Luciano Bandeira foi eleito presidente da OAB/RJ com30.992 votos (55,22% dos sufrágios válidos). Atual tesou-reiro da entidade e presidente da Comissão de Prerroga-tivas, garantiu que seu primeiro compromisso será comas mulheres advogadas: “Elevaremos o status da Comis-são OAB Mulher para Diretoria Mulher”. Página 4

Cláudio Vianna foi eleito presidente da OAB Niterói parao triênio 2019/2021. Pretende exercer sua gestão tendocomo pilares básicos a adoção de mecanismos para ame-nizar o retardamento dos trâmites processuais, bem comoa agilidade nos mandados de pagamento e alvarás judi-ciais, além de forte defesa das prerrogativas. Página 5

Justiça restaurativaem debate na OAB

Luciano Bandeira é eleito para a OAB-RJ e ClaudioVianna para OAB Niterói

Página 3

Violênciacontramulheraumenta TRT-RJ renova

diretoria em janeiroPágina 2

Trinta anos daConstituição Cidadã

Página 3

Ano XII - nº 144 - dezembro de 2018

I n f o r m a t i v o d a 1 6 ª S u b s e c ç ã o d a O r d em d o s A d v o g a d o s d o B r a s i l - N i t e r ó i - R J

Chega o momento de fecharmos mais umano. E desta vez fechamos também umlongo período de 12 anos à frente da OABNiterói, em quatro mandatos consecutivos.E só temos a agradecer.

Agradecer aos advogados que confiaramtodos estes anos no trabalho deste grupo.

Agradecer à comunidade, que sempreaplaudiu os trabalhos de prestaçãocontinuada que levamos às ruas.

Agradecer às autoridades constituídas peloapoio que nos deram.

E agradecer às entidades diversas que setornaram nossas parceiras de serviço aobem comum.

Agradecemos, primeiramente, a Deus, porter-nos inspirado e orientado em nossasações. E agora, ao celebrarmos a festa doNascimento do Menino Jesus, elevamosnossas mãos para apenas e tão somenteapresentar os frutos de todo nosso trabalho.

Novo Ano se aproxima, com novos desafiospara o Brasil e o mundo, e fazemos votos deque o novo grupo que chegar assuma a OABNiterói com o mesmo carinho e dedicaçãoque tivemos, sempre visando à defesa dosadvogados e o cumprimento do Direito emfavor de toda a sociedade.

Feliz Natal e um Ano Novo de contínuaprosperidade!

São os votos da OAB Niterói a todos osadvogados e comunidade!

Antônio José Barbosa da Silva Presidente da OAB NITERÓI nos mandatos

2007/2009, 2010/2012, 2013/2015 e 2016/2018

Obrigado!

Márcia Neves Santiago, diretora-geraldo Núcleo das Mulheres Vítimas daViolência Doméstica da OAB Niterói,diz que o Brasil tem a quinta maior taxade feminicídio do mundo. Página 2Ul

isses

Fra

nces

chi

Ulisses FranceschiDivulgação/ Bruno Marins

O Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região(TRT/RJ) definiu sua nova administração para o biê-nio 2019/2021. Para assumir a presidência, foi esco-lhido pela Corte o desembargador José da FonsecaMartins Junior, segundo mais antigo do Tribunal. Aposse está prevista para janeiro.

A sessão foi conduzida pelo presidente do TRT flu-minense, desembargador Fernando Antonio Zorze-non da Silva. Foram eleitos, também, osdesembargadores Cesar Marques Carvalho, vice-presidente; Mery Bucker Caminha, corregedora; eLuiz Alfredo Mafra Lino, vice-corregedor.

Para os cargos de diretor da Escola Judicial, ouvidore suplente da Ouvidoria, foram reeleitos os desem-bargadores Marcelo Augusto Souto de Oliveira, Leo-nardo da Silveira Pacheco e José Luís CamposXavier. Para a Seção Especializada em Dissídios In-dividuais (Sedi), foi escolhido o desembargador Ivanda Costa Alemão Ferreira.

José da Fonseca Martins Junior se tornou desem-bargador em 1999, pelo quinto constitucional. Naturaldo Rio de Janeiro, formou-se em Direito pela Univer-sidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) em 1979.O magistrado exerce a presidência da 9ª Turmadesde 2006 e atua, desde 2007, como presidente daComissão de Jurisprudência e Gestão de Preceden-

tes do TRT/RJ. Em abril de 2018, foi eleito coordena-dor do Comitê Gestor Local de Gestão de Pessoas.

Foram eleitos para os seguintes órgãos colegiados ecomissões:- Órgão Especial: Antonio Carlos de Aze-vedo Rodrigues, Mery Bucker Caminha, Claudia Re-gina Vianna Marques Barrozo, Alexandre Teixeira deFreitas Bastos Cunha, Rogério Lucas Martins, MônicaBatista Vieira Puglia, Dalva Amélia de Oliveira (su-plente), Marcelo Antero de Carvalho (suplente), MariaHelena Motta (suplente) e Angelo Galvão Zamorano(suplente);

Comissão de Regimento Interno: Rosana Salim Vil-lela Travesedo, Giselle Bondim Lopes Ribeiro, Mar-

cos Pinto da Cruz, Gustavo Tadeu Alkmim, SayonaraGrillo Coutinho Leonardo da Silva (suplente) e Clau-dia Regina Vianna Marques Barrozo (suplente);

Comissão de Jurisprudência e Gestão de Preceden-tes: Theocrito Borges Dos Santos Filho (represen-tante da Sedi I), Enoque Ribeiro dos Santos (suplentedo representante da Sedi I), Giselle Bondim LopesRibeiro (representante da Sedi II), Angelo Galvão Za-morano (suplente do representante da Sedi II), Ro-sana Salim (representante da Sedic), Flávio ErnestoRodrigues Silva (suplente do representante da Sedic),Jorge Fernando Gonçalves da Fonte (representantedo Órgão Especial), Mário Sérgio Medeiros Pinheiro(suplente do representante do Órgão Especial), Ca-rina Rodrigues Bicalho (representante de Turma) eEvandro Pereira Valadão Lopes (suplente do repre-sentante de Turma);

Conselho da Ordem do Mérito Judiciário: MarcosPinto da Cruz, Rosana Salim, Mery Bucker Ca-minha e Marcelo Antero de Carvalho (suplente);Comissão de Vitaliciamento: Claudia ReginaVianna Marques Barrozo, Maria Helena Motta eJorge Orlando Sereno Ramos; Membro eleito daComissão Permanente de Responsabilidade So-cioambiental: Marcos de Oliveira Cavalcante;Diretora do Centro Cultural: Ana Maria Soaresde Moraes.

2 DEZEMBRO DE 2018

Editor: Gilberto Fontes (DRT-RJ 19057)Publicação: Nota Bene Editora e ComunicaçãoE-mail: editora@notabene.com.brTiragem: 15 mil exemplares Impressão: Folha DirigidaDistribuição: Dirigida a advogados, estagiários, ma-gistrados, professores e estudantes de Direito

Avenida Amaral Peixoto 507 - 10º andar

Centro - Niterói - RJ - CEP 24020-072

Telefone (21) 3716-8900www.oab-niteroi.org http://twitter.com/oabnit

Presidente: Antonio José Barbosa da SilvaVice-presidente: Luciano Alvarenga CardosoSecretária Geral: Eni Cezar de Campos LimaSecretário Adjunto: Lidmar Sanches RabelloDiretora-Tesoureira: Alcilene Ferreira de MesquitaDiretor-Geral da ESA: Índio do Brasil Cardoso

CONSELHEIROS: Adalberto Felix de Oliveira;

Alessandra Ribeiro Guimarães; Alexandra da Costa

Porto Parreiras; Alexandre Gaze,Andréa dos Santos

Coutinho; Anselmo Torres de Castro; Antônio de

Souza Canabrava; Antônio Jose Marconi da Silva;

Arthur Baptista Xavier; Carlos Antônio Spitz Brito;

Casio Essir; Clemerson Maciel Neto; Eduardo

Othelo Goncalves Fernandes; Elio Ferreira de

Souza; Emanuel Barra Gomes Felipe Silva

Fernandes de Lima; Fernanda Andrade Gusmão;

Fernando Cesar de Farias Mello; Fernando

Sarmento Bastos; Getúlio Arruda Figueiredo; Gilmar

Francisco de Almeida Gilson Araújo Dias Pereira

Gonçalves; Helga Lise Mansur Ramos de Pinho;

Hildebrando Afonso Filho; Hugo Viana Barbosa;

Índio do Brasil Cardoso; Ivan dos Santos

Gonçalves; Jeane da Silva Viviani; João Marcos

Genn de Souza; Joel Lima; José Carlos de Araújo;

José Henrique Macena da Silva; José Mauricio

Ignácio; Leandro Jorge Abud Rego; Lillian Silva

Vieira dos Santos; Luís Alberto Mendonca Meato;

Luiz Carlos Rodrigues Junior; Mara Rita Ferreira de

Azevedo; Marcelo Goncalves de Amorim; Marcia

Neves Santiago; Marcio Maia de Araújo Palmar;

Marco Luiz Freitas de Sá; Marcos Sampaio de

Souza; Maria Aparecida Nazaro; Michel Salim Saad;

Namara Gurupy Emiliano de Freitas; Nelson

Fonseca; Orlando Martins de Barros Filho; Patrícia

Carla Araújo de Souza; Patrícia Marinho de Araújo

Seixas; Paulo Roberto de Azevedo Santos; Paulo

Sérgio dos Santos; Pedro Paulo Nogueira Bravo;

Raffaela Loureiro Cupello; Raphael Diogenes

Serafim Vieira; Rita de Cássia Barros Rivello de

Azevedo; Rodrigo Otavio Costa Vaz da Silva;

Ronaldo Vinhosa Nunes; Rosejane Santos da Silva

Pereira; Sebastião Serri de Castro; Sheila de Souza

Gomes Provietti; Tânia Maria Malamace Monatte

Silva. Tatiane Vieira da Silva; Tereza Cristina

Teixeira Vilas Boas; Thiago Carvalho Guimarães;

Thiago Gorni Moreira; Ulysses Monteiro Ferreira;

Valdir Costa; Valéria Ribeiro Bruno; Waltair Costa

de Oliveira e Washington Luiz dos Santos Marciano.

O Dia Internacional da Não-Violência Contra aMulher instituído e lembrado anualmente em 25de novembro, ainda tem muito a fazer e falarsobre o assunto. A data alerta a sociedade sobreos casos de violência e maus-tratos e assassina-tos contra as mulheres. A violência física, psico-lógica e o assédio sexual são alguns dessesmaus-tratos. Uma em cada três mulheres sofre

de violência doméstica, que não distingue cor,classe econômica ou social.

O Brasil tem uma taxa de feminicídio de 4,8 homi-cídios por cada 100 mil mulheres. Essa é, con-forme estatística da Organização Mundial daSaúde (OMS), a quinta maior do mundo. “Umapesquisa feita pela Universidade Federal do Cearáem parceria com o Instituto Maria da Penha mostraos impactos da violência doméstica na vida profis-sional das mulheres”, revela a advogada MárciaNeves Santiago, conselheira e diretora-geral doNúcleo das Mulheres Vítimas da Violância Domés-tica da OAB Niterói.

— As mulheres vítimas de violência domésticachegam a faltar ao trabalho dezoito dias por anopor incapacidade física e psicológica ou para rea-

lizar tratamentos. Além disso, a violência gera de-semprego, algumas mulheres desistem da profis-são em função dos maus-tratos, por vergonha deaparecer em público, tamanha a brutalidade dosseus agressores, ou mesmo porque perdem a mo-tivação e a autoestima. E os impactos dessa açãosão muito mais profundos do que se imagina. Aviolência contra a mulher traz consequências ne-gativas no âmbito social, já que é possível distin-guir uma mulher que sofre violência pelo modocomo ela se comporta — diz a advogada.

Muitas vítimas relatam que têm dificuldades paratrabalhar, de ter uma relação de amizade, não con-seguem sorrir com tanta frequência.

— As consequências são tão fortes que chegama afetar toda a família. As crianças sofrem violên-cia quando as mães sofrem violência. Elas podemnão apanhar, mas estão vendo as mães sofrerem.Muitas delas voltam a fazer xixi na cama, têm difi-culdade de se desenvolver na escola, tornam-seagressivas, querem fugir de casa, e isso a longoprazo elimina uma sociedade inteira, uma vez queessas crianças serão o futuro da nação — enfatizaMárcia Neves Santiago.

De acordo com a advogada, a lógica não é muitodifícil de ser entendida. “Vejam, se uma criançacresce em um ambiente hostil, vendo sua mãe serviolentada, assimilará esse tipo de comportamentoe muito provavelmente será um adulto violento, e ociclo não é interrompido, pelo contrário, ele conti-nuará existindo. Percebem a gravidade da ques-tão?” enfatiza.

A Lei Maria da Penha trouxe para a Justiça brasileiraavanços que ampliaram o leque de situações emque se pode identificar e provar esse tipo de violên-cia. A Lei do Feminicídio, mais recente, veio com-plementar e qualificar o crime de homicídio demulheres em razão do gênero. Mas apesar de serconsiderada a terceira melhor legislação no enfren-tamento à violência contra a mulher, ainda tem o de-safio de ser exercida em sua integralidade.

— Acredito que programas de valorização da mu-lher, incentivo à autonomia financeira e iniciativasde formação cidadã, levando o projeto "Lei Maria daPenha nas escolas", são exemplos de como o Brasilpode virar a página e romper o estigma da culturade violência contra as mulheres — diz a advogadaMarcia Neves Santiago.

Aumenta violência contra mulher

TRT-RJ renova administração em janeiro

Divulgação TRT=RJ

Desembargador José da Fonseca Martins Junior

3DEZEMBRO DE 2018

A Constituição brasleira complentou 30 anos nodia 5 de outubro. A “Constituição Cidadã”, comoficou conhecida, tornou-se o principal símbolo doprocesso de redemocratização nacional. Após 21anos de regime militar, a sociedade brasileira re-cebia uma Constituição que assegurava a liber-dade de pensamento. Para o procurador-geral daOAB Niterói, Leandro Terra Comyn, aConstituição da República Federa-tiva do Brasil promulgada em 1988inaugurou um período democráticosocial em nosso País.

— Confeccionada a partir da As-sembleia Constituinte instauradaem 1987, ela constituiu um marcode avanço nos direitos sociais, tanto queé reconhecida como a ‘Constituição Cidadã’.Fruto do processo de redemocratização do País,nossa Carta Maior desperta até hoje debates aca-lorados e carregados de questões polêmicasacerca do próprio texto constitucional e tambémquanto às mais diversas interpretações jurídicase sociais. Contando com a efetiva participaçãopopular, até mesmo criticada por alguns estu-diosos do tema, fato é que o texto carrega con-sigo obrigações estatais amplas, como aliberdade de imprensa, defesa do meio am-

biente e da família. Além disto, tratou tambémdas garantias dos povos indígenas — dizComyn.

Ele também faz uma aná lise histó-rica da Carta Mag -n a .

“Nes teano, em que aConstituição com-pleta 30 anos de existência,os debates permanecem quentes.Em ambiente político contemporâneo tumultuado,as redes sociais deram voz e força aos mais di-versos entendimentos quando a vontade é opinarsobre direitos e deveres dos cidadãos e do Estado

brasileiro. Nota-se, contudo, que o texto sofreu, du-rante estes 30 anos, intervenções diretas por meiode emendas muitas vezes controversas. Nesta

seara é preciso destacar que é o texto cons-titucional que mais sofreu modifica-

ções pelo Parlamento. São106 até hoje”, diz.

O juiz

A l e x a n d r eChini Neto, do Juizado Especial Cível de Niterói,considera que a Constituição de 1988 se notabi-lizou como documento da liberdade, da dignidade,da democracia, da inclusão social e da democra-

tização do Poder Judiciário.— Sob o prisma da efetividade da tutela jurisdi-cional, a verdadeira democratização do Poder Ju-diciário e, por consequência, a efetivação doacesso à Justiça, se deu com a implementaçãodos Juizados Especiais Cíveis previstos no art.98, I, da CF. Uma verdadeira revolução no sis-tema jurisdicional brasileiro, liberando-o das amar-ras formais e conservadoras do processotradicional para facilitar a celeridade e eficiênciana prestação jurisdicional”, diz o juiz.

Para Carlos Raposo, procurador-geral do Município, a Constitui-ção completa 30 anos tendocomo norma a permanente mu-tação, mas nem tanto.

— Como diria Konrad Hesse, aConstituição conforma a reali-dade e é por ela conformada,

uma vez que, ao mesmo tempo que servede norma cogente bem como de padrão informa-tivo de interpretação das normas infraconstitucio-nais, não fica engessada no tempo, à medida quea sociedade vai se transformando e surgemnovos valores, novas exigências vão se formandona realidade cambiante — afirma Carlos Raposo.

A Comissão de Justiça Restaurativa e Constela-ção da OAB Niterói realizou seu segundo encon-tro no auditório da entidade. O tema foi “Reflexõesdos três anos da Lei de Mediação, da alteraçãoda lei de Arbitragem e do NCPC”.

A advogada e escritora Cristina Lobato, advogadarestaurativa, mediadora judicial sênior do TJ/RJ emediadora extrajudicial da FGV/RJ, conduziu osdesbates. O primeiro painel abordou “Justiça Res-taurativa e Constelação e teve como expositorasCíntia de Asevedo, advogada e professora de Di-reito Penal e Processo Penal, delegada do Núcleo

das Mulheres Vítimas de Violência Doméstica daOAB/Niterói; Valkiria Mayo, que atuou nos EUAdurante 20 anos como terapeuta em Gestão deProcessos e Inovação Social e fundou no Brasila Academia de Empatia; Ana Eliza Theodoro, te-rapeuta Holística Reiki pela Unthetahealing Mul-tiuniversidade, terapeuta Sistêmica pelaMul tiu niversidade Lex Mediare. Mediadora Judi-cial. Graduada em Gestão Ambiental; e Elsie-Elende Carvalho, assistente Social, pós-graduada emMediação de Conflitos e coordenadora do Pro-grama Municipal de Pacificação Restaurativa Pe-trópolis da Paz.

O segundo painel foi sobre “Mediação e Arbitra-gem”, com a mediação da advogada Alcione Mar-ques, mestranda em Sistemas Alternativos deResolução de Conflitos, mediadora Judicial Sê-nior no TJ/RJ e mediadora extrajudicial pelaCAMES, presidente da Comissão de JR e Cons-telação da OAB Niterói. Os expositores foram Fá-tima Almeida, analista judiciária do TJRJ,mediadora Judicial e da Câmara de Mediação daOAB/RJ, mestranda em Sistema de Resoluçãode Conflitos, supervisora e instrutora de Mediaçãoe Conciliação do TJ/RJ e subdelegada da CEMA-JUR no Brasil; Fernanda Bragança,

advogada, professora e mediadora, doutorandano Programa de Sociologia e Direito da UFF ePesquisadora do Laboratório Fluminense de Es-tudos Processuais; Daniel Tostes, graduado emDireito pela UFF, procurador Federal Chefe daPF/ans (AGU), mediador empresarial pela CBMAe sócio Fundador da CAMES RJ (Câmara de Me-diação e Arbitragem Especializada); e JaquelineGonçalves, administradora de empresas, servi-dora pública em Suprimentos de Bens para De-senvolvimento, Tecnologia e Gestão (Petrobras)e pós-graduanda em Desenvolvimento GerencialAvançado pela UFF.

Reflexões dos três anos da Lei de Mediação

30 anos da Constituição Federal

BATA O MARTELO.ANUNCIE AQUI.3716-8907

4 DEZEMBRO DE 2018

Bandeira vai presidir a OAB/RJCom 55,22% dos votos válidos, Luciano Ban-deira, candidato da Chapa 1 - OAB Forte eUnida, foi eleito presidente da OAB/RJ. Atualtesoureiro da entidade e também presidenteda Comissão de Prerrogativas, ele comandaráa advocacia fluminense no triênio 2019/2021.Luciano teve 30.992 votos. Luciano Viveirosficou em segundo, com 8.640 votos (15,38%),seguido por Roque Z Vieira com 5.279 votos(9,40%), Vitor Marcelo Rodrigues com 4.982votos (8,87%), Fernando Orotavo com 4.086votos (7,27%) e Rodrigo Salgado com 2.168votos (3,86%). Votaram em branco 1.508 co-legas (2,49%), e 2.764 (4,57%) votaram nulo.

Em todo Estado do Rio de Janeiro 102.039advogados foram às urnas escolher as novasdiretorias da Seccional e das 63 Subseçõespara o próximo triênio 2019/2021.

Luciano Bandeira Arantes, 48 anos, tornou-sebacharel pela Faculdade de Direito da Ponti-fícia Universidade Católica do Rio de Janeiro(PUC-Rio) em 1994, tendo posteriormenteconcluído especialização em Direito Empre-sarial (MBA) pelo IBMEC/RJ em 2001.

Desde 2016, Luciano lidera a Comissão dePrerrogativas da Seccional. Promoveu umareformulação do núcleo, que passou a atuarde forma mais intensa e estruturada na defesadas garantias constitucionais do pleno exer-cício profissional da advocacia.

Foi ainda um dos criadores e também o pri-meiro presidente da OAB/Barra da Tijuca, nostriênios 2007/2009 e 2010/2012. Após a ges-tão que consolidou a nova subseção, foi eleitotesoureiro da Seccional no triênio 2013/2015,na chapa encabeçada na época por FelipeSanta Cruz.

Sua diretoria na OAB/RJ será composta porAna Tereza Basílio, como vice-presidente; Ál-varo Quintão, como secretário-geral; FábioNogueira, como secretário-geral adjunto eMarcello Oliveira, como tesoureiro.

Para o Conselho Federal foram eleitos: FelipeSanta Cruz, Carlos Roberto de Siqueira Castro,Marcelo Fontes Cesar de Oliveira; além dos su-plentes Luiz Gustavo Antônio Silva Bichara, Fla-vio Diz Zveiter e Gabriel Francisco Leonardos.

A Caarj terá como presidente Ricardo Mene-

zes e como vice-presidente Marisa Gaudio. Osecretário-geral da Caixa será Mauro Pereirados Santos, tendo como secretário adjuntoAndré Sá do Espírito Santo. O tesoureiro seráFrederico Mendes.

O presidente eleito da OAB-RJ, Luciano Ban-deira, disse que os advogados fluminensesnão terão surpresas. Segundo ele, todas aspromessas feitas em campanha serão honra-das, sem nenhum tipo de mudança, para quea classe possa, de uma vez por todas, estarcada vez mais forte e unida.

— O discurso não vai mudar após ter sidoeleito. Não fizemos promessas mirabolantesou difíceis de serem cumpridas. Tudo o queprometemos é factível. E será posto em prá-tica. Nosso compromisso é defender o advo-gado e a advogada. É estar ao lado da classe.Quero que os colegas saibam que, a partir de

agora, se algum advogado estiver com pro-blema, este problema também será meu. Pre-cisamos cada vez mais de uma advocaciaforte e unida — explicou.

O presidente eleito da Seccional acrescentouque seu primeiro compromisso será com asmulheres advogadas.

— Acordamos que no primeiro dia elevare-mos o status da Comissão OAB Mulher paraDiretoria Mulher. Precisamos valorizar as ad-vogadas, que já são metade da nossa cate-goria. Não teremos mais cursos, palestras edebates sem que as mulheres estejam nasmesas com pelo menos 30% das cadeiras. Sea gente luta por uma sociedade mais justa,temos que dar o exemplo — afirmou LucianoBandeira.

Em recente palestra na OAB Niterói, Luciano

Bandeira falou sobre os desafios da advoca-cia e o futuro da profissão: “São três pilares,três estruturas fundamentais para o exercícioprofissional. A primeira é o estudo e aperfei-çoamento contínuo do advogado para enfren-tar os novos desafios do mundo eletrônico, doprocesso eletrônico, mais do que isso, o de-safio da competição e da inteligência artificialque já está em funcionamento em muitos paí-ses’

— O segundo pilar também fundamental daadvocacia é a OAB, pois sem ela não existea advocacia e vice-versa, são duas faces damesma moeda, dois elementos que não sub-sistem sem um e nem o outro. O terceiro fun-damento é a relação da advocacia com osdemais poderes da República e as institui-ções, o que se resume da luta diária na de-fesa das prerrogativas — concluiu LucianoBandeira

Luciano Bandeira, eleito presidente da OAB/RJ, diz que seu primeiro compromisso será com as mulheres advogadas, elevando o status de comissão para Diretoria da Mulher

Divulgação / Bruno Marins

5DEZEMBRO DE 2018

Cláudio Vianna eleito em NiteróiCláudio Vianna, 49 anos, foi eleito presidenteda OAB Niterói para o triênio 2019/2021. Advo-gado civel e trabalhista, formado pela GamaFilho, é professor de Direito Processual Civil,já foi diretor-tesoureiro da 16ª Subseção, e émembro da AFAT – Associação Fluminense deAdvogados Trabalhistas, além de fundador daAFACC – Associação Fluminense de Advoga-dos Civilistas e Criminalistas.

Recebeu 1.582 votos, ficando em segundolugar o candidato Pedro Gomes, com 906; Car-los Alberto Almeida, 783; Augusto Nunes, 711;Ivan Gonçalves, 702. Os votos nulos somaram288 e os em branco 222.

Compõem a diretoria eleita Elio Ferreira (vice-presidente); Ralph de Andrade (tesoureiro); EniCezar (secretária geral) e Helga Mansur (se-cretária adjunta). A Chapa OAB Forte e Unicaconta ainda com 40 conselheiros titulares e 35suplentes.

Os locais de votação foram na ESA Niteróionde votaram os candidatos Cláudio Vianna eCarlos Alberto; na FGV (antigo Centro Educa-cional de Niterói), Pedro Gomes; na CâmaraMunicipal, Ivan Gonçalves; e antigo Palácio daJustiça, Augusto Nunes; além de na Universi-dade Candido Mendes.

Durante toda eleição, apoiadores dos candida-tos movimentaram a Avenida Amaral Peixoto,com bandeiras, panfletagem e boca de urna. Acomputação da apuração final foi feita na sededa OAB Niterói com a presença de todos oscandidatos e fiscais das chapas participantes.

O vice-presidente da OAB Niterói, Luciano Al-varenga, que coordenou a realização do pleitona subseção, parabenizou o vencedor e todosos concorrentes em nome da atual gestão pre-sidida por Antônio José, afirmando ter a certezaque a próxima diretoria vai honrar e dignificarcada vez mais a OAB Niterói e a advocacia.

— Passadas as eleições, pretendo agora unirtodas as chapas que concorreram em prol deuma advocacia só. Credito minha vitória amuita luta. Lutamos muito informando os advo-gados sobre os nossos projetos e este resul-tado desmonstra que nossos planos seenquadram em seus anseios. Os próximos trêsanos serão de muto trabalho. Nossa prioridadeserá unir todas as chapas em prol de uma ad-

vocacia forte. Quem ganhou essa eleição nãofoi Claudio Vianna, foram todos vocês advoga-dos que lutaram desde o início da nossa cam-panha. Agradeço a todos os candidatos queconcorreram comigo. A partir de agora vamosunir todas as chapas, nós continuamos juntospara fazer apenas uma advocacia. Quero agra-decer especialmente ao presidente AntônioJosé, que Deus olhe por ele para que se resta-beleça e volte a trabalhar o mais rápido possí-vel aqui na Ordem — disse o presidente eleitoao comemorar a eleição com seus colegasapoiadores e eleitores no comitê de campanhana Avenida Amaral Peixoto.

Claudio Vianna disse que foi motivado a con-correr nessas eleições por “entender que aclasse passa por um momento muito delicado,necessitando de medidas importantes para quese possa resgatar o respeito à advocacia emtodas as esferas”. Por isto, Vianna pretende

exercer uma gestão tendo como pilares bási-cos de sua plataforma a adoção de mecanis-mos para amenizar o retardamento dostrâmites processuais, bem como a busca nosprocedimentos de mandados de pagamento ealvarás judiciais, prioridades nas tramitações.

O candidato diz que irá, em conjunto com aseccional do Rio, buscar esclarecimentossobre os altos valores das custas judiciais eainda a simplificação nos recolhimentos dos GRERJ’s.

No campo das prerrogativas, agirá institucio-nalmente junto aos órgãos competentes paraver cumpridos os direitos dos advogados.Outra proposta do candidato é implementar umportal da transparência onde será possívelacompanhar as receitas e gastos da instituição.

Vianna revela que, para a Escola Superior de

Advocacia (ESA), o professor José Carlos Oli-veira Santos, diretor-geral da UniversidadeCandido Mendes, foi convidado para ficar àfrente, existindo um desejo de atender não sóaos profissionais que buscam atualização, mastambém no auxílio ao advogado em início decarreira e ao da terceira idade, possibilitando osuporte em sua atividade.

Ainda na campanha, Claudio Vianna mantevecontato com Luciano Bandeira e Ricardo Me-nezes, candidatos à presidente da OAB/RJ eda CAARJ, respectivamente, para com eles fir-mar um compromisso de ampliarem os servi-ços especializados oferecidos aos colegas noCentro Médico da CAARJ instalado na OAB Ni-terói. Além da manutenção da Fisioterapia,RPG, Pilates e Massoterapia, e do atendimentomédico em Dermatologia e Ginecologia, plei-teou acrescentar Clínica Geral, Cardiologia eOrtopedia, além da ampliação dos serviços.

Claudio Vianna comemora a eleição para presidente da OAB Niterói conclamando agora a união de todas as chapas concorrentes em prol de uma advocacia forte

Ulisses Franceschi

6 DEZEMBRO DE 2018

perfilperfil Defensor da lealdade processualGetúlio Arruda Figueiredo iniciou a sua vida pro-fissional como bancário no antigo Banerj em1958 onde trabalhou durante 30 anos. Come-çando como office-boy ele chegou a diretor dobanco. Formado em Direito pela UFF é civilista.Na família tem o irmão também advogado Ge-raldo Arruda, aposentado como procurador doEstado, formado na antiga Faculdade de Direitode Niteró, que atua com ele no atual escritório.

— Ainda trabalhando no banco e já formado emDireito, adquiri duas salas no Edifício Rui Bar-bosa na Rua Coronel Gomes Machado. Aposen-tei-me em 1988 e então comecei militando naadvocacia. Hoje estamos no Working Center. NaOAB Niterói fui diretor-tesoureiro, presidente daComissão de Inscrição e Seleção e conselheiro.Se não fosse advogado seria psicólogo, aliás,todo advogado tem que usar um pouco de Psi-cologia para entender os conflitos humanos eproblemas sociais de seus clientes — avalia.

Flamenguista, o advogado Getúlio Arruda gostade ficar com a familia em casa e curtir os netos.Sempre caminha pelo calçadão da praia de Ica-raí. Na juventude jogava futebol. Na culináriaaprecia tudo que é proibido: cozido, feijoada echurrasco e, principalmente, a cozinha portu-guesa. Musica clássica, teatro e literatura,

fazem parte da sua vida cultural.

— Como recado final lembro aos novoscolegas advogados, que estão seiniciando na carreira, que a leal-dade processual deve inspirartodos os atos do advogado,afastando por inteiro qualquerintervenção capaz de transpa-recer, mesmo que remota-mente, a intenção de deturpara veracidade dos fatos ou rei-vindicar em juízo quandosabe não existir direito legítimo aser pleiteado — aconselha Getú-lio Arruda Figueiredo.

Ele condenacomo falta delealdade pro-cessual a liti-gância demá-fé.

— Todo cui-dado épouco notocante ae s s e

tema. Além do desprestígio para o profissional,deslizes dessa natureza podem acarretar pesa-

dos ônus para ele próprio e paraseu cliente, porque responderá

não só por perdas e danos,como também por multasprocessuais e penas discipli-

nares, quando for reco-nhecido ter agido com

má-fé ou praticado atoconsiderado atentató-rio à dignidade da jus-

tiça – conclui GetúlioArruda Figueiredo.

A nova diretoria do Forum Nacionaldos Juízes Estaduais (Fonaje), presi-dida pelo juiz Aiston Henrique deSousa (TJDF) e que tem como vice adesembargadora Janice Goulart Gar-cia Ubialli (TJSC) e secretário-geral ojuiz Alexandre Chini (juiz auxiliar daCorregedoria Nacional de Justiça,órgão do Conselho Nacional de Jus-tiça (CNJ), tem como plano de açãodemandar junto aos órgãos do PoderExecutivo responsáveis pela regula-ção de serviços públicos (telefonia,energia, transporte, saúde, mercado fi-nanceiro) a adoção de normas que re-duzam os conflitos individuais, nasquestões repetitivas, as quais contri-buem, em grande parte, para o ex-cesso de demanda junto ao PoderJudiciário.

Pretende discutir no âmbito interno aalteração na redação da Lei n°9.099/1995 (Lei dos Juizados Espe-ciais) para resguardar o princípio daautonomia do sistema, que se assentana interpretação das normas à luz doscritérios da norma especial.

E mais: dar continuidade às ações ini-ciadas pela Diretoria anterior, notada-mente na busca por programas deformação específica para os JuizadosEspeciais, e por planos de estrutura-ção para as unidades jurisdicionaisjuntos aos órgãos de gestão do PoderJudiciário (CNJ e ENFAM).

Ulisses Franceschi

Fonaje cobraregulação paraevitar conflitos

A Comissão de Relações de Traba-lho da OAB Niterói, presidida porLuciano Rodrigues da Silva, realizapalestra dia 4 de dezembro para en-focar os “Pontos controvertidos daReforma Trabalhista”.

O evento acontece a partir das 16horas, no auditório da entidade, eterá como expositores o presidenteda Comissão e a professora LetíciaAidar. Será atribuída carga horáriapara estudantes.

Controvérsias da ReformaTrabalhista

DEZEMBRO DE 2018 7

Raphael Diógenes Serafim Vieira, con-selheiro da OAB Niterói e procuradorda Prefeitura, recebeu o Título de Ci-dadão Niteroiense em sessão soleneda da Câmara presidida pelo vereadorRenato Cariello (PDT). Participaram dacerimônia o procurador-geral do muni-cípio, Carlos Raposo; o presidente daAssociação dos Procuradores de Nite-rói, Mario Grillo; e o presidente da As-sociação Nacional dos ProcuradoresMunicipais, Cristiano Reis Giuliani.

Raphael Vieira nasceu no município deConselheiro Lafaiete, no sudeste deMinas Gerais, em 1982. Cursou os en-sinos Fundamental e Médio em esco-las públicas, dentre elas o ColégioTiradentes, da Polícia Militar de Minas.Aprovado no vestibular do curso de Di-reito, da Universidade Federal de Vi-çosa, em 2002, foi o primeiro membrode sua numerosa família materna agraduar-se em um curso superior.

— A vida é feita de escolhas e Niteróiestá orgulhosa em tê-lo em nossosquadros. Raphael poderia estar emqualquer município brasileiro, mas es-colheu Niterói. Um serviço público dequalidade passa por uma Procuradoriadando respaldo”, disse o procurador-geral Carlos Raposo.

O presidente da Associação Nacionaldos Procuradores, Cristiano Giulianilembrou que o trabalho de Raphael,através de seus livros publicados, foifundamental para o conhecimento dopapel, da atuação e das deficiênciasde todas as procuradorias municipaisdo Brasil. Em seu discurso de agrade-cimento, Raphael Vieira, que já atuoucomo Procurador-Geral de Viçosa ecomo Procurador do Estado de Ron-dônia, disse estar comovido com ahonraria.

— Esse título aumenta minha respon-

sabilidade como profissional e, agora,como cidadão. Nossa atuação é na de-fesa da cidade. Sempre foi na valori-zação da carreira que norteei meutrabalho. Escolhi Niterói para viver esinto-me em casa com a minha famíliae amigos. Busco a cidadania comoprática e não como ideia — ressaltou.

Conselheiro da OAB Niteróirecebe Título de Cidadão

Divulgação / Sergio Gomes

Raposo entrega o título de Cidadão Niteroiense a Vieira sob aplausos do vereador Cariello

Avenida Amaral Peixoto 507, 10º andar - CentroNiterói - RJ - CEP 24020-072