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Anotações 1 Ajudante de Carga e Descarga AJUDANTE DE CARGA E DESCARGA caderno do aluno

Anotações - Sest Senatcmsintranet.sestsenat.org.br/Arquivos Intranet... · todas as suas atividades. Ele precisa saber trabalhar em equi-pe, para desenvolver suas tarefas em um

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AJUDANTE DE CARGA E DESCARGA

caderno do aluno

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Diretoria Executiva GeralSuperintendência Técnica

Coordenação de Promoção Social e Desenvolvimento Profissional

Educação Profissional:Ajudante de Carga e Descarga

Modalidade Presencial

Caderno do Aluno

Elaboração, conteúdo técnico, diagramação e ilustraçãoEscola do Transporte

Dezembro/2008

Fale com o SEST/SENAT0800.7282891

www.sestsenat.org.br

Ajudante de carga e descarga : caderno do aluno. – Brasília : SEST/SENAT, 2008. 35 p. : il. 1. Transporte rodoviário de carga. 2. Movimentação de carga. I. Serviço Social do Transporte. II. Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte. III. Título. CDU 656.135

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AJUDANTE DE CARGA E DESCARGA

Unidade 1 – A função de ajudante de cargas e descargas. Como preparar cargas e descargas de mercadorias .........9Apresentação .............................................................................................................................................. 11Objetivos ...................................................................................................................................................... 11Introdução ................................................................................................................................................... 11Desenvolvimento ....................................................................................................................................... 121. O ajudante de carga e descarga – funções ...................................................................................... 12 2. Competências ........................................................................................................................................ 123. Preparar cargas e descargas de mercadorias ............................................................................... 134. Conclusão ............................................................................................................................................... 14Conclusão.................................................................................................................................................... 17Exercícios de fixação ................................................................................................................................ 18

Unidade 2 – Entregar e coletar encomendas; Movimentar mercadorias em caminhões; operar equipamentos de carga e descarga ........................................................................................................................ 19

Apresentação ............................................................................................................................................. 21Objetivos ..................................................................................................................................................... 21Introdução .................................................................................................................................................. 21Desenvolvimento ....................................................................................................................................... 211. Procedimentos de coleta e entrega de mercadorias .................................................................... 212. Procedimentos de carregamento e descarregamento da mercadoria ................................... 223. Operações de equipamentos de movimentação de cargas ....................................................... 23Conclusão................................................................................................................................................... 25Exercícios de fixação ............................................................................................................................... 25

Unidade 3 – Segurança e Qualidade; manusear cargas especiais; controlar qualidade dos serviços prestados ......27Apresentação ............................................................................................................................................ 29Objetivos .................................................................................................................................................... 29Introdução ................................................................................................................................................. 29Desenvolvimento ...................................................................................................................................... 291. Os requisitos para oferecer um serviço de qualidade ................................................................. 292. Cargas especiais .................................................................................................................................. 303. Segurança do trabalho ....................................................................................................................... 30Conclusão................................................................................................................................................... 34Exercícios de fixação ............................................................................................................................... 34

Referências Bibliográficas ....................................................................................................................................35

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APRESENTAÇÃO

Prezado Aluno,

Desejamos-lhe boas-vindas ao Curso de ajudante de carga e descarga. Vamos trabalhar juntos para desenvolver novos conhecimentos e aprofundar as competências que você já possui!

No início de cada unidade, você será informado sobre o conteúdo a ser abordado e os objetivos que se pretende alcançar.

O texto contém ícones com a finalidade de orientar o estudo, estruturar o texto e ajudá-lo na com-preensão do conteúdo. Você encontrará também situações extraídas do cotidiano, conceitos, exercícios de fixação e atividades de aprendizagem. Confira o significado de cada ícone:

O Curso de Ajudante de carga e descarga está dividido em unidades, conforme a seguinte estrutura:

Unidade 1 A função de ajudante de carga e descarga. Como preparar cargas e descargas de mer-cadorias

Unidade 2 Entregar e coletar encomendas; Movimentar mercadorias em caminhões; operar equi-pamentos de carga e descarga

Unidade 3 Segurança e Qualidade; manusear cargas especiais; controlar qualidade dos serviços prestados

Nesse sentido, esperamos que este Curso seja muito proveitoso para você! Nosso intuito maior é o de lhe apresentar dicas, conceitos e soluções práticas para ajudá-lo a resolver os problemas encontrados no seu dia-a-dia de trabalho com o transporte de cargas.

Bom estudo!

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A FUNÇÃO DE AJUDANTE DE CARGAS E DESCARGAS. COMO PREPARAR CARGAS E DESCARGAS DE MERCADORIAS

UNIDADE 1

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APRESENTAÇÃO

Na primeira unidade deste curso, serão apresentados conceitos relacio-nados à função do ajudante de carga e descarga, as suas competências e a qualidade necessária para o desempenho de suas tarefas. Vamos também co-nhecer as diversas etapas de preparação dos carregamentos de mercadorias.

OBJETIVOS

Os objetivos desta unidade são:

• Apresentar as funções do ajudante de carga e descarga;

• Identificar as responsabilidades e competências do profissional;

• Conhecer as etapas de preparação de carga e descarga de mercadorias.

INTRODUÇÃO

Ao longo desta unidade, vamos entender melhor a função de um ajudan-te de carga e descarga. Vale dizer que essa função é fundamental para que os processos de coleta e de entrega de mercadorias pelas transportadoras tenham um bom resultado e sejam realizados com rapidez e qualidade.

DESENVOLVIMENTO

1. O ajudante de carga e descarga – funções

A função do ajudante de carga e descarga de mercadorias é descrita na classificação brasileira de ocupações sob o código 7832-35. Nesse sentido, o ajudante prepara cargas e descargas de mercadorias, movimenta mercadorias em caminhões, entrega e coleta encomendas, manuseia cargas especiais, repara embala-gens danificadas e controla a qualidade dos serviços prestados. Além disso, opera equipamentos de carga e descarga, estabelece a comunicação, emitindo, recebendo e verificando mensagens, notificando e solicitando informações, autorizações e orienta-ções de transporte, embarque e desembarque de mercadorias com os clientes da transportadora.

Esses profissionais exercem suas funções em empresas de transporte ter-restre e naquelas onde as atividades são consideradas do ramo de transporte. Trabalham, dependendo da ocupação e do tamanho do veículo de transporte, em duplas ou em grupos, sob supervisão ocasional e também permanente, em ambientes fechados, a céu aberto e no interior dos veículos.

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2. Competências

Esse profissional deve demonstrar capacidade de atenção em todas as suas atividades. Ele precisa saber trabalhar em equi-pe, para desenvolver suas tarefas em um ambiente amigável. O ajudante de carga e descarga deve ser capaz de reconhecer seus limites de capacidade física.

A não observação disso pode colocar em risco a sua própria integrida-de física e a de seus colegas. Pela diversidade das tarefas, tipos de carga, lo-cais de embarque e desembarque, esse profissional tem que ter capacidade de adaptação. Deve demonstrar igualmente habilidade de comunicação verbal. O ajudante deve ter a capacidade de tomar iniciativa. O senso de responsabilida-de é imprescindível.

3. Preparar cargas e descargas de mercadorias

A preparação das cargas e descargas de mercadorias é de suma impor-tância nos processos logísticos. Entende-se por logística o processo de pla-nejamento, implantação e controle do fluxo eficiente e satisfatório de maté-rias-primas, estoques de produtos em processo de transformação, produtos acabados e informações relacionadas aos movimentos de mercadorias, desde um ponto de origem até os pontos de consumo.

Na preparação da carga e da descarga é importante ressaltar que a falta de conferência de dados, verificação das mercadorias ou um simples erro de conferência podem acarretar custos adicionais e/ou atrasos de entrega, e até mesmo a devolução da mercadoria. Portanto, antes de entregar as cargas, o ajudante deve realizar diversos procedimentos, tais como: verificar as notas fiscais, os volumes, as quantidades, a condição física das embalagens, conferir o destino, vistoriar as etiquetas nos paletes e contêineres e posicionar as em-balagens de forma a manter os produtos intactos.

3.1 – Os tipos de embalagem

No transporte de cargas, a função da embalagem é muito importante: ela protege contra os danos que podem ser causados durante a manipulação ou a viagem. Como são muitos os tipos de produtos transportados, as emba-lagens precisam ser diferentes e adequadas a cada produto. Para verificar se a mercadoria está adequadamente embalada, se a embalagem está em boas condições e se é compatível com o produto a ser transportado, o ajudante pre-cisa conhecer os tipos de embalagens usadas e os cuidados necessários na sua movimentação. Vamos ver como isso ocorre.

Caixa de Papelão

Usada para acondicionar produtos leves ou sensíveis, como brinquedos, remédios, ali-mentos, confecções, livros e eletrônicos.

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Caixa de Madeira

Usada para máquinas, equipamentos, ferramentas e ou-tros produtos que exigem embalagem rígida e fechada. São fáceis de empilhar, embora aumentem consideravelmente o peso do volume. Quase sempre pode ser usada como carga lastro, material usado para aumentar o peso e/ou manter a estabilidade de um objeto como no caso de um navio.

Engradado

Para embalar peças e equipamentos grandes ou de for-mas irregulares, difíceis de arrumar, como vidros de carro e pára-brisas, latarias de automóveis, motos, peças de fibra etc.

Feixe (amarrado)

Para produtos resistentes, mas difíceis de serem em-balados e que não necessitam de muita proteção durante o transporte, como vassouras, picaretas, tubos plásticos, ferragens etc.

Sacos

Para embalar alimentos como arroz, feijão, milho e cereais, materiais de construção como cal e cimento. Podem ser de papel multifoliado, de juta, algo-dão ou plástico.

Tambor, Botijão e Cilindro

Os tambores transportam produtos a granel, diversos produtos sólidos, líquidos, pastosos, em pó e granulados. Já os botijões e cilindros só poderão ser transportados se esti-verem vazios.

Tamborete

Para produtos líquidos ou em pó, como sucos e sabão em pó.

Bombona

Transportam diversos produtos em estado líquido e pastosos, como óleos comestíveis e alimentos.

Lata

Transportam diversos produtos em estado líquido e pas-toso, como óleos comestíveis, alimentos, tinta e massa corrida.

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Alguns cuidados são importantes para todos os tipos de embalagens:

• Evite arrastar, jogar ou pisar em cima;

• Deve-se ter cuidado com as pontas das embalagens, pois estas po-dem danificar outras embalagens;

• Evite colocá-las em lugares úmidos;

• Evite pancadas;

• No caso de engradados, ao colocar peso sobre eles, cuide que este-jam distribuídos sobre as ripas e que essas ofereçam resistência ao peso. De forma geral segue as informações contidas nas embalagens sobre as condições de empilhamento.

3.2 Os Símbolos

Os símbolos contidos nas embalagens são fundamentais no trabalho do ajudante de carga e descarga de mercadorias, pois orientam a forma de disposição e de manuseio e o transporte do material nos veículos. Assim, toda embalagem que acondicio-na mercadorias recebe um símbolo, ou grupo de sím-bolos, que servem para informar uma série de dados e procedimentos relativos ao manuseio e transporte da mercadoria. Vamos ver a seguir alguns tipos de símbolos e seus significados.

A codificação das embalagens é internacional e, portanto, você poderá encontrar esses símbolos em embalagens de qualquer procedência do mundo. Observe alguns dos símbolos que são usados com maior freqüência:

A seguir, são apresentados alguns cuidados importantes que o ajudante deve observar para não danificar os produtos e as embalagens. Esses cuidados são ilustrados nas embalagens na forma dos símbolos.

O número indica o número máximo de volumes de cargas idênti-cas que podem ser empilhados.

Armazenar em local protegido do sol.

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Transportar e armazenar na faixa de temperatura indicada.

Transportar e armazenar no sentido indicado.

Cuidado! Conteúdo frágil.

Pode ser transportado e armazenado em qualquer sentido.

Proteger da água ou chuva.

Cuidado! Conteúdo tóxico.

A observação dessas recomendações é fundamental para a realização de uma tarefa de qualidade na coleta e na entrega e para atender às expecta-tivas do cliente.

3.3 Documentação para o transporte.

O transporte de mercadorias só pode ser efetuado mediante documen-tação apropriada. A documentação é obrigatória por lei e é a base para os cálculos das cargas tributárias.

É fundamental, ao preparar as cargas, conferir a documentação obrigató-ria e as exigidas pela transportadora. O ajudante deve também conferir as infor-mações das notas fiscais com a carga física a ser transportada no veículo.

Ao menor sinal de qualquer erro – quer seja quantidade diferente da contratada, mercadoria trocada, estragada ou faltante –, o ajudante deve ime-diatamente sinalizar ao responsável para que as devidas providências sejam tomadas.

Os documentos de transporte devem conter as seguintes informações:

a) Notas Fiscais

• Endereço do fornecedor;

• Número do fornecedor;

• Endereço do destinatário (planta ou local de entrega);

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• Quantidade total e quantidades por produto;

• Número da nota;

• Número do pedido de origem;

• Número do lote/data de vencimento.

b) Conhecimento de transporte

O conhecimento de transporte é documento obri-gatório para qualquer carga, que circule em território brasileiro, independente de sua origem. A transportado-ra que efetua o transporte é responsável pela emissão desse documento.

c) Em caso de cargas perigosas

No caso de transporte de cargas perigosas, o documento fiscal de produ-tos perigosos deve conter, para cada substância e artigo objeto do transporte, as informações a seguir:

• O nome apropriado para embarque;

• A classe ou a subclasse do produto, acompanhada, para a Classe 1, da letra correspondente ao grupo de compatibilidade. Nos casos de exis-tência de risco(s) subsidiário(s), poderão ser incluídos os números das classes e subclasses correspondentes, entre parênteses, após o número da classe ou subclasse principal do produto;

• O número ONU, precedido das letras “UN” ou “ONU” e o grupo de em-balagem da substância ou artigo;

• A quantidade total por produto perigoso abrangido pela descrição (em volu-me, massa, ou conteúdo liquido de explosivos, conforme apropriado). Quando se tratar de embarque com quantidade limitada por unidade de transporte, o documento fiscal deve informar o peso bruto do produto expresso em quilo-grama (RESOLUÇÃO Nº 1.644, DE 26 DE SETEMBRO DE 2006).

Não se exige documento fiscal separado para produtos perigosos quan-do uma expedição contiver tanto produtos perigosos quanto não-perigosos, nem há restrição quanto ao número de descrições de produtos.

Alem desses documentos, esses outros também devem estar disponíveis no veículo:

• Ficha de Emergência: deve conter informações sobre a classificação do produto perigoso, risco que apresenta e procedimentos em caso de emergência, primeiros socorros e informações ao médico;

• Envelope para Transporte: apresenta os procedimentos genéricos para o atendimento emergencial, telefones úteis e identificação das empresas transportadoras e expedidoras dos produtos perigosos;

• Certificado de Capacitação para o Transporte de Produtos Perigosos à Granel: documento expedido pelo INMETRO (Instituto Nacional de Metro-logia e Normalização e Qualidade Indústrial) empresa por ele credencia-da, que comprova a aprovação do veículo (caminhão, caminhão trator e chassis porta contêiner) ou equipamento (tanque, vaso para gases etc.) para o transporte de produtos perigosos a granel (sem embalagem). Para

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o transporte de carga fracionada (embalada), este documento não é obri-gatório. Também não é exigido para o contêiner-tanque;

• Certificado de Conclusão do Curso de Movimentação de Produtos Peri-gosos (MOPP): somente é obrigatório o porte deste documento, quando o campo de observações da Carteira Nacional de Habilitação não apresen-tar a informação “Transportador de Carga Perigosa”. Essa informação deve ser inserida no ato da renovação do exame de saúde do condutor;

• Guia de Tráfego: obrigatório para o transporte de Produtos Controla-dos pelo Exército (explosivo, entre outros);

• Declaração do Expedidor de Material Radioativo e Ficha de Monitora-ção da Carga e do Veículo Rodoviário: obrigatório para os produtos clas-sificados como radioativos, expedido pela CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear);

• Outros: existem documentos previstos por outras legislações, conforme o produto transportado, ou o município por onde o veículo transitar. Há tam-bém documentos previstos pela Polícia Federal, por órgãos de meio ambien-te, para o transporte de resíduos. No município de São Paulo deve-se portar a Autorização Especial para o Transporte de Produtos Perigosos.

3.4 Pesagem e cubagem

Uma das funções importantes do ajudante é a verificação do peso e da cubagem da mercadoria a ser transportada no veículo. Cubagem é a relação peso X espaço que a mercadoria ocupa. Materiais de grandes dimensões e pou-co peso costumam ser cubados. Exemplo: geladeiras, televisores 29, lavadoras de roupas, entre outros. Para determinar a cubagem do produto deve-se pri-meiro certificar se o mesmo está embalado adequadamente para o transporte. Após o produto ser embalado, verificam-se as dimensões, sendo elas: altura, largura e comprimento. O volume da mercadoria será dado pela multiplicação dessas três dimensões.

Assim, há necessidade de se verificar se o volume que será transportado pode ser colocado no interior da carroceria do veículo. O espaço ocupado por um determinado produto no compartimento de carga do veículo é medido em

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metros cúbicos (m³) e o volume, que é determinado multiplicando altura, lar-gura e comprimento, expressos em metros.

Outro aspecto importante a ser observado é a densidade de um produto, ou seja, a divisão do volume pelo peso do produto em kg. Esse parâmetro é im-portante para a boa ocupação dos espaços da carroceria no transporte. Dessa forma, é preferível transportar produtos desmontados e bem compactos para colocar maior quantidade de mercadorias nos caminhões, tornando o produto mais denso.

3.5 Marcação de volumes

Uma providência importante que deve ser tomada pelo ajudante é a cor-reta marcação dos volumes de um despacho, para facilitar sua conferência, o trânsito seguro, contribuindo com a prevenção de embarques errados ou de extravios de mercadorias.

A marcação dos volumes pelo remetente, embora pareça desnecessária, é de fundamental importância para o transportador, principalmente se uma única nota fiscal acobertar mais de um volume.

Apesar de todo cuidado no manuseio dos volumes, muitas vezes os pro-dutos são extraviados. Portanto, se neles estiver marcado os números do CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) do remetente e do destinatário e o nú-mero da nota, não haverá problemas - a localização será rápida. Atualmente, as etiquetas de código de barras auxiliam consideravelmente na marcação dos volumes despachados.

CONCLUSÃO

Nesta unidade procuramos dar uma visão ampla da função de ajudante e de suas responsabilidades. Nesse sentido, conhecer os tipos de embalagens, as identificações pertinentes, assim como a documentação que acompanha as mercadorias é de suma importância. Possuindo esses conhecimentos, o aju-dante pode movimentar, manusear, entregar e coletar os produtos com quali-dade, segurança e eficiência.

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Marque com um “X” a(s) alternativa(s) correta(s)

1) São exemplos de funções do ajudante de carga e descarga:

( ) Conferir e calibrar os pneus.

( ) Movimentar mercadorias.

( ) Operar equipamentos de carga e descarga.

( ) Verificar ordem de entrega.

2) O transporte de mercadorias só pode ser feito mediante documenta-ção apropriada. O ajudante não precisa conferir a documentação. Essa tarefa é de responsabilidade do conferente da empresa cliente.

( ) Certo ( ) Errado

3) A marcação dos volumes é de fundamental importância para o trans-portador, principalmente se uma nota fiscal acobertar mais de um volume.

( ) Certo ( ) Errado

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ENTREGAR E COLETAR ENCOMENDAS; MOVIMENTAR MERCADORIAS EM CAMINHÕES; OPERAR EQUIPAMENTOS DE CARGA E DESCARGA

UNIDADE 2

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APRESENTAÇÃO

Nesta segunda unidade serão apresentadas as atividades relacionadas à entrega e coleta de encomendas. Serão abordados as noções básicas de movi-mentação de mercadorias e os procedimentos de operação dos equipamentos de carga e descargas acessíveis ao ajudante.

OBJETIVOS

Os objetivos desta unidade são:

• Conhecer os procedimentos para coletar e entrega de mercadorias;

• Conhecer os procedimentos para carregamento e descarregamento de cargas;

• Possuir noção de operação de equipamentos de carga e descarga.

INTRODUÇÃO

O ajudante de carga e descarga precisa conhecer os procedimentos téc-nicos de entregas e coletas de mercadoria para apoiar o motorista nas ope-rações. Ele precisa ter noções de conferência de carga, de movimentação de mercadorias e de utilização de equipamentos de carga e descarga como as paleteiras manuais, para cumprir sua função com qualidade e eficiência.

INTRODUÇÃO

1. Procedimentos de coleta e entrega de mercadorias

Ao realizar uma coleta, a empresa de transporte assume total respon-sabilidade em relação à integridade do produto coletado. Portanto, cabe ao ajudante a responsabilidade de garantir essa integridade, conferindo a carga coletada ou entregue.

Assim, alguns itens devem ser conferidos e observados no decorrer de uma coleta:

• Verificar se o volume e a quantidade de mercadoria a ser coletada, es-tão de acordo com o que foi especificado na Nota Fiscal;

• Verificar as etiquetas de identificação dos volumes;

• Observar se os volumes estão lacrados, sem sinal de violação;

• Verificar se todos os volumes estão marcados. Caso contrário, o aju-dante deve comunicar o fato ao motorista e providenciar a marcação.

Além dessas tarefas, o ajudante precisa organizar as encomendas, con-ferindo o endereço de entrega ou de coleta. A utilização de equipamentos do tipo GPS (Sistemas de Geoposicionamento por Satélite) pode facilitar a confe-rência e localização dos endereços dos clientes.

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Nas operações de coleta ou entrega de mercadorias, o ajudante deve planejar e organizar a distribuição das mercadorias no interior do veículo, conforme destino e seqüência de entrega. Nesse sentido, é recomendável que sejam carregadas no veículo, primeiramente as mercadorias que serão entre-gues por último, e em seguida é recomendado que se finalize o carregamento com as mercadorias que serão entregues em primeiro lugar.

O ajudante deve ter uma visão bem detalhada do destino das cargas antes de planejar o carregamento do veículo. Esse pla-nejamento deve ser repassado pelo responsável da empresa, que muitas vezes é representado pelo conferente de carga da empresa, ou pelo gerente de transporte ou de armazenagem, ou pelo supervisor de tráfego.

2. Procedimentos de carregamento e descarrega-mento da mercadoria

O ajudante realiza a movimentação de cargas, na maioria dos casos, no espaço limitado às plataformas de carga e descarga ou às docas dos arma-zéns. Mesmo assim, ele necessita conhecer algumas recomendações de segu-rança para a movimentação das cargas, prevenindo acidentes e preservando sua saúde.

O processo de trabalho deve ser idealizado de forma a evitar o manu-seio de objetos pesados, devendo, sempre que possível, fazer uso de sistemas mecânicos para a movimentação de cargas.

Antes de descarregar ou carregar mercadorias, o ajudante deve tomar conhecimento dos meios de movimentação dis-poníveis, fixos ou móveis, adequados aos tipos de cargas.

O ajudante pode utilizar como equipamentos de movimentação as pale-teiras manuais ou elétricas ou material fixo como esteira rolante. Para operar os demais equipamentos, como por exemplo, as empilhadeiras, ele necessitará de curso básico de qualificação profissional para Operação de Empilhadeiras, conforme NR 11 - TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E MANU-SEIO DE MATERIAIS (Publicação. D.O.U 06/07/78.. Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978).

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É de suma importância que, antes de qualquer movimentação de carga, o ajudante faça uso dos equipamentos de proteção individuais necessários - EPI (luvas, sapatos, proteções auditivas etc.). Na unidade 3 deste curso vere-mos com mais detalhes esse assunto.

3 – Operações de equipamentos de movimentação de cargas

Os equipamentos mais utilizados pelos ajudantes de carga e descarga são as paleteiras manuais ou elétricas.

A utilização de paleteiras não necessita de curso de capacitação es-pecífico, porém exige que alguns procedimentos sejam observados para evitar acidentes.

Os tipos mais conhecidos e utilizados de paleteiras são:

• Carrinho plataforma: destinado ao transporte e movimentação de car-gas leves com capacidade de carga até 500kg;

• Carinho de mão vertical: possibilita a movimentação de caixas e sacos com capacidade de carga de 200 até 250kg;

• Paleteiras manuais e paleteiras elétricas ou hidráulicas, com ou sem balança: são aparatos de levantamento baixo, usados somente para car-regar cargas paletizadas. Elas oferecem levantamento e abaixamento estáveis, de fácil operação, segurança e confiabilidade. São adequadas para serem usadas em pisos rígidos e plano. A capacidade de carga pode chegar até 2500 kg.

Para usar as paleteiras, o ajudante deve observar as seguintes recomen-dações e advertências:

a) Ler as instruções cuidadosamente e compreender os recursos da pa-leteira, principalmente se o equipamento possui balança e impressora antes da operação;

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b) Levantar o gatilho um pouco ao carregar a paleteira, controlando-o para fazer com que a ela desça suavemente. Nunca arrastar o disparo com muita for-ça porque pode danificar a paleteira com balança e impressora e a carga;

c) Não mover o braço apressadamente ou freqüentemente;

d) O carregamento rápido dos garfos não é permitido;

e) Não sobrecarregar a paleteira, pois ela trabalhará nas melhores condições;

f) O centro de gravidade da carga deve ser posicionado entre os dois garfos. A carga desbalanceada pode fazer com que a paleteira tombe após a elevação da carga;

g) Cargas soltas ou instáveis não são permitidas;

h) Não deixe a carga no corpo da paleteira por muito tempo;

i) Arrastar descuidadamente a paleteira é proibido quando os garfos es-tiverem a mais de 30 cm acima do solo;

j) Mantenha os garfos na posição mais baixa quando a paleteira não es-tiver trabalhando;

k) É proibido carregar pessoas na paleteira e também não é permitido que pessoas permaneçam nos garfos. Não é permitido que o operador coloque nenhuma parte do seu corpo sob a carga;

l) A paleteira é adequada para piso liso, rígido e plano. Não utilize a pa-leteira em rampas;

m) Quando a paleteira manual não estiver em operação, certifique-se de que os garfos estão na posição mais baixas e os componentes elétricos estão desligados.

CONCLUSÃO

Nesta unidade apresentamos as noções básicas para coletar, entregar e movimentar cargas. Além dessas instruções básicas, o ajudante deverá sem-pre estar ciente das exigências particulares de entrega e coleta estipuladas pe-los fornecedores e clientes. Essas normas internas dos clientes e fornecedores poderão ampliar ou reduzir o campo de atividade do ajudante.

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Marque com um “X” as alternativas corretas:

1) A Ao coletar e entregar mercadorias, o ajudante de carga e descarga deve:

( ) Verificar a quantidade de volumes.

( ) Verificar as etiquetas de identificação dos volumes.

( ) Verificar o conteúdo dos volumes visualmente.

( ) Verificar todas as marcações dos volumes.

2) O ajudante de carga e descarga pode utilizar qualquer equipamento de movimentação de carga.

( ) Certo ( ) Errado

3) As paleteiras manuais ou elétricas têm capacidade de carga que pode chegar até 250 kg:

( ) Certo ( ) Errado

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SEGURANÇA E QUALIDADE; MANUSEAR CARGAS ESPECIAIS; CONTROLAR QUALIDADE DOS SERVIÇOS PRESTADOS

UNIDADE 2

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APRESENTAÇÃO

Nesta unidade apresentaremos as recomendações e normas para que o ajudante possa trabalhar com qualidade e em total segurança.

OBJETIVOS

Os objetivos desta unidade são:

Apresentar os requisitos para realizar um trabalho de qualidade;

Conhecer os procedimentos para manusear cargas especiais;

Conhecer as normas de segurança e de manipulação de produtos exigidas pela função.

INTRODUÇÃO

O ajudante de carga e descarga tem função importante na oferta de um serviço de qualidade ao cliente. O trabalho do ajudante é fundamental para que a carga seja entregue em boas condições. Ele é responsável, muitas vezes, por manusear cargas especiais e cargas perigosas que requerem cuidados especí-ficos, principalmente no que se refere às normas de segurança do trabalho.

DESENVOLVIMENTO

1. Os requisitos para oferecer um serviço de qualidade

1.1 Relação com os clientes

Para que os serviços do ajudante sejam realizados com qualidade, é ne-cessário observar alguns procedimentos no tratamento e no diálogo com os clientes. Ao entregar ou coletar a mercadoria, o ajudante estabelece contato com diversas pessoas que representam os clientes. Logo, é importante obser-var algumas regras básicas:

• Não seja grosseiro e mal-educado, trate as pessoas com gentileza e edu-cação;- Sempre cumprimente as pessoas, antes de iniciar a conversa;

• Seja cordial com o cliente;

• Peça, por favor, a tudo e a todos;

• Agradeça sempre.

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1.2 Planejamento

Além dessas normas de comportamento, a qualidade contempla também os serviços prestados. Por isso, sempre controle o tempo de execução dos serviços. A demora ou atraso pode acarretar problemas, reclamações dos clientes e pode ainda danificar produtos sensíveis. Caso haja atrasos, entre em contato com a em-presa para que ela fique ciente do imprevisto e comunique isso aos clientes.

1.3 Cuidados com a mercadoria

Qualidade de serviço significa qualidade nos cuidados aos produtos du-rante seu manuseio. Por isso é importante:

• Quando o tipo de carga exige, envolvê-la com plástico ou rede, de forma a proteger a mercadoria de quedas que podem danificá-la, assim como a sua embalagem;

• Protejer as mercadorias de condições climáticas desfavoráveis, cobrin-do-a com uma lona, por exemplo como no caso de embalagens sensíveis (caixa de papelão, de madeira,engradados de madeiras);

• Seguir sempre as recomendações constantes das embalagens para não danificar ou manipular as mercadorias incorretamente;

• Para não danificar as cargas, é fundamental controlar os limites de em-pilhamentos recomendados. Lembrando-se, também, que o peso excessi-vo pode romper as embalagens e danifi-car seriamente as mercadorias;

• Para manusear as embalagens de for-ma segura, observar as indicações visí-veis nas embalagens.

2. Cargas especiais

As cargas especiais e produtos perigosos representam uma pequena par-cela (cerca de 2% dos veículos pesados que transitam nas rodovias) das cargas movimentadas nas rodovias do Brasil. Porém, essas cargas exigem atenção es-pecial do ajudante por apresentarem riscos à saúde e segurança do ajudante.

Cargas perigosas são aquelas constituídas por produtos, subs-tâncias efetivas ou parcialmente nocivas à população, seus bens e ao meio ambiente como cargas pesadas, pedras, minérios, ma-deiras, resíduos orgânicos, lixos urbanos etc., além daquelas con-sideradas como produtos perigosos pela legislação.

Produto perigoso é toda e qualquer substância que, dadas às suas características físicas e químicas, possa oferecer durante o transporte riscos à segurança pública, à saúde das pessoas e ao meio ambiente. De acordo com os critérios de classificação da ONU, publicados por meio da Portaria nº 204/97 do Ministério dos Transportes, esses produtos são classificados com base no tipo de risco que apresentam.

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2.1 Simbologia

No Brasil, a simbologia de risco está normatizada pela ABNT (Associa-ção Brasileira de Normas Técnicas), NBR 7.500, e é a mesma adotada pela ONU (Organização das Nações Unidas) em convenção internacional da qual o país é participante.

A classificação adotada para os produtos ditos perigosos, considerando o tipo de risco que apresentam e, de acordo com as Recomendações para o Transporte de Produtos Perigosos das Nações Unidas, é organizada da seguin-te maneira:

Classe 1 – Explosivos;

Classe 2 – Gases comprimidos, liquefeitos, dissolvidos sob pressão;

Classe 3 – Líquidos inflamáveis;

Classe 4 - Sólidos inflamáveis e substâncias sujeitas à combustão espontânea;

Classe 5 – Substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos;

Classe 6 – Substâncias tóxicas (venenosas) e infectantes;

Classe 7 – Substâncias radioativas;

Classe 8 – Corrosivos;

Classe 9 – Substâncias perigosas diversas.

2.2 Códigos de Risco

Os Códigos de Risco são aqueles que indicam o tipo e a intensidade do ris¬co, e são formados por dois ou três algarismos. A importância do risco é registrada da esquerda para a direita. A Tabela a seguir mostra exemplos de códigos de risco.

Código Significado

33 Líquido muito inflamável

72 Gás radioativo

60 Substância tóxica ou nociva

83 Substância corrosiva, inflamável

Tabela: códigos de risco

2.3 Painéis de Segurança

Os Painéis de Segurança são placas retangulares (com dimensões de 30 cm de altura x 40 cm de comprimento), de cor laranja, nos quais são alocados os números de risco (no máximo, 4 campos na cor preta) na parte superior e o número da ONU (Organização das Nações Unidas) na parte inferior, com 4 algarismos na cor preta. A letra “X”, presente em alguns painéis antes dos algarismos indica que a substância reage perigosamente com água. Os exem-plos abaixo facilitam o entendimento.

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X 338

1242

80

2582

2.4 Rótulo de Risco

Os rótulos de risco têm a forma de um quadrado, apoiado sobre um de seus vértices, com dimensões mínimas de 10cm por 10cm, com uma linha da mesma cor do símbolo, a 0,5cm da borda e paralela a seu perímetro. Podem ser usados rótulos menores em embalagens que não comportem os rótulos estipulados, sempre que as exigências específicas permitirem o uso de emba-lagens com dimensões inferiores a 10cm de lado.

A fiscalização do transporte rodoviário de produtos perigosos, em todo o país, é feita pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO), por meio dos órgãos integrantes da Rede Nacional de Metrologia Legal (IPEM – Instituto de Pesos e Medidas - Órgão Estadual), que atuam em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal, na fiscalização do trans-porte dessas cargas.

3 .Segurança do trabalho

No manuseio das cargas, o ajudante se expõe a determinadas situações de risco para sua saúde. Portanto, deve sempre tomar algumas precauções:

• Uso constante dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI);

• Postura correta na manipulação das cargas: a ergonomia.

X = reage perigosamente com água ; 33 = Líquido muito inflamável; 8 = corrosivo;

1242 = Número da ONU do METILDICLOROSSILANO

8 = corrosivo; 0 = não é necessário outro número de risco

2582 = Número da ONU do CLORETO FÉRRICO, Solução

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a) Equipamentos de Proteção Individual (EPI)

A Utilização dos equipamentos de proteção individual EPI é disciplinada por Norma Regulamentadora (NR) do Ministério do Trabalho e Emprego. Na manipulação de mercadorias é importante que o ajudante tenha consciência dos riscos a que se expõe, em função do local de coleta e de entrega, da natu-reza da mercadoria, dos equipamentos de movimentação, do tipo de embala-gem e, em conseqüência, utilizar os EPI adequados.

Os equipamentos de proteção individual básicos que o ajudante deve utilizar para atividades relacionadas à carga e descarga de mercadoria não perigosa, são: vestuário normal (calça, camisa, sapato ou bota de segurança), de preferência com a identificação da empresa. O uso de capacete é recomen-dado nos casos em que a manipulação da carga pode originar acidentes, tais como a queda de objetos.

Já no caso de transporte de cargas perigosas, tanto o ajudante como o motorista devem utilizar EPI conforme o tipo de produto e risco apresentado por ele. A norma NBR 9734 especifica a composição do conjunto de equipa-mentos de proteção individual (EPI) a ser utilizado no transporte rodoviário de produtos perigosos, para cada classe de risco.

Para o transporte concomitante de produtos perigosos de grupos de EPI diferentes, a máscara panorâmica prevalece sobre as outras máscaras quando pelo menos uns dos grupos transportados exigir o seu uso.

b) Ergonomia

A ergonomia estuda a situação de trabalho do agente (atividade, am-biente, posto de trabalho, condições etc.) a fim de buscar o máximo de con-forto, segurança, eficiência e melhoria das condições de trabalho existentes. Nesse sentido, algumas recomendações devem ser observadas no manuseio manual das cargas. São elas:

• Quando houver levantamento de peso o ajudante deve usar o esforço das pernas deixando-as com abertura adequada;

• Em seguida, deve estender os braços e levantar-se;

• Depois, deve centralizar a carga em relação ao seu corpo;

• E realizar o deslocamento, mantendo a carga próxima ao corpo.

Um outro exemplo de procedimento é para o levantamento e transporte de sacos. Veja a seguir quais são os cuidados que devem ser tomados:

• Para levantar o saco do piso, manter a cabeça e costas em linha reta;

• Levantar com o esforço das pernas, deixando-as com abertu-ra adequada;

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• Apoiar o saco sobre o ombro;

• Segurar com firmeza, iniciando o transporte com as cos-tas retas.

O desrespeito a esses procedimentos pode ocasionar diversas lesões, tais como: cortes, perfurações, dores lombares (lombalgias), entorses, disten-sões musculares, hérnias, entre outras, podendo resultar em incapacitação to-tal ou parcial para o trabalho.

CONCLUSÃO

Qualidade e segurança são conceitos importantes na atividade do aju-dante de carga e descarga e são dois requisitos do serviço fortemente inter-ligados. Ao trabalhar com qualidade, além de satisfazer os clientes, você ga-rantirá melhores condições para seu trabalho, satisfação pessoal e assegurará sua integridade física. Por isso, é fundamental sempre procurar aprimorar os conhecimentos para crescer nessa função.

Marque com um “X” a única alternativa correta:

1) A qualidade do serviço requer diversos cuidados do ajudante de carga e descarga. Nesse caso o ajudante não deve:

( ) Demorar na entrega ou coleta de mercadoria.

( ) Empilhar embalagens sem controle dos riscos.

( ) Proteger as embalagens em caso de intempéries.

( ) Ser grosseiro ou impertinente com os clientes.

2) Esse símbolo significa que as embalagens contêm bebidas como vi-nhos ou licores.

( ) Certo ( ) Errado

3) Ao manusear a carga, o ajudante pode colocar-se em situações que provocam prejuízo ao organismo e produzem acidentes e conseqüentes lesões, principalmente em caso de manuseio manual de cargas.

( ) Certo ( ) Errado

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MESSIAS, S. B. Manual de administração de materiais. São Paulo: Editora Atlas, 2003.

VIANA, J. J. Administração de materiais: um enfoque prático. São Paulo: Atlas, 2002.

MOURA, R. A. Sistemas e Técnicas de Movimentação e Armazenagem de Materiais. São Paulo: IMAM, 1998.

MOURA, R. A. Logística: suprimentos, armazenagem, distribuição física.

São Paulo: IMAM, 1989.