ANO XXXIV - Nº. 406 Mês de agosto de 2016

O CONCELHO DEVILA VELHA DE RÓDÃO

Redacção: Avª. Almirante Reis, Nº. 256 - 1º. esqº. 1000-058 LISBOA - casacvvrodao@sapo.pt - www.ccvvrodao.no.sapo.pt - Telem. 967 018 215 - NIB: 003500630008193433011

Publica-se na última semana de cada mês

Mensário RegionalistaFundador: DOMINGOS ALVES DIAS

DirectorJOSÉ FAIA P. CORREIA

Registo de Imprensa - Nº 108771 Depósito Legal Nº. 4032/84

34 Anos ao serviço do nosso Concelho

Número Avulso: 0,80

SENHORES ASSINANTESTemos verificado que aparecem alguns valores na nossa Conta Bancária, identificados com nomes que não constam danossa listagem de assinantes. Agradecemos que indiquem sempre o nome do assinante, ou o número que consta no cantosuperior direito da etiqueta de morada do seu jornal, ou ainda que nos informem posteriormente a data e o valor transferido.

Pág. 2

Editorial

Em Setembroreunião de

Câmara Públicaem Sarnadas de

Ródão

No seguimento da estratégia doexecutivo municipal de ouvir os

munícipes sobre os assuntos de interessecoletivo das freguesias, informa-se quea próxima reunião públicadescentralizada da autarquia de Ródãovai realizar-se no dia 9 de setembro, às14h30, nas instalações da Junta deFreguesia de Sarnadas de Ródão.

A Casa do Concelho de Vila Velha de Ródão apoia oFestival das Sopas de Peixe. Ver informação na pág.ª 3

Nomeação do comandante dosBombeiros de

Vila Velha de RódãoO Engenheiro Amândio Nunes tomou possecomo segundo comandante dos Bombeiros

Voluntários da nossa terra.

Com a presença de:

sábado,24 de setembro,às 22h30, comEntrada Livre

Valorização doterritório pelos

municípios do interior

COLÓQUIOPRAXIS V

“PATRIMÓNIOSDA TERRA E DO

HOMEM:LINHAS DE

VALORIZAÇÃOE

DESENVOLVIMENTOSUSTENTÁVEL

NABEIRA BAIXA”

Encontro dosEx-Combatentes, do

Concelho de VilaVelha de Ródão

Pág. 3

Pág. 2

Pág. 8

Campanha de apoio aos bombeiros e vítimasde incêndios

O ribeiro dasVilas Ruivasvai seco…

D á-nos um ar de tristeza e demelancolia assistir àquela paisagem

bem ali à nossa frente, onde, no leito doribeiro por onde outrora a águaabundava, apenas se vêem agora aspedras ressequidas e secas sob o soltórrido dos meses de verão.

Últ.. Pág.

Pág. 4

As tradicionaisfestas de verão nas

nossas aldeias...As notícias que nos chegaram

nas pág. 4, 7 e última

AGOSTO DE 2016O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 2

Crónicas de um paraíso à beira do Tejo…

… Transformamos viagensem experiências

Avenida 1º Maio, 34 - C2825-393 Costa de CaparicaTel. +351 212 909 390E-Mail : geral@cooltravel.pt

Rua Artur Ferreira da Silva, 10 - A1885-010 MoscavideTel. +351 219 436 600E-Mail : geral@cooltravel.pt

Editorial

(jfaiacorreia@gmail.com)

A gosto, verão, calor e,inevitavelmente, fogos.

É isto, todos os anos é estacalamidade a varrer o país de norte a sule que este ano resolveu ir também fazeruma visita à bela ilha da Madeira.

Os bombeiros, de quem nosesquecemos todo o ano, são nesta alturaelevados à condição de heróis nacionais.Nas redes sociais todos falam dos fogos,todos dizem de sua justiça, muitosapontam soluções, algumasverdadeiramente milagrosas, mas namaioria das vezes ditadas pelo coração,que não por uma razão baseada numconhecimento efectivo do assunto.

A negligência mistura-se muitasvezes com a falta de inteligência e atécom uma forte demência, o que estarána base da maioria dos fogos.

Muitas vezes tenho lido frases quedizem que antigamente não havia tantosfogos. Nada mais certo, nada maisverdadeiro, mas qual a razão ou melhor,quais as razões, já que não é apenasuma.

Podemos, desde logo, apontar oabandono da agricultura como uma dasprincipais, já que as terras abandonadasmuito rapidamente se enchem de matose materiais altamente combustíveis.

Depois, temos a substituição deterrenos de cultivo por floresta, muitasvezes composta por arvoredo decrescimento rápido, como é o caso doeucalipto, cujas folhas são altamentecombustíveis, em especial se estiveremnuma fase adiantada de secagem.

Temos ainda a ausência depastorícia, já que, dantes, a abundânciade rebanhos era tal que as matas estavamlimpas, por via da pastagem feita por

1. No final do mês transato,o nosso Jornal estevepresente num importantecolóquio que tratou doEnquadramento Geral dosProgramas, dos Projetos edas Infraestruturas naComunidade Intermunicipalda Beira Baixa (CIMBB),levado a cabo pelo municípiode Proença-a-Nova, mas comnotáveis intervenções devários membros da Associaçãode Estudos do Alto Tejo(AEAT), com sede em VilaVelha de Ródão. A importânciada temática versada para ofuturo da região abrangidapor ambos os concelhos e,muito também, o nível dasintervenções, deu uma visãodas potencialidades que temosem termos dodesenvolvimento, e queimporta não desperdiçar.

2. Por falar emdesenvolvimento, hoje em diasomos um dos concelhos ondeo desemprego, por ser mínimo,é residual e onde se detém umdos mais elevados índices deempregabilidade, em vias desubir ainda mais. Por estesdois fatores, merece estudoaprofundado saber porque éque está a ser tão difícil afixação de novas famílias?

3. Mês de agosto, o mêspor excelência das férias…Não para o nosso Jornal que,como sempre, temosprocurado que chegue aosnossos estimados assinantes eleitores dentro do períodomensal a que o respetivonúmero diz respeito. Tal sótem sido possível em resultadode um trabalho de equipe,mas, sobretudo, mercê dacompetência e da dedicaçãodo nosso estimadocompanheiro JOÃO LUÍS, oqual dirige com brilhantismo(e muito trabalho!) a festa daFoz, que tem lugar tambémneste mês. Para ele o nossoBem-Haja.

Nomeação do comandante dos Bombeiros de Vila Velha de Ródão

estes animais que, comendo os rebentosda erva, ajudavam a ter as matas limpas.Temos também a necessidade que haviaem retirar lenha das matas, quer parausar como combustível no lume dascozinhas ou nos fornos do pão, quercomo meio de aquecimento nos rigoresdo inverno.

Temos também a diversidade deculturas, com a floresta a serdiversificada, com castanheiros,sobreiros, carvalhos e outras espéciesde combustão mais lenta.

Depois era o uso dos matos, queeram aproveitados para cama e curraldo gado, até para as ruas, que antigamentenão eram nem empedradas nemalcatroadas, assim se evitavam lamas edepois se aproveitava o mato paraestrumar as hortas.

A resinagem era uma forma decontrolo da mata, pois para se poderfazer essa operação era preciso que opinhal tivesse certa limpeza, sendo aomesmo tempo uma forma de vigia contraintrusos com más ideias.

É bom não esquecer que muitasvezes as matas, mormente nas bermasdas estradas e caminhos, mais parecemuma lixeira, onde se amontoam restosde obras, ferros electrodomésticos e os(muito) perigosos vidros de restos degarrafas, que como sabemos com aincidência dos raios solares podem serum foco de incêndios.

Quando se constrói uma moradia épreciso ver bem se a zona é segura contraincêndios. É que se vê para ai cadaaventura…

Não posso deixar de fora acomunicação social, muito em especialas do audio visual que têm aqui um

manancial de informação que lhesproporciona a cobertura de muitosminutos, de uma forma barata e atractivapara o telespectador ávido destasnotícias sensacionais, funciona aindacomo uma forma de os pirómanospoderem observar comodamente,instalados no seu sofá, os resultados dassuas acções.

Também tenho de falar da justiça,essa coisa que deveria funcionar parapunir os que prevaricaram e parece nãofuncionar mesmo. Deixa de fora ospoderosos, mas também os perigosos,como são os pirómanos, que deixa emliberdade condicional, ao invés de, pelomenos durante a época perigosa de fogosos ter e bom recato e fora dapossibilidade de darem aso aos seusinstintos.

Cabe a cada um de nós reflectir emtoda a problemática dos fogos e saberonde somos negligentes e onde podemosde alguma forma dar uma ajuda paradebelar este flagelo.

Não vou deixar de fora deste meuartigo a minha opinião acerca do combateaos fogos. Tenho, desde longa data,seguido este tema com muita atenção,pelo que disponho de ideias claras sobreo assunto, as quais não são muitas vezescoincidentes com aquilo que se pratica.Sou mesmo um crítico em relação àforma como se desenrola todo oprocesso.

Dantes, quem comandava o ataqueaos fogos era o comandante local, ohomem que, com toda a naturalidade,conhecia o terreno onde se desenrolavamas operações, e fazia-o de um modo geralno local do fogo, decidindo em funçãodo que viam em tempo real.

Cada viatura que saía do quartel eracomandada pelo bombeiro maisexperiente e entrava em acção logo quechegava ao teatro de operações.

Hoje é um comandante regional, quepode nem conhecer o teatro dasoperações, que comanda de um local forado teatro real das operações, muitasvezes de roulotes providas de todas ascomodidades, incluindo ar condicionado,baseando-se em informações que lhe vãochegando, muitas vezes de gente quetambém não conhece o terreno.

Esses comandantes regionais gostamde aparecer nos meios de comunicação,onde falam como especialistas na coisa.Apreciam formar grandes colunas deviaturas, com bombeiros oriundos dosmais diversos locais do país, os quaiscomandam como grandes generais que,dos quartéis, fazem manobrar os seussoldados, os quais chegam a estarparados bastante tempo à espera que ochefe decida a estratégia.E nquanto o fogo, esse vaialastrando…

Deus guarde o meu paraíso de talcalamidade, porque eu temo pela muitaincompetência e confusão que por aícampeia.

E hoje nem vou falar nos chorudosnegócios que estes fogos geram, mas…quem sabe se um dia a língua se me desatae por aqui apareçam algumas dasverdades que muitos teimam emesconder…

Façam favor de ser felizes, semfogos…

Agosto de 2016

jemilioribeiro@gmail.com

Realizou-se em Vila velha deRódão, no passado dia 19 deAgosto a cerimónia de

nomeação e tomada de posse do SenhorEngenheiro Amândio Nunes comosegundo comandante dos BombeirosVoluntários da nossa terra.

A cerimónia que foi presidida pelosenhor Presidente da Câmara do nossoConcelho, Eng. Luís Pereira, contou coma presença do Senhor Comandante dosBombeiros Voluntários de CasteloBranco, Presidente da FederaçãoDistrital dos Bombeiros. Presentesestiveram também o senhorComandante António Filipe, o senhorPresidente da Direcção vereador JoséManuel, muitos dos bombeirosvoluntários da cooperação, Vereadores,Presidentes de Juntas de Freguesia emuitos conterrâneos que por esta formaquiseram demonstrar o seu apreço pelooptimo trabalho desenvolvido pelosBombeiros Voluntários de Vila Velha deRódão.

No seu discurso de tomada de posse,

o senhor Eng. Amândio Nunes, assumiuo compromisso de honrar o cargo,defender o corpo dos bombeirosvoluntários e trabalhar pela defesa daspopulações do nosso concelho.

Todos os oradores fizeram questãoem desejar ao segundo comandante agoraempossado as maiores felicidades nodesempenho dessas funções. Nãoesqueceram no entanto de referir eagradecer o bom trabalho até agoradesempenhado de uma forma exemplarpelo senhor comandante António Filipe.Este agradecimento foi extensível a todosos bombeiros voluntários de Vila Velhaque com muitos sacrifícios se têmdedicado à difícil tarefa de defenderemas populações contra os perigos que atodo o momento nos espreitam. Vidapor vida é o seu lema e, os Bombeirosde Vila Velha de Ródão têm sidoexemplares no cumprimento desta regraque define um Bombeiro.

Como cidadão quero aproveitar paradesta forma manifestar o meu apreçopor tudo o que seja trabalho em prol

dos outros e, nãoexagero se disserque o trabalhodos bombeirosserá daqueles que,se faz de umaforma maisdesinteressada.

Dese jamosao senhors e g u n d ocomandante agoraempossado asm a i o r e s

felicidade. Aos bombeiros Voluntáriosde Vila Velha de Ródão o nosso muitoobrigado pelo que têm feito na defesa dasegurança das populações.

Schwalbach, 25.08.2016José Eduardo

O Engº. Amândio Nunes segundo comandante dos Bombeiros Voluntários danossa terra

AGOSTO DE 2016 O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 3

Fabião Baptista

NEM SÓ O OUROÉ RIQUEZA

Ao iniciarem-se os Campeonatos Nacionais, de futebol, não possodeixar de recordar, o que foi a deslumbrante odisseia dosfutebolistas portugueses, que integraram a Seleção Nacional,

que ganhou, com todo o mérito, o Campeonato Europeu.Mas esse audacioso e glorioso feito, ganha maior deslumbramento,

pelo menos para mim, por ter sido obtido frente à França e em França,depois de terem sido bolsadas tantas atoardas maliciosas, pelos gauleses,sobre a seleção nacional portuguesa. São ditos ignóbeis que não seesquecem facilmente.

Mas, para além deste feito desportivo, verdadeiramente ciclópico,podemos ainda retirar, da nossa condigna participação, no CampeonatoEuropeu, três importantes ilações:

Em primeiro lugar, está a forma como toda a Nação Portuguesa,vitoriou tão honrosa vitória, o que foi demonstrado, à sociedade, noregresso da Seleção a Lisboa. Foi uma alegria avassaladora, um entusiasmocoletivo, verdadeiramente exultante, uma emulação singular, como nuncase tinha visto, o que veio demonstrar que o futebol, afinal, não sãoapenas 22 jogadores a correrem atrás duma bola. Que o futebol não é umdesporto apenas de homens e para homens. Nada disto. No futebol têmlugar homens e mulheres, jovens e idosos. Todos aparecem nas bancadasdos estádios, todos se emocionam, vibrando, em uníssono, quando háum golo, todos festejando lances vitoriosos, todos defendendo as suascores clubistas.

Veja-se como, de Norte a Sul, de Portugal, todas as cidades e vilasergueram, nas suas ruas e praças, ecrãs gigantes, para a visualização dosjogos, proporcionando convívio coletivo, manifestações gregárias,aglomerações, como nunca tinha acontecido, para aplaudir, festejar esaudar os feitos da nossa Seleção. Repare-se como a extensa Alameda deD. Afonso Henriques se encheu, como o amplo Terreiro do Paço, emLisboa se apinhou de gente, como a Avenida dos Aliados, no Porto, seamontoou de adeptos do futebol. Foi um delírio coletivo.

Em segundo lugar não podemos deixar de reparar, no modo como oPovo Português se motivou. Como aderiu à causa nacional, sobretudo,como exteriorizou o seu acrisolado amor à Pátria Portuguesa, como osemigrantes o demonstraram, em todas as partes do mundo, nomeadamentena França, onde residem. Foi simplesmente admirável a inesquecíveldemonstração de portuguesismo que lhes vai na alma, como ficou bempatente, nos Campos Elísios, junto da Torre Eiffel, ao redor do Arco doTriunfo, no Parque dos Príncipes ou em Lyon e em todas as cidadesonde a equipa lusitana teve de jogar. Temos a certeza que os franceses,nunca viram um acendrado amor bairrista como este, nunca tinhamobservado tantos portugueses juntos, nos estádios de futebol. Talvezpor isto, um dia, iluminaram a Torre Eiffel, colorindo-a com as cores dabandeira portuguesa. Porém, no dia da nossa vitória, “esqueceram-se”de a iluminar, tal foi a deceção, o desapontamento, a desilusão...

Em terceiro lugar, impressionou-nos as imagens que vimos na TV ena imprensa, sobre a demonstração de portuguesismo que se registou emTimor, em Angola, em Moçambique, em Cabo Verde. As ruas de Diliforam inundadas por milhares de timorenses, festejando, em delírio, avitória da Seleção Portuguesa. Em automóveis, bicicletas, camionetas,motos ou a pé, empunhavam a bandeira de Portugal e vitoriavam a nossaSeleção, através dos ruidosos claxons das suas viaturas. Simplesmenteespetacular.

Neste sentido, nós portugueses do continente, devemos de nos sentirorgulhosos, pois será difícil haver no mundo, nação que tenha umadiáspora tão arreigadamente ligada ao seu país de origem. Nem o ReinoUnido, nem a Comonwealth, nem os países francófonos ou os paísesonde se fala a língua castelhana, são capaz de terem uma demonstraçãode nacionalismo tão intenso, inequívoco e expressivo, como o fizeram osportugueses das ex-colónias, festejando as vitórias dos jogadores dospaíses que, “in illo tempore” foram os seus colonizadores.

Repare-se como os jovens, já nascidos em França, mas cujos paissão portugueses, festejaram os êxitos dos portugueses, como eles nosaplaudiram e como souberam sentir o amor pátrio a pulsar-lhes nasveias.

De facto é de realçar o elo, inquebrantável, que liga os portugueses,emigrantes, à sua Pátria e o sentimento imorredouro que gera a lusofonia,o que é de realçar, respeitar e admirar, devendo ser aproveitado eincentivado de maneira eficaz, imaginativa e inovadora.

E tudo isto, porque muitos pucos países se podem orgulhar de teresta verdadeira riqueza, como património humano. E tudo isto,despoletado pelo talento inato que os portugueses têm, para a prática dedesporto, que deslumbra, de maneira excecional, o mundo inteiro, querseja em futebol, em hoquei em patins, na vela, equitação ou em atletismo.Qual é o país, que em tão curto espaço de tempo, tem o orgulho e osortilégio de ter três magos da bola, que foram considerados, porunanimidade, como os melhores do mundo, como o Eusébio, o Luis Figoe o Cristiano Ronaldo, para não falar já do Mourinho, como prestigiadotreinador e considerado também o melhor do mundo.

Valorização do território pelos municípios do interior

= COLÓQUIO PRAXIS V =“PATRIMÓNIOS DA TERRA E DO HOMEM: LINHAS DE VALORIZAÇÃO

E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NA BEIRA BAIXA”

Festival das Sopas de Peixe trazTiago Bettencourt a Ródão

Nos dias 24 e 25 de setembro, aautarquia de Vila Velha de Ródão,promove, no campo de feiras, o IV

Festival das Sopas de Peixe.O campo de feiras de Vila Velha de

Ródão, e a sua zona envolvente, é dominadopelo Monumento Natural das Portas deRódão e pela deslumbrante paisagemconsiderada Maravilha Natural de Portugale vai centralizar a maior parte do programadesta edição do Festival das Sopas de Peixe.Neste local vai estar em permanência arestauração aderente cuja ementa tem emdestaque as Sopas de Peixe contemplandotambém outros pratos típicos da região.

A receita das Sopas de Peixe de Ródão,um ícone de Ródão, conjugada com todos osrecursos naturais que este território detém,abrange os valores de promoção do concelhoque aposta nas tradições, no seu patrimónioe nas suas gentes.

A organização preparou um programade animação bastante diversificado paramiúdos e graúdos, com animações musicaise infantis e uma restauração de excelência.

Destaca-se o espetáculo de TiagoBettencourt, no sábado, 24 de setembro,às 22h30 com Entrada Livre. Estãocontempladas no programa visitas guiadas,em transporte gratuito disponibilizado pelo

município, a vários pontos de interesse doconcelho; o mercadinho do pão, animaçãode rua e passeios de barco; atividades quevão decorrer em permanência durante os diasdo Festival.

O Festival das Sopas de Peixe é umemblema de qualidade da região e tem vindoa ganhar expressão desde a sua 1ªedição.Trata-se de um certame com uma fortevertente turística e promocional, pautadopela dinâmica dos espaços a visitar peloconcelho e serviços turísticos acoplados,aliados à boa gastronomia.

"A Casa do Concelho de Vila Velha de Ródão”, em colaboração com a CâmaraMunicipal, oferece um voucher para pagamento do prato de Sopas de Peixe, novalor de 8,50 euros por pessoa, nos dias 24 e 25 de Setembro, a todos os seusassociados não residentes no concelho, com a quota em dia, que se queiram deslocarao Festival das Sopas de Peixe. Para receber o voucher, os interessados podem ligarpara 967018215 (Elísio Carmona) ou 966182289 (João Luís)."

No dia 29 de julho, o município deProença-a-Nova acolheu oColóquio Praxis V dedicado ao tema

em epígrafe, o qual foi organizado emparceria com o Instituto Politécnico deTomar (IPT) e a Associação de Estudos doAlto Tejo (AEAT).

Na abertura da sessão o presidente daCâmara Municipal de Proença-a-Nova, Dr.João Lobo, referiu a importância que, nos40 anos do poder local democrático, osmunicípios têm tido na valorização doterritório e na procura da diminuição dasassimetrias, situação que, como referiu, nãotem sido possível corrigir. Referiu tambémque seria incontornável tratar do turismono contexto do desenvolvimento,esquecendo o “Turismo Militar” (1) numazona com importantes vestígios históricosde atividades bélicas, pelo que, para alémda parceria com o IPT e a AEAT, tenha sidoconcretizada uma outra com o Exército, noâmbito do Campo Arqueológico de Proença-a-Nova (CAPN). Note-se que esta é umavertente interessante, a merecer especialatenção também por parte do Exército, alirepresentado por três militares de elevadaspatentes: o General Diretor de História eCultura Militar do Exército, o Diretor doMuseu Militar e um representante doMinistério da Defesa, os quais abordaram aquestão do Turismo Militar como um novoparadigma.Os temas tratados inseriram-se em doisnúcleos principais: “Enquadramento Gerale programas na Comunidade Intermunicipalda Beira Baixa (CIMBB)”, e “Projetos eInfraestruturas na CIMBB)”.

As intervenções, aliás de elevado nível,focaram em especial a região do Médio Tejoe, portanto, da Beira Baixa, e incluíram:algumas linhas de ação como o “projeto vidada AEAT” e o “Campo Arqueológico deProença-a-Nova”; fatores críticosfundamentais para a governação no aspetodo turismo; alguns projetos financiados pelaComissão de Coordenação eDesenvolvimento Regional do Centro(CCDRC); os desafios que que está a vivero Turismo Militar (uma nova faceta do

desenvolvimento turístico no nosso país); aimportância na valorização do territóriotrazido pela “Carta Nacional de TurismoMilitar”; alguns projetos financiados pelaComissão de Coordenação eDesenvolvimento Regional do Centro(CCDRC); a “Rota Histórica das Linhas deTorres Vedras como exemplo a seguir;importância do Geopark Naturtejo daMeseta Meridional (da UNESCO) comorede mundial de destinos; as potencialidadesde territórios diferentes sendo exemplo as“Aldeias de Xisto; o trilho internacional dosApaches como motor de desenvolvimentodo território de Oleiros; a importância dosMuseus do interior; a “Linha das Talhadas/Moradal na perspetiva do Turismo Militar;um primeiro balanço do “CampoArqueológico de Proença-a-Nova.

A encerrar o colóquio, João PauloCatarino, ex-presidente da CâmaraMunicipal de Proença-a-Nova e atualadjunto da Unidade de Missão e Valorizaçãodo Interior, realçou o papel que as câmarasmunicipais têm desempenhado nodesenvolvimento dos territórios, muito emresultado das parcerias que foramestabelecendo, mas, apesar do

desenvolvimento conseguido com os cercade 50 milhões de euros dos fundoscomunitários para corrigir as assimetriasregionais, estas continuaram a acentuaram-se. Ou seja, falhou o objetivo para o qual asverbas foram atribuídas.

Porque interessam direta e muitoparticularmente o nosso concelho,salientamos as intervenções de JoãoCaninas, Francisco Henriques, JorgeGouveia da AEAT e do Arq. José ManuelPires da Câmara Municipal de Vila Velha deRódão sobre “Projeto VAMBA –valorização do Castelo de Ródão, da Capelada Senhora do Castelo e da Zona Envolvente(Vila Velha de Ródão e Nisa)”.

Na mesma linha de interesse referimos aesclarecedora intervenção de Luís Raposo,presidente do Conselho Internacional deMuseus – ICOM Europa acerca da “Escolade Arqueologia de Ródão” e sobre ostrabalhos no passado e previstos para ofuturo na foz do Enxarrique.

(1) Nota: importa esclarecer que aexpressão “Turismo Militar” não serestringe a que este tenha como destinoapenas e tão só os militares.

foto: Reconquista

AGOSTO DE 2016O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 4

FESTAEM

PERDIGÃO

Foi nos dias 6 e 7 do presente mês de Agosto, que esteve emfoco a festa em louvor de S. João Batista, padroeiro da nossaaldeia. Festa anunciada atempadamente através do nosso

jornal, dos programas, da internet e outros meios. Festa simples,como simples são as possibilidades dos habitantes da aldeia.

Tivemos a falta, infelizmente, de conterrâneos que sempre marcampresença mas, este ano, motivos de acidente, luto, trabalho, impedirama sua presença, o que lamentamos. São conterrâneos que só pormotivo de força maior, faltam a eventos realizados na sua terra.

A estes desejamos a recuperação das suas forças físicas epsicológicas para ultrapassarem as dificuldades que lhes surgiram. Atodos os que estiveram presentes a comissão de festas agradece a suapresença. E agradece de um modo especial, a participação daquelesque se dispuseram a trabalhar nas várias vertentes do evento. Todasas boas vontades são necessárias para colaborar na realização dasnossas festas. É bom que vá existindo alguma carolice, boa vontade,disponibilidade, voluntariado, para que se mantenham as festas ealguns convívios nestas pequenas aldeias que vão ficando desertas.Faço votos para que, embora vá ouvindo alguns desabafos de desânimo,haja sempre quem mantenha vontade de avançar com a realização deeventos que dêem alguma alegria à nossa aldeia.

Faço um apelo aos mais novos no sentido de se sentiremempenhados, determinados, em fazer alguns sacrifícios para que asfestas, os convívios, a nossa Associação, não deixem de animar anossa comunidade. Há por aqui alguns velhotes a precisar de seremsubstituídos por pessoas mais novas.

Conterrâneos e amigos esta festa já passou. Deus permita quepossamos participar na festa do próximo ano.

A festa, embora simples, decorreu com toda a serenidade. Numambiente calmo, tranquilo, civilizado. É assim que desejamos quedecorram todos os eventos.

A comissão manifesta o seu agradecimento a todos quantoscontribuíram para a realização da festa, e de um modo especial aosque contribuíram para a Presença da Filarmónica e para a aquisiçãodas flores para ornamentação da capela e dos andores integrados naprocissão.

Sinto-me muito feliz por, neste momento, ter a promessa dapossível presença da Filarmónica e da ornamentação dos andores nafesta do próximo ano, 2017.

Que S. João Batista interceda junto do seu primo, Jesus, nosentido de que, por seu intermedio, o Senhor conceda aos beneméritos,saúde, disposição, possibilidades monetárias, para satisfazerem asua promessa. A todos nós, saúde e disposição para usufruirmosdessa alegria.

Luís Correia

FESTA EM SARNADAS DE RÓDÃO

O “Rancho as Nossas Gentes” vai organizar a festa em Honra de São Sebastião, que vai decorrer entre os dias 2 a 5 de Setembro. Osmembros do Rancho organizador agradece aos amigos desta freguesia e outras freguesias que queiram comparecer nos festejos.

Junto se publica o cartaz da mesma.Pereira da Costa.

UM ELEFANTE NAS VIZINHANÇAS DASRª. DA ALAGADA?

Vestígios encontrados háanos nas escavações levadas

a cabo nas margens da ribeira doEnxarrique conduziram a estudosarqueológicos aprofundados quegarantem terem vivido elefantesnaquela área.

A esta questão voltou o Dr.Luís Raposo, presidente do

Conselho Internacional deMuseus – ICOM Europa,quando, no Colóquio PRAXISV, que teve lugar no municípiode Proença-a-Nova, no dia 29 dejulho, quando se referiu, com aautoridade que lhe é reconhecida,à “Escola de Arqueologia deRódão” e aos trabalhos já

levados a cabo e aos previstospara o futuro, na foz doEnxarrique, não desdenhando verali implantada uma estátuarepresentando os simpáticospaquidermes que, em temposmuito remotos, porali deambularam… UM ELEFANTE NA FOZ DO

ENXARRIQUE? Porque não?

AGOSTO DE 2016 O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 5

O Concelho de Vila Velha de Ródão- Notícias da Câmara Municipal - Drª. Ana Martins Camilo

Autarquia de Ródão encerra ATL de verão em festa

Ródão apoia “Interior ao Pedal”

ACâmara Municipal deVila Velha de Ródãoconhecedora das

dificuldades que alguns paisenfrentam nos períodos de fériasprolongados e empenhada emproporcionar uma respostaadequada, reforça, todos os anos,o apoio às famílias rodensespromovendo o Campo de FériasDesportivas e o ATL de Verão.À semelhança de anos anteriores,a Câmara Municipal, durante ainterrupção das atividadesletivas, organizou várias ações deocupação para crianças e jovenspromovendo um conjunto deiniciativas aliciantes quecontribuem para odesenvolvimento e bem-estar dosparticipantes.

De 16 de junho a 05 deagosto, 223 crianças, entre os 5 eos 12 anos de idade, com oacompanhamento de vintemonitores, viveram de formadescontraída eentusiasticamente, momentos delazer, de desporto e de culturarealizando várias ações no âmbitodo relacionamento interpessoal.Participaram ainda em ações deescalada, canoagem, orientação,pedestrianismo, rapel, slide, tiro,mota de água, acampamento,jogos noturnos, visitas ainstituições, entre outros.Durante este tempo, os

participantes adquiriam novasexperiências, despertando ointeresse pela naturezaproporcionado pelas paisagensímpares e condições deexcelência que o concelho de VilaVelha de Ródão proporciona.O facto de os participantes seremoriginários de vários pontos dopaís, nomeadamente Lisboa,Mafra, Porto, Coimbra e CasteloBranco, evidencia por um lado aprocura de um destino seguro einteressante para a prática destasatividades e, por outro, como se

estreitam os laços com o nossoterritório.

A festa de encerramento doATL de Verão 2016 teve lugarno Parque de Campismo de VilaVelha de Ródão, no dia 5 deagosto e contou com a presençado Presidente do Município, doPresidente da Junta de Freguesiade V. V. Ródão, convidados, daequipa de monitores, dosparticipantes e dos seusfamiliares.

Durante a realização doevento houve lugar à exibição de

animações multimédia ondeforam registados váriosmomentos das atividadesdesenvolvidas no ATL. Ascrianças brindaram os seusfamiliares com atuações das suasautorias, brincando comperipécias ocorridas durante atemporada.

Como forma dereconhecimento a todas ascrianças foram entreguescertificados de participação. Aosmonitores foram entreguesdiplomas como forma de

agradecimento pelo seudesempenho. A festa terminoucom um bolo comemorativo quefez as delícias de todos ospresentes.

Nesse final de tarde ficouassinalado o fim de um Verãorecheado de experiências eatividades desportivas e de lazerque ficarão na memória de todosos que estiveram envolvidosneste projeto de sucesso daautarquia de Vila Velha de Ródãoem que a mesma continuaráempenhada em promover no

futuro, dando resposta àsnecessidades da populaçãoconcelhia e a todos os queprocurem uma alternativaafastada da agitação urbana.

A iniciativa contou este anocom a parceria do CLDS.3G deVila Velha de Ródão e teve o apoiode outras entidades locais, comoa Santa Casa da Misericórdia,Junta de Freguesia de Vila Velhade Ródão, Vila Portuguesa,Minipreço e Amanhecer.

Aautarquia de Vila Velha deRódão apoiou a iniciativa,

organizada pelas Aldeias SOS dePortugal, “Interior ao Pedal”,uma aventura ciclística que teveinício a 20 de julho em Rio deOnor sendo a final a 15 de agostoem Faro.

Um grupo de 16 jovens, comidades entre os 13 e os 16 anos,acompanhados por 4 adultos,estiveram em Vila Velha deRódão no dia 31 de julho, tendochegado ao Clube Náutico deRódão às 11H00 e partido no dia1 de agosto, pelas 06H30 paramais um percurso.

Esta iniciativa tem o altopatrocínio de Sua Excelência oSr. Presidente da República e temcomo principal objetivofomentar o gosto pela bicicletacomo atividade saudável

Casa de Artes e Cultura do TejoEXPOSIÇÃOObra Gravada e Cerâmica “A Essência da Cor” de Manuel CargaleiroPatente ao público até junho 2017

SinopseAs obras expostas em ESSÊNCIA DA COR nascem da grande diversidade e das multifacetadas cores

utilizadas pelo autor, resultado da harmonia e jogos de cor utilizados por sua mãe em trabalhos têxteis(patchwork), que a mesma produziu ao longo da sua vida, às quais o mestre Cargaleiro acrescentouvivências e tradições da arte portuguesa, inovando-as, ao mesmo tempo, e dando-lhe um caracter modernoe personalizado.

Venha conhecer a vida e obra do artista! Marque a sua visita. Entrada gratuita.Informações /Marcação prévia de visitas em grupo> cactejo@cm-vvrodao.pt | 272 540 314

praticada ao ar livre e asensibilização para a suautilização como meio detransporte económico eecológico.

A Câmara Municipal de Vila

Velha de Ródão associou-se aesta atividade contribuindo,assim, para a aquisição decompetências muito importantesno domínio do crescimentopessoal e social destes jovens.

Biblioteca Municipal José Baptista MartinsPOESIA UM DIA _ de 17 (sábado) a 24 (sábado)RESIDÊNCIA LITERÁRIACoordenada por Jaime Rocha, com a participação de Rui Caeiro, Rosalina Marshall e M. Parissy.Local: Foz do Cobrão | Casa da Meia Encosta e na Casa do Cerro

Dia 17 | 10H30 |INÍCIO DO CORREIO POÉTICO _ até 24 de setembroEnvio gratuito de postais com textos poéticos ilustrados.Local: BMJBM | 11H00 |REUNIÃO DO CLUBE DE LEITORES ADOLESCENTES DA BMJBMdinamizada por Andreia Brites, com a participação de Sérgio Letria, diretor da Fundação José Saramago,e Clara Riso, diretora da Casa Fernando Pessoa. | Local: BMJBM

Dia 18 | 17H00 - PELA TARDE E PELA FRESCAPoesia dita por Silvério Pires Dias e outros poetas do concelho de Vila Velha de RódãoLocal: CCR Sarnadinha | Entrada Livre

Dia 19 | 15H00 |ABERTURA DA EXPOSIÇÃO DE FOTOGRAFIA DO PROJETO «TEATRO NAPAISAGEM» com a presença dos poetas em residência na Foz do Cobrão e dos escritores, encenador eatores do projeto. | Local: BMJBM

Dia 20 | 14H00|POESIA DE SILVÉRIO DIAS NO BIBLIOMÓVEL DE PROENÇA-A-NOVAItinerância de poesia criada e dita por Silvério Dias pelas aldeias. | Local: Freguesia de Fratel

Dia 21 | 15H30 | UMA LEITURA NO RIOPasseio de barco no rio, com leitura de poemas de João Roiz de Castelo Branco, Gonçalo Salvado eJoaquim Cardoso Dias. Presença dos poetas Gonçalo Salvado e Joaquim Cardoso Dias.Inscrições, gratuitas mas obrigatórias, até ao dia 9 de setembro na BMJBM (limite de 58 pessoas). Serádada preferência aos dirigentes associativos do concelho de Vila Velha de Ródão.18H00| APRESENTAÇÃO DO ESPETÁCULO CRIADO NA RESIDÊNCIA DE ESCRITA EDRAMATURGIA «TEATRO NA PAISAGEM» | Local: Miradouro do Almourão

20H00 | JANTAR CONVÍVIO _pago por cada participanteInscrições na BMJBM até ao dia 9 de setembro. | Local: Restaurante Almourão, Foz do Cobrão

21H30 |RESIDÊNCIA LITERÁRIA _ ABERTA AO PÚBLICO, com a participação dos poetasJaime Rocha, Rui Caeiro, Rosalina Marshall e M. Parissy. | Local:Foz do Cobrão

Dia 22 | 17H30 |APRESENTAÇÃO DO LIVRO «POESIA, UM DIA: POETAS EM RÓDÃO» _coma presença do editor e dos poetas publicados | Entrada Livre | Local: BMJBM

18H30 |APRESENTAÇÃO DO ESPETÁCULO CRIADO NA RESIDÊNCIA DE ESCRITA EDRAMATURGIA «TEATRO NA PAISAGEM» | Entrada livre | Local: Exterior da BMJBM

19H30 |ESPETÁCULO «ALEATÓRIO» pela Associação artística ANDANTEEntrada livre | Local: CACTEJO

21H45 |UMA LEITURA NOTURNA NO RIO | Inscrições, gratuitas mas obrigatórias, até ao dia 9de setembro na BMJBM (limite de 58 pessoas). Cont. Pág. 11

A festa de encerramento do ATL de Verão 2016 teve lugar no Parque de Campismo de Vila Velha de Ródão

AGOSTO DE 2016 O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 7NOVO ÊXITO DA FESTA DA FOZ, EM HONRA DE Nª.Sª DA CONCEIÇÃO

FESTAS DE FRATEL DE 2016

FOZ DO COBRÃO não éexceção na organizaçãodos chamados festejos

populares ou tradicionais e/ouem honra da padroeira da terra.E a primeira ilação que se devetirar deste acontecimentoancestral é de que é muitopositivo em primeira análiseporque mantém a tradiçãoenraizada nos mais antigos etambém na juventude,felizmente.

Pela proximidade vou deixara pena deslizar ao sabor do queme foi dado observar durante ostrês dias da festa da minha terra,a Foz do Cobrão: primeira nota,

o programa cumpriu-seintegralmente a exemplo dosúltimos anos, evidentemente, pora organização, generosamente,nos ter habituado pelo seu altograu de rigor, labor eprofissionalismo na organizaçãodo evento. Outro pormenorimportante, no primeiro dia apóso encerramento dos festejos aComissão apresentou as contasdo convívio, naturalmentepositivo como vem sendohábito… Pode não ser o maisimportante, mas que dá um jeitãoaos cofres do GAFOZ lá isso dá,os três ou mais milhares deeuros… e o tesoureiro que o diga!

Neste particular é sempredevida uma palavra da Direçãopara com a Comissão de Festaspela entrega à causa “Amigos daFoz” e alegria contagiante quetransmite aos outros quecolaboram de várias maneiraspara os resultados finais. Aliás,a coordenadora da rubrica dançadas gerações até nos solicitou queregistássemos aqui um grandebeijo a todos os petizes quecolaboraram na entrega dosprémios aos pares dançantes…

Nem as inúmeras festas quese organizaram no mesmo fim-de-semana tirou brilho à festa daFoz. Porquê? Porque desde há

muitos anos que a preocupaçãodos organizadores se traduz emFesta da Família e dos Amigosda Foz do Cobrão! Sempreocupações comerciais… oresultado tem-se traduzido emenchentes constantes em cadaano, também graças à Diásporaque, mesmo dispersa pelosquatro cantos, não esquece queem agosto, particularmente, é naFoz!

O Programa metodicamenteelaborado e simples foi do agradogeral e O Rancho Folclórico deVila Velha surpreendeu pelapositiva, bem como o Grupo deAljustrel, NOVA AURORA,

com cheirinho a CanteAlentejano… e o restanteconvívio, em geral, com umapalavra de agrado geral para oserviço de bar daresponsabilidade do restauranteVale Mourão.

A festa da Foz deste ano foimais um êxito, assim como quequerendo significar a suacolaboração com o 50ºAniversário do GAFOZ,associação nascida em Lisboa nodia 9 de outubro! Aliás, os jogostradicionais também marcarampresença e os resultados foramos seguintes:

Jogo do burro: 1ºs: Amaro

Almeida e Carlos Almeida / 2ºs:Paulo Cumha e Isabel Cunha;Jogo da sueca: 1ºs: António Alvese Carlos Lourenço / 2ºs: AméricoRibeiro e Agostinho Cargaleiro;Jogo da malha: 1ºs: Tiago Mateuse João Carlos Mateus / 2ºs:António Alves e João Manuel.

Nesta breve reflexão, e paraterminar, deixo aqui a minhasaudação amiga a todas ascomissões que em cada anocumprem o importante papel decontinuar a manter viva a chamada amizade entre as pessoas ereunião das famílias nas suasterras!

OC

A Comissão de Festas, onde faltam o Carlos Almeida e o João Matos O arraial

A Banda do Fratel juntamente com a Comissão des Festas O início da procissão

E stou a escrever estaslinhas numa altura emque estou a voar a uma

altitude de trinta e quatro milpés, cerca de 10500 metros, numaviagem entre a terra que me viunascer, Portugal e aquela que meaceitou como um filho Alemanha,onde vivi os últimos 50 anos.

Sempre que faço esta viagem,num ou noutro sentido, faço-ocom um misto de alegria e detristeza porque se é certo quedeixo uma pátria não menoscerto é que vou para uma outra.

Desta vez o sentimento datristeza parece-me que acaba porser superior ao da alegria porquedeixei a meio as festas de Fratele, analisados todos os prós econtras acabo por concluir que éa terra onde nasci aquela que maisme custa deixar. Como cantavam

os nossos antepassados noprincípio do século passado,enquanto dançavam as viradas,minha terra é o Fratel, tenhonisso muito orgulho, quando meausento dela, meu coração fazbarulho.

Desde há muitos anos quefaz parte dos meus hábitos ir aoFratel por altura das festas deVerão. Recordo com muitasaudade as festas de SãoMateus,numa altura em que afeira era uma das maiores nanossa região. E, tenho ainda bemgravada na memória os arraiaisque nessa altura se realizavam noRossio. Não me esqueço tambémdas festas religiosas que serealizavam no mês de Agosto eque sobretudo para as criançasda nossa freguesia tinham umsignificado muito especial, que

muitos de nós nuncaesqueceremos.

Nessa altura fazíamos acomunhão solene e havia umlanche oferecido às crianças, oque era uma oportunidade paramuitos de nós comermos pelaprimeira vez coisas que nuncatínhamos provado até então.Recordo os pãezinhos de leitecom fiambre, entre muitas outrascoisas boas.

Entretanto as festaspassaram a ser repartidas pelosmeses de Agosto e Setembro,mantendo-se a festa religiosa emhonra do nosso Padroeiro SãoPedro mas também com festapagã, no mês de Agosto. Deve-se esta alteração sobretudo aofacto do ano escolar começaragora mais cedo, em Setembroenquanto que, na altura da minha

mocidade começava em Outubro.Esta alteração torna difícil, senãoimpossível a muitas famíliasirem ao Fratel no mês deSetembro. Mas mesmo assim,mantém-se a tradição de sefestejar ainda a feira de SãoMateus.

Este ano lá estivemos noterceiro fim de semana de Agostoe, se Deus quiser lá estaremos,aqueles que puderem, tambémno mês de Setembro.

As festas de Agosto, comojá vem sendo tradição começaramna quinta feira com a noite demarisco em que foram servidasumas boas centenas de refeiçõesà base de marisco, todas elasconfeccionadas, com muitotrabalho, pela Comissão deFestas. Foi lindo ver o recinto defestas apinhado de gente, quase

que a fazer lembrar o queacontecia no Rossio da nossaterra, quando a Feira de SãoMateus era das maiores da nossaregião, já lá vão mais de 50 anos.

Na sexta feira, como já vemsendo hábito, tivemos o brilhanteconcerto, em que a banda daSociedade Filarmónica mostrouaos fratelenses e forasteiros ofruto de largos meses de ensaios.Foram números muito difíceis deexecutar mas, músicos e maestromostraram estar à altura paraessa difícil e, chamemos-lhemesmo, ousada tarefa. Acreditoque para muitos fratelenses oponto alto dos festejos sejamesmo o da actuação da Banda.Pelo menos para mim é sempreo mais esperado e o que mais láme atrai e mais prazer me dá.

A actuação do conjunto

contratado que se seguiu, peloque observei, agradou a todos.

Sábado, da parte da manhã,procedeu-se à já tradicionalarruada, em que a nossa Banda,acompanhada pela Comissão deFestas, percorreu todas as ruasde Fratel a cumprimentar todosos fratelenses e amigos, bemcomo a desejar-lhes umas boasfestas. Como de costume, aBanda foi recebida por muitosaplausos dos fratelenses, tendomuitos deles aproveitado paraentregarem à Comissão de Festasos envelopes com os seusdonativos para a festa. Umareferência muito agradável paraaqueles que tiveram aamabilidade de convidar osmúsicos e acompanhantes para

Cont. Pág. 9

AGOSTO DE 2016O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 6

Agrupamento de Escolas marca presença na “Feira dos Sabores de Ródão – 2016”

Todos os anos o agrupamento está presente com o seu espaço expositivo na Feira dos Sabores deRódão, como forma de dar a conhecer à comunidade a dinâmica desenvolvida, os principais projetos

concretizados e, muito importante, um espaço de convívio para atuais e antigos alunos que recordam, emcada edição deste certame, a sua passagem pela escola, lembrando experiências vividas e encontrando econvivendo com colegas e antigos professores.

A ciência, a arte, a promoção da língua portuguesa, a jardinagem, foram as formas como os alunos dosdiferentes ciclos puderam exprimir o trabalho realizado.

Este ano quisemos reforçar ainda mais a nossa interação com o evento proporcionando aos visitantesum momento musical, apresentado pelos nossos jovens músicos que tiveram a oportunidade de mostraro trabalho desenvolvido, na disciplina de educação musical.

Esta apresentação constituiu uma forma de dignificar o trabalho do Agrupamento e de valorizar oempenho dos professores e o talento dos executantes que brindaram o público com preciosas interpretaçõesinstrumentais e corais demonstrativas do rigor e do cuidado colocados, na forma como se apresentaram aopúblico.

Educação em tempo de férias

Na edição do mês de julho, e por lapso de composição, foi repetida uma foto nesta notícia. Publica-se agora corretamente, com o o nosso pedido de desculpas.

O s períodos de interrupção das atividades letivas,vulgarmente conhecidos como férias escolares, sãopropícios à adoção de rotinas que quando bemestruturadas comportam oportunidades de

aprendizagem que proporcionam às crianças e jovens importantescontributos valorizadores do conhecimento e propiciadores de umaocupação saudável dos tempos livres.

Torna-se, no entanto, fundamental assumir que deve haver algumcorte com as rotinas que envolvem os alunos ao longo do ano escolare privilegiar atividades onde o convívio entre os jovens é especialmenterelevante, abdicando de alguma obrigatoriedade em seguir horáriosrígidos.Atividades como campos de férias, ateliês de artes e ciência entreoutras, constituem uma forma ativa de combater a natural tendênciapara o refúgio no quarto, na companhia do computador e dasincontornáveis redes sociais, uma vez que a leitura, a fiel companheiradas gerações mais velhas, perdeu junto dos jovens, muita da suaanterior popularidade.

As famílias mais preocupadas e que mais ênfase colocam noacompanhamento escolar dos seus filhos, procuram entre as propostasdisponíveis, respostas para o desejado equilíbrio entre a diversão e asatividades que promovam alguma revisão de conteúdos escolares,especialmente relevantes nos primeiros anos de escolaridade, ou nos

casos em que algumas das aprendizagens foram menos conseguidas eque por isso exigem uma especial atenção. Para estas situaçõesencontram-se à disposição recursos como livros de atividades queapresentam exercícios com uma grande componente lúdica; a leituraseja de livros adequados ao público jovem, ou revistas, do agrado dequem lê torna-se motivador; os jogos didáticos, em formato digital ounos suportes mais tradicionais, estimulam a atividade mental, ocupamo tempo de forma saudável e mobilizam o convívio entre grupos decrianças e jovens. Também a escrita de composições de históriascriativas pode ser uma oportunidade interessante e motivadora paraestes jovens.Estes desafios, que compete aos pais e técnicos de tempos livresestimular, contam cada vez mais com as ofertas que os municípiosatravés dos seus serviços de cultura, desporto e tempos livres colocamà disposição das famílias uma vez que compreendem a importânciadestas atividades ocupacionais como forma de promover a socialização,estimular o aprender longe dos bancos da escola e também despertarpara novos gostos e competências, muitas vezes menos valorizadosem contexto sala de aula, mas que apoiam o desenvolvimento e acriatividade dos futuros adultos e ajudam as famílias a proporcionaraos seus filhos uma ocupação saudável e segura do tempo de férias,especialmente quando estes pais estão envolvidos em compromissoprofissionais.

Agrupamento de Escolas vêaprovado o programa de

promoção do sucesso escolar

No arranque do novo ano escolar novas dinâmicas e preocupaçõesvão estar especialmente em foco nas escolas portuguesas e na

sua dinâmica organizacional, fruto da aprovação pela tutela dos PlanosEstratégicos de Promoção do Sucesso, onde as medidas propostaspelas escolas deverão ser postas em prática para colmatar as lacunasidentificadas. Relativamente ao nosso Agrupamento transcrevemos aavaliação que a equipa de missão do Programa Nacional de Promoçãodo Sucesso Educativo efetuou do programa e das medidas apresentadase que procurou dar resposta à realidade educativa com a qualconvivemos e que nos importa melhorar:

“Numa apreciação na generalidade da dimensão ‘relevânciapedagógica’ do plano de ação estratégica, tendo por referência ostermos do edital do Programa Nacional de Promoção do SucessoEscolar, (…) conclui-se que as medidas inscritas no plano cumpremintegralmente os critérios de referência, pelo que se consideram emtermos pedagógicos extremamente relevantes.”

Temos a consciência que a intervenção o mais precoce possívelconstitui a chave para a resolução de uma grande parte das dificuldadesde aprendizagem dos alunos. Identificados os anos críticos foramtraçadas e propostas as medidas de acompanhamento que se julgaramadequadas. O grande desafio resulta da nossa capacidade para asimplementar e dos recursos que urge alocar para que tal seja possível.Medidas aprovadas:

Medida 1 – “Aplicação de metodologias alternativas de ensino eaprendizagem da leitura e escrita em grupos específicos de alunos do1º ano, com dificuldades de aprendizagem, detetadas no decurso do 1ºperíodo letivo e do 2º ano, reveladas no ano letivo anterior.”

Público alvo: 1º e 2º ano de escolaridade.Medida 2 – “Adoção de metodologias mais ativas centradas no

aluno envolvendo-o no seu processo de aprendizagem e na avaliaçãodo seu desempenho”.

Público alvo: 7º ano de escolaridade.Medida 3 - Planificar e agir de forma colaborativa para melhorar

as aprendizagensPúblico alvo: Pessoal docente

AGOSTO DE 2016O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO8

CRÓNICADOS LUSÍADAS piquininos

Manuel Antunes Marques

“...para que os nossos versos, não andem por aí...dispersos”!

Poetas do nosso Concelho

1Gancho de arame formadoCom duas hastes paralelasFaz o mais lindo rendadoFeito pelas mãos mais belas2E a agulha passa e repassaFormando a coluna vertebralDe tal forma a linha entrelaçaQue nunca vi uma renda igual3Depois as mãos da rendilheiraManobram com tal destrezaQue essa renda é a primeiraEm pontos de rara beleza4E sem ninguém perceberComo a agulha vai e vemNa renda já poderemos verToda a riqueza que contém5Sua beleza fica misturadaCom o olhar da rendilheiraSai a renda mais prendadaHá muita gente que a queira6Esta renda fica tão perfeitaNo mais harmonioso arranjoQualquer mulher se deleitaDe a pôr na cama de um anjo

7Sem de renda nada entenderAo vê-la não me desmanchoE até gostava de aprenderA fazer a renda do gancho8Com tão pouca habilidadeAprender fico embaraçadoPosso perder a liberdadeE ficar na vida enrendado9Se a renda não está à vendaQuem esta rendinha queiraOu tem de roubar a rendaOu raptar uma rendilheira10Tendo na renda o empenhoJá estou a pensar à partidaRapto a rendilheira e tenhoAs rendas para toda a vida11Se a não conseguir convencerEnrendar na minha paixãoUm dia terei de aprenderA fazer renda numa prisão12Depois o povo, à sua maneiraIrá criar mais uma lendaO poeta raptou a rendilheiraPara se apoderar da renda

A RENDA DO GANCHODo artesanato do concelho de V. V. de Ródão, as

rendas ocupam um lugar muito especial.

PARABÉNS ANTÓNIO SALVADO

MANUEL RIBEIRO Pintor e escultor

O pintor e escultor ManuelRibeiro é natural de Carregais/Montes da Senhora, no concelhode Proença-a-Nova, mas estáligado ao nosso concelho pelocasamento com a Maria da CostaRibeiro, nascida em Vila Velha deRódão.

A sua obra, composta dequadros a óleo, acrílico, painéisem azulejo e esculturas à base defibras, é vasta e tem sidoapresentada em exposiçõesindividuais e coletivas um poucopor todo o nosso país e tambémno estrangeiro.

A Fundação JoaquimLourenço, com sede na sua terranatal - Carregais e que é jádetentora de várias obras destenosso amigo, inaugurou nopassado dia 13 deste mês deAgosto, mais um espaçomuseológico nas suasinstalações, com cerca de 50trabalhos de pintura, escultura etapeçaria, e agora mais um bustodo presidente cessante daassociação, também da autoria deManuel Ribeiro.

Todos estes trabalhos vão

ficar ali expostospermanentemente, podendo servisitados todos os dias duranteo horário de funcionamento daFundação.

A inauguração deste novoespaço contou a presença do Sr.Presidente da Câmara Municipalde Proença-a-Nova,acompanhado pela Presidente daFundação, Dª Maria Isabel Santoe restantes elementos diretivos,e também por muitosconterrâneos e amigos.

Da nossa parte - Casa doConcelho e jornal “O Concelhode Vila Velha de Ródão - aquificam expressos os nossosparabéns e um abraço deamizade.

E.C.

Acabo de tomar conhecimento, que oSenado da Universidade da Beira Interior,

numa das últimas reuniões do transato mês deMaio, decidiu, por unanimidade, distinguir opoeta albicastrense, António Forte Salvado,com o nobilitante título de DOUTORHONORIS CAUSA, honraria esta que tevecomo seu preponente, o reitor da Universidadeda Beira Interior, António Fidalgo.

Como albicastrense e dileto amigo dopoeta António Salvado, não podia ficarindiferente a tão justo quão merecidoreconhecimento, dado que, para além de serjusto, este galardão, adapta-se perfeitamentebem ao mais insigne poeta albicastrense, dostempos coevos.

António Salvado é um lídimo poetaalbicastrense, de uma grandeza inovadora, semlimites, um perfeito artífice da arte poética eum prestigiado modelador da língua de LuisVaz de Camões, poeta arauto de toda alusitanidade.

António Salvado é um poeta deimarcescível valia, do qual se pode afirmar,sem receio de ser desmentido, que é a essênciada poesia, único e incomparável no nosso paísda contemporaneidade. E afirmo isto, porquefazer versos, qualquer o faz. Porém, escreverpoesia, com o efeito, o alcance, a arte e asubtileza, como o pratica António Salvado,isso é que é vedado a qualquer um de nós, poisé um dom só ao alcance de seres super dotadospelo talento da musa de Racine.

É verdadeiramente surpreendente, afrescura que António Salvado coloca nas suasinspiradas estrofes, a graça, o humor e aoriginalidade do seu refinado estilo poético,tocado pelo dedo da musa política.

António Salvado consegue imprimir aosseus poemas, uma tal graciosidade e qualidadepoética, que só é possível às pessoas que têmo privilégio duma transcendental inspiração esão predestinados vates. A limpidez de estiloe a força expressiva e fulgurante que despertaem eflúvios poéticos, é simplesmentemagnífica e expansiva, em reverberes de alegriainspirativa e talentosa.

O interesse que desperta a já vasta eplurifacetada Obra literária de AntónioSalvado, encontra-se bem patente no acervo

da sua poesia, nas várias dezenas de ensaiosliterários, nas diferentes antologias queescreveu.

Os seus livros de poemas, sucedem-seininterruptamente, com um ritmo quasependular. O cérebro de António Salvado, estásempre em permanente atividade cultural. Asedições das suas obras, ultrapassam mais dumacentena. E não pára a sua fulgurante fainainspirativa, a sua inesgotável e talentosa veiapoética, compondo poesia que tanto deleitenos dá e tanto prazer e admiração causam aquem o lê.

António Salvado é um senhor de umapersonalidade extremamente simpática.Possuidor de áticas maneiras, porte fino e tratoafável, assume-se como uma pessoa tímida,retraída, qual troglodita, que gosta de viverescondido na sua caverna vivencial. Nosúltimos anos tem sido vítima da sua periclitantee delicada saúde, que o tem atraiçoado e levadoao Hospital, o que se encontra bem patente nasua notória debilidade física.

Todavia, este corpo franzino eaparentemente débil, encerra uma força mentale uma energia de impar estoicidade e forçacriadora, refletida na vivacidade transcendental,que se traduz em prodigiosa inspiraçãoparnasiana de elevado gabarito, o que é bemnotório e se encontra bem patente, na suaexpressiva poesia, repleta de vivacidade queencanta e seduz.

Parabéns António Salvado, um poetadigno da nossa profunda admiração, respeito eenorme simpatia.

Fabião Baptista

DESAFIO AOSPOETAS DOCONCELHO

Aqui e agora vos lembroQue uma vez mais em SetembroAcontecerá, “Poesia, um Dia”.

É um evento bem peculiarQue todos deveríamos apoiarCom veia criadora e fantasia.

A tal, dos nossos versos.Para que não andem dispersos! ...

E se tal puder acontecerVenham muitos, venham todos

Debitar Poesia a rodos.Tragam versos para nos ler!

Eu partilho e sinto.me sóPor vezes lamentando com dó,

- Onde estais meus conterrâneos?Se escrevem para este jornalNão vos causará nenhum malExibirem-se, consentâneos!

Santos da casa são milagreiros.Sejamos pois dos primeiros

A apoiar a Biblioteca MunicipalSem constrangimentos nem medos.

Bem pior é ficarem quedosCom o receio do “parece mal”!

Para os ajudar, mesmo a sérioContem comigo, o Silvério.

Mas não se esqueçam,E por favor, APAREÇAM!

Silvério Dias

AGOSTO DE 2016 O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 9

Mónica Santo(Dietista)

haja

SAÚDE

2016ano internacional das leguminosas...

Sabia?

FESTAS DE FRATEL DE 2016Contin. da Pág. 7

se refrescarem o que, devido aocalor que se fazia sentir, veiomesmo a calhar.

Da parte da tarde às 18,00horas celebrou-se a Santa Missaseguida da Procissão em Honrade São Pedro. Felizmente que esteano as cerimónias religiosas serealizaram uma hora mais tardedo que era costume, o que devidoao calor que estava, muitocontribuiu, para que tivessehavido grande participação depessoas nestas cerimónias. ABanda, como já é costume,acompanhou a Procissão e, comotambém já vem sendo hábito,foram elementos da Comissão deFestas quem transportou aosombros o nosso Padroeiro.

À noite houve arraialanimado por um conjunto que,como o do dia anterior tambémagradou. Jovens e, menos jovensaproveitaram para dar os seus pésde dança.

Conforme comecei por dizernão assisti aos festejos dedomingo, no entanto e pelasinformações que me chegaramtambém decorreu conformeplaneado.

Em Setembro as festascontinuam e esperamos quemuitos fratelenses e amigos deFratel voltem à nossa terra nãosó para os festejos mas tambémpara ajudarmos a manter vivaesta tão longa tradição da Feirade São Mateus.

Não posso nem quero,como fratelense e amigo que souda nossa terra, deixar passar estaoportunidade sem aquiexpressar os meusagradecimentos à Comissão deFestas pelo trabalho que játiveram e voltarão a ter emSetembro, não só pelacontinuidade destas tradições,como também pelo amor quedemonstram ter à nossa Terra.Gostaria de lembrar que oslucros das festas ficam todos nonosso Fratel, onde sempre sãoaplicados em projectos deinteresse para todos nós e quemuito valorizam a nossa terra.

Este ano os lucros das festasreverterão a favor das obras derequalificação da sede daSociedade Filarmónica.I nformamos todos osfratelenses e amigos quepretendam contribuir e que aindanão tiveram oportunidade parao fazer, que podem fazê-lo atéao ultimo dia das festas deSetembro. Nessa altura aComissão de Festas procederá aobalanço final e à afixação na sededa Sociedade Filarmónica a listade donativos.

Em nome da Comissão deFestas bem como a Direcção daSociedade Filarmónica, a todosaqueles que nos ajudaram comos seus contributos, oupretendem ainda fazê-lo,queremos deixar-lhes o nossomuito obrigado.

Schwalbach, 25.08.2016José Eduardo

Cooperativa dos Pequenos e MédiosAgricultores da Freguesia de Fratel,

CRLLargo Engº Araújo Correia, Nº 24 - Telef. e Fax 272 566 378

Telemóvel 963426166 - Fratel 6030-012 FratelNIPC: 501287477 - Inscrição INGA Nº 9589

ASSEMBLEIA GERALEXTRAORDINÁRIACONVOCATÓRIA

Nos termos Estatutários convoco a Assembleia Geral Extraordinária,da Cooperativa dos Pequenos e Medios Agricultores da Freguesiade Fratel, para reunir na sua sede, Largo Engenheiro Araújo Correiaem Fratel, no dia 18 de Setembro de 2016 (Domingo), pelas 14.30horas, com a seguinte

Ordem de Trabalhos:Ponto 1 -Informações;Ponto 2 -Deliberação sobre a Safra 2016;Ponto 3 -Outros assuntos de interesse para a Cooperativa.Se à hora marcada para o início da reunião não houver número legalde associados para o seu funcionamento, ela funcionará uma horadepois, com qualquer numero de sócios presentes.

Fratel, 22 de Agosto de 2016O Presidente da Assembleia Geral

Nicolau Pinto Eduardo

2016 foi declarado AnoInternacional das Leguminosas(AIL) pela 68ª Assembleia-Geraldas Nações Unidas.

O AIL 2016 visa aumentar aconsciência pública para osbenefícios nutricionais dasleguminosas como parte daprodução sustentável dealimentos voltados para asegurança alimentar e nutrição.O que são? Qual o seu valornutricional? Que quantidadesdevemos ingerir?

As leguminosas representamum grupo de alimentos que sepode dividir em duas categorias:os grãos (ex.: feijão, grão-de-bico,lentilha, ervilha, fava e tremoço)e as oleaginosas (ex.: soja eamendoim). De uma forma geralcaracterizam-se por forneceremum conjunto interessante denutrientes como proteínas ehidratos de carbono, para alémde fibras, vitaminas (sobretudoB) e minerais (ex.: ferro e cálcio).

Precisamente pela suacomposição em proteínas sãomuito usadas como substitutosde outras fontes proteicas comoa carne, o pescado ou os ovos.Importa contudo ressalvar queas proteínas de origem vegetalnão são de elevado valor biológicocomo as de origem animal, ou seja,não apresentam umacomposição onde estejam todosos aminoácidos essenciais, peloque devem ser complementadascom outros alimentosfornecedores de proteínas, comoos cereais. Por exemplo, atradicional conjugação do feijãocom o arroz, ou seja, leguminosae cereal, permite obter, no total,o conjunto de todos osaminoácidos essenciais.

Diversos estudos científicosreferem que o consumo deleguminosas está associado àprevenção e melhoria de diversaspatologias como as doençascardiovasculares, a diabetes

Mellitus, a doença inflamatóriaintestinal e o cancro do cólon.Uma colher de sopa deleguminosas secas (por hidratar)ou 3 de leguminosas secascozidas ou frescas fornecem umaboa dose dos nutrientesmencionados. As conservas, quecontêm as leguminosas jácozidas, são uma excelente formade as ter sempre à mão e pouparmuito tempo na preparação dasrefeições rápidas do dia a dia,tendo em atenção que o liquidode conservação deve ser rejeitadoe as leguminosas bem lavadasantes de utilizar. Mas tambémpoderão ser cozidas e congeladaspara usar para uso posterior.

Dica de utilização:Experimente substituir o seupuré de batata por puré deleguminosas, aromatizando comervas frescas como hortelã,cebolinho e coentros.

O nosso conterrâneo e assinante, do Gavião de Ródão, amigo José Lopes, não pára de nos surpreender. Apesar da sua “idade avançada”não perde oportunidade de estar presente no aeroporto de Lisboa a prestar homenagem aos atletas portugueses presentes nosgrandes eventos internacionais. No caso a judoca Telma Monteiro, medalha de bronze nos -57 kg, no regresso a Portugal com o troféu

ao peito, mostrando-se igualmente feliz por ter ultrapassado as dificuldades encontradas nos Jogos Olímpicos Rio2016.

foto: Lusa

AGOSTO DE 2016O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO10

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O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 11AGOSTO DE 2016

NECROLOGIA

Morreu o Tio José Mendes

Natural de Foz do Cobrão,faleceu no passado dia 7 dejulho, com 71 anos, indo aenterrar no cemitério de Tunes(Algarve) no dia seguinte onderesidia e onde o casal tinhaatividade empresarial.

Deixa viúvo Luis MendesCarmona, natural de Tostão,e dois filhos a quem o nossojornal expressa as maissentidas condolências.

AgradecimentoSeu marido, filhos e

restante família deixam aquiexpresso o mais sinceroreconhecimento eagradecimento as todas aspessoas que de um modo ououtro se interessaram pelo seuestado de saúde e/ou aacompanharam à ultimamorada.BEM HAJAM

Contin. da Pág. 5

Notícias da Câmara Municipal

Dia 23 | 18H00 |UMA LEITURA NO RIO | Passeio de barco, com leitura de poesia a bordo e visita àintervenção artística de Miguel-Manso e António Poppe, em parceria com a Casa do Gigante.Inscrições, gratuitas mas obrigatórias, até ao dia 9 de setembro na BMJBM (limite de 58 pessoas).

20H30 | JANTAR _Pago por cada participante | Inscrições, obrigatórias, até ao dia 9 de setembro naBMJBM. | Local: Herdade da Urgueira

22H00 |APRESENTAÇÃO DO ESPETÁCULO CRIADO NA RESIDÊNCIA DE ESCRITA EDRAMATURGIA «TEATRO NA PAISAGEM» | Local: Herdade da Urgueira

Dia 24 | 11H00 – 12H30 |MARIPOSA AZUAL | Apresentação da editora por Helena Vieira.Entrada livre | Local: BMJBM

12h30-13h00 |SESSÃO DE AUTÓGRAFOS NA FEIRA DO LIVRO DE POESIA | Local: BMJBM

15H30 |UMA LEITURA NO RIO | Passeio de barco com leitura de poesia a bordo.

Biblioteca Municipal José Baptista Martins

CINEMA - setembro24 setembro | 15h00(sábado)– vers.portuguesaALENDA DO DRAGÃOBryce Dallas Howard,Robert Redford, OakesFegley, Wes Bentley, KarlUrban, Isiah Whitlock Jr.Aventura, FantasiaM/6 - 102 min.

30 setembro | 21h00BEN-HURMorgan Freeman, JackHuston, Toby Kebbell,

Rodrigo SantoroDrama, HistóricoM/14 - 123 min.

16 setembro | 21h00STAR TREK:ALÉM DOUNIVERSO

Chris Pine, Zachary,Quinto, Karl Urban, ZoeSaldana, Anton YelchinAventura, FicçãoCientíficaM/12 - 122 min.

23 de setembro | 21h00MILAGRENO RIO HUDSON

Tom Hanks, AnnaGunn, Laura Linney,AaronEckhart, Autumn ReeserDrama, BiografiaM/12 - 100 min.

Em AGENDA

Inscrições em GIP- Gabinete de InserçãoProfissional de Vila Velha de RódãoØ Entrega de Certificado de QualificaçõesHorário de Atendimento : das 9h00 às 13h00

FORMAÇÃO VIDA ATIVA – OPERADORAGRÍCOLAIEFP – Instituto de Emprego e FormaçãoProfissionalLocal: Vila Velha de RódãoN.º de Formandos: 20

FORMAÇÃO CANALIZADORIEFP – Instituto de Emprego e FormaçãoProfissionalLocal: Vila Velha de RódãoN.º de Formandos: 20

Formação - 8ª Ação - APLICADOR DEPRODUTOS FITOFARMACÊUTICOS35 HORAS(Enquadrada no artigo 18º da Lei 26/2013, queimplica que a partir de Novembro de 2015, éobrigatório todas as pessoas que apliquemprodutos fitofarmacêuticos estaremdevidamente certificadas)HOMOLOGADO PELA DRAPC-DireçãoRegional de Agricultura e Pescas do CentroLocal: Vila Velha de RódãoPreço: 95€ (isento de iva)N.º de Formandos: 16

FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DEFORMADORES (CCP)90H (PRESENCIAL)Entidade Acreditada pela DGERT – DireçãoGeral do Emprego e das Relações de TrabalhoHOMOLOGADO PELO IEFP Local: VilaVelha de RódãoPreço: 200€ * (isento de iva) * O valor a pagarpode baixar mediante inscrições superiores a12 formandos.N.º de Formandos: 12

4 /SETEMBRO, 17H00JOGO DE APRESENTAÇÃO ÉPOCA 2016/2017FUTEBOL 11 | CDRC Ródão X Mação | Local:Estádio Municipal V. V. Ródão

9, 10 e 11 | 1ª Concentração Nacional - CMA |Festival Portas de RódãoOrganização: Christian Motorcyclists Association

3/SETEMBRO | NOITE DE FADOSOrganização: Núcleo Benfiquista de V. V. Ródão

Dia 10 | Encontro dos ex-combatentes doconcelho de Vila Velha de Ródão

Programa:08h30 | Fratel09h15 | V. V. Ródão10h30 | Igreja10h45 | Cemitério11h30 | Câmara Municipal13h00 | Almoço (Estalagem Portas de Ródão)Apoios: Câmara Municipal VVRódão, Juntas

de freguesia de Ródão, Fratel, Sarnadas e Perais

10/SETEMBRO | NOITE DE FADOS |Organização: Centro Sócio Cultural e Recreativode Alvaiade

11/Setembro | Passeio Pedestre e Convívio dePescaOrganização: Núcleo Sportinguista de V. V. Ródão

Dias 24 e 25 | Prova de Motonáutica | Local: Caisfluvial

FESTAS POPULARES2, 3 e 4 SETEMBRO | PEROLEDO

3, 4 E 5/SETEMBROSÃO SEBASTIÃOLocal: SARNADAS DE RÓDÃO

7 E 8/SETEMBRONOSSA SENHORA DOS REMÉDIOSLocal: ALFRÍVIDA

17/SETEMBROFEIRA DE SÃO MATEUSLocal: FRATEL

24/SETEMBRO | MONTINHO

AgradecimentoSeu marido e restante família, na impossibilidade de o fazerem

pessoalmente como seria do seu desejo vêm por este meio agradecera todos os que se dignaram acompanhá-la à sua última morada, ouque de qualquer outra forma, lhes manifestaram o seu pesar.A todos bem haja!

A Casa do Concelho e o Jornal “O Concelho de VilaVelha de Ródão” apresentam os sentidos pêsames à famíliaenlutada, muito especialmente ao marido da falecida, o nossoconterrâneo e amigo João Baptista Santana. Este dedicadofratelense integrou a Comissão de Melhoramentos da freguesia deFratel, desde a sua formação e foi também um dos sócios fundadoresda Casa do Concelho de Vila Velha de Ródão. Nesta associação,integrou os primeiros Corpos Sociais eleitos, com o cargo de Vice-Presidente da Direção, mantendo-se durante vários anos nosCorpos diretivos e desempenhando sempre com o maior rigor, oscargos assumidos de apoio e defesa dos interesses do seu concelho.

A freguesia de Fratel ficoumais pobre com a morte do nossoconterrâneo Tio José Mendes,natural do Peroledo, aldeia onde,exceptuando o tempo em que fezo serviço militar, sempre viveu.Durante muitos anos foi cabochefe o que o tornou muitorespeitado e conceituado em todaa freguesia do Fratel, onde sedestacava pela forma comorespeitava toda a gente..

Nasceu no ano de 1921,tendo frequentado a escolaprimário onde foi com distinçãoque fez o exame da quarta classe,o que prova do seu elevado graude inteligência. Foi um homemque durante toda a sua vida,através do grande interesse quemanifestava pelo saber, semprese esforçou por adquirir mais emaiores conhecimentos. O gostopela leitura fez deste nossoconterrâneo um homem do saber.Lia todos os jornais que lhechegavam às mãos e mostrava-semuito atento a tudo o que fossemnotícias quer de carácter social,

de assuntos económicos oufinanceiros, bem como políticos,religiosos ou outros. No querespeita a livros, acreditamos quehaverão muito poucosportugueses e mesmo licenciadosque tenham lido tantos como eleleu. E, manteve o gosto pelaleitura até aos últimos dias da suavida. Dava prazer conversarcom ele, sobre qualquer assuntoporque era uma autênticaenciclopédia e com uma memóriainvejável.

No campo da agricultura, oTio José Mendes era uma daspessoas mais entendidas da nossafreguesia, tendo-se especialmenteespecializado no azeite, produtoque conhecia muito bem, e em quechegou a negociar, comprando oproduto em quase todos oslagares do concelho e procedendoà sua distribuição, por quase todoo País o que contribuiu para queo azeite do nosso concelho setornasse conhecido alémfronteiras.

Era viúvo, há mais de 46 anos,

desde 1970, de Adelina PiresMendes. Pai de GuilherminaPires Mendes dos Santos, casadacom José Fernando dos Santos.Tinha dois netas, a Filipa e o Nunoe era bisavô da Rafaela, da Rute edo Rodrigo.

A morte do Tio José Mendesdeixa um enorme vazio e umagrande saudade a toda a suafamília, mas também àspopulações de Peroledo, seusvizinhos mais próximos, bemcomo de toda a freguesia de Fratel.Ficamos mais pobres não sóporque perdemos um grandehomem como também perdemostodos os seus vastosconhecimentos.

À filha, genro, netos ebisnetos apresentamos as nossassentidas condolências.

O Tio José Mendes ficarápara sempre recordado nas nossasmemórias colectivas. Que a suaalma descanse em Paz.

Maria da Conceição PiresRibeiro Dias

MARIA PIRES FERNANDES SANTANA

MARIA DEJESUS

FERNANDESCARMONA

AGOSTO DE 2016O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 12

O ribeiro das Vilas Ruivas vai seco…

Outrora, o ribeiro dasVilas Ruivas era pontode encontro da

juventude da aldeia para uns bonsmergulhos ao final da tarde dequalquer dia tórrido do mês deAgosto.

Já lá vai o tempo em que,pela altura das férias, a“criançada” era “recambiada” dosgrandes centros urbanos para a“santa aldeia”, para ajudar osavós nas tarefas do campo.

Mas terminavam as lides dosestudos, lá íamos “despachados”comboio acima até à aldeia, e“alguém” lá estaria na estação deVila Velha de Ródão à nossaespera.

Desde o guardar do gado, atéàs regas nas hortas, à apanha domilho e dos fenos, lá se fazia detudo um pouco para ajudar osavós nas tarefas árduas docampo.

Depois das boas “siestas”desses verões quentes e tórridos,e já ao final da tarde, lá nosreuníamos no largo da aldeia epercorríamos os caminhos até aoribeiro das Vilas Ruivas para umbom mergulho, através de umasã camaradagem e de convívioentre todos. Isto, quando não ofazíamos logo pela manhã bemcedo, quando as nossas avós paraali se deslocavam com osalguidares da roupa, das mantase lençóis, onde lavavam e depoispunham a corar ao sol sobre osjuncos que por ali abundavam.Desde logo, os açudes do lagardo meio, do moinho e o da “TiBenta”, eram os locais preferidos

para uns bons mergulhos de águafresca, que ainda por ali abundavanesses tempos.

Ali, muitos de nós,aprenderam a nadar e até a pescar( com canas de pescaimprovisadas pelos avôs…) osbordalinhos que por aliabundavam, e que depois, asnossos avós fritavam com farinhae ovos. Eram uma delícia.

Á noite, em qualquer fim desemana, lá se ia e vinha a pé ( emgrupos) para as festas das nossasaldeias: Perdigão, Foz, Gavião,Tostão…, serra acima, serraabaixo, pois eram poucos aquelesque, naquela altura disponham de

meio próprio para se deslocarammais rapidamente.

Passados estes anos todos,já nem a “criançada” se deslocapara a aldeia em tempo de férias,e nem o ribeiro leva água.

Sinais dos tempos. Adesertificação levou a que asterras ficassem agoraabandonadas e por amanhar, aque o gado cada vez seja menos,e que, em vez de terrasamanhadas e lavradas, a nossavista alcance agora matagais euma floresta, onde antes,estendíamos as toalhas, depoisde muitos e bons retemperadoresbanhos naquelas águas frescas.

Hoje em dia, e quem por lá passa,é frequente cruzar-se com javalise veados que, deambulando pelasencostas abaixo, ainda procurama pouca água existente nos açudesdo ribeiro.

Mas os banhos ao final datarde ? Esses passaram à história!Para quem conheceu o local, éuma mistura de tristeza e denostalgia o que os nossos olhosagora vêem. Gratas recordaçõesda nossa idade da inocência, ondenão existiam as consolas, osjogos, os computadores, osIpad´s , telemóveis e toda essatecnologia que a nossa geração “descobriu” para a colocar agora

ao dispor dos nossos filhos enetos.

Não sabemos se a situaçãopoderá ser invertida. A água e asnascentes continuam a existir noMalhadil. A dificuldade poderáestar em se arranjarem soluçõesválidas para a colocar a correrpara o ribeiro das Vilas Ruivas,nesse aproveitamento tantodesejado. Até porque, a fauna e aflora ali existente também muitoque agradeciam esse mesmoaproveitamento.

Quem, por exemplo, sedesloque agora à zona do lagardo meio, e graças à intervençãodo voluntariado da Celtejo, temali um espaço agradável. Foramrecuperadas as tulhas individuaisdo lagar ( para onde era despejadae guardada a azeitona), as levadasde água e os caminhos adjacentes,bem assim como foram cortadasalgumas silvas a matagais queimpediam a nossa aproximaçãoà zona do lagar e das tulhas.Caminhos foram desbravadospara agora lá chegarmos. O espaçoestá agradável e continua amerecer a nossa visita.

Ao longo do ano, é frequentevermos por ali pessoas avisitarem o que ainda existe e queestá visível daquele que, outrora,foi o principal lagar da aldeia dasVilas Ruivas. Uma obra que todosagradecemos, assim se mantenhaa manutenção assídua do local.Pois é nesse local aprazível, queainda existe um dos açudes deque já falámos, embora agorapraticamente despido de água.

Não sabemos se voltariam

esses banhos ao final da tardenesse mesmo açude ( bem comode outros que existem peloribeiro), nesses dias tórridos deAgosto no ribeiro das VilasRuivas, mas se porventura elesvoltassem a ser possíveis, aindaestaria “na linha da frente” paraali voltar a dar o meu mergulho.E certamente que comigo, outrosmais da minha geração. Quiçá,acompanhados agora pelos filhose netos.

O ribeiro das Vilas Ruivas vaiseco ! Dá-nos um ar de tristeza ede melancolia assistir àquelapaisagem bem ali à nossa frente,onde, no leito do ribeiro por ondeoutrora a água abundava, apenasse vêem agora as pedrasressequidas e secas sob o soltórrido dos meses de verão.

Ficam as recordações dequem por ali viveu momentosfelizes. Talvez até ao dia em que,com melhor aproveitamento daságuas das nascentes do Malhadil,direccionando-as todas para oribeiro, se torne possível entãodar uma vida nova e desejável aoribeiro das Vilas Ruivas nos diastórridos de qualquer mês deAgosto, e possamos dizer: oribeiro das Vilas Ruivas “ já “não vai seco.

Se a “criançada” voltaria ?Talvez. Alguns. Embora ostempos em que agora vivemossejam completamente diferentesdaqueles “nossos” tempos felizesdas gerações de 60 e 70.

Jorge Cardoso

24 de setembro de 201611 horas: abertura dos festejos com aaparelhagem”Octávio”17 horas: cumprimentos a todas asfamílias, acompanhados pelo tradicionalacordeão do “Zé Maria”22 horas: atuação deMANUEL EMÍDIO

(o bar, como de costume, com assaborosas bifanas

à africana!!!)

Organização do“GRUPO DE AMIGOS DO

MONTINHO”

Apoios:

Jornal “O Concelho V.V.Ródão”

FESTA NOS RODEIOS

No dia 31 de Julho as aldeias do Rodeios e Vale do Homemrealizaram os habituais festejos populares, mantendo a tradição

do conívio anual, reunindo desta forma os seus naturais, familiarese amigos que se quiseram juntar aos festejos.

Na componente religiosa foi prestada homenagem à Srª. da Paz,a padroeira daqueas aldeias, com missa celebrada pelo cónego Joséda Costa.

Dando continuidade aos festejos seguiu-se a parte familiar,com os visitantes e familiares dos residentes a comemorarem juntosaquele dia.

Pereira da Costa

Povo do Montinho Câmara Municipalde VVRódão

Junta de Freg. de Fratel