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Anual Noturno Direito Tributário Ricardo Alexandre Data: 29/06/2012 Aula 37 ANUAL NOTURNO – 2012 Anotador(a): Juliana Brito Complexo Educacional Damásio de Jesus RESUMO SUMÁRIO 1.1. Suspensão 2. Extinção do Crédito Pontos relevantes Continuação f) Parcelamento: Após a edição da Lei Complementar 118/2005, disciplinando o parcelamento relativo aos créditos tributários do devedor em recuperação judicial. Previu-se uma lei específica sobre as condições de parcelamento dos créditos tributários do devedor em recuperação judicial. Trata-se de uma lei que é específica em relação a outra lei também específica. Cada ente federado terá a edição de duas leis específicas sobre parcelamento de créditos tributários no âmbito da respectiva esfera, a primeira trata genericamente do parcelamento. A segunda lei tratará especificamente do parcelamento dos débitos da empresa em recuperação judicial. A título de exemplo, suponha-se que a lei geral de parcelamento da União estipule um prazo máximo (para quitação) de 60 meses, que a lei específica federal para parcelamento dos débitos do devedor em recuperação judicial estipule um prazo máximo de 84 meses, e que a lei geral do Estado de Pernambuco estipule um prazo máximo de 72 meses para o parcelamento dos respectivos créditos. Pernambuco tem autonomia para editar lei disciplinando, no seu âmbito, as regras para parcelamento dos débitos dos devedores em recuperação judicial. A lógica indica que o faça estipulando condições mais facilitadas que aquelas previstas em sua lei geral. Caso Pernambuco não edite a segunda lei, o devedor beneficiário da sistemática possuirá o direito de parcelar seus débitos usando a lei geral do Estado, mas, como o prazo máximo previsto nesta lei (72 meses) é inferior ao previsto na lei federal específica (84 meses), é direito do devedor utilizar o prazo previsto nesta última norma. Não se trata de aplicação integral da lei federal. O parcelamento seguirá as regras constantes da lei geral de parcelamento do Estado de Pernambuco. Apenas o prazo a ser utilizado será o da lei federal específica (por ser maior).” 2. Extinção do Crédito: Art. 156, do CTN – Pontos relevantes Art. 156. Extinguem o crédito tributário: I - o pagamento; II - a compensação; III - a transação; IV - remissão; V - a prescrição e a decadência; VI - a conversão de depósito em renda; VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no artigo 150 e seus §§ 1º e 4º; VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164; IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória; X - a decisão judicial passada em julgado. XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei.

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  • Anual Noturno

    Direito Tributrio Ricardo Alexandre Data: 29/06/2012

    Aula 37

    ANUAL NOTURNO 2012 Anotador(a): Juliana Brito

    Complexo Educacional Damsio de Jesus

    RESUMO

    SUMRIO 1.1. Suspenso 2. Extino do Crdito Pontos relevantes

    Continuao f) Parcelamento: Aps a edio da Lei Complementar 118/2005, disciplinando o parcelamento relativo aos crditos tributrios do devedor em recuperao judicial. Previu-se uma lei especfica sobre as condies de parcelamento dos crditos tributrios do devedor em recuperao judicial. Trata-se de uma lei que especfica em relao a outra lei tambm especfica. Cada ente federado ter a edio de duas leis especficas sobre parcelamento de crditos tributrios no mbito da respectiva esfera, a primeira trata genericamente do parcelamento. A segunda lei tratar especificamente do parcelamento dos dbitos da empresa em recuperao judicial. A ttulo de exemplo, suponha-se que a lei geral de parcelamento da Unio estipule um prazo mximo (para quitao) de 60 meses, que a lei especfica federal para parcelamento dos dbitos do devedor em recuperao judicial estipule um prazo mximo de 84 meses, e que a lei geral do Estado de Pernambuco estipule um prazo mximo de 72 meses para o parcelamento dos respectivos crditos. Pernambuco tem autonomia para editar lei disciplinando, no seu mbito, as regras para parcelamento dos dbitos dos devedores em recuperao judicial. A lgica indica que o faa estipulando condies mais facilitadas que aquelas previstas em sua lei geral. Caso Pernambuco no edite a segunda lei, o devedor beneficirio da sistemtica possuir o direito de parcelar seus dbitos usando a lei geral do Estado, mas, como o prazo mximo previsto nesta lei (72 meses) inferior ao previsto na lei federal especfica (84 meses), direito do devedor utilizar o prazo previsto nesta ltima norma. No se trata de aplicao integral da lei federal. O parcelamento seguir as regras constantes da lei geral de parcelamento do Estado de Pernambuco. Apenas o prazo a ser utilizado ser o da lei federal especfica (por ser maior). 2. Extino do Crdito: Art. 156, do CTN Pontos relevantes

    Art. 156. Extinguem o crdito tributrio:

    I - o pagamento;

    II - a compensao;

    III - a transao;

    IV - remisso;

    V - a prescrio e a decadncia;

    VI - a converso de depsito em renda;

    VII - o pagamento antecipado e a homologao do lanamento nos termos do disposto no artigo 150 e

    seus 1 e 4;

    VIII - a consignao em pagamento, nos termos do disposto no 2 do artigo 164;

    IX - a deciso administrativa irreformvel, assim entendida a definitiva na rbita administrativa, que no

    mais possa ser objeto de ao anulatria;

    X - a deciso judicial passada em julgado.

    XI a dao em pagamento em bens imveis, na forma e condies estabelecidas em lei.

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    Pargrafo nico. A lei dispor quanto aos efeitos da extino total ou parcial do crdito sobre a ulterior

    verificao da irregularidade da sua constituio, observado o disposto nos artigos 144 e 149.

    a) Contagem do prazo decadncia principalmente por lanamento por homologao. Deve ser ajuizada ao de execuo fiscal. O prazo que tem para ajuizar execuo fiscal decadencial de 5 anos e prescrio 5 anos. Antes do lanamento conta-se decadncia, aps o lanamento conta-se prescrio. O prazo para lanar estuda-se decadncia!!! O prazo para executar estuda-se prescrio!!! Quem paga decado ou prescrito tem direito a restituio!! Art. 156, V, do CTN, pagaram crditos extintos, portanto, o fisco tem que devolver. Os tribunais superiores entenderam que o contribuinte tem direito a restituio para ambos. b) Termo inicial do prazo decadencial: O CTN estipula algumas regras: 1) Art. 173, I, do CTN, s se aplica lanamento de ofcio e por declarao. de 5 anos contados do primeiro dia seguinte que o tributo poderia ter sido lanado. Exemplo IPTU 01.01.12, portanto, no dia 02 j poderia cobrar. Durante o primeiro ano ele j pode lanar.

    Art. 173. O direito de a Fazenda Pblica constituir o crdito tributrio extingue-se aps 5 (cinco) anos,

    contados:

    I - do primeiro dia do exerccio seguinte quele em que o lanamento poderia ter sido efetuado;

    2) Regra da antecipao da contagem art. 173, pargrafo nico, do CTN (cria uma exceo ao inciso I) o fisco faz inicio de lanamento, promove qualquer medida para lavrar o tributo.

    Art. 173. O direito de a Fazenda Pblica constituir o crdito tributrio extingue-se aps 5 (cinco) anos,

    contados:

    Pargrafo nico. O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com o decurso do

    prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituio do crdito tributrio pela

    notificao, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatria indispensvel ao lanamento.

    3) Anulao de lanamento por VCIO FORMAL: Art. 173, II, do CTN se for feito um lanamento em determinada data, ningum mais se preocuparia com a prescrio, entretanto, as vezes lana e o lanamento anulado. O fisco vai ter que contar novamente o prazo para lanar. Anulao um ato ilegal. Se anulao for por vcio formal, o fisco volta a ter os 5 anos, voc ter todo o prazo de volta. qualquer vcio que no tenha haver com contedo vcio formal e o fisco recupera os 5 anos. Se a anulao decorreu de vcio material o prazo no devolvido. Exemplo, ICMS livro. O prazo s reaberto quando for vcio formal.

    Art. 173. O direito de a Fazenda Pblica constituir o crdito tributrio extingue-se aps 5 (cinco) anos,

    contados:

    II - da data em que se tornar definitiva a deciso que houver anulado, por vcio formal, o lanamento

    anteriormente efetuado.

    4) Regras aplicveis ao lanamento por homologao: o prprio sujeito passivo tem que realizar o pagamento e recolher e depois ocorrer a homologao. Quando acontece a homologao o crdito j esta extinto. Conta 5 anos a partir do fato gerador, art. 150, 4, do CTN.

    Art. 150. O lanamento por homologao, que ocorre quanto aos tributos cuja legislao atribua ao

    sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prvio exame da autoridade administrativa,

    opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida

    pelo obrigado, expressamente a homologa.

    4 Se a lei no fixar prazo a homologao, ser ele de cinco anos, a contar da ocorrncia do fato

    gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pblica se tenha pronunciado, considera-se

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    homologado o lanamento e definitivamente extinto o crdito, salvo se comprovada a ocorrncia de

    dolo, fraude ou simulao.

    Posicionamento STJ: na realidade o que homologado o pagamento. O fisco analisa se o pagamento esta certo, ai ele homologa o pagamento. Ateno!!! Se a homologao ocorre por pagamento, se no houver pagamento, no h como homologar e no pode aplicar a regra que fala em lanamento por homologao.