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ANO XI l Nº 127 Outubro de 2014 Distribuição gratuita. CLASSIFICAÇÃO ERRÔNEA DOS ACIDENTES, POR PARTE DAS AUTORIDADES DE TRÂNSITO, DEPRECIA O PATRIMÔNIO DE TRANSPORTADORES DE CARGAS BUROCRACIA E FALTA DE CRITÉRIO PRESTAÇÃO DE SERVIÇO QUALIFICADA Programa de formação de motoristas da Sada colhe resultados Página 36

ANO XI l Nº 127 Outubro de 2014 - Revista Entre-Vias · Parabéns pelo trabalho de toda a equipe que transforma esta revista na "voz da estrada". ... estamos expondo boca, nariz,

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ANO XI l Nº 127 Outubro de 2014

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CLASSIFICAÇÃO ERRÔNEA DOS ACIDENTES, POR PARTE DAS AUTORIDADES DE TRÂNSITO, DEPRECIA O PATRIMÔNIO DE TRANSPORTADORES DE CARGAS

BUROCRACIA E FALTA DE

CRITÉRIO

PRESTAÇÃO DE SERVIÇO QUALIFICADAPrograma de formação de motoristas da Sada colhe resultadosPágina 36

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Foto ilustrativa. Consulte condições, valores e abrangência dos planos na concessionária.

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BELO HORIZONTE: (31) 2102 8600BETIM: (31) 3303 7830JUIZ DE FORA: (32) 3225 6890MONTES CLAROS: (38) 2101 1850

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4 Entre-Vias

IMPRESSÃOGráfica Del Rey

TIRAGEM10 mil exemplares

TODOS OS DIREITOS RESERVADOSA reprodução total ou parcial de textos, fotos e artes é proibida sem autorização prévia.

ENTRE-VIAS não se responsabiliza por textos opinativos assinados. "As opiniões expressas nos artigos assinados são de responsabilidade de seus autores. Informes publicitários são de responsabilidade das empresas que os veiculam, assim como os anúncios são de responsabilidade das empresas anunciantes."

ENTRE-VIAS, por meio de um mailling especial, chega a empresários e executivos de empresas de transporte de cargas e às principais redes de postos de combustíveis. Autoridades, entidades de classe, sindicatos, indústrias e órgãos governamentais também recebem a publicação.

ASSINATURAS / ANUNCIANTESMinas GeraisRua Cremerie 216, Jardim Petrópolis - Betim/MG. CEP: 32655-080(31) [email protected]

UMA PUBLICAÇÃO DA AUTO GESTÃO PUBLICIDADE E CONSULTORIA LTDA.CNPJ: 02.841.570/0001-30Rua Cremerie 216, Jardim Petrópolis - Betim/MGCEP: 32655-080Tel.: (31) 3593-0042 [email protected]

Entre-Vias apoia: www.anjosdoasfaltomg.blogspot.com

GERALDO EUGÊNIO DE ASSIS

Envie sua carta para Rua Cremerie 216, Jardim Petrópolis - Betim/MG CEP: 32655-080

[email protected]

ExpedienteDIRETOR-GERAL/EDITORGeraldo Eugênio de [email protected]

DIRETORA EXECUTIVATayla [email protected]

EDITORA-CHEFECristina Guimarã[email protected]

REDAÇÃOCristina Guimarães

GERENTE COMERCIALPoliana [email protected]

FINANCEIROPaula Vidal e Mayra Assis

MÍDIAS SOCIAIS E EVENTOSAmanda [email protected]

FOTOSArquivo Entre-Viase Hilario José

DIAGRAMAÇÃORoger Simões

WEBAgência Primore

REVISÃOLílian de Oliveira

DISTRIBUIÇÃOAntônio Carlos dos Reis

Enfrentar dificuldades faz parte da vida de qualquer pessoa. O problema é quando essas difi-culdades são criadas pela burocracia dos órgãos (in)competentes. A matéria de capa desta edição aborda um tema que atinge a todos os transportadores: a retirada do cadastro do Departamento de Trânsito (Detran) da classificação de um veículo que se envolveu em um acidente. Estranho que, durante a apuração da matéria, dois casos foram resolvidos quase que imediatamente. Prova de que o sistema não funciona. Um atraso na vida tão agitada do transportador de cargas deste país. Uma vitória para quem soube usar deste veículo de comunicação para relatar um problema que envolve o transporte.

Estamos no mesmo caminho dos transportadores e daqueles que estão à mercê da mobilidade, seja ela urbana ou rodoviária. Entre-Vias é um dos poucos veículos de comunicação voltado a au-xiliar aqueles que se deslocam, de uma maneira ou de outra, pelas nossas ruas, rodovias ou estradas em péssima condição e a combater as injustiças e os problemas do dia a dia.

Reafirmando nossa posição de defensores de um trânsito seguro, participamos da 8º Semana do Trânsito de Betim. Foi um aprendizado para os que se habilitam a dirigir de maneira descuidada. O grupo Anjos do Asfalto participou do evento mais uma vez neste ano. De maneira voluntária, eles doam seu tempo ao resgate de vítimas da Rodovia da Morte. Neste ano, colaboraram com o trabalho do Niesa e fizeram uma simulação de resgate bastante complicada. Por meio dessa representação, mostraram a todos que todo cuidado é pouco na travessia de linhas férreas.

Finalizamos esta edição com o sentimento de dever cumprido. Afinal, com uma reportagem que busca a fundo a solução dos problemas, nossa jornalista Cristina Guimarães, com sua astúcia e perseverança, não só destacou o problema que vinha acontecendo no Detran de São Paulo, mas fez com que as pendências fossem resolvidas. Parabéns pelo trabalho de toda a equipe que transforma esta revista na "voz da estrada".

O sistema é bruto

revistaentrevias

revistaentrevias

EDITORIAL

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SUMÁRIO

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8

18 CAPA Transportadores enfrentam desafios em momentos de sinistros

8 SAÚDE z Mãos limpas, corpo são z Orcca promove baile em prol da construção do Hospital do Câncer de Betim

12 FINANÇAS z Frete sofre defasagem z BNDES oferece nova linha de refinanciamento de crédito

16 MOBILIDADE Transcon cobra melhorias e construção de trincheira no trecho de Contagem da Autopista Fernão Dias

28 ESTRADAS Pedágio será reajustado em pelo menos 10 rodovias do país

29 SEUS DIREITOS Aumentam casos de invalidez por acidente de trânsito no país

30 LEGISLAÇÃO Contran exige que carga a granel seja transportada tampada

32 TECNOLOGIA z ANTT implanta equipamentos para multa mais rápida e pagamento eletrônico de pedágio z Plataforma virtual visa centralizar informações do setor de transporte

36 FORMAÇÃO Sada implementa programa de formação de seus motoristas e colhe resultados

40 EVENTOS Mais de 300 carros receberam manutenção gratuita no 8º PITSTOP

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8 Entre-Vias

SAÚDE

ode parecer natural, mas manter as mãos limpas é a principal me-dida individual de prevenção de

infecções. Esse hábito elimina todos os micro-organismos presentes, evitando a proliferação de diversos males, como: in-fecções respiratórias, de ouvido e garganta, conjuntivites, diarreia, doenças de pele e tantos outros.

O infectologista Alcides Poli Neto ex-plica que, para entender a importância da higiene, é interessante saber como funcio-na a transmissão de doenças. “Temos dois tipos de flora bacteriana nas mãos: a cha-mada permanente, que vive nas camadas mais profundas da pele e que não é afeta-da pela limpeza, e a flora transitória, mais superficial, que é formada por tudo que entra em contato com a nossa pele. Como se fosse uma luva, essa flora vive pouco, mas pode ser o suficiente para causar pro-blemas. Se você pensar que boa parte do nosso contato com o mundo se faz por meio das mãos, é fácil perceber que, a toda hora, estamos expondo boca, nariz, olhos e pele a diversos tipos de patógenos. Assim, praticamente todas as doenças que entram pelas vias respiratórias e digestiva podem ser transmitidas por meio das mãos.”

COMO?Nesse sentido, lavar as mãos e as unhas

adequadamente, com água e sabão, é ato que previne doença. Entretanto, aponta o especialista, muitas pessoas não sabem hi-gienizá-las da maneira correta, sem esfregar adequadamente todas as áreas, esquecen-do-se das unhas, dos dedos e dos punhos ou, simplesmente, somente lembrando-se de lavá-las durante o banho. O ideal, ressalta

Parceiros da saúde: água e sabãoEspecialista chama a atenção para prevenção de doenças transmitidas pelas mãos

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Parceiros da saúde: água e sabãoo médico, é lavar as mãos, frequentemente, várias vezes ao dia, com água corrente e sa-bão. “As bactérias são removidas por ação mecânica, ou seja, é necessário esfregar as mãos. A espuma presente no sabonete também ajuda a remover a gordura da pele, eliminando maior quantidade de micro-or-ganismos”, detalha.

Após lavar as mãos, o melhor é não colocar a mão limpa sobre a torneira suja, pois as bactérias que estavam na sua mão alojam-se na louça e, ao tocá-la, elas retor-nam para seus membros. É recomendado fechar a torneira com a ajuda de um papel toalha.

Outro erro comum é o uso de toalhas coletivas nos banheiros. De acordo com dr. Poli, elas se tornam um meio propício para a proliferação de bactérias. “Não adianta apenas deixar a toalha exposta para secar, seja no banheiro seja ao sol, pois os agentes continuarão alojados, a menos que sejam lavadas com água e sabão. No caso dos profissionais dos transportes, que enfrentam falta de estrutura adequada de sanitários, minha sugestão é que levem material para fazer sua higiene, como sabonete (barra ou líquido), álcool em gel e toalhas de papel.”

OUTROS ALIADOSÉ importante esclarecer que o álcool

em gel pode ajudar a esterilizar as mãos, entretanto, não substitui a água e o sabão. Esse artifício é para uma emergência e, por isso, é fundamental continuar lavando as mãos, com frequência, sempre antes de

“As bactérias são removidas por ação mecânica, ou seja, é necessário esfregar as mãos. A espuma presente no sabonete também ajuda a remover a gordura da pele, eliminando maior quantidade de micro-organismos”

Alcides Poli Neto, infectologista

comer, ao sair do banheiro e ao sentir que elas estão sujas.

Manter as mãos limpas é a principal medida individual de prevenção de infec-ções. Contudo, não podemos nos esquecer, também, de manter a higiene dos ambien-tes, o cuidado com a qualidade dos alimen-tos, manter a vacinação em dia e usar pre-servativos em relações sexuais.

IMPACTO NO BOLSOO estudo “Custo das Doenças do Dia a

Dia” – realizado pela marca de sabonetes Lifebuoy no ano de 2012 em parceria com a Escola de Higiene Tropical de Londres – revelou que uma família brasileira gasta, em média, R$ 1.151,55 por ano com epi-sódios de doenças que são causadas por germes e bactérias. Considerando a popu-lação do Brasil, esse valor é equivalente a 12 bilhões de dólares por ano.

O estudo revela os prejuízos econômi-cos e sociais causados pelas enfermidades que poderiam ser evitadas, em diversos ca-sos, por meio do simples hábito de lavar as mãos. As doenças mais detectadas na pes-quisa são: respiratórias, com 33,3%; diar-reicas, com 11,8%; e infecções de pele, com 7,4%. Já a prevalência de doenças causa-das por germes e bactérias entre crianças de 5 a 15 anos é de 74,2%. Há também a perda de produtividade: uma criança brasi-leira perde, em média, três dias de aula a cada episódio de doença, enquanto o adul-to que cuida do enfermo também falta ao trabalho na mesma proporção.

Q! Notícia

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SAÚDE

Baile para ajudarOrcca promove noite dançante em prol da construção do Hospital do Câncer de Betim. Saiba como participar da festa e ajudar a instituição

utubro é o mês em que as ações para alertar as mulheres sobre a prevenção do câncer de mama se intensificam.

Em novembro, os olhos são voltados para os homens, e começam as campanhas sobre o cân-cer de próstata. E na onda do outubro rosa e do novembro azul, a Organização Regional de Combate ao Câncer (Orcca), de Betim, promo-ve, em parceria com empresários da cidade, um baile beneficente. Os recursos serão destinados à construção do Hospital do Câncer de Betim.

A noite dançante ocorrerá no dia 28 de novembro. Um dia antes, no dia 27, é comemo-rado no Brasil o Dia Nacional de Combate ao Câncer. Os convites serão vendidos a R$ 120 por pessoa a partir de 16 de outubro. O baile será realizado no salão de festas Don, que fica na Rua Lagoa Azul, 74, Bairro Vianópolis, em Betim. A atração será a banda Cheb. Os con-vites serão vendidos na sede da Orcca, na Rua Hum, 337, Jardim Brasília.

Até agora, os parceiros são o Cetus, CDL Betim, Buffet Tia Iza, Só Festas, Luciana Decora-ções, Cor e Arte, e Don Centro de Eventos. Mas os empresários que quiserem ajudar na realiza-ção da festa podem entrar em contato com a Orcca, por meio da Daniele: (31) 9298-1055.

Construir o prédio é o objetivo da organi-zação. Além do baile, quem quiser pode doar e ajudar a erguer o primeiro hospital do câncer da cidade. Em entrevista à revista Entre-Vias no ano passado, o vice-presidente da Orcca e médi-co oncologista, Victor Hugo Lisboa Lopes Rodri-gues, disse que o equipamento terá 300 leitos e será um lugar para acolher melhor o paciente, com cirurgia, pronto-socorro e todas as especia-lidades necessárias.

O terreno onde seria construído o fórum da cidade foi doado à Orcca pela Prefeitura de Be-tim. Com cerca de 1 mil metros quadrados, ele fica perto do Hospital Regional de Betim. O pro-jeto está sendo feito por um arquiteto voluntário.

O

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AJUDE!Quem quiser ainda pode fazer doações para a construção do Hospital do Câncer de Betim:

Depósito em conta correnteVocê pode fazer depósitos diretamente em uma das contas correntes da Orcca. Basta solicitar as informações para crédito pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone 31-3595-3882

Débito automáticoQuem tem conta corrente pode doar por meio do débito automático em conta autorizada diretamente pelo cliente. Converse com seu gerente sobre o procedimento adequado

Boleto bancárioOs boletos podem ser enviados para sua residência se solicitados por meio do telefone (31) 3595-3882, pelo e-mail [email protected] ou ainda diretamente na sede, na Rua Hum, 337, Bairro Jardim Brasília

Recibo de doaçãoÉ uma modalidade que permite que o doador receba em casa, em data predeterminada, por um dos mensageiros da Orcca, um recibo com o valor da doação previamente manifestado entregue mediante o pagamento do valor desejado. Para esse tipo de doação, entre em contato por telefone, e-mail ou vá pessoalmente à sede

Convites podem ser adquiridos

diretamente na entidade

Orcca/Divulgação

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FINANÇAS

12 Entre-Vias

análise do Departamento de Cus-tos Operacionais, Estudos Técni-cos e Econômicos (Decope) da

NTC revela defasagem do frete em torno de 14,06%. No início deste ano, a instituição realizou uma apuração com empresários do transporte rodoviário de cargas e identifi-cou que o setor necessitava urgentemente de reajuste de, pelo menos, 14,06% para manutenção de compromissos e investi-mentos.

Contudo, em recente entrevista com representantes de empresas do ramo, o estudo mostrou que 56% praticam frete abaixo do custo calculado pela NTC (em média 21% menor), 24% com frete igual e 20% apontando um frete superior (em mé-dia 10,3% superior). O custo da NTC não contempla margem de lucro e a maioria dos impostos.

Ainda nessa linha, as respostas indica-ram que neste ano as empresas tiveram, em média, uma queda no faturamento de 5,8%, sendo que 34% disseram que a queda foi superior a 10% e apenas 8,7% indicaram um crescimento superior a 10%.

Cada empresa tem suas peculiaridades, o que envolve diversos fatores e, por isso, o valor do frete pode, e deve, variar livremen-te, caso a caso. A NTC fornece indicadores e informações para balizar as organizações de modo que possam tomar a atitude mais adequada.

“Com relação aos motivos da defasa-gem, acredito que seja resultado da pres-são do mercado por parte dos contratantes e da falta de critérios na cobrança do frete pelos transportadores. Durante o levanta-

“Com relação aos motivos da defasagem, acredito que seja resultado da pressão do mercado por parte dos contratantes e da falta de critérios na cobrança do frete pelos transportadores. Durante o levantamento, buscamos conhecer basicamente a situação econômico-financeira, o valor do frete cobrado e as expectativas futuras sobre o desempenho do mercado e da empresa” Antônio Lauro Valdívia, assessor técnico da NTC

Defasagem do frete ultrapassa 14%Estudo realizado com empresários do setor do transporte rodoviário de cargas identifica que não houve reajuste na prestação do serviço

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Divulgação NTC

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Defasagem do frete ultrapassa 14%mento, buscamos conhecer basicamente a situação econômico-financeira, o valor do frete cobrado e as expectativas futuras sobre o desempenho do mercado e da em-presa ”, explica o assessor técnico da NTC, Antônio Lauro Valdívia.

O FUTUROPara o próximo ano, o estudo revelou

que 53% dos que responderam acreditam que a empresa não deve crescer ou vai diminuir de tamanho. Além disso, 88,7% estimam que o valor do frete deve piorar.

Diante disso, o assessor ressalta que as organizações, na medida do possí-vel, não devem ceder às pressões de mercado, mas sim diminuir os custos e qualificar a receita. “Sugiro a todos que,

neste momento de transição e ajustes da economia, sejam cautelosos e criteriosos com os novos negócios e, principalmente, com os antigos. Tenham controle efetivo dos custos envolvidos em cada um dos serviços prestados.”

Para o consultor em finanças Fernan-do Giúdice, um dos principais fatores que contribuem para a defasagem é o modo como é feita a negociação. Ele ressalta que o cálculo das variações de custos operacio-nais tem seu foco nos componentes mais sensíveis, como aumento dos preços dos combustíveis, dos pneus, dos valores dos veículos e dos encargos com mão de obra. “Os custos diretos da atividade-fim, que é movimentação da mercadoria da origem ao destino, montam a cifra de 54% do custo

total e, por agregarem valor ao cliente, são mais facilmente negociáveis. As demais despesas de infraestrutura, tais como as comerciais, administrativas, financeiras e referentes a terminais de cargas, represen-tam 46% dos custos totais e ficam reduzi-das a uma negociação fluida, controvertida e de difícil acordo.” Giúdice alerta que, por consequência, apenas custos diretos do transporte são assumidos pelo cliente, criando-se uma defasagem cumulativa de perdas ao longo do tempo.

Outro ponto é a existência de concor-rência predatória, com oferta de serviços subavaliados. O mercado se autorregula e isso, muitas vezes, acaba gerando uma pa-dronização de preços que impede que os reajustes sejam devidamente aplicados.

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FINANÇAS

14 Entre-Vias

inanciar a composição de dívidas referentes às operações de crédito contratadas no âmbito do Progra-

ma e Sustentação do Investimento (PSI) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Esse é o ob-jetivo do recém-projeto implementado pela instituição, atendendo a demandas conjun-tas dos setores de transportes, máquinas e equipamentos, bens de capital em geral.

“Este programa começou a operar em setembro por meio dos bancos agentes financeiros do BNDES, ou seja, na moda-lidade de operação indireta. O novo pro-jeto permite ao beneficiário a contratação de um financiamento destinado especifi-camente à quitação do saldo devedor de operações financiadas anteriormente pelo PSI, limitado a R$ 20 milhões. O prazo total será de até 60 meses, incluídos 12 meses de carência”, explica Juliana Santos da Cruz, chefe de departamento da Área de Operações Indiretas do banco.

Nesse sentido, podem participar todos os tomadores de financiamentos no âmbito do BNDES PSI que tenham operações ativas, e o novo programa dará mais prazo de carência e de pagamento ao beneficiário, mas ao custo de taxa de juros de longo prazo sem equa-lização do Tesouro. Segundo a representante do banco, é uma oportunidade para o setor de transporte de cargas, visto que as regras do PSI beneficiam todos os setores produtivos que tenham saldo devedor em aberto.

PROCEDIMENTOSOs pedidos de financiamento deverão

ser transmitidos pela internet, após a for-malização jurídica do crédito, pelo endere-ço eletrônico http://online.bndes.gov.br.

Refinanciamento do crédito adquiridoNovo programa do BNDES apresenta oportunidade para empresários liquidarem saldo devedor

Nesse portal, estão todas as informa-ções necessárias à operacionalização. Os agentes financeiros que ainda não têm acesso a esse endereço eletrônico e que te-nham intenção efetiva de operar no PSI ou em outro programa devem solicitar auto-rização de acesso pelo telefone 0800 702 6337 ou e-mail [email protected], quando receberão senha para acesso e instruções para instalar o certificado digital

que garante a segurança da página. “O BNDES está sempre buscando apri-

morar seus instrumentos de apoio, oferecen-do linhas e programas de financiamento a empresas de todos os portes e de variados setores. Somente no primeiro semestre de 2014, os desembolsos totais do banco so-maram R$ 84 bilhões, sendo R$ 27 bilhões (32% do total) destinados às micro, peque-nas e médias empresas”, declara.

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“Novo projeto permite ao beneficiário a contratação de um financiamento destinado especificamente à quitação do saldo devedor de operações financiadas anteriormente pelo PSI, limitado a R$ 20 milhões. O prazo total será de até 60 meses, incluídos 12 meses de carência”Juliana Santos da Cruz, chefe de departamento da Área de Operações Indiretas do banco

Divulgação BNDES

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16 Entre-Vias

MOBILIDADE

er uma rodovia da dimensão da BR-381 perto de casa pode, à primeira vista, parecer um alento, mas não é.

As principais ruas e avenidas de Contagem que cortam a Fernão Dias estão cada dia mais engarrafadas, e a solução, segundo reivindica a Empresa de Transporte de Con-tagem (Transcon), seriam obras de melho-rias feitas pela concessionária responsável pelo trecho.

O principal local apontado pela Trans-con como necessário para melhorias no trânsito da cidade é o cruzamento com a Avenida General David Sarnoff. O pedido da prefeitura é para que ali seja constru-ída uma trincheira, com o objetivo de ali-viar o tráfego, que, no horário de pico, fica caótico.

O vice-presidente da Transcon, Rodrigo Tomaz, reclama da concessionária Autopis-ta Fernão Dias. Ele diz que aguarda uma resposta sobre a construção da estrutu-ra, mas não há retorno. "Não tem diálo-go, boa vontade. É um descaso total com Contagem", afirma. "A trincheira da David Sarnoff foi alavancada por eles, mas existe só no papel. Sinalizaram para a construção, participei das reuniões e ficaram de fazer as melhorias", diz.

Outro pedido feito à Autopista, segun-do Rodrigo Tomaz, foi a transposição da Rua Marco Aurélio Rabelo, agora Avenida dos Austríacos, no Bairro Flamengo, para a Avenida Rio Volga, no Riacho das Pedras, passando por cima da rodovia. "Essa obra deslocaria o trânsito municipal e não con-gestionaria tanto a rodovia, como acontece hoje. Os moradores de Contagem circula-riam melhor."

A prefeitura ainda cobra a construção

Transcon cobra melhorias na BR-381Empresa de transporte diz que aguarda construção da trincheira da Avenida David Sarnoff prometida pela Autopista Fernão Dias

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Ruas de tráfego urbano de Contagem ficam

sobrecarregadas

Prefeitura cobra melhorias em retornos e entradas de

bairros ao longo da BR-381

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de um retorno no viaduto da hípica, per-to do Carrefour. A concessionária fez um alargamento recentemente, segundo Ro-drigo Tomaz, porque a Transcon colocou uma faixa de Pare. "A cidade tem trânsito no horário de pico por causa do tráfego da rodovia", diz Rodrigo.

O diretor superintendente da Autopista Fernão Dias, Helvécio Tamm, explica que a possibilidade da trincheira da Avenida Gene-ral David Sarnoff surgiu depois que, mesmo em contrato, foi cancelada uma obra no tre-cho da rodovia na altura de Atibaia, em São Paulo, no valor de R$ 3 milhões. Com isso, o valor deveria ser empregado em algum ou-tro empreendimento ao longo da rodovia, e então veio a demanda de Contagem.

Segundo Helvécio, porém, para a cons-trução da trincheira, seriam necessários R$ 12 milhões. "O processo não foi para frente. Temos disponíveis R$ 3 milhões e encaminhamos o projeto à ANTT com os valores, informando que não temos condi-ção de arcar com o restante. A prefeitura

ficou de decidir se vai dar a contrapartida de R$ 9 milhões e como isso pode ser feito juridicamente. Hoje, o processo está mais nas mãos da prefeitura do que na nossa", afirma Tamm. Enquanto isso, segundo ele, o valor não tem onde ser empregado.

PISTAS NORTE E SULQuanto às outras obras cobradas pela

prefeitura, a Autopista, por meio do diretor superintendente, responde que, no viaduto da hípica, uma terceira pista foi alargada para dar mais fluidez ao trânsito. "Enten-demos que a obra de melhoria da interse-ção já está concluída na pista sul", diz. Já na pista norte, segundo ele, também foi fei-ta uma intervenção recentemente. Uma rua lateral foi criada para dar fluxo para quem vai entrar no bairro.

De acordo com Helvécio Tamm, está previsto um conjunto de obras ao longo de toda a BR-381 no trecho entre Contagem e Betim. Desde a Praça da Cemig até o tre-vo do Shopping Metropolitan, a rodovia,

segundo o diretor superintendente, será transformada em uma via expressa. Hoje, são duas pistas e uma terceira para pontos de ônibus e saída para as marginais. Com intervenções, serão três pistas inteiras para o tráfego direto. Os pontos de ônibus se-rão transferidos para as marginais e deve diminuir o número de entradas e saídas da rodovia. "São 13 km no total. A Prefeitura de Contagem já garantiu que vai organi-zar uma minirrodoviária urbana com vários pontos de ônibus para tirar o fluxo da mar-ginal em frente ao Carrefour", afirma.

O projeto, segundo ele, foi apresentado à Transcon e à Transbetim, e todas as ade-quações discutidas foram feitas. Agora, a empresa aguarda a licença ambiental para iniciar as intervenções, orçadas em R$ 35 milhões e já previstas no contrato firmado com a ANTT.

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CAPA

18 Entre-Vias

Profissionais do transporte rodoviário de

cargas são impactados pela falta de critério na

classificação do prejuízo, pela burocracia e pela

demora na baixa do dano

Envolver-se em um acidente e ter o veículo furtado ou roubado são situações traumáticas, que acarretam desgaste psicológico, social e, às vezes, físico. Além das sequelas desses atos, profissionais do transporte enfrentam uma série de desafios para seguirem com a vida e com o trabalho.

Há meses, especialmente no Estado de São Paulo, eles vivem ad-versidades para comunicar os sinistros e para baixar o dano nas do-cumentações. Representante da categoria, José Verginio dos Santos, presidente da Associação de Caminhoneiros do Vale (Acav), conta o que vem enfrentando: “Nos meses de junho e agosto, solicitamos ao Departamento de Trânsito de São Paulo (Detran-SP) a baixa de veícu-los que sofreram sinistro, classificados em média monta. Foram reali-

Sinistro sinistro

Um acidente como este pode comprometer a parte mecânica do veículo. O motor pode ter sido danificado. Deveria ser considerado um acidente de média ou grande monta

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zados todos os procedimentos necessários e, mesmo assim, não obtivemos retorno”.

Diante da falta de resolução, o presi-dente da Acav e seu vice, Cleverton de Re-zende Marciano, buscaram pessoalmente a Ouvidoria do órgão em setembro. Em rápida busca na internet, encontram-se diversas queixas, inclusive em portais espe-cíficos para manifestar reclamações sobre prestações de serviços, sobre a demora na baixa da liberação de veículos que sofreram sinistro e foram recuperados.

A equipe de reportagem de Entre-Vias contatou a Assessoria de Comunicação do Detran-SP para buscar informações sobre o andamento dos processos e, exatamente no dia do fechamento desta matéria (6/10), recebeu o retorno de que o cadastro de um dos veículos “foi liberado para licenciamen-to e poderá voltar a circular normalmente.

“Graças à abordagem desta revista, conseguimos o retorno e a resolução das situações. Inclusive, a questão pendente também foi tratada pelo Detran-SP e agora daremos continuidade aos procedimentos, visando correr atrás do prejuízo sofrido pelos donos dos veículos. Foram mais de 100 dias aguardando a liberação”José Verginio, presidente da Associação de Caminhoneiros do Vale (Acav)

Quando há um acidente com veículo carregado, toda a estrutura do caminhão ou da carreta pode ser danificada. Só quem conhece do assunto é que pode avaliar "parcialmente" qual seria a classificação

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CAPA

No segundo caso, a solicitação está sob análise no Departamento de Sinistros do Detran-SP”.

“Graças à abordagem desta revista, conseguimos o retorno e a resolução das situações. Inclusive, a questão pendente também foi tratada pelo Detran-SP e agora daremos continuidade aos procedimentos, visando correr atrás do prejuízo sofrido pe-los donos dos veículos. Foram mais de 100 dias aguardando a liberação”, pontua José Verginio.

IMPACTOS Tão impactante quanto a busca da re-

solução dessas situações é a consequên-cia na vida dos transportadores. Se a baixa não é realizada, automaticamente a docu-mentação do veículo fica retida. Para os profissionais que necessitam do caminhão para trabalhar, o efeito é danoso. Além do tempo de reparo do estrago do veículo, que em alguns casos pode durar até dois meses, esses trabalhadores devem aguar-dar os procedimentos dos órgãos compe-tentes.

Durante esse período, os compromissos assumidos – como parcela referente ao fi-nanciamento do próprio caminhão, mão de obra, contas da empresa e pessoais – não esperam. Nesse sentido, a atuação no se-tor fica ainda mais complexa, visto que são enfrentados os desafios da baixa remune-ração do frete, infraestrutura precária, altos custos com combustível e manutenção.

NO PAPELA Resolução 362/2010 do Conselho

Nacional de Trânsito (Contran) estabelece a classificação de danos em veículos de-correntes de acidentes e os procedimentos para a regularização ou baixa dos veículos envolvidos, e dá outras providências.

Esse documento ressalta a necessida-de de lavrar o Boletim de Ocorrência de Acidente de Trânsito (BOAT). Concomitan-temente, a autoridade de trânsito ou seu agente deve avaliar o estrago sofrido pelo veículo, enquadrando-o em uma das cate-gorias: pequena, média ou grande monta. Essa classificação é composta por pon-tuação dada com base em informações quanto ao dano, contidas no “Relatório de Avarias”.

No caso de reboques e semirreboques, caminhões e caminhões-tratores, são ava-liadas separadamente as avarias ocorridas na cabine e/ou carroçaria e prejuízos no chassi do veículo.

Apesar da apresentação dos critérios de classificação, a prática mostra que é preciso avançar na parametrização. Marcio Arantes, presidente da Associação Particu-lar de Ajuda ao Colega (Apac) Sul, diz que a instituição que representa vivenciou a ausência de padrão no momento da clas-sificação. “Tivemos um sinistro próximo de Curvelo. A carreta bateu e caiu em um bar-ranco. Apesar do impacto, não apresentou avarias, somente no cavalo, e o sinistro foi classificado como média monta, quando na verdade seria pequena. O contrário tam-bém acontece: grandes danos são rebaixa-dos na classificação”, conta.

Marcio também representa a Associa-ção de Benefícios e Proteção ao Amigo Caminhoneiro (Abpac) e ressalta que ou-tros colegas enfrentaram a situação. Se-gundo ele, uma das dificuldades na clas-sificação correta é o desconhecimento dos agentes de trânsito quanto à mecânica de um veículo pesado.

“O caminhão recuperado pode sofrer depreciações no momento da venda. Por isso, os agentes de trânsito devem ter sensibilidade na análise” Marcio Arantes, presidente da Associação Particular de Ajuda ao Colega (Apac) Sul

Coluna centralColuna traseira

Soleira

Assoalho

Coluna dianteira

Painel corta-fogo

ASPECTOS ANALISADOS EM SINISTROS

Fonte: Contran

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“Por exemplo, certa vez, um caminhão bateu e o eixo foi arrancado. Automatica-mente, foi classificado como grande monta. Contudo, saiu porque rompeu o parafuso, que custa em torno de R$ 20, somada a mão de obra, ao todo o gasto é de aproxi-madamente R$ 70”, conta.

Ele explica que algumas ações que

acontecem com os veículos de grande por-te, no momento do acidente, visam prote-ger o motorista e minimizar os impactos. Nesse sentido, entender o funcionamento dessas máquinas contribui para a corre-ta aplicação dos critérios. “O caminhão recuperado pode sofrer depreciações no momento da venda. Por isso, os agentes

“Para dar baixa, não aceitaram um procurador devidamente reconhecido, e foi preciso pagar os honorários de um advogado para conseguir realizar esse serviço. Não adianta ter somente regras, sem a sua aplicabilidade”Jesus Gontijo de Andrade, presidente da Associação de Proteção e Ajuda ao Colega (Apac) Norte

de trânsito devem ter sensibilidade na análise”, completa.

Marcelo José Araújo, presidente da Comissão de Trânsito, Transporte e Mobili-dade da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Paraná, contextualiza que a primeira resolução que regulamentou esse assunto foi a 25/98 do Contran, no ano em que o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) come-çou a vigorar, e não estabelecia nenhum critério objetivo. “A atual decisão procura estabelecer parâmetros mais claros, mas obviamente o treinamento que os agentes recebem, a interpretação no caso concreto, entre outros fatores, além de ele não ser, na

Neste caso, o chassi da carreta pode ter torcido, o que inviabilizaria o conserto do veículo

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CAPA

maioria das vezes, um perito nessa avalia-ção, fatalmente implicarão entendimentos diversos na classificação dos danos decor-rentes de um acidente”.

CAMINHO LONGOPassada a classificação do dano, o ve-

ículo sinistrado classificado com dano de grande monta terá seu cadastro bloqueado até que seja realizada a baixa permanente. O que obtiver a classificação de dano de média monta terá seu cadastro bloquea-do, não podendo circular, ser transferido ou licenciado até que seja efetivado o desbloqueio do veículo, que dependerá do cumprimento dos seguintes requisitos: apresentação do Certificado de Registro de Veículo (CRV) e Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV) originais do veículo, bem como documentos de iden-tificação da pessoa física ou jurídica e com-provante de residência ou domicílio.

Também são necessárias a compro-vação do serviço executado e das peças

“Um caminhão foi roubado na região metropolitana de São Paulo e a ocorrência foi realizada dias depois pela polícia. As consequências de um veículo furtado rodando sem queixa podem ser desastrosas”Rogério Mitraud Silveira, presidente da Associação dos Transportadores de Cargas Gerais (Ascarg)

utilizadas, mediante apresentação da nota fiscal de serviço da oficina reparadora, acompanhada da(s) nota(s) fiscal(is) das peças utilizadas; a apresentação do Cer-tificado de Segurança Veicular (CSV) ex-pedido por instituição técnica licenciada, autorizada pelo Departamento Nacional de

Trânsito (Denatran) e acreditada pelo Insti-tuto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro); e a de-monstração da autenticidade da identifica-ção do veículo mediante vistoria do órgão executivo de trânsito ou de empresa por ele credenciada para tal fim.

22 Entre-Vias

Neste sinistro, apenas a gaiola de madeira pode ter se

danificado. Trata-se de avarias simples e um possível acidente

de pequena monta

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“A Resolução 362/10 e as normas que a antecederam têm a finalidade de possi-bilitar que veículos acidentados e sua re-cuperação ofereçam as devidas condições de segurança. Porém, ela incorre em alguns conflitos jurídicos, como o caso de somente permitir a transferência para uma segura-dora quando o veículo sofre dano de gran-de monta, ferindo o direito de propriedade daquele que, não sendo seguradora, seja responsável pela indenização, mas deseje ficar com o salvado. Não consegue prever situações em que, tendo havido aciden-te, não haja boletim de ocorrência, como inundações ou mesmo acidentes que não venham a ser atendidos e registrados na

“Vamos apresentar os relatos ao deputado federal Nelson Marquezelli e pretendemos criar uma bancada específica do setor de transporte rodoviário de cargas na Câmara e no Senado, para tratar dessas e de outras situações que impactam diretamente a atividade profissional”Luiz Carlos Neves, presidente da Federação Nacional das Associações de Caminhoneiros e Transportadores (Fenacat)

Entre-Vias 23

Para uma pessoa que não tenha conhecimento, os danos neste veículo poderiam ser classificados como de média ou até mesmo grande monta. No entanto, os que conhecem sabem que apenas o eixo dianteiro pode ter corrido, o que consiste em um conserto simples

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“Teoricamente, o Sistema Nacional de Trânsito deveria funcionar com um conjunto de engrenagens devidamente encaixadas e de forma orquestrada, mas sabemos que a realidade é outra. Sem dúvida, esse desencaixe gera transtornos”Marcelo José Araújo, advogado e especialista em trânsito

ocorrência”, avalia o advogado e especia-lista em trânsito Marcelo Araújo.

ROUBOOs casos de roubos de caminhões no

Estado de São Paulo também desafiam a paciência das vítimas. Jesus Gontijo de An-drade, presidente da Associação de Prote-ção e Ajuda ao Colega (Apac) Norte, relata o excesso de burocracia para realizar a bai-xa de um veículo recuperado.

A Portaria 1.218/2014 do Detran-SP orienta os procedimentos necessários nes-sa situação. Contudo, Jesus Gontijo relata que neste ano um dos associados teve seu caminhão roubado na cidade e, após um tempo, foi encontrado. “Para dar baixa, não aceitaram um procurador devidamente reconhecido, e foi preciso pagar os honorá-rios de um advogado para conseguir reali-zar esse serviço. Não adianta ter somente regras, sem a sua aplicabilidade”, critica.

De acordo com estatísticas do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região (Setcesp), o roubo de cargas naquele Estado, entre janeiro e ju-nho deste ano, registrou 4.300 ocorrências, o que significa um acréscimo de 8,05% na média por mês de incidências em compara-ção à média mensal do ano anterior.

Embora esse cenário merecesse atenção do poder público, profissionais se deparam com a morosidade no registro da ocorrên-cia. Rogério Mitraud Silveira, presidente da Associação dos Transportadores de Cargas Gerais, denuncia a demora na realização da queixa e inclusão do aviso no sistema na-cional. “Um caminhão foi roubado na região metropolitana de São Paulo e a ocorrência foi realizada dias depois pela polícia. As con-sequências de um veículo furtado rodando sem queixa podem ser desastrosas .”

uma articulação nacional e convoca profis-sionais e instituições que representam o se-tor a fazerem parte. “Não podemos admitir as omissões e a falta de comprometimento com o nosso trabalho pelo órgão de trân-sito do maior Estado brasileiro. São Paulo é polo fundamental do transporte e precisa aprender com experiências de outros locais, como oferecer eficiência na prestação de serviço”, reivindica.

A Federação Nacional das Associações de Caminhoneiros e Transportadores (Fe-nacat) acompanha de perto as questões e programa a articulação com a Câmara dos Deputados e outras instâncias para solu-ção dos problemas. “Vamos apresentar os relatos ao deputado federal Nelson Mar-quezelli e pretendemos criar uma bancada específica do setor de transporte rodoviário de cargas na Câmara e no Senado, para tratar dessas e de outras situações que im-pactam diretamente a atividade profissio-nal ”, anuncia o presidente da Fenacat, Luiz Carlos Neves.

O advogado e especialista em trânsi-to Marcelo Araújo diz ainda que podem ser tomadas providências judiciais para cumprimento dos prazos e, se a demora gerar prejuízos, ingressar com as devidas ações indenizatórias. “Teoricamente, o Sistema Nacional de Trânsito deveria funcionar com um conjunto de engre-nagens devidamen-te encaixadas e de forma orquestrada, mas sabemos que a realidade é outra. Sem dúvida, esse de-sencaixe gera trans-tornos ”, conclui.

MOBILIZAÇÃO Com vistas a chamar a atenção para

as diversas adversidades, o presidente da Acav, José Verginio dos Santos, planeja

CAPA

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Quando falamos em “perda total”, por acidente, popularmente co-nhecido por “PT”, a primeira ideia que vem à mente é de um veículo que está totalmente destruído, de que praticamente nada se aproveita, tornando-se uma sucata. O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) cria obri-gações à pessoa que se encontre nessa situação, quando no Boletim de Ocorrência de Acidente fizer constar essa condição (grande monta ou perda total). Essa lei também cria obrigações distintas para a seguradora e para o proprietário.

O artigo 240 considera infração grave deixar o responsável de pro-mover a baixa do registro do veículo irrecuperável ou definitivamente desmontado. Percebemos que a expressão “responsável” nesse caso se refere ao proprietário, pois, segundo o artigo. 257, § 2º do CTB, esse é o responsável por condições do veículo, e não o condutor. As expressões “irrecuperável” ou “definitivamente desmontado” não se referem ne-cessariamente a um veículo que sofreu acidente, pois pode se tornar irre-cuperável por deterioração, bem como ser desmontado definitivamente sem que para isso tenha sofrido danos. Lógico, porém, que um veículo com perda total por acidente seria irrecuperável.

Já o artigo 243 considera também grave a seguradora deixar de co-municar ao órgão executivo a ocorrência de perda total do veículo e lhe devolver placas e documentos. Certamente, o legislador vinculou a expressão usada nos contratos de seguro (perda total) ao veículo irre-cuperável, quando na verdade para as seguradoras a expressão sempre foi entendida quando o valor necessário para recuperar ou arrumar su-perasse um determinado percentual do valor de mercado ou do valor segurado, ou seja, quando ela prefere “comprar” o carro.

Superar um percentual do valor do veículo não significa que seja uma sucata ou irrecuperável, porque, às vezes, uma pequena colisão pode acarretar necessidade da troca de peças muito caras (como air bags, lanternas, faróis, radiador etc.) em relação ao valor que o carro atingiu por seu ano de fabricação ou procedência estrangeira.

Por esse motivo muitas seguradoras não estão tratando contratual-mente o caso como “perda total”, e sim como “indenização integral”, que é na prática o que ocorre. O problema é que agora uma “indenização integral” pode ser em decorrência de “perda total”, mas as seguradoras utilizam-se do artifício para não darem a baixa no veículo, colocando-o no-vamente no mercado. Ardilosamente, fazem isso e, quando o veículo é con-sertado, essas empresas de seguro se recusam a aceitá-lo em sua carteira, ou seja, não querem perder ao revenderem um veículo ativo, devolvendo-o ao mercado, mas não o tratam como tal na hora de realizar o seguro.

Perda total versus indenização integral

*Advogado, consultor de trânsito e professor de direito de trânsito. Presidente da Comissão de Direito de Trânsito da OAB/PR

Marcelo José Araújo*

"Superar um percentual do valor do veículo não significa que seja uma sucata ou irrecuperável, porque, às vezes, uma pequena colisão pode acarretar necessidade da troca de peças muito caras (como airbags, lanternas, faróis, radiador etc.)"

ARTIGO

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ez rodovias federais tiveram au-mento da tarifa de pedágio apro-vado, para começar a valer entre

dezembro deste ano e janeiro de 2015. A revisão está prevista no contrato de conces-são e foi permitida pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para as BRs 116/324/BA, 153/SP, 381/MG/SP, 116/PR/SC, 116/SP/PR, 101/RJ, 116/376/PR, 101/SC, 393/RJ e 116/RJ/SP.

A medida visa à correção monetária tendo como base a variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Para os novos valores, segundo a ANTT, foram considerados custos com serviços de cor-reios para envio de multa de infração e re-lacionados ao sistema de sensoriamento e controle de tráfego.

Além do pacote de dez rodovias que te-rão reajuste, a ANTT aprovou recentemente o aumento do valor do pedágio em outros dois trechos. O primeiro foi, em caráter ex-traordinário, a tarifa básica na BR-163/MT, administrada pela Rota do Oeste. O valor teve aumento de 0,86%. Foram considera-das, neste caso, a duplicação e a implanta-ção de vias marginais no sentido Sinope/MT, além dos custos de manutenção e con-servação das obras.

A BR-163 foi concedida à iniciativa pri-vada para exploração da infraestrutura por período de 30 anos. Conforme licitação e contrato assinado, a tarifa só pode ser co-brada após os trabalhos iniciais e a conclu-são de 10% da duplicação, ou seja, 45 km de rodovia.

O outro trecho que terá aumento no pedágio, segundo publicado pela ANTT no “Diário Oficial da União”, é a BR-040/MG/RJ, entre Juiz de Fora, Petrópolis e o Rio de Janeiro. O valor cobrado passa de R$ 8 para R$ 9, aumento de 12,5% para veículos le-ves. Neste caso, a nova tarifa já está valendo.

EMPRÉSTIMOO último trecho entregue à iniciativa pri-

vada pela ANTT, a BR-040/DF/GO/MG, teve um empréstimo de R$ 965 milhões aprovado pelo órgão. O valor deve ser usado para os investimentos iniciais de conservação, recupe-ração e ampliação da rodovia, que está sob responsabilidade da Via 040. O crédito será aberto junto ao Banco Nacional de Desenvol-vimento Econômico e Social (BNDES).

ESTRADAS

Novo reajuste de pedágioANTT aprova aumento com base no IPCA para 12 trechos de rodovias concedidas

D

Divulgação

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SEUS DIREITOS

ais pessoas têm se tornado invá-lidas após acidentes de trânsito. Isso quer dizer que boa parte dei-

xa de ter uma vida economicamente ativa para tratar lesões permanentes. Segundo dados do Seguro de Danos Pessoais Cau-sados por Veículos Automotores de Via Ter-restre (Seguro DPVAT), no primeiro semestre deste ano, houve aumento de 21% no paga-mento de indenizações por invalidez. Foram 259.845 pagamentos em todo o país.

Também foi registrado crescimento de 14% no pagamento total de indeniza-ções, com queda de 13% no número de mortes em relação ao mesmo período de 2013. Segundo o diretor-presidente da Seguradora Líder-DPVAT, Ricardo Xavier, os dados refletem um aumento no núme-ro de acidentes no país, principalmente envolvendo as motocicletas. Para ele, o brasileiro está conhecendo seus direitos e recorrendo ao seguro.

As motos continuam liderando as es-tatísticas e representam 75% do total de indenizações pagas pela seguradora no primeiro semestre deste ano. No trânsito, o transporte corresponde a 27% da frota de veículos do país, segundo dados do Depar-tamento Nacional de Trânsito (Denatran). Já os automóveis, com 60% da frota, cor-responderam a 23% dos benefícios pagos.

Segundo dados da seguradora, as víti-

Aumentam indenizações por invalidezMotociclistas são maioria dos acidentados que requerem o recurso. Seguradora alerta que não é preciso intermediário para pedir ressarcimento

mas de acidentes são em maioria homens (75%), dos quais 52% são jovens com ida-de entre 18 e 34 anos. A faixa etária é a que mais registrou mortes e invalidez.

O seguro obrigatório existe no Brasil desde 1974 e, mesmo com tantas melho-rias para agilizar os processos, ainda há reclamações sobre demora. No site Recla-me Aqui, por exemplo, vários consumidores pedem respostas sobre o prazo para res-sarcimento. Recentemente, a Seguradora Líder, responsável pelo serviço, consolidou parceria com os Correios para aumentar o número de postos de atendimento. As inde-nizações são para os casos de morte, inva-lidez permanente e reembolso de despesas médicas e hospitalares. Segundo a segura-dora, vale para casos de acidente sem apu-ração de culpa, seja a vítima o passageiro, o motorista ou um pedestre.

Um alerta que a seguradora faz é que não é necessário contratar alguém para

intermediar o recebimento do seguro. “É simples e gratuito. Ninguém melhor que o próprio cidadão para preservar seus direitos. Para ter acesso ao benefício, basta apresen-tar os documentos no ponto de atendimento escolhido no prazo de três anos a contar da data da ocorrência do acidente”, diz.

O pagamento, segundo garante a segu-radora, é feito em até 30 dias após a apre-sentação dos documentos necessários. O valor é de R$ 13.500 para o caso de morte, até R$ 13.500 para invalidez permanente, de acordo com o grau, e até R$ 2.700 para despesas médicas comprovadas.

M

Divulgação

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LEGISLAÇÃO

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Conselho Nacional de Trânsito (Contran) publicou a Resolução 449, que dispõe sobre o transporte

de cargas de sólidos a granel nas estradas e ruas do país. O documento exige que o veículo esteja devidamente equipado para evitar o derramamento da carga e dispõe que o conteúdo transportado não poderá ultrapassar os limites da carroceria, exceto para o produto que tenha regulamentação específica.

Segundo o texto publicado no “Diário Oficial da União”, entende-se como sólido a granel qualquer carga sólida fracionada, fragmentada ou em grãos, transformada ou in natura, transportada diretamente na carroceria do veículo sem estar acondicio-nada em embalagem.

O Contran adicionou ao texto ante-rior referente à Resolução 441, de maio de 2013, que, para os veículos usados no transporte de cana-de-açúcar, o uso de lona ou dispositivo similar será exigido a partir de 1º de setembro de 2016. Até lá, os transportadores terão de se adequar à nova lei. O descumprimento, segundo o Contran, é passível de multa prevista no Código de Trânsito Brasileiro (CTB).

PESOO Contran também modificou recente-

mente a Resolução 258, de novembro de 2007, que trata da metodologia de aferição de peso de veículos e estabelece os percen-tuais de tolerância. Vale agora, segundo o Contran, a tolerância de 7,5% do peso bru-to total (PBT) para os veículos que estiverem transportando produto classificado como biodiesel (B-100). Isso caso o transporte seja fiscalizado por balança rodoviária ou por meio de nota fiscal. A tolerância, no en-tanto, é válida até 31 de julho de 2019.

Carga tampadaContran publica resolução sobre transporte de produtos a granel nas rodovias do país

O

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MEIO AMBIENTE

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umidade relativa do ar ficou abaixo dos 20% vários dias seguidos na região metropolitana de Belo Ho-

rizonte e em várias capitais do país. Com o calor excessivo e pouca chuva, é considerado clima de deserto e deixa em alerta as auto-ridades em saúde e meio ambiente. Nesta época, é comum sentir irritação na garganta, nariz e olhos. O fenômeno chamado inversão térmica favorece a manutenção de poluentes no ar e potencializa os danos. As vias aéreas, portanto, são as mais prejudicadas.

Quem trabalha dirigindo muitas vezes escapa do calor excessivo ligando o ar-

-condicionado durante toda a viagem. Mas a prática representa um risco. É que, apesar de o ar-condicionado do carro e do escri-tório deixar o clima mais fresco, o ar fica muito mais seco. O resultado é potenciali-zar as irritações nas vias aéreas e também nos olhos, o que pode ocasionar até con-juntivite alérgica.

Especialistas aconselham que principal-mente o filtro do ar-condicionado do veícu-lo esteja sempre limpo e higienizado, para não piorar os danos à saúde nesse período de tempo quente e seco. O ideal seria in-tercalar um tempo com a janela aberta e

Clima de deserto no país

mais um período com o ar condicionado. Ou mesmo deixar o ar ligado com a janela aberta, o que deixa o clima mais fresco sem que o ar seco fique concentrado na cabine.

Outras dicas fundamentais para enfren-tar esta época do ano é manter-se sempre hidratado. Tomar bastante água alivia a irritação na garganta. Ainda é preciso la-var sempre as narinas com soro fisiológico. Uma boa saída para quem viaja bastante é acoplar um vaporizador ou umidificador ao sistema de ar-condicionado do veículo. Ele é ideal para enfrentar o clima de deserto. Na hora de dormir, é importante que o apa-relho fique ligado por um tempo, mas não a noite inteira, para não favorecer o cresci-mento de fungos no ambiente. A água do vaporizador deve estar sempre limpa.

Quem pratica atividade física deve fi-car atento. Especialistas recomendam evi-tar os horários mais secos do dia, entre o fim da manhã e o início da tarde. Para o motorista, é importante evitar que os olhos fiquem muito secos, para não atrapalhar na direção. Quando o clima está muito seco, as lágrimas evaporam mais rapidamente, fazendo com que as pessoas tenham irrita-ções nos olhos com mais facilidade. Se usar lentes de contato, então, é fundamental lubrificá-las sempre.

QUEIMADASSe estiver na estrada, fique muito aten-

to aos trechos onde houver queimadas. O Corpo de Bombeiros tem no caminhoneiro um grande parceiro para denunciar e evitar queimadas florestais e na beira das estra-das. Nesta época, segundo alerta do órgão, a vegetação queima com facilidade, por estar bastante seca. Ao lado dos desmata-mentos, as queimadas são hoje no país os principais problemas ambientais.

Uma dica é, ao trafegar pelas estradas e rodovias, não lançar ponta de cigarro pela janela do veículo, bem como latas de alumí-nio, cacos e garrafas de vidro, que podem se aquecer ao sol e também dar origem a quei-madas. Recentemente, profissionais da estra-da relataram problemas nas BRs 381 e 040, em Minas Gerais. É importante, segundo es-pecialistas, dirigir com cautela, diminuindo a velocidade, uma vez que a fumaça reduz a visibilidade, e não ficar muito tempo exposto a ela, para não irritar as vias aéreas.

Umidade relativa do ar está abaixo dos 20% em muitas cidades, o que pode provocar problemas de saúde se alguns cuidados não forem tomados

AQueimadas nas rodovias, como na BR-381 no início do mês, deixam o ar ainda mais seco e diminuem a visibilidade dos motoristas

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TECNOLOGIA

32 Entre-Vias

ANTT/Divulgação

m projeto piloto está sendo implementado nas balanças de todos os postos de fiscalização das rodovias federais concedidas do país. O Sistema Integrado de Fiscalização, Autuação, Multa e Arrecadação (Sifama) busca agilizar o processo de

notificação de excesso de peso das carretas. Os motoristas continuam com o prazo legal para recurso, mas a autuação sai automaticamente e é entregue ao condutor.

Segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o processo de um auto de infração segue um fluxograma: lavratura, notificação, defesa, recurso, inscrição no Sera-sa e inscrição na dívida ativa. Com o sistema manual, leva-se, em média, dois anos e meio para o fim do processo. Com a tecnologia, o tempo deve ser encurtado para até seis meses.

ANTT testa processo mais ágil para notificação de excesso de carga e concessionárias aderem ao pagamento eletrônico de pedágio

Sistemas informatizados nas estradas

U

Auto de infração será lavrado na hora, mas prazo para defesa permanece

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Foi preciso uma integração com o sis-tema dos Correios para que a notificação seja enviada em até 24 horas para o autu-ado. Se não apresentar defesa ou recurso com os prazos legais previstos no Código de Trânsito Brasileiro, é preciso fazer o pa-gamento. O boleto pode ser retirado no site da ANTT. O sistema também está in-tegrado à Receita Federal e, em breve, en-trará o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).

COBRANÇA DE PEDÁGIOOutra tecnologia está sendo implan-

tada nas rodovias concedidas do país. É a leitura de informações de uma placa de identificação veicular eletrônica, chamada de Tag, para cobrança de pedágio. As ro-dovias Nova Dutra (BR-116/RJ/SP), Régis Bittencourt (BR-116/SP/PR) e Fernão Dias (BR-381/MG/SP) foram as primeiras a tra-balhar com o novo sistema, que permite circular por toda a malha rodoviária conce-dida – federal, estadual e municipal. Outras seis rodovias também já implantaram o

sistema: Ponte Rio-Niterói (BR-101/RJ) e as rodovias Fluminense (BR-101/RJ), Eco101 (BR-101/ES), ViaBahia (BR-116/324/BA) e Concepa (BR-290/116/RS), e a Ecosul (BR-116/392/RS) em forma de testes.

A medida foi regulamentada pela Resolução 4.281/2014 e publicada em fevereiro pela ANTT. Segundo o especia-lista em regulação da ANTT Marcelo Leis-mann, o sistema vai facilitar o controle da operação de cobrança e de pagamento da tarifa, sem redução da velocidade dos ve-ículos e sem comprometer a qualidade do fluxo de tráfego.

Todas as concessionárias têm até 16 de novembro para iniciar a nota técnica por meio de testes, mas a implantação deve ser feita até 2017. Para o usuário, muda a forma de pagamento do pedágio. Em vez de parar sempre na cabine a cada praça, ele poderá fazer o pagamento à vista, pré--pago ou pós-pago, realizar a transação em cabine específica, evitar filas nas cabines manuais, diminuir o consumo de combustí-vel e emissões de gases poluentes.

Segundo a ANTT, as concessionárias de-vem fazer, até novembro, a instalação dos novos equipamentos e, até 20 de maio de 2017, deve haver a retirada total dos pa-drões antigos. Os prazos, segundo a ANTT, não se aplicam às rodovias concedidas na terceira etapa do Programa de Investimento em Logística: MGO Rodovias (BR-050/GO/MG), Concebra (BR-060/153/262/DF/GO/MG), Rota do Oeste (BR-163/MT), CCR MS-Via (BR-163/MS), Via 040 (BR-040/DF/GO/MG) e Galvão Engenharia (BR-153/TO/GO).

As administradoras de meios de pa-gamento para arrecadação de pedágio também foram regulamentadas na mesma resolução. A regra abriu o mercado de co-brança automática, favorecendo a entrada de mais instituições que oferecem o serviço. “O usuário pode ser beneficiado com uma diminuição dos valores das taxas cobradas devido à competição entre as empresas que prestam o serviço, pois, a partir de agora, qualquer empresa autorizada pode negociar o serviço de acordo com novo pa-drão”, afirma Marcelo.

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Informações em um só lugarObservatório do Transporte visa ser a principal fonte de dados para pesquisas do setor e sobre logística. Plataforma virtual também contará com espaço para discussões

ão são novidades a descentrali-zação e o desencontro de infor-mações do setor de transporte

brasileiro. Visando ir na contramão desse cenário, surge o Observatório do Transporte: plataforma virtual que reunirá dados para pesquisas nessa área. Órgãos públicos, universidades, setor produtivo, sindicatos e associações poderão contribuir com infor-mações para desenhar o atual sistema de transporte brasileiro e pensar modificações e avanços com base em um banco de dados nacional e em experiências internacionais.

Com livre acesso, o Observatório cons-tará de material que poderá ser consultado em um espaço virtual na página do Instituto de Transporte e Logística (ITL). Nele também será possível realizar debates por meio de

fóruns temáticos. Segundo a diretora do ITL, Tereza Pantoja, em entrevista ao portal da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), a proposta é cruzar dados de todos os setores para analisar o planejamento e dar contribuições para um plano de desenvolvi-mento do país, principalmente, para o trans-porte. “Com isso, teremos uma análise mais profunda do setor hoje e saberemos para onde o Brasil está caminhando”, conclui.

FONTE DE DADOSEntre os objetivos do Observatório estão

coletar, organizar, analisar e difundir dados e informações sobre as atividades do setor público, privado e acadêmico referentes aos modais de transporte de cargas e passagei-ros. Também fazem parte de suas atribuições

propor novas linhas de pesquisa e dissemi-nar tecnologias e procedimentos inovadores que tenham como objetivo aumentar a com-petitividade de empresas do país.

A expectativa é de que o Observatório, ao ser concentrador de dados, apoie as de-cisões de planejamento de transporte dos setores público e privado.

O projeto está sendo idealizado pelo Núcleo de Inteligência e Transporte, órgão de assessoramento da CNT, do Sest/Senat e do ITL. Composto por acadêmicos, empre-sários e especialistas do setor de transporte e logística, o núcleo tem como objetivos estimular a geração de conhecimento em todos os modais, a inteligência competitiva de mercado, pensar o transporte no futuro, entre outros.

Reunião do Núcleo de Inteligência e Transporte, representado por acadêmicos, empresários e especialistas do setor

FERNANDO SOARES/FRAMME PRODUÇÕES

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TECNOLOGIA

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FORMAÇÃO

edução de 55% no número de acidentes neste ano, motoristas seguros e bem informados das

suas atribuições, veículos com manutenção em dia, carga devidamente acomodada e mais segurança nas estradas. Esses são al-guns resultados alcançados pelo programa de treinamento implementado há cerca de dois anos pela Sada Transportes.

A empresa, confiando no potencial de seu corpo técnico, apostou em uma série de

formações para seus colaboradores motoris-tas realizadas pelos colegas de trabalho de outros setores, como a área da Qualidade.

Juntos, formaram um programa estrutu-rado em treinamentos desde a conferência do caminhão e da carga no pátio até a entre-ga às concessionárias. “Esse é o diferencial do projeto, pois aborda toda a trajetória do motorista, contemplando sobretudo aspec-tos referentes à sua segurança, dos veículos transportados, do próprio caminhão e da so-ciedade ”, apresenta o gerente operacional da empresa, Pedro Teodoro da Silva Filho.

Para isso, os 1.123 motoristas participam de palestras, atividades práticas e lúdicas, com vídeos e outros recursos e, para possi-bilitar a presença de todos, foi montada uma carga horária compatível com o dia a dia.

SEGURANÇATodo o conteúdo está alinhado aos

processos da montadora dos carros e das

concessionárias, e as atividades estão es-truturadas nos principais pilares de atuação do motorista como mecânica, segurança e relacionamento com parceiros.

Na primeira diretriz, um projeto já foi concluído. Em todos os caminhões, foi substituído o sistema de chave de manivela por cavaquinha de segurança ou sistema hidráulico. Análises identificaram que o an-tigo equipamento poderia causar acidentes e, nesse sentido, a Sada mobilizou os mo-toristas para trocarem a peça.

Outra ação de olho na segurança, im-plementada pela Sada, foi a mudança das chamadas. A empresa resolveu fazer so-mente uma ao dia, para que os trabalhado-res não fiquem cansados e ansiosos, e tam-bém potencializou a realização de exames médicos, que agora são mais frequentes.

A gestão da velocidade é outra medida fundamental para a garantia da seguran-ça. O Sindicato dos Cegonheiros de Minas

Conhecimento que gera resultadosPrograma de formação de motoristas implementado pela Sada apresenta benefícios para toda a cadeia do transporte rodoviário de cargas

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Por meio de vídeos, motoristas atualizam conhecimentos e aprimoram o atendimento e a prestação do serviço

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portância de sua atuação e da formação continuada”, reconhece.

O motorista Jadir Luciano Carvalho Do-mingos, que está na Sada desde 1992, apro-va os treinamentos. Ele destaca o conteúdo que está sendo trabalhado atualmente: o entendimento e o preenchimento correto do documento apresentado à concessionária no momento do descarregamento – conhe-cido “Schedas” – e a busca da redução no índice de avarias de transportes.

“É muito importante conhecer profun-damente todas as nossas tarefas e ter mui-ta atenção aos procedimentos, pois assim melhoramos o nosso diálogo e o nosso re-lacionamento com as concessionárias. Para isso, temos que fazer a nossa parte, ou seja, realmente colocar em prática o aprendiza-do”, enfatiza o profissional.

O presidente do Sindicato dos Cego-nheiros, Carlos Roesel, pontua que o setor de transportes enfrenta enormes desafios e, nesse sentido, “a qualificação do motorista – peça fundamental junto a nossa ferramen-ta de trabalho – é um dos meios para supe-rar os desafios. Hoje, nossos profissionais da estrada podem contar com equipamentos de ponta. Por isso, devemos sempre nos ajus-tar a novas tecnologias, que são capazes de promover a segurança e o conforto de nos-sos motoristas, além de minimizarem nossas despesas e auferirem melhores resultados”.

Ele ressalta que o sindicato, junto com as empresas do setor, buscam essa profis-sionalização. “Não haverá espaço para os que não se adequarem a essa realidade. Para tanto, estamos dando a oportunidade para todos e tenho certeza de que o conhe-cimento contribui para a vida do motorista e para a sua relação com um dos transpor-tes mais importantes para o progresso de nosso país ”, conclui Roesel.

“Não haverá espaço para os que não se adequarem a essa realidade. Para tanto, estamos dando a oportunidade para todos e tenho certeza de que o conhecimento contribui para a vida do motorista e para a sua relação com um dos transportes mais importantes para o progresso de nosso país”Carlos Roesel, presidente do Sindicato dos Cegonheiros de Minas Gerais (Sintrauto)

“Esse é o diferencial do projeto, pois aborda toda a trajetória do motorista, contemplando sobretudo

aspectos referentes à sua segurança, dos

veículos transportados, do próprio caminhão

e da sociedade”Pedro Teodoro da Silva Filho, gerente operacional da Sada

Gerais e associações do setor realizaram ações internas, junto aos sindicalizados e associados, para conscientizar a importância do controle da velocidade máxima dos cami-nhões. Essa iniciativa visa reduzir acidentes, preservar a saúde dos motoristas, garantir a excelência na prestação do serviço e a segu-rança de todos. Ainda no quesito segurança, a empresa aposta na ajuda dos parceiros para prevenção e redução de acidentes.

APROVADOPara o gerente operacional da Sada,

os resultados profícuos são fruto da par-ceria com as instituições e da adesão dos motoristas. “Eles são o nosso bem, res-ponsáveis pelo desenvolvimento do país. Por isso, temos sempre de promover ações para garantir a sua segurança, a saúde e condições dignas de trabalho. É impres-sionante como se conscientizaram da im-

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EVENTOS

Ibson Moll e Guilherme RodriguesMurilo Guimarães e Isabela Batista

Luiz Cláudio, Breno Bretas e Paulo Victor Luiz Guilherme, Samuel Rocha e Sérgio Souza

Igor Atihe e Leandro Pricoli

lara Aldenucci e Luíz Aldenucci

Pedro Júnior e Bárbara Oliveira Rodrigo Rocha e Joaquim Rocha

José Schefer, Rogério Pavra, Carlaile Pedrosa e Carla Freire

EMOÇÃO NA 10ª COPA TROLLER Foi dada a largada para a 10ª Copa Troller. A competição, voltada para os amantes do

automobilismo e do rali, foi realizada no dia 11 de outubro no Monte Carmo Shopping. Parti-ciparam cerca de 100 pessoas. O evento alia emoção, competições e lazer numa prova que já passou por 13 Estados brasileiros e Distrito Federal. Pilotos e navegadores se inscreveram nas categorias Expedition, Turismo, Graduados, Master e Passeio, esta última destinada à família e aos iniciantes do esporte.

Fotos: Hilário José

Camila Silote e Mirim Bmx

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Alexandre Bruno, Nilsson Júnior, Alberto Medioli, Cleuza Lara, Emerson Generoso e Vitor Preu José Geraldo de Faria

Alessandra Andrade e Daniel Carmácio

Valdecir Pereira, Cláudia Márcia, Bernardo Bretas e João Vitor

Alair Divino, Haroudo Antunes e Jefferson Braga Carlos Roesel e Edson Pereira

Alberto Medioli, Eduardo Pimenta, Norton Muci e Mauro Geovani

Anderson Borges

ENCONTRO NA DEVA Muita animação marcou a confraternização oferecida

aos cegonheiros no dia 9 de outubro, na Deva. Estiveram presentes o presidente do Grupo Sada, Vittorio Medioli, o presidente do Sindicato dos Cegonheiros de Minas Gerais (Sintrauto), Carlos Roesel, diretores do Grupo Sada, Alberto Medioli e Edson Pereira, além de 150 empresários do setor. Vittorio falou aos presentes sobre sustentabilidade e as novas operações do grupo previstas para os próximos anos.

Vittório Medioli

Edson Nissiuti, Altair Ostorari e Alberto Medioli

Raimundo Amâncio e Renato Vogel

Túlio Dias, Joaquim Dias, José Rosa, David Gois e Renato Vogel

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EVENTOS

Voluntários mostraram como é feito um salvamento de acidente em via pública

ma grande ação pela segurança. Mais uma vez, o PITSTOP Betim, evento promovido pelo Núcleo In-

tegrado das Empresas do Setor Automotivo de Betim e Região (Niesa), levou centenas de motoristas a parar seus carros por um dia para ouvir sobre a importância da ma-

nutenção constante e verificar se o sistema do veículo está dentro do padrão. A oitava edição do PITSTOP aconteceu nos dias 19 e 20 de setembro, em comemoração à Sema-na Nacional do Trânsito.

Segundo Anderson Borges, um dos di-retores do Niesa Betim e coordenador do

PITSTOP, o objetivo do encontro é socioe-ducativo. Neste ano, junto a todas as em-presas parceiras, foram inspecionados 306 veículos em dez itens de segurança. Foram 132 voluntários, entre mecânicos e técnicos especializados cedidos pelas empresas do setor que participam do evento, além de

Segurança em primeiro lugarOitava edição do PITSTOP Betim teve mais de 300 carros inspecionados, palestras e muitas ações de conscientização

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Empresários de Betim colaboraram para o sucesso do evento

Equipe Anjos do Asfalto ajudou no evento e fez simulações de acidentes

z Sistema de iluminação elétrica/segurança (luz de placa, farol, setas/alerta, buzina, lanterna/farolete, luz de ré, luz de freio, alternador, bateria)

z Arrefecimento/motor (vazamento e aditivo do radiador)

z Embreagem (altura do pedal e funcionamento)

z Óleo/filtro z Extintor (validade e se está cheio)z Pneusz Amortecedores

alunos das escolas de formação profissio-nal de mecânica automotiva do Serviço Na-cional de Aprendizagem Industrial (Senai) da cidade e Missão Ramacrisna.

Os motoristas ainda contaram com pa-lestras sobre prevenção de acidentes, apre-sentação de equipamentos de resgate, ati-vidades culturais, simulações de acidentes, sendo um deles sobre os trilhos da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA). Participaram das ações a Polícia Rodoviária Federal, o Corpo de Bombeiros e a Transbetim.

Também houve a simulação de um acidente em via pública, com demonstra-ção de salvamento pelos bombeiros e pela equipe de voluntários Anjos do Asfalto, especializada em resgate nas rodovias que cortam Minas Gerais. Nos dois dias de evento, compareceram cerca de 3,8 mil pessoas.

“Neste ano, convidamos mais empre-sas relacionadas às montadoras para ins-truir os participantes. São coisas importan-tes para que a pessoa não tenha problemas no futuro, principalmente com o motor do

FIQUE ATENTO!Itens importantes para inspecionar no seu veículo:

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EVENTOS

Simulação de batida entre trem e carro mostrou desrespeito à sinalização e chamou a atenção

veículo e para não poluir o ar”, afirmou Anderson, mais conhecido como Borginho.

Segundo Borginho, a intenção do even-to é alertar os motoristas quanto ao que pode ocorrer se o veículo não passar por suas inspeções periódicas e como a manu-tenção pode diminuir a emissão de poluen-tes no ar. Em relação ao ano passado, disse o coordenador, nesta edição foram detec-tados menos carros com problemas mecâ-nicos. “Isso mostra que as pessoas estão se conscientizando quanto à inspeção veicular preventiva. É importante que ela aconteça a cada 10 mil quilômetros rodados”, expli-ca. É fundamental, segundo ele, que se faça alinhamento, balanceamento e regulagem no motor ao menos uma vez no ano.

Durante o PITSTOP, Anderson Borges também percebeu, junto aos funcionários das empresas participantes e palestrantes, que muitos jovens procuraram o evento em busca de informações. São pessoas que acabaram de tirar carteira de habilitação.

“Vimos que eles sabem dirigir, mas ainda não têm consciência do que é o carro, não sabem como funciona um arrefecimento, pastilha de freio. Esquecem que o carro zero--quilômetro também precisa de manutenção e, se não tiver, pode causar acidente”, alerta.

O evento, que aconteceu no Ginásio Poliesportivo de Betim, teve a participação de 3,8 mil pessoas, sendo 135 voluntários. A grande maioria dos carros foi fabricada após 2001, o que corresponde a 78,5% dos carros inspecionados.

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GRUPO

O Grupo SADA tem se destacado como um dos mais sólidos grupos empresariais; marcando história, conquistando novos espaços e reconhecimento em todas as áreas que atua. Buscando satisfazer as expectativas e necessidades dos clientes e visando a liderança de mercado. O Grupo SADA é uma holding que atua nos ramos de: Transporte, Logística, Indústria, Comércio, Concessionários, Serviços Gráficos, Jornal, Bioenergia (combustível renovável), dentre outros.

Os resultados alcançados nas performances operacionais consolidam o alto padrão de excelência na gestão empresarial do Grupo, pela conquista do gerenciamento do Sistema de Qualidade - TS 16949, NBR ISO 9001:2008 - com rigoroso cumprimento dos requisitos ambientais - ISO 14000 e a manutenção dos objetivos traçados, fundamentados na transparência e seriedade de seus dirigentes.

As constantes transformações no cenário mundial nos levam sempre a reavaliar nossos processos quanto à missão, princípios, conceitos operacionais.

A SADA está comprometida há vários anos com uma abordagem para o desenvolvimento sustentável, que visa tornar o Grupo um modelo de négocio em termos de proteção do meio ambiental, responsabilidade social e governança corporativa.

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