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Ano XV - 67ª Edição - Set/Out/2018 - Periódico de Estudos e Divulgação Doutrinária LIVRE ARBÍTRIO A Doutrina Espírita Explica... com Constância Kelly [email protected] (Constância kelly é integrante do CECJMJ) A o estudarmos a Doutrina Espírita,no tocante especificamente à Lei de Liberdade, que é uma Lei Natural e Divina, compreendemos de forma mais profunda a grandiosidade de Deus e de sua justiça . Muitas passagens da vida de Jesus provam o quanto a Providência Divina deixa clara a ideia de que todo homem tem o direito de exercer sua liberdade, o que lhe permite agir do modo desejado, com desafios e experiências, para que consiga progredir,como: "Pedi e se vos dará; buscai e achareis;batei à porta e se vos abrirá...","Se alguém quiser vir nas minhas pegadas, renuncie a si mesmo, tome asua cruz e siga -me...". "Deus criou todos os Espíritos simples e ignorantes", dotados de livre arbítrio, para adquirirem conhecimento através de suas próprias "escolhas" . Isto significa que desde o início todos receberam a liberdade de pensar e agir.Não nos esqueçamos de que a finalidade da criação é tornar-se o espírito perfeito. Contudo,entre a base da criação e a perfectibilidade, há um grande hiato, em que somente os espíritos nas várias encarnações desenvolverão os valores da moralidade e da intelectualidade. Quanto mais adiantados, mais cresce a sua liberdade de pensar e agir, sua responsabilidade. Deus cobra de cada um de acordo com o seu grau evolutivo; a nossa árvore dará frutos de acordo com o nosso grau de maturação. Assim, nas primeiras fases da existência,a criança não tem o livre arbítrio e a vontade em sua plenitude, sua responsabilidade se ajusta à sua situação passageira. Do mesmo modo, aqueles que têm limitações mentais graves, sua responsabilidade será proporcional ao seu estado. No entanto, aqueles que tentam cercear o seu discernimento através das drogas, responderão por seus atos, pois escolheram com lucidez o caminho seguido. Deus não pune. O que temos hoje é aquilo plantado por nós mesmos, através de nossas próprias escolhas, isto é, do nosso livre arbítrio. Obviamente somos orientados pelo Mestre Jesus,por nossos genitores,pela espiritualidade, pela Doutrina Espírita... . Mas a escolha, os passos da nossa vida, os tutores da nossa evolução seremos nós mesmos. Que Jesus nos abençoe.

Ano XV - 67ª Edição - Set/Out/2018 - Periódico de Estudos ... · com lucidez o caminho seguido. Deus não pune. O que temos hoje é aquilo plantado por nós ... Estudando Mediunidade

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Ano XV - 67ª Edição - Set/Out/2018 - Periódico de Estudos e Divulgação Doutrinária

LIVRE ARBÍTRIO

A Doutrina Espírita Explica...com Constância [email protected]

(Constância kelly é integrante do CECJMJ)

Ao estudarmos a Doutrina Espírita,no

tocante especificamente à Lei de Liberdade, que é uma Lei Natural e Divina, compreendemos de forma mais profunda a grandiosidade de Deus e de sua justiça .

Muitas passagens da vida de Jesus provam o quanto a Providência Divina deixa clara a ideia de que todo homem tem o direito de exercer sua liberdade, o que lhe permite agir do modo desejado, com desafios e experiências, para que consiga progredir,como:"Pedi e se vos dará; buscai e achareis;batei à porta e se vos abrirá...","Se alguém quiser vir nas minhas pegadas, renuncie a si mesmo, tome asua cruz e siga -me...".

"Deus criou todos os Espíritos simples e ignorantes", dotados de livre arbítrio, para adquirirem conhecimento através de suas próprias "escolhas". Isto significa que desde o início todos

receberam a liberdade de pensar e agir.Não nos esqueçamos de que a finalidade da criação é tornar-se o espírito perfeito.

Contudo,entre a base da criação e a perfectibilidade, há um

grande hiato, em que somente os espíritos nas várias encarnações desenvolverão os valores da moralidade e da intelectualidade.Quanto mais adiantados, mais cresce a sua liberdade de pensar e agir, sua responsabilidade.

Deus cobra de cada um de acordo com o seu grau evolutivo; a nossa árvore dará frutos de acordo

com o nosso grau de maturação. Assim, nas primeiras fases da existência,a criança não tem o livre arbítrio e a vontade em sua plenitude, sua responsabilidade se ajusta à sua situação passageira. Do mesmo modo, aqueles que têm limitações mentais graves, sua responsabilidade será proporcional ao seu estado. No entanto, aqueles que tentam cercear o seu discernimento através das drogas, responderão por seus atos, pois escolheram com lucidez o caminho seguido.

Deus não pune. O que temos hoje é aquilo plantado por nós mesmos, através de nossas próprias escolhas, isto é, do nosso livre arbítrio. Obviamente somos orientados pelo Mestre Jesus,por nossos genitores,pela espiritualidade, pela Doutrina Espírita... . Mas a escolha, os passos da nossa vida, os tutores da nossa evolução seremos nós mesmos.

Que Jesus nos abençoe.

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Ano XV - Nº 67 A CHARRUA Página 2

Reuniões Públicas:

Segundas-feiras às 20:00 horas e Sábados as 18:00 horas

Estudos das Obras Básicas: O Evangelho Seg. o Espiritismo e

O Livro dos Espíritos;Quartas-feiras das 19:00 às 20:00h

Reunião Mediúnica (Privativa):Sextas-feiras das 20:00 às 21:00h

Mais Informações:[email protected] ou pela nossa

página no Facebook

ExpedientePeriódico de Estudos e Divulgação

Doutrinária do CECJMJFundado em Agosto de 2003

R. Bangu, 141 Bangu - RJ -CEP 21820-020

Email: [email protected]ção - DSAD

Ano XV - 67º Edição - Set / Out/2018

Atividades

TRABALHOS MANUAISTerças-Feiras: Bordados

Quartas-Feiras:Crochê e Pintura

14h às 16h

Sábados - 11:00 horasServiços de Assistência e

Promoção Social

Editorial

Referência:1 - site https://pt.wikipédia.org/wiki/setembro_amarelo, em 10.09.18;2 - Allan Kardec - O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. V, item 14 - Feb

Caríssimos amigos,no mês de setembro é realizada, mundialmente, a prevenção contra o suicídio. Criado no dia 10 de setembro de 2003, pela Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio (IASP) e pela Organização Mundial de Saúde (OMS), O Dia Mundial da Prevenção do Suicídio, tem como objetivo prevenir o ato do suicídio, através da adoção de estratégias pelos governos dos países.

Aqui no Brasil, dez anos antes, no dia 5 de setembro de 1993, a FEB lançou, em sua sede, a Campanha “Em Defesa da Vida”. Esta Campanha encontra-se em ação há 25 anos, possui cinco opúsculos editados e já muito distribuídos pela FEB. Estes opúsculos, como de outras Campanhas da FEB, se encontram disponíveis para download livre no Portal da FEB em: http://www.febnet.org.br/blog/geral/movimento-espirita/conselho-federativo-nacional-movimento-espirita/opusculos-campanhas/.

Levando em conta que aqui no Brasil, o suicídio é considerado um problema de saúde pública e sua ocorrência tem aumentado entre jovens. De acordo com números oficiais, 32 brasileiros se matam por dia em média, sendo essa uma taxa

maior do que a de vítimas de AIDS e da maioria dos tipos de câncer. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio tem prevenção em 90 porcento dos casos.1

Através das estatísticas alarmantes, levaram a iniciativa do Centro de Valorização da Vida (CVV), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), iniciaram em 2015 uma campanha de prevenção ao suicídio denominada de Setembro Amarelo.

A Doutrina Espírita, trata deste e de outros assuntos concernentes, com “A calma e a resignação hauridas da maneira de considerar a vida terrestre e da confiança no futuro dão ao espírito um serenidade que é o melhor preservativo contra a loucura e o suicídio (...)”2, apresentando não somente o problema e suas consequências, mas acima de tudo, a identificação e compreensão de suas causas, para sua prevenção. Como nos diz um dito popular: “melhor prevenir que remediar”.

Uma boa Leitura!

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Estudando Mediunidade com Joaquim [email protected]

Espíritas exaltados

(Joaquim Couto é integrante do Centro Espírita Leon Denis e Expositor da Doutrina)

Encontramos no Livro dos Médiuns, Cap. 3, Item

28 as seguintes observações de Allan Kardec sobre os espíritas exaltados: “O exagero, em tudo, é nocivo; no Espiritismo, ele dá uma confiança cega demais e, geralmente pueril, nas coisas do mundo invisível e leva a aceitar muito facilmente e sem averiguação aquilo em que a reflexão e a verificação demonstrariam o absurdo ou a impossibilidade...”

Sempre recebemos dos bons espíritos as orientações em que se deve buscar estudar o Espiritismo para se ter os conhecimentos necessários que, nos ajudem nos momentos de contato com os espíritos e suas manifestações, utilizarmos o bom senso e não nos deixarmos levar por um entusiasmo que seria mais

nocivo do que útil à causa do Espiritismo.

Nada se deve aceitar vindo do plano espiritual sem que antes se faça uma análise lúcida a respeito para que dessa forma não estejamos na condição de "espíritas exaltados" divulgando quantas vezes teorias que não

refletem o que se já tem em mãos e contrariam as lições contidas na codificação.

Nos tempos atuais é preciso se estar atento e cuidadoso para preservarmos tudo o que Allan Kardec nos ofereceu canalizando através de seus estudos e observações o que o os espíritos apresentavam nas suas comunicações através dos mais diversos médiuns.

Cuidado e prudência em relação ao que nos chequem e sempre comparando com o que encontramos no Espiritismo.

Os estudos nos esclarecem e libertam da confiança cega e dessa forma estaremos contribuindo para mantermos intacta a instrutura elaborada por Kardec e que perdura até os tempos atuais graças aos que nos antecederam e foram fiéis ao Espiritismo.

(Retirado do livro - Irmão - pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco C. Xavier - ed. IDEAL)

(...)Teus mais íntimos pensamentos são ímãs vigorosos trazendo-te ao roteiro as forças que procuras. Não te detenhas na tristeza que te angariará desencanto, nem te confines à revolta que te imergirá o coração nas correntes da indisciplina. Esquece todo o mal para que o bem te enobreça o caminho. Não olvides que o tempo infatigável dar-nos-á, hoje e sempre, o lugar que nos é próprio, porque a vida escolher-nos-á para a treva ou para a luz, segundo a nossa própria escolha.

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O Livro dos Espiritos com Paulo Antonio

[email protected]

(Paulo Antonio de A. Barbosa é militante do movimento Espírita e Expositor da Doutrina)

Louvado seja Jesus! Louvado seja Deus!2ª parte - Mundo Espiritual ou dos Espíritos, Cap. VI - Vida Espiritual - Percepções, sensações e

sofrimentos dos Espíritos (pegs 237 a 243-a)

Uma vez no mundo dos Espíritos, a alma

tem além das percepções que tinha na Terra tem outras que não possuía ou melhor, estavam adormecidas, quando encarnado, devido não ter mais o corpo material, que era como um véu que as obscurecia. Sabemos que a inteligência é um atributo do Espirito, mas que se manifesta mais livremente quando não tem obstáculo a vencer.

Em relação as percepções e os conhecimentos dos Espíritos, verificam-se quanto mais se aproximam da perfeição, tanto mais sabem: se são Espíritos superiores, sabem muito mais; porém se são inferiores, são mais ou menos ignorantes acerca de todas as coisas, como nós homens, ainda Espíritos imperfeitos.

A compreensão sobre a duração do tempo nos Espíritos nem sempre é igual a nossa, isso é observado quando se trata de determinar datas ou épocas. Os Espíritos vivem fora do tempo, tal como o compreendemos. A duração, para eles, anula-se, por

assim dizer, e os séculos, para nós tão longos, não passam aos olhos deles, de instantes que se apagam na eternidade, do mesmo modo que as desigualdades do solo se apagam e desaparecem para quem se eleva no espaço. Os Espíritos veem o que não vedes: julgam, pois, de modo diverso do vosso. Mas, ainda uma vez, isso depende da elevação deles. A ideia que fazem do presente e o conhecimento do passado nos Espíritos, também, depende do seu grau evolutivo. Sobre o passado, é igual a nós quando nos ocupamos dele, é presente, exatamente como lembramos de

uma coisa que nos impressionou no curso da nossa existência. Concluindo, simplesmente, o Espirito, como já não tem o véu material que obscurece os sentidos, lembram-se de coisas que estavam apagadas. Mas, nem tudo os Espíritos sabem, a começar pela sua própria criação.

O conhecimento do futuro pelos Espíritos, também depende da perfeição deles. Muitas vezes, apenas o entreveem, mas nem sempre lhes é permitido revelá-lo. Quando o veem, o futuro lhes parece o presente. O Espírito vê o futuro mais claramente à medida que se aproxima de Deus. Após a morte, a alma vê e abarca, num piscar de olhos, suas migrações passadas, mas não pode ver o que Deus lhe reserva. Para isso, é preciso que esteja completamente integrado a Ele, depois de muitas existências.

Recomendamos aos nossos caros irmãos para relerem a pergunta 243-a e a resposta magistral dos Espíritos, que destaca a sabedoria do nosso insigne Codificador.

Que Deus nos abençoe! Até a próxima oportunidade!

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Estudando O Evangelho com Sergio Daemon

[email protected]

(Sergio Daemon Guimarães é integrante do Grupo Espírita Auta de Souza e Expositor da Doutrina)

O Evangelho segundo o EspiritismoCap. I – Não vim destruir a Lei – Jesus (11)

No artigo anterior vimos como Flavio Josefo se

refere a Jesus. Aquela citação (a segunda)

tem sido criticada como sendo impossível de ter sido proferida por um judeu-romano escrevendo sobre a história dos judeus. Normal-mente apela-se para o fato de que o texto é fruto de uma corrupção cristão tardia, especialmente pelo fato de que Orígenes (185-253dC) atesta que Josefo não acei-tava a Messianidade de Jesus. Entretanto, essa declaração não é inteiramente ver-dadeira, observe a declaração de Orígenes:

“Tamanha era a reputação de Tiago entre as pessoas consideradas justas, que Flávio Josefo, que escreveu Antiguidade dos Judeus em vinte livros, quando ansiava por apresentar a causa pela qual o povo teria sofrido grandes infortúnios que até mesmo o templo fora destruído, afirma que essas

coisas aconteceram com eles de acordo com a Ira de Deus em consequência das coisas que eles se atreveram a fazer contra Tiago o irmão de Jesus que é chamado Cristo. E o que é fantástico nisso é que, apesar de não aceitar Jesus como Cristo, ele deu testemunho da justiça de Tia-go” – (Orígenes, Origen’s Commentarary on Matthew, IN: ROBERTS, Alexander, DONALDSON, James, Ante-Nicene Fathers, VOL 9, pp.424)

Portanto, é evidente que não haveria qualquer ganho para Josefo em apresentar a pessoa de Jesus, e talvez, por essa mesma razão, é que ele tenha escrito tão pouco a seu respeito. Mas, ainda assim, com o testemunho de Josefo, nós podemos reco-nhecer algumas das características de Cristo e sua história, tal como contada pelos evangelistas:

(1) Jesus foi um homem considerado sábio;(2) de bom comportamento e virtudes;(3) tinha um irmão chamado Tiago;(4) teve muitos seguidores de diferentes nacionalidades;(5) foi crucificado por Pilatos;(6) por crucificação;(7) nem por isso seus discípulos o abandonaram;(8) eles relataram a ressureição de Cristo após três dias;(9) além de uma possível relação com o Messias anunciado pelas escrituras hebraicas.

Nota: Os textos desse e do artigo anterior foram frutos de pesquisa na internet principalmente no site testemunhadocristo.wordpress.com.

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Estudando os Clássicos com Eduardo Bessa

Alexandre [email protected]

(Nesta Editoria, estudaremos as obras dos autores consideradas como os clássicos do Espiritismo - Eduardo Bessa Azevedo é militante do movimento espírita de São Carlos - SP)

Link: http://www.autoresespiritasclassicos.com/Autores%20Espiritas%20Classicos%20%20Diversos/Alexandre%20Aksakof/Livro%201/Alexandre%20Aksakof%20-20Um%20caso%20de%20

Olá, amigos! Vamos hoje conhecer um pouco de

Alexandre Aksakof. Ele nasceu em Repievka (Rússia) em 27 de maio de 1832 e desencarnou em S. Petersburgo (atual Leningrado) em 4 de janeiro de 1903.

Dentre os grandes cientistas que se notabilizaram na investigação e análise dos fenômenos espíritas, nos últimos anos do século XIX, destaca-se a figura respeitável de Alexandre N. Aksakof, membro de tradicional família da nobreza russa, doutor em filosofia e conselheiro íntimo de Alexandre III, Tzar de todas as Rússias.

Após obter o título de doutor, enveredou pelos árduos caminhos que conduzem ao êxito no campo do conhecimento, tornando-se lente da Academia de Leipzig, na Alemanha.

Integrando-se resolutamente no campo da investigação psíquica, tornou-se diretor do Jornal “Psychische Studien”, órgão publicado na Alemanha. Não satisfeito com o seu

trabalho na direção desse órgão, lançou em Moscou, no ano de 1891, a revista de estudos psíquicos “Rebus”, a primeira do gênero que apareceu na Rússia.

Aksakof realizou numerosas experiências e observações no campo científico, tendo realizado trabalhos tão profundos, tão interessantes, que até hoje jamais foram excedidos em matéria de Espiritismo experimental. Para a consecução dessa finalidade valeu-se, principalmente, do valioso concurso da célebre médium italiana Eusápia

Paladino.O livro que sugerimos aos

amigos leitores é: “Um Caso de Desmaterialização Parcial do Corpo de um Médium (Incluindo a História das Aparições do Espírito Katie King)”. Esta obra aborda esse impressionante fenômeno, que pode ocorrer durante as sessões de materialização de Espíritos. Isso ocorreu durante as experiências do Sr. Aksakof com a Sra. d’Espérance, conhecida médium de efeitos físicos. O autor analisa cuidadosamente os princípios científicos que presidem esse fenômeno tão incomum.

A obra apresenta, ainda, em forma de Apêndice, os relatos das célebres materializações do Espírito Katie King, através da mediunidade de efeitos físicos da jovem Florence Cook. Essas experiências foram levadas a cabo pelo respeitável cientista e pesquisador inglês, Sir William Crookes.

Atesta a sobrevivência do Espírito após a morte do corpo físico, fazendo germinar em muitas almas a esperança e a fé.

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Nós e o Mundo

Em Tempo Real com Nádia Maria Braga

[email protected]

(Nádia Maria Braga Moreira é integrante da instituição Espírita Casa de Miguel e Expositora da Doutrina)

Solidariedade

Nesse início do século vinte e um, temos vivido

momentos tormentosos.Todas as nações com suas

mazelas, suas distorções e suas guerras internas ou externas.

Temos ouvido muitos espíritas desalentados, se perguntando se realmente somos a pátria do evangelho.

Não podemos nos esquecer que estamos num momento muito especial de transição planetária.

Quando fazemos uma reforma numa casa, primeiro tudo nos parecerá caótico. É preciso quebrar, raspar tudo que está apodrecido e sem funcionalidade para a nova casa. O aspecto na reforma será pior, que o anterior.

Estamos reformando nossa casa sideral e Deus em seu incomensurável amor permitiu que seus filhos, de todas as zonas de sofrimento, dor e revolta, retornassem a materialidade no planeta, para tentarem se redimir e permanecerem na nova casa, que está sendo reestruturada, sob a supervisão do Mestre Jesus.

O trabalho de renovação e ampliação de benefícios da Terra é de cada um de nós.

Os filósofos da natureza que abarcavam não só a Filosofia, mas, também, as Ciências Naturais, não separavam o pensar do viver, tal qual faz o Espiritismo nos tempos atuais.

Não podemos tomar posse dos ensinamentos espíritas e os guardarmos como um conhecimento comum. O Espiritismo nos convoca a agir de acordo com aquilo que acreditamos ser a verdade.

Como espíritas não podemos nos desalentar. A reencarnação nos fala não só de um Deus amor, mas, também justo. Estamos reencarnados no mundo e na época, que mais nos propicia a evolução, que é o objetivo de nossa vida no planeta. Não estamos aqui para sermos punidos, mas sim educados.

Todos reencarnados no planeta, nesse tempo, e principalmente os espíritas, somos os trabalhadores da vinha, os trabalhadores da última hora.

Temos todo um acervo, de conhecimentos e experiências trazido de todas as épocas, em que vivemos, e que, solidariamente, compartilhamos.

Nunca fomos tão fortes e preparados, como hoje.

Temos que viver essa Doutrina de luz, amor e esperança nos nossos pensamentos, verbalizações e ações.

Os trabalhadores da última hora realizaram um bom trabalho, e ganharam o salário integral.

Nós somos os trabalhadores da última hora.

Temos a grande oportunidade de fazermos um bom trabalho, porque nos utilizaremos de todos os conhecimentos, conquistados em todas as culturas e povos, que vieram evoluindo através dos tempos, até os tempos atuais.

Somos autores e herdeiros do progresso que se fez até hoje.Deve haver confiança em nossos corações, alegria em nosso rosto.

O Espiritismo vem nos dizer que Deus é amor e justiça. Estamos vivendo o melhor momento de nós mesmos. Sejamos positivos, otimistas. Abracemos nossos irmãos mais desalentados. Que nossas palavras sejam de alegria e esperança.

O momento tão esperado da regeneração está ao nosso alcance, basta que haja solidariedade e amor.

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Estudandocom Frederico Mantuanoà Luz da Doutrina

(Frederico Mantuano é integrante do Centro Espírita Abigail e Expositor da Doutrina)

Desprendimento dos Bens Terrenos

Por que devemos aprender e treinar

nos desprendermos dos bens terrenos para que possamos progredir moralmente? São inúmeros os motivos que nos levam a adotar esse comportamento e a Doutrina Espírita nos esclarece bem a respeito. Ao aprofundarmos o conhecimento de seus fundamentos doutrinários vamos constatando, cada vez mais, essa necessidade.

Em O Livro dos Espíritos, questão 150b, Kardec perguntou se, ao desencarnar, “a alma nada leva deste mundo”, tendo os benfeitores espirituais respondido que: “Nada além da lembrança e o desejo de ir para um mundo melhor. Esta lembrança é cheia de doçura ou de amargor, conforme o uso que ela tenha feito da vida; quanto mais pura, mais ela compreende a futilidade do que deixa na Terra”.

O homem que não tem noção da vida espiritual, da imortalidade da alma, das vidas sucessivas, de que estamos em processo de

aprendizagem visando o nosso aperfeiçoamento como espíritos para que possamos alcançar a perfeição traçada por Deus para as nossas vidas; e que depende, exclusivamente, de cada um de nós alcançar esse objetivo, mais rapidamente ou não, através

dos testemunhos dados p o r n ó s

nesse processo, não encontra motivos para que ele se prive de determinados comportamentos, e aja, tão somente, pensando no aqui e agora, em acumular os bens materiais.

O benfeitor espiritual Antonio de Aquino, na lição DESPRENDIMENTO, do livro ‘Inspirações do Amor Único de Deus’, vol. 1, diz que “O espírita aprenderá a ciência do

desprendimento na medida em que ele próprio se sinta desprendido das coisas do mundo. Façamos isto: pouco a pouco, desprendamo-nos das coisas menos importantes. O tempo nos ensinará o desligamento necessário”. O ser humano necessita dos bens materiais para a sua própria subsistência, mas não necessita acumulá-los para ser feliz. À propósito da felicidade Kardec perguntou, na questão 922, o seguinte: “A felicidade terrestre é relativa à posição

de cada um; o que basta para a felicidade de um, constitui a

infelicidade do outro. Há, entretanto, uma medida de felicidade comum a todos os homens? “Com relação à vida material, é a posse do necessário; com relação à vida moral, a consciência tranquila e a fé no futuro”.

Em verdade vemos que o que necessitamos para sermos espíritos puros e felizes é nos desprender dos bens materiais e cultivarmos os valores morais trazidos pelo Senhor Jesus para os nossos corações.

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com Orlando [email protected]

Saúde MentalEspiritismo & Psicologia

(José Orlando Ramos é integrante do Centro Espírita Abigail e Expositor da Doutrina)

Maledicência e a vida humana

Maledicência é coisa séria, uma doença

moral crônica, uma peste emocional, como foi definida por Wilhelm Reich (discípulo de Freud) na qual estamos envolvidos em diferentes níveis.

Famílias, grupos, relacionamentos e amizades sofrem diariamente a ação devastadora desse mal, que é tido por muitos como um dos flagelos da humanidade. ¹

Com base nessa definição iniciaremos o nosso estudo de hoje.

Há décadas atrás, tinha-se a maledicência como uma atitude referente especificamente ao sexo feminino. No entanto ao longo do tempo, pesquisadores versados no conhecimento humano, entenderam tal postura como algo muito mais presente no contexto das relações humanas.

A antropóloga Nicole Hess (2009) em um estudo recente, defendeu a tese que a maledicência é uma estratégia de agressividade dentro dos grupos, ou seja, trata-se de uma forma de violência

competitiva, cujo objetivo é ferir a reputação de outra pessoa. Vale ressaltar que tal comportamento se dá sempre na ausência da pessoa a qual se deseja criticar.

Ainda que danoso as relações humanas, a maledicência permanece até os dias atuais como um comportamento resistente a mudança. Sem nos apercebermos, já estamos “fofocando “alguém. Não é por acaso que as novelas e romances em geral são os campeões de audiência e leitura. Temos grande interesse pela vida do nosso próximo. O próprio Senhor Jesus nos recomendou vermos primeiro a trave em nossos olhos; e a “Bendizermos aqueles que nos maldizem, e orar pelos que nos caluniam” (Lucas 6:28).

Torna-se importante buscarmos as razões que motivam essas posturas.

As mágoas, medos, ressentimentos e desejo de poder parecem estar presentes em boa parte dessas manifestações e na base do fenômeno, senão vejamos: Muitas vezes utilizamos a

maledicência como uma arma contra alguém que possa causar algum tipo de ameaça.

Por exemplo: sinto-me preterido por não ser escolhido por um dirigente da casa espírita para representar a casa em um congresso. Escolhem outro... Caso não esteja alertado nas orientações referentes ao Evangelho de Jesus, posso incorrer em comentários bem sutis e maledicentes, quanto a capacidade do meu companheiro de ideal espírita.

Muito há o que se realizar nesta área do comportamento humano, porém fiquemos por hora com a orientação de Allan Kardec no capítulo X, item 13 do O Evangelho segundo o Espiritismo: “(...) O reproche lançado à conduta de outrem pode obedecer a dois móveis: reprimir o mal, ou desacreditar a pessoa cujos atos se criticam. Não tem escusa nunca este último propósito, porquanto, no caso, então, só há maledicência e maldade”.

Um grande abraço a todos.

1. Do Livro Reciclando a maledicência - Bianca Ganuza.

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O Ser Integral com Andréa Emília

[email protected]

(Nesta Editoria serão abordados temas variados sobre a saúde integral - corpo e espírito - Andréa Emília de Barros é integrante do Grupo Espírita Fraternidade Irmão Abrahão, coordenadora do 29º CEU e Expositora da Doutrina.)

SEJAMOS MISERICORDIOSOS...

1. Anedonia – é a perda da capacidade de sentir qualquer tipo de prazer por todo o tempo.;2. Huberto Rohden – em “Bem-Aventurados os Misericordiosos”; do livro “sermão da Montanha”

Referências :

É fato que vivemos momentos de severa

turbulência social: a violência descamba, a corrupção atinge patamares agravantes, o consumismo é galopante... Em suma, estamos sendo chamados a rever nossos valores e princípios morais. São “os sinais dos tempos”, anunciados por Jesus:

“E pelo crescimento da iniquidade o amor de muitos esfriará. Aquele, porém, que perseverar, até o fim, esse será salvo”. – Mateus, 24:12-13.

Sim, o Cristo já anunciava tais momentos críticos, sendo que, sutilmente, aponta como principal característica destes “tempos chegados” o “esfriamento do amor”; que Allan Kardec, mais uma vez, esclarece brilhantemente. Vejamos:

“E, como se a destruição não se operasse com bastante rapidez, os suicídios se multiplicarão em proporções nunca vistas, até entre as crianças. A loucura jamais terá atingido tão grande quantidade de homens que mesmo, antes mesmo de morrerem, estarão

riscados do número dos vivos. São esses os verdadeiros sinais dos tempos e tudo isso se cumprirá pelo encadeamento das circunstâncias, como já o dissemos, sem que haja a mais ligeira derrogação das leis da natureza.” – Em “Regeneração

da Humanidade; 2ª Parte do livro “Obras Póstumas”.

Traduzindo para uma linguagem contemporânea, é o reflexo daquilo que a psicóloga Karina Fukumitsu denomina de “Estado de Morrência”; que pode ser definido como “o processo em que o indivíduo vai definhando aos poucos, em extrema anedonia1 , geralmente

marcada pela perda de fé em si e no outro. Como uma luz que aos poucos vai se apagando.

E em tempos de SETEMBRO AMARELO, em que o Centro de Valorização da Vida (CVV) promove a Campanha de “Esclarecimento e Prevenção ao Suicídio”, grande oportunidade, nós, espíritas-cristãos, que temos em mostrar, na prática, nossa gratidão a Deus, por conhecermos esta Doutrina de Luz, que é o Espiritismo. Como?

Sendo misericordiosos, ou seja, colocando em prática a compreensão que temos da dor como vetor de crescimento espiritual, que nos ensina a termos “(...) o coração para os míseros; aquele que compreende e ama os fracos, os ignorantes, os doentes, todos os necessitados de corpo, mente e alma, e procura aliviar-lhes os sofrimentos”.2

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Ano XV - Nº 67 A CHARRUA Página 11

Kurso de Esperanto com Eduardo Bessa

[email protected]

(Nesta Editoria, estudaremos a lingua internacional “Esperanto”, à distância, com Eduardo Bessa Azevedo, militante do movimento espírita de São Carlos - SP)

•FINO•

KURSO DE ESPERANTO

LECIONO 11 - BAZAJ KAJ ORDAJ NUMERALOJ

Saluton! Kiel vi fartas? Os amigos leitores se lembram que na lição 10 foram apresentados os numerais cardinais (bazaj numeraloj). Gostaríamos de enfatizar alguns pontos:(a) Existem treze numerais em Esperanto: nulo, unu, du, tri, kvar, kvin, ses, sep, ok, naŭ, dek, cent kaj mil.(b) Para números maiores que 999.999, usam-se: miliono (1.000.000), miliardo (1.000.000.000), biliono (1.000.000.000.000) e triliono (1.000.000.000.000.000.000).(c) Todos os números são

escritos como combinações dos numerais, assim:

13 – dek tri (talvez facilite pensar na operação 10+3);25 – dudek kvin (2×10+5);40 – kvardek (4×10);389 – tricent okdek naŭ (3×100+8×10+9);2.678 – du mil sescent sepdek ok (2×1.000+6×100+7×10+8);4.445.997 – kvar milionoj kvarcent kvardek kvin mil naŭcent naŭdek sep.(c) Somente os numerais das dezenas e das centenas são escritos juntos.

Novamente, para transformar-se um numeral cardinal em ordinal, basta adicionar a ele a terminação −a. Sendo assim, tem-se: unu|unua – um|primeiro(a), du|dua – dois|segundo(a) etc. Escritos por extenso, ficam:13-a – dek-tria;25-a – dudek-kvina;

40-a – kvardeka;389-a – tricent-okdek-naŭa;2.678-a – du-mil-sescent-sepdek-oka;4.445.997-a – kvar-milionoj-kvarcent-kvardek-kvin-mil-naŭcent-naŭdek-sepa.

Algumas observações finais:(a) Podem-se transformar os numerais em substantivos, bastando adicionar a eles a respectiva terminação (–o). Dessa forma: unu →unuo (unidade), dek → deko (dezena), cent → cento (centena), mil → milo (milhar), dek du → dekduo aŭ dek-duo (dúzia) etc.(b) Como os numerais ordinais têm a terminação dos adjetivos, eles funcionam como tais. Sendo assim, admitem o plural (–j) e o acusativo (–n).(c) Pode-se também transformar os numerais em advérbios: unu → unue (primeiramente), du → due (em segundo lugar) etc.

36 ANOS DE DIVULGAÇÃO DA DOUTRINA ESPÍRITA 1982 - 2018

Dedicação e amor à divulgação da Doutrina Espírita!(...) recordemos que o Espiritismo nos solicita uma espécie permanente

de caridade - a caridade da sua própria divulgação”- EmmanuelEst. do Realengo, 984 - Pe. Miguel - (21) 3332-5859 ou (21) 3333-5857

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Ano XV - Nº 67 A CHARRUA Página 12

‘IN’ MOVIMENTOcom Maria Luiza [email protected]

(Nesta seção falaremos do Movimento Espírita, sua trajetória e desenvolvimento - ontem e hoje - Maria Luiza Silva Ferreira é integrante do CECJMJ)

União: bem de todos

Referência:- oconsolador.com.br - Unificação: uma reflexão - artigo elaborado por Paulo Salerno e seus companheiros do Grupo de Estudo da Doutrina Espírita-GEDE, da Sociedade Espírita Luz, Paz e Caridade, de Porto Alegre (RS).

Somos seres sociais, necessitamos uns dos

outros para desenvolvermos as potencialidades existentes em nós para sermos felizes. Ninguém é feliz sozinho.

Com a indispensável socialização nos agrupamos, nesse momento é preciso desenvolver o sentimento de fraternidade, para construirmos a convivência social e não só agrupamento.

Para tanto, é indispensável o respeito às diferenças e a liberdade de pensamento.

Engana-se quem entende que um grupo unido é aquele que todos pensam da mesma forma, muito pelo contrário, as divergências de pensamentos proporcionam o enriquecimento e o aprimoramento das ideias. As ideias individuais antes existentes, com a indulgência e a solidariedade entre todos proporciona a construção da ideia principal, convergindo todos para o interesse e o bem do grupo, logo do trabalho a ser realizado.

Para vigorar essa união entre todos nos grupos,

imprescindível exercitar o respeito, consideração, companheirismo, confiança e honestidade. Exortações que os Bons Espíritos enviam através de suas mensagens.

Nós, os trabalhadores da Doutrina Espírita, devemos estar atentos para que nossas imperfeições morais não interfiram negativamente

nos objetivos do Movimento Espírita, ocasionando um desserviço.

Devemos aprender a ceder em benefício da união e unificação do Espiritismo.

No Trabalho do Movimento Espírita não cabe imposições e disputas, pois é justamente o lugar de que precisamos para iniciar o desenvolvimento das virtudes de que somos carentes.

‘’...Não nos é lícito impor a proposta espírita libertadora ou não nos compete violentar

consciência alguma.’’ As ações nobres visando

alcançar os resultados positivos dentro do Movimento Espírita devem ser bem recebidas, se estão na diapasão de união e unificação.

O que não devemos deixar escassear é o amor, a compaixão, e a caridade. Atentos a esses sentimentos, os grupos espíritas estarão concordando para o objetivo maior do Movimento Espírita, o bem de todos.

‘’É indispensável manter o Espiritismo qual foi entregue pelos mensageiros divinos, a Allan Kardec, ... sem personalismo deprimente, sem pruridos de conquista a poderes terrestres transitórios.’’

Como trabalhadores da última hora, devemos difundir a Doutrina Espírita e possibilitar a unidade e a unificação doutrinária. Tendo a consciência da necessidade de acolher, e entender o outro em seus diferentes pensares.

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Ano XV - Nº 67 A CHARRUA Página 13

Gente Querida!com Celso Martins

(Esta seção trará sempre um texto de Celso Martins - Série Depoimento, continua na próxima edição)Contato: Av. 22 de Novembro, 284 - Fonseca - Niterói - RJ CEP 24120-048 - Tel. (21) 2627-8383 / (21) 3619-1083

-68-Pereira Cotta

O dia do trabalhador – 1º de maio de 1958 caiu numa quinta-feira, Geraldo de Aquino (1912-1984) criou o programa intitulado “Luz na Penumbra”. Era transmitido todas as quintas-feiras das 20 às 22 horas pela Rádio Mauá, a emissora do trabalhador, ligada ao Ministério do Trabalho, criado por Vargas (1882-1954) em 1932, com o gaúcho Lindolfo Collor, avô do Presidente destituído Fernando Collor de Mello, reencarnado em 1949... De novo senador por alagoas (em 2015).

-69-O vovô Lomba contava

histórias para a raia miúda, cantava o tenor Giácomo Grechi (leia gréki). Lembro bem. O médico-homeopata Waldemar Pereira Cotta, em apenas 10 min, mantinha a seção intitulada “Da Palestina para o mundo” — um orador da estirpe do baiano Rui Caetano Barbosa de Oliveira (1849-1923).

-70-Eu me tratei com o Dr.

Cotta, na Drogaria Simões, na esquina da Rua Matoso com a Rua Barão de Ubá, no bairro carioca da Praça da Bandeira.

Proibiu-me o mau hábito de roer unhas até dos pés (no caso , dez artelhos)

-71-Relembranças de infância

Atendemos em nossa consoladora Doutrina Espírita que, antes de ingressar no escafandro do corpo denso, com a amorosa assistência do nosso anjo-de-guarda, escolhemos os lances principais da próxima reencarnação.

O mesmo ocorreu comigo. Forneço, a seguir, dois exemplos disto.

-72-Reencarnei em um cortiço

(plebe ignara lhe chama de cabeça-de-porco), na Rua Santa Cristina,29, quarto 10, na colina do bairro carioca de Santa Tereza, no bairro do Catete, no primeiro governo de Vargas (1882-1954).

Nos meus dois anos de idade (1944) dizia a plenos pulmões: -“vou trazer pão da padaria de meu pai para vocês! ”

Com efeito, em 1956, meu genitor, tendo recebido uma polpuda indenização - ele era confeiteiro da Padaria e Confeitaria Paris, na Rua do Catete, no Largo do Machado, fez erguer na Rua Nilo Peçanha, às margens da Via-Dutra ( ligando a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro com a Pauliceia Desvairada, na adjetivação do escritor Mário de Andrade na Semana de Arte Moderna, no ano de 1922, no Centenário de nossa Independência de Portugal; como narrava antes, papai (1919-2003) fez erguer a sua Padaria e Confeitaria Metrópole. Só que não levei pão para os moradores do cortiço. O pardieiro já havia sido demolido pela Prefeitura do então Distrito Federal.

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Esflorando o Reformador

(Continua na página 15)

Sobre o estabelecimento da república no BrasilEm um Centro desta capital foi inesperadamente feita a seguinte comunicação psicográfica de Pedro I:«Como se mudam os destinos de um povo, e como sem efusão de sangue, só com o transbordamento dos sentimentos, se faz uma obra tão gigantesca!Nunca pensei que os destinos do povo que eu fiz, daquele povo a quem dei os elementos de ser grande, chegasse tão depressa a se realizarem com assombro do mundo!Como eu compreendi mal!Mas se o trono. Abalado para sempre, cede lugar ao porque, quem teve a missão de dirigir este, quis prende-lo pela corrupção, quis perverter-lhe o caráter, comprar-lhe os pensamentos, ofusca-lo com bordados e lantejoulas. E caiu vítima da própria corrupção que fomentou!Tiraram-lhe a energia para reagir, tornaram-no indiferente aos seus mais alvos deveres políticos, fizeram dele um leão adormecido indefinidamente, sem forças e sem vontade para levantar-se!Oe reis compreendem mal os seus deveres. Julgam-se únicos capazes de dirigir — e são dirigidos!

Proclamam-se sábios e não passam de ignorantes e ridículos!Ignorantes, porque são os últimos a conhecerem as necessidades dos seus governados.

Ridículos, porque aceitam a adulação contra a própria consciência.Deixam-se proclamar sábios, e nem de leve suspeitam que assim o fazem propositalmente, para encherem-os de presunção e afastarem-os do estudo proveitoso e eficaz ao conhecimento da verdade dos fatos.Querem-no presumido de sua grandeza, porém superficial em sua ciência do governo!Quando a arvore cresce e

copa de mais, abriga com sua sombra; porém mata qualquer oura vegetação que borbulhe.Seu eu tivesse pensado como penso hoje, eu que presidi aos destinos de dois povos, sem conseguir a nenhum governar; teria criado um povo forte em crenças, moralizado e empreendedor.Não o soube fazer!Meu filho ficou muito jovem entregue a mãos estranhas, vergando ao peso das ambições que se desenvolviam em torno dele, e não teve a orientação precisa para desempenhar a difícil tarefa que lhe foi confiada.O coração não governa os povos; e sim a cabeça.O coração sobrou-lhe, cabeça é que lhe faltou.Viu rugir a tempestade, que lhe foi anunciada pelas nuvens que encobriam o sol no horizonte e não se preveniu!Cegaram-no para que nada visse!Tudo se espadanava em torno, sem que o impressionasse!A religião era escarnecida por uns e esquecida por outros, os representantes dela faziam de seu sagrado emblema capa para as suas paixões e quiçá de suas ambições; os homens como estranhos em seu país a tudo

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Ano XV - Nº 67 A CHARRUA Página 15

(Continuação da página 14)

(Texto Retirado do Reformador de 15 de Dezembro de 1889, N.131 e 133, respectivamente, atualizados pelo acordo ortográfico - Nesta seção relembraremos as matérias, notícias e informações, dessa fonte maravilhosa de conhecimento que é a Revista Reformador, editada pela FEB - Federação Espírita Brasileira, Casa Máter do Espiritismo no Brasil, desde 1883.)

(Retirado do livro “Entrevistas” - organizado por Salvador Gentile e Hercio M. C. Arantes - Ed. IDE - Araras - SP)

Conversando com ChicoEspiritismo, loucura e doenças incuráveis

o que era progresso, a tudo quanto podia engrandecer um povo; só procuravam os elementos que brilham — o ouro e as altas posições, desprezando o que podia fazê-los realmente grandes: o amor e a estima de seus concidadãos!O que mais dizer?O que deveria resultar desse estado de cousas?O que fatalmente deu!O trono cedeu o lugar ao povo; a coroa ao barrete frígio.Foi o leão acorrentado que rompeu as correntes e proclamou-se senhor de si mesmo e livre.É que não se pode pôr diques à marcha das nações!É que não se pode governar pela demolição dos caracteres;

mas unicamente pela justiça, pela lei e pela força do caráter!Um fraco rei faz fraca a forte gente, já o disse alguém.Um caráter que se deixa corromper e que dorme sobre indiferença arrisca-se a acordar sobre um vulcão.A providência assim o dispõe!Se os espíritos não retrogradam, os povos também não.Portanto nada mais me resta a fazer.O Brasil disse a ultima palavra sobre o trono.Pedirei a Deus permissão de voltar entre vós, porque vos amo, e oxalá me seja ela dada!Serei o primeiro do povo a trabalhar por sua grandeza e prosperidade.Ai, porém, dele, se a indiferença

religiosa continuar a lavrar!Um povo sem religião não acata leis; onde não impera a lei, a desordem é inevitável, e a prosperidade impossível.Adeus.

Pedro I• •

O presidente do grupo disse ao manifestante:Tudo o que acabas de ditar eu muitas vezes escrevi para vosso filho.«Palavras que te inspirei, respondeu; mas tua voz era fraca, não atravessou os espessos muros do Paço, e tua sobrecasaca era singela e modesta, metia asco aos que só viam e acatavam as casacas bordadas.

Como entender a loucura e as doenças chamadas incuráveis, à luz do Espiritismo?

Loucuras e doenças incuráveis, à luz do Espiritismo, estão arraigadas às nossas necessidades de aprendizado e evolução, resgate e aperfeiçoamento, nos

campos da reencarnação, e os Instrutores da espiritualidade acrescentam que a Ciência e a Religião operam no Planeta, sob a inspiração da Providência Divina, para amenizar, diminuir, sustar ou extinguir as provações dos homens, conforme a necessidade e o merecimento de cada um.

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Relembrando

Textos retirados de “O Espelho”- Órgão Noticioso da Juventude Geny Maia - Ano VIII - Set - 1961 - nº 19

PROGRAMA DA V C. U.C.E.BBANGU – 5ª SEMANA CONFRATERNATIVA EM HOMENAGEM A UNIÃO DOS CENTROS

ESPÍRITAS DE BANGUPATROCÍNIO DA CONFRATERNIZAÇÃO ESPÍRITA DO RAMAL DE SANTA CRUZ

“O espiritismo mostra a solidariedade que conjuga todas as existências de um mesmo ser; todos os seres de um mesmo mundo e os seres de todos os mundos.” Allan Kardec

PROGRAMA: OUTUBRO DE 1961

Dia 23 – segunda-feira às 20 horas no C.E.C. Jesus, Maria e José, Rua Bangu, 141.Presidente – Francisco GaruzziSecretário – Ernani Zucarini FilizolaPágina do Médium: LecyOrador – Prof. Ramiro Gama.Tema – “O Espiritismo e o Consolador Prometido”.Dia 24 – terça-feira às 20 horas no G.P.E Luz e Amor, Rua Silva Cardoso, 673.Presidente – Almerinda Paiva.Secretária – Judith GaruzziPágina da Mulher – Carlota BrilhanteOradora – Yvonne A. Pereira Tema – “A mulher e a mediunidade”Dia 25 – quarta-feira às 20 horas na U.E.D. Bezerra de Menezes, Rua da Feira, 683.Presidente – Anilterpice de OliveiraSecretário – João Brasil LimaPágina do legionário – Raul OrioliOrador – Prof. José Jorge.Tema – “Religião e Espiritismo”Dia 26 - quinta-feira às 20 horas no C.E. Prece aos Sofredores, Rua dos Tintureiros, 78.

Presidente – Avelino de CarvalhoSecretário – Ary MedeirosPágina – Uma Mensagem do AlémOrador – Cap. Antenor StumfTema – “Caridade Moral e caridade Material”Dia 27 - sexta-feira às 20 horas no G.E.A.C. João Batista, Estrada do Engenho, 439.Homenagem ao Jovem espírita – a cargo do departamento infanto-juvenil do G.E.A.C.J.B.Presidente – Ernesto G. Dantas.Secretário – Celso CrispimPágina do Jovem – Arlete DuarteOrador – Dr. Antonio Paiva MeloTema – “ A Educação do Moço”.Dia 28 – Sábado no C.E. Luz e Fraternidade, Rua Eugênio Paiva,

79 – Senador Camará.Presidente – João SimõesSecretário – Oswaldo Soares Oliveira.Página do Mentor – João de Freitas.Orador – Emiliano de MendonçaTema – “O Cristo Consolador”.Dia 29 – Domingo às 18:45 horas, no G.P.E. Luz e Amor, Rua Silva Cardoso, 673.Presidente – José CostaSecretário – Nilton CunhaOrador – Milton O’reley de SouzaTema – “Deus Segundo o Espiritismo”.Posse da diretoria eleita da U.C.E.B, pela C. E. do Ramal de Santa Cruz, através do C. E. Lar de Jesus (CELJ).A Nova Diretoria da U.C.E.B foi Reeleita.Presidente – João S. Simões Diretor Doutrinário – André CordeiroSecretário – Ray Franco Bertamé Diretor de relações sociais – Guilherme Torres CajuTesoureiro – Avelino de CarvalhoDiretor de propaganda – João Brasil LimaDiretor dep. De infância e Juventude – Francisco Garuzzi.