Anotações de Sara Revilla Gútiez - Música e Identidad. Adaptación de Un Modelo Teórico

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Anotações de Sara Revilla Gútiez - Música e Identidad. Adaptación de Un Modelo Teórico

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Anotaes de Msica e Identidad. Adaptacin de un modelo terico Sara Revilla Gtiez Cuadernos de Etnomusicologa N1, 2011, 5-28A msica desemnha um papel essencial nos processos de configurao e consolidao da identidade. paradigmas de interpretao da relao mediante escuta e as prticas vinculadas ao fenmeno musical. Depois ajustar suas perspectivas e oferecer uma proposta adaptvel e aplicvel realidade que nos rodeia.Anos 90: Richard Middleton (1990), Simon Frith (1990), John Shepherd(1994), Martin Stokes (1994) o Pablo Vila (1996): relao entre identidade (conceitoscio-antropolgico e fenmeno musical. "De que maneira intervm a msica em nossa vida cotidiana?", "Quando e como decidimos escutar msica", "Por que diferentes 'atores sociais' se identificam com um certo tipo de msica e no com outros?"3 Paradigmas da interpretao:a) Homologia estrutural: John Blacking (1973), Dick Hebdige (1979) y Richard Middleton (1990) - semelhana ou equivalncia entre estruturas sociais e estruturas musicais. Pelinsky (2000, p. 164): "as infraestruturas sociais exerceram uma determinao sobre as superestruturas artsticas", correspondncia anloga entre o material musical e a estrutura da sociedade que o produz, ou que oe elementos da estrutura musical so gerados como reflexo da distribuio dos estratos de normas sociais.Essa noa implicaria que cada classe ou grupo social deveria ver-se relacionado ou identificado com um estilo determinado de msica, que seria o reflexo desse grupo dentro da sociedade. (Cf. problema do objeto - sociedade ou grupo ou indivduo / problema do gnio na etnomusicologia). Cada grupo social ou subcultura teria sua prpria expresso musical.Reducionismo estruturalista e impossibilidade de explicar porque diversos atores sociais se identificam com certos tipos de msica e no com outros? "Daod que partia de uma concepo relativamente autnoma e universal do significado da msica, junto a uma certa passividade do ouvinte ou consumidor ante a informao sonora percebida, a homologia estrutural se mostrou realmenge incapaz de propor uma explicao vivel ante fenmenos como a variedade do gosto musical dentro de uma mesma comunidade musical ou inclusive o variado leque de perferncias que pode proferir um mesmo indivduo. Problema do Sentido da msica (ou significado?): permite articular msica, sujeito e sociedade? Cultura oferece os materiais musicais a serem dotados de sentido por cada um em sua experincia ou os significados j Vm postos (rotulados?)? Problema do significado em deslocado para a identidade.Seeger: musica agenciamento da identidade (pessoa) mas tambm das categorias da experincia, em um sentido kantiano, tempo e espao. (tambm constituintes da subjetividade.c) Narrativa Simon Frith (1990) y Pablo Vila (1996): desenvolvimento a partir da teoria interpelativa. Conceito apropriado da linguistica, depois das cincias cognitivas. David Novitz: "variedade de discurso que seleciona o que se menciona e o que se exclui, eventos reais ou imaginrios (...) ordenados em uma sequencia lgica" Ricoeur (1984): "possibilidade de compreender o mundo de tal maneira que as aes humanas adquiram sentido"Shepherd: no h negociao do sentido ou significado das prticas musicais por ser uma relao esttica e essencialista entre msica e sociedade" (1994, p. 134)b) Interpelao: Alhusser (1984) "mecanismo imaginriode reconhecimento mtio em que a ideologia constitue aos indivduos em sujeitos humanos de experincia"Middleton (1989): "mecanismos que pe ao pblico de uma execuo musical na posio particular de destinatrio de uma mensagem, isso , de interpelado"Preocupao com a dinmica: interpelao como processo bidirecional no qual a musica e o ouvinte contribuam e reconduziam os universos de significao. Relao deixa de ser de homologia para ser de articulao ou interpelao, sugerindo autonomia das partes.Vnculo simbitico entre experincia musical e indivduo. "a msica pode posicionar, simbolizar e oferecer a experincia imediata de identidade coletiva (Simon Frith)Pelinsky: interpelao depende de um primeiro estmulo que exerce sobre o indivduo: "oye t" (2000, p. 166). A interpelao/articulao continua sem oferecer a possibilidade de negociao do significado: reconhece certa "capacidade de agncia" que permite a construo da identidade com base no estmulo sonoro mas coloca a idia de que a msica pode evocar um significado entendeido o decoificado da mesma maneira, no importa o contexto ou o receptor. Papel da ideologia o de fixar e limitar as possibilidades de reconhecimento pelo sujeito, implicado em sua circularidade.c) NarrativaSimon Frith (1990) y Pablo Vila (1996): desenvolvimento a partir da teoria interpelativa da msica, adoo do conceito da linguistica e das cincias cognitivas.Novitz (1989) "variedadade de discurso que seleciona o que se menciona ou o que se exclui; eventos reais ou imaginrios (...) ordenados em uma sequencia lgica"Ricoeur: possibilidade de compreender o mundo de tal maneira que as aes humanas adquiram sentido"Modelo dinmico de construo identitria com o indivduo como ponto essencial (o que seria o mesmo com a interao como ponto essencial?)(Interao como Identidade e Diferena relacionais)Narrativa como elemento da construo de si mesmo, gerando uma dimenso temporal de passado, presente e futuro e dos processos de seletividade e sedimentao que conformam a capacidade de agncia do indivduoNarrativa possibilita autonomia total do indivduo para designar e interpretar na msica o significado que se ajuste s suas necessidades.Shepherd y Wicke (1997): valores e significados da mjisca no esto intrnsecos ao som mas nos indivduols que os conferem (...) O som no origina, determina ou acarreta significados por si mesmo; podemos dizer que ajuda a consolid-los."a narratividade d a possibilidade de considerar a identidade de duas maneiras: como representao fantstica ou o que quisermos ser em vez do que somos e como sentimento real, que se materializa corporalmente ao fazer msica e escut-la." Simon Frith (1996),Estudos da narrativa: David Hesmondhalgh (2002), Tia DeNora (2000), Daniel Hargreaves (2002), Francisco Cruces (2004) o Sheila Whiteley (2004) Problemas da narrativa: la temporalidad, las teoras de la diferencia, la deslocalizacinpropia de un mundo globalizado y el papel de la msica en la cultura de masas.Gtiez: superposio de significados: maneiras de construir a identidade (como a msica participa da percepa e construo do real, enquanto canaliza nossas emoes) Ray Crozier (1998): as identidades podem ser consideradas uma rede de associaes vinculadas entre si mediante emoes relacionadas, ativadas pela msicaEste artculo pretende establecer un primer vnculo terico entre las diversascorrientes y propuestas emitidas en los ltimos aos en torno a la relacin entrela identidad y la msica. Pretende ser, tambin, un marco de referencia tericacon fines tanto epistemolgicos como empricos, es decir, cuyas propuestas ymodelos presentados puedan ser fcilmente aplicables y contrastables sobre elterreno del trabajo etnogrfico y que nicamente la realizacin de ste sirvapara corroborar o refutar las mencionadas tesis tericas.