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ANO XXX - Nl} 096 CAPITAL FEDERAL
SEÇÃO I
QUINTA-FEIRA, 4 DE SETEMBRO DE 1975
CÂMARA DOS DEPUTA.DOSSUMÁRIO
I - ATA DA 95.a SESSÃO DA I.a SESSÃO LEGISLATIVADA s.a LEGISLATURA, EM 3 DE SETEMBRO DE 1975
I - Abertura da Sessão11 - Leitura e assinatura da ata da sessão anterior
111 - Leitura do Expediente
PROPOSTAS DE EMENDA CONSTITUCIONAL
- Do Sr. Carlos Alberto Oliveira e outros.
- Do Sr. Epitácio Cafeteira e outros.
OFíCIO- Ofício n.o 156, de 1975, do Sr. Luiz Braz, Presidente da
Comissão de Constituição e Justiça.
PROJETOS A IMPRIMIR
Projeto de Lei ri.? 756-A, de 1975 (Do Poder Executivo) Mensagem n,v 172/75 - Dispõe sobre o Magistério da Aeronáutica, e dá outras providências; tendo parecer, da Comissão deConstituição e Justiça, pela constitucionalidade e juridicidade.Pendente de pareceres das Comissões de Segurança Nacional ede Finanças.
Projeto de Lei n.? 757-A, de 1975 (Do Poder Executivo) Mensagem n.O 173/75 - Dispõe sobre os vencimentos ou saláriosbásicos do pessoal docente e coadjuvante do Magistério daAeronáutica; tendo parecer, da Comissão de oonstituícão e Justiça, pela constitucionalidade e juridicidade. Pendente de pareceres das Comissões de Educacão e Cultura (audiência), desegurança Nacional e de Finanças.
PROJETOS APRESENTADOS
Projeto de Decreto Legislativo n.o 26, de 1975 (Do Sr. AlvaroValle) - Atribui competência aos Líderes da Maioria e (ia:Mlnoria, de ambas as Casas do Congresso Nacional, para tomarconhecimento de matérias e providências de caráter confidencial e secreto,
Projeto de Lei n.? 1.018, de 1975 (Do Sr. José Maria de Car'Valho) - Estabelece crítério especial de recolhimento de Impostode Renda para as pessoas que especíríca, e dá outras providências.
Projeto de Lei n.O 1. 019, de 1975 (Do Sr. Alvaro Dias) Acrescenta dispositivo ao Decreto-lei n,o 43, de 18 de novembrode 1966, que cria o Instituto Nacional do Cinema, e dá outrasprovidências.
Projeto de Lei n.v 1.020, de 1975 (Do Sr. Humberto Lucena)- Dispõe sobre a participação dos empregados nos lucros dasempresas.
Projeto de Lei n.? 1.022, de 1975 (Do Sr. Inocêncio Oliveira)- Concede aos motoristas de caminhão licença para porte dearma de defesa pessoal, no porta-luvas do veiculo.
Projeto de Lei n.? 1.023, de 1975 (Do Sr. Theodoro Mendes)- Altera disposições da Lei n.v 1.493, de 13 de dezembro de 1951,que "dispõe sobre o pagamento de auxilias e subvenções".
Projeto de Lei n.> 1 025, de 1975 (Do Sr. Antônio Bresolln)Concede aos motoríatas profissionais licença federal para
porte de arma de defesa pessoal, no interior do respectivoveículo.
Projeto de Lei n.O 1.027, de 1975 (Do Sr. Marcelo Gato) Acrescenta disposí tívo à Consolidação das Leis do Trabalho,aprovada pelo Decreto-lei n.? 5.452, de 1.0 de maio de 1943.
Projeto de Lei ri.? 1 028, de 1975 (Do Sr. Adhemar Ghisi) Isenta as entidades sindicais de trabalhadores da cuntrlbuieâocomo empregadoras ao INPS. .
Projeto de Lei n.> 1.029, de 1975 (Do Sr. Siqueira Campos)- Dispõe sobre financiamentos de matrizes bovinas em condições de reprodução, proíbe o abate de tais animais para consumo, até a Idade de nove anos, e dá outras providências.
Proieto de Lei n.O 1.030, de 1975 (Do Sr. Rubem Medina) Dispõe sobre a anulação do casamento.
Projeto de Lei n.v 1.031, de 1975 (Do Sr. A.H. Cunha Bueno)- Determina que o Ministério dos Transportes faça consignar,nas publicações e placas indicativas respectivas, o nome legaldas rodovias sob sua responsabilidade.
Projeto de Lei n.O 1.032, de 1975 (Do Sr. Otávio Ceccatc) Estabeleee a obrigatoriedade de exames médicos periódicos nosempregados de minas no subsolo.IV - Pequeno Expediente
ROBERTO CARVALHO - Asfaltamento do trecho da antigarodovia São Paulo-Cuiabá, na Iigacão da atual BR-153 comCampina Verde, Minas Gerais,
ULISSES' POTIGUAR - Regulamento do Programa deAssistência ao Trabalhador Rural.
FABIO FONSEOA - Implantação do Plano Nacional deSaúde. Denúncia do New York Times sobre acâo das multína-cíonaís farmacêuticas. .
FRANCISCO ROCHA - Palestra proferida pelo Cel. DantonEiser Nogueira, no Itamarati, sobre o papel do Exército na vidado País.
NORTON MAC:EDO - Projeto de lei sobre processo e julgamento dos crimes contra a administração pública.
MARIO MOREIRA - VIII Convencão Nacional dos Contabilistas, a realizar-se em Guarapari - Éspirito Santo.
JUAREZ BATISTA - Uberaba no contexto desenvolvímentista de Minas Gerais. Necessídade de construção de novo prédiona cidade para o Banco Comércio e Indústria de São Paulo.
LYGIA LESSA BASTOS - Homenagem da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército Americano ao MarechalFloriano de Lima Brayner. Trabalho do excepcional nas OficinasProtegidas e em trabalho competitivo.
JOSÉ SALLY - Segunda Junta de Conciliação e Julgamento para Petrópolis, Estado do Rio de Janeiro.
JOSÉ HADDAD - Funcionamento da Estrada de FerroCentral do Brasil.
6778 Quinta-feira 4 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Setembro de 19'5
GASTA0 MüLLER - Emenda Constitucional, de sua autoria, que altera o atual período de Iuncíonamento do CongressoNacional.
GUAÇU PITERI - Solidariedade da Ordem dos Advogadosdo Brasil, Seção do Rio de Janeiro, ao projeto, de sua autoria,que dispõe sobre a integração do descanso semanal remunerado, das férias remuneradas e das horas extras trabalhadaspelos assalariados.
MAURO SAMPAIO - Doação de meclicamentos da CEME aoSindicato dos Trabalhadores Rurais de Assaré, Ceará.
ABDON GONÇALVES - Restabelecimento do transportede passageiros no ramal Costa Barros-Japeri, Estado do Rio deJaneiro.
JOEL LIMA - Situação salarial dos servidores do Estadodo Rio de Janeiro.
JAISON BARRETO - Quadro médico-sanitário do País.
DASO COIMBRA - Conveniência de extensão aos odontologistas dos privilégios da exceção contida no inciso IV do art. 99da Constituição Federal, que dispõe sobre acumulação remunerada de dois cargos privativos de médico.
JúLIO VIVEIROS - O problema do menor desassistido.
RUY CôDO - Revogação do decreto que permitia o funcionamento de supermercados e hipermercados aos domingos,pelo Prefeito de São Paulo.
FREITAS NOBRE - Censura aos meios de informação e aosetor artístico.
AROLDO CARVALHO - Atuação do Ministro da Agricultura em relação aos excedentes da produção agrícola.
FRANCISCO LIBARDONI - Funcionamento do setor decomunicações no interior do País.
FLORIM COUTINHO - Eleições no MDB do Estado do Riode Janeiro. Exposição de Motivos do Governador Faria Lima aoencaminhar o Orçamento à Assembléia Legislativa do Estado.
DIAS MENEZES - Necessidade de investigação no funcionamento da rede hospitalar da Capital de São Paulo.
ERNESTO VALENTE - V Convenção Nacional dos Técnicosde Administração, a realizar-se em Salvador, Bahia,
JOAO LINHARES - Carta do padre Narciso Zannota aoPresidente Geisel, propondo a doação de terras na Amazôniapara constituição do Estado Palestino.
OSWALDO LIMA - Seguros obrigatórios de veículos.
ALCIR PIMENTA - Artigo "DAU: massificação também porpós-graduação", publicado em O Globo.
HILDÉRICO OLIVEIRA - Projeto do Ministérío da Agricultura e da PETROBRÁS para instalação de usina de produçãode álcool de mandioca na região do cerrado, próxima ao DistritoFederal.
CÉLIO MARQUES FERNANDES - Eomenagem a Caxias.
JOSÉ DE ASSIS - Necessidade de construção do trechoMineiros-Coxim, na BR-359, Mato Grosso.
ANTONIO BRESOLIN - Obras rodoviárias reclamadas peloMunicípio de Nova Palma, Rio Grande do Sul.
A.H. CUNHA BUENO - Ampliação de espaço na BibliotecaMunicipal "Mário de Andrade" e conveniência da sua reconversão em centro cultural de São Paulo.
PACHECO CHAVES - Municipalismo. Oficio do PrefeitoCarlos Nélson Bueno, de Mogi-Guaçu, São Paulo, ao Governadordo Estado, sobre oportunidade de inclusão de reivindicações doMunicípio no Plano Plurianual a ser elaborado para o biênio76/78.
V - Grande Expediente
DANIEL SILVA - Conveniência de campanha nacional deprevenção contra o fumo.
MURILO REZENDE - Sistema viário brasileiro.
VI - Ordem do Dia
JOSÉ CAMARGO, LINCOLN GRILLO, LYGIA LESSA BASTOS, FERNANDO CUNHA, JG DE ARAúJO JORGE, DIASMENEZES, AMAURY MÜLLER, RUBEM DOURADO, AIRTONSANDOVAL, PEDRO LAURO, OTÁVIO CECCATO, CÉLIO MARQUES FERNANDES, SIQUEIRA CAMPOS, JOSÉ DE ASSIS,BR)lE,,\TO VALENTE, NORTON MAClilDO, GASTA0 MÜLLER,FRANQISCO AMARAL, FLORIM COUTINHO, ANTONIO MORAIS ...:..- Apresentação de proposições'.
CÉLIO MARQUES FERNANDES, HUMBERTO LUCENA,CARDOSO DE ALMEIDA, ISRAEL DIAS-NOVAES, ANTÔNIOBRESOLIN, BLOTTA JUNIOR - Encaminhamento de votaçãodo Requerimento n.o 29, de 1975.
CÉLIO MARQUES FERNANDES, PEIXOTO FILHO, FLORIMCOUTINHO, IVAHIR GARCIA - Discussão do Projeto n.o 277-A,de 1975.
Requerimento n.O 29, de 1975 - Rejeitado.
Projeto n.? 277-A, de 1975 - Emendado.
VII - Comunicações de Lideranças
HENRIQUE EDUARDO ALVES - índices de crescimento doProduto Interno Bruto do Nordeste. Necessidade de extensão doincentivo concedido às indústrias de base e às pequenas e médiasindústrias do Pais a todas as indústrias instaladas no Nordeste.
VIII - Designação da Ordem do Dia
IX - Encerramento
2 - ATA DA MESA3 - MESA (Relação dos membros)
4 - LíDERES E VICE-LíDERES DE PARTIDOS (Relaçãodos membros)
5 - COMISSõES (Relacão dos membros das ComissõesPermanentes, Especiais, Mistas e de Inquérito)
ATA DA 95.a SESSÃOEM 3 DE SETEMBRO DE 1975
PRESIDÊNCIA DOS SRS.:HERBERT LEVY, 1.o-Vice-Presidente;ODUlFO DOMINGUES, 1.o-Secretário;
e UBAlDO BARÉM, Suplente de Secretário.I - Às 13 :30 horas comparecem os Se-
nhores:Herbert LevyAlencar FurtadoOdulfo DominguesHenrique Eduardo AlvesLéo SimõesJúlio ViveirosUbaldo Barém
AcreNabor Júnior - MDB; Nosser Almeida
ARENA; Ruy Líno - MDB.
AmazonasAntunes de Oliveira - MDB; Joel Fer
reira - MDB; Mário Frota - MDB.Pará
Alacid Nunes - ARENA; Edison Bonna- ARENA; Newton Barreira - ARENA.
Maranhão
Epitácio Cafeteira- MDB; José Ribamar Machado - ARENA; Luiz RochaARENA; Marão Filho - ARENA; Vieira daSilva - ARENA.
Piauí
Celso Barros - MDB; Hugo NapoleãoARENA; João Clímaco - ARENA; MuriloRezende - ARENA.
Ceará
Ernesto Valente - ARENA; FigueiredoCorreia - MDB; Gomes da Silva - ARENA; Manoel Rodrigues - ARENA; MauroSampaio - ARENA; Ossían AraripeARENA; Parsifal Barroso - ARENA.
Rio Grande do Norte
Ney Lopes - ARENA; Ulisses Potiguar- ARENA; Vingt Rosado - ARENA.
Paraíba
Adernar Pereira - ARENA; Álvaro Gaudêncio - ARENA; Mauricio Leite - ARENA; Octacílío Queiroz - MDB; TeotônioNeto - ARENA; Wilson Braga - ARENA.
Pernambuco
Aderbal Jurema - ARENA; Carlos Wilson- ARENA; Fernando Coelho - MDB; Gonzaga Vasconcelos - ARENA; Jo.~ias Leite- ARENA; Lins e Silva - ARENA; MarcoMaciel - ARENA; Ricardo Fiuza - ARENA.
Alagoas
Geraldo Bulhões - ARENA; José Alves- ARENA; Vinicius Cansanção - MDB.
Sergipe
Celso Carvalho - ARENA; FranciscoRollemberg - ARENA; José Carlos 'l'cíxeira- MDB; Passos Pôrto - ARENA; Raimundo Díníz - ARENA.
Bahia
Djalma Bessa - ARENA; Fernando Magalhães - ARENA; Henrique Cardoso _MDB; Hildéríco Oliveira - MDB; Joiío Alves - ARENA; João Durval- ARENA: Manoel Novaes - ARENA; Menandro Mmahim - ARENA; Noide Cerqueira - MDB;Ruy Bacelar - ARENA; Theódulo Albuquerque - ARENA; Vasco Neto - ARENA;Wilson Falcão - ARENA.
Setembro de 1975
ESlúito SantoArgílano Dario - MOB; Gerson Camata
- ARENA; Henrique Pretti - ARENA;Moacyr Dalla - ARENA; Parente Frota-ARENA.
Rio de JaneiroAbdon Gonçalves - MDB; Arío Theodoro
- MOB; Darcílio Ayres - ARENA; DasoOoimbra - ARENA; Eduardo Galíl - ARENA; Emanuel Walssmann - MDB; ErasmoMartins Pedro - MOB; Flexa Ribeiro ARENA; Florim Coutinho - MDB; JG deAraújo Jorge - MOB; José Haddad ARENA; José Maurício - MDB; José Sally- ARENA; Lygia Lessa Bastos - ARENA;Lysâneas Maciel - MDB; Mac Dowell Leitede Castro - MDB; Milton Steinbruch MDB; Miro Teixeira - MDB; Oswaldo Lima- MDB; Rubem Dourado - MDB; WalterSilva - MDB.
Minas Gerais
Carlos Cotta - MOB; Cotta Barbosa MDB; Fábio Fonseca - MOB; FranciscoBilac Pinto - ARENA; Homero Santos ARENA; Humberto Souto - ARENA; Ibrahírn Abí-Aekel - ARENA; José Bonifácio - ARENA; José Machado - ARENA;Juarez Batista - MDB; Luiz Fernando ARENA; Marcos Tito - MDB; Melo Freire - ARENA; Nogueira de Rezende - ARENA; Padre Nobre - MDB; Renato Azeredo- MDB; Sílvio Abreu Júnior - MDB.
São Paulo
Adalberto Camargo - MOB; AlcidesFranciscato - ARENA; Antonio Morimoto- ARENA; Athiê Coury - MDB; AurelioCampos - MDB; Dias Menezes - MDB;Edgar Martins -- MDB; Francisco Amaral_ MDB; Frederico Brandão - MDB; Freitas Nobre - MDB; Guaçu Piteri - MDB;Israel Dlas-Novaes - MDB; Joaquim BeviIacqua - MDB; Jorge Paulo - MDB; Lineoln Grillo - MDB; Marcelo Gato - MDB;Octacílio Almeida - MOB; Odemir Furlan- MDB; Roberto Carvalho - MDB; Theodoro Mendes MDB; Ulysses Guimarães-MDB.
Goiás
Adhemar Santílo - MDB; Helio Levy ARENA; Lturíval Nascimento - MDB; Jarmund Nasser - ARENA; Jose de Assis ARENA; Siqueira Campos - ARENA.
Mato Grosso
Antonio Carlos - MDB; Gastão Müller- ARENA; Nunes Rocha - ARENA; ViceIlte Vuolo - ARENA.
ParanáAgostinho Rodrigues - ARENA; Alvaro
Dias - MDB; Antônio Ueno - ARENA;Ari Kffuri - ARENA; Expedido Zanotti MDB; Gamaliel Galvâo - MDB; Gomes doAmaral - MDB; Hermes Macêdo - ARENA; João Vargas - ARENA; Nelson Maculan - MDB; Olivir Gabardo - MDB;Osvaldo Buskei -- MDB; Paulo Marques MDB; Pedro Lauro - MDB; Sebastião Rodrigues Júnior - MDB; Walber Guimarães-1mB.
Santa Catarina
Abel Avila - ARENA; Adhemar GhisiARENA; Francisco Líbardoril - MDB; Henrique Córdova - ARENA; João Linhares ARENA; Laerte Vieira - MDB; Pedro CoIin - ARENA.
Rio Grande do Sul
Alceu Collares - MDB; Aldo Fagundes MDB; Aluizio Paraguassu - MDB; AmauryMüller - MDB; Antônio Bresolín - MDB;Célio Marques Fernandes - ARENA; HarrySauer - MDB; Jairo Brum - MDB; Lidovíno Fanton - MDB; Nelson Marchezan -
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL. (Seção I)
ARENA; Nunes Leal - ARENA; OdacirKlein - MDB; Vasco Amaro - ARENA.
Amapá
Antônia Pontes - MDB.
Rondônia
Jerônimo Santana - MDB.
RoraimaHélio Campos - ARENA.
O SR. PRESIDENTE (Odulfo Domingues)- A lista de presença acusa o comparecimento de 182 Senhores Deputados,
Está aberta a sessão.
Sob a proteção de Deus iniciamos nossostrabalhos.
O Sr. Secretário procederá à leitura daata da sessão anterior.
II - O SR. JÚLIO VIVEIROS, Suplente deSecretário, servindo como 2.0 -Secr etá rio ,procede à leitura da ata da sessão antecedente, a qual é, sem observações, assinada.
O SR. PRESIDENTE (Odulfo Domíngues)- Passa-se à leitura do expediente.
O SR. UBAI,DO BAREM, Suplente de Secretário, servindo como l.°-Secretário, procede à leitura do seguinte
In - EXPEDIENTEPROPOSTAS DE EMENDAS
CONSTITUCIONAIS
EMENDA CONSTITUCIONALN.o 5, DE 19'15
Altera o § 4.° do artigo 144 da Constituição Federal.
Artigo único. O § 4,0 do artigo 144 daConstituição Federal passa a ter a seguinte redação:
"§ 4.° Os vencimentos dos juizes vitalícios serão .tíxados com diferenca nãoexcedente a dez por cento de uma paraoutra entrância, atribuindo-se aos deentrância mais elevada não menos denoventa por cento dos vencimentos dosdesembargadores, a estes asseguradaremuneração míníma equivalente a doisterços do que percebem, a qualquer título, os Ministros do Supremo TribunalFederal."
Justificação
O § 4.0 do artigo 144 da Constituição Federal, que disciplina a organização da justiça aos Estados, prevê que a diferença devencimentos entre os juizes vitalícios, deuma para outra entrância, não exceda devinte por cento, atribuindo-se aos de entrância mais elevada não menos de doisterços dos vencimentos dos desembargadores e vedando a qualquer membro da justiça estadual perceber importância mensalsuperior ao limite máximo estabelecido emlei federal.
A presente emenda, estabelecendo comolimite máximo dos vencimentos, na JustiçaEstadual, importância equivalente a doisterços da remuneração dos Ministros doSupremo Tribunal Federal, procura, ainda,reduzir a diferenca salarial entre os Juizes vitalícios, conforme as entrâncias.
O sábio jurista, eminente professor Alfredo Buzaid, numa época em que os Magistrados não estavam submetidos a pagarImposto de Renda, prelecionava na sua Exposição de Motivos, com que apresentou oseu Anteprojeto do Código de PiOcessoCivil:
"O segundo fator de deficiência da organização judiciária resulta da insuficiente remuneração dos magistrados.
Quinta-feira 4 67'79
Provavelmente não há no Pais classetão mal paga como a dos Juizes. Apesardisso, vem a magistratura brasileira, emtodos os graus, exercendo nobrementeas suas funções, denotando real espíríto de sacrifício, de renúncia e até, porque não dizer, de heroismo. No entanto,a circunstância de ser mal remuneradaa magistratura gera um motivo de desalento no espírito daqueles que pretendem ingressar e fazer carreira no Poder Judiciário."
Cumpre acentuar que a Declaração Universal dos Direitos do Homem "afirma serindispensável a existência, em todo pais, deuma justiça imparcial, independente e cespeltávcl."
Têm proclamado os Congressos Internacíonaís de Juristas que o pressuposto detoda sociedade livre e regida pelo Impérioda lei, repousa na independência do PoderJudieiário, enraüzando que o conceito deíndependêncía "ímplíca la adopcíón de medidas que hagam posible remunerar de maneira adecuada a los miernbros deI poderjudicial." (Congresso Internacional de Nova Delhi.)
COm efeito, nada significará a independência funcional dos Juizes, se não os cercarem efetivas garantias de que resulte suaindependência política, bem como se lhesnão forem atribuídos vencimentos compatíveis com a dignidade do cargo e o prestígio social que desfruta na comunidade.
11: sabido que a independência do PoderJudiciário é tradição do regime constitucional brasileiro, a que o Governo Federal respeita e cuida de preservar, pois a preocupação de majorar e atualizar os vencimentos da Magistratura Federal mostra oacatamento que devota ao Poder Judiciárioo Chefe da Nação brasileira.
Ocorre, todavia, que o mesmo não temacontecido com as Justiças Estaduais.
Deve-se ressaltar, por oportuno, que osjuizes federais e os estaduais não se distinguem pela importância dos respectivoscargos, mas, apenas, pela competência,atento a que a jurisdição de uns e de outros, promaná da mesma fonte, que é a soberania nacional; tendo, por isso, estes como aqueles - direito às mesmas garantias e, igualmente, a uma remuneração quelhes assegure viver condignamente.
A indiferença pela sorte do Poder Judiciário, com o baixo nível dc remuneração,particularmente à Magistratura do Norte eNordeste tem desestimulado as voeacões dosjovens brasileiros pela carreira j udícante.
Os próprios Magistrados desestimulam osfilhos de abraçar a carreira, circunstânciaque impossibilita a formação de uma elite.
Destaque-se o elogio do Ministro EIoyJosé da Rocha, presidente emérito, que foi,do Supremo Tribunal Federal, à proposta devinculação constitucional dos vencimentosda Magistratura estadual, em niveis condignos, ao Pretório Excelso.
Tal solução, fora, pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, aprovada emsessão plenária de 19-8-1974, sob a consideração de que a perda da vinculação a Secretário de Estado trouxe para os Magistrados uma situação de incerteza e insegurança. A idéia fora concretizada mediante iniciativa governamental, na terra gaúcha, eos seus efeitos, embora exíguo e curto o praZD, altamente proveitosos.
Assim é que "o número de cargos vagosficou percentualmente reduzido a menosde quarenta por cento c, provavelmente. nãohouvesse sido decretada a inconstitucionalidade, o problema da falta de Juízes no
"'SG Quinta-feira 4 DIAIUO no CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Setembro de 1975
Estado do Rio Grande do Sul já estaria solucionado (AJURIS - Revista da Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul, págs.5, 12, 13 e 15, vol. 2)."
A atualidade desta observação é tão válida que, recentemente, no concurso paraJuiz federal em todo território nacional, somente foram aprovados trinta e sete candidatos.
Também em Pernambuco, em concursorecente, o primeiro depois de dez anos, noventa por cento dos candidatos aprovadossomente alcançaram nota cinco, assim mesmo por benevolência utilitária, em númerode vinte, quando há cerca de quarenta vagas a preencher.
Prenuncia-se, assim, baixo nível ínteleetual a médio prazo para a Justiça pernambucana, quando em outros setores da vidapública a administração excele e se agi ..ganta ,
No que tange ao primeiro aspecto - o dotexto de vencimentos da magistratura es··tadual - acreditamos que será de melhoralvitre tomar como parâmetro a totalidadedo que percebem, mensalmente, os Ministrosdo Supremo Tribunal Federal, dispensando-se, assim, apelo à lei estadual corrigiráos vencimentos dos desembargadores,quando alterada a remuneração total dostitulares da Suprema Corte.
Quanto à hierarquia salarial dos Juízesvitalícios, parece-nos exagerada a díferença de vinte por cento, entre os veneímentos de uma para outra entrãncía, quando,na verdade, se ascensão implica geralmente, em maior tempo de serviço e, excepcionalmente, em comprovados méritos no exercício da função quantitativa do trabalhodemonstrará analogia de esforço na difícilmissão judicante.
Nossa recente experiência, como Secretário do Interior e Justiça de um Estado {iaNordeste, onde ouvimos insistentes reclamos da Magistratura estadual, no que tange àquela disciplina constitucional, é que
.nos leva a apresentar a presente Propostade Emenda Constitucional, atendo a um.pleito que se inspira em lidíma aspiração damagistratura estadual, em todo País.
Ou pagamos suficientemente os nossosJuizes - para que se aperfeiçoem no estudo, atualizando-se no progresso das letrasjurídicas, principalmente quando, no interior, não dispõem de bibliotecas especializadas, mas têm que atualizar as próprias,com os modestos vencimentos a exigiratualização econômica - ou não teremosaquela justiça presta, eficiente, imparcial eimpoluta, que é a pedra angular do regimedemocrático, também estamentando na excelência do seu Poder Judiciário.
Inspira-se esta emenda no salutar critério de vinculação dos subsídios dos Governadores aos do Presidente da República; dosdeputados estaduais aos dos federais e dosvereadores aos daqueles.
Objetiva, antes de tudo, pôr um ponto final em semelhante discriminação e salvar acrise nacional que avilta e marginaliza oPoder Judiciário no contexto da independência dos poderes da soberania nacional
Não se pode admitir esse desprezo à Magístratura dos Estados, que vive, anos a fio,a mercê da boa vontade e da sensibilidadede um ou outro chefe de Executivo.
O Governo só poderá obter êxito e alcançar suas metas com um Poder Judiciáriofortalecido e sem a preocupação de melhoria de vencimentos e tranqüilo quanto àcorreção automática de sua remuneração,integrado à consciência nacional, capaz eeficiente.
A segurança nacional tem estreitas eprofundas implicações com o Poder Judiciário, que dá sua parcela de contribuiçãoao aperfeiçoamento do regime.
Concluindo, transcrevo a seguinte notíciade O Jornal do Comércio, de Recife, edição de 17-8-75:
"VAGAS
Este ano, em janeiro, foi aposentadoo Ministro Esdras Gueiros, dando-se assim, no Tribunal Federal de Recursos,uma vaga destinada a advogado. Emabril ou maio, deu-se uma vaga, também no Tribunal, no Ministério Público. Em junho próximo passado, já tomava posse o novo ministro saido dacarreira do Ministério Público, e atéhoje, continua a vaga destinada aosadvogados, sem ser preenchida. Deveser exatamente porque os advogados derenome não estão aceitando os convites, em face da remuneração."
Sala das Sessões, em de1975. - Carlos Alberto de Oliveira - Marcelo Linhares - Theódulo Albuquerque Ney Lopes - Wilmar Dallanhol - Henrique Córdova - Furtado Leite - JonasCarlos - Amaral Netto - Prisco Viana Hugo Napoleão - Gerson Camata - JotioClimaco - Humberto Lucena - AurélioCampos - Ario Theodoro - Homero Santos - Alceu Collares - Jarbas Vasconcelos- Manoel Rodrigues - Josias Leite Aluizio Paraauassu. - Athiê Coury A(iriano Valente - Ruy Lino - JoaquimCoutinho - Mauricio Leite - RicardoPiuea - Jorge Arbaae - Norton Macedo Antônio José - Iturival Nascimento - Antônio Carlos - Odemir Furlan - JoãoArruda - Parsiteü Barrosa - Nereú Guidi- Nunes Leal - Parente Frota (apoiamento) - Antônio rtorêncio - Israel DiasNovaes - Wilson Falcão:""'" Santos Filho Amaral Furlan - Marcondes Gadelha Nadyr Rossetti - Joaquim Bevilacqua Moreira Franco - Bento Gonçalves - Navarro Vieira - Genervino Fonseca - Milton Steinbruch - Inocêncio Oliveira Freitas Nobre - Fernando Cunha - Noiâecerqueira - Renato Azeredo - AntônioGomes - Eduardo Galil - Hutiekei Freitas- Pedro Carola (apoiamento) - FredericoBrandão - Roberto Carvalho (apoiamento)- Epitácio Cafeteira - José Ribamar Machado - Jorge Uequed - Pacheco Chaves- José Carlos Teixeira - Henrique Cardoso - Ademar Pereira - Fernando Magalhães - João Durval - Eurico Ribeiro- octacílio Queiroz - Airton Soares Rubem Medina - Tarcisio Delgado - Antônio Ferreira - Sebastião Rodrigues Jr. Rasa Flores - Humberto SOldo - PadreNobre - Hildérico Oliveira - Rubem Dourado (apoiamento) -José Maria de Carvalho- Oswaldo Lima - Cunha Bueno - Alcides Franciscato - Dias Menezes - AirtonSandoval - Jorge Ferras - Santilli Sobrinho - Nelson Marchezan - Ruy Bacelar- Fábio Fonseca - Paulino Cícero - Carlos Wilson - Braga Ramas - Paulo Marques - Otávio Ceccato - Jarmurui Nasser - Rezende Monteiro - Lidovino Fanton - Gomes do Amaral - TheodoroMendes - OdaC:1Jr Klein - JG de AraújoJorge - Edgar Martins - Nosser Almeida- João Pedra - Amaury Müller - JuarezBatista - Ruy Côdo - Alvaro Dias - Horácio Matos - Alípio Carvalho - DasoCoimbm - Léo Simôe» - Jaisoti Barreto- Argilano Dario - Pedro Colin - JorgeMoura - Menandro Minahim - FernandoLira - Mário Frota - Abel Avila - JoãoCunha - Júlio Viveiros - Alcir Pimenta- Franeisco Libardoni - Ernesto de Marco - Salvador JuZianelli - Antônio Annibelli - Mário Moreira - Nabor Júnior -
Luiz Henrique - Januário Feitosa - HélioLevy - João Alves - José Bonifácio Neto- Ferraz Egreja - Mário Mondino Adhemar Ghisi - Oswaldo Zanello - Marco Maciel.
EMENDA CONSTITUCIONALN.O 1975
Acrescenta dispositivo ao Título V dasDisposições Gerais e Transitórias.
As mesas da Câmara dos Deputados e doSenado Federal promulgam a seguinteEmenda à Constituição:
Art. único. Inclua-se, no Titulo V, dasDísposições Gerais e Transitórias, ondecouber, o seguinte artigo:
"Art. As uniões de fato com duraçãomínima de cinco anos, das quaís participe pessoa desquitada, poderão ser regularizadas pelo casamento, se requerido no prazo de um ano a partir dadata da promulgação desta Emenda.Parágrafo único. Os desquitados quese utilizarem dos favores deste artigonão poderão requerer a anulação dodesquite anterior, sob pena de delito debigamia."
JustificaçãoO ainda recente episódio da rejeição pelo
Congresso, da Emenda Constitucional n.o5175 do ilustre combativo Senador NelsonCarneiro, deixou evidenciado que, emboraa maioria do Congresso tenha se manifestado favoravelmente à solução divorcista,mais de um terço recusa referida solução.
Pelo encaminhamento dos debates chegamos à conclusão de que grande n1ímerode parlamentares se manifestava favoravelmente àquela Emenda, não por um princípio filosófico doutrinário, mas tão-somente por representar a única solução atéentão apresentada à consideração ccngressual, para as situações de fato existentes.
Por outro lado, sentíamos que aqueles queno campo filosófico doutrinário, combatiamreferida Emenda, desejavam encontrar umasotueão para os problemas que estão a afligir a família brasileira, sem contudo abrirmão do princípio da Indíssolubllídade do
. matrimônio.
A presente Emenda Constitucional foielaborada na pretensão de encontrar umponto de identificação entre as correntesconflitantes.
Os antídívorcístas não negam o respeitoque lhes merecem as famílias organizadassem o cumprimento dos dispositivos legaismesmo porque tais famílias se comportamde forma a merecê-lo, e, sendo o casamentoa decorrência de um valor ético com suavaloração na dependência do grupo social,nenhum choque causará à sociedade a legalização de situações já por todos aceita.
Digno de consideração é, também, o fatode haver abundante legislação amparandono campo material, as uniões com mais dêcinco anos, valendo ressaltar que, no campomoral, recentemente legislamos no sentidada companheíra usar o sobrenome daquelecom quem vive.
Somente os filhos dessas uniões continuam esquecidos, sendo obrigados a levarconsigo o trauma de nascerem de pais nãocasados, e é isto o que pretendemos repararatravés da presente Emenda Constitucional.
Essas situações familiares de fato, gerameonsequêncías que alcançam muito mais daque as pessoas diretamente envolvidas e osseus filhos, espargindo-se pela sociedade inteira e debilitando os seus mais sólidos alicerces, razão pela qual urge solucioná-las.
Setembro de 19'75 nrsnro DO CONGRESSO NACIONAL (Seçilo I) Quinta-feira 4 6781
E, se há uma coisa que a nossa tradiçãoconstitucional jamais arrostou, essa é apreservação das situações de rato., do quesão exemplos, na atual Carta, os arts. 188,194 e 195.
No caso específico dos funcionários públicos (art. 194, parte final), que melhor ilustra a presente justificação, a Constituiçãotem estabelecido, em o art. 97, § 1.0, que aúnica rorms de investidura em Cargo público é a do concurso. Entretanto, para salvaguardar a situação preexistente - irregulare inconstitucional ante a norma geral, masjamais imoral - dos que ocupavam cargospúblicos, permitiu a sua estabilidade, naforma e, prazo consignados no próprio texto do referido art. 194.
Esta solução, que 'também consubstancíaum principio, adequa-se perfeitamente assituações por nós retratadas, eis que, tendoa transitoriedade que o interesse social reclama, não desrespeita a índíssolubílídadedo vinculo matrimonial, que permanece como regra.
Sala. das Sessões, em 2 de setembro de1975. - Epitrício Cafeteira - OctacitioQueiroz - Jorge Uequed - Antônio Carlos - Freitas Nobre - Frederico Braruião- Aldo traçunâee - Getúlio Dias - IsraelDias-Notaes - José Tlurmé - Gerson Camata - Rosa Flores - Odacir/Klein - Liâoutno tranton - João Alves - Ruy Bacelar - Yasumori Kunigo - João Climaco Alvaro Dias - Gamatiet Galváo - LauroLeitão (apoiamento) - Guaçts Piteri Moacyr Dulla - Amaury Müller - Adhemar Pereira - José MandelZi - HélioCampos - Lincoln Grillo - HenriqueCórdova - Ário Theodoro - Léo Simões Nabor Júnior - Sylvio Abr~u Júnior - Inocêncio Oliveira - Antônio Ferreira - Antônio Gomes - octaciuo Almeida - ttu- "rival Nascimento - Fábio Fonseca Odemir Furlam. - Daso Coimbra - AlcidesFranciscato - Celso Barros - Ruy Côdo- Edgar Martins - Joaquim BevilacquaAâalberto Camargo - Darcilio Aires - JoãoCunha - João Arruda - Vieira da Silva- José Ribamar Machado - Leõnuio»Sampaio - Airton Sandoval - Eurico Ribeiro - Mauricio Leite - Marcelo Liniiare«(apoiamento) - João Gilberto (apoiamento) - Alcir Pimenta - Milton Steuibrucii - Gomes do Amaral - HumbertoLucena - Hélio de Almeida - Aluizio Paraguassu - Jaison Barreto - Pedro Lauro- Ruy tsno - üastão Müller - Cotta Barbosa - Carlos Wilson - Adhemar Santíllo- Amaral Furlan - Antônio Belinati OUvir Gabarão - Carlos Alberto Oliveira- Hiiâérico Oliveira - Elcival Caiado Osru,aldo Lima' - Noiâe cerqueira - Furtado Leite - Luiz Rocha - Flávio Marcilio - Aderbal Jurema - Marcelo Gato Paulo Marques -Henrique Cardoso - Florim Coutinho - Th:eódulo Albuquerque Mário Moreira - Pacheco Chaves - AirtonSoares - Jonas Carlos"," Hugo Napoleão- Júlio Viveiros - Jerônimo Santana Nadyr Rossetti - Sebastião Rodrigues rr.- José Mauricio - Francisco Amaral Antônio Morimoto - Aloisio Santos - JorgeMoura - SantilZi Sobrinho - Alberto Lavinas - Alencar Furtado - Sérgio Murilo- santo» Filho - Henrique Eduardo ALves - ArgiZano Dario - Antônio José Emanuel Waissmann - Antônio Pontes- José Maria de Carvalho - Nunes Leal Eduardo Galil - Manoel RodrigueS - Humberto Souto (para apoiamento) - RômuloGalvão - Bxpeâito Zanotti - Irurno Pires- Magno Bacelar - Joel Ferreira - VingtRosado - Raimundo Parente - JosiasLeite - Hydelcel Freitas - Antunes deOliveira - Alaeiâ Nunes - Joel Lima Nunes Rocha - Eloy Lenei - JoaquimGuerra - Brígido Tinoco - Geraldo Bu-
thões - Wazter Silva - Jaâer Barbalho JG de Araújo Jorge - João Durval - Ubal-:do Barém. - Jarbas Vasconcelos - RubemDOurado.
OFíCIODo Presidente da Comissão de Constituição
e Justiça, nos seguintes termos:Brasília, 1.° de agosto de 1975
or, n,v 156175
A Sua Excelência o SenhorDeputado Célio BorjaDD. Presidente da Câmara dos Deputados
Senhor Presidente,Atendendo à deliberação unânime desta
Comissão, em reunião de sua Turma "A",realizada em 12-8-75, solicito a V. Ex." queo Projeto n.> 857/75, do Sr. Aurélio Campos,que "exclui o Município de Castilho, no Estado de São Paulo, da relação dos municípios declarados área de interesse da segurança nacional, seja anexado ao Projeton. O 90/75, do Sr. Jorge Uequed, que "excluio Municipio de Canoas da relação dos municipios declarados áreas de interesse de segurança nacional", por tratarem de matérias análogas.
Na oportunidade, renovo a V. Ex.lI- os meusprotestos de estima e elevado apreço. Luiz Braz, Presidente.
PROJETO DE LEIN.o 75G-A, de 1975
(DO PODER E:z;ECUTIVO)MENSAGEM N.o '172/75
Dispõe sobre o Magistério da Aeronáutica e dá outras providências; tendo parecer, da Comissão de Constituiçãoe Justiça, pela constitucionalidade e j uridieidade. Pendente de pareceres dasComíssões de Segurança Nacional e deFinanças.
(Projeto de Lei n.> 756, de 1975, a quese refere o parecer.)
O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 Esta Lei organiza o Magistério da
Aeronáutica e estabelece o regime jurídicode seu pessoal.
TíTULO IDas Disposições Gerais
CAPíTULO IDa Organização
Art. 2.0 O Magistério da Aeronáuticatem como integrantes os professores civisdas Organizações de Ensino da Aeronáutica, os quais serão regidos pela legislaçãotrabalhista.
Parágrafo único. Para os efeitos destalei, entendem-se como atividade de magistério as pertinentes ao ensino e à pesquisa,quando exercida nas Organizações de Ensino da Aeronáutica por integrantes do corpo docente _ pelo pessoal coadjuvante, riarorma da presente lei. .
Art. 3.° Os professores pertencem a duascategorias: permanentes e temporários.
§ 1.0 Professores permanentes são os admitidos em virtude de habilitação em concurso público de títulos e provas, para oexercício efetivo de atividades de magistério.
§ 2.0 Professores temporários são os admitidos por tempo determinado, na formado art. 13 desta lei, para o exercício temporárío de atividades de magistério.
§ 3.0 Os professores temporários contratados, para o 'exercício de atividades docentes auxiliares no ensino superior, constituirão a classe especial de Auxiliar deEnsino. '
Art. 4.0 No ensino superior, os professores distribuem-se pelas seguintes classes:'I'íf.ular, Adjunto e Assistente.
Art. 5.0 A lotação do efetivo de professores de cada Organização de Ensino é fixadana forma da legislação pertinente, considerados os fatores: índice "turma-hora" pordisciplina -ou grupo de disciplinas, programas de pesquisa, regime de trabalho e funções peculiares ao magistério da Organização de Ensino.
Parágrafo único. Nas Organizações deEnsino de 1.0 e 2.° graus, 70% (setenta porcento) do efetivo de professores destinamse a professores permanentes e 30% (trintapor cento) a professores temporários.
Art. 6.0 Além dos professores especificados no art. 3.0 desta lei, cujo efetivo éfixado na forma do art. 5.°, as organizações de Ensino podem utilizar professoresde outras organizações oficiais ou privadas,mediante convênio, e Conferencistas pararealização de cursos, programas de pesquisa, ciclos de conferências, palestras, seminários e outras atividades correlatas.
CAPíTULO II
Das Atribuições. Art. 7.° São atribuições de magistério as
pertinentes à preservação, elaboração etransmissão de conhecimentos de naturezanão essencialmente militar, à administração do ensino, e à colaboração na formaçãoética e cívica do aluno.
Art. 8.0 Os professores só podem exercerfunção ou encargo na administração da Organização de Ensino, desde ç.ue diretamenterelacionados com as atribuições do magistério.
CAPiTULO .111Do Provimento
Art. 9.° O pessoal do Magistério da Ae. ronáutíca é admitido de acordo com esta
lei..llrt. 10. Além das condições especificas
para cada categoria, o candidato ao Magistério da Aeronáutica deve satisfazer aosrequisitos de idade, idoneidade moral, capacidade física e aptidão psicológica compatíveis com a atividade docente.
Art. 11. OS candidatos às vagas existentes nas organizações de Ensino da Aeronáutica devem preencher todos os requisitosprevistos na legislação fec'.eral referente aoexercício do magistério no nível de ensinoa que se candídatarem,
Art. 12. Os empregos de professor permanente são providos mediante concursopúblico de títulos e provas, ao qual podemconcorrer civis e militares da Reserva.
Art. 13. A função de professor temporário contratado é provida mediante exame desuficiência e confronto de títulos, ao qualpodem concorrer civis e militares da Re-serva. '
§ 1.0 Para as organizações de ensino de1.0 ou 2.° grau os candidatos devem possuir,se civis, registro no Ministério da Educação e Cultura de professor da disciplinaou grupo de disciplinas a que se apresentem;se militares, curso de Estabelecimento deEnsino Superior das Forças Armadas narespectiva especialidade.
§ 2.0 Para as organizações de ensino superior, os candidatos civis devem satisfazeras condições de aptidão profissional exigidas pela legislação federal referente ao magistério superior.
Art. 14. Para preenchimento de vagasde professor permanente ou temporário,o Ministro da Aeronáutica mandará abrir,na Organização de Ensino interessada; inscrições para o concurso ou exame de sutí-
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ciência e confronto de titulas, 'destinados,respectivamente, ao provimento.
§ 1.° o prazo de inscrição é de 90 (noventa) dias, devendo o concurso reaíísar-sedentro de 60 (sessenta) dias, contados dadata de encerramento das inscrições.
§ 2.0 O concurso de títulos e provas e oexame'de suficiência e confronto de titulasserão organizados, realizados e [ulgados poruma comissão designada pelo Comandanteda Organização de Ensino, e de cuja com(posição devem participar, no mínímo, 3(três) professores.
§ '3.° O candidato ao emprego de professor permanente, julgada e indicado pelaeomíssão de que trata o parágrafo anterior,será contratado por ato do Ministro daAeronáutíea para emprego de caráter per..manente e íncluido, nesta condição, na 'I'abela Permanente do Ministério da Aero-'náutica.
§ 4.° O candidato à função de professortemporário contratado, aprovado e indicadopela comissão de que trata o parágrafo 2.0,firmará contrato com a organização de En..síno por período de 2 (dois) anos, prorrogável a critério do Comandante da Organí..zação ,
Art. 15. O professor, quer permanentequer temporário, deve apresentar, no prazomáximo de cada 4 (quatro) anos:
I - se do ensino de nível superior, tra"balhos que comprovem aperfeiçoamentoprofis.sional, tais eemo publicações de livrose artigos, orientação de tese de mestrado oudoutorado ou direção de projetos, obtençãode patentes, participação ativa .em congresaos e seminários ou, ainda, certificado dehaver ministrado ou freqüentado com aproveitamento cursos de aperfeiçoamento, pós-graduação, extensão ou especialização, desde que tais trabalhos sejam consideradosde interesse da Organização de Ensino; e
II - se do ensino de 1.0 ou 2.° grau,no mínimo, certificado de aprovação oufreqüência de cursos, simpósios, semináriosou encontros, onde se especialize e, príncípalmente, se atualize no seu ramo de atívidade de magistério.
§ 1.° O Comandante da Organização deEnsino nomeará uma comissão da qual fa~çam parte, no mínimo, 3 (três) professores, para exame e avaliação das realizaçõesprevistas neste artigo.
§ 2.Q O· não cumprímento da exigênciafeita neste artigo acarretará para o proresser permanente a perda da gratificação. deque trata o artigo 31, inciso TI, e para oprofessor temporário a não renovação deseu' contrato.
CAPíTULO IVDos Deveres e Responsabili~ades
r Art. 16. J!l dever dos integrantes do Magistério da Aeronáutica contribuir para queo processo educacional se desenvolva nosentido da formação integral do educando,dentro das modernas técnicas pedâgógicas,e de acordo com os obj etívos estabelecídoapelo órgão normativo do ensino da Aeronáutica.
§ 1.° Competem aos professores, além dese dedicarem ao ensino e pesquisa, M segúíntes atividades:
a) colaborar eom.a Direção de Ensino, ouó:cgãos eqüívalentes, na preparação de materia1 didático;
h) pa:rticipar da elaboração de livros didáticos e textos escolares; ,
c) colaborar na orientação do estudo dirigido, quando determinado pela Direçãode Ensino ou órgãos eqütvalentes;
d) participar de atividades extra-classeé de solenidades cívico-militares; e
e) realizar outros trabalhos relacionadoscom a disciplina que lecionem, conforme determine a Direção de Ensino ou órgãos eqülvalentes.
§ 2.0 Além das atividades de ensino, osprofessores participam 006 atos que complementam a educação do corpo discente.
Art. 17. Os professores ,estão suí eit.os,além dos Regulamentos das Organizaçoesde Ensino onde desempenham suas atividades e às disposições desta Lei, às da legislação trabalhista e,
I - quando permanentes, subsidiariamente, à legislação referente ao Magistério Federal; eII - quando temporários, ao que estabe
lecerem os contratos firmados.:::APíTULO V
Do Regime de TrabalhoArt. 18. O professor fica sujeito, na Or
ganização de Ensino em que lecione, ao se~
guínte regime de trabalho:I - 40 (quarenta) horas semanais de a~i~
vidade de magistério, em dois turnos diários completos, se do ensíno superior;
II - M (vinte e quatro) horas semenaísde efetiva atividade de magistério, se doensino de 1.0 ou 2.° grau;
!II - dedicação exclusiva, quando Auxíliar de Ensino.
§ 1.0 O professor temporário, do ensinosuperior ou do ensino de 1.0 ou 2.° grau,poderá ser submetido a regime de trabalhode 24 (vinte quatro) ou de 12 (doze) horassemanais de atividades de magistério deacordo com o contrato assinado.
§ 2.0 No :nteresse' do ensino e da pesquisa, o proressor permanente ou temporário no-regime de 40 (quarenta) horas semanais, ressalvado o direito à opção do permanente, pode ficar sujeito ao regime de dedicação exclusiva, com o compromisso denão exercer qualquer outra atividade .'emunerada em órgão público ou privado.
§ 3.0 Os professores terão sempre, índívidualmente, obrigações didáticas mínimas,em número de horas de aula, fixadas peloComandante da Organização de Ensino aque pertencerem.
§ 4.0 No cômputo do número de horasde aula, não se incluem as referentes à pesquisa, preparação didática, orientação deestudo dirigido em classe, organização efiscalização de provas, participação em co~
missões de exame ou concurso e reuniões relativas às atividades educacionais de ensino atribuídas ao professor.
§ 5.0 O professor de uma díscíplína pode ser aproveitado no ensino de outra, desde que sejam afins, e a critério da Direçãode Ensino ou órgão eqülvalente da Organização.
CAPíTULO VIDa Aposentadoria e Exoneração
Art. 19. A aposentadoria do professorpermanente obedecerá às normas estabelecidas na legislação trabalhista e previdenciária.
Art. 20. No caso de o professor permanente haver realizado, no estrangeiro, qualquer curso ou estágio de duração superior a6 (seis) meses, por conta do Ministério daAeronáutica, sem haver decorridos 3 (três)anos de seu término, a aposentadoria só será concedida mediante a indenização de to~das as j despesas correspondentes à realização do referido curso ou estágio, inclusiveas diferenças de vencimentos eventualmente recebidas.
Parágrafo único. Para a concessão dedispensa, a pedido, do emprego permanente,em circunstância semelhante, apücar-se-âoas 7Uesmas exigências.
CAPíTULO VIIDa Beseísão de Contrato
Art. 21. O professor, permanente outemporário, terá seu contrato rescindido deacordo com a legislação trabalhista.
§ 1.0 Constituem "justa causa", paraefeito de rescisão do contrato, dentre outros, os seguintes motivos:
a) quando o professor for julgado incapaz moralmente;
b) por conveniência da disciplina;c) por não ter o professor revelado a ap
tidão necessária ao exercício da função docente.
§ 2.° O professor de que trata este artigo terá, ainda, seu contrato rescindido, pelos seguintes motivos:
a) por interesse da Administração;
b) por extinção da disciplina paPa a qualtenha sido contratado, se não pude. seraproveitado.
CAPíTULO VIIIDo Pessoal Coadjuvante
Art. 22. O Dorpo Docente de cada Organização de En.s.ino pode ter como coadjuvantes: teenologístas, preparadores e inspetores-monitores, contratados.
Art. 23. Os teonolcgístas auxiliam osprofessores dt ensino superior, quer no campo didático, quer no da pesquisa.
Parágrafo único. A função de tecnologlsta podem concorrer civis e militares dareserva, e os candidatos devem satisfazer àsseguintes exigências:
a) possuir idoneidade moral;b) ter aptidão para o exercício da fun
ção;c) possuir aptidão fisica, julgada por
Junta de Sat.de da Aeronáutica;d) apresentar certificado de conclusão de
curso de 2.° grau; ee) ser aprovado em exame de suficiência,
constante de prova escrita e prática, referente à disciplina a que se candidatarem.
Art. 24. Os preparadores auxiliam osprofessores nas disciplinas de ensino' experimental.
Parágrafo único. A função de preparador podem concorrer civis e militares da reserva, e os candidatos devem satisfazer àsseguintes exigências:
a) possuir idoneidade moral;h) ter aptidão para o exercício da função;c) possuir aptidão rísíea, ju1gada por
Junta de Saúde da Aeronáutica;d) apresentar certificado de conclusão de
curso de 2.0 grau; ec) ser aprovado em exame de suficiência,
constante de prova escrita e prática, referente à disciplina a que se candidatarem.
Art. 25. Os Inspetores-monitores auxí->liam os professores e instrutores na preparação de material e na realização de aulase sessões de instrução do ensino de 1.0 e2.0 graus.
Parágrafo único. A função de Inspetormonitor podem concorrer civis e militaresda reserva, e os candidatos devem satisfazer às seguintes exigências:
a) possuir idoneidade moral;
Setembro de 19'75 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seçio I) Quinta-feira '" 6783
b) ter aptidão para o exercício da função;
c) possuir aptidão física, julgada porJunta de Saúde da Aeronáutica;
d) apresentar certificado de conclusão decurso de 1.0 grau; e
e) ser aprovado em exame de suficiência.
Art. 26. O candidato à função de tecnoIoglsta, de preparador ou de inspetor-monitor, satisfeitas as exígêneíaa, será contratado pelo Comandante da Organização porperíodo de ;3 (doís) anos, prorrogável desdeque atendidos os requisitos de aproveitamento e rendimento do trabalho e adaptação às atividades Inerentes à função.
Art. 27. Os tecnologistas, preparadores eínspetores-monítores estão sujeitos:
I - à legislação trabalhista;
II - aos termos do contrato firmado; e
lI! - às prescrições regulamentares daOrganização de Ensino onde trabalhem.
Art. 23. JS tecnologistas, preparadores eínspetores-monítores podem ser contratadosno regime de 40 (quarenta), 24 (vinte e quatro) ou 12 (doze) horas de trabalho semanais ou no de dedicação exclusiva como compromisso de, neste. caso, não exercerem qualquer outra atívídade remuneradaem órgão público ou privado.
Art. 29. O teenologista, o preparador eo inspetor-monitor terão seu contrato rescindido de acordo com a legislação trabalhista, observando-se o disposto no artigo21 desta lei.
CAPí,+ULO IXDa Remuneração
Art. 30. Os salários básicos dos professores e coadjuvantes das Organizações deEnsino da Aeronáutica são os fixados emlei.
Art. 31. O professor, quando no exercício efetivo de suas atribuições no magistério, fará jus às gratífícaçôes:
I - adicional por tempo de serviço, quando sujeito ao regime estatutário;
H - de auxílio ao aperfeiçoamento técnico-profissional;
IH - de comissão no Magistério da Aeronáutica;
IV - de Dedicação Exclusiva.
§ 1.0 O Auxiliar de Ensino e o Coadjuvante só farão jus às gratificações II e IVdeste artigo.
§ 2.0 O pagamento dàs gratificações H,II! e IV deste artigo cessa quando do afastamento do professor das atribuições queexercia no magistério por:
a) licença por período superior a 6(seis) meses para tratamento de saúde dedependente;
b) licença para aperfeiçoar seus conhecimentos técnicos ou realizar estudos, porinteresse particular;
c) ausência não justificada;d) afastamento do serviço além dos pra
zos legais.§ 3.0 Todas as gratificações previstas
neste artigo são calculadas sobre o saláriobásico do pessoal docente.
Art. 32. A gratificação adicional portempo de serviço é devida, definitivamente,inclusive na aposentadoria, ao professorpermanente sujeito ao regime estatutárioque completar cada qümqüêníó de efetivoserviço, no valor de tantas cotas de 5%(cinco por cento) de seu salário básicoquantos forem os qüinqüênios de efetivoserviço.
Parágrafo único. O direito à gratírícação começa no dia seguinte àquele em queo professor completa cada qüinqüênio.
Art. 33. A gratificação de Auxílio aoAperfeiçoamento Técnico-Profissional, calculada sobre o .salárío básico, é atrtbuidaac professor, ao auxiliar de ensino e aocoadjuvante, como estimulo ao aperfeiçoamento técnico-profissional, na razão de:
I - 35% (trinta e cínco por cento) aosprofessores permanentes e temporários contratados do ensino superior;
II - 25% (vinte e cinco por cento) aosprofessores permanentes e temporáríoscontratados do ensino de 2.° grau;
UI - 20% (vinte por cento) aos professores permanentes e temporários contratados do ensino de 1.0 grau, aos auxiliares deensino e aos coadjuvantes do ensino superior:
IV - 15% (quinze por cento) aos demaiscoadjuvantes do ensino.
Art. 34. A gratificação pelo exercício decomissão no Magistério da Aeronáutica éatribuida ao professor em razão dos seguin-tes casos: - ,
! - 25% (vinte e cinco por cento) paraa de Coordenador de Ensino Científico oufunção equivalente;
II - 20% (vinte por cento) para a deChefe da Seção de Ensino ou órgão equivalente;
UI - 15% (quinze por cento) para a deadjunto da Seção de Ensino ou órgão equivalente.
Art. 35. A gratíflcação de DedicaçãoExclusiva é devida ao professor, ao auxiltarde ensino e ao coadjuvante na razão de20% (vinte por cento) sobre o salário básico.
Art. 36. O professor, o auxiliar de ensino e o coadjuvante que, na data da aposentadoria possua pelo menos cinco anosno regime de 24 (vinte e quatro) ou node 40 (quarenta) horas semanais, além dosalário básico, tem direito, para efeito decálculo de proventos, às correspondentesgratificações que estiver percebendo.
§ 1.0 O valor da gratificação será proporcional ao tempo de serviço prestado,Isoladamente, em cada um dos regimes eletrabalho de que trata esta lei, na hipótesede ser inferior a 5 (cinco) anos o exercícioem cada um deles.
§ 2.° Para OS efeitos do disposto noeaput deste artigo, somente será computado o tempo de serviço prestado nos regimes de trabalho atribuidos a partir davigência desta Lei.
§ 3.° O professor, o auxiliar de ensino eo coadjuvante que se aposentar antes decompletar os 5 (cinco) anos previstos nocaput deste artigo terá incorporados aosseus proventos as correspondentes gratificações, calculadas da seguinte forma:
a) 1/25 (um vinte e cinco avos) por anode serviços prestados, para as gratificações que recebia na data da publicaçãodesta Lei;
b) 1/5 (um quinto) por ano de serviçosprestados, a partir da data da publicaçãodesta Lei, para as gratificações que estiverrecebendo.
Art. 37. O professor temporário contratado, militar da reserva, além dos proventos de inatividade regulados pela Leide Remuneração dos Militares, faz jus àremuneração prevista para o professor temporário contratado civil.
Art. 38. A retribuição dos Conferencistas poderá ser fixada em termos de salário/hora, à vista das conveniências da Organização de Ensino, consideradas as respectivas qualificações.
TiTULO nDas Disposições Especiais
CAPiTULO ÚNICOArt. 39. Ao professor é vedado:I - a qualquer titulo, ensinar individual
mente ou coletivamente, em caráter particular, mediante remuneração, a alunos da.Organização onde leciona;
II - lecionar em cursos ou organizaçõessemelhantes, de preparação para concursode admissão ou para exames de segundaépoca na Organização onde leciona.
Art. 40. O professor permanente podeser movimentado por conveniência do ensino, por motivo de saúde ou, se não houver inconveniente para o Ensino da Aeronáutica, por interesse próprio.
parágrafo único. Na hipótese da extinção da Organização de Ensino ou por conveniência do ensino, sua movimentação éfeita por necessidade do serviço.
Art. 41. Além dos casos previstos na legislação vigente, pode ocorrer, no interessedo ensino e da pesquisa, o afastamento dopessoal docente, para aperfeiçoar-se eminstituições nacionais ou estrangeiras, oupara comparecer a congressos e reuniõesrelacionados com a atividade de magistério que exerce.
Parágrafo único. O afastamento previsto neste artigo é concedido por Indicacâodo Comandante da Organização de Ensinoou, a requerimento do interessado, pela autoridade competente.
Art. 42. Para efeito desta Lei, entendese por Comandante da Organização de Ensino O título benéfico correspondente ao de.Díretor, Reitor, Chefe ou outra denominação que tenha ou venha ter aquele que,de acordo com o regulamento da Organização de Ensino, for responsável pela administração, emprego, instrução e disciplina de uma Organização de Ensino. ou quea tenha sob sua subordinação direta.
TíTULO mDas Disposições Transitórias
CAPiTULO ÚNICOArt. 43. Aos atuais professores efetivas
das Organizações de Ensino da AeronáuticaSUjeitos ao regime estatutário será assegurada, no que couber, a aplicação das disposições desta lei, mantido seu regime juridíco ,
Art. 44. A aposentadoria dos professores de que trata o artigo 43 desta Lei, seráconcedida, mediante requerimento, àqueleque contar o número mínimo de anos deserviço para esse fim, exigido pela legislação relativa aos funcionários públicos federais o II legislação específlca do magistério federal.
§ 1,0 Nas hipóteses de aposentadoria ouexoneração, a pedido, será observado o disposto no artigo 20 e seu parágrafo únicodesta Lei.
§ 2.0 O professor que solicitar aposentadoria aguardará, no exercicio de suas funções normais, a publicação, no Diário Oficial, da solução de seu requerímento .
Art. 45. A aposentadoria ex officio dosprofessores permanentes abrangidos peloartigo 43 desta Lei, verificar-se-á quandoo docente: -
I - atingir a idade limite de permanência na atividade, de acordo com a legislação para o magistério civil federal;
Ir - for julgado inválido ou incapaz fisicamente, em deIlnitivo, por Junta de Saúde da Aeronáutica, para atividade docente;
Ir! - for afastado das funções de docente por 2 (dois) anos, consecutivos ou não,
6'784 Quinta-feira 4 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Setembro de 19'75
CJ:$ 2,49'7,00Cr$ 2.227,0001"$ 1. 923,00
para tratamento de saúde, no período máximo de 4 (quatro) anos, a contar da datada primeira licença.
Art. 46. Oontar-se-ão, como anos deservíço público, os anteriores à vigênciadesta Lei, dedicados ao serviço público, noexercício de atividade de magistério, qualquer que tenha sido a relação de emprego,em regime de trabalho, no mínimo, eqüívalente ao exigido para o professor permanente de mesmo nível de ensino.
Art. 47. Aos atuais professores contratados, ficam assegurados os contratos atéo término de sua vigência.
Parágrafo único. Poderão ter renovadosseus contratos os atuais professores contratados, obedecidas, porém, as normas estipuladas no Capitulo lU do Título I destaLei.
Art. 48. Para ereíto de compatibilização dos cargos existentes antes da vigênciada presente Lei com as classes ora prevístas no artigo 4.°, adotar-se-á a seguintecorrespondência:Professor Pleno - Professor TitularProfessor Associado '- Professor AdjuntoProfessor Assistente - Professor Assistente
§: 1.0 O atual Auxiliar de E11Bino terácorrespondência ao Auxiliar de Ensino previsto no §: 3.° do art. 3.0 desta Lei.
§ 2.0 O aproveitamento dos atuais professores efetivos nas classes previstas neste artigo dependerá de comprovação doatendimento da exigência contida no itemVI do § 3.0 do art. 176 da Oonstítuíção,
§ 3.0 O aproveitamento dos atuais professores, a que se refere o parágrafo anterior, será imediato e sucessivo ao cumprimento daquela exigência constitucional, e,simultâneo com o cumprimento da mesma,pelos demais professores.
§ 4.0 O aproveitamento dos atuais professores efetivos, suj eítos ao regime estatutário, far-se-á mediante transrormaeãodos cargos respectivos em cargos integrantes da classe em que forem aproveitados, osquais integrarão o Quadro Permanente doMinistério da Aeronáutica.
§ 5.0 A soma dos 'cargos ocupados pelosprofessores efetívos de que trata o parágrafo anterior com os empregos dos professores permanentes regidos pela legislaçãotrabalhista não poderá ser superior ao limite de lotação estabelecido para Cada.classe.
§ 6.0 Não haverá novos provimentos noregime estatutário, nas vagas resultantesdo afastamento definitivo dos titulares doscargos a quP se refere o § 4.°, devendo osclaros de lotação decorrentes ser preenchidos por professores sujeitos à legislaçãotrabalhista, na conformidade do estabelecido nesta Lei.
TíTULO IVDas Disposições Finais
CAPíTULO úNICOArt. 49. Esta Leí será regulamentada
pelo Poder Executivo, no prazo de 120 (cento e vinte) dias, contado a partir da datade sua publicação.
Art. 50. Esta Lei entra em vigor nadata. de sua publteação, revogadas as dísposíções em contrário.
Brasília, em - de de 1975.LEGISLAÇÃO CITADA
CONBTITUIÇAO DA REPÚBLICAFEDERATIVA DO BRASIL
TITULO IVDa Família, da Educação e da Cultura
Art. 176. .. .§ 1.° ., ••...•......•....•.•......••..••
§ 2.° ' .§ 3.0 A legislação do ensino adotará os
seguintes princípios e normas:I - , .n - ..III - ..IV - ..V - ..
VI - o provírnento dos cargos iniciais efinais das carreiras do magistério de graumédio e superior dependerá, sempre, deprova de habilitação, que consistirá emconcurso público de provas e títulos, quando se tratar de ensino oficial;
MENSAGEMN.O 172, de 1975
(DO PODER EXEOUTIVO>
Excelentissimos Senhores Membros doCongresso Nacional:
Nos termos do artigo 51 da Constituição,tenho a honra de submeter à elevada deliberação de Vossas Excelências, acompanhado de Exposição de Motivos do SenhorMinistro de Estado da Aeronáutica, o anexopro~eto de lei que "dispõe sobre o Magistério da Aeronáutica, e dá outras providências" .
Brasília, DF, 23 de junho de 1975. Ernesto Geisel.
EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS N.o 43/GM3,DE 18 DE JUNHO DE 1975, DO MINISTÉRIO DA AERONAUTICA'Excelentissimo Senhor Presidente da Re-
pública:O Ministério da Aeronáutica tem a hon
ra de submeter à elevada consideração deVossa Excelência, o projeto de lei que or-\ganíza o Magistério da Aeronáutica e estabelece o regime jurídico do seu corpodocente e pessoal coadjuvante.
2. Justificando a presente proposta,este Mmíatérío passa a expor a Vossa Excelência as seguintes eonsíderações:
- o Ministério da Aeronáutica vem sofrendo, nos últimos anos, um processo contínuo e indesejável de esvaziamento qualitativo no seu quadro de professores;
- o recrutamento de novos professoresvem, progressívamente, tornando-se maisdifícil, pela carência de atrativos que o Ministério da Aeronáutica tem a oferecer;
- os salários muito inferiores aos domercado de trabalho, os modestos benefícios de previdência na inatividade e, a ausência de regulamentação que assegure aoPessoal do Magistério a oportunidade de fazer carreira no Ministério da Aeronáutica,são as causas básicas do citado processo deesvazíamento .
s. Assim. Senhor Presidente, no entender deste Ministério, o projeto de lei orasubmetido à elevada consideração de Vossa Excelência, uma vez aprovado, virápreencher uma lacuna, há muito existentena Iegíslaçâc que regula o ensino na Aerotáutíea, bem como, virá corrigir as distorções apontadas.
Aproveito o ensejo para renovar a VossaExcelência os protestos do meu mais profundo respeito.' - Joelmir Campos de AraI'Ípe Macedo, Ministro da Aeronáutica.
PARECER DA COMISSAO DECONSTITUIÇAO E JUSTIÇA
I e 11 - Relatório e voto do RelatorOriginário do Poder Executivo, vem a eS
ta Comissão, para exame e parecer, acompanhado da Mensagem n,v 172/75, o pre-
sente Projeto de Lei, que dispõe sobre oMagistério da Aeronáutica e dá outras pro':'vldêneías..
O Sr. Ministro da Aeronáutica, em Exposição de Motivos que instrui o processo,esclarece que o Ministério da Aeronáuticavem sofrendo, nos últimos anos, um contínuo e indesejável esvaziamento qualitativo no seu quadro de professores, pela ca-rência de atrativos salariais. .
Daí a iniciativa governamental, visandoa sanar a lacuna.
O Projeto sob exame deverá ser examinado, ainda, pelas doutas Comissões de Segurança Nacional e de Finanças.
Assim, não apresentando a proposição,em tela, qualquer vício de ordem constitucional e jurídica, somos pela sua aprovação.
Sala da Comissão de agosto de 1975.- Lauro Leitão, Relator.
III _ Parecer da Oomíseâo
A Comissão de Constituição e Justiça, emreunião de sua Turma "B", realizada em13-8-75, opinou, unanimemente, pela constitucionalidade e [urídícídade do Projeto n,o756/75, nos termos do parecer do Relator.
Estiveram presentes os Senhores Depu-etados:
Luiz Braz - Presidente, Lauro Leitão Relator, Antônio Morimoto, oantídío Sampaio, Erasmo Martins Pedro Gomes da Silva, Jairo Magalhães, João Gilberto, JoãoLinhares, José Sally, Noide Oerqueíra e Sebastião Rodrigues.
Sala da oomíssão, 13 de agosto de 1975.- Luiz Braz, Presidente - Lauro Leitão,Relator.
Senhor Presidente,Na forma regimental, requeiro urgência
para a tramitação do Projeto de Lei n,o756175.
Sala das Sessões, em 3 de setembro de1975.-BIotta .Jllnior- Israel Días-Novaes,
PROJETO DE LEIN.o 757-A, de 1975
COO PODER EXEOUTIVO)
MENSAGEM N.o 173175Dispõe sobre os vencimentos ou salá
rios básicos do pessoal docente e coadjuvante do Magistério da Aeronáutica;tendo parecer, da ComisslW de Const:Ltuíção e .Justiça, pela constitucionalida.de e juridicidade. Pendente de pareceres das Comíssões de Educação e Cultura (audiêncía) , de Segurança Nacional e de Finanças.
(Projeto de Lei n.v 757, de 1975, a quese refere o parecer.)
O Congresso Nacionál decreta:Art. 1.° Os vencimentos ou salários bá
sicos dos professores do Ensino Superio;J:'do Magistério da Aeronáutica, são:
1 - No regime de trabalho de 40 (quarenta) horas' semanais:- Professor Titular Cr$ 8.324,00-" Professor Adjunto Cr$ 7 ,424,00- Professor Assistente Or$ 6 .412,0~
2 - NO regímq di) trabalho de 24 (vintee quatro) horas semanais:..:.. Professor Titular Cr$ 4.994,00- Professor Adjunto Or$ 4,4M,00- Professor Assistente Or$ 3.847,00
3 - No regime de' trabalho de 12 (doze)horas semanais:- Professor Titular- Professor Adjunto- Professor Assistente
Sdent'!Jl'O de 19'75 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção J) Quinta-feira 4, 6785
2. Acompanha o projeto a Exposição deMotivos n.O 44, de 18 de junho de 1975, doExmo. Sr. Ministro da Aeronáutíea, na qualS. Ex. a assevera que os vencimentos básicosvigorantes para o' Magistério da Aeronáutica encontram-se abaixo daqueles atribuidos aos do magistério federal ligados aoMinistério da Educação e Cultura, tornando-se necessária a equiparação devida, paraque não haja um processo de esvaziamentodo corpo docente do Ministério da Aeronáutíca, hoje atraído pelas condições de tra·balho mais convidativas de instituições educacionais mantidas pelo Estado de SãoPaulo.
3. O projeto em estudo é constitucional.A iniciativa do processo legislativo compete, in easu, ao Presidente da República,nos termos do inciso II, do art. 57 da Constituição Federal.
4. Também não vislumbramos injurídícidade na proposição sub examen, O GrupoMagistério está previsto na Lei n.? 5.645,de 10 de dezembro de 1975, que estabelecediretrizes para a classificação de cargos doServiço Civil da União. O projeto propõe-se,como bem salienta a Exposição de Motivosdo ~xmo. Sr. Ministro da Aeronáutica, aigualar os vencimentos do pessoal da Aeronáutica aos do Magistério Federal. De outraparte, foi atendida a recomendação contidana Circular n.O 1, de 7 de maio de 1974, daPresidência da República no sentido daaudiência do Departamento Admínístratívodo Pessoal Cívfl,
Aquele órgão Central do Sistema de Pessoal manifestou-se favoravelmente ao projeto:
5. Não há reparos a fazer no que concerne à técnica legislativa.
II - Voto do RelatorNosso voto é pela conveniência da apro
vação do projeto.Sala da Comissão, em 20 de agosto de
1975. - Ney Lopes, Relator.III _ Parecer da Oomíssãe
A Comissão de oonstítuíção e Justiça, emreuníâo de sua Turma "AI>, realizada em20-8-75, opinou, unanimemente, pela constitucionalidade e juridicidade do Projeto n.o757/75, nos termos do parecer do Relator.
Estiveram presentes os Senhores Deputados: Luiz Braz - Presidente, Ney Lopes- Relator, Antônio Morimoto, BJotta Ju.níor, Claudíno Sales, Gomes da Silva, JairoMagalhães, Joaquim Bevilacqua, JorgeUequed, Lauro Leitão, Lídovíno Fanton,Nereu Ouldí, Norton Macedo, Tarcisio Delgado e Walter Silva.
Sala da Comissão, 20 de agosto de 1975.- Luiz Braz, Presidente - Ney Lopes, Relator.
Senhor Presidente,Na forma regimental, requeíremos urgên
cia para a tramitação do Projeto de Lei n.o757/75. _
Sala das Sessões, em 3 de setembro de1975. - Blotta .Junior - Israel Dias-Novae!!.
)'ROJETO DE DEORETO LEGISLATIVON.o 26, de 1975
(Do Sr. Alvaro Valle)Atribui competência aos Lideres da
Maioria. e da Minoria, de ambas as Casas do Congresso Nacional, para tomarconhecimento de matérias e providências de caráter confidencial e secreto.
(A Oomissão de Constituição e Justiçae à Mesa.)
O Congresso Nacional decreta:Art. 1.° lii atríbuída competência aos Li·
deres da Maioria e Minoria, na Câmara doa
sa Excelência, projeto de lei, que dispõesobre os vencimentos básicos do pessoaldocente e coadjuvante do Magistério daAemnáutica.
2. Ao apresentar a Vossa Excelência opresente projeto, permita-nos Informar queo mesmo é complemento necessárío e obrigatório do projeto de lei, já enviado aVossa Excelência, que. dispõe sobre o Magistério da Aeronáutica, ímpondo-se quesejam ambos examinados em conjunto.
3. Este Ministério, dando cumprimentoà Oíreular da Presidência da Repúblican.O 1, de 7 de maio de 1974, remeteu o anteprojeto à análise do Departamento Administrativo do Pessoal Civil (DASP), tendomerecido parecer favorável.
4. Acresce notar, Senhor Presidente, queos vencimentos básicos, ora em vigor, parao pessoal docente e coadjuvante do Magistério da Aeronáutica, por estarem bemabaixo dos vencimentos em vigor para os doMagistério Federal, ligados ao Ministério daEducação e Cultura, vem ocasionando umsevero processo de esvaziamento do corpodocente do Ministério da Aeronáutica, eem particular o do Instituto Tecnológicoda Aeronáutica, que atua nos setores daciência e da tecnologia e sofre forte concorrência de instituições congêneres mantidas pelo Estado de São Paulo - Universidade de São Paulo, Universidade Estadualde Campinas, Faculdade de Engenharia deGuara.tírrguetá - que oferecem a seus servidores condições de trabalho mais convidativas que as oferecidas pelo ITA.
5. Assim, Sel'lhor Presidente, no entender desta Secretaria de Estado, somenteum novo diploma legal, que permita sejamos vencimentos do pessoal da Aeronáuticaigualados aos do pessoal do MagistérioFederal, impedirá a queda do padrão deensino de reputados órgãos deste Ministério,assegurando a continuidade tranqüila deum trabalho profícuo.
6. Nestas condições, tenho a honra desubmeter à apreciação de Vossa ExcelênClao incluso projeto de lei que, se aprovado,ensejará a assinatura da anexa 1[ensagelnao Oongresso Nacional.
Aproveito a oportunidade para renovar aVossa Excelência 00 protestos do meu maisprofundo respeito. - Joelmir Campos deAraripe Macedo, Ministro, da Aeronáutica.
COMISSAO DE CONSTITUrçAOE JUSTIÇA
Of. n.? 148/75Braaílla, 27 de agosto de 1975
Senhor Presidente,Atendendo à deliberação unânime desta
Comissão, em reunião de sua Turma "A",realizada em 20-8-75, solicito que a Comissão de Educação se pronuncie sobre o Projeto n.> 757175, do Poder Executivo, que"dispõe sobre os vencimentos ou saláríosbáaícos do pessoal docente e coadjuvante doMagistério da Aeronáutica".
Na oportunídade, renovo a V. Ex.a os protestos de minha estima e distinta consideração. - Luiz Braz, Presidente.
PARECER DA COMISSÃODE CONSTITUIÇAO E JUST:):ÇA
I - RelatórioO Excelentissimo Senhor Presidente da
República, através da Mensagem n,o 173, de23 de junho de 1975, vem de submeter àdeliberação do Congresso Nacional, nos termos do art. 51 da oonstttuíção Federal opresente projeto de lei, que dispõe sobre osvencimentos ou salários básicos dos professores do Ensino Superior do Magistério daAeronáutica.
de 1975.
crs 2.400,00de trabalho de 12 (doze)
dé
MENSAGEMN.O 173, de 1975
(DO PODER EXECUTIVO)
Excelentíssimos Senhores Membros doCongresso Nacional;
Nos termos do arttgo 51 da Constituição,tenho a honra de submeter à elevada deliberação de Vossas Excelências, aeompanhado de Exposição de Motivos do SenhorMinistro de Estad'O da Aeronáutica, o anexoprojeto de lei que "dispõe sobre os vencimentos ou salários básicos dó pessoal docente e coadjuvante do Magistério da Aeronáutica".'Brasília, DF, em 23 de junho de 1975.
Ernesto Geisel.~XPOSIÇAODE MOTIVOS N,o 44/GM3, DE
18 DE JUNHO DE 1975, DO MINISTJl:RIODA AEIWNÁUTICAExcelentíssimo Senhor Presidente da Re
públíca:.O Ministério da Aeronáutica tem a honra
4e submeter à elevada consideração de Vos-
Art. 2.0 Os vencimentos ou salários básicos dos professcres do Ensino do 2.° Grau,do Magistério da Aeronáutica, são:
1 - No regime de trabalho de 24 (vintee quatro) horas semanais:~ Professor 01'$ 3.450,00
2 - No regime de trabalho de 12 (doze)horas semanais: .
- Professor Or$ 1.725,00
Art. 3.0 Os vencimentos ou salários básíeos dos professores do Ensino do 1.° Grau,do Magistério da Aeronáutica, são:
1 - No regime de trabalho de 24 (vintee quatro) horas semanais:
- Professor2 - No regime
horas -semanais:- Professor 01'$ 1.200,00
Art. 4.° O vencimento ou salário básicodo Auxiliar de Ensino a que se refere aLei do Magistério da Aeronáutica é de ....Q1'$ 5.750,00.
Art. 5.0 Os vencimentos ou salários básícos dos coadjuvantes do Magistério daAeronáutica são:
1 - No regime de trabalho de 40 (quarenta) horas semanais:- 'I'eenologísta Cr$ 2.875,00- Preuarador 01'$ 2.500,00- Inspetor-Monitor . Cr$ 1. 750,00
2 - No regime de trabalho de 24 (vintee quatro) horas semanais:- Tecnologista Cr$ 1.715,00- Preparador Cr$ 1. 500,00- Inspetor-Monitor Cr$ 1.050,00
3 - No regime de trabaãbo de 12 (doze)horas semanais:_ Tecnologista Cr$ 857,00- Preparador 01'$ 750,00- Inspetor-Mcnitor 01'$ 525,00
Art. 6.0 Os vencimentos ou salários básicos prevístos nesta Lei serão reajustadosna mesma proporção em que o forem osdos servidores civis da União.
Art. 7.° As despesas decorrentes da aplícação desta Lei serão atendidas pelos recursos orçamentários próprios do Ministérioda Aeronáutica, bem assim por outros reCUrSOS a esse fim destinados, na forma dalegislação pertinente.
Art. 8.° Esta Lei entra em vigor na datade sua publícaçêo, revogadas as disposiçõesem contrário., Brasília, em
6786 Quinta-feira 0;1 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Setembro de 1975
Deputados e no Senado Federal, para, emnome do Congresso Nacional, tomarem conhecimento de matérias e providências dosuperior interesse do país, de caráter confidencial e secreto.
Art. 2.° O presente decreto legislativonão revoga qualquer outra norma que confira direito ou prerrogativa ao CongressoNaeíonat ou a qualquer de suas Casas oude seus membros, referindo-se .apenas a matérias de competência exclusiva do PoderExecutivo, sobre as quais o governo julgueconveniente-consultar ou informar o Congresso Nacional.
Art. 3.0 I'ste decreto legislativo entraráem vigor à data de sua publicação.
Justifieação
Uma das principais razões do enfraquecimento dos Legislativos nas sociedades modernas está na freqüente necessidade de semanter o sigilo em torno das decisões quemaís diretamente afetam o interesse nacional.
As matérias de política externa, ou nasáreas econômicas e de segurança, quasesempre dependem da surpresa para sua eficácia.
O Legislativo toma conhecimento delasquando já estão produzindo seus efeitos, comevidentes prejuizos para o bom funcionamento do sistema democrático.
Há uma praxe, adotada em vários países,pela qual o Poder Executivo, em tais situações. consulta as lideranças partidárias oupresidentes de comissões técnicas, que representam então o Poder Legislativo. Esteé o costume que pretendemos trazer para oBrasil, com o projeto de decreto legislativoque submetemos ao Congresso.
O próprio Governo será beneficiado como maior respaldo político e popular que encontrará, no momento em que sua ação estiver maís seguramente lastreada pela opinião pública representada pelas liderançasdo Congresso.
Sala das Sessões, 28-8-75. - Álvaro Valle.
PROJETO DE LEIN.o 1.018, de 1975
("')0 Sr. José Maria de Carvalho)Estabelece critério especial de reco
lhimento de Imposto de Renda para aspessoas que especifica, c dá outras providências.
(As Comissões de Oonatibuícâo e Jus-tiça e de Finanças.) ,
O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 As pessoas rísícas com mais de
setenta anos de idade, quando assalariadas,militares inativos e civis aposentados oupensíontstas, ficam dispensadas de apreaental' declaração anual de rendimentos, ope
.randc-se o desconto respectivo unicamentenas fontes pagadoras.
Art. 2.° As pessoas a que se refere o artigo não poderão usutruír os benerícios fiscais previstos no Decreto-lei n.o 157, de 10de fevereiro de 1967.
Art. 3 ° Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Justificação
Este projeto de lei não trata de conferirqualquer espécie de isenção trrbutárra, nem,tampouco, de aumentar a despesa pública,senão que, apenas, de estabelecer a díspensabilidade legal de as pessoas fisicas maiores de setenta anos e que sejam assalartadas, militares da inatividade e civis aposentados ou pensionistas, apresentarem declarações anuais de rendimentos.
o imposto de renda por elas devido será,única e exclusivamente, descontado nas fontes pagadoras, do que resulta, também, anecessidade de privá-las do direito de aplicarem parte de seu tributo nos estímulosfi.seais do Decreto-lei n.? 157/67. É que taisfavores somente podem ser apurados, emseu "quantum", por ocasião da declaraçãoanual do LR.
Os motivos de proposição relacionam-se,justamente, com as dificuldades que taispessoas, sendo idosas, têm para cuidar dasdeclarações anuais de rendimentos. Cuidar,obviamente, não se refere tão-somente apreencher os respectivos formulários, nãoque a entendê-los e a preparar durante oano todo a documentação instrutória necessária, assim como outras formalidadespróprias do ainda intrincado sistema de declaração vigente no Brasil.
Tais declarações de rendimentos e os chamados favores do Decreto-lei n.O 157, acabam transformando-se, para tais pessoas,em verdadeiro suplício, eis que a idadeavançada e, nao raro, as doenças própriasda velhice, as levam a confundir coisas, anão alcançar os objetivos das leis e" tsmbém, a amaranharem-se todas nos complexos formulários que mudam a cada ano.
O desconto do Imposto de Renda exclusivamente na fonte, por outro lado, é umaforma segura para o fisco e tranqüila paraos contríbuíntes anciãos, particularmentepara aqueles que têm fonte certa de pagamento (assalariados,. militares inativos,aposentados e pensíonlstas) ,
Sala das Sessões, em 28 de agosto de 1975.- Jllsé Maria de Carvalho.
LEGISLAÇÃO CITADA, ANEXADA PELACOORDENAÇÃO DAS COMISSõES
PERMANENTES
DECRETO-LEI N.° 157DE 10 DE FEVEREIRO DE 1967
Concede estímulos fiscais à capítafízaçâo das empresas, reforça os incentivos à compra de ações; facilita o pagamento de débitos fiscais.
Art. 1° De acordo com os termos destedecreto-lei, os contríbuíntes do imposto derenda, nos limites das redações previstasnos arts. 3.° c 4.°, terão a faculdade de oferecer recursos às instituições línanceiras,enumeradas no art. 2.°, que os aplicarão nacompra de ações e debêntures, emitidas porempresas cuja atuação corresponda aos finsestabelecidos n • art. 7.°
Art. 3.0 Será facultado à pessoa físicapagar o imposto devido em cada exercíciocom redução de dez por cento (10%), desdeque aplique, em data que preceder à do vencimento da notificação do imposto de renda, soma equivalonte na efetivacâo do depósito ou na aquisição dos certtrtcados men-cionados no artigo anterior. .
Art. 7.° A compra de ações e de debêntures realizada pelas Instituições financeiras, enumeradas no art. 2.°, somente serãoválidas em relação às empresas que se comprometam, perante o Banco Central, a aceitar, alternativamente, uma das condiçõesdos incisos seguintes, a, b ou c, e atendam,cumulativamente, ao indicado no inciso d:
a) colocar no mercado mediante ofertaà subscrição pública, direta ou indiretamente, ações de aumento de capital, devendo osatuais acionistas subscrever, no mínímo,vinte por cento (20%) do valor da emissão;
b) colocar na mercado debêntures conversíveis em ações de prazo mínímo de três(3) anos, devendo os atuais acionistas subscrever vinte por cento (20%) do valor daemissão;
c) alienar imóveis em valor que, no mínimo, seja equivalente a quinze por cento(15 %) do capital social;
d) aplicar os recursos provenientes doaumento do capital, com a opção de umadas providências acima enumeradas, em capital circulante, assegurando a proporçãoentre o passivo exigível e não exigível, deacordo com os recebimentos desses recursos,sendo, para os efeitos desta lei, consideradocomo capital próprio as debêntures conversíveís em ações, de prazo mínimo de trêsanos............................................ .ç
LEGISLAÇÃO PERTINENTE, ANEXADAPELA COORDENAÇÃO DAS COMISSõES
PERMANENTES
LEI N.o 5.172DE 25 DE OUTUBRO DE 1966
Dispõe sobre o Sistema TributárioNacional e institui normas gerais deDireito. TJ:ibutário aplicáveis à União,Estados e Municípios.
LIVRO PRIMEIROSistema Tributário Nacional. ' ..
TíTULO TIl
Impostos.......................................... I ••. .
CAPíTULO mImpostos sobre o Patrimônio e a Renda
SEÇãO IVImposto sobre a Renda e Proventos
de qualquer natureza
Art. 43. O imposto, de competência daUrriâo, sobre a renda e proventos de qualquer natureza tem como fato gerador aaquisição da disponibilidade econômica ou[urídíca:
I - de renda, assim entendido o produtodo capital, do trabalho ou da combinaçãode ambos;
II - de proventos de qualquer natureza,assim entendidos os acréscimos patrimoniaisnão compreendidos no inciso anterior.
Art. 45. Contribuinte do imposto é o titular da disponibilldade a que se refere oart. 43, sem prejuízo de atribuir a lei essacondição ao possuidor a qualquer título, dosbens produtores de renda ou dos proventostributáveis.
LIVRO SEGUNDONormas Gerais de Direito Tributário
TíTULO II
Obrigação Tributária
CAPíTULO IVSujeito -Passive
SEÇãO IDíspostções Geraís
Art. 121. . Sujeito passivo da obrigaçãoprincipal é a pessoa obrigada ao pagamento de tríbut- ou penalidade pecuniária.
Parágrafo único. O sujeito passivo da.obrigação principal diz-se:
I - contribuinte, quando tenha relaçãopessoal e díret., com a situação que constitua o respectivo fato gerador;
II - responsável, quando, sem revestir aeondíção de contribuinte, sua obrigação decorra de disposíção expressa de lei.
Sete:mhro de 1975 DlARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 4 678'1
........................................................................................
.............................................
Presidente;Conselho Deliberativo;Conselho Consultivo;Secretaria-Executiva.
empresa, sob dependência dessa e mediante salário;
III - lucro - o lucro operacional, assimconsiderado nos termos da legislação doImposto Sobre a Renda.
§ 2.° O disposto nesta lei não se aplicaaos empregados de ínstítuícões de beneficência, de associações recreativas ou de outras instituições sem fins lucrativos.
Art. 2.° Do lucro operacional, a empresa destinará 6% (seis por cento) para distribuição entre seus empregados.
§ 1.° Na participação dos empregadosa que se refere este artigo serão considerados a produtividade, o tempo de serviçoe o valor do salário, segundo crítéríos a serem fixados no Regulamento desta lei.
§ 2.° A participação nos lucros não seincorpora ao salário, nem a este se equipara para qualquer efeito, tampouco podendo ser objeto de incidência das contribuições para a Previdência Social.
§ 3.0 A distribuição de lucros, nos termos deste artigo, libera a empresa da contríbuíção prevista na alínea b, do art. 3.°,da Lei Complementar n.o 7,_de 7 de setembro de 1970, relativamente ao respectivoexereícto,
Art. 3.0 A inexistência de lucros ou ocorrência de prejuízo em determinado exerciClO, devidamente apurado no encerramentodo balanço e comprovado perante o Imposto sobre a 'Renda, não gerará direito aosempregados de pleitearem compensação pela não' distribuição de lucros em outrosexercicios .
Art. 4.° A distribuição de lucros a quese refere esta lei será feita impreterivelmente até 30 (trinta) dias após o encerramento do balanço da empresa.
§ 1.0 Fica a empresa obrigada a afixarem local apropriado cópia do balanço, daconta de Lucros e Perdas e de demonstrativos dos lucros que distribuir entre seusempregados.
§ 2.0 Cabe aos sindicatos a fiscal'izaçãodos crttérícs adotados para a participaçãonos Iucros, bem como do valor dístríbuido .
Art. 5.0 As disposições desta lei não seaplicam a quaisquer entidades integrantesda administração púbüca federal direta ouindireta, conforme definição dos Decretosleis -n. o 200, de 25 de fevereiro üe 196'1, e900, de 29 de setembro de 1969.
Art. 6.° Fica assegurado ao empregado,em caso de término ou interrupção do contrato de trabalho, com ou sem justa causa,a participação nos lucros relativamente aoperíodo em que trabalhou no respectivoexercicio rínanceíro,
§ 1.0 O cálculo do valor dos lucros a quese refere este artigo será feito dividindose o valor -a que teria direito em todo oexerciero financeiro pelo número de diasque efetivamente trabalhou.
§ 2.° Ocorrendo a hipótese prevista nesteartigo, o empregado somente receberá asua quota quando da distribuição geral aosdemais empregados.
§ 3.0 O ex-empregado que não procurara empresa até 180 (cento e oitenta) diasapós o encerramento do balanço desta perderá o direito à quota a que fizer jus.
Art. '1.0 A concessão de qualquer gratífíeacão ou de comissão voluntariamentepor parte da empresa não a isenta do eumprímento do que dispõe esta lei.
Art. 8.0 O não cumprimento desta leiimportará em multa de 10% (dez por cento) sobre o total do lucro a ser distribuído, mais juros de 1% (um por cento) aomês e correção monetária.
CAPíTULO IIDa Organização
O mc terá a seguínte organiza-Art. 5.0
ção:a)
b)
c)
d)
PROJETO DE LEIN.o 1.020, de 1975
(Do Sr. Humberto Lucena)Dispõe sobre a participaçãu dos em-
pregados nos lucros das empresas.(As Comissões de Constituição e Justiça, de 'I'rabalho e Legislação Social e de Economia, Indústria e Comércío.)
O Oorigresso Naelorial decreta:Art. 1.0 Constitui direito do empregado
a partícípação nos lucros da empresa emque trabalhar, na forma prevista nesta lei.
§ 1.0 Considera-se, para os erettos destalei:
I - empresa - toda entidade individualou coletiva que, assumíndo os riscos da atívidade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços;
II - empregado - toda pessoa rísíca quepresta serviço de natureza não eventual à
LEGISLAÇÃO CITADA, ANEXADA PELACOORDENAÇÃO DAS COMISS{)ES
PERMANENTESDECRETO-LEI N.o ~3
DE 18 DE' NOVEMBRO DE 1966
Cria Q Instituto Nacional do Cinema,torna da exclusiva competência daunião a censura de filmes, estendeaos pagamentos do exterior de filmesadquiridos a preços fixos o dispostono artigo 45 da Lei n. o 4.131, de 3-9-m~,
prorroga por 6 meses ,'Uspositivos delegislação sobre a exíbíção, e dá outrasprovidências .
Art. 1.0 Ê criado o Instituto Nacional doCinema (INC) , com o objetivo de formulare executar a politica governamental relativa à produção, importação, distribuiçãoe exibição de fíhnes, ao desenvolvimentoda' indústria cinematográfica brasileira, aoseu fomento cultural e à sua promoção noexterior.
Art. 8.° O Conselho Consultivo, do qualo Secretário-Executivo é membro nato eseu Presidente, é constituído dos seguintesmembros: '
"a) Representante dos produtores de ci-nema;
b) Representante de distribuidores defilmes;
c) Representante de exíbidores de filmes;
d) Representante da crítãca cinematográfica;
e) ,Representante de dlretores de cinema.
§ 1.0 Os membros do Conselho Consultivo serão nomeados pelo Ministro da Educação e Cultura, dentre os indicados emlista trípüce, para cada vaga, pelas respectivas entidades nacionais de classe, commandato de 2 (dois) anos renovável, desdeque novamente incluído na lista tríplíceorganizada pela classe representada.
SEÇãO VDo Processo Legislativo
CAPíTULO VIDo Poder Legislativo
CONSTI'l'UIÇAO DA REPúBLICAFEDERATIVA DO BRASILEmenda Constitucional n.? 1
de 17 de outubro de 1969TíTULO I
Da Organização Nacional
Art. 57. E da competência exclusiva doPresidente da República a iniciativa das leisque: .
I - disponham sobre mãtéría financeira;
PROJETO DE LEIN.o 1.019, de 1975
(Do Sr. Alvaro Dias)Aerescenta dJ.spositivo ao Decreto-lei
n,v 43, de 18 de novembro de 1966, quecria o Instituto Nacional do Cinema, edá. outras providências.
(As Comissões de Constituição e Justiça, de Comunicações e de Educaçãoe Cultura.)
Ó oongressc Nacional decreta:Art. 1.0 Acrescente-ss, ao art. 8.°, do De
creto-lei n.v 43, de 18 de novembro de 1966a seguinte alínea f:' ,
"f) Representante dos Produtores deFilmes de Curta Metragem."
Art. 2.0 Esta'lei entrará em Vigor na data de sua publicação.
.rustU'icaçãoO objetivo é acrescentar ao elenco de
membr-os que constituem o Conselbo Consultivo do Instituto Nacional do Cinema umrepresentante dos produtores de filmes decurta metragem, representante esse que,pela sístemátíea prevista na lei (§ 1.0, doart. 8.0), seria indicado ao Ministro daEducação por sua entãdade nacional declasse, a ABCM (Assoeíacão Brasileira deProdutores de Fl'1mes de Curta Metragemf ,
Em verdade, o referido art. 8.0 já reservaum' lugar, deritre os membros do ConselhoConsultívo do INC, para ser ocupado porrepresentante dos produtores de cinema,o que poderia dar a entender que um produtor de filme de curta metragem tem direito ao peste. Infelizmente, não é isto oque acontece na prática, sendo igualmenteverdadeiro que um representante da ABCMfaz muita falta, ao dito Conselho, seja pelaimportância que este setor tem na moderna1:lJ..t'Iústria cinematográfica, seja, ainda, pelacolaboração imprescindível que ele poderiaprestar à classe produtora, incentivando oInstituto a encontrar para a Indústria Oinematcgrâfíca Brasileira o lugar que merece na economia nacional. ,
Sala das Sessões, em 21-8-75. - AlvaroDias.
SEÇAO IIICapacidade Tributária
Art. 126. A capacidade tributária passíva independe:
I - da capacidade civil das pessoas naturais;
II - de achar-se a pessoa natural sujeita. a medidas que importem privação ou limitação 40 exercício de atividades civis, comerciais ou profiEsionais, ou da administração direta de seus bens ou negócios;
67B8 Quinta-feira 4 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção J) SeteEnbro dé 1975
Art. 9.0 É competente a Justiça do Trabalho para dirimir qualquer questão suscitada pelo disposto nesta lei.
Art. 10. Prescreve em fi (cinco) anos odireito de o empregado pleitear a reparação de qualquer ato infringente desta lei,ou o pagamento de qualquer importância aque faça jus relativamente à participaçãonos lucros da empresa em que tra~alhar.
Art. 11. Dentro do prazo de 90 (noventa)dias, o Poder Executivo regulamentará esta lei.
Art. 12. Esta lei entra em vigor na datade sua publicação.
Art. 13. Revogam-se as disposições emcontrário.
JustificaçãoMalgrado a existência de dispositivo cons
titucional - inciso V do art. 165 - estabelecendo a participação dos empregados nosIucros das empresas, dispositivo este quese vem repetindo em nossas sucessivasconstituições, até hoje não se consubstanmeu em realidade através de efetiva participação dos empregados nos lucros das empresas em que trabalhem.
O próprio Poder Executivo, em 1967, porintermédio da Mensagem n.o 295/67 envioua esta Casa projeto de lei nesse sentido.oontudo, por motivos até hoje não explíeados, pela. Mensagem n.o 769 daquele mesmo ano, retirou o projeto já em exame nooongresso, para, em 1970, com a Lei Complementar n.O 7, instituir o PIS, que de forma alguma significa a efetiva participaçãodo empregado no lucro da empresa à qualse dedique, eis que, segundo o próprio Ministro Júlio Barata, o PIS significa tão-somente uma forma indireta de o assalariado participar do produto nacional.
No curso de vários anos, diversos projetosforam apresentados na tentativa de atender a essa justa reivindicação da classe trabalhadora.
A propósito, vale lembrar o Projeto de Lein.o 1.039/47, que tratava de forma exaustiva do problema, originário de substitutivoapresentado pela Comissão de Trabalho, englobando várias proposições que versavamsobre o mesmo assunto.
Em seu exame, o nobre Deputado PauloSarasate, relator da matéria, assim se pronunciou:
"Não é de hoje que se discute a participação do trabalhador nos lucros daempresa, nem de hoje que a idéia situa em campos diversos os que se propõem examiná-la. Há, por exemplo, osque a reputam inviável, desaconselhada, contraproducente, como há os quenela pretendem enxergar a soluçãoideal para o problema trabalhista. Mashá também, a par desses elementos extremados, os que encaram o institutoda participação nos- seus justos termos, como um dos muitos instrumentos a que tem de apegar-se a sociedade capitalista, no tumulto da hora presente, para corresponder, dentro darealidade contemporânea, aos insistentes e ponderáveis reclamos da justiçasocial."
Em outro trecho de seu parecer, comentando a evolução da idéia no Brasil, destacou aquele ilustre parlamentar:
"A primeira tentativa de que temos notícia para a implantação do sistema departicipação nos lucros na legislaçãobrasileira remonta ao ano de 1919,quando foi apresentado à Câmara umprojeto de lei nesse sentido pelo Deputado Deodato Maia. A essa mesma épo-
ca, o grande Rui, apesar de seu liberalismo ou talvez mesmo por isso, aludia ao assunto na conferência que proferiu no Teatro Lírico sobre a questãosocial. Anos depois, em mensagem aoCongresso, o Presidente Arthur Bernardes focalizou a idéia, que foi apoiadamais tarde pelo venerando Sr. Borgesde Medeiros, em seu anteprojeto deConstituição. Merecendo, destarte, oplacet e o estimulo de eminentes homens públicos do país, entre os quaisnão deve ser esquecido o nome de Antônio Carlos, foi a participação nos lucros objeto de outro projeto de lei em1936, este de autoria do Deputado pernambucano Oswaldo Lima. A iniciativa, entretanto, também não chegou abom termo, entre outros motivos devido à dissolução do Congresso no anoseguinte.Adormecida por algum tempo a idéia,conquanto referida aqui e ali pelos estudiosos da questão trabalhista, mereceu a mesma, em 1945, um lugar dedestaque na Pastoral do Epil;lcopadoBrasileiro que formou a respeito a seguinte indagação acorde com a doutrina social da Igreja: "As empresas industriais não deveriam esquecer quenão é apenas o capital empregado quelhes permite prosperar, mas também otrabalho de seus operários. Não seria,pois, razoável que estes tivessem, alémdos justos salários, qualquer distribuição equitativa ou participação nos lucros das mesmas?"
Com o restabelecimento da vida partidária em nosso país, após o colapso doEstado Novo, figurou a participação como uma das bases do programa daUnião Democrática Nacional, que, naparte referente à Politica Social, entendia necessário: estudar, com a audiência dos interessados, uma fórmula departicipação nos lucros que excederemda justa remuneração fixada para o capita!".Outros partidos consignaram postulado semelhante em seus programas.No' anteprojeto de Constituição de autoria do Instituto da Ordem dos Advogados Brasileiros, pretendeu-se instituir a participação indireta nos proventos da indústria e comércio. No anteprojeto Sampaio Dóría, também secuidou da mesma forma de participação. com a "destinação de 10% dos lucros líquídcs para a organização em cada Estado, Distrite Federal ou Território de fundações com o fim de manterserviços em benefício dos empregados esuas familías."
Na Assembléia Constituinte, a idéia ganhou corpo tendo sido expressamenteapoiada na Comissão de Constituição,pelos Deputados Hermes Lima, PradoKe1ly Arthur Bernardes, Arruda Câmara, Agamenon Magalhães, AdroaldoMesquita, Atilío Vivacqua, Ataliba Nogueira e Milton Campos.
Submetida a matéria ao plenário, formou-se ali poderosa corrente, que setornou vitoriosa, no sentido de eonsígnar-ae no texto constitucional o caráter direto da participação."
Verificamos, assim, que a idéia não é nova. A Carta de 46 consagrava esse princípio, e embora não se tenha tornado efetivo foi mantido respectivamente na de 67e na Emenda n.O 1, de 1969.
A própria Mensagem do Executivo queencaminhou, em 67, projeto de lei regulan-
do a matéria, a que já nos referimos, salientava:
"A reiteração do comando constitucional indica )!.IDa persistência do princípio, apesar das controvérsias que emtorno dele s.e instauram, especialmenteante as dificuldades práticas de sua regulamentação, que deverá preocupar-seem instituir sistema de participaçãoque integre o trabalhador no esforço doaumento de produtívídade, fazendo-oparticipar de seus resultados, mas quenão desestimule o empresariado, nemse constitua em fator de diferenças saIaríaís consideráveis.
Trata-se, entretanto, de principio novo.que se inscreve entre os mais decididosesforços para o estabelecimento de melhores relações entre empresários e empregados, se adequadamente aplicado,diminuindo as tensões, ao mesmo tempo em que se constitui em Iator de aumento de produtividade. Por isso, mesmo nos países em que sua implantaçãonão decorre de disposição compulsória,como nos Estados Unidos, a participação em lucros tem sido crescentementeadotada pelos próprios empresários, oque levou o Senado Americano, em 1939,a estudá-la, chegando, através do relatório da Subcomissão, conhecido como Relatório Vandenburg, à seguinteconclusão: "A Oomissão conclui que aparticipação nos lucros, de uma formaou de outra, tem sido e pode ser de êxito considerável, desde que convenientemente estipulada, para criar nasrelações empregado-empregador paz,eqüidade, eficiência e satisfação: Acreditamos ser ela essencial na defínttívamanutenção do sistema capitalista." (Ogrifo é nosso.)
E em outro trecho salientava a Exposiçãode Motivos:
"Ela não se confunde com os aumentossalariais, que incidem sobre o custo operacional diretamente, gerando aumento do preço dos bens e utilidades, enquanto que a participação só recai sobreo resultado industrial. Seu fato geradoré, pois, a existência do lucro operacional."
Acresce lembrar que a legislação de vários países já consagra o principio da participação do empregado nos lucros da empresa, dos quais destacamos a França, aInglaterra, a Alemanha, a Austria, a Argentina, a Bolivia, o Chile, o México, o Peru, Salvador, a Suécia, o Uruguai e a Venezuela.
No Brasil, a Lei n.o 2.004, de i953, queinstituiu a PETROBRAS, em seu art. 35,fixou esse principio, que figura no textodos Estatutos dessa Sociedade e vem sen-
_do cumprido rigorosamente.Aliás, já existe tramitando nesta Casa
projeto determinando a aplicação aos empregados de todas as sociedades de economia mista desse princípio.
Quando o próprio Governo, após a adoçãodurante anos de uma política salarial quevem reduzindo sistematicamente o salárioreal da massa trabalhadora, começa a reconhecer o seu empobrecimento, atravésde medidas paliatívas como o anunciado14.0 salário, imperioso se torna que o preceito constitucional que estabelece a participação do empregado nos lucros da empresa seja definitivamente regulado, o quevirá favorecer, não só ao trabalhador, como também à. própria empresa, considerando a relação direta que existe entre a participação e o aumento da produtividade.
SeteD1bro de 1975 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 4 6789
0,15%
0,25%0,40%
o projeto que submetemos ao exame dosnobres pares do Congresso Nacional, aopretender regular velha aspiração de nossaclasse trabalhadora não pode ser estudado isoladamente, mas em função do próprio processo de desenvolvimento por queatravessa nosso Pais. Nação rica e povopobre são definitivamente antagônicos, e aHistória está a nos acenar com numerososexemplos de conflitos sociais em todo omundo, justamente por faltar pão à mesadaqueles que se constituem no esteio dequalquer sistema econômico - a classetrabalhadora.
Capital e trabalho são fatores inseparáveis num processo de produção.
O alcance de nosso projeto, estamos certos, será profundo na produtividade. Aliás,na moderna Administração, a corrente humanista, já em fins do século passado, alertava para o perigo que representava, pelaautomatização dos processos de produção,o distanciamento do homem do objeto queproduz.
A participação direta do trabalhador, nãona produção, mas no resultado obtido, ouseja, no lucro, que tem sido sempre do empresário apenas, virá a motivá-lo, pois malgrado o desenvolvimento tecnológico alcançado neste fim de século, capital e trabalho "não atuam simplesmente justapostos,mas conjugados e integrados. Não há como cogitar, assim, de dividir fisicamente oproduto em duas partes, uma devida à açãodo capital e outra do trabalho", segundopalavras do Deputado Daniel Faraco.
Portanto, impõe-se como medida de justiça social a participação do empregado noslucros da empresa, uma vez que essa desvinculação entre o trabalhador e a empresa prejudica a ambos, àquele, cuja participação no desenvolvimento da empresa éincerta e retardada, e a esta, que não temno empregado um colaborador interessado.
Entre nós, a PETROBRáS está a demonstrar o acerto da medida, pois é indiscutível seu progresso, o que indica claramenteque a participação nos lucros é fator deestímulo ao trabalho profícuo e ao desenvolvimento do empreendimento econômico,a par de constituir-se em fator dc justiça social.
Com relação à proposição, temos algunspontos a destacar.
Primeiramente, fixamos em 6% sobre olucro operacional a participação dos empregados, tomando por base o que dispõea Lei das Sociedades Anônimas com referência aos dividendos a serem distribuídosentre os acionistas e também com o intuito de não onerar em demasia a classe empresarial.
Outrossim, prevemos, em outro dispositivo, que a empresa ficará liberada de suacontribuição ao PIS - ressalte-se que sóparcialmente, pois não se trata da partededutível do Imposto Sobre a Renda ~ relativamente ao exereíeío em que distribuirlucros.
Na hipótese, porém, de não haver distribuição de lucro. ficará a empresa obrigadaao cumprimento do que dispõe a Lei Complementar n.O 7170.
A inexistência desse dispositivo levaria aempresa a contribuir duas vezes para finsassemelhados.
De outra parte, atribuímos aos sindicatosa fiscalização da distribuição dos lucros,uma vez que entendemos que essas entidades se encontram melhor aparelhadas paraessa tarefa, na defesa dos interesses de seusfiliados.
Esperamos contar com o apoio dos nobrescolegas para o aprimoramento do projetoque temos a honra de apresentar, na certeza de que, se transformado em lei, seráum grande passo em direção ao Estado deBem-Estar Social, a qUI: todos nós aspiramos para nosso País.
Sala das Sessões, em 27 de agosto de 1975.- Humberto Lucena.
LEGISLAÇÃO CITADA, ANEXADAPELO AUTOR
LEI COMPLEMENTAR N.o 7DE 7 DE SETEMBRO DE 1970
Institui o Plano de Integração Social, e dá outras providências.
Art. 3.0 O Fundo de participação seráconstituído por duas parcelas:
a) a primeira, mediante dedução do imposto de renda devido, na forma estabelecida no § 1.0 deste artigo, processando-se oseu recolhimento ao Fundo juntamente como pagamento do imposto de renda;
b) a segunda, com recursos próprios daempresa, calculados com base no faturamento, como segue:
I} no exercício de 1971 .
2} no exercício de 1972 .3} no exercício de 1973 ..4} no exercício de 1974 e subse-·
qüentes 0,50%
§ 1.0 A dedução a que se refere a alinea"a" deste artigo será feita sem prejuízo dodireito de utilização dos incentivos fiscaisprevistos na legislação em vigor e calculadacom base no valor do imposto de renda devido, nas seguintes proporções;
a) no exercício de 1971 2%
b) no exercício de 1972 3%
c} no exercício de 1973 e subse-qüentes 5%
LEGISLAÇÃO CITADA, ANEXADA PELACOORDENAÇÃO DAS COMISSõES
PERMANENTES
CONSTITUIÇAO DA REPúBLICAFEDERATIVA DO BRASIL
Emenda Constitucional n," 1de 17 de outubro dc 1969
TíTULO IHDa OrdcD1 Eeonômíea e Social
Art. 165. A Constituição assegura aostrabalhadores os seguintes direitos. além deoutros que, nos termos da lei, visem à melhoria de sua condição social:
V - integração na vida e no desenvolvimento da empresa, com participação noslucros e, excepcionalmente, na gestão, segundo for estabelecido em lei;
DECRETO-LEI N.o 200 .DE 28 DE FEVEREIRO DE 1967Dispõe sobre a organização da admi
nistração federal, estabelece diretrizespara a reforma admtnístratíva, e dãoutras providências.
TíTULO IDa Administração Federal
Art. 4.° A Administração Federal compreende:
I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura
administrativa da Presidência da República e dos Ministérios.
II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de personalidade jurídica própria:
a) Autarquias;b) Empresas Públicas;c) Sociedades de Economia Mista.
PROJETO DE LEIN.o 1.022, de 1975
(Do Sr. Inocêncio Oliveira)Concede aos moterístas de camtnhão
licença para porte de arma de defesapessoal, no porta-luvas do veículo.
(À Comissão de Constituição e Justíça.)
O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 Aos motoristas profissionais,
classe "C", é concedida licença feedral para.porte de arma de defesa pessoal, no portaluvas do respectivo veículo, observados osrequisitos estabelecidos pelo Departamentode Polícia Federal.
Art. 2.0 Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação.
Art. 3.0 Revogam-se as disposições emcontrário.
Justificação
O presente projeto de lei é produto denossa sensibilidade aos justos reclamos dosprofissionais do volante que, pelas estradasdistantes deste Brasil sem fim, são, constantemente, vítimas de toda sorte de assaltos e de atentados.
E preciso aparelhar legalmente os motoristas proflss.onaís, que rasgam o Brasil defora a fora, nos seus pesados caminhões, afim de que, armados, possam defender aprópria vida e as mercadorias e riquezasque transportam. Eles executam uma verdadeira obra de integração nacional, fazendocircular, de um canto a outro, as riquezasdo País.
Nos termos do Regulamento do CódigoNacional de Trânsito (Decreto número62.127/68), art. 131, inciso IV, os motoristasprofissionais "C" são os que dirigem qualquer veículo automotor, de passageiros oucarga, ônibus elétrico e caminhão-trator.
Defendemos o direito desses abnegadosprofissionais de obterem licença federal para porte de arma de defesa pessoal. mas aomesmo tempo, limitamos esse direito, quando estabelecemos no projeto que a armadeve ficar "no porta-luvas" do veículo, isso porque animou-nos a preocupação de evitar a exíbíçâo de armas a qualquer instante e em qualquer lugar.
Ao Departamento de Policia Federal, nostermos do Decreto n.? 55.649/65 competeautorizar o porte de armas aos civis idôneos, com validade em todo o território nacional. A mesma competência têm as Superintendências Regionais e Divisões, nos Estados, do Departamento de Polícia Federal.
A Portaria n.? 1.040, de 9 de agosto de1972, do Diretor-Geral :le Policia Federal,estabelece as condições para a licença federal para porte ou condução de armas dedefesa pessoal, entre as quais está o requisito dos bons antecedentes.
Ninguém desconhece a ação policial, nassuas constantes bJitzen, prendendo motoristas de táxi e de caminhão, ou de qualquer outro veículo, que estejam portando arma dentro de seus veículos, sem autorização. Ocorre que as autoridades não autorizam esse
8790 Quinta-feira 4 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Setembro de 19'75
porte de arma, daí por que a necessidade deuma autorização legal, nos termos do presente instrumento legislativo, que submetemos à consideração de nossos pares, esperando que se transforme em lei para a defesa da laboriosa classe dos motoristas profissionais, condutores de caminhões.
Sala das Sessões, 28 de agosto de 1975. Inocêncio Oliveira.
LEGISLAÇAO CITADA, ANEXADA PELACOORDENAÇAO DAS COMISSõES
PERMANENTES
REGULAMENTO DO CóDIGO NACIONALDE TRANSITO, aprovado pelo Decreton,v 62.127, de 16 de janeiro de 1968.••••••..•.......... r···· .. ·· .. · •••; ••••••.•
CAPíTULO VI
Dos CondutoresSEÇãO I
Da ClaSSificação
Art. 131. Segundo sua categoria e classe, é permitido ao condutor dirigir:
IV - Motorista profissional "C": qualquerveiculo automotor, de passageiros ou carga,ônibus elétrico e caminhão-trator;
DECRETO N.o 55.649DE 28 DE JANEIRO DE 1965
Dá nova redação ao Regulamentoaprovado pelo Dccreto n.o 1.246, de 11de dezembro de 1936.
REGULAMENTO PARA O <'SERVIÇO DEFISCALIZAÇãO DA IMPORTAÇãO, DEPóSITO E TRAFEGO DE PRODUTOSCONTROLADOS PELO MINISTÉRIO DAGUERRA" (SFIDT).
TÍTULO II
Estrutura da Físcalização
CAPíTULO VAtribuições Orgânicas
Dos órgãos dos Departamentos deSegurança Pública
Art. 31. São atribuições das polícias civis:
n) autorizar o porte de armas, de usopermitido, a civis idôneos e registrá-las;
PROJETO DE LEIN.o 1.023, de 1975
(Do Sr. Theodoro Mendes)
Altera disposições da Lei n.o 1.493, de13 de dezembro de 1951, que "dispõe sobre o pagamento de auxílios e subvenções".
(As Comissões de Constituição e Justiça e de Fiscalização Financeira eTomada de Contas.)
O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 O art. 6.0, íncíso I, letra c da Lei
n.o 1. 493, de 13 de dezembro de 1951, passater a seguinte redação:
"Art.6.0 ..............•........•..•.•
1-- .
c) Tenha finalidades comerciais ou recreativas e esportivas salvo, quanto a
estas duas últimas, se a subvenção ouauxílío se destinar a atividades educacionais por elas mantidas, inclusive para bolsas de estudo."
Art. 2.° O art. 7.° da mesma Lei n.o ...1. 493 passa a ter um inciso IV nos termosseguintes:
"IV - prova da situação ressalvada naletra a do inciso I do art. 6.°, vedada aalteração do regimento ou dos estatutos das entidades mantida e mantenedora, salvo prévia audiência da autoridade competente em matéria de educação que os tenha aprovado."
Art. 3.0 A presente lei entrará em vigorna data de sua publicação, revogadas asdisposições em contrário.
;JustificaçãoIdêntico projeto havia sido apresentado
pelo eminente Deputado Ildélio Martins.Todavia, com término da legislatura, foi
ele arquivado.Como, porém, a sua necessidade e con
veniência sejam inquestionáveis, houvemospor bem reapresentar o projeto, que o exdeputado assim justificava:
A Lei n.O 1.493, de 13 de dezembro de1951, disciplina o registro de entidades einstituições no Conselho Nacional de Serviço Social do Ministério da Educação e Cultura.
A prova desse registro é indispensável aorecebimento de auxilio e subvenções federais.
O citado diploma, no seu art. 6.°, recusasubvenção "à instituição que tenha finalidades precipuamente recreativas, esportivas ou comerciais".
Ocorre, porém, que o desenvolvimento doensino da educação Iísíca tem estimulado acriação de estabeleeímentos para esta especialidade, reconhecendo, as· autoridadescompetentes em matéria de educação, nassociedades esportivas e recreativas, méritospara manterem tais estabelecimentos.
Desponta, assim, para os clubes uma atividade não prevista, que é a educacional,sobre a qual passam inevitavelmente, a incidir as benesses do art. 176, § 2.° da Constituição da República verbís:
"Respeitadas as disposições legais, oensino é livre à iniciativa particular, aqual merecerá o amparo técnico e financeiro dos Poderes Públicos, inclusivemediante bolsas de estudo."
Entender-se-á que a disposição constitucional sufoca toda e qualquer discriminaçãoque atente contra os seus ditames. Tal seria, a exemplo, recusar-se subvenção parabolsa de estudo a uma entidade que se dedique, ainda que subsidiariamente, a atividade educacional, pelo fato de ter atividadesprecipuamente esportivas ou recreativas.
O certo, porém, é que mais dedicados àlei imediata, o organismo estatal, senhordos registros indispensáveis ao recebimentode subvenções e auxílios, pode aferrar-se àsua letra fria, toldando a magnitude dotexto constitucional.
Ademais, urge harmonizar a norma consubstanciada na lei ordinária com o comando constitucional, com vistas à dinâmica social de agora.
Assim se definem os propósitos de Projeto de Lei que tenho a honra de submeter àconsideração dos meus pares.
Sala das Sessões, em 18 de junho de 1975.- Theodoro Mendes.
LEGISLAÇíiO CITADA, ANEXADA PELACOORDENAÇÃO DAS COMISSõES
PERMANENTES
LEI N.o 1.493DE 13 DE DEZEMBRO DE 1951Dispõe sobre o pagamento de auxílios
e subvenções.
...........................................,
CAPíTULO UIDas Entidades que Podem Ser
Benefíeíadas...........................................;
Art. 8.° Não se concederá subvenções:I - A instituição que:
c) tenha finalidades precipuamente recreativas, esportivas ou comerciais;...........................................,
CAPíTULO IVDo Registro das Instituições
Art. 7.° O registro das instituições, noConselho Nacional de Serviço Social, seráfeito mediante requerimento, instituido comos seguintes elementos:
I - Certidão do inteiro teor dos estatutos, regulamentos ou compromissos da instituição, fornecida pelo Registro Público dasPessoas Jurídicas;
U - Prova do mandato da diretoria emexercícío;
III - Preenchimento do questionárioadotado pelo CNSS.
PROJETO DE LEIN.o 1.025, de 1975
(Do Sr. Antônio Bresolin)
Concede aos motoristas profissionaislicença federal para porte de arma dedefesa pessoal, no interior do respectivoveículo.
(Anexe-se ao Projeto de Lei n. o 1.022,de 1975, nos termos do art. 71 do Regimento Interno.)
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1.0 Aos portadores de Carteira Nacional de Habilitação, na categoria profissional, será concedida lícença para porte dearma de defesa pessoal, no interior do respectivo veiculo, mediante prova;
a) da inexistência de antecedentes criminais que desaeonselhem sua concessão;
b) do exercícío da profissão.
Art. 2.0 Esta lei entra em vigor na datada sua publicação.
Art. 3.0 Revogam-se as disposições emcontrário.
JustificaçãoVárias tentativas foram feitas nesta Casa,
ao longo do tempo, com o objetivo de possibilitar maior segurança ao motorista noexercício das suas atividades profissionais.Lamentavelmente, às vezes, em face de razões respeitável, todas as proposições apresentadas não chegaram à tramitação final.
Os motoristas profissionais, a despeito dedevidamente habilitados, continuam operando sem segurança e, por isto, muitasvezes, juntando o sacrifício da própria vida,quando trabalham para ganhar o pão decada dia para seus familiares.
Setembro de 19'75 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção [) Quinta-feira 4 6791
Ultimamente, a onda de assaltos e de assassinatos de motoristas vem aumentandoespantosamente. A imprensa registra fatosdesta ordem diariamente. E Brasília vemsendo palco destas tragédias que se repetemcom assíduídade. Aí está a crônica policialdiária para confirmar esta assertiva.
Os atentados ao dinheiro e à vida dosmotoristas ocorrem sobretudo por duas razões fundamentais; os carros usados pelosmotoristas, ao contrária do que acontece naInglaterra e outros países, não oferecem amenor segurança; e os motoristas estãoprivados de usar armas.
Daí a razão deste projeto, que não ferea Constituição da República e nem a legislação vigente que trata da matéria, porqueos motoristas só recebem porte de armaapós preenchidas as formalidades legais.Naturalmente, o profissional que não tiverbons antecedentes ficará privado dos benefícios da lei. A concessão do porte de armaaos motoristas profissionais, como se estabelece no projeto de lei, está sujeita aopreenchimento de dois requisitos: a) inexistência de antecedentes criminais que desaconselhem sua concessão; b) prova do exercício da profissão.
Explica-se a redação dada à letra a, porquanto, mesmo com algum antecedente criminal, às vezes, não se pode negar ao motorista profissional o porte de arma. Não étodo antecedente criminal que recomenda anão concessão do porte de arma, como porexemplo, quem estiver respondendo por homicídio culposo (art. 121, § 3.°, do C. Penal)ou lesão corporal culposa (art. 129, § 6.°,do mesmo Código), que são delitos típicosdos centros urbanos e ocasionados pela circulação de veículos. Na ocorrência dessesilícitos não se verifica o dolo, ou seja, avontade consciente do indivíduo, mas apenas a negligência, a imperícia ou a imprudência.
Quando tantos motoristas são friamenteassaltados e outros barbaramente assassinados, deixando muitas famílias no luto ena miséria, esta iniciativa vai inclusive colaborar com as autoridades da segurançapara, pelo menos reduzir a onda de crimesque a imprensa vem registrando.
Confio no alto espírito de justiça dos colendos órgãos técnicos da Casa e na altacompreensão e colaboração dos eminentescolegas.
Sala das Sessões, 27 de agosto de 1975. Antônio Bresolín.
LEGISLAÇÃO CITADA, ANEXADA PELACOORDENAÇliO DAS COMISSÕES
PERMANENTES
DEORETO-LEI N.o 1.004DE 21 DE OUTUBRO DE 1969
CóDIGO PENAL
(Com as modificações introduzidas pela Lein. a 6.016, de 31 de dezembro de 1973.)
PARTE ESPECIAL
TíTULO I
CAPíTULO I
Dos Crimes Contra a Vida
Art. 120. Matar alguém;
Pena - reclusão, de seis a vinte anos.
§ 3.° Se o homicídio é culposo:Pena - detenção, de um a quatro anos.
..... . . .. .. .... .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. " "
PROJETO DE LEIN.o 1.027, de 1975
(Do Sr. Marcelo Gato)Acrescenta dispositivo à Consolidação
das Leis do Trabalho, aprovada peleDecreto-lei n,? 5.452, de 1.° de maio dede 1943.
(Às Comissões de Constituição e Justiça, de Trabalho e Legislação Sociale de Finanças.)
O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 Ao art. 483, da Consolidação das
Leis do Trabalho, é acrescentada a seguintealínea:
"h) deixar o empregador de efetuar,nos prazos e condições previstos em lei,o depósito do FGTS na conta vinculadaem nome do empregado."
Art. 2.° Esta lei entrará em vigor nadata de sua publicação.
JustificaçãoQuando o legislador cogitou de estabele
cer o elenco de motivos que podem darcausa à. rescisão do contrato de trabalho,por íníeíatíva do empregado, é óbvio quenão havia a lei do Fundo de Garantia doTempo de Serviço e que, portanto, não poderia ter previsto, como um dos ditos motivos, o descumprimento de obrigação a elapertinente, por parte do empregador.
Hoje em dia, entretanto, quando o Fundode Garantia já integra definitivamente orelacionamento entre empregador e empregado, havendo se transformado mesmo emregra (e ficando a exceção para o institutoda estabilidade previsto no art. 942, CLT),não é mais possível continuar permitindoque trabalhadores sejam frustrados emseus direitos pela contumácia de empregadores inescrupulosos.
Assim, se motivos de conseqüências muitomenores para o empregado (alínea b, doart. 483, CLT, por exemplo) autorizam-no apleitear a rescisão de seu contrato de trabalho e a devida indenização, creio que anão realização dos depósitos do FGTS, nosprazos e condições previstos na lei, deve serencarada como comportamento grave, suficiente para conduzir aos mesmos resultados.
Sala das Sessões, em- Marcelo Gato.
LEGISLAÇÃO CITADA, iNEXADA PELACOORDENACÃO DAS COMISSÕES
PERMANENTES
CONSOLIDAÇAO DAS LEIS DO TRABALHO. aprovada pelo Decreto-lei n,v 5.452,de 1.° de maio de 1943.
TíTULO IVDo Contrato Individual do Trabalho
CAPíTULO VDa Rescisão
Art. 483. O empregado poderá considerarrescindido o contrato e pleitear a devidaindenização quando;
h) for tratado pelo empregador ou porseus superiores hierárquicos com rigor excessivo;
g) o empregador reduzir o seu trabalho,sendo este por peça ou tarefa, d- forma aafetar sensivelmente a importância dos salários.
CAPíTULO VIIDa Estabilidade
Art. 492. O empregado que contar maisde dez anos de serviço na mesma empresa.não poderá ser despedido senão por motivo de falta grave ou circunstância de força maior, devidamente comprovadas.
.......... I I "_"_".
PRomTO DE LEIN.o 1.028, de 1975
(Do Sr. Adhemar Ghisí j
Isenta as entidades sindicais de trabalhadores da contribuição como empregadoras ao INPS.
(Às Comissões de Constituicão e Justiça, de Trabalho e Legíslaeâo Sociale de Finanças.) o
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1.0 Aplicamos as normas da Lei n.o:1.577, de 4 de julho de 1959, às entidadessindicais de categorias proríssronals.
Art. 2.° Entrará esta lei em vigor nadata de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Justificação
Só por evidente inadvertência do legislador poder-se-á explicar que a Lei n.o3.577, de '1: de julho de 1959, que isenta associedades de fins filantrópicos da contribuição, como emnregadoras, para o INPSnão seja aplicável às en.Iídades sindicaisprincipalmente de trabalhadores. •
Cumpre, pois, sanar a omissão, como ofaz o presente projeto, notadamente quando o Governo Federal vem preconízundoparticipação mais efetiva dos Sindicatos deTrabalhadores em termos de assistênciamédica, odontológica e ambulatorial.
Entretanto, para realização dessa política,as contratações de profissionais pelos Sindicatos constituem ônus que desestímula aprópria política de caráter sócio-assistencial idealizada pelo Governo.
Sala das Sessões, 28 de agosto de 1975. Adhemar Ghisi.
LEGISLAÇÃO CITADA, ANEXADA PELACOORDENAÇÃO DAS COMISSÕES
PERMANENTES
LEI N,o 3.577DE 4 DE JULHO DE 1959
Iserrta da taxa de contrlbuicão deprevidência aos Institutos c Caixas deAposentadi)ria e Pensões as entidadesde fins filantrópicos, reconhecidas deutilidade pública, cujos membros desuas diretorias não percebem remuneração.
Art. 1.° Ficam isentas da taxa de contribuição de previdência aos Institutos e Caixas' de Aposentadoria e Pensões as entidades de fins filantrópicos, reconhecidas comode utilidade pública, cujos membros de suasdiretorias não percebem remuneração.
Art. 2.° As entidades beneficiadas pelaisenção instituída pela presente lei ficamobrigadas a recolher aos Institutos, apenas,a parte devida pelos seus empregados, semprejuízo dos direitos aos mesmos conferidospela legislação previdenciária.
Art. 3.° Esta lei entrará em vigor nadata de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
li, !.. ••
6792 Quinta-feira 4 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Setembro de 1975
. PROJETO DE LEIn» 1.029, de 1975
(Do Sr. Siqueira Campos)Dispõe sobre financiamentos de ma
trizes bovinas em condições de reprodução, proíbe o abate de tais animaispara consumo, até a idade de nove anos,e dá outras providências.
(As Comissões de Constituição e Justiça, de Agricultura e Política Rurale de Fínanças.)
O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 O Banco do Brasil S.A., o Banco
do Nordeste do Brasil S.A. e o Baneo daAmazônia S.A. realizarão financiamentosdestinados a preservar matrizes bovinas, emidade de reprodução, podendo alcançar atéoitenta por cento (80%) do seu valor, comprazo de oito anos e mediante garantiapignoratícia exclusiva dos próprios animais.
§ 1.0 Matrizes, para os efeitos desta lei,são as fêmeas bovinas de até nove (9) anose que, comprovadamente, não seja~ estéreis ou inutilizadas para a reprodução,
§ 2.° Aos financiamentos de que trataesta lei aplícar-se-âo taxas de juros nuncasuperiores a seis por cento (6%) anuais,vedados quaisquer acréscimos a titulo detaxas ou comissões.
Art. 2,° Os demais bancos, quando operarem com os financiamentos previstos nestp lei, poderão descontar da quota de depósito compulsório determinado pelo BancoCentral. o valor dos recursos neles aplicados, sendo-lhes permitido, ainda, ultrapassar os limites dos descontos compulsóriosatualmente em vigor, para operações destanatureza,
Parágrafo único. Fica o Banco do BrasilS.A. autorizado a repassar aos bancos queoperarem nesta faixa de crédito, os recursos necessários.
Art. 3.° As matrizes aceitas como garantia das operações de financiamento serãomarcadas em conformidade com requisitosque serão especificados pelo Ministério daAgricultura.
Art. 4.° A recusa de atender a financiamentos ou refinanciamentos de matrizes reprodutoras, por parte de qualquer agênciados bancos citados no art. 1.0 , implica naresponsabilidade do funcionário recusante,salvo se houver justificação.
Art. 5.° A partir da vigêneia desta lei,fica proibido o abate, para consumo, dematrizes nas condições previstas no li 1.°,do art. 1.0
Parágrafo único. As autoridades do Mínístérío da Agricultura competirá fazercumprir esta proibição, através de fiscalizaeão dos frigorificos e demais abatedouros.
Art. 6.° O descumprimento à proibiçãoprevista no artigo anterior suj eitará os res....ponsáveís à multa que variará entre Cr$1. 000,00 a Cr$ 5.000,00 para cada rês abatida ou suspensão de funcionamento do frigorifico ou abatedouro pelo prazo de dois(2) dias a dois (2) anos, a critério da autoridade encarregada da fiscalização.
§ 1.0 A multa é aplicável tanto ao abafedor quanto ao que tenha vendido a rêspara ser abatida.
§ 2.° Na reincidência, a multa será aplicada em dobro.
Art. 7.° Esta lei entrará em vigor nadata de sua publicação.
JustificaçãoO projeto de lei que apresento à conside
ração da Casa, pela segunda vez, tendo
embora dispositivos de variada aplicaçãoe natureza destina-se a um único objetivoimportante': possibilitar o crescir,ncnto r~pido e racional do rebanho bovino brasileiro.
Devo lembrar que da primeira vez a proposição (n.o 721)/72) ficou retida na Comissão de Constituição e Justiça, sem sequ~r
haver recebido parecer, por mais de tresanos, acabando por ser arquivada com baseno art. 117. do Regimento Interno (decursode legislatura).
Em que pese a afirmação, sempre patrioticamente divulgada, de que temos o quarto(ou o terceiro, conforme a época) reb!lnh'Jbovino do mundo, o fato preocupante e queo crescimento desse rebanho se processa emíndices puramente vegetatãvos; desacomp~nhando o crescimento populacíonal e, POlS,a demanda interna e externa de carne bovina do que resultam perspectívas nãomuito alvissareiras para a pecuária nacíonaL
A causa mais importante dessa situação- todos sabemos - é o abate indiscriminado de fêmeas estimulado até mesmo pelas autoridades competentes, eis que a Portaria n.O 965-71 permite o abate de fêmeas,sem Iímte de idade, respeitado apenas operíodo, de gestação superior a 2/3 (seismeses):
Não se pode desconhecer que esse.es~adode coisas tem enraízamentos economicos,sem cujo equacíonamento será impossívelalcançar solução satisfatória.
O produtor, em geral, se vende as suasfêmeas não é porque goste de fazê-lo ouporque' essa represente fó!!!1ula rentável ?eexercer a atividade pecuarta. Ao contrárío,toda gente sabe que o boi gordo alcançamuito maior neso e consenül'''+'',.,,''nte melhor preço do que uma vaca. Assim. se 9produtor chega a vender suas matrizes, esimplesmente para livrar-se de apert~r~
econômicas que os outros setores da atIVIdade agrícola não conseguem compensar eque os poderes públicos ainda não .conseguíram enxergar e atenuar com medidas deefetiva eficácia.
Por isto que o projeto, simultaneamentecom a proibição do abate de fêmeas emidade de reprodução, cogita, com maiorênfase. de medidas econômicas (financiamentos) tendentes a proporcionar ao produtor os meios de que ele necessita paraconservar e fazer reproduzir os seus rebanhos.
Sala das Sessões. em 27 de agosto de 1975,- Siqueira Campos.
PROJETO DE LEIN.o 1.030, de 1975
(Do Sr. Rubem Medina)
Dispõe sobre a anulação do casamento.
(As Comissões de Constituição e Justiça.)
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1.0 A Lei n.O3.071, de 1.0 de janeirode 1916, Código Civil, passa a vigorar comas seguintes alterações:
1. O item I, do § 7.°, do art. 178 passaa ter a seguinte redação:
"Art. 178. . .§ 7.° ...........................•.•.•
I - a ação do cônjuge para anular ocasamento nos casos do art. 219, itensI a III e V a XIV, contado o prazo dadata do conhecimento do fato."
2 - O art. 218 passa a vigor com a se-guinte redação:
"Art. 218. É também anulável o casamento se:I _ houve por parte de um dos nubentes, ao consentir, erro essencialquanto à pessoa do outro;
II - não se consumou o ato conjugal;III - posterior ao consentimento, umdos cônjuges verificar a existência deerro essencial quanto à pessoa do outro."
3. O art. 219 passa a vigorar com a se-guinte redação;
"Art. 219. Considera-se erro essencialquanto à pessoa do outro cônjuge:I - o que diz respeito à identidade dooutro cônjuge, sua honra e boa fam~,
sendo esse erro tal, que o seu, conhec:mente ulterior torne insuportavel a VIda em comum ao cônjuge enganado;II - a ignorância de crime inafiançável definitivamente julgado por sentença condenatória;III - a ignorância de defeito físico irremediável ou de moléstia grave etransmissível, por contágio 0;U herança,capaz de por em risco a saúde ~o ~u
tro cônjuge ou de sua descendência;
IV - o defloramento da mulher, ignorado pelo marido;V - a ignorância de impotência, absoluta ou relativa, de qualquer dos cônjuges para a conjunção carnal;VI- a esterilidade de qualquer dos cônjuges, conhecida pelo portador e ignorada pelo outro;
VII - a prática de atos de homossexualismo, por parte de qualquer dos cônjuges;VIII - a constatação de doença mental acentuada, que, por sua natureza,torne insuportável a vida em comum;IX - a habitualidade no jogo ou naembriaguez, de que resulte prejuízo para a faroilia;X - o crime doloso, consumado ou tentado praticado por um dos cônjugescontra a vida de filho do casal.XI - o illdu~imento da mulher ou defilha do casal, ainda que tentado, àprática da prostítuíção;
XII - o induzimento à corrupção, ainda que tentado, de qualquer dos filhosdo casal;XIII - a prática de perversão sexual;
XIV - a existência de doença venérea cróníca:
XV - a condenação por crime infamante;XVI - a' conduta desonrosa, de qualquer dos cô'nj uges:
XVII - o fato de qualquer dos cônjuges ser Viciado em tóxicos."
4. O art. 223 passa a ter a seguinte re-dação:
"Art. 223. Antes de mover a ação denulidade ou a de anulação do casamento requererá o autor, com documen'tos que a autorizem, a separação de corpos, que será cc;mcedida pelojuiz com a possível brevidade."
5. O item lU do art. 315, passa a vígercom a seguinte redação:
"Art. 315. . .....................•••.•fi - pelo desquite amigável."
Quinta-feIra 4 67911Setembro de 1915 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção J)
6. O art. 316 passa a vigorar com a se-guinte redação:
"Art. 316. A anulação do casamentoprocessar-se-á por ação ordinária, naqual será nomeado curador que o defenda.§ 1.0 A ação anulatória somente competirá aos cônjuges.
§ 2.0 Se, porém, o cônjuge for incapaz de exercê-la, poderá ser representado por qualquer ascendente, ou irmão."
7. O art 317 passa a ter a seguinte re-dação:
"Art. 317. A ação de anulação do casamento só se pode fundar em algumdos seguintes motivos:I - adultério;II - tentativa de morte;IH - sevícia ou injúria grave;IV - abandono voluntário do lar conjugal, durante dois anos continuos;
V - não consumação do ato conjugal:
VI - erro essencial quanto à pessoado outro cônjuge."
8. O caput do art. 319 passa a viger coma seguinte redação:
"Art. 319. O adultério deixará de sermotivo para a anulação do casarnento ;'
9. O art. 320 passa a vigorar com aseguinte redação:
"Art. 320. Na anulação do casamento,sendo a mulher inocente e pobre, nxará o juiz a pensão alimentícia que lheserá devida, enquanto permanecer solteira.Parágrafo único. Não caberão alimentos enquanto a mulher viver emconcubinato ou tiver procedimento indigno."
10. O art. 323 passa a víger com a se-gumte redação:
"Art. 323. No desquite por mútuoconsentimento, é lícito aos cônjugesrestabelecer a todo o tempo a sociedade conjugal, nos termos em que foraconstituída, contanto que o façam, porato regular, no juízo competente."
11. O art. 324 passa a vigorar com aseguinte redação:
"Art. 324. A reconciliação, de que trata o artigo anterior, em nada prejudícará os direitos de terceiros, adquiridosantes e durante o desquite, seja qualfor o regime dos bens."
12. O caput do art. 326 passa a ter asegUInte redação:
"Art. 326. Ocorrendo anulação do casamento, ficarão os filhos menores como cônjuge inocente."
Art. 2.° As disposições constantes do artigo 1.° desta lei aplicam-se aos casamentosanteriormente celebrados, iniciando-se acontagem dos prazos prescricionais, a elesreferentes, a partir da data da publicaçãoda presente lei.
Art. 3.° Esta lei entra em vigor na datade sua publicação.
Art. 4.° Revogam-se as disposições emcontrário.
SustificaçãoO presente projeto de lei tem por esco
po dar nova estruturação à disciplina legaldo casamento.
Com efeito, a nossa lei civil data de 1916,quando as circunstâncias eram nitidamente diferenciadas das atuais.
Hoje, o divórcio assume proporções deuma irrecusável aspiração de nossa sociedade. Ainda recentemente este CongressoNacional deu um passo, firme e decidido,no sentido de acelerar a sua implantaçãoentre nós.
Tenho como certa - sendo apenas umamera questão de tempo - a adoção do divórcio em nosso País, como exigência marredável de nosso ...tual estágio de civilização. Mas, enquanto tal ainda não ocorre,nada mais justo e humano que se procureadequar a Lei à etapa atual.
Fundamentalmente, cuida a presente proposição de ampliar as causas de anulaçãodo casamento. Como prímeiro passo, permite a verrrrcação do erro essencial quantoà pessoa do outro cônjuge, mesmo após oconsentimento. A seguir, baseado em caudalosa junsprudência de nossos tribunais,o projeto torna mais claro o que seja o referido erro essencial, contemplando diversas hipóteses.
Outrossim, incluiu-se, como causa anulatória, a não consumação do ato conjugal.
O prazo de prescrição foi mantido emdois anos, iniciando-se sua contagem, todavia, a partir do conhecimento do fato enão mais sendo contado a partir da celebração do casamento.
Respeitando a vontade pessoal dos casados, e visando a preservar as famíliasbem constituídas, a proposição aeentua ocaráter personalíssimo da ação anulatoría,somente facultado o seu ajuizamento aocônjuge.
Em conseqüência das alterações já mencionadas, suprimiu-se o instituto do desquite litigioso, permanecendo porém o amigável, por mútuo consentimento.
O projeto preocupa-se também com oscasamentos j á celebrados, declarando queas presentes disposições a eles se aplicarão,iniciando-se a contagem do prazo prescricional a partir da vigência desta nova lei.
As demais alterações são apenas destinadas a preservar a estrutura do Código vigente.
A matéria versada, estamos certos, já édo pleno conhecimento de todos e, em suatramitação pela Casa, será enriquecida pelos doutos suprimentos dos senhores parlamentares.
Sala das Sessões, emRubem Medina.
LEGISLAÇÃO CITADA. ANEXADAPELO AUTOR
cóDIGO CIVILLei n.? 3 071, de 1,° de janeiro de 1916,
'corrigida pela Lei n.O 3.725, de 15 de janeiro de 1919.
Art. 178. Presereve:
§ 7.° Em dois anos:I - a ação do cônjuge para anular o
casamento nos casos do art. 219, 11.05 I, Ue lII; contado o prazo da data da celebração do casamento; e da data da execução deste Oódigo para os casamentos anterionnente celebrados.
Art. 218. 11: também anulável o casamento, se houve por parte de um dos nubentes, ao consentir, erro essencial quantoà pessoa do outro,
Art. 219. Considera-se erro essencial sobre a pessoa do outro cônjuge:
I - o que diz respeito à identidade dooutro cônjuge. sua honra e boa fama, sendo esse erro tal, que o seu conhecimentoulterior torne insuportável a vida em comum ao cônjuge enganado;
II - a ignorância de crime tnaüançável,anterior ao casamento e definitivamentejulgado por sentença condenatóría;
lU - a ignorância, anterior ao casamento, de defeito fisico Irremediável ou demoléstia grave e transmissível, por contágio o uherança, capaz de pôr em risco asaúde do outro cônjuge ou dc sua descendência;
IV - o defloramento da mulher, 'ignorado pelo marido.
Art. 220. A anulação do casamento, noscasos do artigo antecedente, só a poderádemandar o cônjuge enganado.
Art. 221. Embora anulável, ou mesmoriulo, se contraído de boa-fé por ambos oscônjuges, o casamento, em relação a estescomo aos filhos, produz todos os efeitoscivis até ao dia da sentença anulatória.
parágrafo único. Se um dos cônjugesestava de boa-fé, ao celebrar o casamento,os seus efeitos civis só a esse e aos filhosaproveitarão.
Art. 222. A nulidade do casamento processar-se-á por ação ordinária, na qual será nomeado curador que o defenda.
Art. 223 Antes de mover acão de nulidade do casamento, a de anulação ou a dedesquite, requererá o autor, com documentos que a autorizem, a separação de corpos, que será conced'ida pelo juiz com a possível brevidade.
Art. 315. A sociedade conjugal termina:I - pela morte de um dos cônjuges;II - pela nulidade ou anulação do ca
samento;UI - pelo desquite, amigável ou judicial.Parágrafo único. O casamento válido só
se dissolve pela morte de um dos cônjuges, não se lhe aplicando a presunção estabelecida neste Código, art. 10, segundaparte.
Art. 316. A ação de desquite será ordinária e somente competirá aos cônjuges,
Parágrafo único. Se, porém, o cônjugefor incapaz de exercé-la, poderá ser representado por qualquer ascendente, ou irmão.
Art 317. A ação de desquite só se podefundar em algum dos seguintes motivos:
I - adultério;II - tentativa de morte;IH - sevícia, ou injúria grave.IV - abandono voluntário do lar conju
gal, durante dois anos contínuos.. Art. 318. Dar-se-á também o desquitepor mútuo consentimento dos cônjuges, seforem casados por mais de dois anos, mamfestado perante o juiz e devidamente homologado.
Art. 319. O adultério deixará de ser motivo para o desquite:
.l - se o autor houver ecncorrtdo paraque o réu o cometa;
II - se o côn] uge inocente lhe houverperdoado.
Parágrafo único. Presume-se perdoadoo adultério, quando o cônj uge inocente,conhecendo-o, coabitar Com o culpado,
6794 Quinta-feira 4 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAl, (Seção I> Setembro de 1975
Art. 32D. No desquite judicial, sendo amulher inocente e pobre, prestar-Ihe-á omarido a pensão alimentícia, que o juizfixar.
Art. 321. O juiz fixará também a quotacom que, para criação, e educação dos filhos, deve COncorrer o cônjuge culpado,ou ambos, se um e outro o forem.
Art. 322. A sentença do desquite autoriza a separação dos cônjuges, e põe termo ao regime matrimonial dos bens, comose o casamento fosse dissolvido (art. 267).
Art. 323. Sej a qual for a causa do desquite, e o modo como este se faça, licitoaos cônjuges restabelecer a todo o tempoa sociedade conj ugal, nos termos em quefora constituída, contanto que o façam, porato regular, no juizo competente.
Parágrafo único. A reconciliação emnada prejudicará os dire'itos de terceiros,adquiridos antes e durante o desquite, seja qual for o regime dos bens.
Art. 324. A mulher condenada na açãode desquite perde o direito a usar o nomedo marido (art. 240).
PROJETO DE LEIN.O 1.031, de 1975
(Do Sr. A.H. Cunha Bueno)
Determina que o Ministério dosTransportes faça consignar, nas publicações e placas indicativas respectivas,o nome legal das redovías sob sua responsabilidade.
(As Comissões de Constituição e Justiça e de Transportes.)
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1.0 O Ministério dos Transportes, emtodas as publicações e placas indicativasreferentes a rodovias sob sua responsabilidade, quando essas tenham denominaçãolegal, além do número respectivo, fará constar o seu nome.
Art. 2.° Esta Lei entrará em vigor na. data de sua publicação.
JustificaçãoNão constam das publicações do DNER,
bem como das do próprio Ministério dosTransportes e também das placas indicativas fixadas ao longo das rodovias, a denominação dada às mesmas por leis em plenavigência, o que se pode observar, por exemplo, na rodovia "Prestes Maia".
Aliás, é o caso específico dessa rodoviaque nos conduz à apresentação deste projeto de lei, uma vez que, pelo que tem sidoconstatado por quantos a utilizam (a rodovia em questão tem o seu traçado a partirde Natal, no Rio Grande do Norte, demandando a fronteira do Brasil com o Uruguaí) , não constam das placas que a lndícam como sendo a BR-101, a denominaçãoque lhe foi dada pela Lei n.O 5.335, de 12de outubro de 1967, ou seja: rodovia "Pres~
tes Maia".
Tal orníssâo, que não é peculiar à rodovia"Prestes Maia". sobre constituir flagrantedesrespeito a determinação legal, enseíatambém indesculpável desmerecimento emrelação a um d9S homens públicos e admínistradores de maior projeção e eompetêncía que São Paulo e o Brasil já tiveram ahonra de perfilhar.
Sala das Sessões, em 27 de agosto de 1975.- A.H. Cunha Bueno.
PROJETO DE LEIN.O 1.032, de 1975
(Do Sr. Otávio Ceccato)
Estabelece a obrigatoriedade de exames médicos periódicos nos empregadosde minas no subsolo.
(Ãs Comissões de Constituiçáo e Justiça, de Trabalho e Legislação Sociale de Saúde.)
O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 li: obrigatório o exame médico
para a admissão de candidato a trabalhoem mina no subsolo.
§ 1.0 O exame médico de que trata esteartigo será renovado a cada período de 6(seis) meses.
§ 2.° O exame médico incluirá radiografia dos pulmões e do coração.
Art. 2.0 Não será admitido ao trabalho,nem poderá nele permanecer, o portador delesão do aparelho respiratório ou circulatório ou de moléstia infecto-contagiosa.
Art. 3.° O atestado médico em que fordeclarada a aptidão para o trabalho indicará também a capacidade ou não do mineiro para prorrogar sua jornada normalde trabalho.
Art. 4.° O Poder Executivo regulamentará esta lei no prazo de 60 (sessenta) dias.
Art. 5.0 Esta Lei entra em vigor na datade sua publícacào,
Art. 6.° Revogam-se as disposições emcontrário.
JustificaçãoÉ Irrecusâvel o fato de o trabalho exe
cutado pelos mineiros, no subsolo, ser estafante e extremamente nocivo à saúde, provocando, com freqüência alarmante. o envelhecimento precoce desses trabalhadores.
Por essa razão, todas as legislações procuram oferecer um tratamento especial aotrabalho realizado em minas subterrâneas,devido ao seu aspecto penoso e altamenteinsalubre.
Muito embora existam dispositivos, emnossa legislação social, particularmente naConsolidação das Leis do Trabalho, quedizem respeito especificamente ao trabalhodos mínerros, temos para nós ser ímprescíndivel que se estabeleça a obrigatoriedade deque esses trabalhadores sejam submetidos,a cada período de seis meses, a exames médicos que incluam, inclusive, radiografiasdos pulmões e do coração.
Como se sabe, é bastante grande a incidência de moléstias respiratórias e cardíacas nos trabalhadores que exercem atividades no subsolo de minas. em face dainsalubridade verificada nesses locais.
Assim, atendendo aos reais objetivos damedicina e higiene do trabalho, deverão elesser submetidos a exames de saúde periódicos, os quais estabelecerão, inclusive, se osmineiros poderão continuar trabalhando e,ainda, se poderão ter sua jornada diária detrabalho prorrogada.
Com a adoção dessas medidas, temos convicção, serão evitadas muitas moléstias profissionais que freqüentemente atacam 0Smineiros, aumentando-se, inclusive, suaprodutividade.
Sala das Sessões. em 27 de agosto de 1975.- Otávio Ceccato.
O SR. PRESIDENTE (Odulfo Domingues)
- Está finda a leitura do expediente.
IV - Passa-se ao Pequeno Expediente.Tem a palavra o Sr. Roberto Carvalho.
O SR. ROBERTO CARVALHO (MDB sr. Pronuncia o seguinte díseurso.) - Sr.Presidente, Srs. Deputados, estou recebendoa incumbência - que é para mim honrosa,sob todos os aspectos - de reivindicar dasautoridades federais competentes, particularmente do Ministério dos Transportes,o urgente asfaltamento de um trecho rodoviário que interessa fundamentalmente aduas ímportantíssírnas regiões brasileiras.
.Trata-se do trecho da antiga rodovia SãoPaulo-Cuiabá, ligando a atual BR-153 e acidade mineira de Campina Verde, numaextensão de 70 quilômetros.
Sendo embora um trecho rodoviário bastante antigo, através do qual se comunicamobrigatoriamente inúmeras cidades do Triângulo Mineiro e suas economias com vastaregião do Estado de São Paulo, na qual sesobressai a cidade de Barretos, nem poristo oferece tráfego regular permanente, eisque se apresenta quase sempre em precaríssímo estado de conservação. Tal situação,como é fácil imaginar, dificulta sobremaneira a ligação e, conseqüentemente, o tradicional intercâmbio comercial entrc a vastae rica região à volta de Campina Verde e oMunicipio de Barretos.
Há muitas décadas esse intercâmbio comercial realiza-se com Barretos, através desua estrutura econômica particularmentevoltada para a comercialização e industrialização da carne bovina, funcionando comoprincipal comprador e consumidor dos rebanhos de Campina Verde e toda a regiãodo Pontal do Triângulo Mineiro, e esta, desua parte, adquirindo em Barretos todos osprodutos de seu interesse.
O precário estado de conservação do trecho rodoviário referido ultimamente temprejudicado o bom desempenho da economia das mencionadas cidades e de outrassob a sua área de influência, com efetivocomprometimento do progresso regional, oqual, sem sombra de dúvida, tem suas origens e incremento no dito intercâmbio.
Tais são, Sr. Presidente e 81's. Deputados,os motivos pelos quais, encampando umainiciativa da Câmara Municipal de Barretos, apelo ao Ministro dos Transportes paraque determine as providências para o pronto asfaltamento do trecho da antiga rodovia São Paulo-Cuiabá, na ligação da atualBR-153 com a cidade mineira de CampinaVerde.
O SR. ULISSES POTIGUAR (ARENA _RN. Pronuncia o seguinte diseursn.) - Sr.Presidente, ars, Deputados, com o adventodo Decreto n.o 73.617, de 12 de fevereiro de1974, que aprovou o Regulamento do "rograma de Assistência ao Trabalhador Rural, abriram-Se perspectivas para uma legião de brasileiros marginalizados à própria sorte nos mais longínquos rincões denossa Pátria.
O alto sentido social desse diploma legalfoi cantado e decantado nas duas Casas doCongresso Nacional. Todos foram unânimesem reconhecer a alta significação do seuconteúdo humano e social.
A imprensa, os políticos, o homem do povonão regatearam aplausos à clarividência doentão Presidente da República, pela adoçãode tão salutar medida, que tinha por objetivo precípuo amparar o trabalhador desvalido, em sua velhice.
Contagiado pela euforia que se derramavaem todos os quadrantes do nosso território,fizemos coro à natural alegria de quantospassaram a ter nesse Decreto o arrimo indispensável para prover a sua velhice honrada, depois de longa e penosa vida de sacrifícios.
Após o transcurso do seu primeiro ano devigência, eis que começa r se esboçar uma
Setembro de 19'75 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção I) Quinta-feira '" 6'795
natural insatisfação, entre velhos e sofridos agricultores, no que tange ao problemado início da pensão deixada em virtude dofalecimento do trabalhador.
Em que pese os elevados propósitos do Governo, relativamente a essa norma juridica,forçoso é reconhecer a necessidade de suaalteração, levando-se em conta determinados fatores de natureza sócio-econômica quemilitam em favor de nossa tese, conforme aseguir demonstraremos.
O art. art. 19, encartado na Seção IU -DA PENSA0 - estabelece:
"A pensão por morte será devida aosdependentes do trabalhador rural econsistirá numa prestação mensalequivalente a 50% (cinqúenta por cento) do salário mínimo do maior valor noPaís, a contar da data do óbito."
E o seu § 1.0 esclarece:"Somente farão jus à pensão os dependentes do trabalhador rural, chefe ouarrimo da unidade familiar, falecidodepois de 31 de dezembro de 1971, ou,no caso de pescador, depois de 31 dedezembro de 1972:
Por desconhecermos as razões de ordemlógica que determinaram a fixação desseprazo inicial para concessão das pensões aque alude o referido parágrafo é que nosmanifestamos contrariamente ao decreto.
Ê sabido que o exercício financeiro de1964 se constitui, por razões óbvias, no marco divisórío de nossa economia.
A partir da eclosão do movimento revolucionário de 1964, fixaram-se critérios de rígida contenção, com vistas a evitar a constante erosão de nossa moeda.
Com propriedade, afirmou certa feita oPresidente Médici que o País prosperava,enquanto o povo empobrecia.
Na verdade, esse é o quadro real em quenos encontramos.
O brasileiro paga, hoje, elevado tributopelo saneamento da moeda, sendo forçado,na maiorIa das vezes, a apertar o cinto, para equilibrar o seu orçamento doméstico.
Ora, Sr. Presidente e Srs. Deputados, queperspectivas poderão ter, no limitado horízonte de suas vidas, os dependentes dostrabalhadores rurais falecidos antes de 31de dezembro de 1971?
Pretendiamos alterar a redação desse parágrafo, fazendo retroagir os seus efeitos apartir de 1964, o que seria mais justo emais consentâneo com os nossos princípiossociais.
Impossibilitados, constitucionalmente, defazê-lo, deixamos aqui o nosso apelo, à guisa de sugestão, ao Ex.m o Sr. Ministro da.Previdência e Assistência Social para quemande reexaminar a matéria e encontre afórmula de amparar esses outros nossos irmãos, para quem a lei se transrormcu eminstrumento de discriminação, não lhes permitindo sequer uma promessa de aurora noocaso de sua existência.
O SR. FABIO FONSECA (MDB - MG.Pronuncia o seguinte díseurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, a Comissão deSaúde da Câmara dos Deputados, por iniciativa de seu Presidente, unanimementeaprovada pelos Deputados que a integram,resolveu constituir cinco subcomissões,correspondentes às macrorregíões do País,para o estudo dos problemas de saúde emcada uma delas, com vistas à implantaçãodo Plano Nacional de Saúde, já aprovado.
A iniciativa da Comissão de Saúde daCâmara dos Deputados constitui a comprovação do seu interesse de, numa ação coordenada, de ajudar no estudo dos problemas
sanitáríos e assistenciais de todos os rincõesdo País. A coordenação e integração do Plano Nacional de Saúde implantada pelo Conselho de Desenvolvimento Social, presididopelo ínclito Gen. Ernesto Geisel, e compostodos Srs. Ministros Paulo de Almeida Machado, da Saúde, Luiz Gonzaga do Nascimento e Silva, da Previdência e AssistênciaSocial, Maurício Rangel Reis, do Interior,Arnaldo Prieto, do 'I'rabalho e Ney Amínthas Braga, da Educacão e Cultura, estãoem perfeita e completá consonância com apolítica executada pelo Ministro Paulo deAlmeida Machado, da Saúde.
Tivemos oportunidade de participar daV Conferência Nacional de Saúde comocoordenador e relator. E de lá saímos convíctos de que há perfeita sintonia entre todos os Ministros e até mesmo alguns membros recalcitrantes do chamado segundo escalão entenderam que não poderiam maisconstituir pontos de bloqueio para o desenvolvimento do Plano Nacional de Saúdee acabaram também se enquadrando.
Têm essas subcomissões um papel de suporte político às ações do Executivo, pois aComissão de Saúde da Câmara dos Deputados trabalha em perfeito entendimentocom todos os Ministros da sua área de competência. Há mesmo, ao se transpor os umbrais da sala de reunião da Comissão deSaúde, identificação absoluta no tocante àdefesa dos interesses comunitários, sem levarmos em consideração as pseudofidelidades partidárias, mas apenas as necessidades do povo que para cá nos enviou na esperança de, da nossa criatividade, lhe advírem melhores dias.
:tl: importante enfatizar que o PresidenteErnesto Geisel destinou nm suporte econômico, no qüinqüênio 75/79, no valor de 110bil.hões de cruzeiros para a execução do Plano Nacional de Saúde e enfatizou especialmente o saneamento básico, para evitar o"plng-pong" médico-assistencial existente,e atenção específica aos problemas da gestante e da infância. Foi feliz o Presidenteda República ao ressaltar esses dois aspectos, pois o saneamento básico evitará asdoenças transmissíveis e epidemiológicaspara as quais ainda não foi inventado nenhum fármaco pelas multinacionais.
Quanto à maternidade _ à ínfâneía, dando-se-lhes assistência e alimentação adequada, dentro em breve os nossos irmãosórfãos de pais vivos, produtos de uma fomeenergética no período de gestação e pósvida, poderão ter desenvolvidas as célulasIocaltzr.das no hemisfério cerebral direito,responsáveis pela criatividade, e não maisteremos um índice de 70% de repetentes naescola primária, tornando-se essa grandemassa de irmãos apenas mão-de-obra físicae fator de distorções sociais as mais graves,do roubo à prostituição, do vicio ao tráfiCOde drogas.
Não poderíamos olvidar, e se o fizéssemosseríamos injustos, a ação do Ministério daSaúde. Até a administração de Paulo deAlmeida Machado aquela era uma Pastaobsoleta, inoperante, cujo orçamento atingia cifras "astronômicas" de 0,8 ou 0,9%do Orçamento da União. E aquele mineirodo Triângulo Mineiro, com sua simplicidade, com sua humildade, acabou tornando oMinistério da Saúde um dos mais eficientes do País, graças à sua criatividade, à suapersistência, à sua formação moral e profissional. Homem objetivo, sem planos mirabolantes, empreende um programa eminentemente para o nosso povo.
Quero, nesta hora, hipotecar solidariedade a S. Ex.a e emprestar-lhe total apoiopolítico para o pleno e efetivo desenvolvimento do grande programa que é o PlanoNacional de Saúde.
"Remédios para remédios" - O jornalNew York Times, órgão fora de qualquersuspeição, fez denúncias muito graves apropósito de multinacionais farmacêuticas.Elas exportam para a América Latina, sobretudo para o Brasil, medicamentos considerados prejudiciais à saúde e que, mesmoquando tolerados nos Estados Unidos, sópodem ser vendidos ali com rigorosas receitas médicas. Embora as multínacíonaís tenham desmentido o assunto, continua oNew York Times afirmando que as denúncias feitas no I Simpósio Nacional de Medicamentos e Indústria Farmacêutica sãoverdadeiras.
Era o que tinha a dizer.O SR. FRANCISCO ROCHA (MDB - RN.
Pronuncia o seguinte discurso) - Sr. Presidente Srs. Deputados, tive o ensejo delJ.ssistir' recentemente a uma significativa eoportuna palestra proferida pelo CeL Danton Eiser Nogueira, no auditório do Itamarati, sob o patrocínlo do Instituto Superiorda Cultura Feminina, na qual o ilustre conferencista discorreu durante largo tempo,sobre o papel do Exército na vida do País.
Foi, Sr. :?residente, uma palestra altamente didática, principalmente para aqueles que desconhecem inteiramente o verdadeiro significado da presença das nossasforcas de terra na imensidão territoriai doBrasíl. Infelizmente, grande parcela do povobrasileiro - sobretudo, os jovens - aindacontinuam ignorando a verdadeira e realmissão do nosso Exército, que não está adstrita a uma tarefa meramente militar. Alémde exercer funcão integradora num País dedimensões continentais, através de seus batalhões de engenharia, abrindo estradas derodagem e de ferro, desempenha igualmentemissão social de grande importância, aoacorrer prontamente à população civilquando acontece qualquer tipo de calamidade.
A conferência proferida no dia 25 deagosto próximo passado pelo inteligente ebrilhante militar ofereceu aos ouvintes umaverdadeira dimensão das tarefas patrióticas desempenhadas pelo glorioso Exércitobrasileiro. Pelo seu extraordinário conteúdo,seu texto deveria chegar a todos os cidadãos das mais diversas categorias sociais enão ficar restrita ao grupo seleto que lotouas dependências do auditório do Itamarati.Deveria chegar, sobretudo, à nossa [uventudc, para que ela ficasse sabendo o quantode patriotismo e de amor o Exército devotaa esta Pátria. Deveria atingir também ostrabalhadores, para que estes tomassem conhecimento do pioneirismo de uma troparecrutada em todas as camadas da sociedade - e por isso mesmo democrática que não mede sacrifícios para o bom desempenho de sua missão, seja na paz, sejana guerra, como já tem dado demonstraçõesinequívocas.
Gostaria, Sr. Presidente de, nesta oportunidade, sugerir ao Sr. Ministro da Guerra que designasse esse ilustre Oficial Superior, assim como outros, para que fossemos divulgadores itinerantes, junto às Universidades brastleíras, do quanto tem feitoe do quanto ainda fará o Exército pelo Brasil. Tenho certeza de que, assim, surgiria,junto à mocidade, a verdadeira imagem, semdistorções provocadas propositalmente pelosinimigos da Ordem, do que é, de fato, esseglorioso contingente humano em que seconstitui nosso Exército.
Era esta, Sr. Presidente, a sugestão quegostaria de fazer desta Tribuna, exatamente na semana em que se comemora a data.máxima da nossa independência política.
Era o que tinha a dizer.O SR. NORTON MAC:I1:DO (ARENA - PRo
Pronuncia o seguinte discurso) - Sr. PIe-
6'796 Quinta-feira 4 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Setembro de 1975
sídente, 8r8. Deputados, poucos comportamentos provocam com tanta intensidade odesencanto do povo quanto a prática decorrupção por parte de autoridades públicas.
Nem por isso, entretanto, a corrupção deixou ou deixa de ser uma das grandes máculas dos nossos tempos, como o foi em todas as épocas e sob todos os regimes que acivilização conheceu ao longo dos séculos.
Nada mais justo do que a reação do povo.Mas essa condenação não basta. Em taiscasos, a lei penal há que ser rígida, a justiça deve ser ágil, a punição haverá que serrigorosa.
Nossa história recente, embora se busquesempre o aprimoramento das instituições,tem sido pródiga em exemplos de impunidade escandalosa. Isto leva ao desencanto e,maís do que isso, ao desrespeito pela autoridade, ao descrédito da representação popular, ao alheamento de grandes parcelasdo povo ante as convocações da vida pública.
A proclamada morosidade da Justiça, aínsuücíêncía de meios legais, a elasticidadedos prazos, as medidas judiciais e burocráticas protelatórias, tudo isso pode levar àineficácia da lei e ao apelo indesejado ainstrumentos excepcionais.
Essa realidade nos tem preocupado e écom base nela que estamos apresentando àconsideração do Congresso Nacional projetode lei que, suprido pela colaboração dos nobres Deputados e Senadores, haverá de contribuir para sanar as falhas da legislação,instituindo processo sumário para o julgamento dos crimes contra a administraçãopública, agravando-lhes as penas e estendendo-as, pelo mesmo processo e com o mesmo rigor, aos que, por quaisquer motivos,sejam autores de denúncias falsas ou irresponsáveis.
O projeto em referência inova essencialmente quando estabelece:
1 - Causa de especial aumento de penaquanto ao ocupante de cargo em comissãoou de função de direção ou assessoramentode órgão da administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública oufundação instituída pelo Poder Público, pela evidente maior censura que recai sobrea sua ação.
2 - Prisao preventiva e seqüestro obrigatórios. A prisão preventiva já foi obrigatória. Deve, no caso, voltar à cornpulsoríedade, tendo em vista a necessidade de seprecatar a instrução criminal. Por outrolado, o sequestro é norma legal mas de aplicação raríssima. Deve, também, ser compulsório, como forma de fixar a sua utilização.
3 - A punição do juiz e do órgão do Ministério Público desldíosos, que deixam escoar os prazos sem pronunciamento.
4 - Elaboração de um tipo especial dedenunciação caluniosa, para coibir as informações falsas e com fins políticos, utilizáveis para satisfação de interesses pessoais e não coletivos.
5 - Dispensa do inquérito policial comoregra, permitindo desde logo o ajuizamentoda ação penal com as informações. É a utilização definitiva do que dispõe o art. 28 doCódigo de Processo Penal. A policia, porém, poderá ser utilizada diretamente peloMinistério Público, depois de proposta aação, conforme determina o art. 47 do Código de Processo Penal.
6 - Faculdade a qualquer pessoa para ainiciativa de provocar a ação do MinistérioPúblico contra os crimes em causa.
7 - As mesmas penas e o mesmo procedimento judicial para os que, usando o tráfico de influência, buscarem proveito para si
ou para outrem junto aos ocupantes doscargos enumerados no projeto.
Era o que eu tinha a dizer.O SR. MÁRIO MOREIRA (MDB - ES.
Pronuncia o segulute díscurso.) Sr. Presidente, Srs. Deputados, desejo, neste horário destinado às comunicações, registraracontecimento auspicioso para o EspiritoSanto. Instala-se hoje e se prolongará atéo próximo sábado dia 6 de setembro, no Municipio de Guaraparl, a IrI Convenção Nacional dos Contabilistas.
Representantes de vários Estados da Federação já se encontram na "Cidade Saúde",calculando-se que para lá acorrerão maisde mil contabilistas.
A Convenção, além do caráter da confraternização, natural, ensejará a todos adiscussão de problemas da laboriosa classe.E não poderá deixar de ser ressaltado otrabalho profícuo do contabilista, que nojogo dos números contribui decisivamentepara o maior progresso do País.
O eonclave projetará o Espírito Santo,principalmente o balneário de Guarapa.rí,onde se situam as famosas praias das areiasnegras, mundialmente conhecidas.
Fazendo este registro, Sr. Presidente, Srs.Deputados, queremos homenagear todos oscontabilistas do Brasil, que decidiram realizar o conclave no Estado que com muitahonra representamos nesta Casa.
Enviamos, na oportunidade, ao Presidentedo Sindicato dos Contabilistas do EspiritoSanto, Sr. Victório Monteiro Gasparini,também Presidente da Comissão Organizadora da Convenção, nossos cumprimentos,extensivos a todos os contabilistas que comparecerem ao Centro de Convenções deGuarapari, formulando os mais ardentesvotos no sentido de que do Conclave surjamresultados promissores, em prol do maioraprimoramento do Contabilista e do elevado conceito de que .desfruta a Classe.
Era o que tínhamos a dizer.O SR. JUAREZ BATISTA (MDB - MO.
Prommeía o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, o crescimento deuma cidade se mede pela sua apresentação,pela suntuosidade dos seus edifícios, pelasua beleza parsagísttca, enfim, pelo espíritode realização de seu povo.
Uberaba, no triâng-tDo Mineiro, atravessa,no momento, um surto de progresso bastante acentuado que a caracteriza como a Capital do Zebu, cidade universitária, novopólo índust.taí do Brasil Central e celeirodo abastecimento de Minas Gerais.
Não temos dúvida, Sr. Presidente, de queos planos de ação do POLOCENTRO irãoencontrar o Triângulo Mineiro em francodesenvolvimento, o que é para nós, da região, bastante significativo. Com uma economia baseada antigamente na agriculturae na pecuária, Uberaba se destaca nos diasatuais, entre os demais munleípíos mineiros, por sua pujança nos mais diferentessetores de atividades.
Com seu parque industrial em adiantadoestágio de implantação, é hoje centro abastecedor de vasta região brasileira, nos diversos produtos de sua fabricação.
Não é sem razão, Sr. Presidente, que osuberabenses se orgulham de sua cidade.De lá, mandamos para Brasília, além decereais, produtos frigorificados e derivadosde leite, em larga escala. E, em contrapartida, rseebemon os fluidos benéficos da arrojada iniciativa que culminou com a transferência da Capital da República para oPlanalto Central do Brasíl.
Ao tecermos estas considerações em queprocuramos situar Uberaba no contexto de-
senvclvímentísta de Minas Gerais, gostaríamos de formular um apelo à alta direção doBanco Comércio e Indústria de São Paulono sentido de que se faça construir ali ummoderno edificio, a exemplo dos demais estabelecimentos congêneres locais, em lugarde reformar o acanhado prédio em que vemfuncionando atualmente.
O COMIND precisa acompanhar o progresso de Uberaba, pela afetiva participação que tem nas suas atividades econômicofinanceiras.
Ê o registro que fazemos, Sr. Presidente,identificados com os anseios da laboriosagente de Uberaba e do Triângulo Mineiro.
A SR.a LYGIA LESSA BASTOS (ARENA- RJ. Scm revisão da oradora.) - Sr.·Presidente, dois assuntos me trazem à tribuna. Quanto ao primeiro, desejo fique registrada em nossos Anais a justa homenagempromovida pela Escola de Comando e Estado-Maior do Exército Americano ao eminente Marechal Floriano de Lima Brayner,que foi Chefe do Estado-Maior da FEB, eque conheci muito de perto, quando fezparte, ainda como Major, do gabinete doentão Ministro da Guerra, General JoãoGomes Ribeiro Filho, meu inesquecível avô.
Passo a ler o documento do seguinte teor:"Rio de Janeiro, 25 de junho de 1975Ex.m o Sr. MarechalFloriano de Lima BraynerRua Paula Freitas, 61, ap, 202CopacabanaRio de Janeiro, RJPrezado Marechal Lima Brayner:A Delegação Americana da ComissãoMilitar Mista Brasil-Estados Unidos recebeu certificados agraciados pela Escola de Comando e Estado-Maior do Exército Americano (U.S. Army Commaridand General Staff Oollege) em FortLeavenworth, Kansas, aos Oficiais Aliados Diplomados que alcançaram posições da maior relevância em suas carreiras militares, a serviço de seus respectivos países.A Escola de Comando e Estado-Maiordo Exército Americano criou uma "Galeria de Oficiais Aliados Célebres" como objetivo de homenagear as realizações de seus diplomados no campo militar. O certificado que a Escola gostaria de oferecer a Vossa Excelência embreve, representa este reconhecimentoque além disso atesta a brilhante carreira militar desempenhada como soldado e chefe militar.A Delegação Americana da ComissãoMilitar Mista Brasil-Estados Unidossente-se honrada e tem a grata satisfação de participar da entrega destecertificado a Vossa Excelência portanto neste ensejo, gostarfamos de formular um convite a Vossa Excelência para cOUlparecer, juntaUlente COUl membros de sua família e amigos, à cerimônia de entrega que será realizada às16,30 horas no dia 3 de julho de 1975,no 15.0 andar do Palácio Duque de Caxias (ex-Ministério do Exército.)Agradeceríamos muitíssimo a amabilidade de um contato com este gabinete(Telefone; 243-7672 ou 252-8055 ramal207) a fim de informar se Vossa Excelência aceita este Certificado e poderános honrar com a sua presença.Aguardamos esta ocasião com entusiasmo pois teremos a oportunidade de manifestar nossas melhores congratulações a Vossa Excelência pela justa homenagem devida a seu brilhante desempenho profissional.
Quinta-feira 4, 6'191Seten1bro de 19~5 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
Enquanto aguardamos o pronunciamento de Vossa Excelência, em futuro próxímo, solicitamos que aceite as afirmacões 'da mais elevada estima a consideração.Cordialmente, - Mauricc W. Kendall,Generul-de-Divisâo, Exército dos EUA,Chefe da Delegação Americana e Representante do Chefe do Estado-Maiordo Exército dos EUA na CMMBEU,"
O segundo assunto, Sr. Presidente, é referente a Projeto que apresentarei na tarde de hoje, o qual disporá sobre o trabalho do excepcional nas Oficinas Protegidase em trabalho competitivo. A sua justificação é a seguinte:
"Os legisladores brasileiros têm sepreocupado com o excepcional, mas oamparo tem sido quase sempre comvistas ao menor excepcional.Precisamos, em primeiro lugar, entender o que sej a um excepcional. Paramuitos ele se iguala aos loucos, incapazes de exercer qualquer atividade.Na realidade, ao çlassificarmos alguémde excepcional, estamos referindo-nos a uma pessoa cujo desenvolvimento mental é deficiente, ou seja, com capacidade intelectual diminuída. Essa deficiência se apresenta em diversos graus,e muitas vezes é, apenas, um poucoInferior ao normal.A partir desse raciocínio podemos afirmar que o excepcional, como pessoa humana, deve ter os mesmos direitos dosnormais. Deve ter, acima de tudo, o direito de viver, de ser produtivo, de nãoser considerado sempre como um castigo ou uma cruz muito pesada para suafamília. Pelb fato de alguns não conseguirem nunca aprender uma profissãoou habilidade, não quer dizer que nenhum expecíonat é capaz de produzire de prestar serviços. Nos Estados Unidos foram realizadas pesquisas que provaram que 89% dos retardados mentais possuem deficiências moderadas,isto é, são passíveis de serem educa
-dos, habilitados e capazes de trabalhar.O atendimento ao excepcional se inicia no momento em que ele nasce, continua durante a primeira infância edeve acompanhá-lo na adolescência ena vida de adulto.Após a fase educacional, em escolas espeeíaís, deve ser conduzido às OficinasProtegidas para que se realize o processo de habilitação. Este implica dar~aJ.go ao indivíduo para fazê-lo crescer,'em termos de sua potencialidade. NessasOficinas lhe será dada oportunidadepara uma. preparação pré-vocaetonal.Sua capacidade será avaliada e serãooferecidos, também, os primeiros contatos com a vida de trabalho. Na Oficina o excepcional, através de processos de avaliação, assessoramento e treinamento, poderá adquirir atitudes vocacíonaís e profissionais que poderãopermitir a sua definitiva integração nasociedade.As perspectivas dos retardados mentaisno emprego competitivo estão-se ampliando gradualmente, e, no caso dosmenos atrasados, a experiência nos últimos anos em alguns países demonstrou que são aptos para executar tarefas de -aIguma complexidade - não sóna indústria, no comércio e na agricultura, mas também no serviço pública, podem desempenhar qualquer papelpara o qual tenham sido preparados.O maior obstáculo para a colocação satisfatória dos deficientes mentais no
emprego competitivo é a falta ou insuficiência de uma preparação pré-vocacíonal. Esta preparação deve compreender não somente uma introdução aomundo dó trabalho, mas também devedar atenção especial ao ajuste social eà competência nas atividades da vidadiária.
A nossa proposição, ao dispor sobre otrabalho do excepcional nas OficinasProtegidas e em trabalho competitivo,visa atender às necessidades de muitosbrasileiros que estão até hoje em completo esquecimento, no que diz respeito à legislação.
Muitos estudos, conferências e simpósios têm sido reítos sem que até agora se tenha conseguido concretizar suasopiniões e recomendações.
Alertamos para o fato de que procuramos dar ao excepcional em trabalhocompetitivo tratamento o mais igualpossível aos trabalhadores normais, seguindo orientações dadas por especialistas. O principio que está regendo toda a filosofia do trabalho do excepcional é o da normalização, não no sentido de ele se tornar normal, mas nosentido de ele Usar os recursos da comunidade que são comuns a todo mundo."
O SR. JOSE SALLY (ARENA - RJ. Pronuncía o seguinte díscurso.) - Sr. Presidente, 8r'L Deputados, o crescimento industrial e comercial do próspero Municípiode Petrópolis, no Estado do Rio de Janeiro, está a reclamar, como necessidade imperiosa e inadiável, a -críaçâo de uma segunda Junta de Conciliação e Julgamentona Justiça do Trabalho, a fim de atendercom maior brevidade as questões trabalhistas lá registradas.
Neste sentido, Sr. Presidente, tenho emmãos orícío dirigido ao Ex.m o Sr. Presidente da República, General Ernesto Geisel,através do qual a totalidade das categoriasprofissionais e empresariais, além dos clubes de serviço, da Subsecçâo local da Ordemdos Advogados e também da Egrégia Câmara dos Vereadores, apelam para o eminentr- Chefe no Governo no sentido de concretizar, com urgência, essa sentida reivindicação, atendendo, assim,' de plano, todos osrequisitos da Lei n. D 5.ô30, de 2 de dezembro de 1970.
Estou convencido de que o ilustre Presidente da República, tão sensível aos problemas coletivos, não tardará em determinar imediatas provídêneías para o atendinente Ministro da Justiça convencer-se-áta de medida salutar e de inteira justiçasocial.
Claras e ínsorísmáveís são as alegaçõesformuladas no citado documento subscritopelo povo e pleas autoridades do progressista e tradicional Município fluminense,berço imperial do Pais.
Tenho certeza, Sr. Presidente, que ° eminente Ministro da Justiça convencer-se-áda imediata e oportuna criação de mais esta Junta de' Conciliação e Julgamento, taissão as razões contidas no ofício de que souportador.
Para que esta Casa tenha conhecimentodos termos exatos da solicitação inseridano citado documento, passo a lê-lo na íntegra:
As classes trabalhadoras e empresariaisde Petrópolis, à unanimidade, como sedignará V. Ex. a de verificar pelas assinaturas abaixo, clubes de serviços, a
Subsecão local da Ordem dos Advogados -dO Brasil, e a própria egrégia câmara local, ao ensejo em que se cogita da críacão de novas Juntas de Conciliação e - JUlgamento na Justiça doTrabalho, já estando em preparo anteprojeto no Ministério da Justiça, pedem vênia a V. Ex. a para mandar incluir também uma segunda (2.a ) f Juntaem Petrópolis, eis que, já agora, satísfeitos e até ultrapassados todos os requisitos da Lei n.? 5.630, de 2-12-70, queestabelece normas para a criação de órgãos de l.a Instância naquela benemérita Justiça.O nosso veemente apelo mais se justifica frente à recente extensão, por lei,da jurisdição da E. Junta de Petrópolisao município de Teresópolis e diante donotório aceleramento do desenvolvimento industrial e comercial desses doisgrandes munícípíos, em compasso comos magníficos frutos da Revolução de1964, de que V. Ex.a , para orgulho nos00, é um dos maiores responsáveis. Alémdisso, é mister prever o aceleramentodos fatores de produção na área, tendo em vista a íntegracão de Petrópolisna Zona Metropolitana e o desdobramento das vias de acesso rodoviário jáiniciado, o que faz prever para diaspróximos um invejável avanço de progresso, sob todos os aspectos.
Reconhecemos e proclamamos o louvável esforço e notória dedicação da atualJunta, na pessoa de seu ilustrado e íntegro Juiz Presidente e prestimosos auXiliares, mas devemos lembrar que talórgão de jurisdição já conta com maisde trinta anos e só com aquele esforçoe aquela dedicação tem sido possívelatender a um mínimo de necessidadeda prestação jurisdicional pedida àquele órgão judicante.
Pedimos vênia para juntar prova deque estão satisfeitos os requisitos mínimos da lei que rege a matéria:
Certos do atendimento, confessamo-nosantecipadamente gratos a V, EX,a (Seguem-se as assínaturas.) "
o SR..JOSÉ HADDAD (ARENA - RJ.Pronuncía o seguinte díscurso.) - 81'. Presidente, Srs. Deputados, a Estrada de Ferro Central do Brasil, integrada à Rede Ferroviária Federal SIA, tem sido ao longode muitos anos presença constante na imprensa do Pais, mercê dos serviços precários que vem prestando ao povo, com reflexos negativos em toda sua área de atuação,caracterizada pelos constantes atrasos dostrens _suburbanos e acidentes incontáveis,sempre com vítimas e prejuízos materiais degrande monta.
Recentemente, um grava acidente ocorrido na estação suburbana de Magno, próxima ao centro de Madurerra, levantou a opinião pública contra o serviço de trens suburbanos e a segurança, praticamente inexistente, o que motivou, inclusive, o deslocamento do Presidente Ernesto Geisel parao Rio de Janeiro, quando já estava no Aeroporto de Brasília com destino à Capital doEstado de Alagoas, onde cumpriria um programa oficial.
E, no Rio de Janeiro, o Presidente ErnestoGeisel, pessoalmente comparecendo à sededa Rede Ferroviária Federal SIA, tomou conhecimento dos lamentáveis fatos ocorridosquando do acidente, determinando as providências imediatas, inclusive de assistência às vítimas e suas famílias, indicandopessoa de sua confiança pessoal para proceder ao levantamento da situação e decidir, administrativamente, sobre a matéria.
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Sem dúvida este procedimento do Presidente de todos os brasileiros calou fundo naopinião pública e cada um pôde serrtir maisde perto o interesse do General ErnestoGeisel para com os problemas do povo, fatomarcante na atual administração governamental onde os programas qe bem-estar eassistência médica social e previdenciáriaencontram lugar de destaque.
Disto é prova a rerormulação do atendimento previdenciário dentro de um Ministério próprio ampliando-se sobremaneira oscuidados do Governo para com os assistidosda Previdência Social agora em muito maiornúmero em face das condições de admissãoa este atendimento cada dia feito em escalamaior.
O homem do campo e o trabalhador dacidade meercem a mesma assistência, gozam dos mesmos direitos e percebem vantagens Idênticas sem aquelas restrícões deuns em favor dos outros como ocorria numpassado bem próximo.
E mais longe vai a atuação do Governoneste setor promovendo a distrtbuiçâo deremédios gratuítos, oferecendo pensão vitalícia aos maiores de setenta anos, subsidiando a alimentação de menores de seis anos emulheres gestantes, criando programas delazer e conduzindo a política educacional doPais à mmístração de, ensino eficiente amaior número de alunos, em todos os níveis.
Sem dúvida, o Presidente Ernesto Geiselsitua sua meta de Governo no homem brasileiro, imprimindo em seu favor um programa eficiente, que cumprindo em todoeste mandato presidencial determinará condições melhores de vida e bem-estar paratoda a população.
Neste sentido S. Ex.a ao determinar-se air ao Rio de Janeiro, desviando-se do programa festivo que o aguardava em Alagoas,houve-se muito bem e demonstrou profundamente o sentido e a filosofia do Governo que encama, e logo as medidas indicadas surtiram o efeito desejado.
As vitimas do desastre de Magno foramatendidas dentro do menor tempo possívele. como decisão maior de saneamento, foiafastado o então Presidente da Rede Ferroviária Federal SIA, de há muito no posto,sem corresponder.
ASsume o encargo de devolver ao povo aconfiança perdida pelos serviços da RedeFerroviária Federal o ilustre engenheiro eadministrador Stanley Fortes Baptista.
SinceL·amente desejamos ao novo Presidente da Rede Ferroviária Federal SIA pleno sucesso em sua gestão, apelando ao digno patricia para que desenvolva uma atividade-profícua, voltada para os brasileirosusuários dos trens suburbanos - conduçãoque merece a preferência da maioria ,da população dos grandes núcleos habítacíonaís,em face da rapidez do transporte e seubaixo custo por passagem.
Apelamos ainda a Sua Excelência no sentido de voltar atenção especial para o problema da segurança dos usuários, vítimasde verdadeiras catástrofes, mais pela desídia dos antigos administradores que mesmopelo comportamento anti-social de numerosa parcela da população - que sofre a influência de elementos extremados, mas quetambém sente na própria pele a deficiênciado serviço que lhe é oferecido.
E mais por revolta que por influência poIítlca, doutrinária ou :ideológica, o povo selevanta, depredando, como a dizer ser melhor nenhum trem à incerteza de se possuir sem realmente ter. Pois ninguém responde quando falta a condução e o trabalhador perde horas do dia de trabalho e odescanso remunerado.
DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Sel,lão J)
A reação popular tem explicações psicosociológicas, mais valendo a adcçâo de medidas práticas que corrijam a deficiência doserviço do que a presença de aparatos policiais e demonstração de força.
Neste sentido louvamos o senso prático doCoronel Weber, responsável pela Rede Ferroviária Federal SIA na Regiáo Metropolitana do Grande Rio, no setor de transporte coletivo.
Numa simples determinação administrativa, fazendo com que alguns trens de passageiros "durmam" nos terminais ferroviários de ,Japeri, Duque de Caxias e SantaCruz e liberando estas unidades na hora dorush, de acordo com a demanda de usuários,aumentou sensivelmente o número de viagens - com a mesma quantidade de composiçôes, evitando a superlotação e o espaçodemasiadamente grande de uma para outraviagem.
O mesmo expediente se observa na horado retorno. Não há atropelos. As reclamações atingiram um índice mínimo, há muito não observado, e as populações de NovaIguaçu, Paraeambí, Nilópolis, Duque de Caxias, São Joâo de Meriti e do ramal deCamP<J Grande e Santa Cruz sentem estarmelhor servidas.
Registramos este fato para consignar nosAnats desta Casa. as providências que oPresidente Ernesto Geisel tomou em favordos usuários das linhas suburbanas da Rede Ferroviária Federal SIA, no Grande Rio,onde os serviços estão melhorando sensivelmente, embora ainda haja muito paraser feito em favor do povo, que merece melhor assistência por parte dos governantes.
Era o que tinha a dizer.
O SR. GASTA0 MflLLER (ARENA - MT.Pronuncia o seguinte diseurso.) - 81'. Pre.sidente, Srs. Deputados, hoje, no horário regimental, com o apoiamento de 130 Deputados, apresentarei proposta de reformaconstitucional objetivando uma medida saneadora,' quanto ao funcionamento do Congresso Nacional.
Acho, Sr. Presidente, Srs. Deputados, quea COnstituição deve ser um instrumento dinâmico e não estático, deve ser um espelhoem que se reflitam as aspirações da nacionalidade e do comportamento social de umpovo.
A vida política, não há dúvida, tem bemnítída a coloração da sociedade em queatua. Portanto, a iniciativa que tomei e queconta com a solidariedade de 130 colegas,visa, acima de tudo, a moldar o funcionamento do congresso Nacional à realidadebrasileira, para que não se prossiga usandoum método artificial. que não se coadunacom a vida política do Brasil.
Sr. presidente, 81'S. Deputados, leio o teordo documento, para que conste dos Anaisdesta Casa: .
"PROPOSTA DE EMENDACONSTITUCIONAL N.o DE
Dê-se ao art. 29 com o seu parágrafo1.0 da COnstituição Federal vigente aseguinte redação:"Art. 29. O Congresso Nacional reunirse-á, anualmente, na Capital da trníão,de 1.° de março a 30 de junho e de 1.0de agosto a 5 de dezembro.§ 1.0 No último ano de cada Legíslatura, o Congresso Nacional reunir-se-á,na Capital da União, de 1.0 de fevereiroa 30 de agosto e de 20 de novembro a 20de dezembro."
JustificaçãoNão há negar que no último ano de cada Legislatura, P<Jr força da campanha
Setembro de 1975
eleitoral destinada à renovação do Oorigresso Nacional e das Assembléias Esta.duais, a partir de agosto não se podecontar com o funcionamento regular esatisfatório do Poder Legislativo, pormais engenhosa que seja a forma do estorço concentrado, uma vez por mês.A prática vem demonstrando à saciedade que, normalmente, o artifício estabelecido de modo a garantir o númeroregimental exigido no período da Ordem tio Dia, para as votações e delfberações, não garante a existência doquorum exigido.Ante a evidência de uma rotina inadequada, que, salvo engano, de há muitojá deveria ter sido modificada, está justificada a necessidade da presenteemenda, que visa a substituir um formalismo artificial e eivado de írrealís-,mo por uma nova disposição dos períodos de funcionamento do CongressoNacional, no ano da última Sessão Legislativa de cada Legislatura.A oonstàtuíção é um instrumento dinâmico que, ante o imperativo de melhorar o funcionamento do Poder Legislativo, enseja as revisões que se impuserem como necessárias, a exemplo daque ora é apresentada ao esclarecidojuizo dos srs. Deputados Federais eSenadores.Com a presente emenda, além de senormalizar o funcionamento do Congresso Nacional no período das chamadas eleições gerais, a cada quatro anosde uma Legislatura, é oferecida ao povo a vérdadeíra imagem de um recessodesttnado ao mais árduo trabalho dohomem público.A última Sessão Legislativa de cada Legislatura, ao invés do recesso de julho,terá um maior, de primeiro de setembroa dezenove de novembro, compensadocom o segundo período, de vinte de novembro a vinte de dezembro.Os srs. oongressístas terão dois meses emeio para o exercício obrigatório dosseus deveres nos embates políticos eleitorais, sem prejuízo do andamento dosprojetos em tramitação. O Poder Ezecutívo, por sua vez, tomará as providências caniveís, a fim de enviar, no período de 1.° de fevereiro a 30, de agosto, asmensagens que lhe competem.
Tudo correrá, sem maior alteração, ficando o mês compreendido entre 20 denovembro a 20 de dezembro para o andamento final da. Legislatura. Somarse-ão 8 meses de funcionamento. Perder-se-á, nesse último ano, somente lidias frcnte ao atual preceito constitucional. Achamos, assim, ter encontradouma forma realista para um problemaque perdura, faz tempo, prejudicando oprocesso legislativo e, pior ainda, repito,dando uma imagem pouca lisonjeira doPoder Legíslatívo perante a grandemassa do povo brasileiro.
Brasília, 30 de agosto de 1975. - Gastão Müller."
O SR. GUAÇU PlTERI (MDB - SP. Semrevisão 110 orador.) - Sr. Presidente, nobresSrs. Deputados, tenho em mãos expedienteremetido pela Ordem dos Advogados doBrasil, Seção do Estado do Rio de ,Janeiro,em que o ilustre Presidente transmite aeste Deputado que, em sessão realizada poraquele Conselho no dia 14 do corrente, foiaprovada a indicação apresentada pelosilustres Conselheiros Eugênio Roberto Haddock Lobo e Franciscp Costa Netto no sentido de dar total apoio e solidariedade a.projeto de lei de minha iniciativa que buscaintegrar ao 13.° salário o descanso semanal
Setembro de 19'15 DIáRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção n Quinta-feira 4 6799
remunerado, as férias remuneradas e ashoras extras trabalhadas pelos assalaria-dos. '
O teor da indicação {o seguinj;e;"INDICAÇãO:É fora de dúvida que, no Direito doTrabalho, prorundamente sensível àsmutações impostas pela dinâmica darealidade sócio-econômica, a Jurisprudência' dos Tribunais Trabalhistas éfonte geradora e permanente de modificações dos textos legais que se tornaram inadequadas aos fins a que se destinaram.Assim é que, nos dias que correm, constitui Jurisprudência predominante a daincorporação na remuneração, para todos os efeitos legais, das horas suplementares habituais e bem assim dasgorjetas.Por conseguinte, não foi por acaso quesobreveio o projeto de lei do DeputadoGuaçu Piteri, objetivando aquele desiderato ,já sufragado pela Jurisprudência, projeto esse que mereceu o endosso da Comissão de Constituição eJustiça da Câmara.Por isso e em caráter de urgência, propomos:a) que se oficie aos líderes da maioriae da minoria das duas Casas do Congresso, encarecendo a aprovação doProjeto de Lei focado, encaminhandose-lhes xerocópias. do inteiro teor desta·Indicação;b) que, também, se encaminhe xerocópias desta Indicação à diligente Comissão Revisora da CLT, na pessoado mui douto Ministro Arnaldo LopesSussekind, o mesmo se fazendo em re-lação à ACAT e à Al!'AT; /'c) que se publique o transunto da matéria no "órgão de Divulgação".
Em 14 de agosto de 1975. - EugênioR. Badd(lcl~ Lobo - Francisco CostaNetto."
Era o que tinha a dizer.O SR. MAURO SAMPAIO (ARENA - CR
Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Brs, Deputados, como sabe V. Ex.",inverter recursos em saúde é investir nodesenvolvimento.
Nesse sentido, não se conhece mais aplaudida e tranqüila inversão de capital, de vezque traduz preservação do ínsubstítutveleapital humano.
.Por isso, Sr. presidente, jamais será suficiente e exaustivamente louvada a criaçãogovernamental da Central de Medicamentos- CEME. '
Médico antes de legislador, inúmerasvezes assistimos ao eontrístador quadro:entrando com nossa contribuição pessoalpara a solução do problema de saúde dotrabalhador, gratuitamente, depois do meticuloso e demorado exame, fornecíamos-lhea receita, acompanhada das explicações erecomendações usuais. Mas sem dinheirop.ara comprar os remédios ou aviar a receita, esta acabava sendo espetada numa parede do barraco, e as preces continuavam,num apelo a Deus para que se condoesse doenfermo.
Acabamos de receber, Sr. Presidente, deDjalma Alves Pereira, Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais 'de Assaré,em nosso Estado, instante solicitação, a fimde que intercedamos segundo suas próprias palavras:
"Junto a quem de direito, para queaquele Sindicato seja contemplado, o
mais breve possível, com medicamentosda OEME, satisfazendo, assim, ao maisjusto anseio de uma classe humilde, queprecisa de saúde para trabalhar pelagrandeza do Brasil."
Conta aquele Sindicato cearense, nestadata, com 4.141 associados, cujo númerode dependentes já atinge 24.846 pessoas.
Compete-lhe dar assistência a quantosintegram aquela categoria profissional nabase territorial do Município.
A maioria, quase a totalidade, dos membros da classe, em Assare, constitui-se deparceiros agrícolas, ••aeíeiros, rendeiros etrabalhadores eventuais, que não dispõemde condições financeiras bastantes paraadquirir remédios.
Afortunadamente, prosseguindo na positívaeâo da humanitária política assistencial da Revolução, o FUNRURAL assinou emantem convênio com a CEME, objetivandoa distribuição gratuita de medicamentos nomeio rural.
Essa festejada oríentação, sobre significara presença do Governo Federal ao lado dorurícola - até então desprotegido e entregue à própria sorte - garante-lhe a permanência no campo. As conseqüências imediatas que advêm dessa louvável atitude governamental são a multiplicação de braçospara a lavoura, e o fim do êxodo de milhõesde agricultores, os quais, demandando asmegalópolís, maxlmalízavam-Ihes os .Jlroblemas de ordem econômica e social.
De ampílar-se, pois, providências comotais, em face do caráter recundo que assingularizam.
A distribuição gratuita 'de medicamentoshaverá de processar-se em escala crescente,até atingir os mais remotos rincões pátrios.
Encarecemos, nesta oportunidade, dos dirigentes da OEME e do FUNRURAL, queatendam ao pertinente apelo do Sindicatodos Trabalhadores 'Rurais de Assaré, doando-lhe os medicamentos de que tanto precisa para seus milhares de associados, deparcos recursos pecuniários.
A produtividade no campo registrar-se-ásempre avolumante, enquanto os executoresda produção contarem com a regularidadedo fornecimento de remédios, os quais responderão pela saúde de seu organismo, epela tranqüilidade de seu espírito.
Era, Sr. Presidente, o que hoj e tínhamospara dizer.
O SR. ABDON GONÇALVES (MDB - RJ.Pronuncia o seguinte díseurso.) - Sr. Presidente, 81'S. Deputados, os reflexos de umamedida administrativa' bem intencionadanem sempre correspondem à expectativa,mormente quando envolvem prejuízos parao povo e para a economia do País.
É exatamente o que vem ocorrendo coma decisão da Rede Ferroviária Federal S.A.de suprimir o trânsito de trens de passageiros no ramal Gosta Barros a Japeri, noEstado do Rio de Janeiro. Destinando aquela via exclusivamente a trens de minério,apenas dois comboios passaram a se servirdo trecho diariamente, prosseguindo paraseu destino por vias congestionadas.
Estranhamos também o completo abandono do leito ferroviário de Pavuna a SãoMateus.
Trecho dos mais importantes para a Baixada Fluminense, eis que corta os Municípios de São João de Meriti e Nova Iguaçu,o ramal suprimido deixou desprovidos decondução mais rápida, dil'eta e menos onerosa, grande massa de povo, obrigada adeslocar-se de ônibus para Nilópolis ou
. ,
Pavuna, a fim de conseguir alcançar o centro do Rio de Janeiro, onde a maioria trabalha.
Desse deslocamento resultam díversos fatores negativos para o povo e para a economia do País, principalmente em decorrênciado aumento do consumo de combustível,tendo em vista o acréscimo do número deônibus em face a demanda, sem falar dosconstantes eongestíonamentos no trânsitoda Avenida Brasil e no trecho inicial daRodovia Presidente Dutra. Este sério problema, Sr. Presidente somente será resolvido quando for restabelecido o transportede passageiros no ramal de Japeri a CostaBarros.
Considerando que somente em quatroMunicípios da Baixada Fluminense - NovaIguaçu, São João de Meriti, Nílópolís e Duque de oaxías ~ reúnem 2.200.000 habitantes, o que representa 1/50 avos da população brasileira, julgo que nenhum dosreclamos de tão importantes comunidadesdeve ficar esquecido das autoridades doPaís.
E o povo reclama o restabelecimento dotransporte de passageiros no ramal interditado, sem que isto venha prejudicar otransporte de minérios, feito apenas emduas viagens diárias, ficando no restantedo dia ocioso aquele trecho, suprlmído sobalegações várias por parte da Rede Ferroviária Federal S.A., que não levou em conta, entretanto, a situação do povo e suasnecessidades.
Quero, desta tribuna, falando em nomedo povo da Baixada Fluminense - sempreesperançoso que suas reclamações e pedidossejam atendidos - encarecer do ilustreMinistro dos Transportes, o Gen. DirceuNogueira, a adoção de medidas que promovam o restabelecimento da circulação detrens de passageiros entre Japeri e Costa.
o Barros, no Estado do Rio de Janeiro, minorando o sofrimento de tanta gente, vitimade uma política financeira e econômica quenão atende às necessidades locais e de cadaum em particular.
Era o que tinha a dizer.O SE. JOEL LIMA (MDB - RJ. Pronun
cia o seguinte díseurso.) - Sr. presidente,81'S. Deputados, milhares de servidores doEstado do Rio de Janeiro, com salários muito abaixo do que o bom senso recomenda,estão praticamente sem condições mínimasde dar aos seus familiares o indispensável àsua sobrevivência. O salário que ora percebem é insuficiente mesmo para manutenção alimentar.
Indiferente a tudo isso permanece o Sr•Governador do Estado, com o propósito visível de ganhar tempo, levando os referidosservidores a uma situação de desespero.Antes da concessão de qualquer aumentoque possa minorar a dor de cada um, determina i realização de um plano de classificação de cargos, bem como de um censo dofuncionalismo fluminense, para depois, então, oferecer alguns cruzeiros a mais.
Com a fusão dos antigos Estados do Riode Janeiro e Guanabara, os grandes prejudicados foram os servidores de ambas asunidades extintas. Primeiro, pela tentativa-desenvolvida pelo Governador Faria Limade instituir três quadros, com distinção desalários, padrões, vantagens e garantias. AAssembléia Constituinte em boa hora veiocorrigir tal discriminação, criando a igualdade justa e conscienciosa, mas que aindanão resultou em nada prático, dada a forma encontrada pela Secretaria de Admínístração e demais órgãos implicados no assunto, que teimam em, primeiro, satisfazerem a certas curiosidades de quem administra sem saber o que dirige, para, depois,
.8011 Quinta-feira 4, DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL <St4}ão I) Setemb~o de 1975
atentarem para as necessidades e exigências dos servidores - se o fizerem.
Naturalmente, essa crítica visa a chamar a atenção das autoridades do Estadodo Rio de Janeiro para seu próprio comportamento e para as conseqüências que talsituação pode acarretar para o Estado, naiminência de se ver esvaziado dos melhores funcionários - isto, a qualquer momento.
Ninguém pode suportar o atual custo devida recebendo os vencímentos pagos peloEstado do Rio de Janeiro. O exemplo maisgritante foi dado pela classe médica e pelosparamédieos, Alguns aceitaram os cargosdistribuidos através de concurso público pelo INPS e estão hoje empregados naquelaautarquia que paga vencimentos bem melhores qu~ os pagos pelo Estado do Rio deJaneiro. E os hospítaís do Estado somentenão entráram em colapso porque se utilizaram dos serviços de acadêmicos de Medicina.
Creio Sr. Presidente, que o Governo doEstado 'do Rio de Janeiro precisa revestirse de um pouco de sensibilidade, pois o comportamento insensível da classe dirigente doEstado da Fusão chega a ser irritante e prejudicial ao povo e ao próprio Governo Federal. Não nos parece que o calor do petróleo foi suficiente para aquecer o ânimodos dirigentes da PETROBRA8~ feitos Governo no novo Estado Mais parece tervindo de geleiras. É isto que todos sentem.É isto que sofrem os servidores do Estado.
Mas assim mesmo, cumprindo um deverde co~sciência, falando em nome dos sofridos funcionários do Estado do Rio de Janeiro e pensando em poder despertar a sensibilidade adormecida do Governante estadual apelo a 8. Ex." no sentido de conceder ~m reajuste nos vencimentos dos servidores de todos os escalões. deixando a definícão final sobre a situação de cada umpal-a depois, quando for concluído o censodos funcionários e elaborado o Plano deClassificação.
Era o que tinha a dizer.
O SR. JAISON BARRETO (MDB - se.Prununcía o seguinte diseurso.) - 81'. Presidente 81'S. Deputados, o quadro médico-sanitário do Pais, ao se constituir num libelocontra o "milagre brasileiro", vem provocando medidas governamentais, numa tentativa desesperada de amenizar seus enfoques mais negativos. Agora mesmo, quandoda implantação do Sistema Nacional deSaúde ficou claro o posicionamento do Governo 'em relação ao setor saúde do Pais.Aos desínrormaoos poderia parecer válidaa solucâo para as nossas dificuldades. Infellzmênte, Srs. Presidente, Srs. Deputados,mais cedo do que o próprio Governo imagina, reformuiações haverão de ser feitas. Aofugir a definições claras sobre a política aser seguida ou, pior ainda, ao se definir poruma atuação quase contemplativa, cabendolhe o "papel de fiscalizador da atividade privada, quando ela exorbita de ~Uli atuaç~o
normal, ou em casos de corrupçao e de açaopenal" o Governo, em deseompasso com oprocesso histórico, decreta a falência inevitável dos seus propósitos em resolver a vergonha da saúde no Brasil.
O Sistema Brasileiro de Saúde, ao conciliar interesses conflitantes, ao continuarpraticando os mesmos erros do passado, aofavorecer a mercantííízacão crescente damedicina, resume-se numa modernízaçâo devíeíos e distorções.
Em verdade, não há como fugir ao que omundo moderno definiu como melhor caminho para o atendimento das massas desprotegidas: a socialização da Medicina. Ao Estado deve caber precipuamente a obriga-
çâo de garantir a saúde a todos. Que a iniciativa privada sobreviva no atendimentoelitista e sofisticado aos que têm posse.
Usufruir dos recursos públicos visandopuro lucro, com enfoque desumano, mercantilista, é medida ínadmlssível e compromete qualquer governo bem intencionado.Ai estão as estatísticas vergonhosas: 50%de cesarianas milhões de brasileiros semcobertura médica em pleno centro de SãoPaulo conforme reconhece o próprio INPS.Él um' discorrer de barbaridades que - parece-me - ainda não conseguiram sensibilizar o Governo. Eis o que a respeito do assunto diz a imprensa:
"CESARIANAS 8AO 50% DOS PARTOS
No Brasil se faz uma cesariana em cada três ou quatro partos e em algumascidades como o Rio o indice se eleva a50% enquanto as taxas internacionaisindicam o máximo de 15%. Pesquisaefetuada pelo médico Carlos Gentile deMelo aponta como principal responsável pela situação o fato de a cesarianaconstituir para os médicos uma formade conseguir melhor remuneração. Esse trabalho comprovou que quando osistema de honorários médicos baseiase em unidades de serviço a taxa de cesarianas situa-se em torno de 50 a60% e cai para a faixa entre 15 e 5'%quando a remuneração leva em contaapenas fatores técnicos.
'neunidos no XI Congresso Brasileirode Ginecologia e Obstetricia, especialistas nacionais e estrangeiros condenamo número elevado de cesarianas praticadas no Brasil e apontam algumascausas e soluções, mas observam que éimpossível se exercer um rígido controle porque a fiscalização nas clínicas ehospitais particulares é impraticáveLEm alguns casos uma cesariana podeser considerada problema de ética profissional, mas os médicos afirmam quea questão não está afeta aos conselhosregionais de Medicina. O problema torna-se mais grave porque os própriosmédicos se recusam a comentar em profundidade a questão para não ferir suseetibiJidades.
O professor Victor :"?uiz Velasco, daUniversidade do México, que esaá participando do Congresso, disse ontem queo excesso de cesarianas OCOITC em todoo mundo, "mas o Brasil é o campeãodas cesarianas, principalmente a cida
-de do Rio". Enquanto no Brasil observa o professor mexicano - se fazuma cesariana em cada quatro partos,no México a média { de uma intervenção para cada oito partos.
RemuneraçãoContrariando a maioria dos participantes do XI Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia, os quais achamque o número elevado de cesarianas noBrasil se deve a questões de deficiências técnico-profissionais ou de motivação psicológica da parturiente, o médico Carlos Gentile de Melo, da Assoclacâo Médica do Rio de Janeiro dissequê a taxa de cesarianas sofre influência decisiva de acordo com a remuneração médica.Em pesquisa realizada em todos Os hospitais, clinicas e maternidades do antigo Estado da Guanabara, Carlos Gentile de Melo disse que ficou constatadoque, quando o sistema de remuneraçãomédica é feito por unidades de serviço,a taxa de cesarianas fica entre 50 e60%, enquanto quando são levados emconsideração apenas fatores técnicos, oíndice diminui para fi a 15%.
Com esses resultados - observou Gentile de Melo - a única maneira de corrigir a distorção é estabelecer um sistema de remuneração pelo qual O médicoganhe um salário pelo seu trabalhoprofissional e não pelo número de operacões que ele realiza. "O médico deveser remunerado como o magistrado, porexemplo, que recebe um salário independente do número de absolvições oucondenações que sentencia" .
Na realidade, no Brasil ainda não seencontrou uma maneira adequada decontrolar o número exeessívo de cesarianas, nem mesmo nas instituições doGoverno. O próprio INPS, diante de umelevado índice de cesarianas, entre outras irregularidades, criou um serviçode revisão e supervisão de contas quefiscaliza rigorosamente todas as cesarianas realizadas. No caso de ser verificado qualquer excesso a conta é glosada. Esse sistema, no entanto, deixauma certa abertura, pois dificilmentese pode provar, depois de realizada acirurgia, que a eesartana não deveriater sido feita."
Continuamos afirmando: a iniciativa privada pode participar, mas como elementosuplementar; o Estado há de ter uma redeprópria de hospitais, um quadro próprio demédicos como funcionários públicos. Istonão diminui nem envergonha ninguém. Sóassim, através de um quadro institucionalpróprro, as soluções no campo da saúde c.0macarão a ser bem ordenadas neste País,
E'ra o que tinha a dizer.
O SR. DASO COIMBRA (ARENA - RJ.Pronuncia o seguinte díseurso.) - Sr. Presidente Srs. Deputados, ao vedar a acumulação remunerada de cargos e funções públicas, otexto constitucional cria várias exceções que somente podem ser ampliadasatravés de Lei Complementar, de írriciatava exclusiva do Presidente da República,consoante o previsto no § 3.0 do art. 99 daLei Maior '
Uma das exceções previstas é aquela contida no inciso IV do citado art. 99, permitindo a acumulação remunerada de doiscargos privativos de médico.
A atividade médica, conforme os maísmodernos conceitos, não se limita à atuacão particular e pessoal do médico, comotal entendido o profissional diplomado PO'l'uma "Escola de Medicina. A Medicina se diver.sifica em vários campos, sendo mais correta a interpretação desta atividade dentrode uma área, já denominada de biomédica,na qual se congregam todos os cursos eciências que cuidam da saúde humana ~a
sua mais moderna interpretação, dada pela Organização Mundial de Saúde.
&Sim, Sr. Presidente, o médico está dís-,trtbuído em várias especializações, inclusive no cuidado da saúde animal. A Veterinária é um ramo da Medicina, pois também envolve estudos de ciência. Dentro da.similitude de funções os odontologistas são,sem dúvida alguma, integrantes das ciências médicas, pois não se pode negar àOdontologia um lugar de destaque na áreablornédíca . Mas os dentistas estão impedidos de acumular, com remuneração, cargosde seu ofício no serviço público, da administração direta e da administração indireta, na União, nos EstadIas e nos Municípios .
Sem chegar à forte expressão de julgaresta situação uma injustiça, preferimos dizer que existe uma lacuna no texto constitucional - ou em sua melhor interpretação - pois os órgãos da administração pública só entendem por médicos os que tradicionalmente eram assim -deeígnados ,
Setembro de 19'15 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção n Quinta-feira 4 6861
o Ministério da Educacão e Cultura nãodistingue, para fins de admissão nas escolas biomédicas, a escolha dos candidatosquanto à carreira especial que buscam, submetendo todos a um mesmo exame vestibular.
A distribuição de deveres, responsabilidades e prlvilegíos, no Serviço Público, é amesma para os tradicionalmente chamados médicos e os atuais dentistas. confundindo as duas profissões em uma ·SÓ, como,de fato, o são, apesar de possuírem Escolas,Conselhos e Síndicatos Prorísísonaís diferentes.
Mas, se os cursos se confundem desde oVestibular e em muitas matérias comuns,se no Serviço Público todas as responsabilidades se distribuem igualmente, não sepode entender que o benefício da acumulação remunerada de dois cargos seja privativa apenas dos médicos, conforme a designação antiga e tradicional.
E se o texto constítucíonal não recebe aexegese dentro da realidade existente, vale a aplicação do remédio previsto no § 3.°do art. 99 da Constituição, que, entretanto,somente pode ser adotado quando a iniciativa for tomada pelo Sr. Presidente daRepública.
Não se pode negar à Odontologia sua condícâo de ramo autônomo da Medicina. Eispai- que, neste pronunciamento, queremosapelar ao Ilustre Presidente Ernesto Geiselpara que tome a iniciativa de remeter aoCongresso Nacional, o mais breve possível,projeto de lei complementar estendendo aosodontologistas os privilégios da exceçãocontida no inciso IV do art. 99 da Constituição Federal,
Era o que tinha a dizer.O SR. JúLIO VIVEIROS (MDB - PA.
Pronuncia o seguinte díseurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, está novamenteem pauta o grave problema do menor abandonado, tema a que já nos reportamosfnúmeras vezes, inclusive com um discursono Grande Expediente, onde abordamos esse assunto com grandes detalhes e algumassoluções.
Nunca é demais voltar a assunto de tamanha complexidade e interesse de todaa Nação, pois num Pais como o nosso, onde a população da faixa etária abaixo dosdezoito anos atinge quase 50% do total,com disparidades regíonaís gravíssimas como, por exemplo, no Pará, Estado querepresentamos nesta casa -, o assunto há,portanto, de ser tratado não só como metaprioritária do Governo, mas, inclusive, comvistas à segurança e estabilidade social.
Cada família que se desloca de áreas empobrecidas, em busca de algo melhor, pelafalta de condições básicas de sobrevivência, vem engrossar o já enorme contingentede pessoas desempregadas. Seus filhos serão "guardadcres de automóveis, ou seportarão à porta dos cinemas e lanchonetes mendigando, ou, se incluirão, ainda,entre agueles que não temem a prática depequenos furtos.
Daí, Sr. Presidente e Srs. Deputados, chegamos à conclusão, já tantas vezes proclamadas, de que, para se resolver o problemado menor abandonado, o único caminho seria o de levar às famílias um mínimo deassistência capaz de dar-lhes condições demanterem-se unidas e com possibilidadesde sobreviverem condígnamente.
Certamente no atual estágio brasileiro,não poderíamos atingir aquele universo deprovidências ideais nesse campo. No entanto, o que não podemos também é ficar debraços cruzados, vendo o sério problemado menor desassistido agravar-se mais emais.
Esperamos, assim, que finalmente as autoridades eonstítuídas do Pais e do Estado'do Pará encontrem urgentemente soluções que pelo menos evitem o agravamento agudo do problema, conscientizando-seda responsabilidade que lhes cabe. Aliás,essa conscientização se faz sentir na proliferação de instituições privadas, que sededicam ao assunto e no número semprecrescente de pessoas de "boa vontade" quepor ele se interessam.
Era o que tínhamos a dizer.
O SR. RUY CôDO (MDB - SP. Pronuncia o seguinte diseurso.) - Sr. Presidente,81'S. Deputados, merece especial destaque,dado o seu alto conteúdo humano e suaintegral justiça, a corajosa iniciativa doilustre Prefeito paulistano, Olavo EgydioSetubal, que revogou o malsinado decretoque permitia funcionarem aos domingos ossupermercados e oc hipermercados, comreal e evidente prejuízo para o comércioque, tendo atividades semelhantes, não sebeneficiava das vantagens daquele decreto.
Realmente, aqueles dois tipos de estabelecimentos comerciais, a pretexto de abstecerem a população com generosos alímentíclos, vinham se dedicando à venda deeletrodomésticos, de veículos de toda aespécie, de roupas, sapatos, jóias, fazendoséria e desleal concorrência ao mercadopaulistano.
Afora esse aspecto, há ainda o desrespeito frontal ao que determina a Constituiçãoda República em seu art. 157, item V que fixa em oito horas a duração diáriado trabalho - e item VI - que estabeleceo descanso semanal remunerado preferentemente aos domingos. Tais princípios sãorepetidos nos artigos 58 e 67 do Decretolei n.o 5.452, de L° de maio de 1943 Consolidação das Leis do Trabalho. Valesalientar também que o decreto municipalrevogado se enquadraria na proibição contida no item In do art. 9.0 da Constituição,que veda à União, aos Estados e aos Municípios "recusar fé aos documentos públicos". E não há documento público demaior relevância e transcendência que aprópria Constituição. Condenei essa ínomínável violação da Constituição e dos sagrados díreitos dos trabalhadores, com veemência, da tribuna da Assembléia Legislativa, há tempos, com prejuízo da amizade pessoal que me ligava ao então Prefeito.
Por essa razão não me senti constrangido ao drrígír ao Prefeito paulistano o segumte telegrama:
"Cumprimento vossêncía pela humanaet sábia medida determinando descanso obrigatório semanal funcionários etempregados estabelecimentos comerciais que funcionam domingos com prejuízo descanso rísíco universalmentereconhecido et proclamado necessidade vital orgânica et de unificação dafamília pt lembro vossêncía abastecimento capital não será prejudicado emvirtude existência mais de 500 feiraslivres sustentáculos alimentação população paulistana.
Sr. Presidente, não há necessidade delongos estudos para nos convencermos deque as feiras-livres são o arcabouço doabastecimento paulistano dos produtos hortifrutígranjeiros, cujo consumo corresponde a milhares de toneladas diariamente,produtos altamente perecíveis, comereíalízados agressivamente, e oferecidos semprefrescos e em condições de total aproveitamento, a preços razoáveis.
O rápido escoamento desses produtos éa única garantia para o consumidor deestar adquirindo mercadoria qualificada e
da melhor qualidade. Sua estocagem écontra-indicada, mesmo quando submetidosao frio, pois amarelam e perdem as principais qualidades como alimento. Daí porque somente as feiras-livres são capazes dedar escoamento à enorme produção horti.frutigranjeira, destinada a alimentar 10milhões de paulistanos.
Esse tipo de comércio agressivo principiana Capital paulista a partir das 24:00 ho-"ras, quando começam a abarrotar as áreasde estacionamento do CEAGESP caminhõesprocedentes do interior do Estado, carregados de hortaliças, frutas e produtos granjeiros, e os caminhões dos feirantes, quese vão abastecer, faça bom ou mau tempo.Nem os mais violentos temporais conseguem afastar aquela gente de seus afazeres, que se processam ao desabrigo.
Sobre seus ombros repousa a segurançado abastecimento da Capital de produtoshortifrutigranjeiros, alimentação básica,quando não única, de grande parte da população paulistana, sobretudo das famíliasdos trabalhadores cujos salários são insuficientes.
Por todos esses motivos o ilustre Prefeitopaulistano está de parabéns. Os comerciários estão beneficiados com a medida e apopulação resguardada em suas necessidades vitais.
O SR. FREITAS NOBRE (l\IDB - SP.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,Srs. Deputados, o Presidente da Comissãode Comunicações, Deputado Humberto Lucena, informou-nos que três subcomissõesserão constituídas naquele órgão, uma delaspara examinar o problema da censura epropor o encaminhamento jurídíco indispensável, pelo menos para que a questão seja colocada em termos de justiça, com referência dos que trabalham em rádio, jornale televisão ou àqueles que exercem .atívídade artística.
Vivemos um curioso período de liberdade.Há liberdade formal, no texto, mas negadana prátíca. No entanto, ainda vivemos a faseda censura prévia que é exercida pelo Governo, inclusive através de uma original autocensura, exercitada em várias publicações.Se a primeira fase da liberdade de informação era aquela que correspondía ao privilégio de o Governo possuir a tipografia e asegunda era a de permitir que o particulara possuísse, embora a divulgação dos ímpressos dependesse da autorização do Governo, a terceira fase da liberdade de informação seria aquela em que o jornalistadeveria responder pelo abuso que houvessecometido, após uma apuração a postertorída responsabilidade pela divulgação. quealguns classifica mcomo censura a posteriori.
Na realidade, hoje há uma completa subversão até do texto constitucional, de talordem que o jornalista, sendo processadopela legislação especial, acaba preferindo aJustiça Militar, em geral mais liberal emais sensível que a Justiça Civil.
A· recente decisão do Supremo, quanto àcensura, surpreendeu a todos e criou paraos que trabalham em rádio, jornal, televisãoe agências noticiosas uma perspectiva muito dificil para o exercício da atividade. Seria o caso de repetir a exclamação de umconhecido jornalista francês, diante de umcolega adepto de uma determinada filosofia política ao dizer que se considerava livreporque tínha pelo menos liberdade paradizer que não tinha liberdade.
O SR. AROLDO DE CARVALHO (ARENA- SC. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, em meio a críticas tantas vezes formuladas ao Ministério da Agricultura, aquiestou, na tarde de hoje, para louvar a atuação do Sr. Ministro da Agricultura, Alysson
6802 Quinta-feira 4 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Setembro de 1975
Paulinelli, e dos dirigentes da COBAL pelasprovidências adotadas no norte catarinense,no planalto de Canoinhas, região produtorade sementes de batatas selecionadas e debatatas.
Havia um excedente da ordem de 500 toneladas e, sendo o produto altamente perecível, parecia iminente que todos os produtores sofreriam grave prejuízo. Entretanto, por determinação do Sr. Mínistro daAgricultura, a COBAL providenciou a aquisição daquele excedente, industrializou-o,transformou-o em fécula, e está procedendoà comercialização do produto.
Entendo que o Ministério da Agricultura,se agir sempre assim em relação aos excedentes da produção agrícola, estará salvaguardando os interesses nacionais, fomentando o desenvolvimento agrícola, defendendo, enfim, o legítimo interesse dalaboriosa classe ruricola do interior doBrasil.
O SR. FRANCISCO LIBARDONI (MDB SC. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr.Presidente, Srs. Deputados, quando o Ministro Quandt de Oliveira, das Comunicações, em entrevistas ao rádio, televisão ejornais, afirma que o Brasil evoluiu extraordinariamente no setor, nos últimos onzeanos, somos obrigados a aceitar, em parte,suas considerações, porque, efetivamente,houve algum progresso, em continuação aostraçados pelos Governos anteriores.
Mas, Sr. Presidente, talvez S. Ex." nãosaiba que o problema das comunicações nogrande interior do País ainda se arrastapelas trilhas estabelecidas pelo MarechalRondon; que a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos não vem cumprindo suasfinalidades naquilo que era de se esperar;enfim, que o interior ainda permanece isolado, a despeito do advento do rádio a pilhae do aperfeiçoamento de outros veículos decomunicação de massas.
No interior de Santa Catarina, a pressa,como sempre, continua prejudicando a perfeição.
Ao criar o sistema de "Código e Endereçamento Postal", comumente conhecido pela sigla CEP, imaginou a ECT um meio fácil e rápido rle fazer chegar a correspondência ao seu destinatário, o que não deixa deser válido, pelo menos em relação às grandes cidades, onde os endereços são permanentes e os setores residenciais definidos.
Mas, Sr. Presidente, lá nas cidades dointerior, com a mesma velocidade com quechega a correspondência volta ao remetente, como se vivêssemos num País em quetudo é organizado. O destinatário do interior, o homem simples que muitas vezesacaba de chegar à região, sendo, ali, portanto, desconhecido, quando em atividadeno campo dificilmente vai à cidade ou,quando o faz, é às vezes, de 15 em 15 dias.A carta chega à agência postal, ele é estranho e logo o envelope recebe o famosocarimbo de "Destinatário não localizado- Devolva-se ao remetente",
Isto não é certo e queremos aproveitar aoportunidade para fazer um apelo ao Ministro das Comunicações, no sentido de queas Agências Postais e Postos da EmpresaBrasileira de Correios e Telégrafos do interior do País não devolvam a correspondência à origem antes, pelo menos, de 60 dias,para que o interessado possa procurá-la. Ésabido que quem vive na roça só vai à cidade nos fins de semana. E é nessa oportunídade que procura o Correio, para comunicar-se com seus familiares distantes.
Aqui ficam o apelo e o registro, 81'. Presidente.
O SR. FLORIM COUTINHO (MDB - nr,Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, desnecessário mergulhar nas profundezas do tempo para arrancar as manchas do passado.
As lombrosíanas manchetes de O Dia e ANotícia pintavam, com as cores rutilantes desangue, sadismo e o escândalo, e suas rotativas focalizavam o abalo císmico: assassinatos, assaltos, estupros, roubos, violências,crimes.
Plantou-se um vendaval e a velha Guanabara transrormou-sa num "vale de lágrimas".
Deseja.sse, desta tribuna, relacionar omartírio de uma população acovardada evergastada pelo medo, terror e insegurança, abalaria a nobreza de sentimentos dessa Casa, pela extensão do relato.
Reconhecemos que esse foi ° dolorosoacervo transmitido ao governo atual domeu Estado: o Rio de Janeiro.
Da leitura atenta das "Diretrizes para oPlanejamento do Estado do Rio de Janeiro",verificamos que a semente do mal medrounum terreno sazonado pela inépcia e incúria ..
E é profundo o enraízamento , Sementericamente nitrificada pelo adubo orgânicoem decomposição, onde ainda pululam Osconhecidos mlasmas de saprorrtísmo. Pululam e insistem em sobreviver nesse paiolsem fundo.
A luta interna do partido pela hegemoniapolítica, muitas vezes dolorosa, é decorrência da própria democracia. Salutar é quando se processa dentro da ética e compostura peculiares aos seus integrantes, pois aprópria ;"ei Orgânica dos Partidos estabelece a proporcionalidade, objetivando integrar as facções dissidentes, dentro da unidade partidária.
No passado, a chamada chapa única roupagem cínica de uma falsa harmonia era estruturada nas fofas poltronas do Edifício Paoli.
Hoje, duas chapas concorreram às eleiçõesinternas do MDB do Estado do Rio de Janeiro. Uma chapa, a denominada "Chaguista", traz a marca do fracasso de um governo desastroso, cujos integrantes são solidários com aquele fracasso e desejosos desua continuidade, querendo o poder político simplesmente para usá-lo como massa demanobra dos seus objetivos.
A chapa contrária, a que tenho a honrade pertencer, deseja corrigir o erro de havercontribuíào para eleger um mau governo.
E o tumulto alegado, quem tinha interesse em fazê-lo? Os perdedores, a chapado Sr. Chagas Freitas, cuja charanga orgariízada era o reflexo da preparação psicológica de sua imprensa.
E, na televisão, teve a palavra o Sr. Erasmo Martins Pedro, Vice-Governador daquela administração calamitosa, numa propaganda eleitoral franca, extemporânea e,conseqüentemente, ilegal, justificando otumulto reíto pela corrente de S. Ex."
Ontem, sonegava aos colegas de partidoos meios de comunicação; hoje, rica ecustosamente televisionado, para fins políticos, sem a cobertura legal ou autorizaçãoda Justiça Eleitoral.
Apelamos, desta tribuna, ao povo do munícípío do Rio de Janeiro e ao Legislativodo novo Estado, na ampla cobertura ao Governador Faria Lima para que a Polícia, devidamente e urgentemente aparelhada, possa levar a tranqüilidade e segurança à população, que está vivendo sob o signo domedo e do pavor.
Srs. Deputados, as pesquisas, fruto das críticas assínaladas, estão consubstancíadas naexposição de motivos do Governador do meuEstado, ao encaminhar o Orçamento ao Legislativo. Verificamos que a Secretaria dePlanej amento, na análise de cada setor daadministração, nesses 5 meses da fusão,destaca a ênfase dada ao setor da segurança pública e afirma que esta concentraçãode gastos em áreas tipicamente sociais é umimperativo da política, que tem por base ar~alidade sócio-econômica existente, "ondenao se pode deixar de contemplar, prioritariamente, as óbvias carências que caracterizam tais setores, sobretudo na região Metropolitana do Rio de Janeiro, onde se concentram 80 por cento dos habitantes".
Assim, ratifico o apelo à Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, paraampla cobertura, aprovando o Orçamentoproposto.
Esperamos que o Governador Faria Lima,com os recursos obtidos, possa desvincularse do lixo que entulhá o Município do Riode Janeiro.
Nós, do MDB, tudo faremos para cumpriro nosso dever, retificando o erro de haverno passado próximo, elegido um mau governo.
O SE. DIAS MENEZES (MDB - SP. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Preaidente, 8rs. Deputados, mais um revolta.ntedescaso em atendimento hospitalar vemde ser registrado em São Paulo, resultandoda incapacidade profissional a morte deuma criança em circunstâncias que depõemcontra o Hospital Vila Matilde, na Capitaldo meu Estado.
O deplorável fato, á denunciado na Assembléia Legislativa pelo ilustre DeputadoJorge Fernandes, foi levado ao conhecimento do INPS em São Paulo pelo Sr. AntônioMartins Costa, avô da menor Kelly SimoneSilva Costa, que veio a falecer no Hospitaldas Clinicas de são Paula atacada de broncopneumonia dupla, quando na Casa deSaúde Vila Matílde o diagnóstico era o desarampo, confinando-se a menor no isolamento.
Retirada mais tarde por seus responsáveis, o verdadeiro diagnóstico exarado peloHospital das Clínicas já a desenganava, vitima da íneúría profissional verificada naquela Casa de Saúde.
Denuncio o lamentável fato aos Ministrosda Saúde e da Previdência e Assistência Social, ao mesmo passo que solicito do Superintendente do INPS em São Paulo as providências cabíveis para o pleno esclarecimento da ocorrência e severa investigaçãona rede hospitalar, especialmente em certos Prontos-Socorros e Casas de Saúde díssemínadas pelos bairros de São Paulo, ondecasos dessa natureza assumem proporçõesque estão a exigir a imediata intervencâo doPoder Público. .'
O SR. ERNESTO VALENTE (ARENA _CE. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr.Presidente, Srs. Deputados, tenho a satisfação de dar conhecimento à Câmara da próxima realização, na cidade de Salvador, daV Convenção Nacional dos Técnicos de Administração, promovida pela prestigiosaentidade representativa da classe, a Associação Brasileira de Técnicos de Administração, sob a Presidência do eminente Professor e autor de várias obras especializadasem administração, Albino Nogueir.a de Faria.
O importante encontro de administradores brasileiros será realizado de 8 a 13 desetembro corrente, patrocinado pelo Governo do Estado da Bahia e pela UniversidadeCatólica da Bahia. Contará ainda com ahonrosa presença de Ministros de Estado,
Setembro de 19'75
Governadores e das mais destacadas figurasadministrativas do País, tanto do setor público como do privado.
Na Bahia serão debatidas as teses demaior interesse para o aprimoramento daatividade proríssíonal ligada ao setor daAdministração, de que tanto necessita oPaís, nesta fase de intensificação de sua política desenvolvímentísta.
A ABTA, desde a sua fundação, em 1960,tem promovido convenções, encontros regionais e, sobretudo, inúmeros cursos, com aparticipação de mestres nacionais e internacionais, mantendo, ainda, noticioso boletim mensal - o Abtapress - que divulgatodos os fatos de maior interesse para alaboriosa classe dos técnicos de administração.
Inúmeras campanhas vitoriosas - valeacentuar - foram Iançadas pela ABTIi.Dentre outras, destacamos aquela que resultou na criação do Curso Superior de Administração, na Universidade do Estado daGuanabara. Mas sobretudo sua decisivaatuação se fez sentir quando foi reconhecida oficialmente a carreira de Técnico deAdministração, ao tempo do benemérito Governo do Presidente Humberto de AlencarCastello Branco, que promulgou a Lei n.o4,769, de 9 de setembro de 1965, posteriormente regulamentada pelo Decreto n,o61.934, de 22 de dezembro de 1967.
Ficou, assim, consagrada a data de 9 desetembro ao "Dia do Técnico de Administração". Coube-me a iniciativa de apresentar projeto de lei nesse sentido. mas, infelizmente, não logrou ele a indispensávelacolhida por parte do egrégio Senado Federal, embora tivesse sido aprovado unanimemente em todas as Comissões Técnicas desta Casa Legislativa.
Estaremos, pois, Sr. Presidente, no dia 9de setembro próximo, em plena V Convenção dos Técnicos de Administração, na belae acolhedora cidade de Salvador, comemorando o primeiro decênio da Lei n.?4.769, tão justamente denominada "LeiCastello Branco" pelos administradores públicos e privados de todo o País.
Congratulando-me com a prestigiosa classe dos administradores pelo transcurso doprimeiro decênio de sua lei institutiva,transmito felicitações aos dirigentes daABTA pela oportuna realização do magnoconclave da classe, em Salvador, e votos domelhor êxito nos trabalhos.
Nesta oportunidade, desejo comunicar aosTécnicos de Administração que, na sessãode hoje, apresentarei novo Projeto de lei nosentido de instituir o "Dia do Técnico deAdministração", como justo preito aos milhares de profissionais que, em todos os recantos do País, nos escritórios, nas rábrícas,nos bancos, nas empresas comerciais e deserviços, enfim, em todos os ramos de atividade, prestam indispensável coiaboraeâopara o desenvolvimento harmônico e equílibrado da Nação.
O SR. JOÃO UNHARES (ARENA - se.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, recebi, assinaladapelo Ilustre sacerdote, Padre Narciso Zanatta importante documento-cópia de. correspondência sua ao ilustre Presidente daRepública, General Ernesto Geisel.
Nesta missiva o sacerdote faz transparecer toda sua alma de pastor, que se sublimanas constantes preocupações com as doresdo mundo conturbado, avassalado pelasguerras e pela incompreensão.
Desta forma, dirigindo-se ao Presidenteda República, pretende a participação tioBrasil nos problemas do mundo, neste AnoSanto decretado pelo Sumo Pontífice, o Pa-
DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
pa Paulo VI, ano da fraternidade, do estender de mãos, do repartlr do pão.
Preocupa-se o Padre Narciso Zanatta coma situação dos palestinos oprimidos pelosconflitos que assolam o Oriente Médio, ondenão encontram terra para morar. terrttoríopara se estabelecerem como nação, comopovo.
De fato, Sr. Presidente, deve preocupar atodos nós, mesmo aqueles que não têm almade pastor, a situação do mundo atual. Alegra-nos a paz interna de que gozamos noBr'asfl, É de absoluta tranqüilidade nosso relacionamento com os países vizinhos, mesmo aqueles que fazem fronteira conoscopelo mar. Nossas mãos se estendem em todas as direções e sempre somos bem recebidos, aceitos como aceitamos aos outros.
Não nos apercebemos então da angustiante situação dos povos que vivem sob o impacto das guerras permanentes e delas tomamos conhecimentos, já a esta altura, como informação normal e comum em todosos veiculas de comunicação.
Não deve ser assim. Assim não ocorre coma boa alma e a formação pastoral do Padre Zanatta, que lá em Vila Augusta, Municípío de Abelardo Luz, no meu EstadO deSanta Catarina, vive em constante intercesséria, rezando em favor dos palestinos e dosdemaís povos oprimidos pela guerra, gentesofrida, de velhos desanimados, de jovensq~e não conhecem a paz, de crianças quenao sonham com o futuro.
É dos jornais a constante notícia: "o líder palestino Faruk Kaddumi, Chefe doDepartamento Político da Organização paraa Libertação da Palestina (OLP), pedíu umanova conferência de cúpula árabe para examinar a situação na região com o malogroda missão de Kissinger. Solicitou também apreparação de planos para enfrentar Israelem uma nova guerra".
Outra notícia, vinda de Beirute, di? que"o novo Rei da Arábia Saudita Khaled BenAbdel Azíz, prometeu ao lideI' palestinoYasser Ararat, chefe da Organização paraa Libertação da Palestina (OLP) , maiorapoio ao movimento guerrilheiro informouo jornal An Nahar, de Beirute". '
E estas noticias - guerras, guerrilhas,doenças - doem na alma do bom padre,que se volta, cheio de esperanças. para onosso ilustre Presidente da República General Ernesto Geisel, como que a perguntara S. Ex.a o que podemos fazer em favor dospalestinos para que vivam sem guerra esem guerrilhas.
Somente um bom pastor podia pensar esugerir o que pensou e sugeriu Narciso Zanatta. Somos donos de um imenso território. Nossas terras são sem fim. Espaçosenormes nos sobram, segundo sua opinião.É só "repar'tir o pão" com os palestinos. Ésó estender-lhe as mãos. Nunca mais terãoguerra, Jamais farão guerrilha. Os velhosterão esperanças, Os jovens conhecerão apaz e as crianças poderão sonhar com ofuturo.
É a alma do pastor simples e humilde dointerior que ousa sugerir ao nosso Presidente medida tão altruística: nenhum denós teria coragem de fazê-la.
Alegra-me saber que, em meu Estado. homens mais santos que os outros pensamdesta forma e sonham com esta medida fraterna, de alto sentido moral e religioso.
Para conhecimento de todos nesta Casa,passo a ler a carta que o Padre Narciso Zanatta enviou ao Presidente Ernesto Geisel:
Senhor Presidente:Sou padre, Sou alguém que entendeu dededicar a sua vida à função de zelar,
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defender e orientar a criação maior docriador: os homens. Eis aí o por quedesta carta, Senhor Presidente. Antesde iniciar a redação, em muito peseisua altruísta e singular condição dehomem e de chefe de Estado, zelosodas coisas inalienáveis de seus semelhantes. Provas, provadas e comprovadas, o longo de sua vida exemplar nosoferece. Também tivemos em conta suavisível e palpável sensibilidade e preocupação pelas origens, existências e imprevisíveis desfechos de tudo o que vaipelo mundo.
Estamos a viver neste 1975, o "AnoSanto". O pensamento maiúsculo queestá a norte.ar as nossas ações, os nossos pensamentos; os pensamentos eações de todos os cristãos é o "repartir o pão" campanha que o Divino Espírito Santo inspirou aos homens, peloshomens. E assim, repartamos com (1 irmão aquilo que temos e falta não fará.Senhor Presidente.CO~fesso ignorar se irnplícaçôes Iegislatívas estou a cometer com sugestõesque pretendo oferecer à sua alta consciência. Eí-Ia.: Vivemos dias, de hámuitos dias, difíceis para a paz mundial. A televisão, o rádio, o jornal nosjogam diariamente imagens e notíciasque se constifusm os fatos que vêmacontecendo no Oriente Médio ligadosespecialmente à causa palestina. Soude pensamento neutro, no concernenteaos ângulos político e econónuco daquestão. Levo em conta tão-somente oaspecto humano da causa. Que faltapara alcançarmos a paz para os nossosirmãos em litígio e a tranqüilidade par.a nós outros? Não, certamente, conferências de altas cúpulas governamentais, assembléias e congressos diplomáticos internacionais, ou ainda, degrandes e nobilisticos emissários. POISSe disso fosse, de há muito. teríamospaz em todo o mundo. Há alguns anosvi "in loco" o que se passa no contur~bado Oriente Médio; estive lá, exatamente no palco onde se desenrola esseverdadeiro drama da humanidade. ondedireta ou indiretamente todos nos protagorüzamos. Por isso, endereço, SenhorPresidente. apelo para que os altos escalões de seu Governo, que é o mel! onosso, o da pátria e do povo brasileiro,estudem com atenção e carinho, o quesempre notabilizaram os estudos dequestões inspiradas por S. Ex. a , a pos.sibilidade de repartirmos o pão neste"ano Santo" em favor da paz no mundo. Somos um pais de dimensões continentais; somos ricos pela terr.a pelaraça, pelo víslumbrável grande futuro,E asstm, repartamos com quem nadatem, aquilo que de sobra dispomos,Graças a Deus, a terra. Escolha-se. Senhor Presidente, uma diminuta glebade nosso território e demo-la aos palestinos; que eles encontrem aqui, neste abençoado solo que se chama Brasil,a segunda terra mãe. Qye aqui vivam,se governem, se autodeterrnínem e finalmente encontrem a paz, combustívelnecessário ao desenvolvimento de todasas nações. De quanto quilômetros quadrados se forma a Libia? O Líbano? EIsrael? Pequenos Estados independentes, mas grandes em sua força comoPátria, como nação, como povo. A Amazônia ai está, Senhor Presidente. Comuma minúscula fração dela, oferecemosPátria aos palestinos, tranqüilidadepara os povos e paz- em todo o mundo.Sem minúcias maiores, eis minha hu-
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mílde sugestão neste "Ano Santo", ondenosso pensamento, deve ser o de "repartir o pão".
Pela Pátria,Atenciosamente,Padre Narciso Zanátta,Vila Augusta-Abelardo Luz - SC."
Era o que tinha.a dizer, Sr. Presidente.
O SR. OSWALDO LIMA (MDB - RJ.Pronuncia o seguinte díseurso.) - Sr, Presidente, Srs. Deputados, existe uma área davida brasileira que está a merecer uma intervenção cada vez mais profunda das autoridades para que se cumpram as leis que jáexistem, regulamentando o assunto. Refirome aos seguros obrigatórios dos veículos,para segurança de terceiros.
Como em outras áreas de atividade emnossa sociedade, Sr. Presidente, precisa-se,aí, não de novas leis ou de leis mais aperfeiçoadas, mas sim de cumprimento das leisjá existentes.
Com relação aos tais seguros, Srs. Deputados, o quadro é desolador. Como sempre,na hora de pagar o seguro não há protelação. O pagamento é exigido no prazo certo,e o veículo que for apanhado sem a devidaapólice de seguro devidamente em dia éproibido de trafegar. Nada mais justo. Osconstantes acidentes de tráfego estão aípara provar que toda precaução nesse sentido ainda é pouca, e as vidas de terceirosdevem mesmo estar a coberto de qualquersurpresa. Acontece, entretanto, que as companhias de seguro não são tão solícttas empagar as indenizações como as autoridadesdo trânsito em exigir a atualização da apólice do seguro obrigatório. É tal a desproporção que dá até para se suspeitar quehaja entrosamento entre certas autoridadese as companhias de seguro, no sentido dese exigir o pagamento imediato do novaseguro, assim que vence o anterior, e seprotelar ao máximo possível o pagamentodas indenizações, quando há sinistro.
Estatísticas recentes dizem que há, noBrasil, perto de 50.000 inválidos, desamparados e congêneres, esperando, por si mesmos ou pelos dependentes, no caso dos falecidos o pagamento de indenizações, emsituações que se arra.stam às vezes por anosa fio, revoltantemente. E a exigência continua sendo a mesma: vencido o seguro deum ano, as autoridades do trânsito queremsua renovacão imediata, através de outroseguro. As companhias seguradoras embolsam com segurança os prêmios na horacerta, sem atraso algum. Desde o instanteem que a apólice é transferida para o segurado, ela está integralmente paga. Se olhada indívídualmente, ela é barata, não hádúvida alguma: cerca de Cr$ 50,00, ou pouco mais. Quando se sabe, entretanto, que sóna cidade do Rio há perto de um milhão deveículos rodando, outro tanto ou um poucomais em São Paulo, é que se vê o montantecom que se embolsam as companhias deseguros especializadas no ramo. Mas todaselas, invariavelmente - quer seja no Rio. emSão Paulo, Porto Alegre, Manaus ou Brasília -, todas sofrem do mesmo mal: sãoerírnmosamente morosas demais no cumprimento de suas obrigações para com as apólices que venderam.
Urge uma mudança de atitude das autoridades nesse setor. Se elas são tão drásticasna hora da exigência da apólice garantidora dos interesses de terceiros, tambémdevem sê-lo contra as companhias seguradoras na hora do pagamento das indenizacões. Ou então devem se confessar impotentes para o completo cumprimento dassuas obrigações e mudar de orientação.
Volto a afirmar: não é preciso criar novasleis, mas sim pôr em execução e cumprir à
DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
risca as leís já existentes, bem como exigirque as companhias seguradoras cumpram oseu dever.
Era o que tinha a dizer.
O SR. ALOJR PIMENTA (MOR - RJ.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,Srs. Deputados, deíxo, desta tribuna, umapelo ao Sr. Ministro da Educação no sentido de que dê atenção ao conteúdo dacorrespondência que recebi do Sr. Presidente do Conselho Regional de Economia da1." Região, Prof. Mário Castro Alves, na qualse inclui artigo publicado no jornal O Globo,de 27 de julho do corrente ano, sob o título"DAU: massificação também por pós-graduação", que passo a ler, para transcriçãoem nossos Anais:
"Maceió (O Globo) O diretor do Departamento de Assuntos Universitários doMEC, Edson Machado, disse durante oencontro de reitores que não há comorestringir o processo de crescimento doensino superior, entrando o Brasil naera da massificação também para osníveis posteriores ao 3.° grau pós-graduação.
Importante, segundo ele, é evitar queessa tendência à massificação do ensinopós-graduação se antecipe demais notempo, sem condições para isso, comoaconteceu com o ensino superior. Aidéia do MEC é que a universidade precisa ser preservada, como um "arquipélago de excelência" e a pós-graduação éa última esperança de conservar a .excelência do ensino superior dentro dauniversidade.O planejamento da expansão da pósgraduação, uma das diretrizes mais importantes do Plano Nacional de PósGraduação, pretende justamente, segundo Edson Machado, evitar a repetição do crescimento expontâneo e desordenado do passado.- Há atualmente uma defasagem entreo Centro-Sul e o Nordeste do Brasil.Dos 478 cursos de mestrado existentesno País, cerca de 75,48 por cento concentram-se geograficamente no eixoRio-São Paulo; a região Norte-Nordeste possui apenas 6,52 por cento desses cursos e a região Centro-Oeste cercade 8,54 por cento. Entre os cursos dedoutorado, a concentração ainda émaior: cerca de 91,62 por cento dessescursos localizam-se no eixo Rio-SãoPaulo, enquanto que a região NorteNordeste não tem nenhum.- A distribuição do número de cursosde mestrado e doutorado por áreas deconhecimento - disse Edson Machado- mostra acentuadas discrepâncias,pois 68 por cento dos cursos pertencemàs áreas das ciências biológicas e dasciências exatas e tecnológicas, 16 porcento às ciências humanas e 10 por cento às letras. Ainda não existe na áreadas artes nenhum curso de mestrado noPaís.
Para evitar então a expansão desordenada, o diretor do DAU considera imprescindível orientar a criação e a ex1Jansão dos cursos de pós-graduaçãoatravés da análise das necessidades regionais e setoriais (de localização e deárea de conhecimento).
- A pós-graduação, que objetiva substituir a livre-docência no Brasil, estásofrendo de elefantíase, massificandose, quando o certo seria a criação demais cursos de especialização e de extensão. Esse nível de ensino vem-seinstituindo sem que haja condições estruturais. Através de uma translação deeixo a universidade passa a suprir a
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deficiência da escola de 2.° grau e oensino pós-graduado a deficiência docurso superior - disse o sub-reitor dePlanejamento da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Wilson Choeri,durante a XXI Reunião de Reítores dasUniversidades Brasileiras, em Maceió,que tratou ontem da pós-graduação naUniversidade Brasileira.
Ele observou que, no Brasil, as reformassão apenas semânticas, elaboradas paraatingir objetivos estatísticos e não reformas de profundidade e lembrou quequando não existe ainda um quadro definido da demanda de profissionais nosdlferentes setores, a pós-graduação nãopode definir seu campo de trabalho.
ModismoSegundo o Professor Wilson Choeri, após-graduação virou um modismo, umaforma de a universidade adquirir status,como antes se pensava conseguir pelaaquisição de um microscópio eletrônicoe maís tarde de um computador. A conseqüência é que estão se formando "astronautas sem foguetes", especialistasque não têm como aplicar seus conhecimentos.A seu ver, torna-se necessário pesquisaruma estratégia pedagógica brasileira,ao invés de se continuar copiando modelos estrangeiros.- Não se pode cair no erro dos EstadosUnidos, onde há 1 200 Phd na área deCiências Sociais. dos quais apenas 60estão empregados (mais 40 mil se formam este ano). Aqui no Brasil, porexemplo, na área biomédica há umagrande carência de professores para aárea das cadeiras básicas e o que sevê, no entanto, é a proliferação decursos de pós-graduação para a parteprofissionalizante ou clínica.
- Na verdade, a pós-graduação estáescondendo subemprego em alguns setores profissionais. Os jovens ingressamna pós-graduação logo que saem da faculdade, apenas para receber uma bolsade dois ou três anos, porque não conseguem emprego, e não porque desejemfazer um curso de mestrado ou doutorado.Wilson Choeri lembrou que ao se desenvolver, de forma acentuada, a pósgraduação sem um planejamento cuidadoso, corre-se o risco de subtrairrecursos da graduação, aviltando estaúltima em vez de beneficiá-la com aformação de quadros docentes de bomnível.- A crise que se instalou no ensino de2.° grau - explicou - tem reflexos noensino superior que. por sua vez. dificulta também a adoção dos cursos depós-graduação. Os alunos que entramatualmente na universidade têm QIsuperior até aos de antigamente, masmuito menos conhecimento. A massificação não pode implicar o aviltamento da qualidade didático-acadêmicae pedagógica.O problema ocorre, segundo ele, porque"o MEC não ministra, nem admírustra a educação brasileira, como já afirmou o ex-Ministro e Senador JarbasPassarinho, mas apenas recebe normasempacotadas do Conselho Federal deEducação".O sub-reitor da UERJ disse que só entende educação a serviço de uma geopolítica do desenvolvimento e do estadoindustrial moderno que se está instalando. No entanto, disse ele: "o MECpermite a instalação de faculdades emlocais onde não existem escolas de 2."
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grau, não intervindo, inclusive, em muitas faculdades espúrias que proliferamem todo o País. Isso dá margem a quese avilte o sistema educacional brasi-leiro". .
"Terceiro mundo"Já o reitor da Uníversídade Católicade Goiás, Padre Lima Vaz, observou,durante o encontro, que quando se falaem pós-graduação, só se pensa na instalação dos centros e nos recursos paraos programas, quando, na verdade, após-graduação existe para qualificar'pessoal docente para regiões onde essescentros não são encontrados:
- As universidades pequenas, aquelasque constituem o "terceiro mundo dasuniversidades" mandam, com grandesacrifício, alguns professores se especializarem nos grandes centros. Ao retornarem, no entanto, esses professoresnão se adaptam mais às condições locais e emigram. Há, assim, um dispêndio de recursos sem proveito paraessas universidades.Ele sugeriu que, ao invés de mandarprofessores para São Paulo ou Rio, asuniversidades pequenas convidassemprofessores dos grandes centros paraministrar cursos de espeCialização nosseus campi."
Era o que tinha a dizer.
O SR. HILDÉRICO OLIVEIRA (MDB BA. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr.Presidente, Srs. Deputados, fomos informados, há dias, de que o Ministério da Agricultura e a PETROBRAS estão a elaborarprojeto referente à instalação de uma usina que se destina à produção de álcool naregião do cerrado, próxima ao Distrito Federal. Informados fomos, ainda, de que talusina tem por objetivo a verificação da possibilidade de instalação de usinas industriais para a produção de álcool de mandioca. Diz-se que foi escolhida a região docerrado pelo fato de a mandioca não exigirqualidade de terra para seu plantio.
Acreditamos que o álcool produzido damandioca tem um custo inferior ao obtidopor outros produtos. Destarte. é mister queo Governo incremente a cultura mandíoqueira, a fim de estimular uma lavouraeminentemente de pessoas pobres. Acreditamos, também - permita-nos, Sr. Presidente, uma sugestão - que a cultura damandioca deve ser melhor desenvolvida noNordeste brasileiro, em particular. naBahia, Estado que possui esse tipo de iavoura em grande quantidade. Conseqüentemente, usinas de processamento da mandioca podem lá ser instaladas.
Dizem os técnicos no assunto que o álcool produzido da mandioca é tão eficientequanto o produzido da cana. Infere-se, pois,que seu custo, repetimos, é menor. Sugerimos também a particípação efetiva do Instituto do Açúcar c do Aleool, para que tíxeo preço do álcool independentemente damatéria-prima de que ele é produzido.Achamos Igua.lrnerrte conveniente e necessarío a estipulação de um preço que sirvade incentivo para os produtores.
Para finalizar, Sr. Presidente, queremoscrer que o álcool, a partir de então, nãoseja tão-somente utilizado como combustivel, pois que poderá também ser usadocomo matéria-prima para a indústria química.
Para corroborar nosso ponto de vista, nãonos esquecemos de que o Governo Ccntraljá autorizou a instalação de uma fábricade eteno em Alagoas, que utilizará o álcoolcomo matéria-prima. Lá mesmo, na Bahia,
Sr. Presidente, o álcool poderá ser misturado com sal-gema, produzindo-se, assim, odiocloretano, para a produção de PVC, elá mesmo consumido.
Era o que tínhamos a dizer.
O SR. CÉLIO MARQUES FERNANDES(ARENA - RS. Pronuncia o seguinte díseurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, apresença de Caxias no quadro histórico brasileiro basta para sintetizar a figura dogrande homem que ele foi em toda a suagloriosa vida militar.
Nascido na freguesia de Estrela, no Municipío de Nova Iguaçu, a 25 de agosto de1803, a existência de Luiz Alves de Lima eSilva revelou-se fecunda em todos os seuslances.
Desde muito moço já se incorporava às fileiras do Exército, deixando os seus compatriotas impressionados com a vivacidadeímpar de sua inteligência.
O seu caráter sereno, o seu coração humano e suas atitudes coerentes bem demonstram o quanto pode um soldado e umcidadão fazer em beneficio da Pátria.
O observador da História define por justiça Duque de Caxias como o PacificadorNacional. As suas intervenções prudentesem convulsões internas ocorridas no Maranhão, em Minas Gerais, São Paulo e RioGrande do Sul trazem a lume o perfil domilitar que soube ser habilíssimo políticona condução e solução de graves problemasde Estado.
Participando ativamente da Guerra doParaguai, Luiz Alves de Lima e Silva foi oresponsável pelo nosso Exército naquelesangrento conflito. Logrando a vitória, nãorevelou qualquer ódio contra as forças vencidas. Ao contrário, soube condescendercom o adversário, evitando maior extensãono ataque promovido pelas forças sob seucomando.
Ministro da Guerra, Senador e Presidente do Conselho do Império todas as decisões que marcaram a sua vida pública constituem o próprio catecismo da dignidadenacional.
Demonstrou o mais nobre desapreço pela fortuna Ocupando posições de alto prestigio, não usufruiu da área de privilégiospessoais em que se situava, para benefíciopróprio.
A esta altura, quando a Nação reverencia o grande brasileiro, o Congresso Nacional inclina-se diante da memória do eminente patrício, rendendo-lhe a lúcida homenagem devida a um cidadão dotado deexcepcionais atributos humanos.
Creio que o Duque de Caxias, pelas suasvirtudes modelares, atinge o plano de umeloqüente exemplo para militares e civis.Porque como homem de farda, foi um civilista, evidenciando extremado respeito pelas franquias inalienáveis do individuo.
Trazendo a filosofia de um fatalismo histórico, não torceu o seu gênio a troco dequalquer vantagem, nem hipotecou a suaespada a interesse subalterno. Morrendo em1880, os setenta e sete anos de vida que teverepresentam um largo ciclo de dignidade enobreza, e de estoicismo. E a Nação nãoconhece qualquer atitude adotada por Caxias que venha entrar em discordância comos brios nacionais.
Ele compareceu a um século em queemergiam Intensas agitações dificilmentecontornáveis. E se houve triunfos que exaltaram e imortalizaram a sua carreira deChefe Mllltar e de Civilista, é porque nãolhe faltava sabedoria na interpretação decomplexas questões de âmbito nacional.
Um dos principais artífices da unidadesócio-política brasileira, vemos hoje Duquede Caxias perpetuado no bronze nas Praças públicas e nos centros cívicos culturaisem todo o Pais. A pujança da sua figurahumana enearna um capitulo de corageme coerência.
Herói na guerra e apóstolo na paz, Caxias soube conjugar os estados psicológicos vividos no campo de batalha ou naárea do Parlamento polítíco, onde sempreafloraram as suas qualidades de delicadoservidor da Nação.
O brocado popular preceitua que ninguémé ínsubstítuível, Mas se analisarmos a gravidade dos momentos por que passou o Brasi; não saberíamos formular um quadroexato, uma vez admitida a sua ausência.Evidentemente, o seu comportamento aolongo de um século impõe ao tempo e àhistória a postura serena do herói cavalheiro que honrou o seu passado, convertendo-se numa valiosa referência históricapara o futuro.
Dispondo de poderes excepcionais, dadasas circunstâncias em que atuara, o Duquede Caxias jamais deixou de dialogar comas forças opostas. Democrata, ele estendeuesse conceito de vida em todos os camposem que estivesse presente.
Já ancião, recolhido à sua casa de campo na Tijuca, viveu os últimos anos de suaexistência usurruíndo o ambiente próprioda solidão, porque só assim pôde realizarum exame de introspecção sobre as grandes façanhas que realizou. não em seu proveito, mas todas elas em favor de seu povo e de sua Pátria.
Sr. Presidente, Srs. Deputados, no momento em que festejamos a Semana da Pátria é justo que homenageemos com destaque e realce os grandes vultos do Brasil.
o SR. JOSÉ DE ASSIS (ARENA - GO.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, a BR-359, ligando Corumbá-Coxim-Mineiros, consta doPlano Nacional de Viação desde 1964, sem,no entanto, ter pejo menos os seus projetosiniciais de viabilidade e de engenharia.
São 628 km iniciados nas águas do rioParaguai, na divisa com a Bolívia. cortando a rica região do pantanal mato-grossense, atingindo a Iegendáría Coxim, prosseguindo pelo vale riquissimo do rio Taquaryaté alcançar os grandes planaltos de chapadões, na nascente do rio Araguaia, ondese desenvolve o plantio de milhares de hectares de arroz e soja, até atingir a cidadede Mineiros, um dos maiores centros médíco-nospítalares do interior brasileiro.
Nesta bela cidade sntronca-se a BR-359com o asfatlo da BR-364, a importante rodovia que líga São Paulo ao Acre.
O Programa de Desenvolvimento do Pantanal- PRODEPAN incluiu recursos para aligação rodoviária de Cormnbá a Coxim. como apoio ao sistema de regularização eaproveitamento do maior rebanho bovino doPaís.
No trecho Coxim-nascente do AraguaiaMineiros, os produtores rurais e os muntcípios já rasgaram, com muito sacrifício, asaberturas pioneiras de apoio à agropecuária.
A BR-359, depois de sua abertura, completará a ligação de Brasllia à Capital da.Bolívia. O trecho Brasília-Goiânia-RioVerde-Jatai, da BR-ü60, e Jataí-Mineiros, da BR-364, já está asfaltado, faltandoapen as a abertura de Mineiros-CoximCorumbá.
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Com o meu Projeto de Lei n.O 866/75, emtramitação nesta casa, proponho a extensão da BR-359 de Mineiros a Oeres, para fazer uma outra ligação rodoviária Internacional írnportantíssíma: Belém-Ceres (BR153)-Mineiros-OoxIm-Oorumbá (BR-359)-Santa Cruz de La Sierra-La Paz (Bolívia) e Arica (Chile).
A falta de projetos de viabilidade e final de engenharia da BR-359, no trechoMineiros-Coxim-Corumbá, tem acarretade prejuízos sertíssímos aos planejamentosregionais, tanto no setor rodoviário comono agropecuário. Algumas pontes acham-sepraticamente abandonadas, sendo as estradas para transportar arroz, soja e boi, abertas e conservadas pelos poucos recursos dePrefeituras como Mineiro e Coxim.
O Estado não intervém porque não sãorodovias estaduais, e se fossem já seriamótimas, dado o seu interesse para Goiás eMato Grosso.
Com essas considerações, Sr. Presidente eSrs. Deputados, deixamos, através destepronunciamento, o nosso apelo aos Ex.mo•Sr. Ministro dos Transportes - ilustre Gen.Dirceu Nogueira, e ao Diretor-Geral doDNER - ilustre Dr. Adhemar Ribeiro daSilva, em nome de goianos e mato-grossenses, para que seja colocada, ainda este ano,a concorrência conjunta dos projetos deviabilidade e engenharia, do trecho daBR-359, Mineiros-Coxim, por ser uma necessidade palpável, como, ainda, uma definição, em tão importante região, do traçado na mencionada rodovia e uma ajudaao planejamento regional cfé dois dos maisdinâmicos Governadores do Brasil.
Dentre as seis rodovias federais que o"IlI Encontro do Oeste Brasileiro" definiucomo prioritárias ao desenvolvimento regional, está a BR-359.
Definido o seu projeto final, a aberturae asfaltamento da mesma será um ato delegalização do trabalho de bandeirantes quelá estão, contribuindo para o progresso eintegração da Pátria.
O SR. ANTôNIO BRESOLIN (MDB - RS.Pronuncia o seguinte discurso) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, há meses reivindiquei desta tribuna a encampação, peloDAER, da estrada Júlio de Castilhos-NovaPalma-Fachinal do Soturno etc. Na oportunidade detalhei as tremendas dificuldadesdos granjeiros e agricultores para fal'ier oescoamento da produção.
Sobre o assunto, agora acabo de receberde Nova Palma amplo memorial, assinadopelos Srs. Enero Victor Faccin, ValdêmioGordin, Eliot Píovesan, Ivanei Alves, Euclides Bertoldo, Êlio P. Rossato e BenjamimRessato.
O documento é o seguinte:"Nova Palma, 25 de maio de 1975,Exmo. Sr. Deputado
Após sua honrosa visita a Nova Palma, esta Câmara vem mui respeitosamente solicitar a V. Ex.a , uma vcz quedemonstrou grande interesse no problema cie nossas estradas, que Interfirajunto às autoridades competentes, a filnde que seja construída uma estrada deasfalto de Júlio de Castilhos a Rincãodo Mosquito. Esta estrada, de menosde 90 (noventa) km., ligaria Júlio deCastílhos, Nova Palma, Faxinal do Soturno, Dona Francisca e Agudo. Ouentão de Júlio de Castilhos a Faxinaldo Soturno, passando por Nova Palma.Seriam neste caso mais ou menos 40(quarenta) km. Queremos frisar quequalquer uma das obras não necessitade pontes de muita importância e que
existem meios fáceis para desviar ocerro de Nova Palma. Enviamos ummapa para que possam ser consideradas as dístâncías. O trecho em línhadupla será feito pela CEEE,Solicitamos, outrossim, que qualquerautorídade que queira tomar melhoresconhecimentos não se dirija somente aoPrefeito. Se possível entre em contatocom os vereadores.Certos de que V. Ex." fará o máximo esforço para dar mais vida a este município, agradecemos mui respeitosamente,"
Além deste registro e deste apelo queestou fazendo da tribuna, encaminhei hojeao Exmo. Sr. Secretário dos Transportesdo Rio Grande do Sul o seguinte oficio:
"Brasília, 3 de setembro de 1975,
Senhor Secretário:Com este passo às mãos de V. Ex.a memorial que recebi de Nova Palma, tratando de justa reivindicação, conformeespecificam os documentos inclusos.Desejo informar ao eminente conterrâneo que andei pelas estradas referidas no memorial, ouvi muitos elementos e senti de perto a imperiosa necessidade do DAER encampar essas estradas, pois o desenvolvimento de NovaPalma e da regíâo dependem destasobras rodoviárias.Trata-se de uma região rica em pecuária e, sobretudo, como produtora de soja, trigo e batatinhas. E os produtores,muitas vezes, para fazer o escoamentodo fruto do seu trabalho, têm que carregar às costas sacas e mais sacas decereais, até distância de mais de quinhentos metros. Houve caso de umadoente que foi transportada dois quilômetros de padiola porque a estrada nãopermitiu acesso a qualquer veículo. Ealguns trechos de rodovia foram executados com recursos dos agricultores ecomerciantes da região.R~pero, Senhor Secretário, que V. Ex."mande proceder os estudos e determineas providências necessárias.
Valho-me da oportunidade para apresentar a V. Ex." os protest-os de minhaestima e admiração.
a) Antõnio Bresolín,"
Tratando-se de velha e justa reivindicação, espero que o Deputado Fermino Girardelo, ilustre Secretário dos Transportes,se faça presente objetivamente, determinando as providências cabíveis.
O SR. À.H. CUNHA BUENO (ARENA SP. Pronuncla o seguinte discurso) - Sr.Presidente, srs. Deputados, está em reestudo a BiblíGteca Municipal "Mário de Andrade", a biblioteca de São Paulo, para aconstrução de mais espaço. Seria de todoconveniente, entretanto, que esse reestudodeterminado pelo novo Prefeito Paulistaabrangesse a finalidade da críacão e daexistência desse famoso centro cuítural deSão Paulo.
Não há dúvida, Sr. Presidente, de que hánecessidade de mais espaço para a Biblioteca "Mário de Andrade". Construída paraabrigar 450 mil livros, já conta com maisde um milhão e nela não há espaço maispara qualquer expansão quantitativa emseu acervo. Quando se sabe que a bibliotecaprincipal de Washíngton, capital dos Estados Unidos, possui 29 milhões de livros e sóem Nova Iorque há pelo menos 80 bibliotecas maiores do que a de São Paulo, nãohá dúvida alguma de que a maior cidadedo hemisfério sul e uma das maiores domundo necessita de uma biblioteca bem
mais representativa de sua importância humana e cultural. Sendo assim, só temos deaplaudir esta determinação do novo Prefeito Olavo Setúbal em construir mais espaçopara mais livros. Era o mínimo que se podiafazer ali.
Mais urgente do que isso, entretanto, 81'S.Deputados, seria o reexame das finalidadesda biblioteca municipal de São Paulo. Aospoucos, no correr dos anos, e em virtude dafalta de bibliotecas especializadas nas escolas e nos centros de ensino de todo tipo,ela foi perdendo sua caracteristica principal de biblioteca cultural, para se transformar numa biblioteca pedagógica. É porisso que sua vida normal passou a ser caracterizada por um fenômeno que denunciafacilmente, a qualquer oxpectador, sua tendência atual: a presença diária e constantede extensas filas de estudantes de todos osgraus e de todos os matizes, que para lá sedirigem à busca de livros didáticos que, viade regra, também não são encontrados namedida que seria necessária.
Uma das conseqüências mais naturaisdisso é a impossibilidade total de C011servação dos livros como seria necessário e exígído. ";-enhuma biblioteca que atenda a 2.600consulentes por dia, como é o caso, temcondições de conservar bem seus livros. Outra conseqüência: em virtude da própriaestrutura da biblioteca e da burocracia desnecessária nela reinante, qualquer ecnsulente gasta muito mais tempo do que seriade se esperar para a consulta necessária.
É preciso, Sr. Presidente, que a Biblioteca"Mário de Andrade" readquira seu carátereminente cultural. Se possível, sem perder aa ajuda que agora dá aos estudantes, propiciando-lhes o manuseio de livros que normalmente não podem comprar. Mas seriabem melhor, Srs. Deputados, se a Prefeitura de São Paulo pudesse ter a certeza deque, sem prejudicar os estudantes, pudessefazer voltar o império do aspecto cultural,que caracterizou sempre a instituição, tornando-a famosa pelas conferências, simpósios, encontros e jornadas de cunho nitidamente cultural, quando nomes expressivosda cultura brasileira, como o próprio Máriode Andrade, ali sempre estavam, transmitindo cultura para o povo. O aspecto pedagógico poderia muito bem ser deixado paraoutras bibliotecas, públicas ou nâo, nos recintos das escolas ou fora delas, mas quesuprissem essa falta que os estudantes, deum modo geral, sentem - a impossibilidade de comprarem os livros didáticos de queprecisam.
Fica, desta tribuna, o apelo ao PrefeitoOiavo Setúbal - ele mesmo pertencentea uma família que produziu um dos luminares da literatura brasileira, Paulo Setúbal. Aproveite a oportunidade, e dote SâoPaulo de uma biblioteca cultural à alturadas tradições de São Paulo e da importância que a Biblioteca "Mário de Andrade" játeve para a cultura brasileira.
Era o que tinha a dizer.
O SR. PACHECO CHAVES (MDB - SP.Pronuncia o seguinte discurso) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, poucos temas têmsido objeto de tanta promessa quanto omunicipalismo. No entanto, nunca estiveram nossos municípios tão desamparadosquanto nos dias atuais, em que a autonomiapolítica lhes foi totalmente suprimida. Éque o municipalismo, constituindo verdadeiro sentimento nacional, é por todos abraçado com o propósito de conquistar a opinião pública. Na realidade, o Poder Centralse opõe à autonomia municipal, como hojecombate a dos Estados. E, em poucos anos,chegamos a uma Federação de direito, masa Estado unitário, de fato,
Setembro de 19'75 DlARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção n Quinta-feira 4 6807
A despeito de um ingente esforço paraapresentar as autoridades municipais como
- desprovidas de preparo, interessadas apenas na construção de coretos, praças e coisas semelhantes - como se estas não fossem importantes para qualquer cornunídace, ou devessem ser privilégio das grandesmetrópoles - na verdade tivemos uma notavel evolução, graças à qual nossos municípios dispõem hoje de homens de pensamento atualizado e dispostos a todos osesforcos para o progresso de suas comunas.Não fora isso, e não sei o que seriam dosmunicípios brasileiros.
Demonstração eloqüente do espírito progressista da maioria de nossos Prefeitosestá em ofício dirigido ao Governador Paulo Egídio pelo Prefeito de Mogi-Guaçu, Dr.Carlos Nélson Bueno, acompanhado de umafundamentada exposição em que apontaproblemas que devem ser incluídos no Plano Plurianual a ser elaborado pelo Governo do Estadú para o biênio 76/78. Com discernimento e desejo de conjugar esforços,acima de interesses menores, o Prefeito Carlos Nelson Bueno mostra ao Governador anecessidade de se corrigir erro que vemperdurando até agora. Consiste ele em sever Mogi-Guaçu e Mogi-Mirim como uni
'dades diversas, autônomas, nada uma tendo com a outra. Isso quando, na verdade,constituem uma única e influente região,onde já se desenvolve poderoso pólo econômico. Indispensável, assim, que os assuntos e problemas da área sejam vistos apartir dessa premissa. Impõe-se ao Estadover os dois prósperos municípios como constantes de um só polo de desenvolvimento,cujos problemas devem ser vistos dessa forma, a fim de que venham a ter real soluçãoe em conformidade com interesses maioreselo Estado de São Paulo.
E foi a partir dessa visão ampla, verdadeira e real, que o Prefeito Carlos NélsonBueno apresentou ao Governador PauloEgídio as principais reívindicações de MogiGuaçu, que não são exclusivas daquela cidade, mas de uma importante região, emritmo veloz de crescímento populacional eeconômico. E foi com essa preocupaçãomaior que estabeleceu prioridades para osassuntos apontados como do máximo interesse local, para os quais espera a colaboração e a ajuda do Governo paulista.
A criação de uma Universidade Regional;programa de gradativa eliminação da poluição atmosférica e do rio Mogi-Guaçu; apoiopara implantação de um Distrito Industrial;conclusão rápida da construção do trechoferroviário Guedes-Mato SecQ; duplicaçãoda Rodovia Jaguariúna-Mogi-Guaçu; imediato aumento do número de leitos hospitalares na região - eis alguns dos pontos fixados pelo prefeito de Mogi-Guaçu, preocupado nao so com a cidade sob seu comando, mas com uma região destinada atornar-se novo pólo econômico do Estado.
Saúde e saneamento; promoção social;educação; segurança; desenvolvimento urbano; energia e comunícações: transportes;recursos humanos; cultura, ciência e tecnologia; agricultura e abastecimento e, finalmente, recursos naturais e poluição são osdiversos itens em que se dividem as sugestões enviadas' pelo prefeito Carlos NélsonBueno ao Governador Paulo Egidio, para oatendimento de Mogi-Guaçu e, simultaneamente, da ampla e promissora região a quepertence.
Não tenho dúvidas, Sr. Presidente, de queserá com satisfação e mesmo orgulho queo Governador tomará conhecimento da explanação do ilustre Prefeito, autêntica epositiva colaboração com o Governo para aconfecção do Plano Plurianual 76178, emtermos que revelam uma visão certa e atualizada. juntamente com a preocupação dever mais radioso o futuro do Estado.
Felicito, Sr. Presidente, a municipalidadede Mogi-Guaçu por tão alta iniciativa e expresso minhas esperanças de que encontrará ela contrapartida por parte do Governador, incorporando os itens enumeradosno Plano Plurianual em elaboração pelo seuGoverno, para o próximo biênio. Ê, ainda, aenfática demonstração de quanto podemosconfiar nas administrações municipais, ede quanto nos seria benéfico o real municipalismo.
V - O SR. PRESIDENTE (Odulfo Domingues) - Passa-se ao Grande Expediente.
Tem a palavra o Sr. Daniel Silva.
O SR. DANIEL SILVA (MDB - RJ. Pronuncia o seguinte díscurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, quero iniciar estepronunciamento citando um artigo intitulado: "Gerson e Pelé: A Grande Diferença",publicado na revista Atalaia e transcritodo Jornal do Brasil de 19 de agosto de 1974,em crônica do jornalista Inácio Werneck.
Parece que vamos falar de futebol, masnão é esse o assunto, Sr. Presidente. Vouler, em segutda, o referido artigo:
"Armando Nogueira, eterno cultor dahtgídez, interessou-se em ver os resultados dos diversos exames dos jogadores convocados para a Seleção de 1970.Inspecionou vários e, a um certo momento, o médico mostrou-lhe duas chapas: uma de Gérson, que sempre fumou maços de cigarros por dia, e outrade Pelé, isento deste mau hábito.
Ao ver a diferença entre as duas, Armando empalideceu. Meteu a mão nobolso e atirou à primeira cesta de papelos cigarros americanos, sem filtro,de boa marca, que sempre o acompanhavam. Nunca mais fumou.
Eu acho que o Ministério da Saúde deveria reclamar aquela chapa, para umacampanha nacional. Em seis meses erradicava-se o fumo no Pais."
O hábito de fumar vem sendo objeto deestudos os mais contraditórios, envolvendo interesses relativos à saúde pública e àeconomia, tanto do Estado quanto particular.
Fácil é perceber-se a prosperidade emque vivem as empresas que industrializamo fumo oferecendo-o ao consumo de ummercad~ próspero e crescente em áreas novas, como a das adolescentes e mulheres.Hoje o número de mulheres fmnantes iguala ou supera o número de fumantes masculinos ocasionando este fenômeno constante preocupação para a ciência médicade todo o mundo.
Há dias, li em um dos jornais um artigoanalisando a disseminação do vício de fumar entre as mulheres, numa reportagemcom título curioso: "A Doença do Homemque está Matando a Mulher". Na ânsia deigualar-se ao sexo masculino em díreítose comportamento social, a mulher caminhaao encontro dos vicias nitidamente masculinos.
Destaca o articulista do formal O Flu-minense, de Niterói:
"Vai daí, um número crescente de mulheres deu de fumar, e, tanto quantoo homem, elas se candidatam a morrerde câncer dos pulmões, a padecer deenfizema, a ganhar rugas precoses, aestragar a vida. Isto, para não contaro dinheiro gasto inutilmente, a pontode as autorídades alemãs estimaremque, em apenas 5 anos, uma pessoa quefuma terá gasto o equivalente ao valorde um aparelho de TV; em dez, o valor
de um "fusca" e, em vinte, o valor deuma viagem de volta ao mundo, paraduas pessoas."
Ouço o nobre Deputado Célio MarquesFernandes.
O Sr. Célio Marques Fernandes - NobreDeputado, V. Ex.a traz à Ó;iscus~ã? da Casa,nesta tarde, assunto muito seno , Pareceque ninguém leva em conta o problemado tabagismo, altamente prejudicial às populações. A organização Mundial de Saúde acaba de lancar um fascículo de 100 páginas, do qual possuo cópia: numa campanha mundial contra o tabaglsrno, onde mostra, em detalhe, o prejuízo que ele causa..'\. fina flor da mocidade esta morrendo,principalmente as mulheres. pois as estatísticas mostram que estas hoje, estão fumando mais que os homens. E não é sóa nicotina que está matando o fumante,mas também a combustão do papel. OsGovernos têm interesse em que cada vezse fume mais, tendo em vista os impostosque incidem sobre o cigarro. Faz V. Ex.amuito bem em trazer esse problema aoGrande Expediente. Há poucos dias, tratei do assunto num pequeno discurso. Temos de formar uma mentalidade sadia nesta Casa, para que vários peputados venhamà tribuna mostrar o perigo que ameaça osque estão viciados em fumar _ O Regimentoda Casa proíbe que elementos da Mesa fumem mas no plenário já é permitido fumar.' Os que não fumam, como é o casodo Deputado que aparteia V. Ex.", sãomuitas vezes contaminados pelos __que fu:,mamo Se V. Ex." viaja num aVIa0, estasendo contaminado, porque fumam lá dentro _ Estão rindo, mas amanhã ou depois,quando faltar o ar e alguém morrer decâncer no pulmão, ficarão assustados. TemV. Ex.a minha solidariedade nesse seu trabalho na luta que é de nós todos, para queacabe~os de vez com as condições dadasàqueles que fumam. Vamos aumentar cadavez mais o custo do cigarro. Tornando-secaro, poucos irão fumar. Parabéns a V. Ex."
O SR. DANIEL SILVA - Agradeço o aparte do nobre Deputado Célio Marques Fernandes, que veio enriquecer n.osso pronunciamento. Nas pesquisas que flZ nesta Casa,pude observar que o Deputado Célio ML~rques Fernandes é também um .dos b~talha
dores nesta luta. Fez S. Ex.a íncluslve, recentemente, brilhante pronunciamento sobre o assunto.
O Sr, Florim Coutinho - Permita-me. nobre Deputado Daniel Silva. Na Legislatura passada, logo no inicio dos trabalhoslegislativos - se não me engano em abrfl- apresentei à Casa projeto que combatiaa propaganda de fumo na televisão e rádio, e que também fosse colocado nos maços de cigarros a seguinte frase: "É prejudicial à saúde". Ora, Sr. Deputado, meuprojeto vai de seca à meca n,:sta Casa.O Ministro da Fazenda, de entao - Delfim Netto, o mágico das finanças - requisitou o projeto, sobre propaganda do fumo,que lá rícou, em sua gaveta, no meio detracas e outras coisas, apodrecendo - bemna 'terceira gaveta, à esquerda de sua escrivaninha. Até isso eu sei, Excelência.Com muito custo consegui trazer novamente meu projeto a esta Casa. Não sei porquê - parece haver máfia importada sobre o fumo aqui no Brasil - meu projetoquase não anda. Está ameaçado, pelas Comissões Técnicas, de não passar. É lamentável. O cigarro importado vem sem a frase ",11: prejudicial à saúde", Na mesma marca de cigarros vendida na América do Norte. na Alemanha Ocidental, consta tal expressão Quando vêm para o Brasil. entretanto, não consta, é uma remessa especial.Nosso povo pode ser desgraçado, pode morrer de câncer. Lá, não. Solidarizo-me comV. Ex." pelo seu brilhante pronunciamento
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contra o malfadado fumo, que tanto desgraça a saúde do povo brasileiro.
O SE. DANIEL SILVA - Sr. DeputadoFlorim Coutinho, no decorrer de meu discurso, pretendo abordar este assunto, quetem sido temas de constantes pronunciamentos dos Srs. Parlamentares. Fiz umapesquisa e gostaria que os colegas me permitissem chegar pelo menos à metade domeu trabalho. Portanto, gostaria de contar[lom a colaboração da ~esa.
Prossigo, Sr. Presidente.Também outros jornais de ctrculaçâo na
cional acabam de publicar noticia segundoa qual "reatívarido sua campanha contrao fum~, a Organização Mundial de Saúdesolicitou a todos os países que adotem novas leis que desestimulem este ~ício e recomendou sejam adotadas medidas especiais para proteger também aqueles quenão fumam, mas que, "contra sua vontade", rícam expostos aos males do fumo.(Jornal O Globo.)
Os técnicos da organização Mundial de8aúde em relatório de mais de 100 folhas,chega~ a afirmar que o controle do víciode fumar "é a mais importante medida nocampo da medicina preventiva" e pediramtambém atenção especial para a proteçãodas crianças no contato com os fumantes.
E referindo-se ao aumento da mortalidade 'provocada pelo câncer nos países e~que se intensifica o vicio do fumo, o relatorio da OMS salienta os riscos do fumo paraas gestantes, pois provoca, inclusiv~, a ~o~te do feto e finalmente, pede maior Iímítação de :·tódas as formas de publicidadee promoção de venda de cigarros".
A Organizacão Mundial da Saúde pretende que todos os países criem normas capazes de desestimular o vicio de fumar, recomendando, inclusive, a adoção de umsistema de imposto "relativamente alto, para desencorajar o consumo de cigarros".
Sr. Presidente, ao fazer tais c~nsiderações que julgo importantes, e considerandoesta~ o vicio de fumar acrescendo a cadadia novas vitimas ao número exagerado dosque se deixam dominar por ele, quero aJ?elar a todos os Srs. Deputados no serrtidode observarem com o máximo interesse eate assunto.
Ouço o nobre Deputado Igo Losso.O Sr. Igo Losso - Nobre Deput.ad.o, que
ro cumprimentar V. Ex a pela. objetiva explanação a respeito desse terrível ~al, quehoje cada vez mais se alas~ra.no SClO de to.das as comunidades, príncípahnente naAmérica Latina. Há alguns dias,_o ProfessorBarbosa Alves, em sua publícacâo, all:ahsava o decréscimo violento do uso do CIgarronos Estados Unidos e em grande parte ~aEuropa. Dizia que os comerc~antes de ~lgarros, tendo em vista a redução proporcionada pelas grandes campanhas leva;das aefeito por aqueles governos e ~traves d~s
advertências contidas nas carteiras de CIgarros, estão transferindo suas fábricas para a América Latina. Ain~a ago~a, ~ob~'eDeputado, em Curitiba, a pl'lme!ra lll.dustr!aa funcional' na Cidade Industríal fOI a Fabrica de Cigarros Philp Morrís . E é o Professor Barbosa Alves quem diz que, no anode 1970, houve, no Brasil, aumento de 6,2%no consumo de cigarros. Outro dado estatistico: de 1970 a 1975, tivemos um aumentode mais de 20% no consumo de cigarros, enquanto que nos Estados Unidos e na Europa houve decréscimo de cerca de 5%, 6,5%em cada ano. Os dados que V. Ex.a nos traze o que disse o nobre Deputado Florim Coutinho em seu aparte retratam a realidade.Nossas autoridades ainda não despertarampara o emprego de uma fórmula que coíbao fabrico, a venda e também a propaganda
do cigarro. E, lamentavelmente, os [ovens eas mulheres brasileiras cada vez mais se entregam ao vício do fumo. Nobre Deputado,como não ignora V. Ex. a , o cigarro não possui apenas um veneno. Foram catalogadasno fumo cerca de 20 substâncias tóxicas,prejudiciais, ao organismo humano que proporcionam aquela série de doenças que V.Ex.a acaba de alinhar. Gostaria ainda deinformar a V. Ex.a que o jornal Correio doPlanalto, de ontem, publicou nota sobre oIV Congresso Mineiro de Odontologia que serealiza em Minas Gerais, em que o Professor Vicente de Paula Almeida, Vice-Presidente daquele conclave, diz que. dentre asdiversas causas do câncer na boca, podemse destacar o uso do cigarro e a fumaça porele provocada. Portanto, congratulo-mecom V. Ex.a pelo seu oportuno pronunciamenta. Se dispuséssemos de mais tempo,poderíamos citar outros dados estatísticose elementos de que dispomos, que evidenciam a necessidade de os Poderes da República se dedicarem com empenho a essecampo para que a saúde do povo seja preservada, a fim de que não tenhamos dentrode alguns anos incidência incalculável depessoas levadas'à morte pelo câncer, provocado pelo uso do cigarro.
O SR. DANIEL SILVA - Deputado IgoLosso agradeço o aparte a V. Ex a , que vemenriq~ecer com dados numéricos e estatísticos este nosso pronunciamento.
O assunto é empolgante e, por isso, gostaria de pedir aos colegas que tivessem umpouco de paciência, a fim de que eu pud~s
se ir até o final de meu trabalho, pOIS amda tenho muita coisa a dizer.
O Sr. Pedro Lucena - Serei breve, nobreDeputado. Quero apenas aplaudir V. Ex. a
pela sua feliz iniciativa, porquanto batalharcontra um vício como este é lutar contratudo. E nós sabemos a força do dinheiroque promove campanhas tão nocivas ao serhumano.
O SR. DANIEL SILVA - Vou citar istomais adiante.
O Sr. Pedro Lucena - Também tenhoocupado essa tribuna várias vezes para lutar contra o tabagismo. Quero apenas lembrar - e V. Ex.a deve saber muito bem as advertências feitas por grandes homens:Robert Kennedy disse que fumo mata cincovezes mais do que os acidentes automobilísticos - mais até que a Guerra da Coréia; oProf , Díogo Furtado, de Po rtugal. diz quemata mais que a bomba atômica. e um professor de Medicina, no Rio de Janeiro, afirma que o fumo mata mais que as grandesendemias que assolam nosso Pais. Portanto,receba V. Ex.a • através dese pequeno aparte, meus mais calorosos parabéns.
O SR. DANIEL SILVA - Agradecido a V.Ex.a
O Sr. Daso Coimbra - Permita-me, nobre Deputado Daniel Silva. Sabíamos,quando da sua eleição, que teríamos em V.Ex.a um grande combatente na luta contrao vicio do fumo, porque sempre pautou suavida dentro dessa conduta. Ficamos satisfeitos, ainda, porque o Deputado que nosantecedeu, Pedro Lucena, é um dos campeões no combate ao tabagismo, vício contra o qual temos batido. Quero apenas,para terminar, ilustrar o meu aparte comnota publicada pelo. jornal O Fluminense:
"O Prefeito Joaquim Lavoura, de SãoGoncalo, conseguiu vencer o segundoenfarte. Mas ontem os médicos o consideravam já fora de perigo, "embora n~o
completamente". li grande preocupaçaodos especialistas que o liberaram hojepara as primeiras visitas, é quanto à"rebeldia do paciente", que fumava até80 ciganos por dia. E, como "o fumo éfatal em casos como o dele", os médicos
não acreditam que ele tenha "tanta sorte" se reincidir no hábito dos cigarros."
O SR. DANIEL SILVA - Muito obrigadoa V. Ex.a
prossigo, Sr. Presidente.Do meu conhecimento, existem vários
projetos nesta Casa tratando da referidamatéria. O do Deputado José Maria CarvallÍo nobre colega da bancada do Rio de Janeiro, determina, 110 seu art -. 1.0, que "aosprodutores. de c!garros e demnís artígoa parafumantes e proibído, na respect~v~ divulgação publicitária, relacionar o hábíto de fumar C0111 a virilidade, o encanto, "relax, valentia e outros sírmlares". Na sua feliz justificativa cita o novo código apresentadoaos prodlitores de cigarros pelo governo britânico. Nele se impede que o cigarro sejacolocado nas mensagens publicitárias em SItuações românticas ou de conteúdo sexual.Proíbe-se também a utilização de personalidades de destaque, para evitar que os jovens sejam influenciados pela falsa impressão de que fumar é forma de conseguir sucesso na vida.
Ao falar em personalidades, lembro-me,mais uma vez, do jogador Pelé, que recent~
mente deu um testemunho de repercussaointernacional, condicionando sua assinaturade contrato com o Clube Kosmos de NovaIorque a não realizar publicidade de cigarros.
O outro projeto exige que constem dasembalagens dizeres alusivos aos efeitos m!'-léficos à saúde do produto consumrdo , Alias,isto já acontece em alguns países, como voucitar posteriormente neste pronunciamento.
Já é tampo de adotarmos medidas legaisque protejam Os brasileiros contra a sanhadesenfreada dos que, em busca de lucros faceís, não se acanham em envenenar homens mulheres jovens e crianças com adesgraça do fmno, que, no mundo inteiro,diariamente, prejudica um sem-número dedesavisados.
Vários oradores vêm ocupando esta tribuna para falar do assunto. Fala-se muitonesta Casa, em tese. Já estamos cansadosde teses, 81's. Deputados. Queremos v~r
acão das autoridades competentes. Naocompreendo a inércia das nossas autoridades em problema de tanta relevância parao nosso País. Muitos poderão dizer que oassunto é complexo. O fumo é produto nacional etc... Ou damos crédito às autoridades' médicas do mundo todo, ou não. ODr , Adyr Eiras de Aragão, presidente doInstituto Nacional do Câncer, ao retornardos Estados Unidos, onde participou da 3."Conferência Mundial sobre o Fumo, quereuniu 500 médicos de vários países do mundo, afirmou que a questão de se prevenir ocâncer pulmonar é um problema de educação e que o Governo deve estabelecer umacampanha arrojada, principalmente nas escolas, mostrando às crianças e aos jovensa nocividade do fumo e o perigo a que estãoexpostos os viciados.
O Sr. Antunes de Oliveira - Permite-meV. Ex.a um aparte?
O SR. DANIEL SILVA - Pois não, desde que seja rápido.
O Sr. Antunes de Oliveira - DeputadoDaniel Silva, por coincidência, eu pensavana questão de educação, quando V. Ex."se referiu ao assunto. Não discuto se se deve fumar ou não. Mas de alguém fumar.. iulzando ter o direito de jogar fumaça para~u respirar, acho isso um crime. O alguémopta fumar isso é com ele. Trata-se deuma onção.' Mas não é só: e a sujeira dofumo seu mau cheiro, a depressão que causa n~ mente humana? E a frigidez sexualda mulher, a queda da potência sexual do
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homem? Esses e outros males obrigam oGoverno a tomar uma providência urgente.Entendo, porém, que o assunto é de instrução e educação. Gostaria que o movimento feminista encampasse essa tese eensinasse, ao mundo e ao Brasil, agir demaneira que o fumo não prejudicasse asaúde do povo. Não estou discutindo - poderia até fazê-lo - do ponto de vista deser o fumar um vicio. Não estou discutindo do ponto de vista réügíoso, que é também relevante e oportuno. Gostaria deapoiar V. Ex.''' de tal forma que pudéssemos, no fim de tudo, ter alguma coisa' deprático que levasse" o Executivo a adotar asmedidas cabíveis. porque, realmente, suatese é inteiramente procedente. COmo sepode viajar num avião, como se pode trabalhar em qualquer recíntó em que não serespeita o' direito dos que não fumam? Eisso acontece nesta Casa! Segundo o Reg'imente, só a Mesa é 'Proibida de fumar, Quediscriminação é esta? A Casa, em hora detrabalho, deve respeitar os que não fumam.A Mesa, Senhores, nos representa, mas estarepresentação deve ser autêntica. Se osmembros da Mesa não fumam, segundo oRegimento, os membros do Plenário devemseguir o mesmo caminho. A Câmara todadeve dar o exemplo. Quem quiser fumar queo faça, mas lá fora, não aqui, já. que a fumaça e o fumar fazem mal a saúde do fumante e dos circunstantes. Os males rísíeos e psicológicos que decorrem do tabagismo, e de fumaça de cigarro são de entristecer e de estarreeer , 08 prej uízoseconômicos financeiros trazidos pelo fumosão de impressionar. Os incêndios em conseqüência do fogo dos cigarros, dos charutos e dos cachimbos causam prejuízos quese elevam a somas astronômicas em todosos países. O fumar é, ainda, um derivativopsicológico. Esta é uma das razões por queo fumante merece nossa simpatia. É humano ajudá-lo. O derivativo pslcológlco queé o fumar pode ser substituído por outrosque não prejudicam.
O SR. DANIEL SILVA - Aceito o apartede V. Ex.", que é psicólogo clinico. É bemsubstancial..
-;;!) Sr:Lauro Leitão - Concede-me V. Ex."um aparte?·
O SR. DANIEL SILVA - Com muito prazer, nobre Deputado, rogando-lhe que sejabreve, porque meu tempo está se esgotando'e preciso concluir meu discurso.
O Sr. Lauro Leitão - Quero cumprimentá-lo pela oportunidade do tema que V.Ex." aborda e dizer-lhe, desde logo, que soususpeito para falar sobre o assunto, umavez que não fumo e não gosto de cigarro.Queria 'lembra - talvez V. Ex." já o tenhadito - que nos Estados Unidos está comprovada que a incidência do câncer é muito maior nas pessoas que fumam do queentre as que não o fazem. O, fumo, alémdos males apontados pelo colega que oaparteou anteriormente, pode causar também esse mal. Quero, repito, felicitá-lo pelo
',seu pronunciamento, com ressalvas a respeito do comportamento das autoridadesbrasileiras. É, de fato, um problema quemerece ser debatido, estudado e, se não resolvido, pelo menos amenizado.
O SR. DANIEL SILVA - Agradecido aV. Ex."
Concluo, Sr. Presidente.Vários países desenvolvidos como a Amé
rica do Norte, Inglaterra e outros já estãoadotando medidas neste sentido - aliás,pasmem os Srs. Deputados, são justamenteOs países onde já é obrigatória a indicaçãodos malefícios do fumo nos seus rótulos devenda. É o problema da multínacíonal. Sáo
firmas estrangeiras que vêm estimulandoe financiando algumas das principais empresas de cigarros no nosso País. Recentemente, no meu Estado, o Rio de Janeiro,uma poderosa companhia de cigarros comprou uma rede de 'supermercados - O PegPag - assunto pouco divulgado pelos órgàos de comunicação. J!; o dinheiro que estájorrando.
Estou preocupado, Brs. Deputados, comos atraentes anúncios da nossa televisão,artística e tecnicamente bem preparados,mostrando, aos nossos filhos o contrário daquilo que é comprovado e afirmado pelasautoridades médicas. Como j á disse, sei queo assunto é complexo, porém penso nas nossas futuras gerações. Vários países vêm adotando severas providências. Tel1l10 três filhos menores e tenho certeza de que milhares de país estão também preocupados comeste problema. O tema não é uma bandeira política deste ou daquele partido, nemdeste que ocupa a tribuna neste momento.Vários oradores, como afirmei no início, jáo abordaram. Faço um apelo às autoridadesdo nosso Pais para que tomem as providências cabíveis no caso. Vou defender e acompanhar o projeto do meu ilustre colega debancada José Maria de Carvalho. Pretendoapresentar algumas emendas oportunamente Peço aos meus ilustres pares que oapóiem também, sem cor partidária e semcompromissos com grupos econômicos. Que'esta Casa, que representa o povo brasileirona sua mais alta concepção, 'Sr. Presidente e Srs. Deputados, possa aliar-se a estemovimento, tão-somente preocupada com apreservação dos costumes do nosso povo e,acima de tudo, com a saúde da nossa juventude - .urna realidade presente e umaesperança para o futuro do nosso Brasil.
Era o que tinha a dizer.Durante o discurso do Sr Daniel SiZ~
na, o Sr. Odulto Domingucs, tv-Serretârio, deixa a cadeira da presidência,que é ocupada pelo Sr. Ubalâo Barém,Suplente de Secretário.
SR. PRESIDENTE - (Ubaldo Barém)- Tem a palavra o Sr. Murilo Rezende.
O SR. MURILO REZENDE (ARENA - PIoPronuncia o seguinte diseurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, é sempre oportunoesposar idéias sobre o problema dos transportes no Brasil, tal a sua ímportãnota para o contexto do desenvolvimento nacional.
Pretendemos considerar alguns aspectos,ainda que convencidos de não apreciá-loscom a profundidade necessária e desejada,em razão de nossas limitações.
Acompanhando, há anos, o esforço empreendido em prol do aperfeiçoamento emelhoramento de nosso sistema de transportes, desejo assinalar, entretanto, que tudo quanto já se fez representa muito poucopara atender às necessidades mínimas nosetor.
A História dos transportes no Brasil, Sr.Presidente, Srs, Deputados, realça um ponto comum a todos os Governos e Administrações - nunca lhes foi dada a importância que merecem, com vistas ao desenvolvimento do Pais. Na verdade, nâo temos acontento nenhuma das modalidades detransportes. Todas são deficientes, tantoem qualidade quanto em quantidade. Basta que se compare a extensão da Rede Rodoviária Nacional pavimentada à de outros países, para se constatar nossa bisonha realidade. O Brasil, Sr. Presidente, no-:bres Deputados, com 8.500.000 km2, contaapenas com 0,01 km de estradas pavimentadas por km2, quando nos EE.UU. a relação é de 0,33 km/kmã; na França, 1,4
km/km2, e no México, 0,02 km/km2. E quedizer da Rede Ferroviária? l Construidaquase em toda a sua totalidade há 50 anosencontra-se obsoleta e em condições operacionais que deixam muito a desejar. A navegação marítima de cabotagem, desastrosamente abandonada durante anos, vemcrescendo timidamente sem atender à de-~manda existente, e desestimulando, como aferrovia, o desejado aumento de maior participação, sobretudo no que se refere aomovimento de cargas. As hídrovias estãocomo a natureza nos as legou, tendo desaparecido até o aproveitamento da incipiente navegação, que antes estimulava a economia de tantas regiões brasileiras.
Se o período do Governo Imperial deixaraapenas oito mil quilômetros de ferrovias,e o País praticamente sem estradas de rodagem, nos Governos Republicanos, até1945, tivemos um aumento apenas, para3'1.203 km de ferrovias, que atendiam à faixa litorânea de ligação com os portos, sendo insignificantes, contudo, as extensõesde penetração para o sertão. Nesse longoperíodo, as atividades rodoviárias no Brasilestavam restritas ao Nordeste, graças, evidentemente, à ação da IFOCS, InspetoriaF'ederal de Obras Contra as Secas, segundoasseverava o Presidente da República, ArturBerriardes, em Mensagem ao Congresso, em1924.
Conforme consta, em 1925 uma "bandeira" automobilística saída de São Paulo,precisamente a 5 de setembro, chegava aoRio seis dias depois, para demonstrar quea estrada servia para o transporte de mercadorias e não somente para o turismo e oesporte.
Na verdade, coube ao Presidente Washington Luiz Pereira de Sousa, em Mensagemenviada ao Congresso Nacional, em 1927,lançar a semente de nosso progresso rodoviário. Imediatamente foram atacadas emseu Governo as obras de implantação dasrodovias Rio-Petrópolis e Rio-Sáo Paulo,inauguradas em 1928, por uma ComissãoEspecial cujos recursos provieram do "Fundo Especial para Construção e Conservaçãode Estradas de Rodagem" criado pela Lein.O 5.141, de 5 de janeiro de' 1927, e verbaspróprias foram consignadas no Orçamentoda União.
Mas, de 1927 a 1946, poucos eventos podemser considerados:
- inauguram-se, em 1928. as rodoviasRio-São Paulo e Rio-Petrópolis;
- liga-se, em 1930, o Rio a Belo Horizonte;
,- promove-se a Iígação Rio-Bahia,arrastando-se esta eonstrucão até 1943,quando finalmente foi possível o tráfegoentre o Centro-Sul e o Nordeste, antes aproximados apenas pelos navios do ITA e pelas"gaiolas" do rio São Francisco;
- estabelece-se, em 1946, o Primeiro Plano Qüinqüenal do DNER, depois da reorganização daquele órgão, fundado em 1937.
O Sr. Hugo Napoleão - Nobre DeputadoMurilo Rezende, pennita-me interromper obrilhante discurso em que faz V. EX,a Ohistórico dos transportes no Brasil, commuita autoridade, com uma preliminar quepretendo colocar perante esta Casa. FoiV. Ex." talvez o grande ponta de lança noexcepcional Governo Alberto Silva, no Píauí,porque V. Ex.a, com sua. autoridade noassunto, fez multiplicar muitas vezes onúmero de quilômetros pavimentados emnosso Estado. Há pouco, conversava comV. Ex.a e com outro representante píauíense, o Deputado Corrêa Lima, que tambémfoi um grande Secretário de Obras e quepreparou toda uma infra-estrutura rodo-
alO Quinta-feha 4 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção n Setembro de 1975
Observando-se que Porto Rico é menorvinte e sete vezes que o nosso Estado doPiaui, compreende-se então a vergonhosa.situação do Brasil no setor rodoviário,sabido que o grau de civilização atingidopor um povo se mede pelo índice de re··Iaçâo quilômetros de rodovias pavimenta..das por quilômetro quadrado de área, oupor mil habitantes.
A Pavimentação da rodovia de maior tráfego do Pais - a Rio-São Paulo - só foifeita no ano de 1949, depois de quase haver uma cruzada da Engenharia Nacional.
Apesar de tudo, em decorrência da aplicaçao de novas diretrizes para os investimentos rodoviários, depois da Lel..·Joppert,implanta-se a todo vapor "uma rede rodoviária compatível com os estágios de desenvolvimento das diversas regiões brasileiras"política com reflexo também nos órgãos es:taduais. Foi a rodovia, de então a esta parte, a responsável pelo progresso de regiõesarrancadas do suodesenyolvímento, pouco apouco, pela ação do caminhão com sua eficiente mobilidade.
Estima-se a extensão total pavimentadadas rodovias brasileiras, entre federais e estaduais, no momento, em cerca de 85.000quilômetros, o que demonstra uma extraordinária reação às condições de vinte anosatrás, ist~ é, 1953.
viária J;l0 Estado. Pois bem, nobre Deputado,o Presldenta /Washmgton Luiz costumavadizer que governar é abrir estradas. E o quefez V. Ex. a à frente da Secretaria de ObrasPúblrcas do Estado do Piauí foi governarahríndo estradas. Recordo-me perfeitamente de que, quando V. Ex.a assumiu aquelaSecretaria, o Piauí tinha apenas 9 km deum};: rodovia mal traçada, de Teresina aUriião, e nada mais em termos de asfalto.Quando V. Ex.'" deixou o Governo o Piauícontava com 920 quilômetros de' estradasasfaltadas, Talvez V,' Ex,", com a modéstiaque lhe é peculiar, não apresente esses dados à Casa. Mas eu, seu colega de Bancadae seu admirador, posso trazê-los, para dizerque na complementação daquele grande Yimaginado no. último Governo do Piauí ligando as capitais dos Estados do Nordestea Brasíüa, passando por Floriano oanto doBuriti e Gilbués, V. Ex." foi um grande expoente. Por favor, continue seu trabalhonobre Deputado Murilo Rezende. '
O SR. lVIURILO REZENDE - Muito obrigado a V. Ex.", nobre Deputado Hugo Napcleão. Esperava de V. E;s:.a palavras deamigo, que somos de longa data, mas nãoos elogios que recebi. Agradeço a V. Ex.a oaparte, que incorporo com muita satisfação ao meu pronunciamento.
Prossigo, Sr. Presidente.Infelizmente, por motivos vários o que
se fez foi muito pouco. 'Para se ter idéia do atraso em que nos
encontrávamos, basta transcrever o quadroa seguir, relativo à quilometragem de estradas pavímentadas existentes em alguns países do mundo, em 195~.
RedePavimentada
(km)País
México , , .União Sul-Africana .Argentina , .Ve.t;e~uela , .Etiopla , .Porto Rico .. ', ' ..Cuba : .Chile .Peru ',., , .BrasU .
25.95419.36711.0154.1424.0753,8603.7353.4133.2781.955
Ao surgir, em 1957, a indústria automobilística do Brasil, cresceram ainda mais como evidente aumento da frota de veículos automotores, as necessidades do setor rcdovíári~, t~nto no aspecto quantitativo, quanto eprrncípalmenta no qualitativo de nossas rodovías,, :m sab~do que a ,localização geográfica da
população e da atívídade econômica depend~rao sempre da teenolcgla do transportedísporrível para servir as funções de acessoe mobilidade, isto é, de acesso aos lugaresde pro.d:ução e de moradia, e proporcionara mobílidade entre a origem e o destino.
De um lado, o sistema de transportes deve atender de maneira adequada à região aque serve do ponto de vista de acesso' deoutro lado, promover a mobilidade, a baixocusto, com conforto e rapidez,
l1: evidente que, para atingir esses doisaspectos, a infra-estrutura de transportesse ocupará de determinada modalidade detransporte ou de combinação de várias delas, para assegurar a facilidade do acessoa baixo custo, no menor tempo, com segu:rança. e conforto. Assim, notam-se em nosso PaIS características diversificadas da influênci~ da, modalidade de transportes emc~r~as are~, .como ~a grande Região Amazonica, atíngída até hoje unicamente pelanavegação fluvial, que condicionou a localização da população e da 'atividade econ.õJPica às marge~s dos rios. A falta de previsao ~a construção de rodovias que permita mazor penetração, não só tem sacrificado como levado à estagnação comunidadesinteiras. Noutras regiões, observa-se acentuada infl:uência da ferrovia, que no munela de 110Je serve mais ao transporte de"grandes massas a grandes dtstãncías".
O surgimento do transporte motorizadonas estradas de rodagem deu indubitávelimpacto à evolução tecnológica dos transP~Jl-tes, por sua função de assegurar maisfacil acesso a novas áreas e competir como ferroviário nas regiões que exijam pequena densidade de tráfego, com inúmerasvantagens., Assim, a operação de cada modalidade detransporte deve ser adaptada ao nivel dedsenvolvimenl:.? de cada região, observada acomplerncntaridado para a melhor distribuição e composição do tráfego das diferentes modalídades. A natureza das interrelações Irrtermcdaís é essencialmentedinâmica e mutável, através do tempo. Poristo, é evidente que as regiões onde se situam a maior parte da rede de ferroviasdo Brasíl, que passassem a ser servidas pelotransporte roríovíárío sofressem de imediato, a competição, ~ndo as rod~vias captado grande parte do tráfego ferroviário.
Em boa hora, ao lançar em 1973 o PlanoNacional da Viação, em prosseguimento aosiniciados, respectivamente em junho de 1934e dezembro de 1964, o então Presidente daRepública, General Emílio Garrastazu Méd~c!, .frisou textualmente, na Mensagem quedIrIgIU ao Congresso Nacional:
"A política de transportes concentrouse em contribuir para assegurar o crescimento da economia do País. Empenhou-se na execução de uma infra-estrutura viária capaz de garantir aoeup~ç.ão d'c. todo ° território pátrio,permitindo circular a produção e, conseqüentemente, exportá-la além de integrar efetIvamente novas 'áreas e atender às necessidades de Seguranca Na-cional." >
O. Sr. Nunes Leal - Nobre DeputadoMunlo Rezende, nosso aparte será curtopois. não desejamos tomar muito do temp~destãnado ao seu brilhante pronunciament~, que ouvimos com toda atenção. Verirícamos que, além das qualidades de téc-
níco, no magnífico retrospecto que estáfazendo dos transportes do Brasil, V. Ex."se mostra também um estudioso dos aspectos histéricos desse importante setorQuando Diretor do Departamento de ES:tradas de Rodagem do seu Estado, o ilustre colega conseguiu - como disse o Deputado Hugo Napoleão - mais do que duplicar a. rede asfaltadl). de estradas do Piauí.Por ISSO tem autoridade bastante paratrazer a esta Casa as suas palavras e osseus ensinamentos. Estamos seguindo osS~U5 pensamentos; e desde já, emboraainda desconheçamos a conclusão do seudiscurso, concordamos plenamente com oposíetonamento de V, Ex.a relativamentea. estradas de rodagem. Realmente, é preCISO terminar no Brasll o mito de que temos estradas de rodagem demais. É necessário saber que carecemos de todos os meiosde transporte, inclusive de estradas de rodagem. Se assim não fosse, representantesde todos os Estados aqui não reclamariamtanto mais rodovias. .
O SR. MURILO REZENDE - Muito obrigado a V. Ex.", Deputado Nunes Leal técnico de renome neste Pais no seto~ dostransportes e que ocupou, nos últimos 4anos, na admtnlstracão do Rio Grande doSul, a Secretaria dos Transportes. V. Ex."diz muito bem - e é este o ponto a quedesejo referir-me: devemos continuar dando ênfase à construção rodoviária no País,à pavimentação das rodovias, para queessa modalidade de transportes complemente, indiscutivelmente, todas as outrasconhecidas e utilizadas atualmente pelohomem. .
Convém observar, Sr. Presidente, 81'S.Deputados, que o primeiro esforco brasileiro de planejamento concentrou-se no setorde Viação, embora inicialmente situado naquela fase a que se convencionou chamarde "planejamento ocasional", que perdurouaté a década de 30, e que se caracterizapela ocasionalidade e descontinuidade comque as administrações encaravam problemas que exigiam ação constante e previamente elaborados. Assim, embora não OÜ':'dais, foram elaborados o Piano Morais 1869; o Plano QueIroz - 1874; o Plano Rebouças - 187;1'; o Plano Bicalrio - 1881;o Plano Bulhões - 1882; o Plano da Comissão de 1890, além de estudos dos Engenheiros Paulo de Frontin, José Baptista 1926 - e Pandíá Oalógeras - 1926.
No entanto, vale lembrar que todas asConstituições da República, desde a. de 1891,previam, direta ou indiretamente, a com~petêncía da União para legislar sobre osetor de Viação. .
Oom o Plano Geral de Viação Nacíonal;de 1934, se pode afirmar ter-se inaugurado,no setor transporte, a fase do "planejamento empírieo", ou seja, aquela em queos planos começam a surgir como resultadode intenção governamental de vincular suaatividade a algum objetivo previamenteformulado, ou, ao menos, a recursos prefixados e especialmente alocados a determinadas realizações públicas. São tambémdessa fase o Plano do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem, de 1937'05 Planos Rodoviârios de 1944 e 1956 e démodo mais aprimorado, o Plano Na:ci~na1de Viação, de 1964.
Não será demais destacar alguns trechosda Exposição de Motivos em que, em dezembro de 1972, os Mínistros da Aeronáutica e dos 'Pransportes submeteram ao Presidente da República o Projeto do novoPlano Nacional de Viação, assinalando: :
"Em síntese, há que :onsiderar que,no processo de elaboração do Plano ora
Setembro de 1975 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 4 6811
em exeeução,' conquanto tenha sidomantida, em seu aspecto geral, a estrutura física básica das diretrizes e instalações viárias, inovou-se, contudo, noque diz respeito à introdução, no próprio texto do instrumento legal, depríncípíos e normas fundamentais quese pretende sejam disciplinadoras eorientadoras de todo o Sistema Nacional de Viação, abrangidos os níveís federais, estaduais e municipais e inclusive a' navegação marítima, hídrovíária e aérea, com o objetivo de obter-seo máximo aproveitamento de recursos,a mínímízação dos custos e, enfim, aotimização de soluções com a desejadauniformidade dos planejamentos governamentais:'
Em síntese, o Plano Nacional de Viaçãoprevê:
- Integração e coordenação das diversasmodalidades de transporte;
- Coordenação do planejamento nos diferentes níveis da...J:xecução -Federal, Estadual e Municipal;
- Preconízação de estabelecimento deescritórios de prioridades relativos à elaboração e aplicação de Planos Diretores,Estudos de Viabilidade Técnico-Econômicas e Projetos Finais de Engenharia;
- Enfatização não somente das prioridades de investimentos, como também dosproblemas operacionais dos Serviços de'I'ransporte, visando, sobretudo, à sua eficiência e modernização tecnológica.
Muito válidas, Sr. Presidente, são as diretrizes estabelecidas pelo Governo do eminente Presidente Geisel para a recuperaçãodo Sistema Viário Nacional, dando ênfaseao reaparelhamento ferroviário do Pais eabrindo novas perspectivas de circulaçãode riquezas, com vistas ao programa dosCorredores de Exportação. A prioridadedada ao setor ferroviário do Centro-Sul doPais, com investimentos maciços na eonstruçâo de novos ramais e melhoramentodos já existentes, com prevísão de sua eletrificação progressiva, trará, não temosdúvida, beneficios incalculáveis à economianacional, atualmente às voltas com a crisedo petróleo' do Oriente Médio, que abaloua estrutura mundíal.
É evidente que ao Brasil interessam todos os tipos de transportes, dada a sua condição de Pais de dimensões continentais.Não se pode prescindir, por exemplo, naAmazônia, dos transportes aeroviário e fluvial; no Centro-Sul, do transporte ferro'viário; em toda a faixa litorânea, do marítimo. Mas, fundamentalmente, em qualquer parte do território nacional, o embasamento do sistema de transportes repousa no esquema rodoviário. Ê o caminhãoque dá maior mobilidade e que eomplementa todas as outras modalidades viárias.
Ê de toda conveniência, portanto, que asautoridades de planejamento do 'País encarem o problema dos transportes com aobjetividade que o desenvolvimento nacional está a exigir.
Ao mesmo tempo em que se deve promover o reapareíhamento dos nossos portos eaeroportos; reaparelhar e eletrífícar o sístema ferroviário, deve estimular-se cadavez mais no Pais mentalidade rodoviáriaque nos permita alcançar, a curto prazo, osíndíces de desenvolvimento atingidos pelasgrandes nações industrializadas, uma vezque esta é a modalidade de transporte maiseficiente e prática na circulação de rique-
'1Ilas de um pais.Sr. Presidente, Srs. Deputados, os Inves
tímentos federais não têm sido satisfatórios
para permitir uma política de atendimentocapa)! de acompanhar a demanda dostransportes no Brasil. Quase diariamentechegarA reclamações de todos os recantosdeste Pais, através de pronunciamentos eapelos feitos nesta Casa. Na verdade, verifica-se que é menor, a cada ano, perceri-
. tualrnente, a participação do Ministério dosTransportes no Orçamento da União. Noano de 1970, foi de 21,21%; em 1971,13,92%;em 1972, 13,50%; em 1973, 12,54%; em 1974,11,46%, e em 1975, de apenas 6,4%.
O Sr. Célio Marques Fernandes - NobreDeputado, aborda V. Ex. a problema de grande valia, de grande importância para nossaPátria, porquanto o Brasil, pelo seu tamanho, pelas suas proporções, exige, cada vezmais, estradas para que mais se desenvolva.Entretanto, o Governo do Presidente Médici dedicou-se quase que exclusivamenteao setor rodoviário - e o fez 'bem, porqueabriu estradas em locais onde ninguémantes podia imaginar pudessem ser abertas- deixando para segundo plano os setoreshidrovíárlo e ferroviário. Mas acho que otransporte de massa está. a exigir, nas cidades, de cidades para cidades e- entre Estados e Municípios sejam considerados também ó transporte ferroviário e o hidroviário.Felizmente o atual Governo tomou providências enérgicas, positivas e objetivasneste particular. Quero felicitar V. Ex.a,que trouxe um trabalho sério, muito delicado. Todos estaremos ao seu inteiro disporpara ocupar a tribuna no sentido de mostrar ao Governo que tudo que se fizer emfavor do transporte no Brasil ainda serápouco para o desenvolvimento da nossa Pátria.
O SR. MURILO RÉZENDE - Obrigado aV. Ex.a pelo aparte. Gostaria que a Casalevasse tal sentimento de meu discurso. omesmo que V. Ex.a acaba de expressar, 'nosentido de que devemos investir mais nosetor transportes, seja ele rodoviário, ferroviário ou de cabotagem, este tão desastradamente abandonado há muitos anos,Agradeço a V. Ex. a , que tão bem síntettzou .o meu pronunciamento em seu aparte, queincorporo com satisfação ao meu discurso.
Concluo, Sr. Presidente.
Salvo melhor juizo, achamos de todo necessário que os investimentos no setor dostransportes continuem crescentes e prioritários, a fim de que o Brasil passe a ocupar,em futuro não muito distante, a posição dedestaque que lhe está reservada entre asgrandes nações.
Era o que tínhamos, Sr. Presidente, paraa oportunidade.
Durante o discurso do Sr. MU1'ilo Rezende, o Sr. Ubulâo Barem, suotente deSecretário, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada. pelo Sr. Herberi:Levy, 10 - Vice-Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Herbert, f,evy) Está findo o tempo destinado ao Expediente.
Vai-se passar à Ordem do Dia.
Comparecem mais os Srs.:Lauro RodriguesAntônío Florênclo
AmazonasRafael Faraco - ARENA; Raimundo Pa
rente - ARENA., Pará
Gabriel Hermes - ARENA; Jader Barbalho -- MDB; Jorge Arbage - ARENA;Juvêncio Dias - ARENA; Ubaldo Corrêa ARENA.
MaranhãoEurico Ribeiro - ARENA; João Castelo
- ARENA; Magno Bacelar - ARENA; Temístocles Teixeira - ARENA.
PiauíCorreia Lima - ARENA; Dyrno Pires
ARENA; Paulo Ferraz - ARENA.Ceará
Antônio Morais - MDB; Claudíno Sales- ARENA; Flávio Marcilio - ARENA; Januárío Feitosa - ARENA; Jonas Carlos ARENA; Paulo Studart - ARENA.
Rio Grande do NorteFrancisco Rocha - MDB; Pedro Lucena
.- MDB; Wanderley Mariz - ARENA.Paraíba
Antônio Gomes - ARENA; Humberto Lucena - MDR
PernambucoCarlos Alberto Oliveira - ARENA; Ino
cêncio Oliveira - ARENA; Jarbas Vasconcelos - MDB; Joaquim Coutinho - ARENA; Joaquim Guerra - ARENA; SérgioMurillo - MDB; Thales Ramalho - MDB.
Alagoas
Antonio Ferreira - ARENA; José Costa-- MDB; Theobaldo Barbosa - ARENA.
BahiaAntonio José - MDB; Henrique Brito
ARENA; Horácio Matos - ARENA; Lomanto Júnior - ARENA; Ney Ferreira - MDB;Prisco Viana - ARENA; Rogérlo Rêgo ARENA; Rômu10 Galvão - ARENA; VianaNeto - ARENA; Vieira Lima - ARENA.
Espírito Santo
Aloisio Santos - MDB; Mário Moreira MDB; Oswaldo Zanello - ARENA.
Rio de JaneiroAlair Ferreira - ARENA; Alberto Laví
nas - MDB; Alcir Pimenta - MDB; Alvaro Valle - ARENA; Amaral Netto ARENA; Brígldo Tinoco - MDB; DanielSilva - MDB; Francisco Studart - MDB;Hélio de Almeida - MDB; Hydekel Freitas- ARENA; Joe1 Lima - MDB; Jorge Moura - MDB; José Bonifácio Neto - MDB;José Maria de Carvalho - MDB; LeônídasSampaio ~ MDB; Luiz Braz - ARENA;Marcelo Medeiros _. MDB; Moreira Franco- MDB; Osmar Leitão - ARENA; PedroFaria - MDB; Peixoto Filho - MDB; Rubem Medina - MDR
Minas GeraisAécio Cunha - ARENA; Altair Chagas
ARENA; Bento Gonçalves - ARENA; Francelino Pereira - ARENA; Genlval Tourinho - MDB; Geraldo Freire - ARENA;Jairo Magalhães - ARENA; Jorge Ferraz- MDB; Manoel d'" Almeida - ARENA;Navarro Vieira - ARENA; Nelson Thibau- l'JIDB; Raul Bernardo - ARENA; SinvalBoaventura ARENA; Tarcísío Delgado- MDB.
São PauloA.H. Cunha Bueno - ARENA; Airton
Sandoval - MDB; Airton Soares - MDB;Amaral Furlan - ARENA; Blotta Junior ARENA; Cantidio Sampaio - ARENA; Cardoso de Almeida - ARENA; Diogo Nomura- ARENA; Faria Lima - ARENA; FerrazEgrcja - ARENA; Gioia Junior - ARENA;Ivahir Garcia - ARENA; Pedro Carola ARENA; João Arruda - MDB; João Cunha- MDB; João Pedro - ARENA; José Camargo - MDB; Otavio Ceccato - MDB;Pacheco Chaves - MDB; Ruy Côdo MDB; Salvador Julianelli - ARENA; aantilli Sobrinho - MDB; Sylvio Venturolli ARENA; Yasunorí KmlÍgo - MDS.
6812 Quinta-feira 4 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) SeteUibro de 1975
Goiás
Ary Valadão - ARENA; Elcival Caiado_ ARENA; Fernando Cunha - MDB; Genervino Fonseca - MDB; Hélio MauroARENA; Rezende Monteiro - ARENA.
Mato Grosso
Benedito CanelIas - ARENA; ValdomiroGonçalves - ARENA; Walter de Castro MDB.
Paraná
Adriano Valente - ARENA; Alipio Carvalho _ ARENA; Antônio Anrnbelíí MDB' Antonio Beliriati - MDB; Braga Ramos:- ARENA; Cleverson Teixeira - ARENA' Flávio Giovini - ARENA; Igo Losso_ ÁRENA; italo Conti - ARENA; MinoroMiyamoto - ARENA; NÇlrton MacêdoARENA; Santos Filho - ARENA.
Santa Catarina
Angelino Rosa - ARENA; Aroldo Carvalho - ARENA; Ernesto de Marco - MDB;Jaison Barreto - MDB: José Thomé MDB; Luiz Henrique - MoB; Nereu Gu~di_ ARENA:; Valmor de Luca - MDB; WIlmar Dallanhol - ARENA.
Rio Grande do Sul
Alberto Hoffmann - ARENA; AlexandreMachado - ARENA; Arlindo Kunzler _.ARENA; Augusto Trein - ARENA; CarlosSantos - MDB; Cid Furtado - ARENA;Eloy Lenzí - MoB; Fernando Gonçalves_ ARENA' Getúlio Dias - MDB; João Gilberto - MIJB; Jorge Uequed - MDB: JoséMandelli _ MDB; Lauro Leitão - ARENA;Magnus Guimarães - MDB; Mário Mondi..no - ARENA; Nadyr RossettI - MDB; Norberto Schmidt - ARENA; Rosa FloresMDB.
. VI - ORDEM DO DIA
O SR. PRESIDENTE (Herbert Levy) - Alista de presença acusa o comparecimentode 341 Deputados.
08 Senhores Deputados que tenham proposições a apresentar poderão fazê-lo,
O SR. JOSÉ CAMARGO - projeto delei que revoga dispositivo da Consolidação das Leis do Trabalho
O SR. LINcoN GRlLLO - Projetode lei que isenta entidades sindicais decontríbuírem, como empregadoras, parao INPS.
A SRA. LYGIA LESSA BASTOS ~Projeto de rei que dispõe sobre fl trabalho do excepcional nas oficinas protegidas e em trabalho competitivo,
O SR. FERNANDO CUNHA - projetode lei que acrescenta dispositivo a Lein,> 5.108, de 21 de setembro de 1966(Código Nacional de Trânsito).
O SR. JG DE ARAÚJO JORGEprojeto de lei que regulamenta a propaganda de produtos de fumo e bebidasalcoólícas, através da imprensa, rádioe televisão.
O SR. DIAS MENEZES - Projeto delei que assegura direitos a' ex-funcionários civis da União, nos casos e condições que especifica.
O SR. AMAURY MfJLLER - Projetode lei que dá denominação ao aeroportode Santo Angelo, no Estado do RioGrande do Sul.
O SR. RUBEM DOURADO - Proposta de emenda constítucíonal que modifica a redação do § 1.0, do art. 175, daConstituição da República Federativado Brasil, que dispõe sobre a índíssolubilídade do casamento.
O SR. AIRTON SANDOVAL - Projeto de lei que responsabiliza o Ohefe
do Executivo Egtadual ou Municipal que,no último trimestre de seu mandato,avança nas dotações do orçamento doano financeiro, com prejuízo da execução orçamentária do sucessor, acrescentando disposições à Lei n,v 4.320, de17 de março de 1964, que estatui normasgerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos ebalanços da União, dos Egtados,. dosMunicípIos e do Distrito Federal.
- Projeto de lei que altera e acrescenta dispositivos na Lei n,v 5.107, de13 de setembro de 1966, que criou oFGTS.
O SR. PEDRO LAURO - Projeto delei que acrescenta dispositivos à Lein.O 4.117, de 27 de agosto de 1962 (Código Brasileiro de Telecomunicações).
O SR. OTAVIO CEOCATO - projetode lei que introduz modificações naConsolidação das Leis do Trabalho,art. 279 - § 1.0
O SR. CÉLIO MARQUES FERNANDES - Requerimento de consignaçãonos Anais da Casa de voto de congratulações com o povo do Murríeipto deNão-Me-Toque, Rio Grande do Sul, peloresultado do plebiscito que lhe permitiuvoltasse a usar a sua antiga denominação.
O SR. SIQUEIRA CAMPOS - Projeto de lei que autoriza á Caixa Econômica Federal a destinar verbas dosprêmios não procurados pelos ganhadores sorteados na Loteria Federal e jáprescritos à concessão de Bolsas de Estudos para alunos das universidadesoficiais ~ particulares.
O SR. JOSÉ DE ASSIS - Projeto delei que acrescenta parágrafos ao art. 31do Código Nacional de Trânsito.
O SR. ERNESTO VALENTE - Projeto de lei que institui o "Dia do Técnico de Administração".
O SR. NORTON MACEDO - projetode lei que dispõe sobre causa de especialaumento de pena quanto aos crimes'COntra a Administração Pública praticados por ocupantes de cargos em comissão ou de funções de direção ou assessoramento de órgão da Administração Direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou função instituida pelo Poder Público e regula ~a formade seu procedimento.
O SR. GASTA0 MtJLLER -Propostade emenda constitucional que altera aredação do art. 29 e seu parágrafo 1.°da oonstítuição Federal.
O SR. FRANCISCO AMARAL - Projeto de lei que altera e acrescenta disposrtívo à Lei n.v 6.091, de 15 de agostode 1974, que dispõe sobre o fornecimento gratuito de transporte, em dias deeleição, a eleitores residentes nas zonasrurais..
O SR. FLORIM COUTINHO - Requerimento de informações ao Sr. Ministro da Indústria e do Comércio sobre a Administração da ComissãoExecutiva do Sal e a política salíneírado País.
O SR. ANTôNIO MORAIS - Projetode lei que dispõe sobre a concessão deauxilias federais aos sistemas estaduaisde ensino,
O SR. PRESIDENTE (Herbert Levy) _Vai-se passar à matéria constante da Ordem do Dia.
O SR. PRESIDENTE (Herbert Levy) Há sobre a mesa e vou submeter a' votos oseguinte
REQUERIMENTOSenhor Presidente,Na forma regimental, requeiro urgência
para a tramitação do Projeto de Lei n.o756/75.
Sala das Sessões, em 3 de setembro de1975. - Blotta Junior - Israel Dfas-Novaes,
O SR. PRESIDENTE (Herberf Levy) Os Srs. que o aprovam queiram ficar comoestão. (Pausa.)
Aprovado.O SR. PRESIDENTE (Herbert Levy)
Há sobre a mesa e vou submeter a votos oseguinte
REQUERIMENTOSenhor presidente,Na forma regimental, requeiro urgência.
para a tramítação do Projeto de Lei n.o757/75.
Sala das Sessões, em 3 de setembro de1975. - B1utta Juniur - Israel Dias-Novaes.
O SR. PRESIDENTE (Herbert Levy) Os srs. que o aprovam queiram ficar comoestão. (Pausa.)
Aprovado.O SR. PRESIDENTE (Herbert Levy)
Nos termos do artigo 86, § 3.0 , do RegimentoInterno, convoco a Câmara dos Deputadospara uma Sessão Extraordiná.ri~Matutina,amanhã, às 10 horas, destinada a trabalhodas Comissões.
O SR. PRESIDENTE (Herbert Levy) -Votação do Requerimento n.? 29, de
1975, que requer a convocação do Sr. Ministro da Fazenda, para prestar informações sobre as providências que estãosendo tomadas pelo governo [lontra asmultínacíonaís, que estão causandoprejuízos aos produtores de soja. (Do Sr.Antônio Bresulín.) Relator: Sr.Herbert Levy.
O SR. PRESIDENTE CHerbcl't Levy) Tem a palavra o Sr. Célio Marques Fernandes, para encaminhar a votação.
O SR. CÉLIO MARQUES FERNANDES(ARENA - RS. Sem revisão do orador.) Sr. Presidente, nobres Deputados, o atuantee dínâmíeo Deputado Antônio Bresoltn requereu a convocação de S. Ex." o Sr. Ministro da Fazenda para prestar informações aesta Casa sobre as providências que estãosendo tomadas pelo Governo contra as multínactonaís, que estão causando prejuízosaos produtores de soja.
Acho, Sr. Presidente, que o ilustre Deputado, ao assim se dirigir nesse requerimento,previa a vinda _do Sr. Ministro para falarsobre a soja. Depois, o problema evolulu. Foicriada nesta Casa uma Comissão Parlamentar de Inquérito que, com amplitude, estáestudando o problema das multínacicnaís.Então, raciocino da seguinte forma: se formos favoráveis à vinda do Ministro, S. Ex.'"viria apenas para falar sobre o prejuízo queas multínacíonaís têm causado aos produtores de soja. Como o Sr. Ministro f!\larána CP!, não resta dúvida de que esta Casa'não deve aprovar o requerimento. Nós, quedesejamos interrogar S. Ex." a respeito dosproblemas das rnultmacíonaís, estamos interessados em vê-lo na Oomíssâo Parlamentar de Inquérito, e não neste plenário, porque poucos Deputados poderão fazer perr
guntas a S. Ex.", dada a exlqüidade detempo. Por isso felicito o ilustre Deputado,autor do requerimento, que mais uma vez,mostra como é dinâmico e interessado pelosproblemas nacionais.
'Não temos possibilidade de votar o requerimento, porque S. Ex.", o Sr. Ministroda Fazenda, obrigatoriamente virá depor na
Setembro de 1975
Comissão Parlamentar de Inquérito, queestá fazendo um trabalho sério, esclarecendo todas as dúvidas sobre as multtnaoíonaís.
Eis, então o meu ponto de vista: esta Casanão terá outra alternativa a não ser nãoaprovar o requerimento, porque S. Ex."não poderá vir aqui duas vezes, uma paratratar do problema da soja e outra para depor perante a CPI.
Era o que tinha a dizer.O SR. PRESIDENTE (Herbert Levy)
Tem a palavra o Sr. Humberto Lucena, paraencaminhar a votação.
O SR. HUMBERTO LUCENA (MDB - PB.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,Srs. Deputados, vem-se tornando práticaintolerável a posição que a Aliança Renovadora Nacional vem assumindo contra asconvocações dos Srs. Ministros de Estadopara virem ao plenário desta Casa ou àspróprias Comissões técnicas.
Há pouco tempo foi derrotado o requerimento do Movimento Democrático Brasílei1'0 convocando o Sr. Ministro da JustIça paraque S. Ex." esclarecesse alguns episódios relacionados com violações de direitos humanos. Há alguns dias, na qualidade de Presidente da Comissão de Comunicações - tendo em vista um programa de debates aprovado por aquele órgão técnico, a fim de recolher o máximo de dados para a discussãoe votação do novo Código de Telecomunicações, a ser encaminhado ao Congresso Nacional neste semestre pelo Sr. Presidente daRepública - procurei, em companhia dosVice-Presidentes da Comissão, o Sr. Armando Falcão, Ministro da Justiça, para convidá-lo a vir ao nosso pequeno plenário, afim de dialogar sobre assuntos pertinentesà sua Pasta, na área das comunicações,como programação de TV e problema.'I relacionados com a censura de diversões e espetáculos públicos, de acordo com o estabelecido na Constituição Federal. Qualnão foi minha surpresa, Sr. Presidente e 81'S.Deputados, quando, apesar da maneira cortes com que S. EX." nos recebeu, a Liderança da ARENA nesta Casa desaconselhou asua presença na Comissão de Comunicações.
O diálogo, que é tão necessário e indispensável mesmo à boa prática democrática,sobretudo quando se procura, por todos osmeios, lutar pelo aperfeiçoamento das instituições políticas, está sendo evitado pelaslideranças mais influentes da ARENA, pelomenos nesta Casa do Congresso Nacional.
Agora o Deputado Antômo Bresolin apresenta um oportuno requerimento, solicitando a convocacão do Sr. Ministro da Fazenda, o Economista Mário Henrique Simonsen,técníeo de talento e vasta cultura, para que,desta tribuna, prestasse os necessários esclarecimentos à Naçâe sobre os problemasrelacionados com a produção do soj a no RioGrande do Sul e sobre os prejuízos que estariam causando à sua comercialização aschamadas empresas multlnactonuís, cujaperniciosa influência em nossa economiaestá sendo pautada por uma Comissão Parlamentar de Inquérito, que se encontra comseus trabalhos em andamento nesta Câmara.
Então, Sr. Presidente, que pelo menos nesta hora a Aliança Renovadora Nacional venha ao nosso encontro e dê o seu apoio aorequerimento de convocação do Sr. Ministro da Fazenda, para que 8. Ex. a , com o seuvalor, possa, desta tribuna, não só trazeresclarecimentos quanto ao nroblema do sojano Rio Grande do Sul, mas também prestaro seu depoimento histórico sobre o papelque as multinacionais vêm desempenhandona economia nacional. Realmente, se o requerimento do nobre Deputado AntônioBresoltn procura levantar um problema decaráter regional, que dIz respeito mais aoRio Grande do Sul e Estados vizinhos, por
DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I>
outro lado, não cria qualquer obstáculo aque os Deputados procurem colocar perante o Sr. Ministro outros aspectos relacionados com a atuação das multínacíonaãs noBrasil.
Sr. Presidente, aqui fica meu veementeapelo à Aliança Renovadora Nacional paraque, revendo a sua posição no tocante àeonvccaeáo de Ministros de Estado, venhaao nosso encontro, admitindo nesta tribunaum representante do Poder Executivo, paraque possamos, em nome do povo brasileíro,restabelecer o diálogo com as autoridadesgovernamentais mais responsáveis pela condução da política econômica. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Herbert Levy) Tem a palavra o Sr. Cardoso de Almeida,para encaminhar a votação.
O SR. CARDOSO DE ALMEIDA (ARENA- SP Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, o requerimento doDeputado Antônio Bresolin, Iíder da agricultura do Rio Grande do Sul, merece seraceito. Seria uma oportunidade para o MInistro da Fazenda esclarecer a todos nósa respeito da injustiça que se tem praticadócontra os comerciantes do soja.
Na realidade, o Deputado Antônio Bresolín, atirando no que viu, vai acertar no quenão viu, porque a acusação de que os comerciantes são sempre os culpados pela oscilação de preços e pelos prejuízos dos produtores não é procedente. E S. Ex.a o Sr.Ministro da Fazenda poderá atestá-lo, poisbem conhece o problema. Desta tribunamuitas vezes critiquei a orientação estatízante da CACEX, com seu sistema de contingencíamento de exportação.
Várias vezes o soja poderia ter sido vendido a preços superiores, e no entanto talnão aconteceu. Por exemplo: em outubrodo ano passado havia comprador de outropaís para todo o excedente de soja, até 340dólares a tonelada. A CACEX impediu essavenda para o futuro.
O Brasil, hoje, é um dos maiores produtores mundiais de soja, como também égrande produtor de algodão, de milho e deoutros produtos agrícolas. E, como não sepode comercializar a mercadoria de lima sóvez, as futuras vendas garantem a colocação do produto. Quando se colhe soja ouquando há uma grande safra de milho oude algodão, a maior parte já deverá tersido vendida. O dinheiro, assim, já terá entrado. Não será necessário armazenar. Osnavios vão carregando e, portanto, vai-seexportando esses excedentes que deprimemos mercados na época da safra.
Os comerciantes são acusados erradamente. Na verdade, boas vendas do nosso sojae de outros produtos agrícolas têm sido sístematicamente impedidas pelo órgão controlador. Dai, toda esse celeuma na épocada safra.
Nos Estados Unidos, a liberdade de exportação foi restaurada não apenas para osoja, mas também para o milho e o algodão.
O representante da Embaixada americana, para assuntos da agricultura, demonstrou, no órgão especializado desta Casa, quequando houve eontíngencíamento, em 73,prejudicou-se em muito até a produção doano seguinte. Essa proibição de exportarimpossibilitou o produtor de conseguir preço real de eoncorrêncía entre o consumo interno e a exportação.
Na verdade, culpada por isso é a políticaseguida pela CAOEX, que tem dado margema que se acusem os comerciantes. O soja évendido no mercado internacional. Não háculpado por isso. Quando um órgão do Governo impede a exportação e quando produzimos muito mais do que consumimos, élógico que o mercado seja levado a essassoluções.
Quinta-feira ~ 6813
Por incrível que pareça, o que sempre tenho visto, como produtor rural há mais detrinta anos, como líder da agricultura nomeu Estado, Deputado Federal, Presidentede órgãos de classe, Diretor de Federaçõese de Confederação de Agricultura, é a inj ustíça que se comete ao querer-se imporao comprador a culpa por problemas domercado.
A confusão é tanta que, outro dia, multinacionais que atuam dentro do País estavamreclamando porque as multinacionais lá defora estavam comprando todo o produto dascooperativas e das cotas. Assim, impediamàs multinacionais que atuam no Brasil, oacesso à mercadoria. Então, até multínacíonaís lá de fora estavam sendo acusadas pormultmacíonaís internas, que dizem que têmfábrica, capital, executivos, operários, e queficam prejudicadas, às vezes, até para poder comercializar mercadoria, quando estaé toda desviada para outros setores que, emúltima análise, vendem para multinacionaisque nem aqui estão. Na realidade, nessassafras brasileiras, é preciso permitir liberdade de exportação, em caráter definitivo,sem cota de privilégio. E o Sr. Ministro,que é um homem de grande inteligência,de grande capacidade, formidável construtor da nossa politica econômica e rínanoeíra, se vier aqui, só poderá nos esclarecer e,inclusive, receber sugestões da nossa Casapara que dirima essas dúvidas, simplifiquea questão das exportações e tire à CACEXo direito de atrapalhar sistematicamenteuma boa comercialização de nossas safras.
O 8R. PRESIDENTE (Herbert Levy) _Tem a palavra o Sr. Israel Dias-Novaes,para encaminhar a votação.
O SR. ISRl'\EL DIAS-NOVAES (J\'lDB _SP. Sem revisão do urador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, não vejo por que razão manifeste assim a Aliança RenovadoraNacional tanto temor pela presença de umMinistro de Estado neste plenário. Recordam os Deputados antigos, sobretudo osanteriores a 1969, o que eram as presençasde Ministros de Estado nesta Casa. Corrvocavam-se numerosos Ministros, estadistasda maior responsabilidade na vida da República, e acorriam eles prontamente a esteplenário.
Recorda V. Ex. a , Sr. Deputado HerbertLevy, de jornadas importantes na vida doLegislativo brasileiro, quando aqui vieram,por exemplo, o Ministro das Relações Exterlores, Magalhães Pinto, depor sobre a política externa do nosso Pais; o então Ministro da Indústria e do Comércio, GeneralMacedo Soares, depor sobre a política cafeeira do Brasil. Eram verdadeiras festasdemocráticas, eram oportunidades que tinham OEl Deputados de entestar com os representantes qualificados do Executivo. Esempre, neste plenário, se tinha a impressão nítida de que os Ministros de Estadoestavam, na verdade, interessados em comparecer ao Poder Leglslatívo para aqui demonstrar o acerto de suas decisões ou receber críticas à sua conduta.
Agora, não, Sr. Presidente. Não sei queforcas atuaram sobre este País c este Governo que qualquer convocação de Ministrode Estado recebe a pronta rejeição da bancada da Maioria. Somos levados a cometera injustiça de considerar que a ARENA nãoconfia na gestão dos seus estadtstas. Elateme que eles aqui venham e respondamclara e frontalmente às indagações dos Srs.Deputados.
Temos em debate, nesta tarde, o requerimento de convocação do Sr. Ministro daFazenda, Dr, Mário Henrique Simonsen, par-a aqui vir depor sobre a política desempenhada pelo Executivo na comercialização do soja. O Deputado Antônio Bresoliné conhecido em todo o Pais pela sua se-
6814 Quinta-feira 4 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (~eção I) Setembro de 19'75
ríedade, pela maneira honrada com queexerce seu mandato, seria o antídemagogopor excelência. Pois S. Ex." apresenta requerimento judicioso e fundamentado. Quala alegação da Maioria? Não poderia sermais insubsistente: o Sr. Ministro de Estado dos Negócios da Fazenda já está convocado para depor sobre o mesmo assuntona CPI que examina as atividades das multinacionais.
Ora, Sr. Presidente, é amesquinhar o papel do Plenário da Câmara dos Deputadosconfundi-lo com o recinto restrito das Comissões. Se já vai depor lá sobre o mesmoazsunto, por que depor aqui? É uma confusão deliberada e, a meu ver, maliciosa.Não podemos absolutamente comprimir atotalidade dos Deputados nas escassas dimensões de uma comissão para ouvir depoimento que interessa não apenas a ela, órgão muito digno, mas à generalidade doPoder Legislativo.
Ao mesmo tempo, V. Ex.", Sr. Presidente,em boa hora, anuiu às ponderações doDeputado Bresolín, e está aqui no avulsoo parecer da Mesa. A Mesa aceitou o pedido. Examinou com seriedade, aprofundou-se na análise do requerimento elaborado pelo nobre Deputado Antônio BresoIín. Achou que tudo estava em ordem, queera oportuna e necessária a vinda do Sr.Ministro a esta Casa. Depois de tudo istovem a Liderança da Maioria e consideraque, apesar dessa aquíeseêneía, dessa anuência, dessa acolhida e desse apoio, não~~ve o Ministro vir a este plenário, eis queJa vai à CPI das Multinacionais. Não sepode estabelecer confusão desta ordem.
Pergunto a V. Ex.", Sr. Presidente, e àCasa: será que a Maioria, antes de propora rejeição do requerimento sob este lamentável argumento, cuidou de indagar do Sr.Ministro da Fazenda se deseja ou não vir;a este plenário? Chego a admitir, Sr. Presidente e Brs, Deputados, que essa consultanão deve ter sido feita. Essa consulta nãopode ter sido feita, porque o Sr. Ministroda Fazenda não teria motivo algum parafugir ao debate livre no plenário da Câ.mara, Não tem S. Ex." o que esconder: aocontrário, tem o que mostrar e deve mostrar, urgentemente. Seria uma injustiça, serí-. uma injúria para com a efígie, paracom o perfil conhecido do atual Ministroda Fazenda, permitir que S. Ex." se esconda atrás da Liderança da Maioria, para fugi- ao debate livre no plenário desta Casa.Não cometo essa injúria para com a ausência do Sr. Ministro da Fazenda. Está S.Ex," desejoso de vir; está S. Ex." empenhado em vir. Quem o sonega é a ARENA.Então precisamos dizer à ARENA que nãosangre tanto em saúde e permita que o Sr.Ministro da Fazenda se deixa levar peloseu próprio desejo e venha ao Poder Legislativo. Não escondam o Ministro; não escondam a verdade que S. Ex." deve trazer aoplenário e sobretudo não menosprezem. nãoamesquinhem o trabalho de um parlamentar da estirpe e da grandeza do DeputadoAntônio Bresolin.
Sr. Presidente. temos de formular umapelo - quem sabe patético e exagerado à Liderança da ARENA para que, de umavez por todas, não confunda Comissão comPlenário. A Comissão pode perfeitamentenos acolher lá. mas deve-se levar em contaque a sua pauta de trabalho é sempre extensa.
Este capitulo que ilustra e instrui o requerimento do nobre Deputado Antônio Bresolín constituirá apenas pequeníssima parcela do depoimento a ser prestado pelo Ministro na CPI das Multinacionais. Lá, quemsabe até por falta de tempo, não poderásequer S Ex.a abordar esse ponto importante da política da comercialização do soja.
Por outro lado, Sr. Presidente, o Deputado Antônio Bresolín, considerando a importância fundamental do assunto, inscreveu-o como item único da convocação. Querdizer, o Ministro vem aqui para isto e inclusive para expor de que maneira está obedecendo à palavra do Presidente da República ou dos órgãos responsaveis pelo setorno Pais, que pregam a necessidade de fugirmos ao monopólio do café, à monocultura, partindo para o trigo e para o soja.(Muito bem.) Mas como partir para tal seplantamos o soja e depois não o vendemos,entregamo-lo miseravelmente às garrasaduncas das muitinacionais? Esta a questão que precisa ser formulada.
Disse o Sr. Presidente Geisel - e não odisse o Ministro Simonsen porque não teveoportunidade, eis que essa oportunidade lheé negada pela ARENA - que somos bonspara plantar, mas péssimos para comercializar. E somos péssimos para comercializarpor quê, Sr. Presidente? Porque só temoselementos e possibilidades de produzir. Occméreío foge das nossas mãos. Produtoscomo o soja, o café, o trigo, o algodão, oaçúcar são brnsileiros apenas até a chegada ao porto. Deixando o porto, deixam deser brasileiros para Serem multínactonats,
Daí o zelo do Deputado Bresolin. S. Ex.aquer saber, depois de deixado o porto, saído das nossas mãos, abandonadas as nossas fronteiras, deixadas para trás as nossas terras, o que acontece com o fruto, oque acontece com o suor do trabalho dosnossos agricultores? Mas não quer saber dequem não pode informar, quer saber exatamente de quem detém os Instrumentosde fntormação, no caso, o Ministro da Fazenda. Foi a exasperação, foi o desespero,foi o tormento, foi a aflição dos plantadores de soja do Sul que armaram o braçodo Deputado Bresolin ao elaborar essa convocação. S. Ex." não pode mais dar as explicações que desejavam aqueles homensque plantavam, sofriam e enfrentavam asintempéries, para receber 60 cruzeiros pelasaca de soja, quando ela é negociada depoisnos Estados Unidos a 220 dólares a tonelada.
Então, Sr. Presidente, quem sabe V. Ex.a,como pró-homem da ARENA, como um doshomens de bem deste País. responsável nãopela circunstância. mas pela perenidade doBrasil, quem sabe V. Ex." - e repito as suaspróprias palavras contidas neste avulso fará caridade aos produtores de soja doRio Grande do Sul influindo a ARENA nosentido de não sonegar a informação queo Ministro da Fazenda, per sua vez, nãopode sonegar à opinião pública do nossoPais. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Herbert Levv) --<
Tem a palavra o Sr. Antônio Bresolin: paraencaminhar a votacão.
O SR. ANTõNIO BRESOLIN (MDB - RS.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,Srs. Deputados. não é esta a primeira vezque tenho a honra de requerer a convocaçãode um Ministro de Estado para prestar informações a esta Casa. Esteve aqui, atravésde um pedido de convocação de minha autoria, o ex-Ministro da Fazenda, DelfimNetto. S Ex.", embora não se tenha portadomuito bem com os Deputados, foi um homem que ao menos nos prestou amplos esclarecimentos.
E este requerimento de mínha autoriaestá rigorosamente de acordo com o Regimento Interno. Recebeu ele a chancela deum dos maiores Parlamentares do Brasil e posso dizê-lo porque foi membro da Comissão que presidi durante dois anos - oDeputado Herbert Levy, seu Relator.
Diz S. Ex." o seguinte:"Convocação do Minist.ro da Fazenda.
Em requerimento encaminhado à Mesa,o nobre Deputado Antônio Bresolin(MDB - RS) solicita a convocação doSr. Ministro Henrique Simonsen, daPasta da Fazenda, a fim de esclareceraspectos sobre "providêncías que estãosendo tomadas pelo Governo contra asmultínaeínnaís, que mais uma vez estãocausando enormes prejuízos aos produtores de soja."Em nove itens, o autor justifica as razões da convocação, com base no art.278 do Regimento Interno.
ParecerO tema a que se refere o Deputado Antônio Bresolin, enquadra-se no que dispõe o art. 278 do Regimento Interno:convocação de Minl3tro de Estado "pararespostas sumárias sobre assuntos deinteresse nacional de suas respectivaspastas, os quais ficam sujeitos a aprovação prévia da Mesa.Obedecendo a convocação a um rito sumário, disporá o convocado de tríritaminutos - das 14,30 às 15,00 horas para esclarecer as questões que lhe forem formuladas, nos termos do Requerimento.Tratando-se de assunto de relevante interesse nacional. e tendo em vista que odisposto no art. 278 do Regimento Interno atende à. dinâmica do processolegislativo, opinamos pelo deferimentoda proposição.Este o nosso parecer.Brasilia, em 11 de junho de 1975.
Herbert Levy, 1.0 Vice-PresidenteRelator."
Sr. Presidente, 81'S. Deputados, é precisoque se esclareça aqui que a simples obstaculízação da tramitação do meu requerimento - o Ministro da Fazenda deveriater sido convocado ainda no mês de junho- acarreta prej uízos enormes para a economia nacional e para milhões de pequenosplantadores de soja do ír.tertor de SãoPaulo, Santa Catarina, Paraná e, sobretudo,Rio Grande do Sul, o maior produtor desoja no Brasil. Só não sabem disso os Deputados que, recebendo os votos dos produtores de soja, quando se trata de defenderlhes os interesses aqui, na Câmara, tergiversam e não votam de acordo com o queprometeram durante as suas campanhaspolíticas.
Mas, Sr. Presidente, Srs. Deputados, estranhamos que seja obstaeulízada a aprovação do nosso requerimento. Quando o Sr.Ministro Severo Gomes, da Indústria e doComércio, viaja por diversos países, desenvolvendo uma política nacionalista, aqui, noBrasil não se permite sequer que o Ministroda Fazenda compareça a esta Casa paraesclarecer até onde houve interferéncia doGoverno contra a ação das multínacíonaísqne estão espoliando não apenas os nossosprodutores de soja, mas toda a Nação.
Quando viajo pela minha região, sobretudo no Vale do Uruguai, onde estão milhares de produtores de soja, observo que, devido às manobras criminosas das multínacíonaís, venderam eles milhares e milharesde sacas ao preço unitário de 60 cruzeiros,isto é, 10 cruzeiros inferíor, porque a sacade soja, de acordo com os meus cálculos eos depoimentos feitos na Comissão de Agricultura e Politica Rural desta Casa pelosPresidentes da Federação das Cooperativasde Santa Catarina, do Paraná, e de SãoPaulo, vale 70 cruzeiros.
Queremos, assim, pedir esclarecimentosao Sr.Ministro da Fazenda sobre o paradeirodesse dinheIro roubado dos nossos colonos,tirado da economia brasileira e que está
Setembro de 1975 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 4 6815
servindo apenas para atulhar as arcas dasmultinacionais que operam dentro do nossoPais.
Sr. Presidente, Srs. Deputados, a despeitodo que se fala nesta Casa, de maneira alguma posso acreditar que a ARENA venhaa obstaculizar esse requerimento de convocação do Sr. Ministro da Fazenda, que, senão é um grande Ministro no sentido latoda expressão, é um grande Ministro porquesabe falar com espantosa agilidade. S. Ex. a
daria um show nesta Casa; S. Ex.a , homeminteligente, culto, que considero grande patriota, traria para aqui os esclarecimentosdesejados e diria à Nação até que ponto vaia influência do Governo junto às multínacionais.
Por que, então, Sr. Presidente e Srs. Deputados, privar o Sr. Ministro da Fazenda decomparecer a esta Casa para prestar asinformações de que necessitamos? Todossabem que no Brasil, de modo especial pelaOposição, o Sr. Delfim Netto era tido comouma espécie de ditador. Mas S. Ex. a , atendendo a requerimento de minha autoría,compareceu a esta Casa e prestou todas asinformações que foram solicitadas, durantemais de três horas, pelos Deputados Federais. Espero que a ARENA reexamine esteassunto.
Quanto a mim, teria imenso prazer emve: S. Ex.a aqui e poder voltar ao Rio Grande do Sul, amanhã ou depois, e, percorrendotoda aquela região, onde agricultores foramsacrificados, dizer que o Governo não foiculpado, que o Sr. Ministro da Fazenda veioli esta Casa e deu as explicações necessárias.Mas, se isto não acontecer, naturalmentevoltarei àquela região e direi justamente <Jcontrário: que <J Governo é o maior responsável pelo saque praticado contra milharesde produtores e contra a economia do País.
Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.O SR. PRESIDENTE (Herbert Levy)
Tem a palavra o Sr. Blotta Júnior, paraencaminhar a votação.
O SR. BLOTTA .JÚNIOR (ARENA - SP.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,antecipou a liderança da Oposição nestaCasa a posição que a Maioria iria assumir.Ouvimos com a maior atenção todas as razões expendidas pelos nobres Deputados doMovimento Democrático Brasileiro, tentando convencer o Plenário da necessidadeinadiável do comparecimento do Sr. Ministro da Fazu1da à Câmara dos DeIJ,Utados.
Ora, está previsto que o Sr. Ministro daFazenda vai comparecer à Câmara dosDeputados. E, por mais que <J DeputadoIsrael Dias-Novaes queira mínímízar, desaprecíar, ínteríorízar a importância deComissão Parlamentar de Inquértto quetrata das multínacíonaís, a ARENA entende que uma CPI desta envergadura é o cenário apropriado para que <J titular da Fazenda preste o seu depoimento não apenassobre a soja, mas sobre todos os assuntosafetos à sua pasta.
Quem se demorar nos detalhes do requerimento do Sr. Deputado..Antônio Bresolinverá que toda a veemência da argumentação de S. Ex.a se esboroa pelo simples fatode que não malogram seus esforços e nãose frustra sua iniciativa se o Ministro nãovier a Plenário e for interrogado, indagado, verrumado por S. Ex.a na ComissãoParlamentar de Inquérito das multínacíonais.
O art. 278 do Regimento Interno preconiza que o Sr. Ministro dará respostas sumárias sobre assuntos da sua Pasta, das14,30 às 15,00 horas. Agora, ficar S. Ex.a 10horas na Comissão Parlamentar de Inquérito é menos importante para os nobresLíderes e Deputados da Oposíçâo.. (Palmas.)
Talvez por isso o Deputado Bresolin, emquem reconheço publicamente assistiremtodas as magníficas qualidades que lheatribuiu o Líder da Oposição - Deputadosério, honesto, bem intencionado - deixoude estar na Comissão de Saúde na manhãde 14 de maio de 75, quando o Ministroaqui compareceu, sem M galas, os ouropéis,os refletores do plenário, para responderàs matérias que lhe foram perguntadas. Eno mesmo dia, às 15,30 horas, o DeputadoBresolin apresentava seu requerimento.
S. Ex.a também não desejou comparecerà Comissão de Finanças na manhã do dia5 de junho de 75, quando o Sr. Ministro d~
Fazenda ali esteve e, durante cinco horase meia, das 10 às 15,30 horas, infatigavelmente, incansavelmente, respondeu a todas as perguntas que lhe foram formuladas pelos representantes da Oposição nesta CMa. (Palmas.) Do dia do seu requerimento de constituição a esta data, a Comissão Parlamentar de Inquérito teve trêsmeses e tanto de atividades, e só não veioaté agora o M'inistro da Fazenda porque,tendo concordado, S. Ex.a o Presidente daComissão ainda não designou o dia do seucomparecimento. Portanto, a eventual procrastinação se deve ao zelo, à acuidade, aocuidado com que a Comissão Parlamentarde Inquérito cuida das multínacíonaís. Ainda não desejou ouvir o Ministro da Fa:zenda. Se desejasse ouvi-lo S. Ex." já teríavindo aqui J:J.á muito tempo, possivelmentepara apresentar dados que de certa maneira tiram um pouco das cores tão negras esombrias, os funestos presságios oferecidosda tribuna, lembrando que no ano passadoo maior produtor de soja deste Pais, o RioGrande do Sul, através das suas cooperatívas agrícolas, inclusive multinacionais,exportou 52% da soja.
Não se pode pinçar de forma impune eardilosa uma frase do Presidente da República, situando-a como item isolado doseu contexto e, com base nisso, dar apoioao Deputado Bresolin no seu requerimento,quando a inteireza do texto é que devc serentendida, para ver-se que S. Ex. a quis dizer exatamente o contrário. Mesmo um versículo da Bíblia, dissociado da parábola oude qualquer um de seus textos, estará dando sempre razão a quem quiser utilizá-loa seu critério. O próprio Presidente Geisel,cita o autor, ciente da situação declarou:"Sabemos produzir, mas não sabemos comercializar." Parecendo que isso seria umato de penitência do Governo, quando oque S. Ex.a deseja é que a coruercíalizacãoda soja seja feita de forma racional e efetiva, e não aos ímpérlcs emocionais, taiscomo os que ditam a pretensão da vindado Minist.ro da Fazenda a este plenário.
O nobre Líder da Oposição fez um dramático apelo para que a Liderança da Maioria consultasse o Sr. Ministro da Fazenda,pois possivelmente S. Ex. a desejaria vir.Acreditamos nisso, mas não está no Regimento que o convocado deva ser consultado.
Repito, ainda, parafraseando o que disseo Deputado José Bonifácio, por ocasião dorequerimento de convocação do Sr. Ministro da Justiça: é a Maioria que decide seo Ministro dcve vir a esta Casa e não o requerimento da Minoria, ou a aquiescênciado Ministro. Pelo menos por enquanto, entendemos totalmente desnecessária e supérflua a vinda do Sr. Ministro da Fazendaa esta Casa para, durante 30 minutos, responder sumariamente a índagações de tãoalta importância, qual seja '0 problema dasoj a. Preferimos' ver S. Ex." na ComissãoParlamentar de Inquérito, atendendo aomomento mais alto da efetiva presença dolegislador no princípio da isonomia, quando é sua a oportunidade de convocar ummembro do Poder Executivo, [ungl-Io à ne-
eessídade de declarar somente a verdade ede responder a todas as perguntas que lheforem reítas. Conseqüentemente, não seráaqui, em 30 minutos, respondendo o quequiser e o que desejar, que o Ministro daFnzenda atingirá os objetivos do requerimento do Deputado Bresolín.
Exatamente porque entendemos a intenção de S. Ex.a e queremos vê-la alcançada,votaremos contrariamente à vinda do Ministro da Fazenda ao plenário. Enquantoprevalecerem os termos do art. 278 do Regimento Interno, qualquer pessoa que forconvocada a este plenário falará menos doque deve, menos do que desejamos e pormuito menos tempo do que queríamos.
Nosso voto é contrário ao requerimento.(Pa.lmas.)
O SR. PRESIDENTE (Herberr Levy) _Vou submeter a votos o segulnte
REQUERIMENTON.o 29, de 1975
O Deputado que este subscreve, nos termos regimentais, vem dizer e requerer o seguinte:
1.0) que conforme noticiou a imprensa,o custo da soja, por tonelada, nos EUA, noano pp. foi de 220 dólares e neste ano de270 dólares.
2.°) que a comercialização, naturalmente, está se processando acima do preço docusto, pois o governo daquele pais não vempoupando esforços para fomentar a produção.
3.°) que no Brasil tudo indica que nesteano os produtores de soja terão o mesmodestino dos anos anteriores: serão massacrados pelas manobras das multtnacíonaís,que manobram internamente e até no mercado internacional.
4.°) que no início da colheita a soja foicomercializada (salvo em casos isolados, onde as produtores foram miseravelmente explorados) ao preço de Cr$ 75.00 a saca, etudo indicava que o preço reagiria.
5.°) que isto não vem acontecendo, noentanto, pois em muitas cidades dos trêsEstados do Sul - Paraná, Santa Catarinae Rio Grande do Sul - a soja está sendovendida atualmente a Cr$ 60,00 a saca,abaixo do custo da produção se forem deduzidos triagem, transporte, expurgo. rCM eFUNRURAL.
6°\ que as multinacionais estão manobrando na compra do produto: uma horaalegam falta de colocação do óleo vegetal,depois vem o farelo e a torta, mais tardeo mercado internacional etc.
7.°) que além de tremendas apreensões,reina verdadeiro desespero entre os produtores.
8.°) que o próprio Presidente Geisel,ciente da situação, declarou que "sabemosproduzir mas não sabemos comercializar",conforme informou a imprensa.
9.°) que face ao exposto o suplicante requer que, após ouvido o Plenário, seja convocado o Sr. Mário Simonsen, Ministro daFazenda, para prestar informações sobre asprovidências que estão sendo tomadas peloGoverno contra as multtnacíonaís, que maisuma vez estão causando enormes prejuízosaos produtores de soja e à economia doPaís.
O SR. PRESIDENTE (Herbert Levy)Os Srs. que aprovam o requerimento queiram ficar como estão. (Pausa.)
Rejeitado.O SR. ISRAEL DIAS-NOVAES (Pela Or
dem.) - Sr. Presidente, requeiro verifícaçãode votação.
6816 Quinta-feira 4 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Seterlbro de 1975
José Costa- MDB.
O SR. PRESIDENTE (Herbert Levy) Está concedida.
Vai-se proceder à verificação.
O SR. PRESIDENTE (Herbert Levy) Vai-se proceder à chamada e conseqüentevotação nominal.
Os 81's. Deputados que votarem a favor,responderão Sim e os que votarem contraresponderão Não.
O SR. ODULFO DOMINGUES, l.°-Secretárto, procede à chamada nominal.
O SR. PRESIDENTE (Herbert Levy) A mesa vai proclamar o resultado da votação.
Votaram Sim, 123 81's. Deputados;
Votaram Não, 125; e houve 1 abstenção.Total: 249 votos.
O requerimento é rejeitado.
Votaram Sim os Srs. Deputados:
Guaçu Piteri, Líder do MDR
Aere
Nabor Júnícr - MDB; Ruy Lino - MDR
Amazonas
Antunes de Oliveíra - MDR
Pará
João Menezes - MDB; Júlio Viveiros MOB.
Maranhão
Epitãcio Cafeteira - MDB.
Piauí
Celso Barros - MDB.
Ceará
Antonio Morais - MDB; Figueiredo Correia - MDB.
Rio Grande do Norte
Henrique Eduardo Alves - MDB; PedroLucena - MDB.
Paraíba
Humberto Lucena - MDB; OctacílioQueiroz - MDB.
Pernambuco
Carlos Wilson - ARENA; Fernando Coelho - MDB; Jarbas Vasconcelos - MDB;Joaquim Coutinho - ARENA; JoaquimGuerra - ARENA.
Alagoas
MDB; Vinicius Cansanção
Bahia
Antonio José _ MDB; Henrique Cardoso- MDB; Hildérico Oliveira - MDB; NeyFerreira. - MDB; Theódulo Albuquerque ARENA.
Espírito Santo
Aloisio Santos - MDB; Argilano Dario- MDB; Mário Moreira - MDB.
Rio de Janeiro
Abdon Gonçalves - MDB; Alcir Pimenta- MDB; Arto Theodoro - MDB; BrígidoTinoco - MDB; Daniel Silva - MDB; Emanuel waíssmann - MDB; Erasmo MartinsPedro - MDB; Florim Coutinho - MDB:JG de Araújo Jorge - MDB; Joel Lima MDB; J'Jrge Moura - MDB; José Maurício- MDB; Léo Simões - MDB; LeônídasSampaio - MDB; Lysâneas Maciel- MDB;Marcelo Medeiros - MDB; Milton Steinbruch - MDB; Miro Teixeira - MDB; Moreira Franco - MDB; Oswaldo Lima MDB; Pedro Faria - MDB; Peixoto Filho- MDB; Rubem Dourado - MDB; Walter Silva - MDB.
Minas Gerais
Cotta Barbosa - MDB; Fábio Fonseca MDB; Genival Tourinho - MDB; JorgeFerraz - MDB; Juarez Batista - MDB;Padre Nobre - MDB; Renato Azeredo MDB; Sílvio Abreu Júnior - MDB; 'I'arcíslo Delgado - MDB.
São Paulo
Airton Sandoval - MDB; Airton Soares- MDB; Athiê Coury - IVIDB; AurelioCampos - MDB; Dias Menezes - MDB;Edgar Martins - MDB; Frederico Brandão- MDB; Israel Días-Novaes - MDB; JoãoArruda - MDB; Joaquim Bevilacqua MDB; José Camargo - MDB; Lincoln Grillo- MDB; Octacílío Almeida - MDB; OtavioCeccato - MDB; Pacheco Chaves - MDB;Roberto Carvalho - MDB; Ruy Côdo MDB; Santilli Sobrinho - MDB; TheodoroMendes MDB; Ulysses Guimarães MDB.
Goiás
Adhemar Santilo - MDB; Fernand'JCunha - MDB; Genervino FonsecaMDB; Iturival Nascimento - MDB.
Mato Grosso
Antonio Carlos - MDB; Walter de Castro - MDR
Paraná
Alencar Furtado - MDB; Alvaro Dias MDB; António Anníbellí - MDB; AntonioBelinati - MDB; Expedit<J Zanotti - MDB;Gamaliel Galvão - MDB; Gomes do Amaral - MDB; Nelson Maculan - MDB; Oltvir Gabardo - MDB; Osvaldo Buskei MDB: Paulo Marques - MDB; Pedro Lauro- MDB; Sebastião Rodrigues JúniorMDB; Walber Guimarães - MDB.
Santa Catarina
Ernesto de Marco - MDB; Francisco Libardoni - MDB; Jaison Barreto - MDB;Laerte Vieira - MDB; Luiz HenriqueMDB; Valmor de Luca - MDB.
Rio Grande do Sul
Aldo Fagundes - MDB; Aluizio Paraguassu - MDB; Amaury MuDeI' - MDB;Antônio Bresolin - MDB; Eloy Lenzi MDB; Getúlio Dias - MDB; Harry Sauer- MDB; Jorge Uequed - MDB; José Mandellí - MDB; Lidovino Fanton - MDB;Magnus Guimarães - MDB; Nadyr Rossetti - MDB; Odacir Klein - MDB; RosaFlores - MDB; Vasco Amaro - ARENA.
AmapáAntônio Pontes - MDR
RondôniaJerônimo Santana - MDR
Votaram NÃO os Srs. Deputados:Blotta Junior, Líder da ARENA.
AmazonasRaimundo Parente - ARENA.
Pará
Alacid Nunes - ARENA; Gabriel Hermes- ARENA; Jorge Arbage - ARENA; Newton Barreira - ARENA.
MaranhãoEurico Ribeiro - ARENA; Luiz Rocha
ARENA; Magno Bacelar - ARENA; MarãoFilho - ARENA.
PiauíCorreia Lima - ARENA; Hugo Napoleão
- ARENA; João Clímaco - ARENA; Muri10 Rezende ARENA; Paulo Ferraz ARENA.
Ceará
Claudino Sales - ARENA; Ernesto Valente - ARENA; Flávio Marcílio - ARENA; Gomes da Silva - ARENA; Januário
Feitosa - ARENA; Jonas Carlos - ARENA; Manoel Rodrigues - ARENA; MauroSampaío - ARENA; Ossian ArarípaARENA; Parsifal Barroso - ARENA.
Rio Grande do NorteNey Lopes - ARENA; Ulisses Potíguar
- ARENA; Vingt Rosado - ARENA; Wanderley Mariz - ARENA.
Paraíba
Mauricio Leite - ARENA; Teotônio Neto - ARENA; Wilson Braga - ARENA.
Pernambuco
Gonzaga Vasconcelos - ARENA; JosiasLeite - ARENA.
Alagoas
Geraldo Bulhões - ARENA; José Alves _ARENA; Theobaldo Barbosa - ARENA.
Sergipe
Celso Carvalho - ARENA; Francisco Rollemberg ~ ARENA; Passos Porto - ARENA.
BahiaDjaIma Bessa - ARENA; Fernando Ma
galhães ~ ARENA; Henrique Brito - ARENA; João Alves - ARENA; João Durval ARENA; Lomanto Júnior - ARENA; Menandro Minahim - ARENA; Odulfo Domingues - ARENA; Prisco Viana - ARENA; RômuIo Galvão - ARENA; Ruy Bacelar - ARENA; Vasco Neto - ARE~A;Viana Neto - ARENA; Vieira Lima - ARENA.
Espírito Santo
Gerson Camata - ARENA; HenriquePretti - ARENA; Moacyr Dalla - ARENA;Oswaldo Zanello - ARENA.
Rio de Janeiro
Daso Coimbra - ARENA; Eduardo Gaill- ARENA; Hydekel Freitas - ARENA;José Haddad - ARENA; José Sally - ARENA; Luiz Braz - ARENA; Lygia Lessa Bastos - ARENA
Minas GeraisAécio Cunha - ARENA; Altair Chagas
- ARENA; Bento Gonçalves - ARENA;Francisco Bilac Pinto - ARENA; GeraldoFreire - ARENA; Homero Santos - ARENA; Humberto Souto - ARENA; IbrahímAbi-Ackel - ARENA; José Machado ARENA; Luiz Fernando - ARENA; Manoelde Almeida - ARENA; Melo Freire - ARENA; Navarro Vieira - ARENA; Nogueirade Rezende - ARENA; Raul BernardoARENA; Sinval Boaventura - ARENA.
São PauloAlcides Franciscato - ARENA; Cantídio
Sampaio - ARENA; Cardoso de Almeida ARENA; Faria Lima - ARENA; Ivahir Garcia - ARENA; João Pedro - ARENA; Salvador Julianelli - ARENA.
GoiásElcival Caiado - ARENA; Hélio Levy
ARENA; Hélio Mauro - ARENA; JarmundNasser - ARENA; José de Assis - ARENA;Rezende Monteiro - ARENA; SiqueiraCampos - ARENA.
Mato GrossoGastão Müller - ARENA; Nunes Rocha
- ARENA; Ubaldo Barém - ARENA; Vatdomiro Gonçalves - ARENA; Vicente Vuolo - ARENA.
ParanáAgostinho Rodrigues - ARENA; Alípio
Carvalho -ARENA; Antônio Ueno - ARENA; Cleverson Teixeira - ARENA; HermesMacêdo - ARENA; rso Losso - ARENA;Italo Conti - ARENA: João Vargas - ARENA; Minoro Miyamoto - ARENA; NortonMacedo - ARENA.
Setembro de 19'75 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 4 6811
Santa Catarina
Abel Ávila - ARENA; Adhemar GhiBi ARENA; Angelina Rosa - ARENA; Henrique Córdova - ARENA; João Linhares ARENA; Nereu Cruidi - ARENA; WilmarDallanhol- ARENA.
Rio Grande do Sul
Arlindo Kunzler - ARENA; Célio Marques Fernandes - ARENA; Cid Furtado ARENA; Fernando Gonçalves - ARENA;Lauro Leitão - ARENA; Mário Mondino ARENA; Nelson Marchezan - ARENA; Nunes Leal - ARENA.
RoraimaHélio Campos - ARENA.
O 81'. Herbert Levy, l o- Vi ce- Pr esiden te, no exercício da Presidência, absteve-se de votar.
O SR. PRESIDENTE (Herbert Levy) -Primeira discussão do Projeto de Lei
n.? 277-A, de 1975, que acrescenta parágrafo ao artigo 40 da Lei n,> 4.878,de 3 de dezembro de 1965, que "dispõesobre o regime jurídico peculiar aosfuncionários Policiais CIvis da União edo Distrito Federal"; tendo parecer, daComissão de Constituição e Justiça, pela constitucionalidade e jurídícídade,contra os votos dos srs. Lidovino Fanton, João Gilberto,' Tarcís10 Delgado,Luiz Henrique, José Maurício, RubemDourado e Celso Barros e, no mérito,pela aprovação, com Substitutivo, contra os votos dos 81'S. Lidovino Fanton,João Gilberto, José Maurício, Luiz Henrique, Tarcisio Delgado, Rubem Dourado, Celso Barros e Antônio Mariz. (DoSr. Ivahir Garcia.) - Relator: Sr. JoséSally.
O SR. PRESIDENTE (Herbert Levy) Tem a palavra o Sr. Célio Marques Fernandes, para díscutãr o projeto.
O SR. CÉLIO MARQUES FERNANDES(ARENA - RS. Sem revisão do oraãor.) Sr. Presidente, o nobre Deputado IvahirGarcia, com inestimáveis serviços prestados às Polícias paulista e brasileira, houvepor bem apresentar o projeto de lei n.?277-A, de 1975, que visa a submeter a regime jurídico peculiar os funcionários poIícíaís civis da União e do Distrito Federal.Lembra S. Ex. a , em sua justificação, a situação criada para um funcionário policialque for condenado a mais de 2 anos e cumprir a pena em cárcere comum. Como todossabem, principalmente aqueles que já exerceram essa função, o funcionário policialé sempre uma pessoa marcada, seja noexercício de suas atribuições, ao efetuarprisões, seja quando contraria interesses.Realmente. uma das piores funções a serexercida por um cidadão é a de Delegadode Policia, principalmente na época em quevivemos, em que todos se crêem cheios derazão, julgando o policial sempre um inimigo.
Só mesmo quem exerceu essa função pode dizer quão difícil ela é. Muitas vezes opolicial é condenado e, por questões outrasque não influem no comportamento dopróprio funcionário da Polícia, vai para ocárcere privado e fica junto com criminosos que para lá ele conduziu. Conhecemosinúmeros casos de policiais que foramassassinados por presos penitenciários.
O nobre Deputado Ivahir Garcia acrecenta ao § 4.° do art. 40 da Lei 4.878, de3 de dezembro de 1965, a permissão parao funcionário polícíal cumprir pena em dependência isolada da dos demais presos.Mas a nobre Comissão de COnstituição eJustiça andou acertada ao apresentar umsubstitutivo modificando o art. 295 do Decreto-Lei 3.689, de 3 de outubro de 1941,
que particulariza as pnsoes especiais, Então. o art. 295, XII, passa a ter a seguinteredação:
"Os funcionários policiais CIVIS daUnião, dos Estados, do Distrito Federale Terr'itórios, ainda que condenados àspenas acessórias dos itens I e II do art.68 do Código Penal, cumprirão penaem estabelecimento penal e em dependência isolada dos demais presos."
É o que especifica o Código de ProcessoPenal.
Eis a diferença entre o substitutivo daComissão e o projeto de lei de autoria doilustre Deputado e Delegado de Policia.Acho que o subst'itutivo da Comissão deJustiça está mais aperfeiçoado, porque evitará a publicação de mais uma lei. Ele apenas acrescenta ao art. 295 do Código deProcesso Penal o item XII, que manda incluir os funcionários policiais civis da União,dos Estados, do Distr'ito Federal e dos Territórios.
Sr. Presidente, nobres Deputados, precisamos, quanto antes, proteger o policial,que presta inestimáveis serviços à nossasociedade. Muitas vezes, pode ocorrer, porironia do destino, que seja condenado ecolocado entre os presos comuns, acabando quase sempre na ponta de um punhalou de uma raea.
O Sr. Ivahir Garcia - Nobre DeputadoCélio Marques Fernandes, ouço com atençãoo brilhante pronunciamento de V. Ex. a
apoiando a minha modesta propositura, oque muito me desvanece. Com o fulgor dasua inteligência e o brilhantismo que lheé peculiar, embasado numa cultura de escol, V. Ex.a foi, no Rio Grande do Sul, umadas autoridades policiais que dignificarame honraram toda a nossa 'instituição noâmbito nacional. Portanto, ouvir o apoioque V. Ex.a empresta ao meu projeto delei é motivo de grande orgulho para mim.Mas, nobre Deputado Célio Marques Fernandes, desejo justificar a V. Ex. a e aos demais pares desta Casa que na proposiçãode minha autoria procurava pura e simplesmente alterar a legislação sobre prisãoespecial. Contudo, houveram por bem, noseu amplo entendimento, os integrantes dadouta Comissão de Constituição e Justiçadesta Casa, ampliar este benefício, que éhumano e justo e não um privilégio, abrangendo os policiais, inserindo no texto doart. 295 do Código de Processo Penal o Inciso XII, com o que se ampliam, como erao meu objetivo, os casos previstos de prisão especial, com o respectivo direito de opolicia.l cumprir a pena em departamentoespecial do próprio estabelecimento penal,mas com as mesmas regalias dos demaisdetentos, com direito a sol, a trabalho, alazer, a divertimento, a poder efetivamente viver dentro do presídio e não permanecer enctausurados como estão atualmente os policiais presos, já com sentençatransitada em julgado ou apenas com aprisão preventiva decretada, isolados durante 24 horas em um. cubículo de dois metros por quatro, sem direlto sequer a banho de sol. Então, vejo que realmente nesta Casa se fa·z justiça, que começa nadouta Comissão de Constituiçáo e Justiça,porque lá, examinando atentamente o meupróprio projeto de lei, os ilustres membroso aprimoraram. Por essa razão dou inteiroapoio ao substitutivo. Aqui estamos paracada vez mais servir melhor ao povo brasileiro. E os policiais integram uma parcela ponderável desse povo, que necessita doseu trabalho no sentido da manutenção daordem e da segurança públicas.
O SR. CÉLIO MARQUES FERNANDES 'Muito obrigado. V. Ex.a, com muita propriedade, focou o problema como ele é. Nãose trata, em hipótese nenhuma, de conces-
são de privilégios. O que se deseja é apenas evitar que crimes sejam praticados porpresos comuns contra ex-policiais. Eu mesmo, quando autoridade poücíal, delegadoem Porto Alegre, ppr muitas vezes tive queir à penitenciária para fazer inquérito porassassinato, por homícídío de ex-policiais.
Em boa hora o ilustre colega Ivahir Garcia houve por bem apresentar o projeto, emelhor agiu a Comissão de Constituição eJustiça, transformando a propositura emsubstitutivo, que estamos apoiando e quedesejamos seja convertido em lei. No pró.prio Código de Processe Penal está a solução. É a melhor, mesmo. Creio que, assim,esse caso ficará definitivamente solucionado. E os ex-pclíelais que tiverem de ir paraas penitenciárias terão a lei a apoiá-los.Estão, pois, de parabéns o Deputado IvahirGarcia, esta Casa e, acima de tudo, as Lideranças que irão apoiar o projeto.
Durante o discurso do Sr. Célio Marques Fernandes, o Sr. Herbcri Levy. 19Vice-Presidente, deixa a cadeira dapresidência, que é ocupada pelo 81'.Ubaldo Barém., suplente de Secretário.
O SR. PRESIDENTE (Ubaldo Barém) Tem a palavra o Sr. Peíxoto Filho, para discutir o projeto.
O SR. PEIXOTO FILHO (MDB - RT.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,Srs. Deputados, este projeto, que visa aacrescentar parágrafo ao artigo 40 da Lein.O 4.878, de 3 de dezembro de 1965, que"dispõe sobre o regime [urídieo peculiar aosfuncionários Policiais Civis da União e doDistrito Federal", obteve parecer favorávelda Comissão de Constituição e Justiça, contra quinze votos de seus ilustres integrantes.Ressalto esse aspecto, que não constitui incriminação nem contestação à proposição,e observo que apresentei projeto na Legislatura passada com os mesmos fundamentos, embora com relação aos comerciantese industriais. A Comissão de Constituição eJustiça opinou favoravelmente. Em Plenário, meu projeto recebeu emenda incluindomais um inciso ao art. 295 do Código deProcesso Penal: além de comerciantes e industriais, oficiais da Polícia Militar e doCorpo de Bombeiros. Voltou a plenário efoi aprovado em primeira discussão. Quando da segunda discussão, foi arquivado sobo seguinte fundamento da ARENA: "Nenhum projeto que trate de alteração doCódigo dc Processo Penal, ou que com eletenha vinculação, deve prosperar. Paraazar meu, na véspera, havia sido anunciadopelo Ministro da Justiça que seria enviadoa esta Casa o Projeto 633, que trata do novocódigo. Ent~o, a Liderança da ARENA, quehavia votado favoravelmente na primeiradiscussão, pediu-me desculpas, daquela tribuna, dizendo que iria retificar sua posição,porque já estava a caminho desta Casa oanteprojeto, formalizado pelo Governo Federal. alterando o Código de Processo Penale, conseqüentemente, o artigo que trata dasprisões especiais. No código atual é o art.295 e no anteprojeto do Governo está integrando o art. 199, que diz:
"Serão recolhidos a quartel ou outrolugar destinado a prisão especial, à disposição da autoridade competente,quando sujeitos a prisão antes da condenação definitiva:I - os Ministros de Estado;II - os governadores ...lU - os membros do Congresso Nacional. ..IV - os cidadãos ...V - os oficiais da Forças Armadas edas Polícias Militares e dos Corpos deBombeiros ... "
Isso consta do meu projeto. O Ministro daJustiça aproveitou, porque fazia parte in-
6818 Quinta-feira 4 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção I) Setembro de 1975
tegrante do meu projeto aprovado em primeira discussão pela Liderança da ARENA.Não foi incluído apenas o inciso correspondente aos comerciantes e Industrtaís, querecebeu parece:' favorável da Comissão deJustiça e aprovação em primeira discussãopela Liderança da ARENA.
Sr. Presidente, prevê ainda o Projeto deLei n. o 633, que gozam também de prisãoespecial os funcionários da policia e os serventuários da Justiça - inciso XI!.
Foi felicissimo o autor dessa proposiçãoao apresentá-la em abril. Aquela época tinha inteira procedência, porque numa dasprimeiras reuniões de nossa Comissão, napresença de S. Ex.",·o Presidente da Comissão ficou de oficiar à Comissão de Justiça, avocando todos os projetos que se relacionassem ou tivessem por finalidade alterações de qualquer dispositivo do Código deProcesso Penal. De modo que, data venta,não será possível esta Casa votar este projeto, quando está em pleno funcionamentouma Comissão Especial para tratar do assunto. Defenderei esta proposição comoemenda ao art. 199 da proposta de novoCódigo de Processo Penal.
Sr. Presídente; o art. 295 do Código deProcesso Penal vigente passará a ser o199 do projeto de Lei n.v 633 do Governo. Esse projeto, na fase de recebimento de emendas - que a Casa prorrogouaté o dia 15 - é transformado automaticamente em emenda ao art. 199 do Projetode Lei n.o 633 do Governo, obedecendo àmesma orientação da Liderança da ARENA,que não rejeitou o meu projeto, mas mepediu desculpas, dizendo que já estavaa caminho da Casa o Projeto de Lei n.° 633alterando o Código de Processo Penal; queeu tomasse providências para emendá-lo,quando aqui chegasse, a fim de atender aosobjetivos de minha proposição. De maneiraque, com a devida vênia do ilustre autor,que também faz parte da nossa Comissão- da qual tenho a honra de ser Vice-Presidente - esse projeto será aproveitado atéo dia 15 como emenda. Ora, há na Casamais de 60 projetos alterando dispositivosdo Código de Processo Penal. O objetivo doautor, não está bem, situado, apesar de eleconcordar com o sUbstitutivo da Comissãode Justiça. Data venia de S. Ex.a , eu souinteressado, porque testemunha dos fatosalegados como razões da justificação. Soutestemunha como advogado militante numaregião perigosíssima, onde o policial estásujeito a uma série de acidentes. Para quatro bandidos mortos, morre um policial. Estou de pleno acordo com S. Ex. a na suafundamentação. Agora, esse substitutivo daComissão de Oonstítuícâo e Justiça - acrescentando um inciso - não vai atender,porque a redação diz:
"Visando a evitar que ocorram terríveiscrimes contra a pessoa do ex-pclícíalcondenado a prisão por tempo superiora dois anos ou por crime cometido comabuso do poder ou violação do deverinerente à função pública." (Art. 68.)
Chamo a atenção do ilustre autor queconcordou com esse Substitutivo, que o mesmo não atende à finalidade do projeto. Oart. 199, depois da sentença, diz textualmente:
"Será recolhido a quartel ou outro lugardestinado a prisão especial, à disposição da autoridade competente, quandosujeito a prisão antes da condenaçãodefinitiva."
O substitutivo acrescenta um inciso aoart. 295 e não modifica a redação, de formaalguma, dos itens 1 e 2 do art. 68 do CódigoPenal.
O Sr. Ivahir Garcia - É sempre umahonra poder apartear o nobre DeputadoPeixoto Filho a quem, desde o primeiro dia
em que ingressei nesta Casa, como representante de uma parcela do povo paulista,aprendi a admirar pela sua combatividadee pelo seu talento. Para felicidade minha,tenho o prazer e a honra de conviver comS. Ex.a , além deste Plenário em duas Comissões, uma Parlamentar de Inquérito sobre o sistema Penitenciário e outra, a Comissão Especial do Projeto n.o 633, .quecontém o novo Código de Processo Penal.Ao longo deste período, tenho observado,através da acuidade com que se dedica aoseu trabalho de representante legítimo queé do povo do Estado do Rio de Janeiro, e advogado dos mais brilhantes emilitante nos foros daquele Estado, queS. Ex." dá o melhor de si a todas as matérias que examina Razão por que venho, de público, agradecer as palavras encomiásticas que dirigiu à justificação eao texto da minha propositura. Militante,como advogado, tenho acompanhado essaverdadeira via erucís dos policiais que, noestrito cumprimento do dever legal, encontram-se em erimfnaltdade, ou não, vez poroutra, por dever de oficio ou não, na contingência de serem presos e também condenados. O que a lei especial garantia a essespoliciais era o direito de ficarem separadosdurante a tramitação do processo. Tantoassim que, ao ser exarado a sentença condenatória e essa ter transitado em julgado,os policiais eram transferidos para as penitenciárias do Estado, ficando em inteirapromiscuidade com os demais deünquentes,muitos dos quais foram por eles presos eprocessados em razão do próprio exercício daprofissão, sujeitos à lei drástica da penitenciária. V. Ex.a inúmeras vezes, tem defendido, na Comissão Parlamentar de Inquérito, a melhoria do sistema penitenciário,com o entusiasmo e a vibração que caracterizam sua marcante personalidade de defensor dos direitos humanos. Pela experíêncía de 27 anos como Delegado de Polícia edesde que se pretende proteger a pessoa dopolicial, sou de opinião de que se deveriaestender o direito de prisão especial, com asua segregação mais humana ao depois dasentença condenatória transitada em julgado. Apresentei o meu projeto e houve porbem o nosso ilustre companheiro e membroda Comissão .Especial que estuda o novoCódigo de Processo Penal, o nobre DeputadoJosé Sally, na sua acuidade de grande advogado militante também, de encontrar umafórmula que pudesse levar para o texto doDireito Penal adjetivo exatamente o objetivo da minha propositura, apenas modificando os artigos que dizem respeito à penaacessória, porque, desde que o policial écondenado a mais de dois anos de reclusão,perde o seu cargo de policial. Passa, então,a ser um criminoso comum e vai para avala comum. Por isso é que entendi, com ahumildade de sempre, de acolher o substitutivo apresentado ao iaeu projeto pelosdoutos membros da Comissão de Constituição e Justiça. Eram estas as explicações quequeria dar ao meu nobre e dileto companheiro de Comissão Parlamentar de Inquérito do Sistema Penitenciário e agora também do Código de Processo Penal. Eraminha homenagem a V. Ex."
O SR. PEIXOTO FILHO - Agradeço aV. Ex." o aparte. No entanto, devo esclarecer que maior problema é o de datas. Járeapresentei, nesta Legislatura, proposíçãoque acrescenta um inciso ao art. 295 doatual Código de Processo Penal, incluindocomo beneficiários também os comerciantese industriais. Este projeto tem parecer favorável das Comissões Técnicas da Casa efoi aprovado por este Plenário em primeiradiscussão. O Governo estendeu a medidaaos membros das Polícias Militares e dascorporações de bombeiros, que, na verdade,já integravam o corpo do meu projeto.
O nobre Deputado José Sally, no entanto,como eu também Vice-Presidente da Comissão Especial, apresentou este parecer nodia 26 de junho. Se o projeto lhe tivesse sidodistribuído no início de agosto, ou mesmohoje, estou certo de que o parecer não seriao mesmo. E não o seria porque S. Ex.a sabeque o Projeto de Lei n.? 633/75 já dispõeque terão direito à prisão especial, entreoutros:
"Art. 199. Inciso XII - os tuncíonários de polícia e runcíonártoa ou serventuários da justiça."
O problema, no entanto, reside no fatode que, condenado a mais de dois anos, opolicial perde a condição de funcionário e,conseqüentemente, deixa de ser beneficiadopelo inciso XI! do art. 199 do Projeto deLei n.? 633/75, que será fatalmente transformado em lei porque foi mandado peloGoverno e a ele a ARENA dará integralapoio. Nestas condições, pergunto ao ilustres autor e ao nobre Relator, aqui presentes, se o objetivo é a alteração dos itens Ie I! do art. 68 do Código Penal, que diz:
"Art. 68. Incorre na perda de funçãopública:I - o condenado à pena privativa deliberdade por crime cometido com abusode poder ou violação de dever inerenteà função pública;II - o condenado por outro crime àpena de reclusão por mais de dois anosou de detenção por mais de 4."
O substitutivo oferecido resolve o problema? É a pergunta que faço ao ilustre autor,que já concordou com o substitutivo, e aonobre Relator. Respondo eu mesmo: não,não resolverá, pois mesmo que o substitutivooferecido tivesse por escopo salvar li proposição, estabeleceria um privilégio de quenão gozariam Ministros de Estado, membrosdo Congresso Nacional e todos os demaisbeneficiários do art. 199 do novo Código deProcesso Penal. O privilégio só seria estabelecido para os policiais. No entanto, estoude pleno acordo com a fundamentação. Opolicial, da mesma forma que o comerciante, o industrial e todas as categoriasenumeradas no art. 199 do Projeto de Lein.> 633/75 e no art. 295 do atual Códigode Processo Penal, tem o mesmo direito.
O Projeto de Lei n." 633/75, no entanto,está tramitando na Comissão Especial e oprazo para a apresentação de emendas vaiaté o próximo dia 15. Nestas condições, votarei contrariamente à proposição, por entender que ela deve ser apresentada àComissão Especial na forma de emenda. Senão houvesse mais prazo para isso, eu próprio pediria o adiamento da votação, o quenão é o caso. Assim, estarei lá na ComissãoEspecial para apreciar com o maior carinhoe respeito os argumentos do nobre Deputado Ivahir Garcia. Na verdade o substitutivo apresentado não se ajusta ao objetivoda proposição, que, por sua vez, não podemerecer acolhida nesta oportunidade. (Muito bem!)
O SR. PRESIDENTE (Ubaldo Barem) Tem a palavra o Sr. Florim Coutinho, paradiscutir o projeto.
O SR. FLORIM COUTINHO (MDB - RJ.Sem revisão do orador.) Sr. Presidente, venho à tribuna dizer a V. Ex.a e aos ilustrescolegas que, em 1971, apresentei o Projetode lei n.> 163, dispondo sobre regalias aospoliciais civis, proposição que andou deCeca a Meca, de uma outra Comissão Técnica desta Casa, até que, na atual Legislatura, foi arquivada por força regimental.Hoje, com surpresa, tomo conhecimento doProjeto de Lei nv 277-A/75, do nobre Deputado Ivahír Garcia.
Setembro de 19'75 DIARIO no CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 4 6819
, Sr. Presidente, estou de pleno acordo coma proposição, prrncípalmente com o substitutivo a ela apresentado. Não se pode admí,tir que um policial cumpridor do dever,lamentavelmente cometendo uma falta esendo condenado a mais de dois anos tornando-se, assim, criminoso comum .- vápara o cárcere. Diz o nobre autor do projeto:
"11: que, segundo entendemos, a lei querproteger a pessoa do policial (ou ex-puIícíal) , não a sua condição de funcionário. O policial, mesmo perdendo afunção pública, continua sendo aquelapessoa que merece atenção especial, emrazão das prisões que efetuou. Seu passado não mudou; é a mesma pessoa quetem direito à prisão especial."
Ora, recolhido ao cárcere, no meio debandidos para cuja condenação cooperou,ele próprio estará condenado à morte. Ehoje em dia não é preciso estar entre quatro paredes para ser morto, basta um seqüestro, que está muito em moda.
, Ouço o nobre colega José SaIly.O Sr. José Sally - Nobre Deputado Flo
rim Coutinho, interfiro no pronunciamentode V. Ex." quando, na verdade, deveria fazê-lo no do colega Peixoto Filho, que mechamou ao debate com várias indagações.Aproveito a oportunidade para esclareceros motivos que me levaram, na Comissão deConstituição e Justiça, a aprovar a proposição do nobre parlamentar Ivahir Garcia.S. Ex." desejava alterar a lei que concediaprivilégio à classe policial, da mesma formaque outras leis apresentadas em derivaçãoà lei especial, ou seja, o Código de ProcessoPenal. Entendia eu ser mais convenientecom a hermenêutica não acolher proposições que poderiam ser acrescentadas aoCódigo de Processo Penal na forma deemendas. No entanto, não desejando tolhera iniciativa do ilustre Deputado, apresenteio substitutivo. Por uma questão de técnicalegislativa, alterava-se o Código de ProcessoPenal para incluir o que desejava S. Ex.asem criar uma nova lei, como tantas outrasexparsas existem, constituindo-se em verdadeira colcha de retalhos. Daí a razãopela qual apresentei o substitutivo. Comreferência à Comissão que aprecia o Códigode Processo Penal, a Comissão de Constituição e Justiça havia decidido, por maioria,que qualquer proposição submetida à suaapreciação seria votada a que se enviariacópia àquele órgão. A orientação, agora, éoutra. Hoje recebemos da Comissão deConstituição e Justiça uma determinação,partida do Presidente da Casa, por solicitação das Presidências das Comissões doCódigo Civil e do Código de Processo Penal,no sentido de se encaminhar o projeto àComissão. Mas este projeto já está aqui,no plenário. Assim, não sei por que deixarde apreciá-lo. Inclusive a cópia já está naComissão do Código de Processo Penal. Nobre Deputado, não dei privilégios; apenasconsiderei que o funcionário condenado amais de dois anos, tendo sido Delegado, teria apenas o direito a uma prisão fora docontato e do convívio com outros presos.Não criei modalidade de privilégio para aclasse. Para maior segurança, para a defesa da pessoa, para dar tranqüilidade à sociedade, entendi aceitar o projeto do nobreDeputado Ivahír Garcia. Com este esclare'Cimento creio haver respondido ao Sr.Deputado Peixoto Filho, em cujo discurso,por estar no final, não pude interferir.
O SR. FLORIM: COUTINHO - Como disse, nobre Deputado, estou de pleno acordocom o projeto ora apresentado e principalmente com o substitutivo do Sr. DeputadoJosé SaIly, que declara que os funcionários
policiais "cumprirão pena em estabelecimento penal e em dependência isolada dosdemais presos".
Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.O SR. PRESIDENTE (Ubaldo Barem)
Tem a palavra o Sr. Ivahir Garcia, paradiscutir o projeto.
O SR. IVAHIR GARCIA (ARENA - SP.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,Srs. Deputados, são as minhas primeiraspalavras de agradecimento - e acreditopoder falar em nome de todos os policiaiscivis brasileiros - ao nobre Deputado Florim Coutinho pelas referências. Tive a honra de pessoalmente conhecer S. Ex." nestaCasa, mas conhecia a sua bravura, comodefensor do povo brasileiro, e seu imensocivismo de longa data. Na sétima Legislatura, quando eu integrava a Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, por defender os mesmos princípios de honorabilídadede todos os administradores e homens públicos, que, mais que Ulll dever, uma imposição da própríe. consciência, porque lidameles com dinheiro alheio, tive oportunidadede, embora pertencendo a partido diferentedo de V. Ex.a , eis que integro a ARENA eV. Ex.'" o MDB, ler uma das páginas maisextraordinárias, colhida nos Anais destaCasa, de um excepcional e corajoso discursode V. Ex. a , quando erítícava a orientaçãoeconômica e financeira do ex-Ministro Delfim Netto.
Li na Assembléia aquele pronunciamento,porque nele me espelhei, Ex." - permitame que o revele de público. E o faço comgrande orgulho, porque, politico novo, nãovejo, quando se milita no Parlamento nacondição de real representante do povo,para defender as suas necessidades reais,nenhuma diferenca entre arenista e ornedebista, pois visa-se ao bem comum, que éa própria finalidade do Estado e de seusgovernantes.
Por isso, hoje, fico comovido e profundamente sensibilizado quando tenho a honrade, nesta Casa, apresentar este projeto, quenão cria privilégios, mas, pelo contrário,faz justiça, dá tratamento equânime àqueles encarcerados. V. Ex.", desde 1971, pelosmesmos motivos humanitários, tem defendido esta causa, que hoje, tenho a certeza,será aprovada nesta Casa. Esta, a homenagem que desejava prestar a V. Ex."
O Sr. Florim Coutinho - Muito obrigadoa V. Ex.a.
O SR. IVAHIR GARCIA - Eu me espelheinos seus magníficos pronunciamentos, altivos e independentes, em defesa do Eráriopúblico do nosso País. Como V. Ex. a , também discordei inúmeras vezes da orientaçãoeconômico-financeira ditada pelo ex-Ministro da Fazenda, Prof. Delfim Netto, pornão traduzir a realidade da vida brasileira,provocando uma inflação sob o pretexto decontê-Ia ao nível dos 12%, o que não era,em hipótese alguma, a realidade dos fatos enão se constituía, na época, a verdade propugnada e defendida pelo Governo revolucionário.
O Sr. Florim Coutinho - Nobre Deputado,as palavras proferidas por V. Ex." me deixaram sensibilizado.
O SR. IVAHIR GARCIA - Sensibilizadoestou eu, Ex."
O Sr. Florim Coutinho - Agradeço de coração a V. Ex.a pelas palavras que pronunciou a meti respeito. Terei muito mais estimulo e lutarei muito mais nesta Casa ouvindo o eco das palavras de V. Ex." Muitoobrigado Sr. Deputado.
O SR. IVAHIR GARCIA - Quem agradece sou eu, Ex."', e quem me deu estimulopara vir a esta Casa, entre muitos, foi V.Ex.'"
O Sr. Florim Coutinho - Muito obrigado,Ex."
O SR. IVAHIR GARCIA - Quero também, por um dever de justiça, agradeceruma vez mais, o apoio e as palavras judiciosas dos que me antecederam na tribunaentre eles o nobre Deputado Célio MarquesFernandes, meu dileto companheiro de lutas em favor da polícia civil no i.entído dedemonstrar a necessidade urgente de termos em todos os Estados da Federação oprimado do Bacharel em Direito dirigindoa polícia judiciária, para aprimorar nossostrabalhos, dando maior segurança ao povoda nossa Pátria.
O Sr. Lauro Leitão - Permita-me, nobreDeputado. Em primeiro lugar, desejo manifestar minha solidariedade pessoal ao projeto de V. Ex."
O 8R. IVAHIR GARCIA - Muito obrigado.
O Sr. Lauro Leitão - Realmente, tratase de medida de cautela e de justiça. Aliás,tive oportunidade, há alguns anos, de relatar favoravelmente. na Comissão de Constituição e Justiça, projeto semelhante aode V. Ex. a• de autoria do então DeputadoFederal pelo Rio Grande do Sul, RaimundoLins de Vasconcelos Chaves. Não sei o destino daquela proposição. Mas, na oportunidade, dei parecer favorável ao mesmo. Nãovingou, se não V. Ex." não estaria a auresentar este projeto. Meus parabéns a V. Ex.a
O SR. IVAHIR GARCIA - Tenho certeza, nobre Deputado, de que o parecer favorável de V. Ex. a foi ditado - como aliás,ocorre com todas suas atitudes nesta Ca~a
- pelo mais aIto critério de justiça. Em todos os seus pronunciamentos V. Ex. a traza marca incontestável e írretutável do homem público que vem para o Congresso Nacional a fim de servir, dentro das normasdo Direito, dando a cada um o que é seu,aplicando, efetivamente, a Justiça na suaconcepcão maior, segundo Justiniano, quea definia como sendo "a vontade perene econstante de dar a cada um o seu direito",Muito obrigado a V. Ex."
O Sr. Eduardo GalH - Permlta-rne. nobre Deputado Ivahir Garcia. Tenho não 3Óa honra e a satisfação nesta tarde, deapartear (J ilustre colega ...
O SR. IVAHIR GARCIA - A honra éSempre minha, nobre Deputado.
O Sr. Eduardo Galil - ... mas de trazerlhe também minha solidariedade nela iniciativa da apresentação do ProjE'tõ n v •.•277-A/75, um dos mais justos. qu I fixa bemo direito de o policial desfrutar urna prisãoespecial, mesmo quando condenado às penas acessórias prcvlstas nos incisos I e IIdo art. 68 do Código Penal.
V. Ex.'" acertou e acho que acertou maisdo que o substitutivo do tluati e Relator,que quis fixar no Código de Processo Penal,evitando, por conseguinte, a prisão especial. Mas o projeto apresentado por V. Ex."não só protege o polícial, não (J acobertá,nem o estimula ao erro. mas dá o castigo,.a pena. faz [ustíea sem ser a sooíedade injusta para com .aquele que sempre a defendeu. Por isso, acho que V. Ex. a não sóacertou juridicamente. ao determinar a prisão especial, como acertou também em termos de justiça, fazendo com que aquele quesempre fez justiça em favor da sccíedade,buscando a tranqüilidade. a seg rrança social, não mereça, nos eventuais aeontccímentos anttjurídícos, criminosos, de que possa participar, a injustiça d.a SOCiedade ematirá-los àqueles que por certo teriam razões de sobra para se vingar daquele queprocurou proteger a sociedade da sanha dosseus inimigos, que são os margínals, que. 1JOrproblemas socíaís, econômicos e de ordemgenética, agridem a ordem social. Parabe-
6820 Quinta-feira 4 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (S~ão .1) Setenibro de 1975
nízo V. Ex. B e o cumprimento pela sua atuação parlamentar.
O SR. IVAHffi GARCIA - Ouvir de V.Ex.B referências encomiásticas ao meu modesto e despretensioso trabalho, mas sincero, leal e franco, em defesa de um direitodos policiais civis, é motivo de grande júbilo, nobre Deputado Eduardo Galil, porque V. Ex. B figura nesta Casa como umaesperança de que o Parlamento brasileiropossui, na sua nova geração de homens públicos, pessoas voltadas ao deseja sincero dedefender as melhores causas, servindo muito antes de se servir, e que não aceitamaquela filosofia que por longo tempo imperou na política brasileira, infelizmente, emque a politicagem confundia-se com a política e deixava de ser a arte de esgrimir,no sentido de, em primeiro lugar, legislarem beneficio do povo brasileiro e, em segundo lugar. fiscalizar as ações dos demaisPoderes da República.
Quando, srs. Deputados, apresentei o Projeto de Lei n.O 277-A, de 1975, fi-lo imbuidode- firme propósito de que estava procurando garantir um direito aos policiais civis,de, como seres humanos, quando por qualquer circunstância vierem a ser condenados terem tratamento idêntico ao dos demais reclusos, a fim de que o espetáculodantesco, que assisti na começo do ano,antes de vir para esta Casa. em visita ainúmeras penitenciárias de vários Estados,não mais se repíta ,
Srs. Deputados, vi ex-policiais segregadosem cubículos ínfectos de penitenciárias 'doEstado, lá permanecendo durante 24 horas, pois não pode~iam ser postos em contato com os demais detentos, porque, pelalei do presídio, aqueles que por eles forampresos evidentemente os elímtnarían.. Emais do que isso, em eondíçôes subumanas,não tinham sequer o direito de receber aalimentacão destinada a08 demais presidiários riem a água, nem os talheres fornecído~ igualmente aos demais presos, porque havia a risco de a comida e a águavirem envenenadas e os talheres conteremsubstâncias que os eliminariam.
Sr. Presidente e Srs. Deputados, não épossível que o Parlamento brasileiro mantenha esse estado de coisas dentro do nosso território. numa desigualdade flagrante,chocante e desumana de tratamento aossentenciados. Então, aqueles homens queprestaram relevantes serviços à causa damanutenção da ordem e da segurança pública são, hoje, párías até dentro dos presidias.Eles têm o direito de viver como criaturashumanas que são. Por isso procurei introduzir - e a douta Comissão de Constituicão eJustiça, através do seu Relator, DeputadoJosé Sally as ampliou, ao levar para o atualCódigo de Processo Penal - essas inovaçõesno novo Código em tramitação na Comissão Especial.
Sr. Presidente, finalizando, dada a premência de tempo, estou absolutamente convencido, tendo em vista as manífestacõesde arenístas e emedebístas, de que o projeto será aprovado na oportunidade.
O SR. PRESIDENTE <Ubaldo Barém) Não havendo mais oradores inscritos, declaro encerrada a discussão.
O SR. PRESIDENTE (Ubalde Barém) Tendo sido oferecida uma emenda ao Projeto n.v 277-A, de 1975, em 1.0 discussão,volta o mesmo à Comissão de Constituicão eJustiça. -
Acrescente-se, onde convier, no Projetode Lei n,o 277-A, de 1975:
"a mesma situação será concedida aosservidores da fiscalização, nos diferentessetores da administração pública".
Sala das Sessões, em 3 de setembro de1975. - Israel Dias-Novaes ,
O SR. PRESIDENTE (Ubaldo Barém) Esgotado o tempo dístmado à Ordem doDia, passa-se ao periodo destinado às Comunicações das Lideranças.
O SR PRESIDENTE (Ubaldo Harém) Tem a palavra o Sr. Henrique EduardoAlves.
O SR. lIENRIQUE EDUARDO ALVES(MDB - RN. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados,a SUDENE acaba de divulgar informaçãosegundo a qual o crescimento do ProdutoInterno Bruto do Nordeste, em termos deprevisão, com base nos dados do primeirosemestre do corrente ano, apresenta Indícios de crescimento na ordem de 3 por cento.
O relatório da SUDENE indica pouco dinamismo da economia nordestina no período, e afirma que a autarquia está em alertaquanto à gravidade do fato.
Estas informações, insuspeitas pela suaorigem, nos fazem voltar a esta tribunapara algumas considerações acerca da premente necessidade de novas diretrizes parao incremento do desenvolvimento do Nordeste.
Para que se possam projetar reais possibilidades de desenvolver a região, em harmonia com o restante do País, o crescimento do produto bruto nordestino há de sesituar em níveis bem mais elevados queaqueles agora divulgados pela SUDENE.Em conseqüêneía, não é difícil observar queo processo precisa de um aeeleramentomaior, para que se coloque em posição devantagem em relação às outras regiões.Caso contrário, sempre estará andando paratrás, e o Nordeste cada vez mais distanteda riqueza que ele próprio ajuda o Brasil aconstruir.
Segundo a SUDENE, no primeiro semestre deste ano, a produção agrícola regionaldecresceu em 1 por cento em relação ao anopassado, sendo que só um produto, básicopor ser de primeira necessidade, o feijão,teve sua produção reduzida em não menosque 25 por cento.
O setor industrial teve um lento crescimento, o que provocou, também. uma reduzida expansão no setor de serviços. A indústria manuratureíra não registrou crescimento além de 1,5 por cento.
É fácil constatar que maior atenção precisa ser dada ao processo de desenvolvimento do Nordeste. Como se sabe, a espinhadorsal da industrialização nordestina é osistema de incentivos fiscais. Estes incentivos têm sido usados historicamente paracorrigir desníveis regionais e setoriais, esua aplicação no Nordeste foi e continuasendo essencial.
Isto porque a ausência de algumas condições objetivas para o desenvolvimento é detal forma dominadora que mesmo a influência dos incentivos atualmente disponíveisfica neutralizada. É o caso da pequenezdos mercados, derícíencía de conhecimentos tecnológicos, ausência de mão-de-obraespecializada e, especialmente, a escassez jecapitais. O problema do tamanho do mercado serve de particular exemplo: as deficiências e alto custo do sistema de transportes fazem com que as indústriasnordestinas tenham um mercado extremamente limitado, o que é fatal para suaconsolidação e ampliação.
Daí a necessidade de uma complementação aos incentivos dísponiveis, que são apenas urna das peças do programa de desenvolvimento do Nordeste. Devem estesincentivos ser complementados por investimentos de grande magnitude e profundidade.
A escassez de capitais próprios, em regiãoque tem na descapitalízação do setor priva-
do sua maior característica, força o empresário a buscar maciços financiamentospara o seu programa de trabalho. Aqui, Sr.Presidente, a atuação do Poder Público ainda não se fez sentir com a indispensávelagressívídade.
Os encargos financeiros normais paratodo o País não são suportáveis pelo nascente parque industrial nordestino. Porqueele deve concorrer com o parque industrialda região Centro-Sul, tradicional e estável,competindo pela conquista do mesmo mercado consumidor, ora, na colocação de seusprodutos no próprio Nordeste, onde também são colocados os produtos das outrasregiões, ora, buscando acesso aos maiorescentros consumidores, distantes e dificeiSpela deficiência dos meios de transporte.
O resultado desta luta perdida é o queacaba de revelar a SUDENE: o fraco desempenho da economia nordestina no primeiro semestre deste ano admite umaprevisão bem pouco otimista a respeito daspossibilidades de industrialização racionalda região.
E quando se sabe que a agropecuária doNordeste cada vez mais se torna estagnada,vitima mesmo do processo de industrialização, opção prioritária nos programas de desenvolvimento regional, as perspectivas queo recente relatório da SUDENE indicam seapresentam como das mais sombrias para odesenvolvimento regional.
Há poucos dias, Sr. Presidente, Srs. Deputados, ocupamos esta tribuna para reclamardo Governo um tratamento especifico paraos encargos financeiros que o empresariado nordestino é obrigado a suportar. Comoum estímulo indispensável à economia, nacerteza de que os atuais incentivos, emboraresponsáveis pela implantação do parqueindustrial, não impedem que ele nasça paramorrer, inerte e anêmico por absoluta faltade recursos para sobrevivência. Daí a retração industrial que a SUDENE agora divulga.
Jl: a necessidade dos maciços financiamentos a que antes nos referimos, que compensem a ausência crônica de recursospróprios. Deste mal não padecem tanto asdemais regíões industrializadas do país, comempresariado forte e abrangente, e empresas de grande capitais.
Caso não venham incentivos para os encargos financeiros que as indústrias nordestinas pagam, não haverá maiores opções:ou ocorre a desnacionalizacão total do esf~rço até agora desenvolvido. ou a estagnacao sera completa, com as conseqüências queesta Casa pode prever.
_Estes incentivos, como já fizemos notar,sao usados para corrigir distorções setoriaisou regionais. Ainda recentemente o Governo lançou mão de incentivo para corrigirum perigoso desnível constatado nas indústrias do Pais.
Segundo o Decreto-Lei n.? 1 AIO, de 31 dejulho de 1975, foi concedida autorização para dedução do Imposto de Renda da parcela de correção monetária que exceda a 20%dos financiamento. Já constatara o Governo a impossibilidade de certos setoressuportarem o ônus da correção monetáriasem um especifico estimulo. Já havia umsistema em uso. Consistia em um segundofinanciamento, igualmente sujeito à correção, tomado exatamente para fazer faceaos c-ustos da correção do primeiro.
Usado constantemente, não é difícil verificar que o circulo vicioso só teve um efeito real: a descapitalízaçâo precipitada dosetor.
Em conseqüência, novo sistema teve deser posto em prática. Desta vez, um incentivo fiscal direto, transferindo para o
Setembro de 19'15 D~JO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1) Quinta-feira 4 6821
VIII - O SR. PRESIDENTE (Ubaldo Barém) - Levanto a sessão, designando paraamanhã a seguinte
ORDEM DO DIASessão em 4 de setembro de 1975
(QUINTA-FEIRA)EM URGtNCIA
Discussão1
PROJETO N,o 756-A, DE 1975Discussão única do Projeto de Lei n.?
756-A, de 1975, que dispõe sobre o Magistério da Aeronáutica, e dá outras providências; tendo parecer, da Comissão de Constituição e Justíça, pela constitucionalidadee jurídíctdade. Pendente de pareceres dasoomíssões de Segurança Nacional e de Finanças. (Do Poder Executivo - Meus. n.?172/75.) - Relator: Sr. Lauro Leitão.
2PROJETO N.o 757-A, DE 1975
Discussão única do Projcto de J',ei n.?757-A. de 1975, que dispõe sobre os vencimentos ou salários básicos do pessoal docente e coadjuvante do Magistério da Aeronáutica; tendo parecer, da oomíssão deConstituição e Justiça, pela constitucionalidade e juríríícídade. Pendente de pareceres das Comissões de Educação e Cultura(audiência), de Segurança Nacional e deF'Ina.rrças, (Do Poder Executivo - Mens, n.?173/75.) - Relator: Sr. Ney Lopes.
El\i TRAMITAÇãO ORDINARIADiscussão
3PROJETO N.o 276-B, DE 1971
Primeira discussão do Projeto de Lei n.?276'-B, de 1971, que dispõe sobre as Bolsasde Valores, e dá outras providências; tendopareceres: da Comissão de Oonstltuícâo eJustiça, pela constatucíonalíadde, - [urídtcída de e, contra os votos dos Srs. José Bonifácio e Túlio Vargas, em separado, pelaaprovação; e, da Comissão de Economía.,Indústria e Comércio, pela aprovação, comemenda, contra o voto, em separado, do Sr.Chaves Amarante; e, da Comissão de Constituição e Justiça emitido em audiência, pela constitucionalidade e [uridícidade daemenda da Comissão de Economia, Indústria e Comércio. (Do Sr. Lysâneas Maclel.)-- Relatores: Srs. João Linhares, WilmarDallanhol e Gomes da Silva.
CâMARA DOS DEPUTADOSAVISOS
TRAMITAÇAo DOS PROJETOS DECóDIGOS CIVIL E PROCESSO PENALApresentação de emendas em 'plenário
(15 Sessões ordinárias)Junho: 23 (inicio do prazo) -- 24 -- 25
- 26 -- 27.Ag~sto: 4 - 5 - 6 -- 7 -- 8 - 11
12 - 13 - 14 - 15 -- 18 - 19 - 2021 - 22 - 25 -- 26 - 27 -- 28 e 29.
Setembro: 1 - 2 -- 3 - 4 -- 5 - 8 9 - 10 - 11 - 12 -- 15 - 16 - 17 -18 -- 19 -- 22 -- 23 -- 24 - 25 e 26 (término - prazo prorrogado.)
CóDIGO CIVILComissão Especial
MembrosEfetivlIs
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL
SuplentesMDB
Joel FerreiraRubem DouradoAirton SoaresRosa FloresJosé Costa
MIJBJosé Bonifácio NetoSf::rgio MurilloFreitas NobrePeixoto FilhoLidovino Fanton
MDBEra~moMartins PedroTarcisio DelgadoFernando CoelhoMário MoreiraOswaldo Lima
ARENASantos FilhoHugo NapoleãoFernando GonçalvesEduardo GalilIgo LossoGastão Müller
Presidente: Deputado Sérgio MurilloVice-President,e: Deputado Peixoto FilhoVice-Presidente: Deputado José Sally _Relator-Geral: Deputado Geraldo FreireRelatores-Parciais:Deputado José Sally:Livro I - Disposições IntrodutóriasLivro X -- Disposições Financiais e TransitóriasDeputado Peixoto Filho:Livro II -- Da Justiça PenalDeputado Lidovino Fanton:Livro II! - Dos Atos ProcessuaisLivro VIII - Das Relações Jurisdicionaiscom Autoridades EstrangeirasDeputado Ivahir Garcia:Livro IV - Do Processo de Conhecimento até o Titulo II - Do ProcedimentoOrdinário - Capítulo III - Da Representação do OfendidoDeputado Antonio Mariz:Livro IV - Do Processo de Oonhecimento- Título II - Do Procedimento Ordinário - Capitulo IV - Da Denúncia ouQueixa até Capítulo XII - Da CoisaJulgadaDeputado José Bonifácio Neto:Livro IV - Do Processo de Conhecimento - Titulo III - Dos ProcedimentosIncidentes até o final do Livro IVDeputado Claudino Sales:Livro V - Do Procedimento Sumário -- eLivro VI - Dos Procedimentos EspeciaisDeputado Freitas Nobre:Livro VII - Da Reparação do Dano Causado pelo Crime
ARENAGeraldo FreireJosé Sal1yIbrahím Abí-AckelClaudino BalesIvahír GarciaAntônio Mariz
Comissão EspecialMembrosEfetivos
SuplentesARENA
Marcelo LínharesNey LopesHenrique CórdovaAntônio MorimotoTheobaldo BarbosaCid Furtado
Presidente: Deputado ';fancredo NevesRelator-Geral: Deputado João LinbaresRelatores-Parciais:Deputado Brigido Tinoco:Parte-GeralDeputado Railnundo Diníz:Livro I - ObrigaçõesDeputado Geraldo Guedes:Livro II ~ Atividade NegocialDeputado Lauro Leitão:Livro UI -- Das CoisasDeputado Cleverson Teixeira:Lívro IV - Da FamíliaDeputado Celso Barros:Livro V - Sucessões e Livro Complementar
MDB
Tancredo NevesBrígida TinocoCelso BarrosMac Dowell Leite de
CastroIsrael Dias-Novaes
ARENACleverson TeixeiraJoáo LinharesFlávio MarcílioLauro LeítãoGeraldo GuedesRaImundo Diniz
Paraná
Fernando Gama - MDB.O SR. PRESIDENTE (Ubaldo Barêm)
Nada mais havendo a tratar, vou levantar'a Sessão.
Governo uma boa parte do ônus da correção monetária,
Trata-se de um desnível setorial, oportu,namente corrigido. Oportunamente eorrí. gido também deve ser o desnível regionalde que o Nordeste é o grande exemplo.Quando se decidiu transformar a economiaagrícola nordestina em um modelo tambémindustrial, foi idealizado o sistema de incentivos fiscais administrado pela SUDENEe pelo Banco do Nordeste do Brasil. Agoraque estes incentivos, pela voz da própria8UDENE, mesmo depois da implantação doFINOR, se têm tornado insuficientes, énecessária a utilização de novos fatores,para que não se agrave ainda mais a situação diagnosticada.
Por isso, voltamos' a insistir: o incentivoque acaba de ser concedido às indústriasde base, bem como M pequenas e médias indústrias de todo o Pais, deve ser estendido
-a todas as indústrias instaladas no Nordeste.
O incentivo será a fórmula ideal e únicapara que as empresas nordestinas possam
.buscar os financiamentos indispensáveis asua consolidação, sem arcar com todo oencargo da correção monetária evidente-mente além de suas forças. '
O mesmo critério deve ser usado: noscontratos de financiamento de longo prazo,
'dentro de programas de instituições financeiras sob controle de capital do GovernoJfederal, a -empresa industrial nordestinapoderá abater do Imposto de Renda devido
.em cada exercício. o valor da correção monetária anual que exceder a 20%.
Esta medida contribuirá para evitar oserros que já conhecemos e aproximará odia em que o Nordeste deixará de ser oBrasil que se reduz, e se incorporará definitivamente ao desenvolvimento da Pátriacomum. (Palmas.)
Deixam de comparecer os Senhores:Pará
João Menezes -- MDB.
PiauíPinheiro Machado - ARENA.
CearáFurtado Leite - ARENA; Marcelo Linha
res -- ARENA; Paes de Andrade - MDB.
ParaíbaAntônio Mariz - ARENA; Marcondes Ga
delha - MDB; Petrônío Figueiredo - MDB.
Pernamnueo
Aíron Rios - Al'tENA; Fernando Lyra MDB; Geraldo Guedes - ARENA. -
BahiaJutahy Magalhães - ARENA; Leur Lo
manto - ARENA.
Rio de Janeiro
Célio Borja - ARENA; Nina Ribeiro ARENA.
Minas GeraisBatista Miranda - ARENA; Jorge Var
gas - ARENA; Murilq Badaró - ARENA;Nogueira da Gama - MDB; Paulino Cice1'0 - ARENA; Tancredo Neves - MDB.
GoiásJuarez Bernardes - MDB.
6822 Quinta~feira 4 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Setembro de 1975
Oomissfies Temporárias
Deputado Ibra.him Abi-Ackel:Livro IX - Do Processo Executório Penal.
-xx-Comi~ões Permanentes
1COMISSAO DE AGRICULTURA
E POLÍTICA RURALReuniáo: dia 24-9-75Hora.: 10; 00 horasPauta: Comparecimento do Dr , José Val
dir Pessoa - Secretário de Agricultura doEstado do Ceara.
2COMISSAO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Reuniã.o: dia 10-9-'75Hora: 9:30 horasPauta: Comparecimento do Prof. J. AlIen
I1Ynek - DiretO! do Departamento de Astronomia e Astrotíaica, da Universidade deNorthwestern - EUA.
Local: Auditório Nereu Ramos.
3
COMISSAO DE CONSTlTUICAOE JUSTIÇA -
Reuniões: terças, quartas e quintasHora: 10:00 noras
4CONUBSAO DE MINAS E ENERGIA
Reunião: dia 4-9-'75Hora: 10:00 horasPauta: comparecimento do Dr, Romeu
Diniz de Carvalho - Secretário Execu tívodo Grupo de Assessoria de Gás Combustívelda Financiadora de Estudos e Projetos FlNEP.
--xx--Reunião: dia 9-9-75Pauta: Oompareeímento do Prof. Hervá
sío Guimarães de Carvalho - Presidenteda Oomíssâo Nacional de Ene~gia Nuclear- CNEN, e do Mimstro Paulo NogueiraBatista - Presídente da Empresa Brasileira de Energia Nuclear - NUCLEBRÁS.
5OOMISSãO DE SERVIÇO PÜ13LICO
Reunião: :J.ia 25-ií-75Hora: 1O:0C horasPauta: Oomparecímsnto do Sr. Walter
Borges Graciosa - Presidente do IPASE.-xx
Reunião: llia 9-10-75Hora: 10:00 harasPauta: Oomparecímento do Coronel Ad
waldo Bottó de Barros ~ Presidente daEmpresa. Brastleira de Oorreios e Telégra
,fos.
Especial:1
OOMISSAO DA AMAZôNIAReunião: dia 16-9-75Hora: 9:00 horasPauta: .Oornpareeímento do coronel otto
mar de Souza Pinto ~ Chefe .'" • -nissãode Aeroportos da Região Amazônica.
1De Inquérito:
"CPI - POLíTIOA SALARIAL'·Reunião: dia 4-9-'75Hora: 10:00 horasPauta: Comparecimento do Sr. Flávio da
Costa Britto, Presidente da ConfederaçãoNacional da Agricultura.
:6:ora: 11:00 horasPauta: comparecimento do Professor Flá
vío Rabel~ Veraianí"Ohefe do Departamen-
to de Economia, da Universidade de :Brasflia..Local: Sala das CPIs.
-xxReunião: dia 9-9-75Hora: 10:00 horasPau.ta: oomparecímento do Professor Jo
sé Francisco de Camargo, Diretor do Instituto de Pesquisas Econômicas, da trníverstdade de São Paulo.
Local: Sala 'las OErs.-xx
Reunião: dia 10-9-75Hora: 10:00 horasPauta: Comparecimento do Dr, Isaac
Kerstenetzky, Presidente da FundaçãoIl3GE.
Local: Sala das OPIs.
-xxReunião: dia 11-9-75Hora: 10:00 horasPauta: Comparecimento do Sr. Wilson
Gomes de Moura, Presídente da Oonrederacão Nacional dos 'Trabalhadores nas Empresas de Crédito - OONTEC.
Local: Sala das CPIs.
-xxReunião: dia 16-9-75Hora: 10:00 horasPauta: Comparecimento do Dr. Paulo Ro
berto Campos Lemos, Secretário Executivodo Conselllo Irrterrninisbería! de Preços.
Local: Sala das CPIa.
-xxReunião: dia 17-9-75Hora: 10:00 horasPauta: Comparecimento do Dr, Luiz Si
mões Lopes, Presidente da Fundação Getúlio Vargas.
Local: Sala das CPIs.-xx
Reunião: dia 18-9-75Hora: 10:00 horasPauta: Oomparecímento do Dr. Edmo Li
ma de Marca, Coordenador-Geral do Fundode Garantia do Tempo de Serviço.
Local: Sala das OPIs.-xx-
Reunião: dia 24-9-75Hora: 10:00 horasPauta: Comparecimento do Senhor Mi
nistro João Paulo dos Reis Vel1oso. Ministrc-Ohere da Secretaria de Planejamento eCoordenação-Geral.
Local: Auditório Nereu Ramos.
2"CPI PROTERRA"
Reunião: dia 5-9-75Hora: 9: 00 horasPauta: Comparecimento do Sr. Nilson
Craveiro Holanda - Presidente do Bancodo Nordeste e do Sr. Francisco de Jesus Penna - Presidente do Banco da Amazônia.
Local: Sala das OPIs.
3"CPI - MULTINACIONAIS"
Reuníâc: dia 4-9-75Hora: 9:00 horasPauta: Análise de documentos.
CONGRESSO NACIONAL
1
PROPOSTAS DE EMENDAA CONSTITUIÇãO
N.os 11 E 12, DE 1975-CN
"Dá redação ao artigo 36 da Constituição." (Mandato Parlamentar - ConvocaÇáD de Suplente.) -~ (Autores: Srs. JorgeArbage e Petrônío Portella.)
Comissão MistaPresidente: Deputado Jairo BrumVice-Presidente: Senador Ruy SanwsRelator: Deputado Parente Frota
PrazoAté dia 5-9-75 - no Oongreaso Nacional.
2
PROPOSTAS DE EMENDAA OONSTITUIÇãO
N.Ol! 13 E 17. DE 1976-CN"Dá nova redação ao artigo 104 da Emen
da Constdtucionai n,o 1, de 17 de outubrode 1959." (Funcionário Público investido demandato eletivo.) - (Dos Srs. Gome.s da.Silva e Nelson Marchezan.L.
Comissão MistaPresidente: Deputado Jarbas VasconcelosVice-Presidente: 8e..'1ador Saldanha DerziRelator: Deputado Paulo StudartPrazo no Congresso Nacional: até dia
18-9-'75.3
PROPOSTAS DE EMENDAA CONSTITUIÇAO
N.05 14 E 23, DE 1975-CN
"Dá nova redação ao item I !ia al'tigo 57da Constituição." (projetos de matéria financeíra.) - (Dos ers. Epitácio Cafeteira eAirton Bandoval.)
Oomíssão MistaPresidente: Senador Arnon de MelloVíce-Presídsnte: Senador Ruy CarneiroRelator: Deputado Ivahír GarciaPrazo no Congresso Nacional: até dia
22-9-75.4
PROPOSTA DE EMENDAÃ CONST::TUIÇAON,o 15, DE 1975-CN
"Altera a redação do artigo 55 da oonsti,tuição, dispondo sobre a expedição deDecreto-lei pelo Presidente da República."CAutor: Sr. Jader :Barbalho.)
Oomíssâo MistaPresidente: Deputado Nadyr RossettiVice-Presidente: Deputado Santos FilhoRelator: Senador Eurico Re:z;endePrazo no Oongresso Nacional: até dia.
26-9-75.5
PROPOSTAS DE EME...""IDAA OONSTITUIÇãO
N.os 16 E 22, DE 1975-0N
"Imprime nova redação ao eaput do artigo 14 di COnstituição." (Criação de Municípios'> - (Autores: Srs. Italivio CDelhoe Nunes Rochl1..)
Oomíssâe Mista
Presidente: Senador Dirceu CardosoVice-Presidente: Senador Ruy SantosRelator: Deputado José MachadoPrazo no Congresso Nacional: até dia.
27-9-'75.6
PROPOSTA DE EMENDAA CONSTITUlÇlW
N.O 19/75-CN"Dispõe sobre a aposentadoria dos Pro
fessores sob os regimes estatutário e daConsolidação das Leís do Trabalho aos vinte e cinco anos de serviço, acrescentandoparágrafo ao artigo 101 e alínea ao artigo 165 do texto constitucional." (DeputadoAlvaro Dias.)
Comissão MistaPresidente: Deputado oetacíno AlmeidaVice-Presidente: Senador Renato FrancoRelator: Deputado Sinval Boaventura
Setembro de 1975 mARIO no CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 4 6823
Prazo
Até dia 17-9-75 - na Comissão Mista;Até dia 17:'10-75 - no Congresso Nacio
nal.7
PROPOSTAS DE EMENDAA CONSTITUIÇAON."" 20 E_29/75-CN
Que "dá nova redação ao § 1.0 do art. 168c acrescenta parágrafo único ao art. 169ela Constituição da R.epública Federativa doBrasil" (sobre exploração e aproveitamentodas jazidas, minas e demais recursos mine-oraís; potenciais de energia hídráulíca.) (Autores: 8rs. Oswaldo Lima e Jorge Arbage.)
Comissão Mista
Presidente: Senador Leite ChavesVice-Presidente: Deputado Eduardo GalilRelator: Senador Arnon de Mello
PrazoAté dia 19-9-75 - na Comissão Mista;Até dia 19-10-75 - no Congresso Nacio
nal.8
PROPOSTA DE EMENDAA CONsTITUIÇAO
N.o 21175-CN
Que "altera a redação do art. 48 da Constituição Federal (Emenda Constitucional)l.o 1, de 17 de outubro de 1969)" (sobrediscussão e votação de Emenda à Constitutção.) (Autor: 81'. Jorge Arbage.)
Oomíssão Mista
Presidente: Deputado Renato AzeredoVice-Presidente: Senador Lourival Bap
tistaRelator: Deputado Joáo Vargas
CALENDáRIO
Dias 27, 28, 29-8, 1, 2, 3, 4 e 5-9-75Apresentação das emendas, perante a Comissão.
PrazoAté dia 20-9-75 - na Comissão Mista;Até dia 20-10-75 - no Congresso Nacío
nà1.9
PROJETO DE LEI N.o 8, ~E 1975 ceN)
"Regula a situação do aposentado pelaPrevldência Social que volta ao trabalho ea do segurado que se vincula a seu regimea';Jós completar sessenta anos de idade. edá outras providências." (Autor: PoderExecutivo - Mensagens D.OS 229/75-PE e61/75-CN) .
Comissão Mista
Presidente: Deputado Athiê CouryVice-Presidente: Senador Lourival Bap
tistaRelator: Deputado Prisco Viana
Prazo
Até dia 21-9-75 - no Congresso Nacíonal,
10PROJETO DE LEI N° 9, DE 1975-CN
"Institui normas gerais sobre desportos,e dá outras providências." (Do Poder Executivo - Mensagens D.OS 239175-PE e65/75-CN.)
Comissão Mista
Presidente: Senador Itamar ·FrancoVice-Presidente: Senador Mendes CanaleRelator: Deputado Hélio Campos
Prazo no Congresso Nacional: até 21-9-75.
11MENSAGEM N.o 62, DE 1975-CN
Submete à deliberação do Congresso Nacional texto do Decreto-lei n.o 1.410, de 31de julho de 1975, que "concede incentivofiscal a projetos prioritários para a economia nacional, e dá outras providências".(Autor: Poder Executivo - Mensagem n.o233/75.)
Comissão Mista
Presidente: Senador Altevir LealVice-Presidente: Deputado ,Harry SauerRelator: Senador Saldanha Derzi
PrazoAté dia 29-lJ-75 - no Congresso Nacional.
1~
VETC PARCIAL(Mensagens n. os 192/75-CN e 51/75-CN)Projeto de Lei n,v 3, de 1975 (CN), que
"altera dispositivos da Lei n.o 6.015, de 31de dezembro de 1973, que dispõe sobre osregistros públicos".
Comissão MistaPresidente: Senador Paulo BrossardVice-Presidente; Deputado José Sal1yRelator: Senador Italívio Coelho
PrazoAté dia 19-9-75 - no Congresso Nacional.
13VETO TOTAL
(Mensagens n.OI' 194/75-PE e 48175-CN)
Projeto de Lei ri.? 168, de 1975-CD, que"reduz os prazos de prescrição para os criminosos primários e de bons antecedentes".
Comissão Mista
Presidente: Senador Leite ChavesVice-Presidente: Deputado Cantídio Sam
paioRelator: Senador Heitor Dias
PrazoAté dia 19-9-75 - no Congresso Nacional.
14
VETO PARCIAL
(Mensagens n. 0 8 207/75-PE e 54175-CN)
Projeto de Lei nO 578, de 1972, que "regula o exercício da profissão de propagandista e vendedor de produtos farmacêuticos, e dá outras providências" ..
Comissão Mista
Presidente: Deputado Aleír PimentaVice-Presidente: Deputado Raimundo Pa
rente
Relator: Senador Renato FrancoPra:z:o
Até dia 25-9-75 - no Congresso Nacional.
15VETO PARCIAL
(Mensagens nps 208/75-PE e 55/75-CN)
Projeto de Lei n.o 1.360, de 1973, que"dispõe sobre díscrímínação, pelo Ministério da Agricultura, de regiões para execuçào obrigatória de planos de proteção aosolo e de combate à erosão, e dá outrasprovidências" .
Comíssâo Mista
Presidente: Senador Otaír BeckerVice-Presidente: Ser.ador Agenor MadaRelat.or: Deputado Athiê Coury
Prazo
Até dia 30-9-75 - no Congresso. Nacional.
16VETO PARCIAL
(Mensagens n.OS 209175-PE e 56/75-CN)
PROJETO DE LEI N.o 98175-CD
"Dispõe sobre a contagem recíproca detempo de serviço público federal e de atividade privada para efeito de aposentadoria."
Comissão Mista
Presidente: Senador Franco MontamVice-Presidente: Senador Heitor DiasRelator: Deputado Joáo Linhares
PrazoAté dia 4-9-75 - na Comissão Mista;Até dia 29-9-75 - no Congresso Nacional.
17VETO PARCIAL
(Mensagens n. OS 212/75-PE e 57/75-CN)
PROJETO DE LEI N.o 1.1l4/73-CD
"Altera a denomínacão de Técnico deAdrninfstraçâo, e dá outras providências."
Comissão MistaPresidente: Senador Evelásio VieiraVice-Presidente: Senador Domicio GondimRelator:' Deputado Braga Ramos
Prazo
Até dia 4-9-75 - na Comissão Mista;Até dia 29-9-75 - no Congresso Nacional.
IX - Levanta-se a Sessão às 18 horase 10 minutos.
MESA
1." Sessão Legislativa da s.a Legislatura
Ata da 16.a Reunião da Mesa,realizada em 27-8-1975
/los vinte e sete dias do mês de agostode mil novecentos e setenta e cinco, àsS horas., reune-se a Mesa da Câmara dosDeputados, sob a presidência do SenhorDeputado Célio Borja, presentes os Senhores Herbert Levy, Odulfo Domíngues eLéo Simões, respectivamente, 1.0 Vice-Presidente, lO-Secretário e 4.o-Secretário. Ausentes, por motivo justificado, os DeputadosAlencar Furtado, Henrique Eduardo Alvese Pinheiro Machado, respectivamente, 2.0Vice-Presidente, 2.o-Secretário e 3.o-Secretárío. Havendo número legal, o sennorPresidente declara abertos os trabalhos. l!:lida e aprovada a ata da reunião anterior.I ~ Pauta fu:> Senhor Presidente. A Mesaresolve: a) aprovar a proposta de rerormulação do atual Orcamentq Analítíco da Câmara e do Plano de Aplicação n.o 001/75; b)aprovar a requísícâo, por esta Casa, dofuncionário do Banco 'do Brasil SIA, OscarAzevedo Seraphico de Souza, Escriturárioletra "H", para prestar serviço junto à 2."'Secretaria, sem prejuízo dos seus vencímentes e vantagens; e) aprovar os balancetes de abril, maio e junho de 1975, apresentados pelo Instituto de Previdência dosCongressistas, através do Processo número4.936175 e a liberação da terceira parcela
, da dotação de 1975; d) aprovar a prestaçãode Contas referente aos 1.° e 2.0 trimestresde 19'75, apresentada pela Cooperativa doCongresso Ltda., através do Processo n.o4.810/75, e a liberação dos 3.° e 4.0 trimestres de 197.5; e) aprovar o preenchimentode 53 cargos de Assistente Legislativo porcandidatos aprovados em concurso público,obedecida a ordem de elasstrícação, sendo9 (nove) nomeados para a Classe B e 14(quatorze) para a Classe A, da Area deTaquigrafia Legislativa e os demais paraa Classe A, da Area de Pesquisa Legislativa.Em seguida, ° Senhor Presidente comunica.à Mesa que autorizou o Ser:ilior Diretor-
fl8M Quinta-feira 4 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Setembro de 19'75
Geral, Dr, Luciano Brandão Alves de Souza,li participar, na qualidade de Assessor, daDelegação Brasileira à 62.a Conferência 111terparíamentar, a realizar-se em Londres,devendo ausentar-se 110 período de 28/8 a19-9-75. II - Pauta do Senhor 1.0-Vice-Pre
sidente. A Mesa aprova o parecer de SuaE:xcelência proferido 110 seguinte Requerimento de mrormações: Deputade FranciscoAmaral: "Porque até agora não foi regulamentada a Lei 11.0 5.971/73, que "dispõesobre a atividade turfística no País e dáoutras providências", o nobre DeputadoFrancisco Amaral encaminhou à Mesa Eequerímento de tnrormações, para que sejaouvido o Senhor Ministro da Agriculturasobre problemas vinculados à atuação dasentidades que exploram apostas sobre competições hípicas e sociedades beneficentesde jóqueis e treinadores. Parecer. Encontra-se a proposição devidamente amparadaregimental e eonstítucíonalmente, tendoem vista a tramitação de Projeto de Leín.o 908/75, que altera dispositivos da legislação vigente. Indaga o autor das razõespor que a Lei n. O 5.971173 ainda não foiregulamentada. NOl.\tras questões pergunta-se sobre as contribuições arrecadadaspelas entidades turrístícas: as respectivasdestinações em termos percentuais; recursos destinados às sociedades beneficentesde jóqueis e treinadores; providências adotadas para a exata apuração do movimentode apostas; e, finalmente, o montante médio mensal das apostas arrecadadas "pelasmaiores soeíedades hípicas brasileiras, ouseja, as que têm sede nas Capitais dosEstados". Em face do exposto, .opinamospelo encaminhamento da proposição. Esteo nosso parecer". III - Pauta do Senhor1.0-Secretálin. Sua Excelência relata 0Il seguintes expedíentes: a) Aquisiçij,o de Mobiliário, Tapetes e Cortinas. "Refere-se opresente processo à Tomada de Preços n.o12175, realizada com o objetivo de adquirirmobiliário especial, tapetes e cortinas, destinados a vários órgãos da Casa. 2 - Editalfi, fls. 39/51. Ata de abertura a fls. 70/1. Mapa, a fls. 146, dos preços oferecidos pelas15 empresas licitantes. Parecer técnico afls. 14819. Parecer da Comissão Permanentede Lícítacões a fls. 151/3. 3 - Pronunciouse devidamente o Departamento de Finanças, a fls. 153, quanto à exístêneía de recursos na dotação orçamentária por ondecorrerá a despesa. 4 - Havendo sido observadas as formalidades legais no processamento da tomada de preços sob exame,manifesto-me I. pelo acolhimento do parecer da Comissão permanente de Licitações,com adjudicação como segue: - MóveisGerman Ind. e Com. Ltda. - itens 01, 02, OS,20.b e 20.a, num total de Cr$ 255.568,00; Mainline Móveis S.A. - Indústria e Comércio - itens 04, 08, 09, 10, 11, 16, 19, 20.a22, 23, 24, 25 e 30, num total de .Cr# 769.864,00; - Ambiente-Indústria e Comércio de Móveis S.A. - itens 05, 06, 07 e21, num total de Cr$ 81.734,40 - MovmaqLtda. - Móveis e Máquinas - itens 12, 13,14, 15 e 17, num total de Cr$ 154.888,00; Móveis Teperman S.A. - item 18, num total de Cr$ 18.163,38; - Loyola & PaulaLtda. (Decorama Cortinas e Tapetes) -ítens 26 e 27, num total de Cr$ 5.552,00; e_ Isparta - COmércio de Tapetes Ltda. itens 28.a, 28.b, 28.c e 29, num total deCr$ 83.155,00; II. e, conseqüentemente,pela aprovação da despesa geral, apontadanaquele parecer, de Cr$ 1.368.924,78 (ummilhão, trezentos e -sessenta- e oito mil, novecentos e vinte e quatro cruzeiros e setenta e oíto centavos)." A Mesa aprova oparecer; b) Contrato de Serviços - Tomadade Preços n.o 25/73. "De momento, duasquestões a resolver nestes autos, encaminhados a esta Secretaria pela DiretoriaGeral: 1.") Inclusão das dependências dagaragem, cujos serviços de limpeza vêm
sendo feitos por servidores da Casa, nocontrato existente com a empresa Confederal e mandado prorrogar pela Mesa (fls.191), para a limpeza das demais dependências da Câmara - área essa, de 225 m2(fls. 200 v.), que deixou de figurar no Edí-'tal (fls. 13) por um lapso (ct. fls. 199/205).
-2.a) Situação dos serviços de copeiro emensageiro a partir de 1.° de julho transato, face ao deliberado pela Mesa em 25de junho (processamento da contratação decopeiros e mensageiros diretamente sob oregime da Consolidação das Leis do Trabalho, em substttuíção ao contrato de prestação de serviços através da ConfederalS.A." - fls. 191) e à existência de umainafastável fase de transição entre a situação instalada e em funcionamento regulare o início da prestação de serviços pelos quevenham a ser diretamente contratados pelaCâmara. 2. Dão-nos conta os autos de queos mensageiros e copeiros continuam aprestar os serviços como antes, através daConfederal, pois a dispensa brusca dos serviÇOS dessa firma no particular teria "sérias implicações" e "somente poderia sertomada com base em autorização superior"(fls. 195) - procedimento de resguardo quefoi, dadas as circunstâncias, ratificado peloSenhor Diretor-Geral até que o assunto seaclare (fls. 196). 3.' Observe-se também quejá há cálculo das despesas nos autos, eonsíderados o último reajuste concedido de 28,32% e os meses de julho e agosto,para a parte do contrato que diz com alimpeza como para aquela que se relacionaaos servíços de copeiro e mensageíro, numtotal de Cr$ 271. 680,24 (fls. 208), a exemplo, discriminadamente, do quer se contémna Nota de Empenho, referente aos mesesde maio e junho, de fls. 197. 4. Quanto àprimeira das questões: - Considerando queo Edital de Tomada de Preços (fls. 43), assim como o Contrato com a firma conrederal S.A. (fls. 128/36), não cuidam da possibilidade de ampliação da área a ser objetode limpeza, conforme observação de fls. 206,ao contrário definido e delimitando a áreacomo sendo a do edíríeío principal e anexos I, II e, III da Câmara, estando a garagem fora desses limites; - considerando,ademais, já estar autorizado pela Mesa,desde 25-6, "o processamento de nova licitação, com vistas a assrnetura de contratode locação de serviços de limpeza" {fls. 191),licitação em que poderá ser incluída talárea para limpeza, com perspectivas melhores para a Câmara e procedimento maisconsentãneo com os princípios que regem acontratação, pela administração pública,de serviços com terceiros, - propondo àMesa o não acolhimento da sugestão. Quanto à segunda das questões: - considerandoque a interpretação cabivel da "autorização para o processamento da contrataçãode copeiros e mensageiros diretamente"(grifei; fls. 191, item I), dada pela Mesa em25-6, há de ser de molde a não se chegara admitir que a Mesa teria resolvido semconsiderar um período de transição ínarredável, sob risco de conceber postos emcolapso pela própria administração superioros serviços de copeiro e mensageiro, comgraves e incontornáveis prejuízos ao desenvolver diário dos trabalhos da Oasa; considerando que os serviços de copeiro emensageiro continuaram, como continuam,sendo prestados e recebidos, numa prorrogação tácita do contrato, face às necessidades, e já em bases por extensão reajustadas (fls. 190,).tem 4); - considerandoo cálculo de despesas, já nos autos, dosmeses de julho e agosto, compreendendonão só os serviços de limpeza já autorizados como 08 de copeiro e mensageiro, jáprestados por força das circunstâncias, devidamente reajustados; - considerando,afinal, por outro lado, que urge se encetemprovidências para o cumprimento do dís-
posto no item I (fls. 191) da decisão daMesa de 25-6, - Proponho à Mesa a au;'torízação da despesa de Cr$ 1.271.680,21(um milhão, duzentos e setenta e um mil,seiscentos e oitenta cruzeiros e vinte e quatro centavos), bem como declarar pror-,rogado o contrato com a empresa oonred~ral S.A., devidamente reajustado, tambem na parte que se refere a servíeos decopeiro e mensageiro, até que se concretãse,em volume hábil, 'o início das atívídadeade contratados diretamente, em substãtuíçâo aos atuais, com recomendação expressaà Diretoria-Geral para que determine pro.,.vidências com vistas ao início imediato do"processamento da contratação de copeirose mensageiros diretamente sob o regime daConsolidação das Lei.s do Trabalho, emsubstituição ao contrato de prestação deserviços através da Confederal S.A.", con..soante deliberação da Mesa (fls. 191), nostermos da Resolução n.o 9, de 27 de junhode 1975 (DCN-I, 1.°-7-75, pâgs. 5083/5)". AMesa aprova o parecer; c) Credenciamento.Conselho Federal de Odontologia. "O Conselho Federal de Odontologia dirigiu-se àPrimeira Secretaria solicitando eredenciamento do Dr. Gustavo Dermeval da Fon"seca como representante daquela entidadejunto à Câmara dos Deputados. o Regimento Interno, desta Casa, prevê no seuartigo 60 que "poderão'as entidades de cla.\l"se de grau superior, de empregados e empregadores, e órgãos de protíasíonaís lib~
raís, credenciar oficialmente à Mesa rte'i'presentantes que 'possam, eventualmente,prestar esclarecimentos especírícos à Câmara, através de seus órgãos técníeos". OAto da Mesa n.? 26, de 1973, regulamentandoa concessão do credenciamento de entída..des, dispõe, em seu artigo 1.0: "As Confederações, as Federações nacionais, estas 1).9,forma do § 2.0, in fine, do artigo 534, daCLT e os órgãos representantãvos de profissionais liberais, também de âmbito nacional, poderão credenciar representantesjunto à Câmara dos Deputados". Dispõe,ainda, o referido Ato, em seu art. 4.0: "Ar~,
4.0. A Primeira Secretaria compete: I -.,.examinar se as indicações para credencíamenta preenchem as formalidades previstasno artigo 2.0; li - expedir ato de credenciamento, que será encaminjiarío à entidadeinteressada 'ou diretamente ao credericía-,do; ... " Examinado o pedido e a documentação anexada, verifica-se: 1. a entidadeenquadra-se entre aquelas referidas no pr~'Tcerto regimental e na regulamentação; .2.quanto ao representante indicado, estácomprovada a nacionalidade brasileira, fO,.ram fornecidos dados sobre o documento deidentidade e apresentado o eurrteulumvítae: 3. foí também anexada a ata d!lreunião em que foi eleita a diretoria ~J1!.exercício, da qual consta o período de seumandato (1975-1976). Face ao exposto, Plj.,roce-me que a Mesa poderá aceitar a indicação, autorizando o credenciamento, umavez que o pedido se fez em perfeita consonância com os preceitos regimentaís e res-.pectíva regulamentação". A Mesa aprova oparecer; (i) Gratificação: "Submeto à de;"liberação da Mesa o projeto de ato anexo,referente à fixação de valores da Qratificação por Encargo de Direção e Assistência Intermediárias e de Gratificação deRepresentação de Gabinete. Trata-se dematéria decorrente do disposto no parágrafo único do art. 11: "os valores da g,ratificação a que se refere este artigo serãofixado por Ato da' Mesa, observados os níveis vigorantes no Poder Executivo". E noart. 15 da Resolução n.O 7, de 1975 "Os valores da Gratificação de Representação deGabinete de Assessor Técnico, SecretárioParticular, Oficial, Auxiliar e Ajudantesnão poderão ser superiores aos fixados paraas funções integrantes do Grupo-DAI correlacionados com categorias funcionais de
~etembro de 1975 DIA:RIO DO'CONGRESSO NACIONAL <Seção I) Quinta-feira 4 6825
AD. CONV'/SJ/GS/SHIS/N.o 006/75Terceiro termo aditivo ao convênio
celebrado aos 30 (trinta) dias do mêsde agosto de 1972 entre a Sociedade deHabitaeêes de Interesse Social Ltda. SHIS é a Câmara dos Deputados, naforma abaixo:
Aos dias do mês de de 1975,no Gabinete do Presidente da Câmara dosDeputados, presentes de um lado, a Câmara dos Deputados, doravante denominadaapenas Câmara, neste ato representada pe_lo seu Presidente, Deputado Célio de Oliveira Borja, e de outro lado, a SOCIedadede Habitações de Interesse Social Ltda.,doravante denominada apenas SHIS, nesteato representada pelo seu Diretor Superintendente, Engenheiro Dflson Carlos Rehem,brasileiro, casado, e pelo Diretor Financeiro,Economista Semião Sobral de Faro, brasileiro, solteiro, ambos residentes e domiciliados nesta Capital, resolvem firmar o pre-...sente Aditamento, mediante as cláusulase condições seguintes:
Cláusula Primeira. O valor do Convênio ora aditado, objeto de sua Cláusula Segunda, fica por este instrumento fixado em01'$ 46.500.000,00 (quarenta e seis milhõese quinhentos mil cruzeiros).
Parágrafo Primeiro. O valor global estipulado na Cláusula Primeira, poderá sofrer reajustamento de conformidade comos custos obtidos no final das obras.
Cláusula Segunda. Ficam mantidas asdemais cláusulas e condições do Convêniooriginal e dos demais Termos Aditivos,
E, por estarem ]ustos e contratados, firmam o presente em 5 (cinco) vias de igualteor e forma, na presença das testemunhasabaixo, para que produza seus legítímosefeitos,
Brasília, de de 1975.P/Câmara , .................•P/SHIS .. , ..P/SHIS ;
'I'estemunhaa:1. , , .2. . .....................•.............•.
Termo aditivo ao convênio eelehi-adoentre a Caixa Econômica Federal CEF e a Câmara dos Deputados em 11de dezembro de 1974.
PaI' este instrumento particular de oonvênío.: a Caixa Econômica Federal, EmpresaPública, dotada de personalidade jurídicade direito privado constituída nos termosdo Decreto-lei n.a 759/69 e do Decreton.O 66.303/70, com Estatuto arquivado naJunta Comercial de Brasilia, sob o n.O 1,inscrita no CGC do Ministério da Fazendasob o n.O 00.360.305, com sede em Brasília,DF, neste ato representada por, daqui pordiante designada 'CEF, e a Câmara dosDeputados, aqui representada por, doravante denominada Câmara, tendo em vista oConvênio celebrado em 11-12-74, resolvemformalizar o presente termo aditivo àqueleConvênio, mediante as cláusulas e eondíeõesseguintes:
1. A CEF se compromete a financiar aconstrução e/ou aquisição de unidades residencíaís, em Brasília - DF, para servidores indicados pela oãmara até o limite deCr$ 35.000.000,00.
2. A CEF firmará contratos individuaisde financiamentos com os servidores referidos na cláusula anterior, observadas asnormas fixadas no presente Oonvênío.
3. Para acompanhar a execução das obrasde construção isoladas, a CEF designaráfiscal a quem caberá vistoriar e proceder â.
Valor---------
1.125,001.125,001.000,00
875.00650;00
ATO DA MESAN.o 13, de 1975
A Mesa da Câmara dos Deputados, nouso de suas atribuições regimentais, e tendo em vista o que dispõe o parágrafo úmco do art. 11 e art. 15 da Resoluç&o n. a 7/75,e art. 3.° dfj. RellOlu,ção n.o 25172, resolve
Art. La Fixar, na forma do Anexo, osvalores da Gratificação por Encargo de Direção e Assistência Intermediárias e daGl'atificação de Representação de Gabinete, do Quadro Permanente da Câmara dosDeputados.
Art. 2.° Nos resultados dos cálculos decorrentes da aplicação deste Ato serão desprezadas as frações de cruzeiro, inclusiveem relação aos descontos que incidirem sobre as gratificações.
Art. 3.0 Este Ato entra em vigor na datade sua publicação.
Art. 4.° Revogam-se as disposições emcontrário.
Câmara dos Deputados, 27 de agosto de1975. - Célio Borja, Presidente.
cumento 'poderia acarretar problemas' futuros. Parecer. com estas considerações, elevando-se em conta que esta Casa não estáaparelhada para atender a,mais esse serviço, opinamos contrariamente a aprovação da proposta." A Mes.a aprova o parecer. VI - Pauta do Senhor (tO-Secretário.A Mesa resolve: a) aprovar o Terceiro Termo Aditivo ao Convênio Celebrado aos ao(trinta) dias do mês de agosto de 1972 entre a Sociedade de Habitações de InteresseSocial Ltda. - SRIS - e a Oârnara dosDeputados, para a construção de 4 blocosde apartamentos na SQN 202, com 96 unidades, cuja minuta vai publicada ao finalda ata; b) aprovar o Termo Aditivo ao Convênio celebrado entre a Caixa EconômicaFederal - CEF - e a Câmara dos Deputados, em 11 de dezembro de 1974, sendo aminuta publicada ao final da ata. Em seguida, tendo em vista a exposição do Senhor4.o-Secretário no sentído de que as obraspúblicas sofreram o reajustamento da Unidade Padrão de Capitai (UPC), a Mesa autoriza Sua Excelência a promover os, reajustamentos ,Que se fizerem necessários,levando-se em conta o mesmo índíce nosimóveis em construção e pertencentes àCâmara dos Deputados". Nada mais havendo a tratar, às 10:30 horas, o SenhorPresidente suspende os trabalhos por 10minutos, a fim de ser redigida a ata. Reabertos os trabalhos é a ata lida e aprovada.Eu, Paulo Affonso Martins de Oliveira, Secretário-Geral da Mesa, lavrei a presenteAta que vai à publicação. a) Célio Borja,Presidente.
Correlação com AtividadesNível Superior Outros Níveis
ANEXOCAMARA DOS DEPUTADOS - QUADRO PERMANENTEGRATIFICAÇãO POR ENCARGO DE DIREÇÃO E
ABSIS'nNCIA INTERMEDIARIAS
Níveis
DAI-3DAI-2DAI-1
DenoDÜnação------~ -------
a) Assessores Técnicos '(não' Incluídos no Grupo-DAS) ..•.••b) Secretários Particulares .........•..•....•...•..•... , .....e) orícíaís de Gabinete ...••......•........•.....•.........d) Auxüíares •......••.•••••• ; ••••••••.•••••••••.••••••.•••.•e) Ajudantes A e B ........•...•..•.......•. , .........••..••
1.125,00 1.000,001.000,00 875,00
875,00 750,00----------------- ------------------
GRATIFICAÇÃO DE REPRESENTAÇãO DE GAJJINETE
nível superior, observado o disposto no § 2.°dó art. 3.° da Resolução n.O 25, de 1972, e,nos § § 1.0, 2.0 e 3.° do art. 7.0 desta aesofução". O § 2.0 do art. 3.° da Resolução n.O25, de 1972, acima citado, dispõe: "A determinação dos valores da tabela de gratificação será feita em-ordem crescente tendoem vista a responsabilidade e a complexí~ade dos encargos". Com a mação de valares, ora proposta, tem-se como regulamentada e em condições de aplicabilidade aResolução n. a 7, de 1975, que dispôs sobre oGrupo-Direção e Assistência Intermediáriae deu outras provídêncías, inclusive fixandoo teto da Gratificação de Representacãode Gabinete". A Mesa aprova o parecer: e,em conseqüência, baixa o Ato da Mesa n.v1'$, de 1975, que vai publicado ao final daata: Em seguida, a Mesa resolve autorizaro' Senhor l.a-Seeretário a promover os entendimentos necessários no sentido da'transfe!'êneia das atuais Tesourarias dosPartidos Polítteos do prédío principal paraoutro local e o aproveitamento da área desoeupada para a ínstalaeâo de outros serViços, devendo a matéria voltar à Mesapara decisão final. IV - Pauta do Senhor2."-Secretário. Em virtude da ausência doSenhor 2.0-Secretário, o Senhor 4.o-Secre
tário lê os pareceres fa.voráveis proferidospor SUa Excelência nos seguintes pedidosde licença para tratamento de saúde: 1)Deputado Petrônío Fig-ueiredo: num período de 90 (noventa) dias; 2) DeputadoMál'io Mondino: nos dias 1, 6, 8 e 11-8-75;3) Deputado Batista Miranda: no dia10-6-75. V - Pauta do Senh(}r IIo-Secretãtio. Em virtude da ausência de Sua Excelência, o S.enhor 1.°-Secretário lê o seguinteparecer proferido .pelo Senhor 3.a-Secretário: "Trata o presente proeesso de propostado Deputado Siqueira Oampos no sentidofie que a Câmara expeça carteira de identidade para os familiares dependentes dosSenliorell Deputados. Como argumento favorável à pretensão, o Deputado SiquíOiraCampos cita e fato de os Ministérios Militares fornecerem carteiras de identificaçãoàs esposas e filhos dos integrantes das Forças Armadall. Em que pese a opinião donobre Deputado, achamos que não se podecomparar a situação dos militares, com ados membros do Poder Legislativo, uma vezque a função" daqueles tem caráter permanente enquanto que a dos. parlamentares étransitória. O mandato legislativo poderáou não se renovar enquanto que a carreiramíütar perdura até a morte do seu titular.Achamos, pois, que se justifica que o filhodo militar ou sua esposa tenham um documento de identidade em que conste acondição ae seu familiar, ao mesmo tempoem que consideramos impraticável a mesma medida com relação aos dependentesdos Deputados, em virtude da precariedadedb seu mandato. A concessão de tal do-
6826 Quinta-feira '" DJARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Setembro de 1915
gação imobiliária, ficando a cargo da CEFa sua efetivação, até a data da assinaturado contrato, assim como as renovaçõessubseqüentes, em Companhia de sua eleição.
7. A avaliação dos imóveis, será sempreobjeto de manifestação de órgão técnico daCEF.
7.1. No caso de aquisição, o desembolsoda CEF será feito de uma só vez.
7.2. No caso de construção de unidadeisolada, o financiamento será parcelado, deacordo com o cronograma de obras e as formalidades exigidas.
7.3. Durante o período de construção serão devidos e pagos, mensalmente, os jurosde 6% a.a., contados sobre o valor devidamente corrigido das parcelas efetivamente entregues.
8. A aquisição compreenderá:8.1. O valor do imóvel.8.2. As despesas de Cartório (Cartório de
Notas e de Registro de Imóveis).9. Os servidores referidos no presente
Convênio, uma vez satisfeitas as exigênciasdo levantamento sócio-econômico no tocan- ,te à renda familiar, ficarão dispensados daefetivação da poupança e das comissões deexpediente e de custeio previstas na legislação e Normas da CEF, para obtenção do financiamento.
10. Em substituição à exigência da poupança, assim como para assegurar às operações a rentabilidade mínima prevista paraos seus custos, a Câmara obriga-se a manterna CEF, sem juros e sem correção monetária,.:um depósito mínimo de Cr$ 13.125.000,00(treze milhões, cento e vinte e cinco milcruzeiros) equivalente a 37,5% (trinta e seteinteiros e cinco décimos por cento) do totaldeste Convênio, pelo prazo de 300 (trezentos) meses a partir da sua integralização.
10.1. .A liberação do valor do Convênioserá feita na medida em que for efetivadoo depósito, respeitado sempre o percentualacima referido.
10.2. A devolução de cada depósito seráfeita em 5 (cinco) parcelas qüíqüenaís, limitadas aos percentuais abaixo índícados eobedecidos os prazos, contados a partir daintegralização do depósito, do esquema seguinte:
Prazo % sobre o depósito
medição das obras efetivamente executadaspara ·0 fim de líberaçãc das parcelas dot.inanciamento.
4. AE unidades residenciais serão 100%financiadas e o teto da operação individualcorresponderá ao valor equivalente a 1.000vezes o maior salário mínimo, ou 3.500 UPCse adotadas as normas do Sistema Finaceirode Habitação. .
4.1. As condíções previstas para os rmanélamentos que forem vinculados ao SistemaFinanceiro de Habitação (SFH) poderãoser revistas se ocorrerem quaisquer alterações determinadas pelo BNH.
5. O prazo do financiamento, somado àidade do proponente mais idoso do casal,nos casos de contratos individuais, não poderá ultrapassar o limite de 70 anos.
5.1. Desde que tais contratos venham aser expressamente amparados pela Apólice"Única, pelo Fundo de Compensação de Variações Salariais do Sistema Financeiro deHabitação, nos termos consignados no subitem 6.1., ou por Apólice alheia ao SFR, olimite de idade mencionado acima poderáser alterado, elevando-se até o estipuladonas referidas apólices.
6. A amortização dos financiamentos individuais será feita em até 300 prestaçõesmensais de capital e juros, calculada emseu valor inicial pelo Sistema Francês deAmortísacão (Tabela Price) , à taxa de 6%a.a. e correção monetária trimestral.
6.1. O Plano de Equivalência Salarial eo Sistema de Amortizacões Constantes, doBanco Nacional da Habitação, poderão vira ser adotados em todos os financiamentosindividuais, desde que ocorra manifestaçãoexpressa, favorável, dos órgãos do SistemaFinanceiro de Habitação, no tocante à-consulta formulada sobre a aceitação das condições deste Convênio, inclusive para osefeitos de cobertura securitária, Fundo deCompensação de Variações Salariais_c derefinanciamento.
6.2. A primeira: prestação para amortãsaeão do financiamento será devida 30 diasapós a SUa integralização c, as demais, nomesmo dia dos meses subseqüentes.
li.:I. As prestações de amortização dosfinanciamentos serão descontadas em folhade pagamento dos servidores da Câmara,para o que será obtida prévia autorizaçãodestes e recolhidas à CEF no mesmo mês deseu vencimento, não sendo feito o que. serão os contratos considerados em inadimplência para os efeitos de penalizações preVistas.
6 .4. As operações não enquadradas nosubitem 6.1. serão obrígatoríamente cobertas por seguro contra incêndio e de obrí-
Parcela
1."2."3....4."5.a
60 meses120 meses180 meses240 meses300 meses
10,3013,8018,4024,6032,90
10.2.1. Ocorrendo a retirada do depósitoantes dos prazos indicados ou em percentuaís superiores aos previstos no subitemanterior, fica a CEF desde logo expressamente autorizada a aumentar a taxa de 6%a. a. dos financiamentos concedidos aosservidores da Câmara até a taxa de equílíbrio dos custos operacionais da CEF, considerada esta até o lirn.ite de 11% a.a., pormenor esse que deverá constar de todos oscontratos de financiamentos individuais a.serem assinados.
11. No caso de o adquirente de unidaderesidencial resolver transferir os seus direitos e obrigações durante a vigência do contrato, estará obrigado a dar preferência aoutros servidores do órgão que forem poreste indicados, na forma 'das Normas emvigor, sendo que tal obrigação deverá constar de todos os contratos individuais.
11.1. A proposta de transferência de imóvel a candidato não servidor, assim como aquebra do vínculo com o Serviço PúblicoFederal, retirará o contrato das características estipuladas no Convênio, levando-o àégide das cóndíções vigentes para os eontratos em geral, em função de cujas .taxase saldos de prazos máximos serão reajustados imediatamente, se não houver opçãopelo resgate íntegral do i:ébito.
11.2. Os imóveis adquiridos através desteConvênio não poderão ser alugados antes dedecorrido o prazo de 3 (três) anos da datada aquisição nem vendidos antes de 5 (cinco) anos, sem prévia autorização da Câmara.
11.3. A liquidação antecipada da divida,em qualquer caso, importará na dispensade pagamento dos juros convencionados,salvo os vencidos até a data da liquidação.
12. O presente Termo de Convêrtio passaa viger a partir da data de sua publicaçãono Diário Oficial.
13. Qualquer modificação na essência doora convencionado, ressalvadas as epistolares cabíveís, será feita mediante mútuoacordo através de novo Convênio.
14. Fica eleito o Foro de Brasília-DF paradecisão de questões judiciais que possamdecorrer da aplicação das condições convencionadas.
15. No que forem omíssaa as Normas fixadas no presente Convênio, fica desde Ioga aCEF autorizada a adotar as vigentes paraas suas operações normais.
E por assim terem convencionado, declaram as partes aceitar todas as cláusulas econdições constantes deste instrumento que "depois de lido e achado conforme vai assinado em 4 (quatro) vias de igual teor eforma, na presença das testemunhas qUllo subscrevem.
Setenlbro de 19'15 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 4 6W7
MESA LIDERANÇAS
:Presidente:Célio Borja - ARENA
1.0-víee-Presidente:Herbert Levy - ARENA
2!'-Vice-Presidente:Alencar Furtado - MDB
l.o-Secretário:Odulfo Domingues - ARENA
2.o-Secretári{) :Henrique Eduardo Alves - MDB
3.o-Secretári{):Pinheiro Machado - ARENA
4.o-Secretá:ri{):Léo Simões - MDB
SUPLENTES
Júlio Viveiros - MDBLauro Roítt'iglJes - MDBUbaldo Barérn - ARENAAntônio Florêncio - ARENA
ARENA - MAIORIA
. Lider:José Bonifácio
Vice-Lideres:
J não LinharesAlípio CarvalhoJorge VargasJosé AlvesJairo MagalhãesParente FrotaAiron RiosBlotta JúniorMareeIos LínharesVasco NetoLuiz RochaParsifal BarrósoAdhemllX GhisiCantídio SampaioLauro Leitão
MDB - MlNORIA
Líder:
Laerte Vieira
Vice-Lideres:
Alceu Collares
Fernando Lyra
Figueiredo Correia
Freitas Nobre
GetúliQ Dias
Gua!.'u Piteri
Israel Días-NovaesJoão MenCJ!:CSJoel Ferreira
Marcondes Gadelha
Padre Nobre
Peixoto Filho
DEPARTAMENTO DE COMISSÕES MDB 3) C(IMISSAQ DE COMUNICAÇõES
COMiSSÕES PERMANENTES1) COMISSAO DE AGRICULTURA E POU'TICA
RURALPresidente: Pacheco Chaves - :MDB
Paulo RochaLocal: Anexo II - Ramal 661
Coordenação de Comissões p«:rmanentesGeny Xavier Marques
Local: Anexo II - Telefones: 24-5179 e24-4805 - Ramfl,is: 601 e 619
TunDa f tA"Vice-Presidente Antônio Anníbell! - :MDB
Turma "13"Vice-Presidente: Manoel Rodrigues - ARENA
Titll1ll.rCs
ARENA
Suplentes
ARENAAlcides Franciscato Jorge VargasAntônio Ueno José da AssisBatista Miranda MlÍ.udcio LeiteFlâvio Gíovrne Menandro MinahimFrancisco Bilac Pinto Prisco Vifl,na;Horácio Matos Ruy BacelarInocêncio oliveira. Sinval BoaventuraJoaquim Coutinho
Mauricio LeiteNorberto SchmidtVieira da SilvaWaldomiro Gonçalves
José CamargoJúlio ViveirosMário Frota
Freitas NobreJorge Pa1Üo
MDB
:MDB
ARENA
Jorge ArbageMagno BacelarMmoro M~yamoto
Oswaldo ZaneIloPassos Porto
ARENA
Suplentes
Dias MenezesGetúlio DiasJoão GilbertoJoel Ferreira
Abel AvilaAntõnio FerreiraAugusto TreinBlotta JúniorEdison Bonna
Quartas e quintas-feiras, às 10:00 horas
Local: Anexo II - Sala 6 - Ramais 653 e (IM
Aluizio ParaguassuAurélio CamposEloy Lenzi
Titulares
REUNIõES
Presidente: Humberto Lucena - MDB
Vice-P1'esldente: JG de Araújo Jorge - MDB
Vice-Presidente: Gioia Júnior - ARENA
Aderbal JuremaAlair FerreiraAroldo CarvalhoCorreia LimaGerson Camata
Secretária: 10113 Lazzarini
Moreira FrancoOsvaldo BuskeíPedro LauroRoberto CarvalhoSebastião RodriguesYasunori Kunigo
MDB
octacüío QueirozSilvio Abreu Júnior
Flávio GiovineNina RibeíroParsifal Barroso
MDB
Jalson BarretoMilton SteinbruchNelson Thibau
Suplentes
ARENA
Gabl'iel HermesJoaquim GuerraMurilo Rt:zenfeUbaldo Barém
Antônio PlorêncioAry ValadãoBatista MirandaEdison Bonna
Alberto LavínasExpedito ZanottiJorge Uequed
2) COMISSAO DE C1ENCIA E TECNOLOGIA
Présidente: Brfgído Tinoco - MDBVice-Pres~dente;Fernando Cunha - MDBVic!J-Presidente: Jarmund Nasser - ARENA
Titulares
ARENA
Ary KffuriCélio Marques
FernandesCorreia LimaDiogo Nomura
Abdon GonçalvesDias MenezesFrancisco AmaralHélio Almeida
Eloy LenziErnesto de MarooIturival NascimentoJosé MaurícioJuarez BatistaMilton Steinbruch
REUNIõES
Quartas e quintas-feiras, às 10:00 hosasLocal: Anexo II - Sala 11.- Ramal 621Sec~'etária: Eni Machado Coelho
'REUNIõES
Quartas e quíntas-tefras, às 10:00 horasLocal: Anexo II ~ Ramal 766Secretária: Maria Geralda Orrteo
Turma i.-CelSO CarvalhoElcival Caiado
Geraldo B1Üh6esHenrique BritoMelo FreireVasco Amaro
:MDBJosé MandelliJUJ;iJ'BZ BernardesNelson MaculanRénato AzeredoVinicius Cansanção
TlU'ma AAlexandre MachadoAntõmo GomesBenedito Canellasoarüoso de AlmeidaHumberto SoutoJoão. DurvalJuvêncio Dias
Alvaro DiasAntõnio BresohnFrancisco LibardoníGuaçu PiteriHem:ique Ca~'doso
6828 Quinta-feira 4 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) . Setembro de 1975.
5) COMISSÃO DE ECONOMIA, INDOSTRIA ECOMSRClO
Presidente: Aldo Fagundes - MDBTurma.,~'A"
Vice-Presidente: Santilli Sobrinho - MDB
Turma. '''B''
4) COMISSAO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇAPresidente: Luiz Braz - ARENA
TUrlna "A!~
Vice-Presidente: Djalma Bessa - ARENATurma "B"
Vice-Presidente:, Nogueira da Gama - MDB
Titular-esARENA
MDBVagoVagoVagoVagoVago
Suplentes
ARENAMarão FilhoMelo FreireNelson MarchezanPedro CarolaPedro CoJinRaimUl'ldo .DínizWilson Braga
S.uplentes
ARENAJoão CasteloLauro 4!itãoMarcelo LInhllll'e8Mário MondinoWanderley MarizWilson FalcãoVago
MDBVagoVagoVagoVagoVago
Alberto Hoffmann - ARENAGastão Müller - ARENA
Walter Silva - MDB
Titulares
ARENA
Manoel NovaesMinoro MiyamotoNosser AlmeidaOswaldo ZanelloRicardo FiúzaTheódulo Albuquerque
MDBJúlio ViveirosMagnus GuimarãesMarcelo MedeirosPeixoto FilhoWalber Guimarães
Alair FerreiraAngelíno RosaAntônio FlorêncioArlmdo KunzJerCarlos WílsonCelso CarvalhoJoão ClímacoJosias Leite
AluízIo ParwguassuAntônio CarlosDias MenezesFlorim CoutinhoJosé Bonifácio NetoMarcelo MedeirosOdemír Furlan
Presidente:Vice-Presidente:Vice-Presidente:
Arlindo KunzlerEUrICO RibeiroFurtado LeiteGabriel HermesJorge ArbageJosias Leite
Presidente: Lysâneas Maciel - MDBVice-Presidente: José camargo - MDBVice-Presidente: G0112aga.Vasconcelos-ARENA
Titulares
ARENA
Marco MacielNewton BarreiraPaulino CíceroPrisco VianaRafael FaracoUbaldo Corrêa
9) COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA
Aécio CunhaAlvaro ValleDarcílio AyresFernando GonçalvesGeraldo FreireIvahír Garcia
8) COMISSÃO DE FiSCALIZAÇÃO FINANCEIRAE TOMADA DE CONTAS
REUNIõES
Quartàs e Quintas-feiras, às 10:00 horas
Local: Anexo TI - Sala 16 - Ramais 643 e 642
Secretário: Paulo José Maestralli
Dias MenezesErnesto de MarcoJader BarbelhoJosé Bonifácio Neto
Epitácio CafeteIraJoaquim BevilacquaJosé Carlos Tei'&eiraOctaeílto QueirozVagoVago
REUNIõES
Quartas 'e Quintas-feiras, às 10:00 horas
Local: Anexo TI - Sala 2 - Ramal 666
Secretário: Wilson Ricardo Barbosa Vianna
Aécio CunhaAlacid NunesAntônio FerreiraHélio LevyHorácio MatosJoão PedroJutahy Magalhãeli
MDBGenival TourinhoHildérico OliveiraJoão GilbertoJosé Maria de CarvalhoNadyr Rossetti
MDBMilton SteinbruchOdacir KleinRoberto CarvalhoRuy CôdoTheodoro Mendes
Pedro Faria - MDB
Titulares
ARENA'I'urma. BJorge VargasMáriO MondinoMoacyr DalJaNunes RochaRibamar MachadoTemistocles Teixeira'
Presidente: Flexa Ribeiro - ARENAVice-Presidente: Salvador Julianelli - ARENAVice-Presidente: Olivir Gabardo - MDB
Titulares
ARENALeur LomantoLygia Lessa BastosMagno BacelarManoel de AlmeidaMenandro MinahimRômulo Galvão
MDBJuarez BatistaNelson MaculanOtávio CeccatoRuy CôdoVinicius CansançãoVago
REUNIõES
Quartas e Quintas-feiras, às 10:00 horasLocal Anexo II - Sala 4, - Ramal 631Secretária: Delsulte Macedo de Avelar Villas
Boas
Amaury MüllerAntônio PontesFernando GamaJader BarbalhoJorge Uequed
Aivaro ValleBraga RamosDarcílio AyresDaso CoimbraGeraldo FreireHého MauroJosé Alves
Airton SoaresAleir PimentaAntônio MoraisDaniel SilvaEdgar MartinsFigueiredo Correia
Suplentes
ARENA·Norton MacedoNasser AlmeJdaOssian AraripePaulo FerrazRafael FaracoSylvio VenturolliTemistocles Teixeira,
VIce-Presidente:
Aderbal JuremaAntônio MarizGomes da SilvaHydekel FreitasJairo Magalhães.1utahy MagalhãesLuiz BrazNey Lopes
Presidente: Homero Santos - ARENA
7) COMISSÃO DE FINANÇAS
6) COMISSAO DE EDUCAÇÃO E CULTURA
Turma "B"
Turma II'"A"Vice-Presidente: João Castelo - ARENA
Antônio JoséAthiê COUl'yEmanuel WaissmannEpitácio CafeteiraGomes do AmaralJoão Menezes
MDBAlvaro Dias Lauro RodriguesAntunes de Oliveira Lincoln GrilJoÁrgilano Dado Magnus GuimarãesExpedito Zanotti Octacílio AlmeidaFrancisco Amaral Paulo MarquesJG de Araújo Jorge Theodoro Mendes
REUNIõES
Quartas-feIras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 9 - Ramal 639
Secretária: Marta Clélia ornco
Turma AAdriano ValenteAntônio MorimotoDyrno PIresFernando Magalhães
·Fl'ancisco Bilae PintoHélio CamposJoão Vatrgas
Blotta JúniorErnesto ValenteJosé SallyLauro LeitãoNey LopesNorton MacedoTheobaldo Barbosa
MDBJarbas VasconcelosJOaquim BevflacquaLuiz HenriqueLidovmo FantonMiro 'I'eíxeiraRubem Dourado
SuplentesARENA
Moacy DanaNereu GuidiNogueira de RezendeOsmar LeitãoParente FrotaRaimundo ParenteRaul BernardoViana Neto
SuplentesARENA
Hugo NapoleãoHumberto SoutoJanuário FeitosaPaulíno CíceroRicardo FiúzaRogério RêgoUlisses Potiguar
Turma AAltair ChagasAntônio MarizCantidio SampaioClaudino SalesCleverson TeixeiraGomes da SilvaJl>iro MagalJaãesJoão Linhares
Alceu coneresCelso BarrosErasmo Martins PedroNoide CerqueiraPetrônio FigueiredoBebastrão RoddguesTarcisio Delgado
Antônio MorimotoDaso COImbraEduardo GalilGonzaga VasconcelosHenrique CórdovaHenrique PrettiHomero SantosIgo LossoJarmund Nasser
Fernando CoelhoFigueiredo CorreiaFrancisco Studll,rtHumiJerto LucenaJadex BarbalhoJoão GilbertoJorge Uequed
MDBJosé Bomfácío NetoJosé MaurícioNadyr RossettiSérgio MurilloSilvio Abreu JúniorWalber GuimarãesWalter Silva
REUNIõESTerças, Quartas e Quintas-feiras às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 17 - Ramal 626
Secretária: Sílvia Barroso Martins
Vice-Presidente: José Haddad - ARENATitularesARENA
Turma BAmaral FurlanAugusto T'rei'nCarlos WilsonHenrique CórdovaJoão ClímacoViana NetoVieira Lima
MDBGenervíno FonsecaJoão ArrudaMarcondes Gadelha.Rubem Medina
Antônio CarlosHarry SanerJosé ThoméMoreira Franco
Ail'on RiosAlexandre MachadoAltair ChagasCardoso de AlmeidaCleverson TeixeiraDvrno PiresFal'la Lima.
Turma AA. H, Cunha BuenoAmaral NettoAngeliJ10 RosaFernando Gonç~ves
!go LossoMarão Filho
SeteD1bro de 1975 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 4 6829
Titulares
REUNIôES
10) COMISSÃO DE REDAÇÃO
11) COMISSÃO DE RELAÇõES EXTERIORES
Jonas CarlosNewton BarreiraRibamar MachadoTeotônio NetoVieira Lima0
Manoel de AlmeidaMa.lIro SampaioRômulo GalvãoTheobaldo Barbosa
Odemir FurlanVagoVago
José CostaPedro LucenaThales RamallJoVago
José CostaJosé MaurícioRosru 1"loresMarcelo GatoOtávio Ceccato
Nelson MarchezanNereu GuidiOsmar LeitãoRaimundo ParenteSiqueira CamposVicente VuoloWIlmar DallanhoI
MDB
MDB
ARENA
ARENA
Ossían AI'aripePaulo FerrazUbaldo Ba.rémVasco NetoWanderley Mal"iz
MDB
Titulares
Gamaliel GalvâoJoel FerreiraLauro Rodrigues
Suplentes
ARENA
Aloísio SantosCarlos oottaFrancisco AmaralFrederico BrandãoGetúlio DiasJoel Lima
Suplentes
ARENA
REUNIõES
Quartas-feiras, às 10:00 horasLocaoi: Anexo II - Sala 12 - Ramal 694eeerotano: Hélio Alves Reíbeiro
MDB
Adhemar SantiloAntônio PontesFernando Coelho
Quartas e Quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Salla 13 - Ramais 688 e 689Secretário: Walter Gouvêa Costa
Titulares
Alacid NunesAroldo CarvallloBento GonçalvesFlávio MarcílioFrancisco Rollemberg
Agostinh0 RodriguesAmaral FurlanCid :F'urt,adoClaudino SalesErnesta ValenteEurico Ribeiro
14) COMISSÃO DE SERViÇO P(iBLlCO
Antônio AnnibelliDias MenezesErasmo Martins PedroFreitas Nobre
15) COMISSÃO DE TRABALHO E LEGISLAÇÃOSOCIAL
Presidente: Paes de Andrade - MDBVice-Presidente: Sérgio Murillo - MDBVice-PreSidente: Raul Bernardo - ARENA
Aldo FagundesAluízio ParaguassuDias MenezesJG de Araújo Jorge
REUNIõES
Presídente: WIlson Braga - ARENAVice-Presidente: Vingt Rosado - ARENAVICe-Presidente: Argüano Dario - MDB
Ary KffUl"iFrancelino PereiraGeraldo GuedesIvahir GarciaJonas Carlos
Adhemar GhisiAlvaro GauctêncioCid FurtadoEduardo GalilTbrarm Abi AckelJacob CarolaLuiz Rocha.
José Carlos TeixeiraLincoln GrílloNey Ferreira
Parente FrotaPaulo StudartSylvio VenturolliSinval Boeventura
MDB
Marcondes GadelhaWalmor de LucaVagoVago
MDB
MDB
José CamargoMagnus GuimarãesPaes de AndradePedro FariaRoberto CarvalhoSérgio Murrllo
Titulares
ARENA
Inocêncio OliveiraJoão AlvesMauro SampaioUlisses PotíguarWilson Fll'lcão
Suplentes
ARENA
Hermes MacedoJoão VargasJuvêncio DiasLeur LomantoMarco MacielNorberto SchmidtPaulo StudartWaldomiro Gonçalves
MDB
Osvaldo BuskeiPedro LucenaWalter de Castro
Suplentes
ARENA
Parsíf'al BarrosoSaolvador JulianelliTheódulo AlbuquerqueVagoVago
Athiê CouryCarlos CottaJoaqUIm BevílacquaLincoln Grlllo
12) COMISSÃO DE SAÚDE
- REUNIõES
Quartas-feiras, às 10:30 horasLocal: Anexo II - Sala 1 - Ramal 677
Secretária: Maria de Lourdes dos Sll'lltos
Titulares
Adriano ValenteBraga RamosHenrique BritoJoão Durval.rosé AlvesManoel Kovaes
REtJNlôES
Quartas e Quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 10 - Rama-I 682Secretária: Iná Fernandes Costa
13) COMISSÃO DE SEGURANÇA NACIONAL
Presidente: ítalo Conti - ARENAVice-Presidente: Célio Marques Fernandes -
ARENA
Vice-PI"esidente: Ruy Lino - MDB
Antônio BelinattiAntunes de onveíraPlczlm Coutinho
Agostinho RodriguesAlipio CarvalhoJanuário FeitosaNunes Leal
Abdon GonçalvesLeônidas SampaioOdemir FurJan
Adernar PereiraAiroll RiosCarlos Alberto de
OltveíraDiogo NomuraFrancisco Rollemberg
Presidente: Fábio Fonseca - MDBVice-Presidente: Jaison Barreto - MDBVice-Presidente: Navarro Vieira - ARENA
Adhemar GhisiAlvaro GaudêncioAry vatadãoCunha BuenoFernando MagalhãesFlexa RibeiroGeraãdo GuedesGerson Camata
Aldo FaundesAntunes de OliveiraAntônio MoraisDaniel SilvaDias Menezes
',João Menezes
Francelino PereiraGastão MüllerJosé MachadoLins e SilvaLuiz RochaSrqueIra CamposWl1mar Dallanhol
Murilo BadaróNogueira de RezendePassos PôrtoPedro ColinRaimundo DinÍZRogério RêgoTeotônio Neto
MDB
José Carlos TeIxeiraLauro RodriguesRubem DouradoSílvio de Abreu JúniorVago
MDB
Vago
MDB
Antônio Bresolin
MDB
Nelson ThíbauPedro LauroWalmor de LucaYasunori Kunigo
Theobaldo Barbosa
MDB
João CunhaMac Dowel Leite
de CastroPadre NobrePaulo MarquesThales Ramalho
ARENA
Suplentes
ARE:"lA
Suplentes
ARENA
Prisco VianaRibamar Machado
Alcir Pimenta
Altair Chagas
Henrique Cardoso
Israel DialS-NovaesJerônimo SantanaJorge FerrazMarcos TitoMário Moreira
Adhemar SantilloAIrton SoaresDias MenezesFrederico Bramdij,oJoão ArrudaJorge Moura
Presidente: Diogo Nomura - ARENAVice-Presidente: Furtado Leite - ARENA
Titulares
ARENA
Alberto HoffmannAmaral NettoBenedito CanellasCarlos Alberto de
OliveiraDjalmss BessaFerraz Egreja
REUNiõES
Quartas e Quintas-Feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 7 - Ramal 660
Secretário: Luiz de Oliveira Pinto
Presidente: Flávio Marcflio - ARENAVice-Presidente: Joaquim Coutmho - ARENAVice-Presidente: Jairo Brum - MDB
QuaI'tas-feirOlS, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 14 - Ramal 673Secretário: José Lyra Barroso de Ortegal
Antônio UenoFaria LimaHugo NapoleãoJosé MachadoLins e SílvaoLuiz FernandoMarcelo Linhares
Adalberto CamargoArio TheodoroCarlos SantosCotta BarbosaFel"nando GamaFrancisco studllll't
63S0 Quinta-feira 4 DlARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Setembro de 1975
Titulares
16) COMISSÃO DE TRANSPORTES
Gilda Amora de Assis Republicana
Local: Anexo II - Ramais:
Presidente: Lomanto Júmor - ARENAVícc-Preaídente: Hermes Macêdo - ARENAVice-Presidente: Amaury Müller - MDB
Octacílío QueirozVaogo
Januário FeitosaJosé AlvesJutahy Magalhães
MDB
ARENA
Lauro LeitãoPedro Colín
MDB
ARENA
Manoel de AlmeidaRuy Bacelar
MDB
MDB
Juarez Bernardes
Suplentes
ARENA
Siqueira CamposUbaldo Bsn-érnVicente vuoto
MDB
VagoVago
Eloy LenziJaison Barreto
Suplentes
ARENA
Hermes MacédóVasco AmaroWihnar Dallanhol
MDB
VaogoV<>go
Genival TourinhoVinicius Cansanção
Suplentes
ARENA
Adhemar SantilloGenervino FonsecaVago
Hélio LevyJosé de AssisNunes Rocha
4) COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO DAREGIÃO SUL
REUNIõES
Quintas-feiras, às 11:00 horas
Local: Anexo LI - Sala 8-B - Ramal 685
Secretário: Romualdo Fernaondo Arnoldo
Antônio CarlosFernando Cunha
Presidente: Abel Avila - ARENA
VICe-Presidente: Norberto Schmidt - ARENA
Vice-Presidente: Dias Menezes - MDB
Titulares
Antônio UenoJoão Vargas
Odacir KleinV",goVa.go
Aluízio Par-aguassuAntônio Anníbelli
Adriano ValenteArlindo KunzlerHenrique Córdova
REUNIõES
Quartas-feiras, às 10 :00 horas
Local: Anexo II - Sala 8-B - R.amal 685
Secretária: Allia Felicio Tobias
Presidente: Geraldo Guedes - ARENA
Vice-Presidente: Dyrno Pires - ARENA
VICe-Presidente: Celso Barros - MDB
Titulares
5) COMISSÃO DO POLfGONO DAS SECAS
Ernesto ValenteP'rancelmo Pereira
Quil1tas-feiras, às 10:00 horas
Local: Anexo II - Sala S-A - Ramal 695
Secretário: José Salomão Jacobina Aires
José Cost~
Fernando Lyra
Fernando MagalhãesHumberto SoutoInocêncio Oliveira
Fernando CoelhoJarbas VasconcelosJosé Carlos 'I'erxeira
REUNIõES
Rezende MonteiroValdomiro Gonçalves
Passos PôrtoPantlrno CíceroPrisco VIana
MDB
Vmicius Cansanção
MDB
VagoVago
ARENA
Juvêncio DiasRannundo Parente
MDB
Jerômmo SantanaNabor Júnior
ARENA
Ricardo FiúzaRogé1'1o Rego
ARENA
Titulares
Suplentes
MDB
SiqueÍl'1lI Campos'I'ernistocles 'I'eixeíraUbaldo Corrêa
.MDB
Ruy LinoVago
Suplent.es
ARENA
Gabriel HermesHélio Campos
Presidente: Alaocíd Nunes - ARENA
Vice-Presidente: Nosser de Almeida - ARENA
Vice-Presidente: Antônio Pontes - MDB
Titulares
Antunes de OliveiraEpltácio Cafeteira
Suplentes
Terças-feiras, às 10:00 horas
Local: Anexo II - Sala 8-A - Ramais 605,606 e 616
COMISSÕES ESPECIAIS
1) COMISSÃO DA AMAZôNIA
J oel Ferreira.Júlio VíverrosMário Frota
Edison BonnaElcival CaiadoRafael Faraco
Jairo MagalhãesJosias LeiteMarco Maciel
Bento GonçalvesGeraldo BulhõcsManoel Novaes
Epitácio CafeteiraJosé Costa
Titulares
HJldérico OliveiraThales RamalhoVago
3) COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO DAREGIÃO CENTRO-OESTE
Presidente: Ney Fcrreira - MDB
Vice-Presidente: José Carlos Teixeira. - MDB
Vice-Presidente: Franoísoc Rollemberg -
Secretário: Jacy da Nova Amarante
Presidente: Iturival Nascimento - MDB
Vice-Presidente: Walter de Castro - MDB
Vice-Presidente: Ary Valadão - ARENA
REUNiõES
Qumtas-feiras, às 10,00 horasLocal: Anexo II - Sala 3 - Ramal 611Secretária: Mana de Nazareth Raupp Machadc
Benedito CanellasGastão MíiilerJarmulld Nasser
.2) COMISSÃO DA BACIA DO SÃO FRANCISCO
José de AssisMunlo RezendeRezende MorrterroRuy BacelarSantos Fl11l0
Nunes RochaRaul BernardoUbaldo CorreaVasco AmaroVasco NetoVIcente vuoio
MDB
Mário FrotaNabor JúnlorOctacilio AlmeidaOswaldo Lima.
MDB
José MandelliMáno MoreiraOdacir KleinPedro LauroRuy Côdo
ARENA
Suplente!:
ARENA
José HaddadJosé SaliyLygia Lessa BastosManoel RodriguesMurilo BadaróNina RibeiroRezende MonteiroSantos Filho
MDB
SilVIO de Abreu JúniorTarcisio DelgadoTheodoro MendesVagoVagoVago
Suplentes
ARENA
Ademar PereiraAntônio GomesElclval CaiadoFurtado LeiteGeraldo BulhõesGiÓliJ, JúmorHého Mauroítalo Conti
Aurého CamposFernando CunhaGamaliel GalvãoGeníval TourinhoLuiz HenriquePeixoto FilhoRuy Côdo
Fernando LyraFrancisco RochaHélio de AlmeidaLturrval NascimentoJuarez Batista
Abel AvilaAlcides FranciscatoBento GonçalvesHenrrque PrettiHydekel FrertasJoaquIm Guerra
REUNIõES
Quartas e QUintas-feiras, às 10:30 horas
Local: Anexo II - Sala 5 - Ramal 696Secretário: Carlos Brasil dc AraÚJO
Antônio CarlosDias MenezesErnesto de MarcoFrancrsco LibardoníJaIro Brum
Alípio CarvalhoHélio CamposHélio LevyJoão LtnharesJoão PedroNavarro vren-aNunes Leal
COORDENAÇÃO DE (OMISSÕ,STEMPORÁRIAS
REUNIõES
Quartas e Qumtas-feiras, às 10:00 hores
Local: Anexo II - Sala 15 - Ramal 647
Secretário: Nelson Oliveira de Souza
Seção de Comissões de Inquérito
Chefe: JaIro Terezmho Leal Vlanna
Local: Anexo TI - Ramal 612- 23-3239 (Direto)
Seção de Comissões Especiais
Chefe: SteHa Prta da Sllva Lopes
Local: Anexo Ir - Sala 8-B - Ramal 604
Setembro de 1975 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 4, 6831
Local: Anexo II - Sala 8-A Ramais 603 e 604
Secretário: Antônio Fernando Borges Manzan
Presidente: Sérgio Murilo - MDBVice-PreSidente: Peixoto Fl1ho - MDBVice-Presldente: José Sally - ARENA
Relatar-Geral: Geraldo Freire - ARENA
Presidente: Tancredo Neves - MDBVice-Presidente: Brigido Tinoco --- MDBVice-Presidente: Flávio Marcílío - ARENA
Relator-Geral: João Linharea - ARENA
REUNIõES
Local: Anexo II - Sala 8-ARamais 603 e 60'1
Secretária: Maria Teresa de Barros Pereira
MDB
Juarez BatistaGenervíno Fonseca
ARF"'A
Fernando LyraJosé Carlos Teixeira
MDB
Jerônimo Santana
Suplentes
ARENA
Rllfimundo ParenteJosias Leite
(REQUERIMENTO N.o 28/75 - CPI)
Prazo 26-6-75 a 23-11-75Presidente Figueiredo Correia.
Vice-Presidente Fernando coelhoRelator Ernesto Valente
VIcc-Relator Ricardo Fiúza
Titulares
ArENANewton Barreira
Titulares
5) COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUfRITODESTINADA A INVESTIGAR E AVALIAR APOLiTlCA DE -REMUNEaAçAO DO TRABALHO, EM TODOS OS ANGULOS
(REQUERIMENTO N.o 19/75 - CP!)Prazo: 4-6-75 a 1Q- ll 75
Presidente: Alceu Collares -- MDBVree-Presidente: Pedro Faria - MDB
Rela.tor: Nelson Marchezan - ARENA
REUNiõES
REUNIõES
Sextas-feiras, às 9:00 horasLocal: Anexo III - Ramal 509Secretária; Márcia de Andrade Pereira
Joel FerreiraGuaçu Plteri
Terças-feiras, às '16:30 horasQuintas-feiras, às 16:30 horasLocal: Anexo II - Plenário da Comissão
de Educação e CulturaTelefones: Ramais 509 (Anexo UI) e
612 (Anexo mSecretário: Raimundo de Menezes Vieira
Correia LimaEurico RezendeVingt Rosado
4) COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITODESTINADA A INVESTIGAR E AVALIAR AEXECUÇÃO DO PROGRAMA DE REDISTRIBUIÇÃO DE TERRAS NO NORTE E NOR·DESTE DO PAíS
Walter Silva
Antônio MarizPrisco Viana
Nabor JúntorVinicius Cansanção
MDBLuiz Henl'lqueOdacir Klein
MDBJoaquim BevílaequaSebastião RodriguesJader Barhalho
ARENAFernando GonçalvesNogueira de RezendeDjalma Bessa
Suplentes
ARENAHugo NrupoleãoPaulo StudartIgo Losso
Suplentes
AR",NAIvahir GarciaRaymundo DlllizVianna Neto
Francelino PereiraAugusto 'I'reínJosé MachadoHugo Napoleão
MDBMário Frota Neide CerquerraTarcislO Delgado José MauricioIturival Nascrmento Walber GUllnarães
REUNIõES
Terças-feiras, às 16:30 horasQuartas-feiralS, às 16;30 horasQUintas-feiras, às 16:30 horasLocal: Anexo UI - Ramal 509Secretário: Manoel Augusto Campelo Neto
Alencar FurtadoNadyr RossettiMoreira Franco
Adhemar GhisiBlotta Júl1lorC,"1'1os Alberto de Oliveira
2) COMISSÁO PARLAMENTAR DE INQUÉRITODESTINADA A PROCEDER AO LEVANTA·MENTO DA SITUAÇÃO PENITENCIARIA DOPAíS
Titulares
(REQUERIMENTO 1'1.0 16/75 - CFIlPrazo : 20-5-75 a 17-10-75
Presidente: José Bonífúcío NetoVice-Presidente: Theodoro Mendes
Relator: Ibrahim Abi-Ackel
Tancredo NevesMarcondes GadelhaJoão Menezes
MDBPacheco ~haves
Jaison BarretoGeníval Tourinho
REP-:~ S
Terças-feiras, às 18:00 horasQuintas-feiras, às 8:00 horasLocal: Anexo III - Ramal 497Secretário: Panilo Ernani Fonseca Aires
Peixoto FllhoTheodoro MendesJosé Costa
João LínhareeCardoso de AlmeidaRaymundo ParenteJoão castéío
MDBTheobaldo BarbosaCld FurtadoFern:l'lldo CoelhoMário MoreiraOswaldo Lima
ARENAJosé Bonifácio NetoFreitas NobreLidovino Fanton
Titulares
Titulares
SuplentesMDB
J oel FerreiraRubem DouradoAirton SoaresROSa! FloresJosé Costa
MDBCelso BarrosMac Dowel Leite de
castroIsrael Dias-Novaes
Suplentes
Santos FilhoHugo NapoleãoFernando GonçalvesEduardo GalHIgo LossoGastâo Mü1!er
Ibmhim Abi-AckelClaudino SalesIvahll' GarciaAutônio Mariz
7) COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A DARPARECER AO PROJETO N.o 633, DE 1975,DO PODER EXECUTIVO, QUE DISPõE So..BRE O CóDIGO DE PROCESSO PENAL
6) COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A DARPARECER AO PROJETO N.o 634, de 1975,DO PODER EXECUTIVO, QUE DISPÕE $0..BRE O CóDIGO CIVIL
ARENAMarcelo LínnaresNey LopesErasmo Martins Pedro'I'arcísío DelgadoHenrique CórdovaAntônio MOl'imoto
REUNIõES
ARENACleverson TeixeiraLauro LeitãoGeratldo GuedesRaymundo Díníz
Herbert LevyGeraldo Fl'ei1'eArlindo KunzlerTeotônio Neto
MDB
ARENA
Marcelo Gato Gemval Toul'inhoAlvaro Dias
MDBAntônio JoséFredel'Íco Brandão
Suplentes
ARENA
Eduardo GalilRibamar MachadoLeur Lomanto
Altair ChagasMário MondinoJoão Climaco
ROSlll FloresJosé MaurícioGamalie1 Galvâo
Ney Lopes Antônio GomesJosé Machado Magno BacelarHumberto Souto
REUNIõES
Quartas e QUintas-feiras, às 16:00 horasLocal: Anexo m - Ramal 5{}9Secretário: Zorando Moreira de Oliveira
Titulares
3) COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITODESlINADA A iNVJ:STIGAR O PROBLEMADO MENOR
ARENAAlcides Franeíscato Inocêncio OliveiraCleverson Teixeira Nelson Marchezan
MDBJG de Araújo Jorge Antônio Morais
Suplentes
ARENADaso Coimbra Braga RamosBento Gonçalves
(REQUERIMENTO 1'1," 22/75 - CP!)
Prazo: 19-6-75 a 16-11-75Presidente: Carlos Santos
Vlce-Pl"esidente: Ruy CôdoRelator: Manoel de Almeida
Relator-Substituto: Lygia Lessa BU1St~s
(REQUERIMENTO 1'1," 4/75)(CP!)
Presidente: Alencal' Furtado - MDBVice-Pl'esidente: Moreire Franco - MDB
Relator: Herbel't Levy - ARENA
TitularesARENA
Gabriel HermesGonzaga VasconcelosPassos Pôrto
COMISSÕES PARLAMENTARESDE INQU~RITO
1) COMISSÁO PARLAMENTAR DE INQUfRITOPARA INVESTIGAR O COMPORTAMENTC f. ASINFLU~NCIAS DAS EMPRESAS MUlTINACIO·NAIS E DO CAPITAL ESTRANGEIRO NOBRASIL