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Anotações V.I. Lênin O Estado e a Revolução- o que ensina o marxismo sobre o Estado e o papel do proletariado na Revolução P. 7 I As Classes sociais e o Estado 1. O estado é um produto do antagonismo inconciliável das classes Os grandes revolucionários e os dirigentes do movimento libertador das classes oprimidas sempre foram perseguidos em vida, mas depois de sua morte tenta-se os converter em ídolos inofensivos, consolo para os oprimidos. Que é o que, segundo o autor, está acontecendo com a doutrina de Marx. A burguesia e os oportunistas do movimento operário se unem para “tratar” o marxismo, esquecendo-se seu lado revolucionário. P.8 Lênin diz que é preciso reestabelecer a verdadeira doutrina marxista sobre o Estado, fazendo inclusive longas citações das obras de Marx e Engels sobre o estado. Deturpação do “kautskysmo”. Começando com a Obra: A origem da família, da propriedade privada e do Estado. (Engels) P.9 Engels diz: O estado é um produto da sociedade numa certa fase do seu desenvolvimento. A ideia fundamental do marxismo no que concerne ao papel histórico e significação do Estado: O Estado é produto e a manifestação do antagonismo inconciliável das classes, antagonismos que não podem objetivamente ser conciliados. A existência do Estado prova que as contradições de classes são inconciliáveis. P.9, 10.

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Anotações do Livro escrito por Lenin sobre o comunismo.

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Anotaes V.I. LninO Estado e a Revoluo- o que ensina o marxismo sobre o Estado e o papel do proletariado na RevoluoP. 7I As Classes sociais e o Estado1. O estado um produto do antagonismo inconcilivel das classesOs grandes revolucionrios e os dirigentes do movimento libertador das classes oprimidas sempre foram perseguidos em vida, mas depois de sua morte tenta-se os converter em dolos inofensivos, consolo para os oprimidos. Que o que, segundo o autor, est acontecendo com a doutrina de Marx. A burguesia e os oportunistas do movimento operrio se unem para tratar o marxismo, esquecendo-se seu lado revolucionrio.

P.8Lnin diz que preciso reestabelecer a verdadeira doutrina marxista sobre o Estado, fazendo inclusive longas citaes das obras de Marx e Engels sobre o estado. Deturpao do kautskysmo.Comeando com a Obra: A origem da famlia, da propriedade privada e do Estado. (Engels)P.9Engels diz: O estado um produto da sociedade numa certa fase do seu desenvolvimento. A ideia fundamental do marxismo no que concerne ao papel histrico e significao do Estado: O Estado produto e a manifestao do antagonismo inconcilivel das classes, antagonismos que no podem objetivamente ser conciliados. A existncia do Estado prova que as contradies de classes so inconciliveis. P.9, 10. Desse ponto fundamental comea a deformao do marxismo, seguindo duas linhas principais:1- Idelogos burgueses: Obrigados a reconhecer que o Estado no existe sem a luta de classes, corrigem Marx de maneira a faz-lo dizer que o Estado o rgo da reconciliao das classes.

P.10Porm se a reconciliao das classes fosse possvel, no haveria surgido o estado, e para Marx o Estado um rgo de dominao, de submisso de uma classe por outra, criao de uma ordem que legalize e consolide essa submisso. Para os I. Bur. A ordem a conciliao das classes. Atenuar a coliso significa conciliar. Em 1917, o Estado visto como conciliador foi prova dessa ideologia dos melcheviques, e socialistas-revolucionrios. Sendo incapazes de compreender que uma classe no pode conciliar-se com a classe adversa.

P.112- Ideologia Kautsky- A deformao mais sutil. teoricamente no nega o Estado como rgo de dominao de classes, nem que essas contradies sejam inconciliveis, mas omite que a libertao da classe oprimida s possvel por meio de uma revoluo violenta e da supresso do aparelho governamental.

2. FORA ARMADA SEPARADA, PRISES, ETC.Engels= O Estado se caracteriza, em primeiro lugar, pela diviso dos sditos segundo o territrio, diferente dos cls e famlias. P. 12Em segundo, o Estado uma instituio de um poder pblico, que no corresponde a populao e se organiza tambm como fora armada. Essa organizao compreende homens armados, elementos materiais, prises e instituies coercivas de toda espcie.Fora chamada Estado, provem da sociedade, mas superior a ela. Essa fora consiste princ. Em destacamentos de homens armados, prises, etc. e no na organizao espontnea da populao em armas.O exercito permanente e a poltica so os principais instrumentos do poder governamental. Por qu?P. 13Explicaes cientficas obscurecem o principal: a ciso da sociedade em classes irreconciliavelmente inimigas. Se tal ciso no existisse a organizao espontnea da populao em armas" seria possvel. Porm com essa diviso em classes hostis, esse armamento provocaria a luta armada. Forma-se o Estado cria-se uma fora especial. P.14Questo das relaes entre os destacamentos separados de homens armados e a organizao espontnea da populao em armas. O poder pblico s vezes fraco, mas em geral aumenta.Evoluo para imperialismo, e a competio pelas conquistas chegou ao ponto de o globo terrestre, +-1910, achar-se definitivamente partilhado entre os conquistadores rivais. (potncias espoliadoras)

P. 15Engels em 1891 denuncia a competio as conquistas como um dos traos caractersticas da poltica exterior das grandes potencias.3. O ESTADO, INSTRUMENTO DE EXPLORAO DA CLASSE OPRIMIDADivida pblica e impostos como instrumentos da separao entre poder pblico e sociedade.P.16Fazem-se leis sobre a santidade" e inviolabilidade dos funcionrios.Funcionrios em situao privilegiada como rgos do poder pblico. O Estado um rgo de explorao detido pela classe dominante. Porm em periodos de equilbrio de foras, o poder pblico adquire certa independncia e se torna uma espcie de arbitro entre as classes.P.17Engels- Na republica democrtica a riqueza utiliza do seu poder indiretamente, mas com mais segurana pela corrupo pura e simples dos funcionrios e pela aliana entre governo e bolsa.P.18Onipotncia da riqueza.Segundo Engels, o sufrgio universal era um instrumento de dominao da burguesia, e no estado atual no capaz de manifestar verdadeiramente e impor a vontade da maioria dos trabalhadores.P.19Declarao de Engels desvirtuada pelos partidos socialistas oportunistas.Engels- O estado no existiu sempre. Em consequncia da diviso de classes aps certo grau de desenvolvimento econmico, o Estado tornou-se uma necessidade. Porm, a existncia dessas classes se torna um obstculo a essa produo, e as classes desapareceram, e com elas o Estado, A sociedade se reorganizando, indicar a maquina governamental para o museu de antiguidades. Declarao essa deturpada pela social democracia contempornea.4. DEFINHAMENTO DO ESTADO E A REVOLUO VIOLENTAP. 20Engels- Proletariado apodera-se da fora do Estado e comea a transformar os meios de produo em propriedade do Estado. Abole todas as distines de classe e o Estado como Estado. O estado era antes representante oficial de toda a sociedade, mas s era como Estado da classe que representava em seu tempo (classe dominante). Mas quando o Estado se torna, finalmente, representante efetivo da sociedade inteira ele se torna suprfluo. P.21No havendo nada a reprimir, um poder especial de represso (Estado) deixa de ser necessrio. A interveno do estado nas relaes sociais v se tornando suprflua e dai por diante desaparece automaticamente. O Estado no abolido, morre.Socialismo de hoje: s resta a proposio de Marx segundo o Estado morre. Reduzindo o marxismo ao oportunismo, pois se fica a concepo de uma transformao lenta, igual, progressiva, sem revoluo.P.22A negao da revoluo.Esse comentrio em proveito da burguesia. Deformao baseada na omisso das principais consideraes de Engels.1. Engels fala da abolio do Estado burgus pela revoluo proletria, ao passo que suas palavras sobre o definhamento e a morte do Estado se referem aos vestgios do Estado proletrio que subsistem depois da revoluo socialista. O Estado burgus no morre, aniquilado. 2. O Estado uma fora especial de represso. Ela deve ser substituda pela fora de represso da burguesia pelo proletariado. (ditadura pelo proletariado).P.23Nisso consiste a abolio do estado como estado e o ato de posse dos meios de produo em nome da sociedade.3. O definhamento vem aps a revoluo socialista. S a Revoluo pode abolir o Estado burgus. O Estado em geral, isto , a plena democracia, s pode definhar.4. Ao dizer O estado morre essa formula dirigida contra os oportunistas e anarquistas. Porm a grande maioria esquece que a fala dirigida tambm aos oportunistas. Assim se escreve a histria, adulterando-a, at transforma-la em banalidade.P.24Estado livre do povo- programa e formula corrente dos social-democratas alemes de 1870. Sem contedo poltico, expresso burguesa da ideia de democracia. Exprimia uma democracia burguesa mas disfarada e a incompreenso da crtica socialista do Estado em geral. Na republica burguesa mais democrtica, a escravido assalariada o quinho do povo. Um Estado, seja ele qual for, no poder ser livre nem popular.P. 25 5. Revoluo Violenta- verdadeira apologia da revoluo. Engels- A violncia assume um papel revolucionrio, a arma com a qual o movimento social abre caminho e quebra formas polticas petrificadas e mortas. Porm, os oportunistas no se recordam dessa parte. Como conciliar essa ideia com a do definhamento do Estado?P.26A doutrina de Marx e Engels sobre a necessidade da revoluo violenta se refere ao estado burgus. Este s pode ceder lugar ao Estado proletrio, por meio da revoluo violenta e no por meio do definhamento.P.27A essncia de toda a doutrina de Marx e de Engels a necessidade de inocular sistematicamente nas massas essa ideia de a revoluo violenta. A omisso dessa propaganda marca com mais relevo a traio doutrinaria das tendncias social-patriotas e kautskystas. Substituio do Estado burgues: revoluo violenta.Abolio do estado proletrio: definhamento.

Aula 25 de maroEntender Hegel para entender Marx.Realidade:Conceito (geral) e Real (particular)O direito burgus instrumento da dominao ideolgica de classes.A histria humana comea quando os seres humanos so donos da prpria histria. Hegel- estado constitucional, Marx- Comunismo.Histria humana- como acontece a organizao para a apropriao da natureza para se apropriar da natureza. Principal: Como organizam o trabalho. Trabalho faz com que o ser humano se aproprie do trabalho. Trabalho: Tecnologia e como se organizam essas tecnologias. Trabalho: Propriedade: aqueles que tm e os que no tem.Todas as mudanas sociais so produto da apropriao da natureza. necessria uma unidade poltica que a garanta. Histria humana como produto da diviso de classes para a apropriao da natureza. Burguesia: a primeiro a ter conscincia de classe. O seu direito vem dos meios de produo.Para Hegel todos so burgueses, e o Estado o encontro entre conceito e real, o que para Marx errado. Na realidade, o corpo humano s mais um objeto, ento o homem no autnomo para ser burgus.O proletariado em si no tem conscincia de classe. Se ele produzir para si uma conscincia de classe vai perceber sua situao deteriorada. A consicencia de classe burguesa falsa, pois nem todos so burgueses, A consciencia de classe do proletariado no falsa, pois realmente existe uma distino de classe. O PROBLEMA no a propriedade privada, mas a propriedade privada dos meios de produo. LENIN

Livro The origin of the human comunication Michael Tomasello. O proletariado funda um partido para defender seus interesses para fazer a revoluo violenta.GRAMSCIA infraestrutura produz a superestrutura social. E as superestrutura reproduz a infraestrutura.Aparato que est dentro do Estado e fora dele e naturalizam a realidade: Bloco hegemnico= estabilizam e reproduz certos valores. Hegemonia preponderante- hegemonia burguesa. Essa hegemonia se reproduz por vrios meios= exercito, artes, educao, etc....Bloco hegemnico e a estrutura econmico-> bloco histria. Preciso fazer: Produzir uma conscincia de classe, que depende da produo de uma nova hegemonia. necessrio um partido do proletrio(subalterno) que alm de produzir uma consciencia de classe, criar tambm uma nova hegemonia. Desconstruir a ideia que a burguesia plantou nas pessoas. preciso uma viso de mundo alternativa em todas as reas capaz de disputar com a hegemonia burguesa que reproduzem o bloco histrico do capitalismo.Papel fundamental do intelectual que dispute essa viso de mundo. Espao de disputa na sociedade civil. Partido- Fazer propaganda da consciencia e convencer.