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Antivirais

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FACULDADE SERRA DA MESACURSO DE FAMCIA7 PERODO NOTURNOFARMACOLOGIA II

ANTIVIRAIS

Uruau-GoisJunho / 2015FACULDADE SERRA DA MESACURSO DE FAMCIA7 PERODO NOTURNODOCENTE: Prof Wanessa VasconcelosFARMACOLOGIA II

Eduardo Patrike Dimas OliveiraLourencianne Marrianne CardosoRafael Rodrigues de Almeida

ANTIVIRAIS

Uruau-GoisJunho /2015

SUMRIO

INTRODUO4DESENVOLVIMENTO62.1 ANTIVIRAIS62.2 PRINCIPAISANTIVIRAIS HUMANOSSO: 82.2.1.Gamaglobulina82.2.2.Amantadina82.2.3.Vidarabina82.2.4.Aciclovir82.2.5.Idoxuridina92.2.6.Zidovudina92.2.7.Ribavirina92.2.8.Metisazona92.2.9.Interferon92.2.10.Levamisol10CONCLUSO11BIBLIOGRAFIA12

1. INTRODUO

Os vrus surgiram com o reconhecimento da existncia de agentes patognicos capazes de passar atravs de filtros que retinham bactrias, sendo portanto organismos mais pequenos que estas (Flint ET AL, 2009).Nos primeiros 30 anos do sculo XX a virologia expandiu-se consideravelmente atravs da caracterizao de um nmero crescente de doenas humanas, animais e vegetais, causadas por vrus. Ivanoski atribuiu duas das caractersticas essenciais dos vrus, a sua dimenso submicroscpia e a sua infecciosidade (Ferreira ET AL,. 1998).Salvador Luria (1978), definiu vrus como sendo: entidades potencialmente patgenas cujos genomas so cidos nuclicos que se replicam no interior de clulas vivas, usando maquinaria sinttica celular, e que causam a sntese de partculas que podem transferir o genoma para outras clulas.O numero de agentes antivirais aumentou extraordinariamente no decorrer da ltima dcada, em grande parte como resposta infeco pelo vrus da Imunodeficincia Humana (HIV) e sua sequelas. Muitos dos agentes teraputicos disponveis exercem sua atividade contra uma da muitas etapas na infeco e replicao virais. Entretanto, tambm so descritos os interferons, que consistem em citocinas com aes imunodulatoras e antiproliferativas na clula do hospedeiro. So includas sees especiais sobre agentes anti-herpes-vrus e antiinfluenza. Tambm so analisadas questes relacionadas com a terapia eficaz contra os vrus, incluindo o desenvolvimento de resistncia a determinados agentes e as respostas imunopatolgicas a antgenos virais.Os vrus consistem em DNA ou RNA de filamentos simples ou duplo circundado por um envoltrio protico, denominado capsdeo. Alguns vrus tambm possuem um envelope lipoprotico que, da mesma forma que o capsdeo, pode conter protenas antignicas. A maioria dos vrus contm ou codifica enzimas essenciais replicao viral no interior de uma clula hospedeira. Como os vrus no dispem de maquinaria metablica prpria, usurpam a da clula hospedeira que, dependendo do vrus, pode ser uma clula vegetal, uma bactria ou uma clula animal. Os agentes antivirais eficazes devem inibir eventos especficos da replicao do vrus ou inibir preferencialmente a sntese de cidos nuclicos ou de protenas dirigida pelo vrus, e no aquela dirigida pela clula hospedeira. A descoberta de novos inibidores antivirais frequentemente est associada a uma melhor compreenso dos eventos moleculares envolvidos na replicao viral.Tipicamente, os vrus de DNA penetram no ncleo da clula hospedeira, onde o DNA viral transcrito em mRNA pela mRNA polimerase da clula hospedeira: o mRNA traduzido de forma habitual pela clula hospedeira em protenas especificas do vrus. Uma exceo a essa estratgica representada pelo poxvrus, que te sua prpria RNA polimerase e consequentemente replica-se no citoplasma da clula hospedeira.Quanto ao vrus de RNA, a estratgia de replicao na clula hospedeira depende das enzimas contidas no virion para sintetizar seu mRNA, ou RNA viral, que ele prprio passa a tuar como mRNA. O mRNA traduzido em diversas protenas virais, incluindo a RNA polimerase, que digere a sntese de RNA, como o da influenza, necessitam de transcrio ativa no ncleo da clula hospedeira.No retrovrus, o vrus contm uma atividade enzimtica de transcriptase reversa, que produz uma cpia de DNA a partir do modelo de RNA viral. A seguir, a cpia de DNA integrada no genoma do hospedeiro, quando passa a ser denominada provrus; transcrita tanto no RNA genmico quanto no mRNA para traduo em protenas virais, dando origem gerao de novas partculas virais.A principal razo que leva falta de desenvolvimento e comercializao de medicamentos antivirais deve-se ao fato de ser um processo que exige tempo, muitas vezes o frmaco no fica disponvel a fim de ser prescrito e administrado a tempo de ser til (Flint ET AL., 2009).

2. DESENVOLVIMENTO2.1. ANTIVIRAISO controle de algumas doenas virais atravs da quimioterapia foi uma grande conquista das ltimas dcadas. Devido caracterstica peculiar dos vrus, que a de agir como um parasita intracelular obrigatrio, durante muito tempo achou-se que seria impossvel o desenvolvimento de drogas contra estes agentes. Mas a identificao de enzimas produzidas por estes prprios agentes, e que os possibilitam replicar no interior das clulas, impulsionou os estudos de drogas capazes de inibir tais enzimas, de modo a no danificar as clulas do hospedeiro.Considerando que todas as fases do ciclo de replicao viral requerem a participao de uma enzima, o bloqueio de qualquer uma das referidas fases acarretaria na no formao da partcula infecciosa. Tais etapas do ciclo de replicao viral incluem: adsoro, desnudamento, sntese, maturao e liberao da prognie viral da clula hospedeira.As drogas antivirais podem atuar interferindo em qualquer uma das etapas da replicao viral, como a adeso clula, a penetrao, a eliminao do envoltrio viral para liberar seu material gentico e a produo de novas partculas virais por parte da clula. Como os vrus somente replicam no interior das clulas e utilizam as mesmas vias metablicas que as clulas sadias, as drogas antivirais so frequentemente mais txicas para as clulas humanas que os antibiticos. Um outro problema das drogas antivirais que o vrus pode desenvolver rapidamente resistncia a elas mesmas.Na tabela a seguir, encontram-se algumas drogas antivirais, os vrus suscetveis e os seus respectivos stios-alvos.

MECANISMOS BSICOS DE DROGAS ANTIVIRAIS

2.2. PRINCIPAISANTIVIRAIS HUMANOSSO:

2.2.1. GamaglobulinaA utilizao das imunoglobulinas se faz com o objetivo de prevenir as infeces, impedindo a entrada do vrus na clula. Este efeito protetor dura em mdia de 2 a 3 semanas. So utilizados contra hepatite B,herpes zostereraiva.2.2.2. AmantadinaAssim como sua derivada, arimantidina aminasprimrias tricclicas, utilizadas no tratamento do vrus influenza A. No se sabe ao certo ainda qual o mecanismo de ao deste medicamento, acredita-se que elas inibam os estgios iniciais da replicao viral. A administrao delas oral, sendo absorvidas no trato gastrointestinal.2.2.3. VidarabinaTambm conhecida como Ara-A, anloga da adenosina. Atua inibindo a sntese do cido nuclico. Ela pouco solvel, devendo ser administrada em grande volume, por via intravenosa lenta. usado no tratamento de encefalites por herpes simples e herpes zoster em pacientes imunodeprimidos. Possui efeitos colaterais, como: nuseas, vmitos, diarria, distrbios nervosos, em menor frequncia.2.2.4. AciclovirTambm denominada acicloguanosina, um nucleosdeo anlogo da quanosina. Possui um mecanismo de ao que inibe a sntese de cido nuclico, porm seletivo. Parece ser captado por clulas infectadas por vrus e convertido, numa substncia polarizada que sofre a ao de vriasenzimase convertido em trifosfato. Mesmo no sendo totalmente absorvido no trato intestinal, pode ser administrado via oral. Sua utilizao indicada nos casos de diversas formas de herpes simples. Os efeitos adversos so mnimos, podendo ser observado uma pequena porcentagem detromboflebiteou formao de bolhas cutneas.

2.2.5. IdoxuridinaTambm denominada de IDU. Age inibindo a sntese do cido nuclico. utilizada apenas de forma tpica, pois possui grandes efeitos txicos. indicada no tratamento de ceratite e herpes simples e infeces por varicela-zoster.2.2.6. ZidovudinaMais conhecida como AZT. Atua inibindo atranscriptase reversa. administrada, principalmente, via oral, mas tambm pode ser administrada via intravenosa. Em humanos, os efeitos txicos causados por este medicamento so: supresso damedula ssea, nuseas,insniae mialgias. Em felinos, h diminuio da contagem de clulas vermelhas e hemoglobina e tambm, hepatotoxicidade.2.2.7. RibavirinaConhecida tambm como tribavirina. Parece que o mecanismo de ao deste antiviral duplo: inibe a formao celular de iosina monofosfato e tambm, interfere na sntese deRNAmviral. Sua administrao , preferencialmente, oral, sendo absorvida no trato gastrointestinal. Pode tambm ser administrado por inalao. Quando administrado via oral, os efeitos adversos podem ser uma elevao reversvel nos nveis sricos debilirrubina, ferro ecido rico. J quando administrada por via inalatria, os efeitos adversos so discretos, sendo verificado apenas, em alguns casos, irritao conjuntival.2.2.8. MetisazonaEm humanos, este medicamento foi usado profilaticamente no combate varola. H a perspectiva de sua utilizao na medicina veterinria no combate da hepatite infecciosa, tantocaninaquanto equina, e em bovinos, na doena respiratria. Sua administrao pode ser por via parenteral ou oral. Com relao aos efeitos colaterais, os principais so vmitos e nuseas.2.2.9. Interferon uma glicoprotena com peso molecular entre 16 e 32 mil dltons; uma substncia espcie-especfica, sendo assim, o uso deste medicamento na medicina veterinria muito limitado. Entretanto, a vantagem do uso desta substncia relaciona-se com sua pouca inespecificidade para combater os diversos vrus, dentro da mesma espcie animal. Atuam produzindo enzimas que inibem a traduo do RNAm viral em protenas virais. Existem trs tipos de interferons: , e , sendo que o mais usado o . Os melhores resultados obtidos com o uso deste medicamento no tratamento do papiloma juvenil dalaringe, afeces do aparelho respiratrio, herpes zoster e simples, hepatite crnica por vrus B e alguns tipos de cnceres.2.2.10. Levamisol um anti-helmntico, com propriedades imunomoduladoras. No tem efeito antiviral direto, atua estimulando clulas efetoras envolvidas no processo de imunidade de clulas imunomediadas; pode tambm aumentar, de forma indireta, a produo deanticorpos.

3. CONCLUSOOs vrus so parasitas intracelulares obrigatrios, cujos genomas (DNA ou RNA) se replicam no interior de clulas vivas, usando maquinaria sinttica celular. So constitudos por uma zona central denominada nucleide, constitudo pelo cido nuclico de DNA ou RNA, sendo este revestido pela cpside. Alguns viries possuem ainda um invlucro, derivado da membrana celular.Vrus e doenas virais tm estado no centro da cincia, sendo que alguns dos nossos maiores desafios e conquistas envolvem a virologia. No incio da dcada de 1950, com o surgimento de surtos de varola houve um esforo acrescido para encontrar compostos antiviraisCom o aumento da incidncia de vrias patologias causadas por vrus, e com o aumento do impacto socioeconmico houve necessidade de pesquisar e desenvolver novos agentes antivirais bem como novas modalidades de quimioterapia antiviral.A quimioterapia antiviral consiste em utilizar molculas com atividade antiviral que bloqueiam uma ou vrias etapas do ciclo viral, sem que haja alteraes na clula hospedeira.O desenvolvimento e a pesquisa de novos agentes antivirais so um processo demorado e caro. A falta de sucesso deve-se muitas vezes ao fato de as molculas antivirais interferirem no s com o crescimento dos vrus bem como afetarem negativamente a clula hospedeira, uma vez que cada etapa do ciclo viral envolve funes celulares. Um dos problemas com a produo de substncias antivirais est na rpida dinmica das infeces virais que muitas vezes por falha de diagnstico rpido tornam obsoleto os prprios tratamentos que pecam por ser tardios.De um modo geral, a anlise pormenorizada da literatura bibliogrfica permite-nos concluir que a terapia antiviral ainda est em ascenso cientfica, embora sejam no sentido de encontrar novos mecanismos de ao para enfrentar novas formas de mutao nos vrus.

4. BIBLIOGRAFIA _____. Vrus brasileiros da famlia Bunyaviridae. Medicina, Ribeiro Preto, v.32, p.154-158, 1999. Ferreira, W. e Souza. J. (1998). Microbiologia, Volume 1. 1 edio, Lisboa, Lidel. FIGUEIREDO L.T.M. Febres hemorrgicas por vrus no Brasil. Rev. Soc. Bras. Med. Trop., v. 39, n. 2, p. 203-210, 2006. Flint. S., Enquist, S., Racaniello, V e Shaka, A. (2009), Principles of Virology, 3 edio. USA, ASM Press. KOROLKOVAS, A.; BURCKHALTER, J. H. Qumica Farmacutica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988. Cap. 35, p. 649. SOUZA, M. V. N.; ALMEIDA, M. V. Drogas anti-VIH: passado, presente e perspectivas futuras. Qumica Nova, v. 26, n. 3, 2003. Wannmacher L, Ferreira MBC, Nunes G. FARMACOS E RIM. In: Fuchs, FD, Wannmacher L, Ferreira MBC, eds. Farmacologia clnica: fundamentos da teraputica racional. 3a. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2004.

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