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Ano XIII - nº 128 - Agosto.2012

Ano XIII - nº 128 - Agosto - ocapuchinho.com.br · Ó Deus, que não queres a morte do pecador, e sim, que se converta e viva. ... ísses do seio de tua mãe, eu te consagrei" (Jr

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Ano XIII - nº 128 - Agosto.2012

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Boletim Informativo da

Paróquia Nossa Senhora das Mercês2 agosto.2012

RECEITASDízimo paroquial ............................................................................. R$ 60.274,00Ofertas............................................................................................. R$ 12.387,00Espórtulas/batizados/casamentos ............................................... R$ 1,725,00Total ................................................................................................ R$ 74.386,00Dizimistas cadastrados ...................................................................................... 1.334Dizimistas que contribuíram ................................................................................. 798Novos Dizimistas ...................................................................................................... 12

DESPESDESPESDESPESDESPESDESPESASASASASASDIMENSDIMENSDIMENSDIMENSDIMENSÃÃÃÃÃO RELIGIOSO RELIGIOSO RELIGIOSO RELIGIOSO RELIGIOSAAAAA

Salários/encargos sociais/férias .................................................... R$ 15.322,94Côngruas ......................................................................................... R$ 4.976,00Casa paroquial/Auxilio Alimentação - IPAS .................................. R$ 2.866,00Café do Dízimo / Capelinhas .......................................................... R$ 3.160,00Desp.cultos /ornamentação/homenagens ................................... R$ 1.241,00Luz/água/telefone ......................................................................... R$ 2.478,02Conserv. dos imóveis/ Pinturas/Bancos/ Cofres .......................... R$ 15.959,00Compras de Móveis ........................................................................ R$ 545,00Rouparia / Copa/Costura/ Gás/ Alimentação ............................... R$ 607,00Despesas com correio (dizimo) ...................................................... R$ 887,50Serviços de contabilidade ............................................................... R$ 96,00Serviços de alarme/ Segurança ..................................................... R$ 842,00Manut. de Veículos/Combustíveis/Seguro ................................... R$ 1.673,47Material de limpeza ........................................................................ R$ 1.223,00Material de expediente/xerox/Gráficas ......................................... R$ 975,50Revistas/internet/ WEB/"O capuchinho"/Divulgação ................. R$ 2.844,00Pla.de saúde de func. / farmácia ................................................... R$ 1.597,58Vales transportes e fretes .............................................................. R$ 865,40

Total .............................................................................................. R$ 58.159,41

DIMENSÃO MISSIONÁRIATaxa para Arquidiocese ref. 05/2012 ............................................. R$ 7.548,30Taxa para a Província freis Capuchinhos ....................................... R$ 6.702,00Mat.pastoral/catequético/Cursos / Seminário ............................. R$ 1.768,53Repasse Capelinhas - Seminário ................................................... R$ 102,00

Total .............................................................................................. R$ 16.120,83

DIMENSÃO SOCIALAção Social da Paróquia N. Sra. da Luz ......................................... R$ 4.000,00

Total .............................................................................................. R$ 4.000,00

TOTAL GERAL ....................................................................... R$ 78.280,24

ENTREAJUDAQuinta-feira 9h, 15h e 20h

NOVENA PERPÉTUA DE N. SRA. DAS MERCÊSSexta-feira 8h30 e 19h

ADORAÇÃO AO SANTÍSSIMO SACRAMENTOSexta-feira das 9h às 19hBenção com o Santíssimo às 18h30

BÊNÇÃOSDe segunda à sexta-feira: das 8h às 11h30 e das 14h às 18hSábado: das 9h30 às 11h30 e das 14h às 17h

Telefone para agendar bênçãos: 3335.1606

>> Demonstrativo Financeiro - Junho 2012

>> Ação Social da Paróquia N. Sra. das Mercês

Graças à generosidade dos paroquianos, dizimistas e benfeitores, ar-

recadamos no mês de junho/12, os donativos abaixo discriminados:

DEMONSTRATIVO DAS DOAÇÕES: JUNHO/12

>> Igreja Matriz

Depressão, desânimo, obsessões,possessões, somatizações, fobias, ti-midez, complexo de culpa, conceitosfalhos de Deus, dependência de dro-gas, dificuldades conjugais, problemasfamiliares e outros. Participe dessesEncontros de Entreajuda com frei Oví-

ENCONTROS DE ENTREAJUDAdio Zanini, em todos os domingos, das15 às 18h, no salão paroquial da Igrejadas Mercês. O ingresso é de R$ 20,00(vinte reais), com direito a um mate-rial de relax e programação mental.Será servido gratuitamente um lan-che.

Informações na secretaria paroquial - tel. 3335-5752e-mail [email protected] - celular da Ir. Alzira: 9971-8844.

Nossa Paróquia felicita os aniversariantes do mês de agosto, oferecendo atodos a prece comunitária e as intenções na Santa Missa. Saúde, paz, prosperi-dade e que nunca falte o amor a Jesus Cristo e Nossa Senhora em suas famílias.

ANIVERSARIANTES

Pároco: Frei Pedro Cesário PalmaVigários Paroquiais: Frei Ovídio Zanini, Frei Benedito Felix da Rocha.

Freis do Convento: Frei Moacir Antonio Nasato e Frei Juarez de BonaJornalista responsável: Luiz Witiuk – DRT nº 2859

Coordenação: Izilda de Figueiredo Secretaria ParoquialCapa: Mayra Armentano Silvério

Diagramação e Produção: Editora Exceuni - Aldemir Batista - Tel.: 3657-2864Tiragem: 5.000 exemplares

>> Expediente do Boletim

O CAPUCHINHO

À Ação Social da Paróquia N. Sra. da Luz, doamos

em dinheiro: R$ 4.000,00 para a promoção humana.

“Deus ama quem dá com alegria” (2Cor. 9,7)

Agradecemos a você, pela sua generosa doação. Frei Pedro Cesário Palma

Pároco

N. Sra. da Luz (Vila) 1.613 198 309 2.120 591 kg

Almirante Tamandaré 1.474 124 278 1.876 580 kg

Vila Verde 1.342 189 438 1.969 480 kg

Setor Mercês 40 02 - 042 202 kg

TOTAL 4.469 513 1.025 6.007 1.853

Peças deRoupas

CalçadosParesDestinatário Diversos Total Alimentos

Kg

EXPEDIENTE DA SECRETARIA PAROQUIAL:De segunda a sexta-feira Das 8h às 12h e das 13h às 18hSábado das 9h à 12h

MISSAS horárioSegunda-feira: 6h30Terça, quarta e quinta-feira: 6h30 e 19hSexta-feira: 6h30, 15h e 19hSábado: 6h30, 17h e 19hDomingo: 6h30, 7h30, 9h, 10h30,

12h, 17h e 19h

Nossa Senhora das Mercês

Horários e atendimentosENDEREÇOda Paróquia e Convento

Av. Manoel Ribas, 966

80810-000 Curitiba-PR

Tel. Paróquia: (041) 3335.5752 (sec.)

Tel. Convento: (041) 3335.1606 (freis)

Tel. Catequese: (041) 3336.3982

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Boletim Informativo da

Paróquia Nossa Senhora das Mercês3agosto.2012

Frei Pedro

Cesário Palma,

OFMCap.

>> Mensagem do Pároco

BÊNÇÃO DESÃO FRANCISCO DE ASSISPADROEIRO DAS VOCAÇÕES FRANCISCANAS"O Senhor te abençoe e te proteja.

Mostre-te a tua face e

se compadeça de ti.

Volva a ti o teu rosto e te dê a paz."

ORAÇÃO VOCACIONALÓ Deus, que não queres a morte do pecador, e sim, que se converta e viva.

Nós Te suplicamos pela intercessão da Bem-aventurada sempre Virgem

Maria; de São José, seu esposo e de todos os santos, que nos concedas maior

número deoperários para a Tua Igreja, que trabalhando com Cristo, se dedi-

quem e sacrifiquem pelas almas. Por Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo.

Amém!

Paz e Bem!Agosto é mês vocacional. Vocação significa chama-

do de Deus. Todos somos vocacionados porque Deusnos chama. Ele nos chama porque nos ama e quer onosso bem. Ele nos chama, também, porque quer con-tar conosco no projeto de construção do Seu Reino. Elenos chama, ainda, porque confia em nós.

Deus nos chama primeiramente à vida. Ninguémvem ao mundo por acaso, mas por um chamado divino.Como disse o profeta Jeremias: "Antes mesmo de teformar no ventre materno eu te conheci; antes que sa-ísses do seio de tua mãe, eu te consagrei" (Jr 1,5).

Somos chamados, também, para seguir Jesus. Pelobatismo, assumimos o compromisso de estar com oSenhor e segui-Lo. Assim como Ele chamou seus discí-pulos, continua chamando cada um (a) de nós. Respon-der "sim" a este chamado, no dia a dia da nossa vida, écondição para nossa realização como filhos e filhas deDeus.

O Senhor nos chama aos diversos estados de vida:sacerdotal, matrimonial, religiosa, de consagração se-cular,... No primeiro domingo de agosto celebramos avocação sacerdotal. Pedimos a Deus que abençoe os Pa-dres, Diáconos e Bispos. Que a exemplo de Jesus Cristo,eles sejam bons pastores do povo a eles confiado.

O segundo domingo dedicamos aos vocacionados àvida matrimonial, com atenção especial aos pais (diados pais). Os pais são imagem de Deus Pai para seusfilhos. É dia de intensificarmos nossas preces pelos paise manifestarmos a eles nosso carinho e amor.

No terceiro domingo rezamos com os religiosos e re-ligiosas que, a exemplo de Maria, dão seu sim ao proje-to de Jesus. Os religiosos e religiosas, através do seuvoto de pobreza, obediência e castidade, querem sertestemunhos do reino de Deus presente entre nós.

Temos as vocações ministeriais, que são o chamadode Deus para os serviços na Igreja. Todo trabalho reali-zado na comunidade é uma vocação divina. O objetivoé sempre servir as pessoas, como Jesus serviu. O últi-mo domingo de agosto é dedicado aos vários ministé-rios e serviços, com atenção especial aos catequistas.Todo cristão e cristã deve ser catequista, isto é, missi-onário (a) do Evangelho, testemunho do amor de Deus,anunciadores da paz e do bem.

Esta edição de nosso jornal "O Capuchinho" é dedi-cado especialmente às vocações. Que Deus abençoevocê para que possa responder bem à sua vocação.

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Boletim Informativo da

Paróquia Nossa Senhora das Mercês4 agosto.2012

Santa Clara de AssisMulher admirável por seu nome, Clara de palavra

e virtude, nascida em Assis – Itália, foi concidadã dobem-aventurado Francisco na terra e, depois, foi rei-nar com ele na glória. Era de família nobre, a casa eraabastada de riquezas. Filha de Hortolana e Favaronede Offreduccio. Sua mãe entregava-se como podiaao serviço de Deus e a intensas práticas de piedade.A mãe grávida, próxima de dar à luz, estava orandoao crucificado diante da cruz na igreja, para passarsaudavelmente pelos perigos do parto, quando ou-viu uma voz que dizia: “Não temas, mulher, porque,

salva, vais dar ao mundo uma luz que vai deixar a pró-

pria luz mais clara”. Instruída pelo oráculo, quis quea filhinha, ao renascer pelo sagrado batismo, se cha-masse Clara, esperando que se cumprisse de algummodo, pelo beneplácito da vontade divina, a clarida-de da luz prometida. Clara nasce no ano de 1194 erecebe o nome de Chiara Di Favarone.

A pequena Clara muito cedo começou brilhar comluminosidade nas sombras do século e a respladecerna tenra infância pelos bons costumes. Sua mãe lheensinou os elementos básicos da fé, inspirando-a eformando-a interiormente o espírito, esse vaso, emverdade puríssimo, revelou-se vaso de graças.

Privava-se de alimentos delicados, enviando-osàs ocultas por intermediários, onde reanimava o es-tômago de seus protegidos os pobres de Assis. As-sim cresceu a misericórdia com ela desde a infânciae tinha um coração compassivo, movido pela misé-ria dos infelizes. Gostava de cultivar a santa oração.

No ano de 1211, Clara com 17 anos, tendo ela ouvi-do falar do então famoso Francisco de Assis quecomo homem novo, renovava com novas virtudes ocaminho da perfeição, quis logo vê-lo e ouví-lo, mo-vida pelo Pai dos espíritos encontra-se com Francis-co de Assis o qual exortava-a a desprezar o mundo eno ano de 1212 sai da casa de seus pais e se consagraa Deus. Ela saiu de casa não para ir a algum lugardeterminado: ela saiu para estar com o esposo – Je-sus Cristo. A saída da casa paterna teve para Claraum alto valor simbólico: foi o momento em que dei-xou o lugar que não era dela e começou a viver de

fato no “não-lugar” de Deus. O “não-lugar” dela nãofoi exatamente São Damião, mas o mundo da contem-plação de Jesus Cristo. Na Porciúncula, foi consagradapelo gesto do corte dos cabelos. Era “peregrina e fo-rasteira”, pois não tinha nessa terra sua habitação per-manente: era cidadã do céu, mesmo que ainda nãohouvesse chegado lá. Queria apenas estar com o Es-poso, onde Ele estivesse, enquanto Ele estivesse. Clarateve companheiras porque “Deus lhe deu Irmãs”. Deusquis encher aquele lugar de mulheres que renovariama Igreja e o mundo. Outras mulheres também quise-ram estar com Jesus Cristo mesmo perdendo o seu lu-gar neste mundo. Elas eram irmãs de uma maneiranova – franciscanas e pobres. Em 1216 por pressão deFrancisco, Clara aceita a Regra de São Bento e o títulode abadessa e obtém de Inocêncio III o Privilégio daPobreza. Clara aceita o título de abadessa mas viveucomo irmã, serva das Irmãs. Em meados de Julho de1228 por ocasião da canonização de São Francisco deAssis, o Papa Gregório IX visita Clara e faz a propostade dar-lhe propriedades e dispensá-la do voto de po-breza pois muito provavelmente a Igreja não estavavivendo de forma pobre, mas Santa Clara tem clarezado que ela quer e diz que não quer ser dispensada deseguir Jesus Cristo. Ensina-nos a sermos pessoas comautonomia e ter segurança de si, dos seus objetivos.Não termos medo de expressarmos o que sentimos,pois tudo assumiu de livre a espontânea vontade. Elaé extremamente livre. Desde o ano de 1224 estava ha-bitualmente doente, pois cultivava uma vida muitoaustera consigo mesma. Depois de muitos esforços ede algumas pequenas vitórias, em 10 de agosto de 1253Clara recebe em seu leito de morte a bula de aprova-ção de sua Forma de Vida, sendo esta a primeira vezna Igreja que uma mulher escreve uma Regra que co-ordene esse movimento. No dia 11 de agosto de 1253Clara morre em São Damião. Todos de acordo com asantidade de Clara, já em 18 de outubro daquele anoabre-se o processo de canonização e no dia 15 de agostode 1255 o Papa Alexandre IV faz a canonização de Cla-ra na Catedral de Anagni. Eis a esposa de Cristo parasempre lembrada pelo mundo inteiro.

O centro de tudo na Vida Religiosa é o amor eesse amor se expressa nos esponsais. Viver Deusna sua totalidade e isso é um processo: amar é dar-se. Santa Clara nos é um grande exemplo de flexi-bilidade, respeito e ética. Fazer acontecer o resga-te da dignidade do ser humano. Não somos cria-dos para ficar parados, temos um compromissoético de formar, educar, respeitando a individuali-dade de cada um. Devemos cultivar este entusias-mo, e o que é entusiasmo? É ter Deus dentro denós. Como está meu entusiamo pelo Reino deDeus? É o mesmo que nos perguntarmos qual oespaço que dou para Deus dentro de mim?

Como fonte de iluminação cito o trecho consi-derado mais importante de Santa Clara sobre a con-templação: “Ponha a mente no espelho da eterni-

dade, coloque a alma no esplendor da glória. Ponha

o coração na figura da substância divina e transfor-

me-se inteira, pela contemplação, na imagem da

divindade. Desse modo também vocês vão experi-

mentar o que sentem os amigos quando saboreiam

a doçura escondida, que o próprio Deus reservou

desde o início para os que o amam. Deixe de lado

tudo que neste mundo falaz e perturbador prende

seus cegos amantes e ame totalmente o que se en-

tregou inteiro por seu amor, aquele cuja beleza o sol

e a lua admiram, cujos prêmios são de preciosidade

e grandeza sem fim. Falo do Filho do altíssimo, que

a Virgem deu à luz permanecendo virgem depois do

parto (3CtIn 12-17)”.

A contemplação transforma, transforma naimagem da divindade, em um outro Cristo. Quemtransforma é Deus, mas contemplar é expor-se àtransformação ao olhar de maneira concentradapara Deus através de Jesus que põe Deus ao nossoalcance sendo um espelho, esplendor, uma figurada Divindade. Foi pela contemplação que Clara per-mitiu-se entrar na comunhão missionária com to-dos os “gemidos da humanidade e da Igreja. Clarafoi um ícone vivo do que Deus quer de todos os seusfilhos, aproximar o homem concreto, ao mundoconcreto, à igreja concreta o rosto de um Deus Es-poso, amante, doce e luminoso, para todas asamarguras e escuridões que pode haver nos mem-bros desse grande corpo que representa a humani-dade e a Igreja.

Neste ano de 2012 celebramos o VIII centenáriodo Carisma de Santa Clara de Assis. Certamente aforça deste carisma une, reune e revigora a voca-ção dos franciscanos e fransciscanas em muitaspartes do mundo. O tema do Congresso que acon-tecerá em Canindé nos dias 09 a 11 de agosto de2012 é: Santa Clara de Assis e de hoje: caminho deunidade. Santa Clara continua a nos desafiar e anos encorajar a seguir Jesus Cristo no serviço ao pró-ximo.

Irmã

Sonia Tomielo

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Boletim Informativo da

Paróquia Nossa Senhora das Mercês5agosto.2012

Solenidade da Assunção de MariaINTRODUÇÃO

O povo católico sempre tevemuita devoção a Maria. Por um ladovemos aí algo muito bonito e im-portante na espiritualidade doscristãos católicos. Mas ao mesmotempo é motivo de atenção por par-te da Igreja para que isto não leve opovo a um culto a Maria em si mes-ma. Foi com essa preocupação queo Papa Paulo VI escreveu um docu-mento sobre a devoção mariana(Marialis Cultus) traçando normaspara essa devoção entre os católi-cos. Diz o Papa que essa devoçãotem que ser sempre em função deCristo e o Espírito Santo.

O QUE É AASSUNÇÃO DE MARIA?

A festa da assunção para o céuda Virgem Maria é celebrada comoa “Solenidade da Assunção da Bem-

aventurada Virgem Maria” pelos ca-tólicos, e como a Dormição por cris-tãos ortodoxos. Nestas denomina-ções a Assunção de Maria é umagrande festa, normalmente come-morada no dia 15 de agosto”, exce-to no Brasil, que é celebrada umdomingo antes ou um domingo de-pois do dia 15.

A festa da Assunção de Maria éa festa da assunção da Igreja. Ma-ria colabora no mistério da reden-ção, associando-se a seu Filho. Suaassunção é figura do que acontece-rá com todos os seguidores de Je-sus no fim dos tempos. PorqueMaria não é apenas imagem, mastambém a imagem típica da Igreja.A Igreja deve ser aquilo que Mariaé. E, enquanto peregrina nestemundo, a Igreja tem como um sinal“até que chegue o Dia doSenhor”(LG 68).

O que celebramos na festa daAssunção é a vitória de Cristo so-bre todos os poderes que tentamimpedir o reino de Deus. Celebra-mos, tendo Maria como sinal, a vi-tória da Igreja inteira sobre a mortee o pecado.

A Igreja Católica Romana ensinaesta crença como um dogma de quea Virgem Maria “ao concluir o cursode sua vida terrena, foi assunta emcorpo e alma para a glória celesti-

al.” Isto significa que Maria foi trans-portada para o céu com o seu corpoe alma unidas. Esta doutrina foi dog-maticamente e infalivelmente defi-nida pelo Papa Pio XII, em 1 de no-vembro de 1950, na sua Constitui-ção Apostólica Munificentissimus

Deus.O Catecismo da Igreja Católica,

citando a Lumen Gentiun 59 diz:“Finalmente, a Imaculada Vir-gem, preservada imune de todamancha da culpa original, termi-nado o curso da vida terrestre, foiassunta em corpo e alma à glóriaceleste. E, para que mais plenamen-te estivesse conforme a seu Filho,Senhor dos senhores e vencedor dopecado e da morte, foi exaltada peloSenhor como Rainha do universo”. Aassunção da Virgem Maria é umaparticipação singular na Ressurreiçãode seu Filho e uma antecipação daressurreição dos outros cristãos(CIC,966).

ALGUMAS LIÇÕES DODOGMA DA ASSUNÇÃO

A) Maria: a mais belas de todasas mulheres!

Achei interessante a comparaçãoque Mons. João S. Clá Dias (2006)fazia a respeito. Dizia ele que “gos-taria de montar o melhor e o maiseficaz instituto de beleza. Este ins-tituto não teria cosméticos especi-ais, (apenas os produtos comuns delimpeza e conservação da pele) e,muito menos tratamentos corporais.O tratamento seria o da alma; seriaum curso para mover as pessoas abuscar a santidade”. E continuou di-zendo que “os santos, por mais quetenham seus corpos tomados por

enfermidades, são belos; e a belezapropriamente dita só tem os santos.

Nossa Senhora é a mais bela detodas as mulheres. Nem os Anjos setivessem corpo, seriam tão belosquanto Ela. A verdadeira beleza sóse adquire com a prática da virtude,é o pecado que enfeia as pessoas. Omundo de hoje vai se tornando cadavez mais repelente por causa daenormidade dos pecados que se co-metem! Nas épocas em que a virtu-de se torna mais saliente, a belezase torna mais visível, mais patente.

Maria ascendeu ao Céu em corpoglorioso, fulgurou na luz sublime, aci-ma de todos que no céu estão, an-tes de tudo porque cumpriu plena-mente à vontade do Pai; porque foisantíssima. É este o convite que Elanos faz por ocasião da solenidade dasua Assunção - que sejamos santos!Isto significa seguir a mesma via daobediência que Ela seguiu; cumpriros mandamentos da Lei de Deus, ese cometer alguma falta, procurarlogo um confessionário”.

B) Destinados ao amor de DeusO Papa destaca que “também nós

somos destinados a esse imensoamor que Deus reservou” e é Mariaquem indica, com luminosa clareza,o caminho em direção à verdadeiraCasa, aquela na qual é possível vivera comunhão da glória e da paz comDeus.

C ) O que o dogma da AssunçãoC ) O que o dogma da AssunçãoC ) O que o dogma da AssunçãoC ) O que o dogma da AssunçãoC ) O que o dogma da Assunçãoensina ao homem de hoje?ensina ao homem de hoje?ensina ao homem de hoje?ensina ao homem de hoje?ensina ao homem de hoje?

A definição dogmática diz queMaria foi assunta ao céu. Sua Assun-ção mostra o valor do corpo huma-no, templo do Espírito Santo. Tam-bém ele é chamado à glorificação.Nosso corpo não nos é dado para serinstrumento do pecado, para a bus-ca do prazer pelo prazer, mas para aglória de Deus.

O dogma da Assunção nos dáuma certeza: Maria já alcançou a re-alização final. Tornou-se, assim, umsinal para a Igreja que, olhando paraela, crê com renovada convicção noscumprimentos das promessas deDeus. Também nós somos chama-dos a estar, um dia, com a Santíssi-ma Trindade. Olhando para o que

Deus já realizou em Maria, os cris-tãos animam-se a lutar contra opecado e a construir um mundojusto e solidário, para participar,um dia, do Reino definitivo.

Uma mulher já participa da gló-ria que está reservada à humani-dade. Nasce, para nós, um desafio:lutar em favor das mulheres que,humilhadas, não têm podido dei-xar transparecer sua grande voca-ção. Em Maria, a dignidade da mu-lher é reconhecida pelo Criador.Quanto nosso mundo precisa cami-nhar e progredir para chegar a essemesmo reconhecimento!

É preciso estarmos atentos aum risco: a verdade sobre a Assun-ção de Maria, sobre sua glorifica-ção antecipada, pode fazer comque passemos a vê-la distante denós, muito acima de nossa vida ede nossa realidade. Crer na Assun-ção é proclamar que aquela mulherque deu à luz num estábulo, entreanimais, que teve seu coração tras-passado, viveu no exílio, foi exal-tada por Deus e, por isso mesmo,está muito mais próxima de nós.A Assunção mostra as preferênci-as de Deus por aqueles que sãopobres, pequenos e pouco conside-rados neste mundo.

Monsenhor João Clá Dias termi-na essa meditação com essa belaoração:

“Ó Mãe e Rainha de toda Glória,aceitai esta meditação de Vossatriunfal Assunção ao Céu, em de-sagravo ao Vosso Imaculado Cora-ção e derramai sobre nós, bênçãossobre bênçãos, graças sobre gra-ças. Glória a Vós como Chave e Por-ta do Paraíso. Atraí-nos vossa bon-dade e conduzi-nos ao Reino deDeus, onde estaremos perpetua-mente convosco, Amém!”

Frei Benedito Félix da RochaVigário Paroquial

[email protected]

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Boletim Informativo da

Paróquia Nossa Senhora das Mercês6 agosto.2012

Consagração Secular, os Institutos SecularesUm jeito diferente de viver o evangelho! Uma nova forma de ser Igreja, hoje!

No decorrer da vida da Igreja, sem-pre existiram cristãos que se sentiamchamados por Cristo para segui-lo eassumirem, com ele, um compromis-so de vida e santidade no mundo.

Na Igreja primitiva, assumir o ba-tismo era tomar uma decisão perigo-sa. Era quase o mesmo que se candi-datar ao martírio.

No século XIII, São Francisco de As-sis fundou a Ordem dos Frades Meno-res e, junto com Clara de Assis, o ramofeminino da Ordem. Mas criou tam-bém a Ordem Terceira Franciscana,destinada a cristãos leigos de qualqueridade e condição.

No final do século XIX, aumentou onúmero dos que desejavam professara pobreza, a obediência e a castidadeperfeita na secularidade.

Os Institutos seculares nasceramno início do século XX mas somenteem 2 de fevereiro de 1947, o Papa PioXII os reconhece oficialmente median-te a constituição apostólica "ProvidaMater Ecclesia".

O Papa João Paulo II assinalou, que"os membros dos institutos seculares,vivendo sua vida cotidiana em meio

dos diversos grupos sociais, têm emMaria o exemplo [...], o testemunho [...]e a prova de que as realidades tempo-rais vividas com a força do Evangelho,podem vivificar a sociedade fazendo-amais livre e mais justa, em benefício detodos.

No Brasil, desde o final da década dequarenta, os cenários da Igreja e da so-ciedade em mudança formavam umquadro favorável ao desenvolvimentodos Institutos Seculares.

A Ação Católica abria-se em váriasfrentes de apostolado, sobretudo nomundo operário, estudantil e agrário:JAC (Juventude Agrária Católica), JEC (Es-tudantil), JIC (Independente), JOC (Ope-rária) e JUC (Universitária).

Em Curitiba, na realidade atual demetrópole, temos diversos Institutos deVida Consagrada Secular que vivem osConselhos Evangélicos.

Vejamos o seguinte: na vida Consa-grada Religiosa as irmãs se retiram domundo secular para viverem em comu-nidade. Algumas vivem enclausuradas,voltadas exclusivamente para a oraçãocontemplativa. Outras vivem a dimen-são contemplativa e ativa no mundo.

Frei Moacir

Antonio Nasato

- OFMCap

Enquanto que os membros dos Ins-titutos Seculares vivem sua vocaçãodentro das realidades do mundo semsair do mundo, no século, a exemplo deJesus, Maria e José que foram os primei-ros Consagrados no mundo. Santifican-do as realidades do mundo onde os Pa-dres e Freiras não podem estar.

Por isso o membro de Instituto Se-cular é um apaixonado por Cristo quevive com sua família, na sua profissão,inserido nas mais diversas realidades domundo sendo sal, luz e fermento nomeio da massa. Existem no mundo maisde 220 Institutos Seculares. No Brasil86.

CNIS - A Conferência Nacional dosInstitutos Seculares, designada pela si-gla CNIS, é o organismo que reúne osModeradores dos Institutos Secularesdo Brasil,

Na Conferência Nacional dos Insti-tutos Seculares temos a presidenteque mora aqui pertinho da ParóquiaN. Sra. das Mercês, a Helena Paludo.E na Faz. Rio Grande reside a secre-tária do CNIS, Rita Bender. O Assis-tente da Vida Consagrada é D. JaimeSpengler, OFM de Porto Alegre e a

No mês de agosto celebramos diversas vocações,como a do pai, do sacerdote e do catequista. Devidoà diminuição de candidatos ao sacramento da Ordem,é oportuno que façamos algumas reflexões sobre avocação sacerdotal.

Através da história da humanidade, especialmen-te na Bíblia, encontramos costumes e leis no com-portamento perante Deus. Fundamentalmente, o sa-cerdócio cuida do serviço religioso. Lembramos deMelquisedec, rei de Salém, sacerdote do Deus Altís-simo (Gn 14, 17-20) e de Aarão (Ex 28, 1), na organi-zação mosaica. Havia severos castigos para quem seatrevesse a exercer ministérios sacerdotais fora daorganização mosaica (Lv 10, 1-8).

Com a inauguração do primeiro Templo de Jeru-salém no ano de 900 antes de Cristo até o terceiroTemplo no ano 70 depois de Cristo, começaram ha-ver novas normas para o exercício do sacerdócio. Nospovos vizinhos a Israel, o primogênito pertencia aDeus e devia ser imolado, mas, Deus impediu queAbraão imolasse seu primogênito Isaac (Gn 22, 1-18),substituindo-o pelo sacrifício de um animal: boi ouvaca, carneiros ou ovelhas, e pombas para os pobres.Só os sacerdotes podiam entrar no Templo para sa-crificar as vítimas pela redenção dos primogênitos. Opovo ficava no pátio.

Na quinta-feira da Semana Santa, Jesus Cristo ins-tituiu o sacerdócio da Nova Aliança com a instituiçãoda Eucaristia. Inicialmente, este poder e dever sa-cerdotais ficaram com os apóstolos. Obviamente, elesnão iriam encontrar tempo para atender todos os cris-tãos. Nos primeiros concílios ou encontros apostóli-cos ficou decidida a necessidade de encontrar auxili-ares no ministério apostólico (At 6, 1-7). Assim fo-

Vocação Sacerdotal

Regional do Paraná - CRIS temcomo Assistente Monsenhor Carli-no Parente residente na Catedral.

Aqui em Curitiba temos repre-sentantes de Institutos Seculares:Franciscano SEARA, Pequena Fa-mília Franciscana, Assistentes doApostolado Sacerdotal, PequenaFamília de Irmãos Franciscanos,Servas de Jesus Sacerdote, Aposto-lado Católico, Deus Caritas, Irmãsde Maria de Schöenstatt, Mariade Nazaré (Orionita), Murialdo,Padres de Schöenstatt (Londri-na) , Sagrado Coração de Jesus(Prudentópolis).

Existe o Blog da CNIS -

www.cnisbrasil.blogspot.com.br

ram instituídos os presbíteros ou sacerdotes. O sacra-mento da Ordem instituído por Cristo ficou enriqueci-do em três graus: bispos, presbíteros e diáconos.

Atualmente, o bispo de Roma sucede a Pedro es-

colhido por Cristo como rochedo da Igreja (Mt 16, 17-20), o colégio apostólico ou bispos escolhidos peloPapa governam dioceses e os padres dirigem paró-quias. É admirável a formação dos sacerdotes católi-cos. Terminado o segundo grau dos estudos, o can-didato ao sacerdócio entra no seminário ou institutoeclesial apropriado onde se forma em Filosofia portrês anos; em seguida faz quatro anos de Teologia eCiências Bíblicas. Só então é que pode ser aprovadoe admitido ao sacerdócio.

Entrei no Seminário em 1940 e fui ordenado sa-cerdote em 1957. Além destes estudos, de 1958 a1963 especializei-me em Teologia na Pontifícia Uni-versidade Gregoriana e em Sagradas Escrituras noPontifício Instituto Bíblico, ambos em Roma. Sem-pre gostei desta bendita vocação tão intimamenteligada a Deus e ao seu povo. Creio que nada há demelhor nesta vida do que sentir Deus e os irmãoscomo razão de minha vida.

A diminuição das vocações sacerdotais não é pro-blema devido a Deus, mas, à promoção vocacionalque depende de nós. Deus sempre chama, mas, cadaum de nós responde conforme as circunstâncias fa-miliares e sociais. A vocação sacerdotal de per sinão elimina problemas. Sabemos de sacerdotescom impulsão de pedofilia, homossexualidade,alcoolismo e outras. Na verdade, são fatos tris-tes, mas, felizmente raros. Bem-aventurado opovo que protege seus sacerdotes!

É bom lembrar que todos nós, pelo batismo,somos sacerdotes (1Pd 2, 9) e, com o presidenteda celebração, concelebramos a Páscoa de Cristo Je-sus dentro de nossas igrejas. Bendito seja Deus!

Frei Ovídio Zanini

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Boletim Informativo da

Paróquia Nossa Senhora das Mercês7agosto.2012

Vocação LaicalA missão de todo o povo cristão

Marcia Regina

Cordoni Savi

Presidente do

Conselho Nacional

do Laicato do Brasil

(CNLB)

da Arquidiocese

de Curitiba

Em agosto celebramos o mês voca-cional, e desta forma a Vocação Laical.Para celebrarmos essa data tão impor-tante para os servos de Deus precisa-mos entender melhor o que é a Voca-ção Laical.

A palavra vocação se origina do ver-bo vocare (chamado, em latim) e refe-re-se à realidade de que Deus chama –vocaciona - os seres humanos. A pala-vra leigos, que utilizamos atualmente,deriva do latim laicus que, por sua vez,vem do grego laikós e significa umapessoa que não pertence ao clero. Des-ta maneira temos que a vocação laicalé o chamado de Deus para o povo e,através desta vocação somos todoschamados à levar até o mundo a san-tidade recebida no batismo.

Fundamental é a definição de leigoque a Lumen Gentium (Luz dos Povos),principal documento do Concílio Vati-cano II nos dá. “Por leigos entende-seaqui o conjunto dos fiéis, com exce-ção daqueles que receberam umaordem sacra ou abraçaram o estadoreligioso aprovado pela Igreja, isto é,os fiéis que, — por haverem sido in-corporados em Cristo pelo batismo econstituídos em Povo de Deus, e por

"... Jesus partiu dali numa barca para se retirar a um lugar deserto ..."(Mt 14, 13)

participarem a seu modo do ofício sacer-dotal, profético e real de Cristo – reali-zam na Igreja e no mundo, na parte quelhes compete, a missão de todo o povocristão.” A partir daí o laicato é de-finido de forma positiva, pelo que é,e não mais de forma negativa, comoas pessoas que não fazem parte doclero.

O mundo repleto de seus desafiosnos obriga como leigo(as) a estarmosprontos a fazer emanar a santificaçãonossa e do próximo nos mais diversosambientes, seja em nossa comunidadeou nas esferas de nossa vida em socie-dade.

Como leigos e leigas precisamos terciência , nossa postura de evangelizado-res e missionários não se resume so-mente a nossas paróquias e movi-mentos, esta postura deve ser coe-rente em todos os lugares da socie-dade, pois as nossas paróquias es-tão inseridas dentro da sociedade enós leigos(as) fazemos parte domundo como agentes transformado-res da realidade e desta forma omundo é o nosso meio a missão eevangelização.

Somos chamados a atuar nas mais

diversas áreas da sociedade como cris-tãos fazendo com que o mundo sejamenos caótico e muito mais humano,como leigos(as) na política, na realida-de social, na economia, nos meios decomunicações, nos sindicatos, no mun-do do trabalho, na cultura, na família eem outras realidades.

A vocação Laical ocupa um lugar cen-tral na Igreja e, consequentemente, nascomunidades e na sociedade. A grandemassa do re ino de Deus são osleigo(as), mas frequentemente es-quecemos desta importância e dei-xamos que nosso bairro, nossa cida-de e país sofram as consequênciasde nossa omissão. Vemo-nos muitasvezes indignados com a situação vi-vida na sociedade atualmente, masé preciso saber que esta situação é con-sequência de nossas omissões e incoe-rências.

O mandamento da caridade, enten-dido como a busca da justiça, igualda-de, eliminação de preconceitos e princi-palmente como serviço ao próximo, devenortear nossa atitudes com leigos(as) eagentes da sociedade. Através dessemandamento devemos buscar a trans-formação da sociedade através da famí-

lia, dos valores, da atuação na socie-dade como cidadãos e de nossas vo-cações profissionais.

O exercício de observar a figura lai-cal como um sacerdócio dentro da Igre-ja, parece que raramente é feito, quan-do assumimos o nosso batismo, assu-mimos também nossa condição de sa-cerdote, profeta e rei. Jesus Cristo,quando estava encarnado na históriafoi um saverdote leigo. Leigos e leigassó poderão ser Igreja plenamente sese constituírem plenamente leigos eleigas, não sendo tarefeiros, mas su-jeitos eclesiais que pensam e elabo-ram, sugerem e se sentem correspon-sáveis pela missão da Igreja.

O leigo e a leiga representam a Igre-ja no mundo, e o mundo na Igreja.

EXPEDIENTE: Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB) – Arquidiocese de Curitiba - Presidente: Marcia Regina Cordoni Savi – (41) 3206-0982 (41) 8421-0028 -Email: [email protected], [email protected]

Elevir Dionysio Neto

Contam-nos os Evangelistas quedurante a Sua vida pública Jesus bus-cou por algumas vezes retirar-se parater um contato ainda maior com o Pai,para recarregar as energias antes devoltar à intensa atividade do serviçoque Lhe havia sido confiado por Deus.Assim também nós, cristãos, somosconvidados a fazer de quando emquando.

E isto se fez no ensolarado domin-go do dia 05.08.2012 quando um gran-de grupo de Ministros Extraordináriosda Sagrada Comunhão e também mui-tas e importantes lideranças paroqui-ais estivemos reunidos em retiro nacasa das Filhas da Caridade de São Vi-cente de Paulo, junto à Capela da Me-dalha Milagrosa.

A pregação e condução do retirocoube ao experiente e muito abençoa-do Frei Geraldo Carbonera, que de Pon-ta Grossa nos veio trazer mensagensvaliosas, em sua maioria mais especí-ficas aos MESC´s, lembrando-nos asqualidades essenciais a um bom MESCe quais as tarefas ínsitas a este servi-ço. Mas também falou aos demais ir-mãos que emprestam seus talentosem outras pastorais apontando-nosdidaticamente a forma como Jesustransformou pescadores nada excep-cionais em fiéis apóstolos, prestigian-

do-nos, a todos, com uma bela e inspi-radora oração do líder.

Creio não discrepar do sentimentomajoritário dos presentes ao apontarque o momento que trouxe maior bál-samo às almas foi quando Frei Geraldonos conduziu por um muito necessárioExame de Consciência com a bondadepastoral de um verdadeiro Frade Capu-chinho ao substituir as invocações doque "deveríamos ter feito e não fizemos"pela menção do que "poderíamos terrealizado mas nos omitimos. Assim, to-

dos pudemos refletir sobre nossas fal-tas sem sentir um peso exagerado quemuitas vezes afoga o coração humanode todos nós, filhos de Deus, num sen-timento de culpa e vergonha que nosafastam por vezes da esperança.

Durante a pausa do café e do delicio-so almoço preparado com muito amorpelas irmãs Vicentinas, como habitual,houve bonitos momentos de convivên-cia verdadeiramente fraterna sob o ra-diante irmão Sol, assim como igualmen-te inspiradoras foram as canções con-

duzidas pela musicista Adriana Blumque nos acompanhou com seu afinadoviolão durante todo o retiro.

Injusto seria deixar também deenaltecer o mariano serviço da equipede coordenação que teve a coragem deinovar no roteiro do retiro mas o fezcom amor e simplicidade, lembrandobem a lição do lava-pés (Jo 13, 5) e atin-gindo um resultado que todos deseja-mos seja frutuoso.

Fica, por fim, o exemplo testemu-nhal do Frei Geraldo que já bastantevivido, sem plena saúde e mesmo dis-pensado de tarefas pela Província, con-tinua fazendo serviços voluntários deevangelização, dando exemplo damensagem maior que nos deixou: colocarem prática missionária o que aprendemosà partir do conhecimento da Boa-Novae sempre celebrar a vida.

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Boletim Informativo da

Paróquia Nossa Senhora das Mercês

Boletim Informativo da

Paróquia Nossa Senhora das Mercês8 9agosto.2012 agosto.2012

SAGRAÇÃO EPISCOPALEscrevo estas poucas linhas para manifestar meus

sinceros agradecimentos. Ao frei Pedro Cesário Pal-

ma, pároco desta Paróquia Nossa Senhora das

Mercês que, de forma tão fraterna, no dia em que

cheguei de Roma, procurou-me e colocou a si

mesmo e a comunidade paroquial à disposi-

ção para acolher e preparar a celebração. Aos

vigários paroquiais, frei Ovídio Zanini e frei

Benedito Félix da Rocha. Ao CAEP, que, com es-

pírito de Igreja, foi sensível e veio ao encontro das

necessidades da organização e da realização de

toda a cerimônia. Aos funcionários da Paróquia,

que não mediram esforços para que todos fos-

sem acolhidos de forma franciscana e fraterna e

a todos os paroquianos, benfeitores e visitantes

o meu muito obrigado.

Com muita estima e reconhecimento, quero

agradecer os freis capuchinhos do Convento Nossa Se-

nhora das Mercês, na pessoa do guardião atual, Fr. Jai-

mir Compagnoni, porque esta foi a minha fraternidade

na Província nestes últimos seis anos. Obrigado de coração.

Deus os recompense pela acolhida e generosidade.

Agradeço, de modo especial a todos os freis e leigos

que trabalharam na Comissão organizadora desta mi-

nha ordenação episcopal. Incluo aqui quem preparou os

convites, a hospedagem, a equipe de canto, a parte li-

túrgica, a organização da Igreja. Obrigado por esse tra-

balho feito com amor e com espírito de doação.

Estou partindo para uma nova missão na Diocese de

Erechim-RS, mas levo no coração e terei presente nas

minhas orações meus confrades e este povo maravilho-

so que sempre tem acompanhado e ajudado os freis Ca-

puchinhos.

Que o bom Deus e Pai, derrame suas bênçãos sobre

todos vocês. De coração o meu muito obrigado a todos.

+ Dom José Gislon, OFMCa. - Bispo da Diocese de Erexim-RS

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Boletim Informativo da

Paróquia Nossa Senhora das Mercês

Boletim Informativo da

Paróquia Nossa Senhora das Mercês8 9agosto.2012 agosto.2012

SAGRAÇÃO EPISCOPALEscrevo estas poucas linhas para manifestar meus

sinceros agradecimentos. Ao frei Pedro Cesário Pal-

ma, pároco desta Paróquia Nossa Senhora das

Mercês que, de forma tão fraterna, no dia em que

cheguei de Roma, procurou-me e colocou a si

mesmo e a comunidade paroquial à disposi-

ção para acolher e preparar a celebração. Aos

vigários paroquiais, frei Ovídio Zanini e frei

Benedito Félix da Rocha. Ao CAEP, que, com es-

pírito de Igreja, foi sensível e veio ao encontro das

necessidades da organização e da realização de

toda a cerimônia. Aos funcionários da Paróquia,

que não mediram esforços para que todos fos-

sem acolhidos de forma franciscana e fraterna e

a todos os paroquianos, benfeitores e visitantes

o meu muito obrigado.

Com muita estima e reconhecimento, quero

agradecer os freis capuchinhos do Convento Nossa Se-

nhora das Mercês, na pessoa do guardião atual, Fr. Jai-

mir Compagnoni, porque esta foi a minha fraternidade

na Província nestes últimos seis anos. Obrigado de coração.

Deus os recompense pela acolhida e generosidade.

Agradeço, de modo especial a todos os freis e leigos

que trabalharam na Comissão organizadora desta mi-

nha ordenação episcopal. Incluo aqui quem preparou os

convites, a hospedagem, a equipe de canto, a parte li-

túrgica, a organização da Igreja. Obrigado por esse tra-

balho feito com amor e com espírito de doação.

Estou partindo para uma nova missão na Diocese de

Erechim-RS, mas levo no coração e terei presente nas

minhas orações meus confrades e este povo maravilho-

so que sempre tem acompanhado e ajudado os freis Ca-

puchinhos.

Que o bom Deus e Pai, derrame suas bênçãos sobre

todos vocês. De coração o meu muito obrigado a todos.

+ Dom José Gislon, OFMCa. - Bispo da Diocese de Erexim-RS

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Boletim Informativo da

Paróquia Nossa Senhora das Mercês10 agosto.2012

Na Bíblia Sagrada, no Livro do Gênesis, lemos:

“E disse Deus: Façamos o homem à nossa ima-

gem, conforme a nossa semelhança; e domine

sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus,

e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo

o réptil que se move sobre a terra. E criou Deus o

homem à sua imagem: à imagem de Deus o criou;

homem e mulher os criou. E Deus os abençoou, e

Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e en-

chei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os pei-

xes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo

o animal que se move sobre a terra. (Gênesis 1:26-

28)

E disse o SENHOR Deus: Não é bom que o

homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora idô-

nea para ele. Havendo, pois, o SENHOR Deus

formado da terra todo o animal do campo, e toda

a ave dos céus, os trouxe a Adão, para este ver

como lhes chamaria; e tudo o que Adão chamou

a toda a alma vivente, isso foi o seu nome. E

Adão pôs os nomes a todo o gado, e às aves dos

céus, e a todo o animal do campo; mas para o

homem não se achava ajudadora idônea. Então

o SENHOR Deus fez cair um sono pesado sobre

Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas

costelas, e cerrou a carne em seu lugar; E da cos-

tela que o SENHOR Deus tomou do homem, for-

mou uma mulher, e trouxe-a a Adão. E disse

Adão: Esta é agora osso dos meus ossos, e car-

ne da minha carne; esta será chamada mulher,

porquanto do homem foi tomada. Portanto dei-

xará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-

se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.

(Gênesis 2:18-24)”

Assim, concluímos que o matrimônio é uma

instituição divina, porquanto instituído por Deus,

para a realização de Seu plano para o ser huma-

no, para a humanidade. Apesar de, num primei-

ro momento, parecer ser um instrumento para

crescimento e perpetuidade da espécie huma-

na, na verdade, é na vivência e convivência diá-

ria que homem e mulher são provocados a todo

instante, a exercitar os mais elevados e subli-

mes sentimentos e qualidades morais, mentais

e espirituais, de que são possuidores. E não só

os esposos, mas também os filhos e filhas do

casal, que constituem a família.

Deus criou homem e mulher, com suas dife-

renças, e os colocou no centro da criação. Criou-

os por amor e para o amor. O amor é, portanto,

a fundamental e originária vocação do ser hu-

mano. Deus ama incondicionalmente cada ser

humano e quer levá-lo à plena realização do seu

plano de amor. O matrimônio é uma das possibilida-

des de realização e felicidade da pessoa humana.

Homem e mulher, mediante o sacramento do

A Vocação ao Matrimônio

matrimônio, são chamados a viver a íntima co-

munhão de vida e de amor conjugal na totalidade

do corpo e do espírito. É o que nós chamamos de

amor conjugal Cristão. Entretanto, precisamos

entender o verdadeiro sentido do amor, tão

deturpado hoje, sobretudo pela mídia! Eis o

significado do amor cristão: Querer bem, sem

querer nada do outro. É pura gratuidade e do-

ação! Amar é fazer o outro feliz! A ferramen-

ta da Igreja para auxiliar no discernimento

matrimonial dos noivos é o encontro de pre-

paração para o casamento (cursos de noivos),

o qual tem como objetivo: sensibilizar os noi-

vos para optarem livre e conscientemente pelo

sacramento do matrimônio, baseados no verda-

deiro amor conjugal cristão. Para tanto, precisa-

mos sempre olhar a família dentro do projeto ori-

ginal de Deus. O matrimônio é sacramento por-

que é um sinal visível da aliança entre Deus e seu

povo e de Cristo com sua Igreja. O código de Direi-

to canônico oferece um conceito de matrimônio

muito simples e útil: “ A aliança matrimonial pela

qual o homem e a mulher constituem entre si uma

comunhão para a vida toda, é ordenada por sua

índole natural ao bem dos cônjuges e à geração e

educação da prole, foi elevada, os batizados, à dig-

nidade de sacramento”. Através do sacramento

do matrimônio, o casal organiza a família como

Deus quer e espera dos seus filhos. A família cris-

tã, no plano de Deus, é chamada a ser:

1-Uma comunidade de amor, que se caracte-

riza pela unidade e comunhão, porque Todo ser

humano quer amar e ser amado. A família é esco-

la e espaço para a experiência do verdadeiro amor

que faz a alegria, a felicidade e harmonia da famí-

lia.

2-Santuário da vida: a família é a serva e pro-

tetora da vida, já que o direito à vida é a base de

todos os direitos. Este serviço não se reduz só a

procriação. Porém, é antes de tudo um auxílio efi-

caz para transmitir os valores autenticamente

humanos e cristãos. É o que nos lembra Semana

nacional da família de 2010, cujo tema é: “Famí-

lia, formadora de valores humanos e cristãos”.

Portanto, a família é o espaço para transmissão

da vida e não o laboratório de reprodução hu-

mana. A ciência e as biotecnologias de reprodu-

ção ajudam. Porém, não substitui o relaciona-

mento conjugal na transmissão da vida. A ética

da vida está acima da técnica!

3-Célula mãe da sociedade: a família é esco-

la das virtudes humanas e sociais. É no seio da

família cristã que se forma os bons e honestos

cidadãos para a sociedade. “Famílias, educai vos-

sos filhos, para que não seja necessário punir os

adultos”.

4-Igreja doméstica: A família é o lugar onde

se acolhe, vive, celebra e anuncia a palavra de

Deus. É onde os filhos aprendem o sentido da

fé, de Jesus cristo e do amor a Deus.

A meta do casal cristão é a santificação do

matrimônio, santificar-se no matrimônio e san-

tificar os outros pelo matrimônio. Recordemos

o que disse o Papa João Paulo ll: “Os dois bens

mais preciosos da humanidade, chamam-se:

Família e matrimônio. Por isso, o futuro da hu-

manidade passa pela família”.

Como cristãos o casal pode e deve participar

da vida da sua igreja. É uma oportunidade ím-

par, inclusive para integrar os filhos na comuni-

dade e na sociedade, por caminhos mais segu-

ros, onde, em princípio, campeia o bem. Onde as

pessoas estão imbuídas do espírito de Deus e

buscam caminhar na fé, portanto no bem, apoi-

ando-se umas às outras, fraternalmente.

Desde muito cedo, eu e Ivete, procuramos nos

integrar à família cristã, participando da igreja,

como voluntários, nos mais variados serviços.

Sempre conseguimos ter tempo para o traba-

lho, para a família e para o serviço à Deus. Não

há, em verdade,uma separação, pois tudo é vida,

tudo é para e com a família (trabalho, lazer,

Deus). As coisas caminham juntas e na maioria

das vezes se misturam, pois somos as mesmas

pessoas, e não mudamos porque mudamos de

ambiente. Ao contrário, os ambientes reforçam

em nós e nos ajudam na necessidade de viver-

mos sempre e em todo lugar, tendo Jesus Cristo

como modelo, portanto, procurando ser cada dia

melhores. Neste ambiente, criamos nossos fi-

lhos e damos nossa contribuição à sociedade.

Temos consciência de que é uma caminhada.

Não é fácil. Mil situações nos provocam (ora

boas, ora nem tanto) e nos pedem respostas.

Mas vivendo nossa vocação matrimonial e aben-

çoados por Deus (que torna tudo mais fácil e sim-

ples), vamos seguindo, juntos, e nos construído

como filhos do Pai Eterno, a cada dia.

José Carlos e Ivete Silvério

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Boletim Informativo da

Paróquia Nossa Senhora das Mercês11agosto.2012

>> Catequese em Ação

Ministério da CatequeseA catequese é, em primeiro lugar,

uma ação eclesial: a Igreja transmite

a fé que ela mesma vive, (DNC 39) e

o catequista é o porta-voz da comu-

nidade e não de uma doutrina pes-

soal (cf RC 145) O ministério da Ca-

tequese nasce e cresce dentro da

comunidade eclesial. Ele surge da

necessidade de preparar os cristãos

para dar uma resposta de qualidade

ao chamado de Jesus Cristo. A cate-

quese é um ato essencialmente Ecle-

sial (cf. DGC 219a): o verdadeiro su-

jeito da ação catequética é a Igreja,

os catequistas servem a esse minis-

tério e age em nome da Igreja, não é

uma ação particular. A Igreja se edi-

fica a partir da pregação do evange-

lho, da catequese e da liturgia, ten-

do como centro a celebração da eu-

caristia. A catequese é um processo

formativo, sistemático, progressivo

e permanente de educação na fé.A

sua finalidade é promover a iniciação

à vida comunitária, à liturgia e ao

compromisso pessoal e com o evan-

gelho. Mas prossegue a vida inteira,

aprofundando essa opção e fazendo

crescer no conhecimento, na partici-

pação e na ação. (DNC 233)

Percebe-se que a catequese de

iniciação cristã hoje necessita apro-

fundar os gestos e os passos do ca-

minho de Jesus (cf Jo 14,6) Ele vive

em obediência à vontade do Pai (cf

Hb 10,7-10); (Jo 4,34), em uma opção

radical e absoluta chamada Reino de

Deus. Portanto para os batizados a

iniciação cristã consiste em desen-

volver os germes da fé já infundidos

no sacramento do Batismo e aos não

batizados é o conduzir ao mergulho

total no mistério de Cristo Jesus.

A VOCAÇÃO DO CATEQUISTAA palavra vocação vem do

latim vocare que significa chamado.

Pelo Batismo, tanto o homem como a

mulher, desde cedo, são chamados a

uma vida em união com Jesus Cristo e

sua Igreja. Por este sacramento, pas-

samos a fazer parte do povo de Deus,

inseridos na comunidade. A voca-

ção do catequista é comunitária ela

abrange toda ação da comunidade.

Quando o catequista tem a consci-

ência de que foi chamado por Deus,

enviado para e pela comunidade,

desempenha nela um serviço eficaz

e efetivo. Colabora também na trans-

formação da sociedade pelo testemu-

nho comunitário e pelo anuncio da

palavra de Deus. A Vocação é o cha-

mado de Deus que tem como fina-

lidade a realização plena da pessoa

humana. Toda a pessoa é vocacio-

nada, é eleita por Deus. A vocação

é iniciativa de Deus que nos con-

voca para uma missão e é também

resposta convicta que damos a Ele,

colocando-nos à sua disposição.

Ninguém ouve a voz de Deus direta-

mente, nem o vemos. Mas Deus co-

munica conosco através de “sinais” ou

mediações. Pode ser uma pessoa, uma

leitura, o contato com a realidade hu-

mana ou um acontecimento. Seu cha-

mado faz um forte apelo ao engaja-

mento, à ação e ao compromisso com

a Igreja. A palavra vocação significa

ação de chamar. Supõe o encontro de

duas liberdades: a absoluta de Deus,

que chama, e a liberdade humana, que

responde a esse chamado. Qualquer

pessoa pode chamar outra para dizer

algo. Porém a Vocação é algo que atin-

ge decisivamente a existência de uma

pessoa. O catequista é alguém que,

com raízes na fé, na oração e na vida

do povo, percebe a urgência de em-

prestar seu coração, sua voz, todo o

seu ser a Deus e torna-se instrumen-

to do seu amor e da sua bondade

para uma comunidade. O ministério

do catequista ocupa uma importan-

te missão dentro da Igreja, na obra

da evangelização, onde se diferen-

cia dos outros ministérios, pois o ca-

tequista é um educador da fé, que

utiliza a pedagogia do mestre de Na-

zaré, respeitando o tempo, a idade e

a capacidade de cada catequizando.

A/O catequista é a pessoa que con-

tinua o caminho aberto por tantos

profetas, apóstolos, discípulos e dis-

cípulas de Jesus que deram a vida

pela causa do Evangelho. A vocação

do catequista é, antes de tudo, pro-

fética. Como um verdadeiro procla-

mador da Palavra, o catequista é

chamado a ser a antena de Deus no

meio do seu povo, captando os si-

nais de vida e de morte e apresen-

tando sempre a pessoa de Cristo

como referência e caminho seguro.

Ser catequista-profeta exige firme-

za, coragem para apontar tudo àqui-

lo que contraria a vontade de Deus;

isto requer clareza da própria voca-

ção ministerial, da espiritualidade

missionária e descobrir a importân-

cia de sua própria formação.

Parabéns a você catequista, pelo

sim a Deus, pelo seu empenho e de-

dicação no ministério da catequese.

Que Deus os ilumine e concede sa-

bedoria e força para continuar essa

linda Missão. Parabéns pelo dia do

Catequista!Irmã Francisca Aparecida da SilvaCoordenadora Pastoral da Catequese

26 de agosto - Dia do CatequistaQuando Jesus se sentava

entre os amigos e os discípu-los e lhes falava de Deusquando se esquecia das ho-ras passadas felizes debaixoda sombra das árvores pararevelar a Boa Nova a todos, quando abria seucoração para ensinar a rezar, a cuidar da vida, aser bom, a buscar a verdade e a justiça, a cha-mar Deus de Pai, Paizinho, Jesus era catequista.

Quando Maria, lá na suacasa de Nazaré, colocava Jesusmenino em seus joelhos e lhefalava de Deus e lhe explicavaa história do povo de Israel,quando juntos rezavam ossalmos, quando ela abria seu

coração e louvava ao Senhor, cantando como osanjos do céu, Maria era catequista.

Quando Ana e Joaquim, paisde Maria, chamavam a filha jun-to de si e lhe falavam das pro-messas de Deus, quando lheslembravam as profecias queanunciavam o Messias, quandorezavam juntos para que o Sal-vador viesse logo, Ana e Joaquim eram catequistas.

E a história vai longe no tempo passado e irámais longe no tempo futuro, porque ser cate-quista é uma alegria muito grande, porque étransmitir a preciosíssima herança da fé, o bemmais importante que uma família pode legar aseus filhos, que uma comunidade pode dar aseus irmãos. Porque ser catequista é aceitar um

dom de pura doação e felicidade, visto que só épossível falar da abundância do coração. Porqueser catequista é assumir também o testemunhode vida, visto que a palavra ensinada precisa tero eco dos gestos e dos sentimentos, e dos atos edo olhar. Porque ser catequista é ser sempre dis-cípulo e um pouco mestre, sempre disponível emissionário.

Mas a maior alegria de ser catequista é viverse sentindo como que junto a Jesus, debaixo dasárvores, ouvindo-o falar de Deus. Naquelas ho-ras de encontro, de partilha e pura felicidade, pa-rece que Maria nos toma em seu colo de Mãe eos anjos se aproximam para louvar ao Senhor.Porque a catequese pode ser como que um peda-cinho de Paraíso, espaço e tempo de busca e en-contro de Deus.

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Boletim Informativo da

Paróquia Nossa Senhora das Mercês12 agosto.2012

Você já descobriu sua vocação???Afinal, O QUE É VOCAÇÃO

Será que vocação é uma simples escolha? Umchamado? Ou apenas uma tendência?

Vejamos os que nos diz o dicionário:Ato ou efeito de chamar (-se). Tendência ou

inclinação para um estado, uma profissão... Ap-tidão natural, talento.

Geralmente quando se fala em vocação, nosvem a idéia de um “Chamado”. Seria Deus con-vidando ou chamando a um estado especial devida: à Vida Sacerdotal, ou Religiosa. Quandonos referimos aos jovens que estão em prepara-ção para tal chamado, costumamos dizer: “osjovens vocacionados”. Mas será que somente ospadres e religiosos tem vocação? No âmbito re-ligioso, a vocação é sempre um chamado deDeus, para fazer algo em benefício do outro. Apessoa sente-se atraída, impelida para assumirum estado de vida, ou uma atividade para a qualse sente chamada. A vocação é sempre voltadapara o outro. É um serviço, uma doação. Todocristão, pelo batismo é chamado a ser um evan-gelizador – um divulgador da mensagem de Cris-to. E a essência da mensagem do evangelho é oAmor: “Amai-vos uns aos outros”. É pela vivên-cia do verdadeiro amor, da solidariedade... queseremos julgados.

EXISTE DIFERENÇA ENTREVOCAÇÃO E PROFISSÃO?

A palavra “vocação” vem do latim: vox-vocis=voz chamado. Enquanto a palavra “profissão”

Telepatia>> Parapsicologia - nº 59

Sandra sentiu uma sensação de estar sendo cha-mada pelo marido. Preocupada, saiu de casa e co-meçou a andar pela calçada, atenta aos carros quepassavam. Já estava na terceira quadra quando avis-tou o carro dele, parando no meio da rua. Sandrapercebeu que o marido tinha desmaiado sobre o vo-lante e conseguiu socorrê-lo rapidamente.

O que aconteceu com Sandra é um fenômenoconhecido como telepatia. Trata-se de um fenôme-no paranormal de percepção extra-sensorial (PES),em que se fazem presentes no mínimo dois sereshumanos vivos, um que funciona como emissor eoutro como receptor. No caso citado, a mente sub-consciente na esposa captou (receptora) o "pedidode socorro" do marido (emissor), que estava passan-do mal.

Outros exemplos de telepatia são as pessoas queantes de atender o telefone já sabem quem está lin-gando, sem ter como saber que tal pessoa ligaria.Há os que "sonham" com um amigo ou parente edepois ficam sabendo que exatamente naquela horaaquela pessoa passou por uma situação muito difícilou faleceu. Os estudos realizados comprovam que oque uma pessoa sente ou pensa nos momentos queantecedem sua morte são frequentemente capta-dos por telepatia. O mesmo vale para situações emque alguém pensa que vai morrer, ainda que isso nãoaconteça e a pessoa sobreviva.

Por telepatia transmitem-se pensamentos, senti-mentos ou imagens mentais de uma pessoa para ou-tra de forma direta, de mente para mente, sem que asinformações passem por algum dos cinco sentidos.Este fenômeno acontece independente de barreiras oudistâncias que possam haver entre o emissor e o re-ceptor.

As pesquisas sobre a possibilidade da existência datelepatia se tornaram sistemáticas a partir de1930, com a criação do Instituto de Parapsicolo-gia na Universidade de Duke, nos Estados Unidos,dirigido pelo Dr. Joseph Rhine. Ele e sua equiperealizaram quase 3 milhões de tentativas de per-cepção extra sensorial, com resultados altamen-te satisfatórios segundo o cálculo de probabilida-des. Nas experiências usava-se um baralho espe-cialmente criado para fazer testes de percepçãoextra sensorial. Uma pessoa tirava uma das cartas eem outro local outra pessoa tentava captar qual era acarta tirada.

Em agosto de 1953, realizou-se na Holanda o Pri-meiro Congresso Internacional de Parapsicologia,com a participação de especialistas de 14 países.A conclusão geral foi de que, a partir das experi-ências do Dr. Rhine e seus colaboradores, não ha-via como negar a existência da telepatia e de ou-tros fenômenos paranormais de conhecimento,como a pré-cognição e a claripercipiência. Depois

disso, pesquisadores do mundo inteiro fizeram ou-tros estudos e muitos chegaram a resultados simi-lares, mesmo com técnicas diferentes das usadas nauniversidade de Duke.

No dia a dia podemos usar da telepatia para faci-litar ou melhorar a convivência. O que se sente oupensa em relação a alguém pode ter muito mais in-fluencia do que o que se fala. A atitude mental inter-fere nas relações de pais para com os filhos e vice-versa, do marido com a esposa e vice-versa, de ir-mãos entre si, da família com os vizinhos, do geren-te com os subordinados, do professor com o alu-no, etc. A raiva, a condenação, a superproteção,ter pena, são venenos transmitidos telepatica-mente. Por outro lado, através da compreensão,aceitação e amor é possível ajudar telepatica-mente os outros ou abrir caminho para relacio-namentos mais harmoniosos. Isso também podeser feito através da oração. Orar por alguém édesejar-lhe o bem, é envolvê-lo em bons sentimen-tos. Tudo isso está em sintonia com o que Jesus deNazaré nos ensina: "Amem os seus inimigos, e fa-çam o bem aos que odeiam vocês. Desejem o bemaos que os amaldiçoam, e rezem por aqueles que ca-luniam vocês" (Lc 6,27-28).

Parapsicólogo Flávio Wozniack - 3336-5896 9926-5464

E-mail: [email protected]

Atendimento gratuito (para carentes) - Paróquia das Mercês – 3335-5752

também de origem latina significa profissione –perito, ofício...

Não podemos dizer que profissão e vocação éa mesma coisa. O sujeito pode exercer uma certaprofissão, sem ter vocação para a mesma. Por ex.:posso ser médico simplesmente como forma deganhar dinheiro, ou para satisfazer a vontade dospais, sem no entanto ter vocação para a medici-na. É a partir desse contexto que, em todas asáreas surgem os “maus profissionais”.

É importante refletirmos sobre essa questão,nessa época em que cada vez mais se ampliam oscursos universitários, dando oportunidade demúltiplas escolhas profissionais. Ao mesmo tem-po, criando situações em que muitos jovens sequestionam: que devo fazer? Que curso escolher?Sou chamado para que?. Qual a área que oferecemaiores chances de realização profissional?

A escolha da profissão é de grande importân-cia e deve ser coerente com nossos talentos, comnossa missão de vida, com nossas necessidadesindividuais, tendo em vista não somente o pró-prio crescimento, mas o bem da família, da socie-dade em que vivemos. Não vivemos sozinhos.Somos fruto da dedicação de muitas pessoas.

Aristóteles, grande filósofo grego, já dizia queo homem é por natureza um animal social – pornatureza vive em comunidade. Vivendo em comu-nidade, nossas ações nunca são isoladas, mas re-percutem em toda a comunidade. Assim tambémem relação à nossa atividade profissional.

SOMOS TODOS VOCACIONADOSTodo ser humano é chamado por Deus para

ser feliz e essa felicidade precisa ser buscada nasações concretas do dia a dia, também no exercí-cio da profissão. Somos chamados a dar um sen-tido profundo para a vida e somente quando es-tamos em sintonia com nossa alma, é que con-seguimos nos sentir felizes, realizados e plenosno exercício profissional.

Se a profissão que escolhemos é coerentecom o nosso projeto de vida, ou seja, está emsintonia com a vocação para qual nos sentimosatraídos, o trabalho será fonte de prazer, de ale-gria e de realização. Todas as profissões são dig-nas. Todas enriquecem, porque a riqueza é fru-to da mente rica. Todas as profissões tem mer-cado de trabalho, desde que você deseje ser omelhor, o mais especializado.

Nunca se deve escolher uma profissão sópelo dinheiro que rende, mas sim, pela sa-tisfação que dá. “Uma profissão aborrecida,embora bem remunerada, pode fazer o di-nheiro voar pela janela em direção aos mé-dicos e às farmácias.”

O trabalho corresponde a pelo menos um ter-ço da vida. Então, caro jovem, escolha a profis-são que mais lhe agrada e você viverá sua vidaplenamente.

Nelly Kirsten - Parapsicóloga Clínica

Fone: 3024-8513 / 9117-0869

E-mail: [email protected]

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Boletim Informativo da

Paróquia Nossa Senhora das Mercês13agosto.2012

Jorge Antonio Ferreira de AndradeDiácono Permanente

Frei RogérioGoldoni Silveira

[email protected]

Diácono, aquele que serve!

Nossos jovens freis“Se alguém quiser vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me” (Mt 16,24).

O evangelho de João fala que João Batista esta-va com dois discípulos, quando viu Jesus passar edisse: “Eis o Cordeiro de Deus” (Jo 1,35-36). Os discí-pulos ouviram João e começaram a seguir Jesus. Pa-rece que seguiam meio de longe... Mas Jesus perce-beu e perguntou: “o que vocês procuram? Eles dis-seram: mestre, onde moras?” (Jo 1,39).

Gosto desse relato do chamado dos discípulosporque vejo uma semelhança com minha história vo-cacional. Certo dia, me senti cativado pelo jeito fra-terno e alegre de dois Freis, em especial os Freis JoãoMorás e Jaimir Compagnoni. E me recordo que dissea um amigo que estava com vontade de “entrar noconvento”, ou seja, ser um Frei. Até então, eu nun-ca havia pensado nessa possibilidade. Na verdade,nem sabia ao certo o que era ser padre, frei, bispo...Penso que eu estava como os dois discípulos queouviram falar de Jesus, perceberam algo especial noSenhor, mas o seguiam de longe!

Acabei entrando no seminário, em Céu Azul, mi-nha cidade. Tinha dezesseis anos. Foi uma experi-ência bonita, mesmo com algumas dores (peque-nas e grandes): deixar trabalho, abrir mão de umnamoro, optar por não estudar o que eu sempre dis-se que estudaria (matemática ou engenharia). Emalguns momentos pensei em desistir. No primeirodia no Convento Bom Jesus, em Ponta Grossa, memachuquei. A dor era grande, chorei demais. Choreitanto que acabei dormindo. Meu primeiro pensa-mento foi: vou embora!

Graças a Deus eu não voltei para casa. Outrosdesafios apareceram, mas a vontade que eu tinhade ser um Frei Capuchinho era enorme. Admirava-

me com a simplicidade dos Freis, com sua serenidadee alegria, e com a forma que eram acolhidos pelo povo.Aos poucos, a incerteza foi se dissipando e passei agostar mais da vida (vocação) que eu havia assumidoem meio as incertezas da minha adolescência. É iguala um namoro: no início a gente gosta, mas depois seapaixona e começa a amar de verdade.

No dia 09 de agosto de 2008 fiz meus votos per-pétuos, momento em que passamos a ser Frei parasempre. Sirvo a Ordem dos Freis Capuchinhos e à Igrejacomo consagrado. Atualmente trabalho no setor de ani-mação vocacional, ajudando outros jovens a discernir suavocação. Além disso, assessoro cursos de Bíblia para lei-gos, religiosos(as) e seminaristas. Aos poucos fui des-

cobrindo um novo amor: a Palavra de Deus.Hoje, com vinte e nove anos, sou muito grato a

Deus pelo chamado vocacional e pela coragem queele me deu para responder sim. Não nasci Frei, masme fiz Frei. Creio firmemente que Deus nos acom-panha e ilumina nosso caminho. Minha família alémde não ser muito religiosa, era muito fragmentada.E, mesmo assim, me tornei Frei Capuchinho.

Sempre pensei que poderia ter uma família mui-to bonita, ser um exemplo. Mas deixei esse grandesonho, para assumir algo que, para mim, é maior: avida consagrada. No evangelho, Cristo diz: “Se al-guém quiser vir após mim, renuncie a si mesmo,tome sua cruz e siga-me” (Mt 16,24). A experiênciade dirigir nosso amor todo a Deus e, por causaDele, a todo o povo, é linda. E espero que nestemês vocacional outros jovens possam se sentirmotivados a fazer esta experiência. Jovem, sejavocê também um Frei Capuchinho. Dê sentido àsua vida. Você pode não ser reconhecido como ohomem mais importante do mundo, mas terá en-contrado um sentido para sua vida que vai te preen-cher totalmente.

Falar de vocação nos leva a compreensão de um cha-mado e de uma missão a ser cumprida. Os documentosda Igreja ensinam que toda pessoa é vocação e sob a luzda fé cristã, não nascemos apenas do encontro do homemcom uma mulher, mas, somos pensados e queridos porDeus. Portanto, toda pessoa tem uma origem divina ehumana ao mesmo tempo.

Em nossa origem divina e humana, somos missionári-os e cada pessoa, onde quer que se encontre, tem umamissão a viver e a cumprir. Ninguém é maior, ninguém émenor. Na fé cristã, o valor de alguém, não se mede pelocargo que ocupa, mas, pelo amor que se vive. Somos mem-bros vivos uns dos outros e todos são necessários.

Essa consciência do valor da vida nos leva a solidarie-dade, principalmente com os mais necessitados. SantoAgostinho afirma: “A maior glória de Deus é a digni-dade do homem”. Portanto, é impensável viver a fésem a consciência de comunhão com Deus e com osirmãos. “Quem diz amar a Deus a quem não vê e nãoama o irmão a quem vê, se engana a si mesmo e émentiroso” (1Jo 4, 20-21).

O mês de agosto é o mês das vocações. Nada émelhor ou mais fácil, do que falar da sua própria voca-ção, mas para isto, devemos entender: O que é vocação?

Vocação é uma palavra originária do latim “vocare”,que quer dizer voz, chamado... Chamado a uma missão.Todos nós temos vocações e somos chamados a todomomento, para cumprir uma missão. De todos os chama-dos, eu destaco três:

- do ser, do existir: devemos valorizar e eleger a vidaem todos os sentidos.

- da santidade: é a passagem do pecado à graça.- de um estado de vida: é o passo a uma vida de perfei-

ção (matrimonial vida consagrada, etc.).Também, existem as vocações especiais, que variam

do estado de vida, como:

- religiosa: frei, freira, irmão ou irmã consagrado.- laical: todos os leigos, batizados (matrimônio, pai, mãe,

etc..., membros de pastorais).- ordenada: que receberam o Sacramento da Ordem (Bis-

pos, Padres e Diáconos).Cada um de nós, principalmente os batizados, são cha-

mados a cumprir sua vocação e só nos sentiremos felizes erealizados como filhos de Deus, se realmente as cumprir-mos.

Eu fui chamado ao Diaconato, mas antes, fui chamadoao matrimônio e posteriormente a ser pai. Hoje sou um Di-ácono Permanente: E o que quer dizer isto? O diácono per-manente é um ministro ordenado (que recebeu o Sa-cramento da Ordem) que foi eleito para cumprir deter-minadas missões dentro da Igreja. Diácono significa“aquele que serve”. Ele personifica o Cristo servidor, etem algumas funções definidas: ministrar o Matrimô-nio, ministrar o Batismo, ministro da Caridade, serviro Altar, ministrar a Palavra (celebrar), entre outras. É

o auxiliar direto do Bispo ou Arcebispo, do Pároco daparóquia onde serve, enfim, tem que estar em comunhãoe obediência a Igreja e seus Pastores.

O Diaconato é o primeiro grau do Sacramento da Or-dem, o Sacerdócio é o segundo e o Bispado o terceiro. Te-mos dois tipos de Diácono:

- Diácono provisório ou transitório: É aquele que setornará Padre, mas antes ele se ordena ao diaconato queé o primeiro grau. Este deve ser celibatário, ou seja, nãodeve casar.

- Diácono Permanente: É aquele que foi Ordenado paraeste fim. Tem que ser casado e vive três dimensões – pro-fissional matrimonial e eclesial.

Esta vocação me surgiu ainda quando criança, pois vi-via sonhando e me vendo paramentado, pensava que po-deria ser um dia padre, até que me despertou o interessepor namoro e este pensamento foi ficando para trás. Al-gumas vezes, durante a minha vida de namoro, noivado eaté mesmo depois de casado, voltava estes pensamen-tos. De uns 15 anos para cá, vinha aumentando os pensa-mentos, algo foi me movendo por dentro, mexendo pro-fundamente, a ponto de procurar ajuda aos freis capuchi-nhos, nesta comunidade e outros membros da Igreja. Per-cebi que não poderia mais adiar aquilo que acredito seruma Vontade de Deus, um desígnio de Deus e aconselha-do pelos freis, impulsionado pelo Espírito Santo, aceitei,acordado com a família, fazer parte da Escola Diaconal SãoFilipe, que fica no Seminário São José no bairro do Orle-ans.

Foram três anos de formação, de 2007 a 2009, onderecebi as primeiras ordens (também chamadas de pré or-denação) Acolitato e Leitorato em 2010. A minha Ordena-ção ao Diaconato foi em 19/02/2011, nesta Paróquia.

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Boletim Informativo da

Paróquia Nossa Senhora das Mercês14 agosto.2012

Família Bordim

Eu e o Evandro somos ca-

tólicos, mas por muito tem-

po nossa fé andava adorme-

cida. Foi com o nascimento

de nossos filhos Bruna e

Pedro que nos desperta-

mos para a vida espiritu-

al, quando sentimos a ne-

cessidade de reunir a fa-

mília na fé e criá-los den-

tro dos valores religiosos.

Nesta hora parece que

tudo que sua mãe fez por

você passa a ter sentido,

pois o valor de uma famí-

l ia não está numa casa

bonita, no dinheiro no bol-

so, nos belos presentes e

sim na simplicidade do co-

ração. O valor da família,

Família - Presente de Deus!aquela que sustenta e equi-

libra, está no exemplo e na

educação dos filhos, no res-

peito ao próximo, na integri-

dade e na caridade.

Passamos por muitos

momentos difíceis, que hoje

são histórias maravilhosas

porque tornaram-se teste-

munhos da presença de

Deus em nossa família.

Acreditamos que com a fé

passamos ensinamentos vali-

osos para nossos filhos que dão

sentido à vida e força nas ho-

ras que mais necessitamos.

Quem tem fé acredita no outro,

acredita nas belezas da vida.

Paz e Bem!

Evandro, Kaká, Bruna e Pedro.

Dízimo - ReflexõesTalvez nunca tenhamos refletido que através do dízimo vocações religio-

sas, sacerdotais e leigas são viabilizadas.

As dimensões religiosa e missionária amparam as vocações em todas as

suas nuances.

Este é sem dúvida mais um motivo robusto para que nos tornemos dizi-

mistas.

Amigo junte-se a nós, frutos preciosos são gerados durante essa cami-

nhada em direção ao CRIADOR.

"Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza,

nem por constrangimento; porque Deus ama ao que dá com alegria (Corín-

tios 9:7 )"

Marilene Lourenço

Pastoral do Dízimo

Dos dias 12

a 18 de agosto

estaremos co-

memorando a

Semana Naci-

onal da Famí-

lia de 2012. O

tema deste

ano é: "A Fa-

mília: o traba-

lho e a festa".

Em nossa

paróquia nas

ce lebrações

dos dias 14 a

19 teremos

um casal dan-

do seu teste-

munho de

vida em famí-

lia, também as crianças da cate-

quese estarão expondo cartazes

tendo a família como centro.

Este é um evento anual que faz

parte do calendário de, pratica-

mente todas as paróquias do Bra-

sil, a "Semana Nacional da Famí-

lia" teve início em 1992, como

resposta ao desejo de se fa-

zer alguma coisa em defesa e

Semana Nacional

da Família

promoção da família, cujos va-

lores vêm sendo agredidos sis-

tematicamente em nossa socie-

dade.

Escolheu-se, para isso, a se-

mana seguinte ao dia dos pais, no

mês de agosto, por ser o mês vo-

cacional.Arquidones e Ana Maria Bassani

Pastoral Familiar

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Boletim Informativo da

Paróquia Nossa Senhora das Mercês15agosto.2012

FATOS DA VIDA PAROQUIAL

>> ACONTECEU

>> VAI ACONTECER

Feira AfricanaDia 01 de julho passa-

do, durante todo o do-

mingo, aconteceu a FEI-

RA AFRICANA promovi-

da pelas crianças da In-

fância Missionária da

Paróquia Nossa Senho-

ra das Mercês. A feira foi

um sucesso e teve como

objetivo principal des-

pertar e sensibilizar a

comunidade com o so-

frimento das crianças

que sofrem no conti-

nente africano, além de

difundir o trabalho da

IAM convidando e esti-

mulando todas as crian-

ças a participarem des-

sa obra tão maravilhosa.

A obra da infância e

Adolescência Missioná-

ria surgiu para auxiliar os

educadores a despertar,

gradualmente, a consci-

ência missionária nas

crianças, animá-las a

fim de compartilharem

sua fé e os seus bens

materiais com as própri-

as crianças das regiões e

comunidades mais ne-

cessitadas e promover

as vocações missionári-

as a partir da idade mais

tenra. Essas crianças

tornam-se pessoas

mais solidárias e verda-

deiros cristãos compro-

metidos com uma soci-

edade mais fraterna e

humana.

PARABÉNS AOS

NOSSOS PEQUENOS

MISSIONÁRIOS QUE

TRABALHARAM COM

MUITO AMOR E DEDI-

CAÇÃO DAS 8h ÀS 20h

PARA TUDO SAIR BONI-

TO !!!

MARIA CLAUDIA LOURENÇOCoordenadora da IAM

Paróquia Nossa Senhora das Mercês

Maurício Stival, Magali Frigério, Eglé Fidelis Macedo de Andrade

Neto, Otávio Macedo de Andrade Junior, Helena de Souza, Amanda San-

tini Gerlack, Josef Szuba, Luis Fernando Carneiro, Lindacir Terezinha de

Carvalho, Bruno David João, Rafael David João, Yasmine David João, Da-

vid João Neto, João Gabriel Tolazzi Rocha, Michele Tolazzi, Afonso Henrique

Oliveira Vianna, Fagner T. Ferreira, Maria Joana Pazinatto Hunzicker.

Boas vindas aos novos dizimistas do mês de Julho/12

Teve início no dia 06 de agosto o Curso Bíblico, ministrado por Frei

Rogério Goldoni Silveira, Bacharel em Teologia pela Pontifícia Universi-

dade Católica do Paraná –PUC-PR e formado em Filosofia no Instituto

de Filosofia Eurico de Mello (IFEM), o curso acontecerá na primeira segun-

da-feira de cada mês até o final deste ano.

Tríduo de Santa Clara de Assis

A Família Franciscana Núcleo Curitiba em homenagem ao dia de Santa

Clara comemorado em 11 de agosto, promoveu o Tríduo de Santa Clara

de Assis que teve início em nossa Paróquia no dia 08 de agosto, com a

celebração da Santa Missa, com o tema Santa Clara de Assis e a Eucaris-

tia. No dia 09/08 a Missa foi na Casa das Irmãs Franciscanas Sagrada

Família e o tema Santa Clara de Assis e a Oração, no dia 10/08 a Missa

foi na casa de Encontro Paz e Bem e o tema Santa Clara de Assis e a

Pobreza, e no dia 11/08 o encerramento com grande celebração festiva

na Igreja Senhor Bom Jesus na Praça Rui Barbosa.

As vagas para o 14º. ENCONTRO DE CA-

SAIS COM CRISTO já estão esgotadas! Com

a Graça de Deus 40 casais disseram SIM para

participar do encontro.

Caso você e seu cônjuge ainda queiram

inscrever-se faça-o pois, se por motivo de

força maior algum casal desistir, entraremos

em contato com as pessoas que estão em fila de espera.

Para os casais que já contraíram matrimônio, o mesmo terminou

e no momento atual estão reconstruindo suas vidas afetivas com

um novo companheiro (a), a Paróquia Nossa Senhora das Mercês

tem a alegria de convidar para:

1º. ENCONTRO DE CASAIS EM SEGUNDA UNIÃO

DATA: 29 e 30 de setembro

Inscrições na Secretaria da Paróquia (3335 5752) ou pelo email

[email protected]

VAGAS LIMITADAS!

14º Encontro de Casais com Cristo

Missa em Ação de Graças

No dia 15 de agosto, Frei Pedro nosso Pároco, completa mais um ano

de vida e para comemorar e agradecer a Deus o dom da vida, será cele-

brada Santa Missa às 19h. Frei Pedro convida a todos para concelebrar

com ele neste dia tão festivo.

Curso Bíblico

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Boletim Informativo da

Paróquia Nossa Senhora das Mercês16 agosto.2012

Frei Ivo Severino Bonamigo

Pai, eu quero homenagear hoje,O seu grande amor e dedicação,Como o pai autêntico que amaOs seus filhos e lhes dá atenção.

Pai, você ensina e anima,Como responsável do lar.É cabeça da nossa família,Com a mãe faz lindo par.

Você é firme fundamento!A família unida agradece.Sua base sólida é sustento.É modelo para uma prece.

Pai, você é amigo da mamãe e,Seus filhos; é afável, carinhoso,Corrige os erros que fazemos,Com jeito, segurança, amoroso.

Não grita nem altera sua voz,Ama, zela, permanece no lar.Não vive na família nervoso,Nem surdo, alheio, sem dar.

Dá presença, atenção, gosto;Age, mexe, estuda, ensina.Diz a todos: Sou bem casado.Neste lar a união me anima.

Dá gosto ver o pai que voltaDo trabalho sem maldade.Alegre, feliz e animado; ele,Acata todos com serenidade.

Em casa papai jamais brigou,Nem mesmo foi visto discutir,Conversa alegre com os filhos.Não abre a boca para mentir.

Pai interessado na formação.Quer ver os filhos estudados.Diz: Meu orgulho e riquezaÉ ver meus filhos formados.

Parabéns, Pai!Ao ver seus filhos formados,Este pai agradeceu ao Senhor:Com mamãe cumpriu o dever.Espera este mundo ser melhor.

Pai agradeço seu grande apreço,Colocando os filhos na formação.Se hoje estamos bem colocados,É porque papai preparou este chão.

Vai feliz disposto para o emprego.Anima toda gente com seu humor.Com ele dá gosto viver e conviver.O seu trabalho rende, sim, senhor.

Nem todos os pais são assim.Não todos são pais exemplares.Alguns não dão mais seu amor,Nem aos filhos, nem aos familiares.

É pena ver certo pai largando a mãe,Desmanchando a família constituída,Deixando seus filhos sem rumo e lar.Dividido com amante, jogo e bebida.

Filhos, (as) valorizem o seu pai.Vejam o seu esforço e dedicação.Ele e mamãe agiram heroicamente.Retribuam pagando com gratidão.

Este pai viveu vida simples,Humilde, obediente a Deus,Não omitiu o dever de cristão.Exemplo para nós e filhos seus.

Hoje é Dia dos nossos Pais. Parabéns!Colocamos aqui todos os nossos pais.Com eles nos alegramos e rezamos.Deus os abençoe para que sejam legais.

Deus abençoe nosso pai e mamãe.Abençoe todos os pais do Brasil.Obrigado pelo pai que nos deu.Pai receba com gratidão abraços mil.

Ao pai que já deixou esta terra,Obrigado por tudo o que fez, ensinou.Deus lhe conceda a morada eterna,Por todo bem que entre nós realizou.

Frei Ivo e seupai Güerino

Bonamigo