário, porque são seres extraordinários. São mágicos, imortais. Eles são o quinto animal do zodíaco chinês. Simbolizam o imperador e podem encolher até ao tamanho de um bicho da seda ou aumentar, de modo a ocupar todo o espaço que existe entre o céu e a terra.Simbolizam o vigor masculino e a fertilidade. O seu número é o 9, que, além da longevidade, repre-senta a força Yang, ou masculina. Os dragões são constituídos por 9 partes. Têm cornos de veado; cabeça de camelo; orelhas de vaca; olhos de demónio, numas versões, de coelho, noutras; pescoço e corpo de cobra; barriga de ostra, em cer-tas figurações; escamas de carpa; garras de águia e patas de tigre. Ele reúne o melhor de todos os animais. Tem, por isso, um poder imenso. É o conjunto de forças naturais mais bem conseguido do universo. As suas filhas são de uma beleza e sabedoria raras. Dançam, cantam e seduzem como nenhum outro ser. Podemos encontrá-las onde há água. Estas beldades montam cavalos-marinhos brancos. Os filhos, 9 ao todo, têm qualidades muito apreciadas. O primeiro é um grande carregador, transporta todos os pesos; o segundo é um bombeiro exímio, apaga qualquer fogo; o terceiro é musical, soa como um sino; o quarto é poderoso como um tigre; o quinto tem vocação para a alimentação e o sexto conhece a água como mais nenhum ser; o sétimo é um lutador corajoso; o oitavo é forte como um leão e o nono é um excelente observador.A mitologia chinesa antiga nomeia quatro tipos de dragões, que hoje vão aparecendo cada vez mais mis-turados. Recordemos então como se dividiam. Havia os Tian Long ou Dragões do Céu, que simbolizavam o poder criador e regenerativo; os Shen Long ou Dragões do Espírito, que governavam as chuvas, os Di Long ou Dragões da Terra, que dominavam as fontes e os cursos de água; e o Fu Cang Long ou os Guardiões do Tesouro.O Rei Dragão dos Mares, que se inclui naturalmente na categoria dos Dragões da Terra, era – e ainda é – muito popular, vive num esplên-dido palácio no fundo dos mares, pejado de inumeráveis riquezas.

Estes sínicos dragões...

Quem tenha a sorte de visitar a morada do Rei, pode chegar a casar com uma das suas filhas.Embora a Fénix seja na China o símbolo feminino por excelência, nada impede que as mulheres dêem à luz dragões ou, mesmo, se transformem nestes magníficos seres. Assim, reza a lenda que um monge coreano, de seu nome Caisho, veio à China no século VII da nossa era recolher os princípios da filosofia da Escola Kegon. Du-rante a sua permanência na Terra do Rio Amarelo, uma rapariga chinesa perdeu-se de amores pelo clérigo e quando este resolveu re-gressar à Coreia atirou-se ao mar, transformando-se num dragão, que soube conduzir a bom porto o barco do seu amado.Os dragões são surdos, daí que o seu maior poder resida nos olhos. Cospem fogo e água, porque têm uma natureza mágica e, como não podia deixar de ser, complementar. O Fogo destes seres é o inverso do humano. Alimenta-se de humida-de e inflama-se com a água. Em contacto com o fogo humano, pára. O dragão, enquanto matéria prima e alquímica do universo, lava-se com o fogo e não com a água, a fim de transmutar o seu corpo em ouro. Dos seus líquidos obtém-se o precioso elixir da vida.

O Dragão, senhor do Fogo e do Tempo, vive na água e fabrica--a. Assim se explica a sequência das estações secas e húmidas. Ele é a personificação do poder de transformação. É um deus que na água se disfarça com as cinco cores do arco-íris. Faz o que quer: do tamanho de um verme ou do próprio mundo, brinca por entre as nuvens, provocando as chuvas, ou desce até aos poços e abismos mais fundos, sempre pleno de energia e de espírito.Os chineses são os descendentes do dragão. Os seus primeiros im-peradores míticos eram dragões. O primeiro chamava-se Fu Xi, mais conhecido por Dragão Azul, a cor que, à disputa com o verde, é ca-racterística deste ser; Nu Wa, a sua irmã nalgumas versões ou esposa noutras, era também um dragão--fêmea. Ambos eram humanos da cabeça até à cintura e serpenteados daí em diante. As suas caudas apa-reciam entrelaçadas quatro vezes, exibindo o fluxo constante das suas energias. O primeiro par mítico possuía instrumentos geométricos para civilizar o caos universal: ele um compasso, ela um esquadro e um fio de prumo. Durante a China imperial, o em-blema do rei Dragão pertencia ao imperador. Este tinha poder sobre

os dragões do Céu e da Terra, pois à semelhança dos seus congéneres divinos, podia mover-se, simulta-neamente, nas quatro direcções, ocupando a quinta, o centro.Às vezes é preciso ter cuidado com os dragões, porque também podem ser maus e ferozes. Por isso é sem-pre bom saber que eles têm medo do ferro e da planta wang, das centopeias e das folhas da árvore lien. Além disso, não gostam dos cinco fios coloridos de seda. Um homem superior é um dragão, como nos lembra o primeiro he-xagrama do Yi Jing, daí que tenha sempre a protecção dos céus e possa voar na companhia destes seres tão especiais. As nuvens seguem o dragão, como o vento o tigre. O dragão e o tigre formam o par clássico da geomância chinesa. O dragão, azul ou verde, representa a direcção Leste, o nascimento e a fertilidade; o tigre simboliza o Oeste e a morte.O dragão domina a água, seja sob que forma for. Não é por acaso que se utilizam barcos-dragão para pedir chuva ou estações molhadas. Quando se espera chuva, estes seres mágicos imitam, com as suas vozes, o som metálico dos objectos de cobre. A sua saliva produz todo o tipo de perfumes e o seu sopro vital transforma-se, ou em nuvens

ou em fogo, consoante as ocasiões. Utilizam as nuvens para ocultar os seus corpos. Nunca ninguém conseguiu ver um dragão completo ou mesmo a sua cabeça, mas há quem tenha conseguido ver um pouco das suas garras e caudas nos rios e lagos.O dragão possui, ainda, a mais pre-ciosa das jóias: a pérola que garante todos os desejos. Esta pode ser en-contrada num lago com nove cama-das de profundidade, debaixo do queixo de um cavalo-dragão, pois, como bem lembram os japoneses, para que os humanos os possam ver, os dragões transformam-se muitas vezes em cavalos.A pérola mágica controla as fases da lua, o curso da vida e da morte e, também, do renascimento. Dois dragões a brincar com uma pérola entre as nuvens provocam sempre chuva. Às vezes, as pérolas que cospem podem ser usadas para iluminar um ser humano ou uma casa inteira. Quem as mantenha na boca, bebe do mais fino vinho. Mas melhor, muito melhor do que o vinho, é a iluminação que as pérolas garantem aos seus possuidores. Pérolas mágicas, a transbordar de sabedoria, precisam-se.Estas são como os dragões invi-síveis e, no entanto, há quem as tenha achado e possuído. Não é um contra-senso, porque as pérolas, apesar de invisíveis, existem, bem como os seres que as guardam. Não é por acaso que os dragões são os animais mais poderosos do zodí-aco chinês e desista quem procure convencer os seus descendentes de que eles não têm existência real, que são simbólicos, mitológicos. Aqui a filosofia kantiana (que tanto jeito deu para combater o célebre argumento ontológico de Santo Ansel-mo), não pega. Ou seja, não vale a pena tentar distin-guir entre a existência lógica das ideias e a ontológica dos seres. Para os chineses, ambas têm a mesma realidade ou não fossem eles os ilustres descendentes do dragão. E quem diga o contrário é de uma limitação inqualificável, não consegue enxergar um palmo de invisível. Coitados, portanto, daqueles, que apenas acreditam no que vêem “claramente visto”.

in “Uma Viagem de Mil Quilómetros Começa Por Um Passo”, COD, Ma-cau, 2004.

Page 3: Ano do Dragão

ÁGUA ARDENTE 三

Era uma vez um Dragão tão feio e assustador que a todos metia medo.Quando ele aparecia, desatavam todos a gritar e fugiam a sete pés.Por causa disso o Dragão estava sempre sózinho e triste.Um dia estava ele a dormir a sesta na floresta quando foi acordado por um menino que lhe puxava com força pelo rabo.- “Acorda dorminhoco. Ajuda-me que me perdi.”- dizia o menino, puxando-lhe o rabo ainda com mais força.- “Está bem, já estou acordado...”- respondeu-lhe o Dragão - “...já podes parar de me puxar o rabo. Conta lá o que te aconteceu.”Então o menino contou-lhe que tinha vindo brincar na flo-resta e se tinha perdido. Agora queria voltar para casa e não sabia o caminho.- “Mas como é que eu te posso ajudar se não sei onde é a tua casa?”- perguntou-lhe então o Dragão.- “Fácil! Os Dragões voam, não voam ?” - continuou o me-nino.- “Voamos.” - respondeu o Dragão.- “Então eu subo para as tuas costas, tu levantas vôo e quando estivermos lá no alto eu já consigo ver a minha casa.” - disse o menino.- “Boa ideia! Mas, diz-me lá uma coisa...” - quis saber o Dragão - “...toda a gente tem medo de mim e fogem a sete pés cada vez que me vêm. Tu não tens medo por-quê? ”- “Medo de ti! Eu não tenho medo nenhum. Além disso tu és um Dragão bom.” - respondeu-lhe o menino enquanto trepava para as suas costas.

O Dragão, com o menino bem agarrado às suas costas, le-vantou vôo. E, lá do alto, tal como o menino dissera, foi fácil descobrir onde era a casa dele.Os pais do menino quando viram chegar o Dragão desata-ram a gritar e, cheios de medo, fugiram a sete pés.O Dragão, muito triste, contou ao menino que acontecia sempre o mesmo. Todos lhe tinham medo e ele estava sem-pre sózinho, sem ter ninguém para conversar ou brincar.O menino ficou pensativo e passado uns instantes disse-lhe assim:- “Tive uma ideia. Àmanhã tenho Escola e tu vais-me vir buscar de manhã. Acho que te posso ajudar...”- e fazendo uma festa na cabeça do Dragão, continuou - “...agora tenho que ir. Até àmanhã.”Depois do menino se ir embora o Dragão vôou de regresso à floresta pensando no dia seguinte. Estava tão curioso que quase não dormiu nada nessa noite.No dia seguinte, de manhã cedo, lá estava, como haviam combinado, à espera do menino. Quando ele chegou, mete-ram-se a caminho da Escola que era uma casa pequenina, de madeira, no meio das árvores e onde se ouviam muitas risadas e gritos de alegria.- “Espera-me aqui. Vou falar com o meu Professor e com os outros meninos e já venho.”- disse-lhe então o menino.Ele deitou-se no chão e ficou à espera.Passado um bocado, qual não foi o seu espanto, quando viu como todos os meninos saiam da Escola, cada um com uma lata de tinta e um pincel na mão e o rodeavam em grande algazarra.- “Agora vais ficar quieto...” - disse-lhe o seu amigo - “...e nós vamos-te pintar de todas as cores.”E assim foi. Cada um dos meninos tinha uma cor diferente e, felizes da vida, começaram logo a pintá-lo. Como era muito grande, levaram o dia todo.Ao final da tarde, acabaram e então uma menina disse assim:- “Está tão bonito. Vamos chamar-lhe o Dragão Das Mil Cores.”- “Viva!”- gritaram todos em conjunto.E assim foi.A partir desse dia passou a ser conhecido pelo Dragão Das Mil Cores e nunca mais ninguém fugiu dele a sete pés.Quando o quero encontrar é fácil; basta ir à Escola que ele está lá a brincar com os meninos, os seus maiores amigos.Como é que eu sei? Eu sou o Professor daquela Escola, eles chamam-me o Contador de Estórias e fui eu que escrevi esta estória que acaba aqui.

O DRAGÃODAS MIL CORESUm conto inédito de Pedro Ascensão

Page 4: Ano do Dragão

SEXTA-FEIRA 20.1.2012www.hojemacau.com.mo

DRAGÕES CHINESES

GREGOS• A mitologia grega também está repleta de dragões. Um dragão atacou os homens de Cadmo, que buscava sua irmã Europa, raptada por Zeus; o herói o matou e a deusa Atena sugeriu que ele semeasse os dentes do bicho. Dos dentes brotaram da terra guerreiros armados que lutaram até destruir-se; os que sobraram fundar com Cadmo a cidade de Tebas. Heróis como Héracles também enfrentaram dragões; um dos mais famosos foi Lá-don, que guardava os pomos de ouro do jardim das Hespérides, filhas de Atlas.

NÓRDICOS• Já na mitologia Nórdica temos Fa-fner, do Anel dos Nibelungos, o gigante e inimigo dos deuses que, transformado em dragão, dormia sobre o Ouro do Reno. E na mitologia Anglo-Saxã encontramos Grendel, o dragão que atacou a Dinamarca e que seria morto por Beowulf. Em tais relatos, de inspiração europeia, é comum haver uma ligação entre os dragões e tesouros preciosos. Um autor especulou que ouro e pedras preciosas seriam matérias desejáveis aos dragões, pois o ouro, metal incorruptível, formaria um leito não-corrosivo para o verme – algumas histórias falam em dragões que soltam ácido – e as gemas, quase indestrutíveis, protegeriam o seu ventre das armas humanas como uma couraça preciosa. [6]

anododragão

Variações dracónicas

Rosana Rios

“Há muito tempo, desde o começo da humanidade, o dragão, com o seu corpo de serpente e os seus poderes mágicos, esteve presente entre nós, sugerindo-nos que existe um ser imortal presente no interior de todas as coisas.”

Francis Huxley[1]

O DRAGÃO é provavelmente a criatura fantástica mais conhecida e discutida do mundo. Existe em todas as tradições, sob uma for-ma ou outra. É ligado aos quatro elementos, ou seja, também é um ser elemental – segundo a teoria filosófica pré-socrática de que o mundo seria composto por qua-tro elementos básicos: ar, água, terra e fogo. Dizia o filósofo Em-pédocles (século IV a.C) que essas quatro raízes compunham tudo o que existe, sendo animadas por duas forças contrárias, que foram chamadas de “amor” e “ódio”: ou seja, a força de atracção e a força de repulsão. Muitos seres fantásticos da mitologia e da literatura têm essa ligação com algum dos quatro elementos. No caso do Dragão, ele seria um ser do fogo e/ou da água, e o seu carácter altera-se dependen-do da mitologia em questão.

A palavra vem do grego drákon e também do latim draco. Parece deri-var do verbo grego derkomai, “ver”; ou deskesthai, “lançar olhares”. Estaria, então, associado à ideia de ver, olhar e, portanto, conhecer. Não é de se admirar, então, que as lendas digam que é perigoso olhar nos olhos de um dragão.

“Muitas tradições falam de um abismo cheio de água revolvida por um espírito ardente que pode ver graças à sua própria luz. Assim, como nos contam os Upanishads hindus, o espírito olha faminto ao seu redor; esta acção é que dá ao dragão o seu nome (…)”. [2]

A palavra para designá--los em algumas línguas (Dra-che, Drake) também designa as serpentes. Outra palavra antiga para dragão é Verme, que vem de Worm ou Wyrm.

O dragão mais antigo das histórias poderá ser Tiamat, uma divindade babilónica que perso-nificava o Caos: o universo antes

de ser organizado. Diz o Enuma Elish, Mito de Criação Babilónico, que Tiamat era a água salgada, em oposição a Apsu, a água doce. Da sua mistura surgiu o universo e os primeiros deuses. Mais tarde os deuses mataram Apsu; Tiamat, com personalidade feminina, vol-tou-se contra eles e começou a gerar monstros, incluindo os primeiros dragões. Ela acabaria por ser morta pelo deus-herói Marduk, que do seu corpo criou o céu, a terra, os astros, os rios, os seres vivos.

CHINAPara os chineses, os dragões são criaturas benignas e de vários tipos: o Dragão Divino, o Dragão Terres-tre, o Subterrâneo. Dragões seriam

antepassados dos imperadores da China; o primeiro governante a assumir a forma dracónica foi o lendário Fu Hsi. Ainda segundo tradições chinesas, existiam quatro Dragões da Água que governavam os quatro oceanos do mundo: Ao Kuang, Ao Jun, Ao Shun e Ao Chi. Todos eram servos do Imperador de Jade e moravam no fundo das águas.

Vem também da China a crença de que teriam atributos de nove “animais”: chifres de veado, cabeça de camelo, olhos de demónio, pes-coço de serpente, barriga de mo-lusco, escamas de peixe, garras de águia, pés de tigre e orelhas de boi.

Seria, então, o dragão um animal que viveu em eras pas-sadas, como os antigos sáurios? Ou será que, quando os antigos encontravam enormes ossadas fósseis, julgavam que aqueles eram ossos de animais desconhecidos, fantásticos? Talvez venham daí as primeiras histórias sobre dragões na cultura humana…

“Os chineses dizem que o fogo do dragão e o fogo humano são coisas opostas. Se o fogo do dra-gão entrar em contacto com algo húmido, lança chamas; e se entrar em contacto com a água, incendeia--se. Se alguém o enfrenta com fogo, conseguirá fazê-lo parar de arder e as chamas extinguir-se-ão.

Isto, por sua vez, pode ser comparado com a correspondência alquímica do dragão com a Matéria Prima e com a regra segundo a qual, para limpar uma substância, não se deve usar água, mas fogo. [3]

Por muito tempo acreditou--se que as salamandras seriam pequenos dragões. Há referências em bestiários medievais e em obras de não-ficção. O próprio Santo

• O dragão é uma criatura mitológi-ca das mais importantes da mitologia chinesa. É considerada a mais podero-sa e divina criatura e acredita-se que seja o regulador de todas as águas. O dragão simbolizava grande poder e era apoio de heróis e deuses. Um dos mais famosos na mitologia chinesa é Yinglong. Diz-se ser o deus da chuva. Pessoas de diferentes lugares rezam a ele para receber chuva. Na mitologia chinesa, acredita-se que os dragões possam criar nuvens com sua respiração. O povo chinês usa muitas vezes a expressão “descendentes do Dragão” como um símbolo de sua identidade étnica. HUANGLONG - huanglong Dragão Amarelo conhecido pela sua sabe-doria. YINGLONG — Yinglong é um servo poderoso de Huangdi. Uma lenda diz que Yinglong ajudou um homem chamado Yu (禹) a parar uma enchente do Rio Amarelo abrindo canais com sua cauda.

REIS DRAGÕES (龍王) — Os reis dra-gões são os quatro governantes dos quatro oceanos (cada um corresponde a um ponto cardeal). Eles vivem em palácios de cristal no fundo do mar de onde governam a vida animal. FUCANGLONG — Fucanglong é um dra-gão do mundo subterrâneo que guarda os tesouros enterrados. Sua saída da terra provoca a erupção de vulcões. SHENLONG — Shenlong é um dragão que pode controlar os ventos e as chuvas. DILONG — Dilong é o dragão da terra. TIANLONG — Tianlong são os dragões celestiais que puxam as carruagens dos deuses e guardam seus palácios. LI — O Li é um dragão dos mares menor. Não tem chifres. JIAO — O Jiao é outro dragão sem chifre que vive em pântanos. O dragão mais inferior.

Page 5: Ano do Dragão

ÁGUA ARDENTE

Coitado do Jorge

NA FICÇÃO

NOTAS[1] Huxley, Francis. Mitos, Deuses, Mistérios: o Dragão. Espanha: Ed. Del Prado, 1997. P. 05-07.[2] Idem.[3] Huxley, Francis, op. Cit., P. 9.[4] Fonte: Microsoft Encarta Enciclopédia, 2000.[5] Fonte: Francis Huxley, op. Cit., P. 15.[6] Dickinson, Peter. Flight of Dragons, The. 1979.[7] Pratchett, Terry. Guardas! Guardas! São Paulo: Conrad do Brasil, 2005. P. 11.

Agostinho as cita como animais que vivem no fogo, querendo provar que os corpos humanos poderiam viver no fogo do inferno sem ser consumidos!

E tanto Aristóteles quanto Le-onardo da Vinci atestaram a exis-tência real desses animais como ca-pazes de viver nas chamas. Marco Polo diz ter visto nas suas viagens tecidos de pele de salamandra, que não queimavam no fogo – embora, na verdade, se desconfie que esses tecidos eram feitos de amianto.

Como vimos, além do fogo, os dragões são associados fortemente ao elemento água. Ou estão nas nuvens e são senhores da chuva, ou nos mares e rios; para os chineses, a chuva fina é celestial, mas a tem-pestade violenta é a “chuva do dra-gão”… E encontramos em variados folclores a ideia de que, se uma mulher se banhar num rio ou no mar, pode engravidar pela acção de um ser mítico: cobra grande, boto, serpente, sempre uma criatura com características dracónicas. Isso liga os dragões aos m’bois, as cobras gigantes do folclore brasileiro. O m’boi é o arquétipo do dragão na América Latina.

Não é difícil concluir que, mui-to mais que o unicórnio, a fênix ou os centauros, o dragão é o ser fantástico mais presente em mitos, lendas e ficção. O fascínio que sua figura exerce sobre nós é extraordi-nário. Do ponto de vista simbólico, podemos até dizer que o dragão representa nosso próprio fogo

interior, que algumas tradições esotéricas chamam de Kundalini, o fogo serpentino que se acredita ser a fonte da criatividade e da sexualidade no ser humano.

Não existem limites para a aparição dos dragões na litera-tura. Animais ou seres racionais superiores, senhores da chuva ou lançadores de fogo, suas histórias ainda vão nos encantar por muitos séculos.

“Aqui é o lugar onde os dragões foram parar. Eles repousam… nem mortos, nem adormecidos.Nem à espera, porque esperar implica ter alguma expectativa.É possível que a palavra seja… en-torpecidos.E, embora o espaço que ocupem não seja como o espaço normal,ainda assim estão amontoados e aper-tados uns contra os outros.Não há um centímetro cúbico que não contenha uma pata, garra, escama ou a ponta de uma cauda. O efeito disso é comparável àqueles desenhos de ilusão de ótica,e nossos olhos acabam percebendo que o espaço entre cada dragão é, na verdade, outro dragão.É possível imaginar uma lata de sardinhas,isso se você achar que as sardinhas são enormes, cheias de escamas, orgulhosas e arrogantes.E que, supostamente, em algum lugar, há um dispositivo de abertura.”

Terry Pratchett[7]

SE NO ORIENTE os dragões estão ligados à chuva, a sua capacidade de exalar ou projectar fogo aparece mais nas lendas do Ocidente. Longe da tradição que os considera como benignos ou neutros, em histórias ocidentais simboliza forças demo-níacas. É esse o sentido da história de São Jorge: o Cruzado (que é o Cristianismo) mata o dragão (vence o demónio) e converte o mundo. Faz sentido um ser infer-nal ter domínio do elemento fogo, e eis a razão pela qual as pessoas acreditaram em tais criaturas com hálito ardente.

Há na verdade duas histórias de São Jorge. Uma, que pertence à história cristã, conta sobre um cavaleiro da Capadócia que lutou nas Cruzadas. Outra conta sobre um cavaleiro que salvou uma princesa de ser devorada por um dragão. As duas convergiram em uma só, que aparece em variadas versões.

Jorge foi um mártir cristão nascido na Capadócia, na Ásia

Menor. Consta que foi morto na Palestina no ano 303, conforme inscrições encontradas numa igreja da Síria e atestadas por um Cânon do Papa Gelasius I, de 494.

Diz uma lenda que em certa cidade pagã da Líbia um dragão aterrorizava o povo, que tentava aplacá-lo com ofertas de ovelhas e de seres humanos em sacrifício. Quando, escolhida por sorteio, a próxima vítima devia ser a filha do rei, o povo a levou até o monstro para ser morta. Nesse momento, um cavaleiro que voltava das Cruzadas chegou lá, matou o dragão, libertou a prin-cesa e todos os habitantes locais se converteram ao Cristianismo como agradecimento ao herói. [4]

Outra versão da história diz que a cidade era Silene, também na Líbia, e que o dragão se abri-gava num pântano. Todas as moças já haviam sido sacrificadas a ele: a última viva era a filha do rei. Jorge, o cavaleiro, chegou ao pântano e libertou a princesa. Ela,

então, tomou seu cinto e prendeu o dragão pelo pescoço com ele, conduzindo-o para a cidade; lá, em vista de todos, Jorge o matou. Mas não quis aceitar a mão da moça em casamento, mantendo sua castidade de missionário cristão. [5]

Embora São Jorge hoje já não seja um santo “oficial”, em 1222 o Concílio de Oxford instituiu a Festa de São Jorge no dia 23 de Abril, e no século XIV tornou-se Santo Padroeiro da Inglaterra. Não é de se admirar, já que o herói mítico mais popular do Reino Unido, Artur, é um Pendragon, e a sua linhagem ostentava o dragão como símbolo. A própria bandeira do País de Gales mostra um dragão vermelho sobre um campo verde e branco. Podemos supor que o branco simboliza o mundo espiritual e o verde o mundo terreno; o dragão colo-cado sobre ambos demonstra seu domínio sobre céu e terra, espírito e matéria.

• Na ficção, cada autor utiliza os dragões da forma que deseja. Em ficção científica os mais fa-mosos talvez sejam os Dragões de Pern, descritos pela autora Anne McCaffrey. Na fantasia, temos os dragões descritos por J. R. R. Tolkien, como Glaurung, criado por Morgoth para atacar elfos e humanos. E muitos ou-tros, como os que habitam o mundo de Harry Potter; esses estão divididos em espécies oriundas de vários pontos do mundo. São descritos com características biológicas de-talhadas; e sim, cospem fogo.Nas “Crônicas de Spiderwick”, o personagem Arthur Spiderwick diz que eles pertencem à famí-liaDraconidae, em duas espé-cies: o Wyrm, terrestre (Draco antiquissimus) e o Wyvern, alado (Draco Alatus).Na Trilogia da Herança, de Christopher Paolini, os dragões estão quase extintos e são li-gados a seus cavaleiros desde antes do nascimento – o que os aproxima dos dragões de Pern, que saem do ovo para pessoas específicas, ficando ligados a elas por toda a vida. O mesmo ocorre com dragões nas histórias deTéméraire, da autora americana Naomi No-vik. Nessa história alternativa das guerras napoleônicas, os humanos treinam dragões para a guerra numa força aérea, e também existe a ligação pro-funda, desde que o dragão sai do ovo, entre ele e seu cavaleiro, ou melhor, dragaleiro, já que dragões não são cavalos.

Page 6: Ano do Dragão

PUB.

O Hoje Macaudeseja a todos

um bomAno

do Dragão

KUN HEIFAT CHOI

Page 7: Ano do Dragão

O Hoje Macaudeseja a todos

um bomAno

do Dragão

KUN HEIFAT CHOI

O Consulado Geral da Repúblicade Angola na Região Administrativa

Especial de Macau, felicita a população residente nesta Região, por ocasião

de mais um Ano Novo Chinês.

Page 8: Ano do Dragão

anododragão八

RATO(Pessoas nascidas em 1924, 1936, 1948, 1960, 1972, 1984, 1996 e 2008)Você é uma pessoa solidária, aprecia muito a própria inteligência, de certo modo é teimoso, se sofre alguma derrota prefere ficar sozinho. A sua vantagem é ter muita confiança na própria capacidade de trabalhar e de resolver problemas. É uma pessoa de alta capaci-dade de aceitar os outros, popular, esforçada, solidária, óptima em relações públicas, melhor sucedida se tiver mais liderança, adora a própria inteligência e opinião, possui vários amigos, mas adora bisbilhotar e criticar. Pessoas dos signos de Macaco, Dragão e Búfalo são os seus aliados energéticos. Terá melhor sorte se se aproximar destas pessoas.Avaliação de 1 a 10:

- Profissional: Terá bons resultados no dinheiro; haverá ajuda de amigo  benfeitor;  o  seu  talento  terá  oportunidade  para  expansão; preste atenção aos actos de traição. Nota: 8.- Amor: Benéfico para casamento ou outro relacionamento amoroso; manter bons relacionamentos com os outros será importante. Nota: 7.-  Saúde:  Problemas  com  doença  e  ferimento,  embora  não  grave; consuma menos fritos. Nota: 6.

BÚFALO(Pessoas nascidas em 1925, 1937, 1949, 1961, 1973, 1985, 1997 e 2009):Você é uma pessoa de aparência calma, porém forte no seu interior, metódica, trabalhadora e autoconfiante. É um líder forte, que recusa deixar-se intimidar e caminha resoluto rumo aos seus objectivos. Tente não perder as boas oportunidades por causa da sua ingenuidade e atraso na decisão. É compre-ensível, mas desconfiado. Não deixe que o ressentimento o leve a encastelar-se num comportamento frio e obstinado, porque para todos os efeitos, você, nativo de Búfalo, precisa de amigos benfeitores que são pessoas do Signo de Serpente, Galo e/ou Rato.Avaliação de 1 a 10:

- Profissional: Não pratique actividades fora do regulamento, evitando perdas; confusão e conflito; embora tenha muitas dificuldades, com convicção e determinação, o resultado será positivo; Nota: 6.- Amor: Relacionamento amoroso favorável, mais para os homens que para as mulheres; Nota: 8- Saúde: Boa saúde para este ano, embora hajam problemas com o estômago; Nota: 7.

TIGRE(Pessoas nascidas em 1926, 1938, 1950, 1962, 1974, 1986, 1998 e 2010):Você, do signo de Tigre, é uma pessoa poderosa, apaixonada e audaciosa. Não admite a possibilidade de derrota e vai até o fim no curso de acção pelo qual decidiu. É uma pessoa de alta capacidade de aceitar os outros, arrojada, imprevisível, gosta de se arriscar e trabalhar por conta própria e gosta de ser o centro das atenções. É uma pessoa estimulante, pois não atribui grande importância aos bens materiais e jamais trocará o seu ideal por

SEXTA-FEIRA 20.1.2012www.hojemacau.com.mo

Um ano drago...

uma suposta sensação de segurança. Os seus aliados energéticos são pessoas dos signos de Cão, Cavalo e Porco.Avaliação de 1 a 10:

- Profissional: O dinheiro virá com a criatividade. Haverá chantagem alheia. No trabalho, fale menos e trabalhe mais. Nota: 6- Amor: Novo  relacionamento  amoroso  poderá  aparecer.  Pessoas casadas devem precaver os riscos. Nota: 6.- Saúde: Tome cuidado com viagens e o próprio corpo. Nota: 5

COELHO(Pessoas nascidas em 1927, 1939, 1951, 1963, 1975, 1999 e 2011):As pessoas do signo de coelho se caracterizam por serem centrali-zadoras, não arriscam facilmente e são afortunadas nos negócios e relacionamentos; graciosas, elegantes, sensíveis, sensatas e meti-culosas. São capazes de tirar partido da maior parte das situações sem suscitar a hostilidade de ninguém. Pessoas dos signos de Porco, Cabra e Cão são os seus aliados energéticos. Avaliação de 1 a 10:

- Profissional: Depois de um ano difícil, a sua estrela volta ser forte. Terá oportunidade boa para a sua realização. Nota: 8- Amor: Será um ano favorável para bons relacionamentos, amorosos ou não. Nota: 8.- Saúde: Saúde neste ano será problemática, precisa de mais exercí-cios físicos. Preste atenção aos problemas nos membros do corpo, ou ataque de germes. Nota: 4.

DRAGÃO(Pessoas nascidas em 1928, 1940, 1952, 1964, 1976, 1988, 2000 e 2012):Como Dragão, você é uma pessoa forte, cheia de vida, líder nato, magnânima, individualista, aristocrática e temerária. Em geral, não tem persistência nem paciência para as actividades minuciosas e demoradas. Gosta de roupas de marca, está atento às marcas de carros, e posições sociais. Cuide-se para que o orgulho não o leve a distanciar-se de todos e ver-se sem verdadeiros amigos numa situação difícil. Aproveite o seu brilho natural para ser um exemplo de excelência para todos e para ter colaboração nos seus projectos. Pessoas dos signos de Macaco, Rato e Galo são seus aliados energéticos. Avaliação de 1 a 10:

- Profissional: Será um ano de muitas dificuldades. No trabalho, poderá ter conflito com o seu superior. Preste atenção aos gastos para evitar perdas. Nota: 4.- Relacionamento ou amor: Para quem quer um novo amor, será um ano de menos oportunidades. Para quem já está acompanhado, de-verá pensar no bom convívio. Nota: 5.- Saúde ou emoção: Evite maus vícios e faça mais ginástica. Nota: 5.Obs.: Pessoa deste signo deve usar Amuleto para Protecção.

SERPENTE(Pessoas nascidas em 1929, 1941, 1953, 1965, 1977, 1989 e 2001):Você, do Signo da Serpente, tem grande inteligência e, ao mesmo

O período de regência do ano de 2012 chinês para o Feng Shui começa dia 4 de Fevereiro de 2012, às 18:40 hs até dia 4 de Fevereiro de 2013 às 0:31 hs.Já o ano do calendário civil chinês do ano de 2012 inicia-se em 23 de Fevereiro de 2012, zero hora, e termina no dia 22 de Janeiro de 2013, zero hora.Contado como referência da fundação do primeiro reino da civilização chinesa, este é o ano 4710 de 80º ciclo. O Signo do ano é Dragão.Energeticamente, este ano caracteriza-se numa expressão: “As águas provenientes dos oceanos ou dos rios que são alegres e movimentadas ao encontro de uma terra húmida.” Isto quer dizer que o mundo terá um ano “agitado e pouco rendimento.”Este é um ano de muitos esforços para quem queira superar as dificuldades. As pessoas deverão ter fé e esta poderá ser obtida através análise e estudo de cada assunto problemático, para depois resolvê-lo com convicção.No mês de Maio, as boas notícias virão, apesar das turbulências que irão acontecer nos meses de Fevereiro, Abril e Novembro.A Natureza continuará a mostrar as suas fúrias para provar que é a verdadeira dona do mundo. A novidade deste ano é o aparecimento de epidemias, hecatombes naturais, tais como tsunamis e fortes abalos sísmicos. As colheitas alimentícias sofrerão quedas em diversos países.A China será um benfeitor que ajudará a economia mundial manter a estabilidade. Mas terá conflitos de algumas etnias, bem como desastres da Natureza.O Estados Unidos terá uma crise com a sua política militar externa e pressão interna virá do próprio povo, embora se saia bem da sua crise económica.A Europa também terá um ano de melhoria, para recuperar a sua economia.“Crescer nos estudo e confiar no que faz”, serão lemas, que deverão ser adoptados neste ano. Neste sentido, entende-se que a esperança é fundamental para ter fé.

• As ACTIVIDADES em alta são: Explosivos, iluminação, inflamáveis, bebidas alcoólicas, cosméticos, psicólogos, conferencistas, promoção de venda, indústrias, electricidade, eletrónica, combustível, manutenção, bijuteria, restaurantes, alta temperatura.Pedras preciosas, louças, imobiliárias, construção, materiais de construção, ramos de liderança, religiões, terras, consultoria e porcelana.• As CORES favoráveis são: Avermelhadas e Amareladas de quaisquer tonalidades.• Este ano será FAVORÁVEL para as pessoas que são de seguintes signos: RATO, MACACO E GALO• Este será DESFAVORÁVEL para as pessoas que são de seguintes signos: DRAGÃO E CÃOObs.1: Para surpresa de muitos, quem é de signo do ano, não é favorecido.Obs.2: O Período de regência dos anos inicia-se no dia 4 ou 5 de mês Fevereiro, dia em que a planeta Terra passa num ponto de referência.

AMULETO DE PROTECÇÃOAs pessoas pertencentes ao DRAGÃO e CÃO, para minimizar os efeitos astrológicos maléficos deverão colocar um papel vermelho na parede em local visível, escrito com letras pretas com dois ideogramas chineses: sucesso e tranquilidade.

Page 9: Ano do Dragão

tempo, uma natural tendência para ser supersticioso e, sobretudo, fatalista. Admite que o curso dos acontecimentos está previamente fixado, nada o podendo alterar. É pessoa tranquila, romântica, astuta, duradoura, desconfiada e exigente. Use a sua percepção intuitiva e projecte ao seu redor uma aura hipnótica que lhe pro-porcione um ar sedutor e envolvente na conquista do sucesso. Procure aproximar-se das pessoas dos signos de Galo, Boi e/ou Macaco, que energeticamente o favorecem.Avaliação de 1 a 10:

- Profissional: Para manter a tranquilidade, deverá evitar situações de risco. Para ter realização profissional ou pessoal, esforço a dobrar será necessário neste ano. Nota: 6.- Amor: Novos encontros surgirão para quem ainda está solteiro ou solteira. Nota: 8.- Saúde ou emoção: A sua saúde não estará às mil maravilhas; precisa de mais descanso e ginástica. Nota: 6.

CAVALO(Pessoas nascidas em 1930, 1942, 1954, 1966, 1978, 1990 e 2002):Você é naturalmente fogoso, jovial, popular e impetuoso. Gosta de ter a sensação de liberdade, de conversar, de fazer e receber elogios. Quando se apega a uma ideia, trabalha incansavelmente para a levar à plena realização. Aí torna-se um aventureiro inex-periente ou pioneiro realizador, no caso de fracasso ou sucesso, respectivamente. É virtude de: Fale menos e trabalhe mais. Lembre--se sempre que a verdadeira liberdade não consiste em seguir os seus humores, mas em aderir de livre e espontânea vontade aos princípios do bem, da nobreza e da justiça. Terá boa sorte ao aliar--se a pessoas dos signos de Cão, Tigre e/ou Cabra.Avaliação de 1 a 10:

- Profissional: Com dedicação, terá bons resultados, principalmente tratando-se de dinheiro. Com esforço, terá o reconhecimento positivo do seu superior. Nota: 7.- Amor: Muitas supresas agradáveis virão. Nota:7.- Saúde: Tome cuidado com as actividades que podem causar feri-mentos. Nota: 5.

CABRA(Pessoas nascidas em 1931, 1943, 1955, 1967, 1979, 1991 e 2003):Você que nasceu sob o signo da Cabra é a pessoa mais emotiva do zodíaco chinês. É sincero, bondoso, generoso e romântico. Apa-rentemente frágil, é teimoso e resistente no interior. Saiba que o caminho mais fácil nem sempre é o melhor e que todo ser humano é responsável pelos seus actos e co-responsável pelo seu destino. Exerça a sua bondade sem exigir algo em troca, assim alcançará a verdadeira recompensa. Terá melhor sorte com pessoas dos signos de Porco, Coelho e Cavalo.Avaliação de 1 a 10:

- Profissional: Terá dificuldade nas realizações, mas será tranquilizado pela ajuda dos seus amigos benfeitores. Poderá ter uma promoção no trabalho. Nota: 5.

- Amor: Intrigas prejudiciais. Para os solteiros, será um ano propício para conhecer sua alma gémea. Nota: 6- Saúde: Com cuidados médicos, a saúde será boa. Nota: 7.

MACACO(Pessoas nascidas em 1920, 1932, 1944, 1956, 1968, 1980, 1992 e 2004):Você sob o signo do Macaco é uma pessoa hábil, criativa, cheia de energia e sempre disposta a superar mais um desafio. É capaz de solucionar problemas complicados com facilidade. Realmente, com essa qualidade, aliada a um forte senso de justiça e a uma elevada opinião acerca de si mesma, torna-o numa pessoa competitiva e invejosa do sucesso alheio neste ano de muitas energias benéficas. Para quem é estudante, será um ano de sucesso. Seja afectuoso, espontâneo e dado a actos de generosidade. Procure a sorte ao seu lado, aproveitando qualquer oportunidade que lhe apareça ao seu redor. Os seus aliados energéticos são pessoas dos signos de Rato, Dragão e Serpente.Avaliação de 1 a 10:

- Profissional: Conflitos pessoais ou judiciais virão, e necessitará de muita cautela.. Haverá perda financeira mas que poderá ser recupe-rada. Poderá ter discussões e traições. Nota: 7.- Amor: Favorável para casamento. Nota: 8.- Saúde: Tome cuidado com ferimentos. Nota: 6.

GALO(Pessoas nascidas em 1933, 1945, 1957, 1969, 1981, 1993 e 2005):Você do signo do Galo é uma pessoa alegre, bem humorada, pre-cisa, organizada, decidida e autoconfiante. Mas também é uma pessoa agressiva, apressada e nómada. Gosta de deixar todos nos lugares certos. Evite confusão, use as suas boas virtudes e alegria, disciplina e confiança para ter vitórias. Manter-se rígido nos seus pontos de vista, pode estragar a festa. Controle a sua tendência dogmática. A sua grande imaginação, aliada ao seu perfeccionismo, levam-no, às vezes, a sair um pouco da realidade. Terá boa sorte ao aproximar-se de pessoas dos signos de Dragão, Serpente e Búfalo.Avaliação de 1 a 10:

- Profissional: Será um ano de muitos tumultos que ainda terão bons resultados. Seus esforços serão reconhecidos. Nota: 8.- Amor: Mantenha a calma, você sairá ganhando. Bom ano para casamento. Nota: 7.- Saúde: Poderá sofrer acidente ou ficar doente. Nota: 6.

CÃO(Pessoas nascidas em 1934, 1946, 1958, 1970, 1982, 1994 e 2006):Você nascido sob o signo de Cão é uma pessoa correcta, constante, simples e despretensiosa. Está sempre pronta a atender aos apelos dos que precisam e ir ao socorro dos necessitados. Lealdade é a sua boa virtude e traz-lhe boa sorte. Porém, não se deixe enganar por pessoas que se fingem boas. Para ter mais êxito na vida, procure avaliar as pessoas com cuidado, sem as dividir apressadamente nas categorias “amigo” e “inimigo”. E lembre-se que nenhuma

boa acção, por mínima que seja, ficará sem a sua recompensa. A prática do bem é boa em si e não pelos resultados que lhe pode dar. A sua boa sorte pode vir com pessoas dos signos de Coelho, Tigre e Cavalo.Avaliação de 1 a 10:

- Profissional: Não será um ano bom. Mantenha a calma. Nota: 5.- Amor: As mulheres ajudarão o seu companheiro. Os homens casados poderão ter relacionamentos extraconjugais. Nota: 6.- Saúde: Deverá fazer exames médicos. Nota: 6.Obs.: Pessoa deste signo deve usar Amuleto para protecção.

PORCO(Pessoas nascidas em 1935, 1947, 1959, 1971, 1983, 1995 e 2007):Você, do signo do Porco, caracteriza-se pela pureza, pela inocência e por uma bondade e generosidade naturais. De todos os nativos do zodíaco chinês, é o mais compreensivo e disposto a desculpar as faltas dos seus semelhantes. Em geral, é honesto, honrado e leal, pois não tem forte apego ao seu próprio ego. O meu conselho é que tolere os erros do próximo na esperança de que os seus próprios erros não sejam apontados. Estabeleça limites entre o que é seu e o que é do outro. Terá boa sorte com as pessoas dos signos de Tigre, Coelho e Cabra.Avaliação de 1 a 10:

- Profissional: Sairá bem de problemas eventuais. Nota: 8.- Amor: Terá festa de casamento ou nascimento na sua família ou nos parentes. Terá bons relacionamentos. Nota: 7.- Saúde: Sem problema relevante. Nota: 7.

CURIOSIDADE DO DRAGÃO:1940 (Dragão de Metal), 1952(Dragão de Água), 1964(Dra-gão de Madeira), 1976(Dragão de Fogo), 1988(Dragão de Terra), 2000(Dragão de Metal ) ou 2012 (Dragão de Água).O Dragão é o 3º.mês do ano no calendário chinês.Cada animal representa um dia a cada 12 dias, Dragão de Metal, de Água, de Madeira, de Fogo e de Terra, voltando ao início a cada 60 dias.A hora do dragão é das 7:00 às 9:00.

O AUTORMestre I Ming, nascido em 1943, consultor e professor de Feng Shui, chinês, brasileiro naturalizado, católico, engenheiro civil pela FAAP. Iniciou sua jornada no “mundo do mistério” desde 1961, antes da sua emigração de Hong Kong. No Brasil, conta com mais de mil alunos e acompanhantes, resultado de sua dedicação aos cursos e palestras espalhados no Brasil inteiro. É presidente da “Sociedade Feng Shui”, sede em São Paulo, Brasil. É discípulo e filiado da Escola Harmonizadora de Virtudes, do Mestre Yán Yung Son.

ÁGUA ARDENTE

Page 10: Ano do Dragão

anododragão十 SEXTA-FEIRA 20.1.2012

Amuleto para o Ano do DragãoQuem se quiser proteger de más influências que este ano possa eventualmente trazer, deverá recortar este amuleto e colocá-lo em sua casa, num lugar visível. Os caracteres “Sucesso” e “Tranquilidade” contribuem para afastar o mauhálito do bicho.

Page 11: Ano do Dragão

十一ÁGUA ARDENTE

A DANÇA DO dragão começou a ser docu-mentada na Dinastia Han (206-220); até o fim da Dinastia Song (960-1279), tornou-se muito popular. Tradicionalmente, aparecia sempre em festejos que celebravam uma boa colheita ou clima favorável à agricultura, que mostram a prospe-ridade da vida. Mais tarde, esta dança tornou-se um espectáculo duma técnica folclórica especial. E hoje aparece em muitos festejos diferentes, ou em inaugurações de empresas e de eventos.Normalmente, o dragão tem mais ou menos três metros. Ele tem três partes: a cabeça, o corpo e a cauda; e todas as partes são feitas de bambu ou madeira, e papel ou tecido. Um outro tipo de dragão para usar à noite tem velas no seu interior, sendo chamado de “ dragão-lanterna”.Tradicionalmente, antes da dança começar, há uma cerimónia para pintar os olhos do dragão. A cerimônia é bem importante porque a alma do dragão depende dos olhos, e o dragão é conside-rado vivo somente depois deste rito.Na dança, existe uma bola muito importante, que fica sempre em frente do dragão, tendo por função dirigir a dança. Esta bola é chamada de “a bola do dragão”. A pessoa que leva a bola é o comandante do grupo. Durante a dança, o dragão deve seguir a bola e mostrar que é ele quem está jogar com ela. Por isso, as actividades do dragão

dependem totalmente da bola. Numa dança do dragão há mais de dez tipos diferentes de danças, por exemplo: o dragão sai da caverna, o dragão persegue a bola, o dragão sobe o pilar, etc. A pessoa que leva a bola normalmente tem um apito para dar sinais ao grupo quando mudam as danças.Além de ser o chefe do grupo, esta pessoa tem várias responsabilidades:a) Guia o dragão para entrar no espectáculo para se apresentar;b) Deve conhecer bem o espaço do espectáculo, para conduzir a dança corretamente;c) Tem de usar a bola para guiar o dragão e cum-primentar o público antes da dança, e agradecer depois da dança;d) As danças dragão são guiadas si. Por isso, a sua técnica decide a qualidade da dança;e) Guia o dragão para sair de forma bonita do espetáculo. A saída do dragão não é simples: se não for para tirar fotos com o público, o dragão não pode ficar parado;f) Durante a dança, a bola deve ficar sempre a cerca de um metro em frente do dragão, e deve-se movimentar e girar sem parar.

A cabeça do dragãoDançar com a cabeça do dragão é o trabalho mais pesado nesta dança. A pessoa que carrega

a cabeça deve ser alta e forte. Durante a dança, o dragão segue a bola, mantendo uma distância de cerca de um metro; vira-se e pula, os olhos concentram-se na bola, parece que a vai engolir. Para interpretar bem a vitalidade do dragão, esta pessoa tem que correr e saltar muito.Além da cooperação com a bola, a cabeça dirige também o corpo para fazer movimentos boni-tos. Uma coisa bem importante é que a cabeça do dragão tem de se virar durante a dança, de modo a parecer que o dragão fica a olhar tudo em seu redor, para mostrar um estilo poderoso.É recomendável haver substitutos para a posição da cabeça; a substituição deve ser feita na pausa ou quando a cabeça se eleva no ar.

O corpo do dragãoAs pessoas que dançam com o corpo do dragão devem manter uma certa distância umas das outras, e devem seguir bem a pessoa da frente. Quando o dragão sobe, as pessoas devem erguer o corpo tão alto quanto possível; se for necessário, podem pular. Quando o dragão desce, as pessoas têm de tomar cuidado para não deixarem o corpo do dragão bater no chão.É muito importante juntar a equipa inteiro para fazer treinamentos, para ter harmonia; porque a alma e a força do dragão são mostradas nos

movimentos do corpo e nas mudanças de altura. Um outro detalhe importante é manter o corpo do dragão remexendo toda a hora durante a dança, para mostrar a vitalidade dele.

A cauda do dragãoA pessoa que dança na cauda do dragão também deve ser alta e forte. A cauda é mais pesada que o corpo; além disso, a dança parece viva quando a cauda se vira fácil e fluentemente. Se a cauda ficar pouco móvel, a dança parecerá pesada, sendo como “puxar um cão morto”. Para dançar na cauda com flexibilidade, a pessoa precisa tam-bém de boa técnica e de bastante treino. Durante a dança, a cauda deve balançar, não pode ficar parada, nem pode bater no chão.

O fim da dançaO fim da dança do dragão deve ser ágil e limpo. Uma coisa que se deve evitar no fim é parar o dragão antes de o retirar do espectáculo. Antes do fim, a dança deve chegar a um clímax e o ritmo da música deve ser bem rápido, e parar repentinamente. A saída do dragão é rápida, mantendo movimentos fortes. É um tabu parar o dragão em cena. Se houver pausa durante a dança, as pessoas têm de tomar cuidado para manter o dragão numa posição bonita.

E a dança, senhores, a dança...

RUI R

ASQU

INH

O

Page 12: Ano do Dragão