Anuário de Cana 2011

8/12/2019 Anurio de Cana 2011

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Ficha

A636 Anurio brasileiro da cana-de-acar 2011 / Cleonice de Carvalho ... [et al.]. Santa Cruz do Sul:

Editora Gazeta Santa Cruz, 2011. 128 p. : il.

ISSN 1808-5180

1. Cana-de-acar - Brasil. I. Carvalho, Cleonice de. CDD : 636.60981 CDU : 636.61(81)

Catalogao: Edi Focking CRB-10/1197

EDITORA GAZETA SANTA CRUZ LTDA.CNPJ 04.439.157/0001-79

Diretor Presidente: Andr Lus JungblutDiretor de Contedo: Romeu Inacio Neumann

Diretor Comercial: Raul Jos DreyerDiretor Administrativo: Jones Alei da Silva

Diretor Industrial: Paulo Roberto Treib

Rua Ramiro Barcelos, 1.224, CEP: 96.810-900,Santa Cruz do Sul, RS

Telefone: 0 55 (xx) 51 3715 7940Fax: 0 55 (xx) 51 3715 7944

E-mail: [email protected]@anuarios.com.br

Site: http://www.anuarios.com.br

ANURIOBRASILEIRO DACANA-DE-ACAR 2011Editor:Romar Rudolfo Beling

Editora assistente:Angela Zamberlan VencatoTextos:Cleonice de Carvalho, Angela Zamberlan Vencato, Benno Bernardo Kist,

Cleiton Santos, Erna Regina Reetz, Helosa Poll e Romar Rudolfo Beling

Superviso:Romeu Inacio NeumannTraduo:Guido Jungblut

Fotografia:Slvio vila, Inor Assmann (Agncia Assmann) e divulgao de empresas e entidadesProjeto grfico e diagramao:Mrcio Oliveira Machado

Arte de capa:Mrcio Oliveira Machado, sobre fotografia de Inor AssmannEdio de fotografia e arte-final:Mrcio Oliveira Machado

Marketing:Maira Trojan Bugs, Tainara Bugs e Rafaela JungblutSuperviso grfica:Mrcio Oliveira Machado

Distribuio: Simone de MoraesImpresso:Coan Grfica e Editora, Tubaro (SC).

ISSN 1808-5180

permitida a reproduo de informaes desta revista, desde que citada a fonte.Reproduction of any part of this magazine is allowed, provided the source is cited.

EXPEDIENTEPublishers and Editors

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06.ApresentaoIntroduction

10.CENRIOScenario

26.PERFILProfile

42.ACARSugar

50 .ETANOLEthanol

80.ENERGIAEnergy

84.CACHAACachaa

90.PESQUISAResearch

104.TECNOLOGIATechnology

126.EVENTOSEvents

SUMRIO Summary

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A cadeia produtiva da cana-de-acar vive dias de ajustesem seu sistema de cultivo e de industrializao no Brasil. Quemacompanha a realidade do setor sabe que as trs ltimas safrasenfrentaram os contratempos motivados pelo clima, comobem demonstra oAnurio Brasileiro da Cana-de-acar 2011.

Ainda que a rea plantada tenha registrado incremento,e que os necessrios investimentos em pacote tecnolgicotenham sido providenciados, na expectativa do desenvol-vimento regular das lavouras, a colheita ficou aqum dasprevises. Logo, h um custo que precisa ser carregado, eque, de maneira sucessiva, por trs anos seguidos, limitoua renda. O bolso do produtor e do industrial sentiria essesefeitos.

No bastasse o comportamento climtico adverso, osegmento sucroalcooleiro, em simultneo, precisou de des-treza e de flego para lidar com as reverberaes da crise fi-nanceira internacional. Se enfim as ondas do mercado eco-nmico parecem ter serenado, claro que ao final de toda aturbulncia sobram lies a serem assimiladas. Essa apren-

dizagem tende a se traduzir em energia (a fim de aproveitaruma palavra-chave da cadeia) para os prximos anos.Afinal, se h um setor no agronegcio da atualidade que

sabe expressar versatilidade e flexibilidade, esse o da cana-de-acar no Brasil. de crer, inclusive, que o mundo ainda

nem percebeu devidamente a solidez e a multiplicidade decaminhos que essa atividade gigante ostenta. No seria por

acaso que milionrios e bilionrios investimentos externosesto sendo direcionados para a canavicultura nacional, seja

na aquisio de plantas industriais existentes, j inseridas no co-mrcio global; seja na implantao de novas usinas.

Se o clima de maneira recorrente tm atrapalhado os ne-gcios ou se a turbulncia na economia compremete ganhos,

eis dois ingredientes que so mais do que normais na receita dequalquer empreendimento agrcola, e talvez desde que o mundo

mundo. O que a cana tem que outros setores (e isso inclusive nomais amplo cenrio da sociedade) jamais tero essa quase autossu-

ficincia: as lavouras geram o produto que, na usina, ser transforma-do em acar, para alimentar o mundo, ou em etanol, para mover esse

mesmo mundo; do bagao obtm-se a energia que ativa a prpria in-dstria, alm de gerar excedente; e o que ainda resulta volta para a lavou-

ra, em forma de fertilizante. Ao longo do processo industrial, uma amplagama de subprodutos fabricada com as matrias-primas retiradas dessa

planta, de maneira que quase tudo nela aproveitado.Diante de um complexo produtivo e industrial de tal envergadura, mais

do que compreensvel que a estrutura organizacional rapidamente poderdeterminar os rumos a fim de restabelecer a sustentabilidade no segmento.

O ano de 2012, no cumprimento da nova safra, tende a ser balizador: os indi-cativos so de que, na unio de foras entre os interesses pblicos e privados

numa atividade essencial para o comportamento da balana comercial brasileira,a cana-de-acar crescer, uma vez mais, na direo certa.

Na

direocerta

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In the right directionThe sugarcane production chain is go-ing through adjustments in its cultivation

and industrialization system in Brazil. Those

who keep a close watch on the sector know

that the three past seasons were seriously

affected by climatic conditions, a fact that is

well illustrated in the 2011 Brazilian Sugar-

cane Yearbook.

Although the planted area has soared,

and the necessary investments in the tech-

nological package have been provided for,

the performance of the crop has not livedup to initial expectations. It means there is a

burden to be endured, which, for three years

in a row, has limited the profits of the sector,

which reflects in the pockets of the producers

and industries.

As if the erratic climate conditions had not

been enough, in the meantime, the sugar and

alcohol sector needed the skill and stamina to

deal with the ripple effects of the internation-

al crisis. If finally the waves of the economic

market seem to have got back on track, it re-mains clear that at the end of every turbulent

moment there are lessons to be assimilated.This learning process tends to translate into

energy (just to make use of a key word of the

sector) for years to come.

After all, if there is a sector in the present

agribusiness scenario that is able to express

versatility and flexibility, it could only be the

Brazilian sugarcane sector. It might be true

that the world has not yet duly come to grips

with the strength and multiple facets this gi-

ant activity expresses. It is not by chance that

millions and billions in foreign investments arebeing directed to Brazils sugarcane operations,

whether in the acquisition of existing industrial

plants, already inserted into the global market;

or in the implementation of new mills.

If climate conditions have recurrently

jeopardized the business, or if economic

turbulences have been reducing the profits,

these two elements should be viewed as

normal nuances in any agribusiness related

operation, and this has always happened.

What is unique to sugarcane, and will neverbe seen in other sectors (even in the very am-

ple scenario of society), is its almost self-suf-ficiency: the fields generate the product that

will be transformed into sugar in the mills,

to feed the world, or into ethanol, to put this

same world into motion; the bagasse pro-

vides the energy that powers the industry,

besides generating surpluses; and what still

remains, is taken back to the fields as fertil-

izer. Along the industrial process, a vast ar-

ray of byproducts is produced from the raw

materials extracted from this plant, which is

almost entirely put to good use.In light of a production and industrial

complex of such magnitude, it goes without

saying that this organizational structure

could in no time establish the course for a

recovery of the segments sustainable status.

The year 2012, at the completion of the new

crop, tends to set the course: there is every

indication that, by joining public and private

efforts in an activity that is essential for the

behavior of the Brazilian trade balance, sug-

arcane will make strides, once again, in theright direction.

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Escaladecrescente

CENRIO Scenario

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Mesmo com o aumento de 4,7% narea plantada de cana-de-acar, a safra2011/12 ter um resultado menor emrelao ao obtido no perodo anterior. ACompanhia Nacional de Abastecimento(Conab), em levantamento divulgado emagosto de 2011, estima que a queda de-ver ser de 5,6%. O principal motivo para odesempenho aqum do esperado est na

produtividade, que tem previso de redu-o de 9,8%.

Se a estimativa da estatal se confirmar, aproduo brasileira na temporada 2011/12ser de 588,9 milhes de toneladas, obtidasem rea plantada de 8,4 milhes de hecta-res. O rendimento ser de 69,8 toneladaspor hectare, muito abaixo da mdia hist-rica de 85 t/ha.

Este o terceiro ciclo consecutivo queo plantio de cana-de-acar apresenta

DIANTEIRAO Centro-Sul domina o plantio de cana-de-acar no Brasil. Dos 8,4 milhes de hectares cultivados na safra 2011/12, 7,2 milhes de

ha encontram-se nos estados dessas regies, o equivalmente a 86,3% do total, o que representa incremento de 5,2% sobre o perodoanterior. As reas do Norte e Nordeste cultivam 1,1 milho de ha, tendo sido registrado aumento de 1,5%.

Os nmeros do levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgados em agosto de 2011, mostram que oEstado de So Paulo continua sendo o maior produtor nacional de cana-de-acar com 52,6% do total. Na sequncia aparecem MinasGerais (9%), Gois (7,9%), Paran (7,2%), Mato Grosso do Sul (5,7%), Alagoas (5,3%) e Pernambuco (3,8%).

Safra brasileira de cana-de-acar amarga queda deproduo e, pelo terceiro cicloconsecutivo, o clima prejudica o

desempenho da lavouraproblemas no Brasil. No perodo 2009/10,houve excesso de chuva no perodo dacolheita, o que levou sobra de aproxi-madamente 70 milhes de t nos canaviais,conforme o diretor-tcnico da Unio daIndstria de Cana-de-acar (Unica), Ant-nio de Pdua Rodrigues. A cana que haviaficado na lavoura acabou sendo moda nasafra 2010/11, quando houve estiagem.

O problema climtico que afetou o ciclo2011/12 foi o frio. De acordo com o levan-tamento da Conab, intensas geadas provo-caram danos em canaviais do centro-oestede So Paulo, norte do Paran e sudoeste deMato Grosso do Sul. Alm disso, as condiesde luminosidade e de temperatura duranteo inverno estimularam o florescimento ex-cessivo das plantas em algumas lavouras.

O diretor-tcnico da Unica destaca ain-da outros fatores que contriburam para

a menor produtividade: a ampliao damecanizao do plantio e da colheita emreas no sistematizadas; a incidncia denovas doenas, como a ferrugem laranja;o aumento do nvel de infestao de algu-mas pragas; e o crescimento do cultivo emregies com menor potencial produtivo.

No entanto, a queda na produtividadeser registrada apenas nos estados do Cen-tro-Sul, ficando em torno de 12% menor.Pela estimativa da Conab, nas regies pro-dutoras do Norte e do Nordeste o rendi-mento da lavoura dever ser 8,3% superior safra antecedente, levando ao acrscimode 9,8% na colheita desses estados.

A cana-de-acar a matria-primapara 75% do acar produzido no mundo.O restante vem da beterraba, cujo principal

produtor a Rssia. O Brasil o principalcultivador da cana, sendo responsvel poraproximadamente 25% da safra mundial.Os pases da sia detm em torno de 40%da produo, com destaque para ndia, Chi-na e Tailndia. Dados do National Agricul-tural Statistics Service, dos Estados Unidos,mostram que a produo mundial de canaatingiu a 1,661 bilho de t em 2009, quedade 3,91% em relao a 2008, quando a co-lheita chegou a 1,728 bilho de t.

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Declnio shrinking

Cana-de-acar Comparativo de rea, produtividade e produo

Regio/UF rea (mil ha) Produtividade (t/ha) Produo (mil t)2010/11 2011/12 2010/11 2011/12 2010/11 2011/12

Norte 19,6 34,8 65,12 72,41 1.278,4 2.520,6

RO 2,6 2,6 52,38 71,65 136,7 190,6

AC 0,4 0,5 80,40 92,40 33,8 52,7

AM 3,8 3,7 91,32 85,44 347,0 323,0

PA 9,9 12,5 52,29 55,00 521,9 691,4

TO 2,8 15,2 84,75 82,92 239,0 1.262,9

Nordeste 1.113,2 1.114,6 55,76 60,17 62.079,4 67.076,3

MA 42,1 42,1 55,28 60,05 2.327,5 2.529,9PI 13,2 12,9 62,97 72,44 836,9 935,2

CE 2,7 3,4 65,38 69,86 180,5 239,0

RN 65,7 62,7 41,53 50,72 2.729,4 3.184,2

PB 111,8 123,7 46,92 52,56 5.246,3 6.503,1

PE 346,8 324,7 48,50 56,69 16.820,8 18.409,9

AL 451,1 454,5 64,54 64,35 29.120,4 29.249,6

SE 36,9 37,2 54,76 63,43 2.025,6 2.363,7

BA 42,5 53,1 65,59 68,90 2.792,2 3.661,7

Centro-Oeste 1.202,5 1.372,4 77,62 70,46 93.344,7 96.702,6MT 207,0 219,0 65,98 62,57 13.661,2 13.701,5

MS 396,1 480,8 84,50 76,95 33.476,7 37.002,2

GO 599,3 672,4 77,10 68,40 46.206,8 45.998,9

Sudeste 5.136,5 5.298,5 82,50 71,79 423.799,5 380.380,1

MG 659,5 759,2 84,92 71,32 56.013,6 54.149,1

ES 68,6 64,5 51,34 58,63 3.524,8 3.785,7

RJ 51,3 38,2 49,44 48,00 2.537,8 1.835,0

SP 4.357,0 4.436,5 83,02 72,26 361.723,3 320.610,3

Sul 584,0 614,0 74,31 68,79 43.403,1 42.235,4PR 582,3 612,2 74,39 68,84 43.321,1 42.150,4

RS 1,7 1,7 48,25 50,00 82,0 85,0

Norte/Nordeste 1.132,9 1.149,4 55,92 60,54 63.357,8 69.596,9

Centro-Sul 6.923,1 7.284,8 80,96 71,28 560.547,3 519.318,1

Brasil 8.056,0 8.434,3 77,44 69,82 623.905,1 588.915,0

Fonte: Conab (2 Levantamento agosto de 2011)

InorAg.Assmann

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Although the area planted to sugarcane

has soared by 4.7%, the 2011/12 crop will

be smaller compared to the previous year.

The National Supply Company (Conab), in a

survey published in August 2011, estimates

the decline at 5.6%. A major reason that ac-counts for the smaller-than-expected perfor-

mance lies in productivity problems, which is

estimated to decrease by 9.8%.

Should the state corporations estimate

confirm, the Brazilian 2011/12 sugarcane

crop will reach 588.9 million tons, from a

planted area of 8.4 million hectares. Yields

are estimated at 69.8 tons per hectare, way

below the historical average of 85 tons/hect-

are. This is the third cycle in a row character-

ized by problems in Brazil.In the 2009/10 crop year, there was exces-

On the declineBrazilian sugarcane cropsuffers reduction in size and,

for the third cycle in a row,climatic conditions have beenunfavorable

sive precipitation at harvest time, resulting

into 70 million tons left unharvested, says

Sugarcane Industry Union (Unica) direc-

tor Antnio de Pdua Rodrigues. The sugar

cane that was left in the field was eventually

crushed in the 2010/11 season, when droughtconditions predominated. The climate prob-

lem that affected the 2011/12 cycle was cold

temperature. According to the survey by

Conab, severe frost conditions damaged the

sugarcane fields in the center-western region

of So Paulo, north of Paran and southwest-

ern Mato Grosso do Sul. Furthermore, the lu-

minosity and temperature conditions during

the winter triggered excessive flowering in

some fields.

Unica technical director refers to otherfactors that made productivity rates de-

crease: intensification of planting and har-

vesting mechanization in non systemized ar-

eas; the incidence of new diseases, like orange

rust; more intense infestations of some typesof pests; and soaring cultivations in regions

with smaller production potential.

Nevertheless, smaller yields will take place

only in the Center-South states, with a decline

of about 12%. By Conbas estimation, in the

sugarcane producing regions in the North

and Northeast, the expectation is for the pro-

ductivity rates to soar 8.3% compared to the

previous crop, pushing harvest volumes up by

9.8% in these states.

Sugarcane is the raw material for 75% ofall sugar produced in the world. The other 25%

come from beet, and Russia is the leading pro-

ducer of this legume. Brazil is the largest sugar-

cane producer, and is responsible for approxi-

mately 25% of the global crop. The countries in

Asia produce approximately 40%, where India,

China and Thailand stand out. Data released

by the National Agricultural Statistics Service,

of the United States, reveal that global sugar-

cane production reached 1.661 billion tons in

2009, down 3.91% from 2008, when the totalvolume was 1.728 billion tons.

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TAKING THE LEAD

The Center-South is the leading sugar cane producer in Brazil. Of the 8.4 mil-

lion hectares planted in the 2011/12 crop year, 7.2 million hectares are located in

the states of this region, equivalent to 86.3% of the total, representing an increase

of 5.2% over the previous period. The areas in the North and Northeast cultivate

1.1 million hectares, representing an increase of 1.5 %.The figures of the survey conducted by the National Supply Company (Con-

ab), released in August 2011, show that the State of So Paulo is still the largest

national producer, with 52.6% of the total. So Paulo is followed by Minas Gerais

(9%), Gois (7.9%), Paran (7.2%), Mato Grosso do Sul (5.7%), Alagoas (5.3%) and

Pernambuco (3.8%).

HARVEST

ESTIMATEDAT 588MILLION TONSIS DOWN 5.6%


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O clima no tem sido aliado da produ-o brasileira de cana-de-acar h pelo

menos trs safras. No entanto, as intem-pries no so as nicas culpadas pelodeclnio da produtividade nas lavouras. Acrise econmica mundial, que teve inciono segundo semestre de 2008, deixou osprodutores descapitalizados. Com a faltade recursos financeiros, eles deixaram

Passou a horaCrise econmica atingiu osinvestimentos dos produtoresde cana-de-acar emrenovao das lavouras eaplicao de insumos

de realizar a renovao dos canaviais ediminuram a quantidade de insumos

aplicados.A recomendao tcnica que asreas sejam substitudas aps seis cortes.No entanto, conforme anlise exposta nolevantamento da Companhia Nacionalde Abastecimento (Conab), de agosto de2011, algumas lavouras j esto no d-

cimo segundo corte. De acordo com ostcnicos da estatal, o canavial replantadotem nos primeiros dois anos produtivida-de prxima a 115 toneladas por hectare,rendimento que cai para menos de 55 t/ha no sexto perodo. Dos 8,4 milhes deha cultivados na safra 2011/12, a estima-tiva que 1,2 milho deveriam ter sido re-novados. Pela diferena de 60 t/ha, entre amaior e a menor produtividade avaliadas,calcula-se que deixem de ser produzidas

72 milhes de t no atual ciclo.O diretor-tcnico da Unio da Indstria

de Cana-de-acar (Unica), Antnio de P-dua Rodrigues, explica que o ideal quea cada ano entre 18% e 19% da rea sejareplantada. Segundo ele, a substituiode lavouras antigas deve ser feita entre

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janeiro e abril de 2012. O investimentona renovao do canavial a melhor al-ternativa para acelerar o crescimento daproduo de etanol e de acar a partirda safra 2013/14, pois existe capacidadeociosa significativa na indstria e falta dematria-prima, avalia.

Conforme o coordenador-geral deacar e etanol do Ministrio da Agricul-tura, Pecuria e Abastecimento (Mapa),Cid Jorge Caldas, estudos do governo fe-deral revelam que h necessidade de im-plantar 15 milhes de hectares adicionaisat 2020 para atender s demandas deetanol e acar. Parte desse investimentodeve vir do exterior. Por determinao daAdvocacia-geral da Unio (AGU), desdeagosto de 2010 h restries a venda e

arrendamento de reas para empresasde capital externo. Projeto que tramitano Congresso Nacional pretende reverteressa medida. De acordo com Caldas, 23%da produo de cana-de-acar est emmos de estrangeiros. No sei se esse to-tal se traduz no volume de terras, destaca.

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The climate has not been friendly to the Brazilian sugar cane plantations over the

past three years. Nonetheless, the erratic climate conditions are not the only culprits to

blame on the declining productivity rates. The fallout from the global economic down-

turn, which started in the second half of 2008, was a huge number of cash strapped

growers. With the lack of the financial resources, they no longer renewed their sugar

fields and reduced the amounts of input applications.

The technical recommendation is for replacing the fields after six consecutive har-

vests. However, according to an analysis by the National Supply Company (Conab),

conducted in August 2011, some fields are now at their 12th harvest. The technicians of

the state corporation maintain that a replanted sugar cane field yields approximately115 tons per hectare over the first two years, and then it starts receding gradually to

about 55 tons per hectare at the sixth harvest. Of the 8.4 million hectares cultivated in

the 2011/12 season, it is estimated that 1.2 million hectares should already have been

renewed. Based on the difference of 60 t/ha, between the highest and smallest produc-

tivity rates, it is estimated that there will be a gap of 72 million tons between the volume

to be produced in the 2011/12 season and what could actually be produced.

The technical director of the Sugarcane Industry Union (Unica), Antnio de Pdua

Rodrigues, explains that, ideally, every year from 18% to 19% of the area should be re-

planted. According to him, the replacement of old fields should be carried out January

through April 2012. Investment in sugar cane field renewal is the best alternative for

speeding up the production of ethanol and sugar as of the 2013/14 season, as there ishuge idle capacity at the industry and lack of raw material, he argues.

According to the general coordinator of the sugar and ethanol department at the

Ministry of Agriculture, Livestock and Food Supply (MAPA), Cid Jorge Caldas, studies by

the federal government hint at the need to establish 15 million additional hectares of

sugar cane by 2020 to meet the demand for ethanol and sugar. Part of this investment

is expected to come from abroad. A resolution by the Attorney Generals Office (AGU),

passed in August 2010, sets forth restrictions on companies with foreign capital that

wish to purchase or lease land in Brazil. A project now going through the channels of

congress is intended on reversing this measure. According to Caldas, 23% of all sugar

cane production operations are controlled by foreigners. I do not know if this total

translates into the volume of land, he points out.

Time haspassedEconomic crisis hit theinvestments of the sugar caneproducers regarding field

renewal and input application

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Oferta menor,

preo melhor

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O Brasil ter disponvel uma quantida-de menor de cana-de-acar para esmagarna safra 2011/12. As 588,9 milhes de tone-ladas previstas representam 35 milhes amenos que o obtido no ciclo anterior, se for

Queda na colheita de cana-de-acar nas lavouras nacionaismantm cotaes aquecidaspara acar e etanol

confirmada a previso de recuo na produ-o de 5,6%, conforme anunciou a Compa-nhia Nacional de Abastecimento (Conab)em seu relatrio de agosto de 2011.

O Pas responde por 44% do comr-

cio mundial de acar e tem atendido demanda por meio das exportaes. Dototal colhido na temporada 2011/12, de-vero ser destinadas 288,2 milhes de tde cana (48,9%) para o processamento deacar, pequeno aumento de 0,43% sobre2010/11. No entanto, a quantidade obtida

do produto sofrer recuo de 2,88%, passan-do de 38,1 milhes para 37 milhes de t. Ascotaes internacionais do acar tiveramforte valorizao em 2011, em funo dorecuo na oferta brasileira e tambm da me-nor disponibilidade da ndia, outro grandefornecedor global.

Acompanhamento realizado pelo Mi-nistrio da Agricultura, Pecuria e Abasteci-mento (Mapa) aponta que, de janeiro a ou-tubro de 2011, o Pas exportou 21 milhes

de t do item, 8,2% menos que em igualperodo do ano passado. O faturamento deUS$ 12,2 milhes, contudo, 19,6% supe-rior, provocado pelo substancial incremen-to de 30,74% no valor mdio da tonelada,que est em US$ 583,85. Na avaliao dodiretor-tcnico da Unio da Indstria deCana-de-acar (Unica), Antnio de PduaRodrigues, o Brasil um dos poucos pasescom potencial para ampliar a produo deacar e suprir parcela significativa do mer-

cado mundial.

EM PARTESPara a produo de etanol sero esmagadas 300,6 milhes de to-neladas de cana-de-acar, que devem resultar em 23,6 bilhesde litros do combustvel, volume 14,1% inferior ao da temporada2010/11. Desse total, 9,1 bilhes de litros sero de etanol anidro,alta de 13,9%, e 14,5 bilhes de hidratado, reduo de 25,6%. Oanalista de mercado do setor sucroenergtico da Conab, Welling-

ton Silva Teixeira, acredita que o abastecimento interno ser ogrande desafio na prxima safra. Os mais de 14 milhes de ve-culos flex fuelem circulao no Brasil garantiro a demanda docombustvel renovvel, caso os preos estiverem competitivos,observa.

Segundo o diretor-tcnico da Unica, Antnio de Pdua Rodri-gues, mesmo que o mercado internacional do etanol ainda estejaengatinhando, se comparado ao do acar, apresenta taxas decrescimento significativas cerca de 15% ao ano. Em 2010, foramproduzidos em todo o mundo 105 bilhes de litros do combust-vel. Dentro desse cenrio, o etanol brasileiro, que tem a cana-de-

acar como matria-prima, ganha destaque nos Estados Unidos,principal mercado consumidor do planeta, ressalta.

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The amount of sugar cane to be crushed

in the 2011/12 season is smaller this year. The

expected 588.9 million tons for the current crop

represent a shortfall of 35 million tons from the

previous period, if there is a confirmation to the5.6% production reduction announced by the

National Supply Company (Conab), in its August

2011 report.

The Country is responsible for 44% of the

Shrinking supply,soaring pricesSmaller sugarcane cropacross the Country sustainssugar and ethanol prices

IN PARTS

For the production of ethanol 300.6 million tons of sugarcane will be crushed, resulting into 23.6 billion liters of fuel, down 14.1% from the

2010/11 season. This total is split into 9.1 billion liters of anhydrous ethanol, up 13.9%, and 14.5 billion liters of hydrated ethanol, down 25.6%.

Wellington Silva Teixeira, market analyst of Conabs sugar and energy sector, believes that domestic supply is unfolding as a major problem over

the coming crop. The upwards of 14 million flex fuel vehicles circulating in Brazil will guarantee demand for the renewable fuel, if prices continue

competitive, he observes.

In the opinion of Unicas technical director, Antnio de Pdua Rodrigues, although the international ethanol market is still in its fledgling stage,

if compared to sugar, it is however beginning to soar significantly about 15% a year. In 2010, all over the world, 105 billion liters of this fuel were

produced. Within this scenario, Brazilian ethanol, made from sugar cane, is winning popularity in the United States, leading consumer market onthe planet, he argues.

global sugar market and has met the demand

through regular exports. Of the total sugar cane

crop in the 2011/12 season, the amount to be

processed into sugar reaches 288.2 million tons

(48.9%), up 0.43% over 2010/11. Nonetheless,the amount of sugar to be obtained will recede

2.88%, from 38.1 million to 37 million tons. In

the international market, sugar prices went up

considerably in 2011, as a consequence of tighter

supply in Brazil and India, two giant global sup-

pliers.

A study by the Ministry of Agriculture, Live-

stock and Food Supply (MAPA) points to ship-

ments abroad of 21 million tons, from January to

October 2011, down 8.2% from the same period

last year. The revenue of US$ 12.2 million, howev-

er, is 19.6% higher, resulting from the substantial

average price increase of 30.74% per ton, which

now fetches US$ 583.85. The technical director of

the Sugarcane Industry Union (Unica), Antniode Pdua Rodrigues, understands that Brazil is

one of the few countries with the potential to

expand the production of sugar and supply to a

significant portion of the market.

RobispierreGiuliani

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As 420 usinas registradas no Ministrioda Agricultura, Pecuria e Abastecimento(Mapa), at novembro de 2011, so o refle-xo da desacelerao pela qual passa o setorsucroalcooleiro nacional. Desse montante,

108 produzem etanol, 11 destinam-se so-mente ao acar e 296 so mistas. Outrascinco no possuem especificao quantoao tipo. O desaquecimento do setor deve-se, principalmente, crise econmica mun-dial, que teve incio no segundo semestrede 2008. Em 2007, houve a incluso de 346empreendimentos no cadastro, 18 foram

P no freioInstalao de novas usinas estpraticamente estagnada noPas em decorrncia da criseeconmica iniciada em 2008

EXPANSODados do segundo levantamento da

Companhia Nacional de Abastecimento(Conab), de agosto de 2011, mostram queas reas de expanso na safra 2011/12 to-talizam 621,5 mil hectares, dos quais 95,9%localizam-se no Centro-Sul. Essa cana ter aprimeira colheita no prximo ciclo. Os esta-dos que tiveram maior aumento de lavou-ras em produo foram So Paulo (203,8mil ha), Minas Gerais (152,4 mil ha), Gois(123,4 mil ha), Mato Grosso do Sul (58,4

mil ha), Paran (37,6 mil ha) e Mato Gros-so (18,1 mil ha). Essas regies apresentamcondies edafoclimticas ideiais para odesenvolvimento da cultura, alm de gran-des extenses de pastagens degradadas.

O analista de mercado do setor sucro-energtico da Conab, Wellington Silva Tei-xeira, que realizou trabalho de prospecosobre a safra 2011/12, estima que as reasem expanso iro contribuir com um adi-cional de 62,1 milhes de toneladas paraa prxima temporada, considerando-se a

produtividade mdia de 100 toneladas porhectare em reas de primeiro corte.

adicionados em 2008 e 31 em 2009. Em2010 e 2011, poucos estabelecimentos fo-ram abertos ou modificados, somando 15 e10 respectivamente.

O diretor-tcnico da Unio da Inds-

tria de Cana-de-acar (Unica), Antniode Pdua Rodrigues, avalia que falta in-

centivo econmico para a construo de

novas unidades produtoras. O etanol per-deu competitividade devido, em grandeparte, ao aumento de 40% nos custos deproduo nos ltimos cinco anos e ma-nuteno do preo da gasolina na bomba,que permanece inalterado desde 2005,justifica. Acompanhamento realizado peloMapa mostra que em nenhum dos mesesentre janeiro e setembro de 2011 o preodo etanol se manteve abaixo de 70% dovalor da gasolina, patamar de paridade que

torna interessante economicamente o usodo combustvel de cana.

Slviovila

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The 420 mills registered in the Ministry of Agriculture, Livestock and Food Supply (MAPA), up

to November 2011, reflect the deceleration process experienced by the national sugar and alco-

hol sector. Of this total, 108 produce ethanol, 11 are destined exclusively for sugar and 296 are

mixed companies. Five of them do not have any specification regarding their type. The decel-

eration of the sector is particularly blamed on the global economic downturn, which started in

the second half of 2008. In 2007, there was the inclusion of 346 new enterprises in the national

register, 18 were added in 2008 and 31 in 2009. In 2010 and 2011, only few mills were inaugu-

rated or refurbished, totaling 15 and 10, respectively.

The technical director of the Sugarcane Industry Union (Unica), Antnio de Pdua Rodri-

gues, understands that there is little economic incentive for the construction of new production

units.Ethanol lost competitiveness mainly because of the 40-percent increase in production

costs over the past five years, while gasoline prices have remained unchanged since 2005, he

justifies. A follow-up survey conducted by the Mapa reveals that in none of the months from

January to September 2011 the price of ethanol was lower than 70% of the price of gasoline, abasic parity pattern that makes the sugar cane fuel more advantageous on the economic side.

Applying the brakesConstruction

of newfactorieshas come toa standstillthroughout theCountry eversince the 2008economic crisisstarted

EXPANSION

Data from the second survey conducted

by the National Supply Company (Conab),

in August 2011, show that the planted area

in the 2011/12 crop year increased by 621.5

thousand hectares, of which 95,9% are lo-

cated in the Center-South. The first harvest

of these sugar cane fields will take place in

the next season. The States with the biggest

increases of fields under production are So

Paulo (203.8 thousand hectares), Minas Gerais

(152.4 thousand ha), Gois (123.4 thousand

ha), Mato Grosso do Sul (58.4 thousand ha),

Paran (37.6 thousand ha) and Mato Grosso

(18.1 thousand ha). These regions are char-

acterized by ideal edaphoclimatic conditions

for the development of sugar cane planta-tions, besides huge stretches of degraded

pasturelands.

Wellington Silva Teixeira, market analyst

with Conabs sugar and energy department,

who also conducted the prospection work for

the 2011/12 crop, estimates that the recently

expanded areas will contribute with an ad-

ditional 62.1 million tons for the coming sea-

son, considering average productivity rates

at 100 tons per hectare, in fields harvested forthe first time.

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Caminhocom barreira

PERFIL Profile

Slviovila

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As necessidades e possibilidades de ex-panso na indstria da cana-de-acar noBrasil encontraram no ltimo ano um fatorlimitante tambm no plano fundirio. Pa-recer da Advocacia-Geral da Unio (AGU),expedido em agosto de 2010, restringiuaquisies de terras por empresas contro-ladas por estrangeiros e refletiu no ritmo

Limitao no acesso a terras porestrangeiros no Pas preocupao setor pela interfernciaem investimentos e na sua

potencial expansodos investimentos. A situao, que atingeigualmente outros segmentos da produoagrossilvipastoril, levou discusso de umnovo marco regulatrio na rea, que se pro-jetava apresentar at a virada de 2011, na ex-pectativa de melhor equacionar a questo.

Embora ainda no haja manifestaesoficiais no setor, conhecida e se deixa evi-dente a preocupao com a insegurana

jurdica criada para o investidor estrangeiroa partir da interpretao expressa no refe-rido parecer. Nele ampliam-se exignciasno que tange a autorizaes para comprade terra e restringem-se extenses a seremadquiridas por municpio. A situao temestagnado aplicaes externas em unida-des produtoras de etanol e acar, consi-derando que se requer reas grandes emvolta das usinas para poder estabelecer onegcio e ter garantia de fornecimento da

matria-prima, assim como a posse da terrapara realizar financiamentos.A participao do capital externo

considerada importante para a expansoexigida na rea, para a qual se estima a ne-cessidade de aplicar US$ 84 bilhes em dezanos para assegurar produo na ordemde 47 bilhes de litros de etanol por voltade 2020. Grupos sob controle estrangeiroestariam hoje respondendo por cerca de25% da moagem de cana no Brasil e mui-

tos j deteriam reas nos limites ora exigi-dos, alm de estarem enfrentando dvidasna aplicao das novas regras.

Conforme dado apresentado pela Con-federao da Agricultura e Pecuria doBrasil (CNA), durante audincia na Comis-so de Agricultura e Pecuria da CmaraFederal em agosto de 2011, o parecer emquesto j estaria represando aproximada-mente R$ 16 bilhes de investimentos pre-vistos no setor de cana-de-acar at 2017.

Tanto na rea legislativa como na executivafederal, o assunto est sendo discutido e a

expectativa no setor se volta para um novomarco regulatrio que possa trazer maiorsegurana e viabilizar o seu crescimento.

As informaes que eram conhecidasem novembro davam conta de que o go-verno estava ouvindo representantes dasreas atingidas e pretendia apresentar

proposta legal at a virada do ano. Falavainclusive na possibilidade de criar um novorgo administrativo para regular a vendae transferncia de terras para estrangeirosno Brasil, entre outros pontos que estariamem pauta. No pretendia abrir mo de limi-taes, mas tambm no desejava impedirinvestimentos para desenvolver setoresimportantes, como o da cana e, particular-mente, o do etanol.

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The need and the chances for the sugar-

cane industry to expand in Brazil came across

a limiting factor that includes estate ques-tions, last year. An official opinion by the Fed-

eral Attorneys Office (AGU, in the Portuguese

acronym), passed in August 2010, restricted

the acquisition of land by foreign controlled

companies and this has influenced on the

rhythm of investments. The situation, which

equally affects the production of other agri-

silvi-pastoral segments, has led to discussions

Barriers in the wayBarriers in the way of foreigners

willing to invest in sugarcaneoperations in Brazil causesconcern among the sector, asthis interferes with investmentsand potential expansion

about a new regulatory mark for the area,

which was supposed to be concluded by the

end of 2011, whereby a better solution for thequestion was to be presented.

Although no official statements have

been issued by the sector, there is no doubt

about the sense of insecurity of the farmers

about possible juridical questions foreign in-

vestors might face from the express interpre-

tation of the said opinion. This government

act broadens the requirements with regard

to authorizations for purchasing land and

there are restrictions limiting the amount of

hectares to be purchased per municipality.Because of this situation, foreign investments

in ethanol and sugar producing plants have

stagnated, considering that big areas are

needed around the mills to establish the busi-

ness and guarantee the necessary supply of

raw material, as well as ownership over the

land for bank loan purposes.

The participation of foreign capital is

viewed as relevant for expansions in this

area, for which it is estimated that US$ 84

billion are needed over a ten-year period, ifaround 47 billion liters of ethanol are to be

produced by 2020. Foreign control groups

are now allegedly responsible for 25% of all

sugarcane crushing operations in Brazil and

many of them are thought to have reached

the required limits, not to mention the doubts

they are facing in light of the enforcement of

the new rules.

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According to data released by the Brazil-

ian Agriculture and Livestock Confedera-

tion (CNA), during the public hearing of the

Agriculture and Livestock Committee of the

Lower House of Congress, in August 2010,

the opinion in question was already curbing

investments of approximately R$ 16 billion

earmarked for the sector until 2017. Both inthe federal legislative and executive area, the

subject is being discussed and the expecta-

tion of the sector is focused on a new regula-

tory mark, able to provide security and make

growth viable.

From information circulating in Novem-

ber, the government was debating the mat-

ter with the representatives of the affected

areas and had agreed to present a legal pro-

posal by the turn of the year. The creation of

a new administrative organ was not ruledout. It would be in charge of regulating land

sales and transferences for foreigners in Bra-

zil, among other topics believed to be on the

agenda. The government showed no inten-

tion in removing the limitations, but did not

want to prevent investments in the develop-

ment of such important sectors as sugarcane

and, especially, ethanol.

NEWREGULATORYMARK UNDER

DISCUSSION

S l v i o v i l a

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O problema da escassez de etanolno Pas no ltimo ano levou o governo a

estimular o incremento da produo decana-de-acar, incluindo no Plano Safra2011/12 linha de crdito de incentivo aosprodutores independentes. O limite indi-vidual foi elevado de R$ 200 mil para R$ 1milho, com juros de 6,75% ao ano e prazode cinco anos para pagar, incluindo 18 me-ses de carncia, o que permitir renovar at80% do canavial no perodo.

Junto aos fornecedores independen-tes foi identificada a maior necessidade

de replantio, com 1,2 milho de hectaresde sexto corte ou mais nessa situao, de

Estmulopara renovarGoverno destina mais recursospara ampliar a produo decana-de-acar e atender snecessidades de etanol nomercado interno

acordo com o coordenador-geral de A-car e lcool da Secretaria de Produo e

Agroenergia do Ministrio da Agricultura,Pecuria e Abastecimento (Mapa), Cid Cal-das. No mbito das lavouras mantidas pe-las usinas, 900 mil hectares enquadravam-se nesse perfil, alm de mais 200 mil ha dequinto corte, para os quais tambm estavasendo viabilizada uma linha especial de fi-nanciamento.

O coordenador da rea no ministriosalienta que se objetiva assegurar maiorcompetitividade ao setor, com melhoria de

produtividade e reduo de custos. A pro-posta, num segundo passo, prev dispo-

nibilizar recursos para plantio com vistas aatender capacidade ociosa das unidadesindustriais e, num terceiro momento, incluiexpanses, de forma que, no final, seja pos-svel corresponder s demandas crescentesde produo nos prximos anos.

O meio produtivo recebeu o incentivocom entusiasmo. Os produtores de canaindependentes careciam de uma linha decrdito mais ampla, com juros e condiesmais acessveis, que lhes possibilitassem

investir e ampliar suas plantaes. Ago-ra o governo d esse apoio significativo,afirma Raimundo Nonato, presidente daAssociao dos Plantadores de Cana daParaba (Asplan-PB). No Estado, cerca de1.600 produtores (35% do total) tm essacaracterstica.

A importncia da renovao das reasprodutoras reforada no Paran. A partirda crise financeira de 2008 no foi poss-vel recuperar os canaviais na velocidade

necessria, o que gerou perda mdia de10 toneladas de cana por hectare, assina-

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The problem of ethanol shortages in the

Country last year has led the government to

encourage the production of sugarcane, add-

ing a credit line to the 2011/12 crop year plan,

particularly focused on independent grow-

ers. The individual limit was increased from

R$ 200 thousand to R$ 1 million, at an inter-

est rate of 6,75% a year, to be paid back over

a five-year period, including a grace period

of 18 months, a move that will allow for the

renewal of up to 80% of the sugarcane fields

over the period.

The most urgent replanting needs were

detected at independent grower level, with

1.2 million hectares in their sixth cut or more,admits Cid Caldas, general coordinator of the

Sugar and Alcohol division at the Secretariat

of Production and Agroenergy of the Minis-

try of Agriculture, Livestock and Food Sup-

ply (MAPA). In the range of the plantations

maintained by the mills, 900 thousand hect-

ares fit into this profile, besides an extra 200

thousand hectares in their fifth cut, for which

a special credit line is also to be introduced.

The coordinator of this area at ministry

level stresses that the idea is to turn the sec-tor more competitive, through quality im-

provement and cost reduction. The proposal,

at a second stage, also includes resources

for planting operations, intended to fill the

idle capacity of the industrial units and, at a

third moment, it includes expansions, so as

to make it possible to eventually meet the

ever-increasing production demands over

the next years.

The production sector greeted the in-

centive with enthusiasm. The independentsugarcane producers were really in need of

RenewalincentiveGovernment earmarks moreresources for the productionof sugarcane, thus meeting thedomestic needs for ethanol

a broader credit line, under more accessible

conditions and interest rates, making it pos-

sible for them to invest in their plantations

and expand them. And now the government

is lending this support and incentive, says

Raimundo Nonato, president of the Sugar-

cane Growers Association of Paraba (Asplan-

PB). In that State, about 1,600 growers (35%

of the total) bear this characteristic.

The importance of renewing these areas

is reinforced in Paran. Ever since the finan-

cial crisis broke out in 2008 it had not been

possible to recover the sugarcane fields at a

speed deemed necessary, which resulted into

average losses of 10 tons per hectare, saysJos Adriano Dias, superintendent of the As-

sociation of Biofuel Producers in Paran (Al-

copar). The credit lines for this purpose is a

really important step, complements the agri-

culture manager of Vale do Iva Agroindustri-

al Cooperative (Cooperval), Andrei Henrique

De Tomasi, revealing gradually advancing

plans in this realm.

As far as the industries are concerned,

they were also waiting for the confirma-

tion of an incentive plan, for sugarcane fieldrenewal or expansion purposes, for the sec-

ond half of the year. After a meeting with the

minister of agriculture, Mendes Ribeiro Filho,

in September, the president of the Sugarcane

Industry Union (Unica), Marcos Sawaya Jank,

stressed that, with the government incentive,

it will be possible to recover at least 150 mil-

lion tons of sugar cane over the next years. To

this end, 25% of the area was supposed to be

replanted, besides expanding the cultivated

area both of the old mills and the new ones(greenfields).

la Jos Adriano Dias, superintendente daAssociao dos Produtores de Biocom-bustveis do Paran (Alcopar). A aberturade crdito para essa finalidade muito im-portante, complementa o gerente agrcolada Cooperativa Agroindustrial Vale do Iva(Cooperval), Andrei Henrique De Tomasi,revelando planos de avanos gradativosnesse aspecto.

De parte das indstrias, tambm seaguardava no segundo semestre a confir-

mao de programa de incentivo renova-o e expanso dos canaviais. Aps audin-cia com o ministro da Agricultura, MendesRibeiro Filho, em setembro, o presidente daUnio da Indstria de Cana-de-acar (Uni-ca), Marcos Sawaya Jank, destacava que,com o incentivo governamental, ser pos-svel recuperar pelo menos 150 milhes detoneladas de cana nos prximos anos. Paraessa finalidade, 25% da rea seria replanta-da, alm de expandir a extenso cultivada

tanto nas usinas antigas como nas novas(greenfields).

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A anlise da sustentabilidade para pro-duo de biocombustvel de cana-de-acardestinado a avies a jato est em desenvol-vimento pela empresa Amyris, com finan-ciamento da Boeing Company, dos EstadosUnidos, da Empresa Brasileira de Aeronuti-

ca S.A. (Embraer) e do Banco Interamericanode Desenvolvimento (BID). A iniciativa foi

anunciada em julho de 2011 e os resultadosdevero ser divulgados em 2012.

Coordenado pelo Instituto de Estudosdo Comrcio e Negociaes Internacionais(Icone) e supervisionado pelo World WildlifeFund (WWF), o estudo vai avaliar condies

ambientais e mercadolgicas relacionadasao uso do combustvel de fonte renovvel

A jatoEstudo analisa sustentabilidade

da produo de combustvelpara avio a partir da cana-de-acar brasileira

para jatos produzido pela Amyris. Inclui-seuma completa anlise do ciclo de vida das

emisses associadas ao combustvel deriva-do da cana-de-acar e uma avaliao com-parativa em relao aos padres de susten-tabilidade existentes.

De acordo com o lder da rea no BID, Ar-naldo Vieira de Carvalho, novas tecnologiaspara produo de combustveis de fonte re-novvel para jatos tm o potencial de reduzirsignificativamente as emisses de gases deefeito estufa. O banco disps-se, em coopera-o regional, a auxiliar instituies pblicas e

privadas a desenvolverem uma indstria sus-tentvel neste campo e o estudo do produto

Slviovila

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SOBRE RODASOutra parceria feita pela empresa americana Amyris, desta vez com a multinacional francesa Miche-

lin, prev a fabricao de pneus com matria-prima originada da cana-de-acar. O acordo, anunciadoem setembro de 2011, prev o desenvolvimento a partir desta fonte renovvel do isopreno, principalcomponente qumico utilizado em pneus e produtos com borrachas naturais e sintticas, como adesi-vos, revestimentos e selantes, com previso de comercializao a partir de 2015.

A iniciativa mais um exemplo que amplia o leque de opes em que a cana pode trazer contri-buies significativas, que vo muito alm das commoditiesacar e etanol, comenta Alfred Szwarc,consultor de Emisses e Tecnologia da Unio da Indstria de Cana-de-acar (Unica). Ao lado da de-manda crescente por bioplsticos, salienta que o uso previsto tem o apelo da sustentabilidade, com asvantagens de se disponibilizar um produto renovvel em substituio a um derivado de petrleo.

da Amyris o primeiro a ser financiado.O vice-presidente de Meio Ambiente e

Poltica de Aviao da Boeing, Billy Glover,salienta que a pesquisa em parceria para ouso da cana-de-acar em jatos importan-te para diversificar as fontes de combustveispara aviao e fortalecer a cooperao esta-belecida entre os Estados Unidos e o Brasilna rea de energia renovvel. Assinala que,com a autorizao do uso do biocombust-vel por empresas areas, o entendimento ea garantia da sustentabilidade das fontes deenergia que podem abastecer as cadeias de

suprimentos regionais so fatores crticos eo Brasil tem um forte papel a exercer.

Para a Embraer, a participao no estudo mais um passo para o desenvolvimento

de combustveis sustentveis para a aviao.O Brasil uma rica fonte de biomassa e odesenvolvimento dessa tecnologia, baseadana cana-de-acar, refora a importncia docrescimento sustentvel da aviao para oPas, destaca Guilherme de Almeida Freire,diretor de Estratgia e Tecnologia para oMeio Ambiente.

O rgo estadunidense de normatiza-ao tcnica American Society for Testingand Materials (ASTM International) criou

em 2011 uma fora-tarefa para estabelecerespecificaes de produto para combus-

tveis de fonte renovvel para jatos a partirda cana-de-acar, como o que est sendo

desenvolvido pela Amyris. Quanto ao estu-do, frisa o chief executive officer(CEO) da em-presa, John Melo, nos ajudar a substituir oscombustveis fsseis com uma alternativade fonte renovvel para jatos que exceda oscritrios tcnicos e de sustentabilidade.

O WWF manifesta orgulho em contribuircom a investigao. Conforme o assessor deprogramas, Kevin Ogorzalek, o trabalho fazparte de um crescente esforo internacio-nal para reduzir as emisses de poluentes

da aviao e proteger os recursos crticosdos quais todos ns dependemos.

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Amyris is a company that is now conduct-

ing an analysis on the viability of sustain-

able production of sugarcane-based fuel for

jet planes. The study is sponsored by Boeing

Company, of the United States, by the Brazil-

ian Aerospace Company (Embraer) and the

Inter-American Development Bank (BID). The

initiative was announced in July 2011 and

the results will be released in 2012.Coordinated by the Institute for Studies of

Commerce and International Negotiations

(Icone) and supervised by the World Wildlife

Fund (WWF), the purpose of the study is to

evaluate the environmental and market con-

ditions related to the use of fuel from renew-

able sources for jet planes manufactured by

Amyris. The research includes a comprehen-

sive analysis of the life cycle of the emissions

associated with the sugarcane-based fuel

and a comparative evaluation regarding theexisting sustainability standards.

According to the leader in the area at BID,

Arnaldo Vieira de Carvalho, new technologies

for the production of fuels from renewable

sources for jet planes pose the potential to sig-

nificantly reduce the emission of greenhouse

gases. The bank expressed willingness, at re-

gional cooperation level, to help public and

private institutions develop a sustainable in-

dustry in this field, and the study of the productconducted by Amyris is the first to be financed.

The vice-president of the Environment

and Boeing Aviation Policy, Billy Glover, points

out that the joint research work on the use

of sugar cane fuel for powering jet planes is

important in that it diversifies the sources

of aviation fuels and strengthens the coop-

eration initiatives between the United States

and Brazil in the area of renewable energy.

He mentions that, with the authorization of

the use of biofuels by airplane companies, theunderstanding and assurance of the sustain-

Jet poweredStudy analyzes sustainable

production of sugarcane-basedfuel for airplanes

ON WHEELS

Another partnership the American Amyris entered into, now with the French multi-

national Michelin, consists in the use of raw material from sugar cane for manufacturing

tires. The agreement, announced in September 2011, sets forth the development of iso-

prene from sugar cane. The product is a major chemical component utilized in tires and

products made from natural and synthetic rubber, like adhesive tapes, coatings and seal-

ants, scheduled to be launched into the market as of 2015.The initiative is Just one more example that expands the spectrum of options of sugar

canes contribution that go far beyond the sugar and alcohol commodities, comments

Alfred Szwarc, consultant with the Sugar Cane Industry Unions Emissions and Technol-

ogy Department (Unica). Side by side with soaring demand for bioplastics, he stresses that

their use incorporates a sustainability concept, with the advantage of replacing a product

made from crude oil with a renewable product.

ability of the energy sources ready to supply

the regional chains are critical factors and

Brazil has a strong role to play on that score.

To Embraer, the participation in the study

is one more step towards the development

of sustainable fuels for aviation. Brazil is a

rich source of biomass and the development

of this technology, based on sugar cane,strengthens the importance of aviations sus-

tainable development for the Country, says

Guilherme de Almeida Freire, director of Strat-

egy and Technology for the Environment.

In 2011, the North-American technical

standardization organ American Society

for Testing and Materials (ASTM Interna-

tional) created a task force to come up with

product specifications for fuels from renew-

able sources, made from sugar cane, destined

for aviation, similar to the one being devel-oped by Amyris. Regarding the study, chief

executive officer (CEO) of the company, John

Melo, insists that it will help us replace fossil

fuels with an alternative renewable source for

jet planes that goes beyond all technical and

sustainability criteria.

The WWF is proud of contributing towards

the investigation. According to programs

advisor Kevin Ogorzalek, the work is part of

soaring international efforts to reduce pollut-

ing airplane emissions and protect the criticalresources on which we all depend.

Slviovila

4


37/132

A CENTER FOR STUDIES

Research works on aviation biofuels, considering Brazilian expertise in sugarcane technology, might trigger the inauguration of a center for

studies in Brazil, in 2012, focused on the subject, thus turning into a global reference in the development of sustainable products for this purpose.

The expectation comes from Alfred Szwarc, consultant in Emissions and Technology at the Sugarcane Industry Union (Unica), in view of the ini-

tiative of the airplane manufacturing sector with the biotechnology company Amyris, announced in mid 2011 and, an agreement signed in late

October by these companies with the So Paulo Research Support Foundation (Fapesp).

The American Boeing and the Brazilian Embraer are supposed to join efforts with the So Paulo Foundation in the field of renewable energy

focused on air transportation thus contributing towards meeting the targets required by the sector. According to Szarc, the directives defined by

the International Air Transport Association (IATA) set forth that by 2050 the companies are requested to reduce by 50% their carbon dioxide (CO2)

emission compared to the 2005 levels, besides presenting results to this end by 2020. Thus, the specialist complements, it is advisable to start usingnational renewable fuel, like kerosene made from sugar cane, and partnerships have been signed to make this intent viable.

CENTRO PARA ESTUDARAs pesquisas de biocombustveis para aviao, conside-

rando o conhecimento brasileiro em tecnologia de cana-de-acar, podero viabilizar um centro de estudos com esse focoem 2012 no Pas, tornando-o referncia mundial no desenvolvi-

mento de produtos sustentveis para esse fim. A expectativa manifestada pelo consultor em Emisses e Tecnologia da Unioda Indstria de Cana-de-acar (Unica), Alfred Szwarc, diante dainiciativa na rea de fabricantes de avies com a empresa debiotecnologia Amyris, anunciada em meados de 2011 e, tam-bm, do acordo assinado no final de outubro pelas mesmasempresas com a Fundao de Amparo Pesquisa do Estado deSo Paulo (Fapesp).

A americana Boeing e a brasileira Embraer devero integraresforos com a fundao paulista no campo das energias reno-vveis voltadas ao transporte areo e contribuir para atender ametas exigidas no setor. Conforme Szwarc, diretrizes definidas

pela Associao de Transporte Areo Internacional (Iata, em in-gls) estabelecem que at 2050 as companhias tero de reduzirpela metade as emisses de dixido de carbono (CO2) em re-lao aos nveis medidos em 2005, alm de precisar apresentarresultados nesse sentido at 2020. Assim, complementa o es-pecialista, torna-se interessante utilizar combustvel renovvelnacional, como o querosene de cana-de-acar, e vm sendoconstrudas parcerias para viabilizar esse intento.

RobispierreGiuliani

35


38/132

O setor canavieiro est atento a uma

determinao j expressa em decreto fe-deral (2.661) de 1998 e reforado em algu-

mas legislaes estaduais, como o caso

do maior Estado produtor, So Paulo, no

que tange eliminao gradativa do em-

prego do fogo como mtodo despalhador

e facilitador do corte. O lder na produo

definiu normas prprias em 2002, com a lei

estadual 11.241, e em 2007 criou o Projeto

Ambiental Estratgico Etanol Verde, que

antecipou os prazos legalmente previstos.

Desde sua criao, o projeto vem con-quistando resultados importantes, como o

Em extinoEliminao gradativa da queimada palha da cana-de-acarauxilia no desenvolvimentosustentvel do setor

avano da colheita da cana sem o emprego

do fogo para mais de 56% da rea colhidano Estado, a proteo de cerca de 270 mil

hectares de mata ciliar e a reduo do con-

sumo de gua no processamento industrial.

Assim, contribui efetivamente para melho-

rar a qualidade ambiental da populao,

assinala Ricardo Viegas, gerente do projeto

e diretor do Departamento de Desenvolvi-

mento Sustentvel da Secretaria do Meio

Ambiente do Estado de So Paulo.

O Projeto Etanol Verde integrado por

protocolo e por zoneamento agroambien-tais. O primeiro foi assinado pelo governa-

dor, Geraldo Alckmin; pelos secretrios de

Estado do Meio Ambiente, Bruno Covas, e da

Agricultura e Abastecimento, Mnika Ber-

gamaschi; e pelos presidentes da Unio da

Indstria de Cana-de-acar (Unica), Marcos

Sawaya Jank, e da Organizao de Plantado-

res de Cana da Regio Centro-Sul (Orplana),

Ismael Perina Jnior, buscando organizar

a atividade agrcola e industrial de modo apromover a adequao ambiental, em acor-

do voluntrio de boas prticas, reconhecido

por certificado anual de conformidade.

Entre as principais diretivas acertadas

est a de antecipar o prazo para eliminao

da queima da palha previsto na lei estadu-

al, passando de 2021 para 2014, nas reas

mecanizveis, e de 2031 para 2017, nas no

mecanizveis. As 173 usinas e 29 associa-

es de fornecedores participantes res-

pondem por 94% da produo paulista deetanol, 59% da nacional e 17% da mundial.

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The sugarcane sector is always attentive

to a resolution expressed by federal decree

(2.661) of 1998 and reinforced by state legis-

lations, as is the case of the State of So Paulo,

leading sugarcane producer in Brazil, regard-

ing gradual phase-out of sugar cane strawburning, which facilitates the cutting process.

The biggest sugar cane producing state de-

fined its own standards in 2002, with State

Law 11.241, and in 2007 created the Green

Ethanol Strategic Environmental Project, an-

ticipating the legally established deadlines.

Since its creation, the project has been

achieving relevant results, like strides towards

harvesting sugar cane without burning the

straw, which is now a reality in 56% of the

area harvested in the State, resulting into theprotection of 270 hectares of streamside for-

ests and the reduction of the amount of wa-

ter needed in industrial sugar cane process-

ing operations. This has effectively improved

the environmental quality of the population,

says Ricardo Viegas, manager of the project

and director of the Sustainable Development

Department of the So Paulo State Secretari-

at of the Environment.

The Green Ethanol Project is integrated

by Environmental zoning and a protocol. Theformer was signed by governor Geraldo Alck-

No Estado, conforme relatrio do projeto,

a colheita crua deu um salto de 34,2% da

rea na safra 2006/07 para 55,6% na tem-

porada 2010/11, atingindo a 2,62 milhes

de hectares. A iniciativa evita, alm da quei-

ma, a emisso de milhes de toneladas de

poluentes.

O Zoneamento Agroambiental para o

Setor Sucroenergtico do Estado de SoPaulo (ZAA) foi estabelecido em 18 de

setembro de 2008 e atualizado em 2009,

numa parceria entre as secretarias do Meio

Ambiente e da Agricultura e Abastecimen-

to. Foi criado um mapa nico que indica

reas adequadas e inadequadas ao cultivo

de cana e regula a ocupao das terras, as-

sim como a instalao e ampliao de uni-

dades agroindustriais. O documento foi uti-

lizado inclusive como base dos parmetros

definidos para o licenciamento ambientaldesses estabelecimentos.

In extinctionGradualeliminationof sugarcanestraw burningwill help thesector achievesustainabledevelopment

min; State and Environment Secretaries, Bru-

no Covas, and Agriculture and Supply, Mni-

ka Bergamaschi; and by the presidents of the

Sugar Cane Industry Union (Unica), Marcos

Sawaya Jank, and of the Center-South Re-

gion Sugar Cane Growers Organization

(Orplana), Ismael Perina Jnior, all engaged

in organizing the agricultural and industrial

activity in line with environmental require-

ments, through a voluntary agreement re-

garding duly acknowledged best practices,

and annual compliance certificate.

A major directive that was established

includes the anticipation of the deadline to

phase out sugar cane straw burning, set forth

by state legislation, from 2021 to 2014, in ar-

eas where mechanization is viable. The 173

mills and 29 suppliers organizations account

for 94% of the ethanol produced in So Paulo,59% of the national volumes and 17% of the

global volumes. In the State, according to a re-

port of the project, green harvesting jumped

from 34.2% of the area in the 2006/07 crop

year to 55,6% in the 2010/11 season, reach-

ing 2.62 million hectares. Besides eliminating

straw burning, the initiative prevents million

of tons of pollutants from being released into

the atmosphere.

The Agroenvironmental Zoning project

for the Sugar and Energy Sector in So Paulo(ZAA) was passed on 18th September 2008

and updated in 2009, in a partnership be-

tween the Secretariats of the Environment

and Agriculture and Supply. A unique map

was created and it points out the areas that

are appropriate for the crop and also regu-

lates the use of the land, as well as the cre-

ation of new agroindustrial units. The docu-

ment was also used as the basis for defining

the parameters for issuing the environmental

licenses required for such agroindustrial op-erations.

37


40/132

O municpio de So Paulo estabeleceucomo meta, em legislao e poltica sobremudanas do clima, a substituio gradualdos combustveis fsseis por outros commenor potencial de emisso de gases deefeito estufa. Prev que at o final de 2018toda a frota de nibus urbanos (15 mil atu-almente) seja movida por fontes renov-veis. Para esse fim, a Scania Brasil entregou

em 2011 as primeiras unidades movidasa etanol de cana-de-acar do sistema detransportes da cidade.

A tecnologia de baixo carbono dos mo-tores a etanol, segundo a empresa, emiteat 90% menos gs carbnico (CO2) naatmosfera que o diesel e proporciona areduo de material particulado, xidos denitrognio e hidrocarbonetos. Atende tam-bm legislao de emisso de poluentesda fase P7 do Programa de Controle da

Poluio do Ar por Veculos Automotores(Proconve) do Conselho Nacional do Meio

Ambiente (Conama), que entra em vigorem 2012 e equivale norma Euro 5, obriga-tria pela Unio Europeia desde 2009.

Os nibus entregues possuem motorde nove litros, 270 cavalos de potncia esero abastecidos com etanol adicionadoa 5% de aditivo promovedor de ignio.Passam a oferecer uma alternativa real demodelo de transporte mais sustentvel e

que pode garantir um futuro mais saud-vel populao, diz Wilson Pereira, gerenteexecutivo de vendas de nibus da ScaniaBrasil. Ressalta que o etanol a melhorsoluo dentre os combustveis renovveispor apresentar a melhor relao custo xeficincia em nveis de emisses e dispo-nibilidade.

A montadora sueca referncia mundialem motores movidos a etanol. Comerciali-za o produto h 30 anos na Europa e hoje

mais de 800 nibus da empresa com essacaracterstica circulam no mundo. Em 2011,

Boa trocanibus da cidade de So Paulocomeam a utilizar o etanolcomo combustvel, reduzindo a

emisso de gases poluentes

alm de introduzir a tecnologia em nibusno Brasil, apresentou no Salo Internacio-nal do Transporte (Fenatran), no ms deoutubro, em So Paulo, o nico caminhomovido 100% a etanol no Pas. Vamos con-

tribuir para o cumprimento das metas depoltica ambiental no apenas na formaode uma frota de nibus, mas tambm comcaminhes que circulam pelas cidades,colaborando com a qualidade de vida daspessoas e reduzindo os impactos ambien-tais, afirma Roberto Leoncini, diretor-geralda empresa no Brasil.

Durante o evento, o consultor de Emis-ses e Tecnologia da Unio da Indstriade Cana-de-acar (Unica), Alfred Szwarc,

observou que cada vez mais empresas deveculos pesados apostam na fabricaode unidades que utilizam o etanol comocombustvel, considerando-o um promis-sor nicho de mercado para reduzir custosoperacionais e emisses de poluentes,particularmente em usinas e destilariassucroenergticas. Alm da Scania, tam-bm a Iveco e a Man Latin America mos-traram iniciativas na rea, utilizando oconceito de biocombustvel, mas esto

desenvolvendo testes antes de fornec-los ao mercado.

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The city of So Paulo set a new target, in

legislation and policies on climate changes,

that consists in gradually replacing all fossil

fuels with other fuels with a smaller poten-

tial for the emission of greenhouse gases. By

2018, the entire urban bus fleet (15 thousand

vehicles now) should be powered by fuel from

renewable sources. To this end, Scania Brasil

delivered the first vehicles powered by sugarcane ethanol to the citys transportation sys-

tem.

The low carbon technology that charac-

terizes all ethanol powered engines, accord-

ing to company sources, releases 90% less

carbonic acid gas into the atmosphere than

diesel, and is also responsible for a reduction

in particulate material, nitrogen oxides and

hydrocarbons. It also complies with the pol-

lutants emission legislation of the P7 phase of

the Program for Air Pollution Control by Au-tomotive Vehicles (Proconve) of the National

Council of the Environment (Conama), which

will enter into force in 2012 and is equivalent

to the Euro 5 Standard, made mandatory by

the European Union in 2009.

The buses that have been delivered are

equipped with 270 hp engines and run on

ethanol with a 5-percent ignition promoting

additive. They turn out to be a real alternative

transport model that could assure a healthierfuture to the population, says Wilson Pereira,

executive manager of Scania Brasils bus sales

department. He points out that ethanol is the

best solution among all renewable fuels be-

cause it presents the best cost-efficiency rela-

tion in terms of emissions and availability.

The Swedish car manufacturer is a world

reference in ethanol powered engines. The

company has been selling the product for 30

years in Europe, and now upwards of 800 bus-

es of the company, powered by ethanol, arecirculating in the world. In 2011, besides intro-

Changing for the betterBuses in So Paulo are nowpowered by ethanol, reducingthe emission of pollutant gases

ducing this technology in Brazil, the company

exhibited in the International Transport Sa-

loon (Fenatran), held in So Paulo in October,

the only truck 100% powered by ethanol inthe Country. We are giving our contribution

towards achieving the environmental policy

targets not only through a bus fleet, but also

with trucks that circulate around our towns,

thus collaborating towards the quality of life

of the people and reducing the environmen-

tal impacts, says Roberto Leoncini, general

director of the company in Brazil.

During the event, the consultant of Uni-

cas Emissions and Technology consultant

of the Sugarcane Industry Union (Unica),Alfred Szwarc, observed that, increasingly,

manufacturers of heavy duty vehicles are

betting on trucks that are powered by etha-

nol, considering it a promising market niche

to reduce operational costs and pollutant

emissions, particularly in sugar and energy

mills and distilleries. Besides Scania, other

companies that presented initiatives in

the area are Iveco and Man Latin America,

resorting to the biofuels concept, and are

now testing their vehicles that are later to be

launched into the market.

Slviovila

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42/132

Um espao cultural especial devermostrar a contribuio que teve para odesenvolvimento do Pas a produo decana-de-acar e derivados, um dos pri-meiros empreendimentos econmicos afuncionar de forma organizada nas ter-

ras brasileiras. Parceria do Instituto BrasilLeitor e da Prefeitura de Piracicaba, nointerior de So Paulo, est viabilizandoo Museu do Acar e Etanol, em prdiodo antigo Engenho Central, fundado em1881 naquela regio e que encerrou ativi-dades em 1974.

O local, que foi grande smbolo do de-senvolvimento na poca e significou umavano na estrutura produtiva canavieirano Brasil, ser restaurado a partir de dezem-

bro de 2011, com previso de entrega noprximo ano. Projeta-se o investimento deR$ 38,6 milhes vindos de patrocinadoresprivados por meio de lei de incentivo. O Mi-nistrio da Agricultura, Pecuria e Abaste-cimento (Mapa) dedica apoio institucional iniciativa.

O antigo engenho revitalizado, plenode atividades culturais e de negcios, pas-sar a ser, no decorrer dos anos, motivo deorgulho e referncia para a comunidade de

Piracicaba e todo o Brasil, com a ampliaodo conhecimento da histria das atividades

ligadas cultura, ressalta o diretor-geral doInstituto Brasil Leitor, William Nacked. A en-tidade responde pela gesto, coordenaoe execuo geral do projeto. O prefeito dacidade, Barjas Negri, por sua vez, demonstraa pretenso de transformar o engenho e o

museu em referncia cultural mundial. objetivo do projeto mostrar, em sa-las de exposies, espaos dinmicos deinformao visual e atividades interativas,as principais etapas da evoluo do cicloaucareiro no Pas e no mundo. nfase es-pecial ser dada a So Paulo e regio dePiracicaba, que sempre teve na atividadeuma das principais fontes de desenvolvi-mento econmico e social. Tambm de-ver ser destacado o importante papel

da cultura da cana como fonte de energiarenovvel para enfrentar os desafios dasustentabilidade.

Na regio nordestina do Pas, onde teveincio a histria da cana-de-acar brasi-leira, o acervo do antigo Museu do Acar(1963-1977) encontra-se atualmente noMuseu do Homem do Nordeste, criado noano de 1979 em Recife (PE). Expe peasrequintadas pertencentes s famlias dossenhores de engenho e formas tpicas de

arquitetura local, como a casa-grande des-ses mesmos proprietrios.

Histria mostraAntigo Engenho Central,localizado em Piracicaba,ser restaurado e vai sediar oMuseu do Acar e Etanol apartir de 2012

Old CentralMill, located

in Piracicaba,will undergocomplete

refurbishmentto accommodate

the Sugarand Ethanol

Museum, as of2012

Divulgao

0


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A special cultural space is supposed to at-

test to the contribution given by the sugar

cane crop and products thereof towards the

development of the Country, since it was one

of the first economic enterprises that func-

tioned in organized manner in the Brazilian

territory. A partnership of the Brazilian ReaderInstitute and the Municipal Administration of

Piracicaba, in the interior of So Paulo, is now

materializing the Sugar and Ethanol Museum,

in a building of the Old Central Mill, founded in

1881 in that region and shut down in 1974.

The locale, which was a relevant sym-

bol of development back then and was

synonymous with an advanced sugar cane

production structure in Brazil, will undergo a

refurbishment process as of December 2011,

scheduled to be completed by 2012. An invest-ment of R$ 38.6 million is projected, financed

by private sponsors through the incentive

law. The Ministry of Agriculture, Livestock and

Food Supply (MAPA) lends its support to this

institutional initiative.

The old and revitalized mill, replenished

with cultural and business activities, will over

the years turn out to be reason for pride forthe community of Piracicaba and Brazil, by

expanding the historical knowledge of the

activities linked to this crop, recalls William

Nacked, general director of the Brazil Reader

Institute. The entity is responsible for the

management, coordination and general ex-

ecution of the project. The mayor of the city,

Barjas Negri, in turn, has demonstrated his

intention to transform the mill and the mu-

seum into a global reference.

The goal of the project is to demonstrate,in exhibition rooms, dynamic visual informa-

tion spaces and interactive activities, the main

evolution stages of the sugar cycle in Brazil

and the world. So Paulo and the region of Pi-

racicaba will be given special emphasis, where

the activity has always been a major source of

social and economic development. What will

also be highlighted is the relevant role of thesugar cane crop in terms of renewable energy

in the face of sustainability challenges.

In the northeastern region of the Coun-

try, which is credited with the beginnings

of the history of sugar cane in Brazil, all the

items of the Old Sugar Museum (1963-1977)

have found accommodation in Museum

of the Northeastern Man, created in 1979,

in Recife (PE). It displays fine items that be-

longed to the mill owners and typical local

architecture traces, like the huge householdsof these mill owners.

Making history

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Efeitocascata

ACAR Sugar

2

Slviovila


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A oferta de acar no mercado brasilei-ro foi reduzida devido significativa escas-sez da sua matria-prima, a cana-de-acar.As estimativas oficiais demonstram dimi-nuio de 2,88% no volume total de acarproduzido no Brasil do ciclo 2010/11 para o2011/12. Em termos absolutos, correspon-de a 1,099 milho de toneladas a menosentre as duas temporadas, a mais recentefinalizada em novembro de 2011.

O analista da consultoria Safras & Mer-

cado Maurcio Muruci cita que a menordisponibilidade teve grande contribuioda regio Centro-Sul do Pas, que represen-

Reduo da oferta de matria-prima leva produo menorde acar, impactando nomercado do produto

ta mais de 86% da produo nacional deacar. Com tamanha importncia, a regiodiminuiu em 4,98% a produo, o que im-pactou o quadro de oferta nacional. Apesardo dficit de quase 1,1 milho de t, o mer-cado foi o que menos sofreu, em termospercentuais, no setor sucroalcooleiro. Issoporque, segundo Muruci, a quebra foi me-nor do que aquela identificada no etanol(-14,17%) e na colheita de cana-de-acar(-5,60%).

Fator determinante para esse cenriode diminuio mais branda na produoaucareira so as cotaes do produto, tan-

to no mercado domstico quanto no inter-nacional. Em nvel domstico, os preostm mostrado forte evoluo nos valoresmdios praticados em cada safra. A tempo-rada 2011/12 apresenta preo mdio 17%acima do praticado no mesmo perodo dasafra anterior, revela o analista. Essa forte

valorizao, observada nas trs safras maisrecentes, tem impacto ainda maior ao com-parar a remunerao do acar com a doetanol, acrescenta.

Em mdia, durante o perodo 2011/12,o acar apresentou remunerao 43%superior ao etanol para as usinas, que poresse motivo escolheram o primeiro em de-trimento do segundo. Essa combinao defatores, junto forte valorizao das cota-es no mercado internacional, explicam

a oferta de acar ter sido a menos pre-judicada com a quebra da safra de cana2011/12, destaca Muruci.

OFICIAL

O levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Co-nab), apesar de defasado, em razo de ter sido divulgado em agostode 2011, j indicava a tendncia de queda na produo aucareira.A previso de esmagamento de cana para a obteno do produto,

na poca, era de 288,287 milhes de toneladas, correspondendo a48,95% da previso de moagem de 588,915 milhes de t. Na regioCentro-Sul, o percentual destinado menor e fica em 47,57%. Natemporada passada, a mdia nacional ficou em 46%. A produototal de acar est estimada em 37,069 milhes de t ou 741,376milhes de sacas de 50 quilos, conforme o levantamento oficial doMinistrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento (Mapa).

A Unio da Indstria de Cana-de-acar (Unica) tambm apuraseus dados, referentes aos estados do Centro-Sul, e, conforme divul-gado em novembro, a quantidade de cana-de-acar moda pelasunidades produtoras da regio do incio da atual temporada, em

abril, at 31 de outubro somou 459,56 milhes de t. No mesmo per-odo do ciclo anterior, esse total chegou a 501,23 milhes de t, o quedemonstra queda de 8,3%. S em outubro, o recuo foi de 17,60%,com a moagem de 46,43 milhes de t contra 56,35 milhes t do

mesmo ms de 2010. O diretor-tcnico da Unica, Antnio de PduaRodrigues, destaca que essa diminuio progressiva da moagemno surpreende, pois reflete o contnuo declnio do nmero de usi-nas em operao.

Na safra atual, havia 310 usinas em atividade na regio Centro-Sul. Dessas, 89 encerraram suas operaes at outubro; 186 finaliza-riam em novembro; e as 35 unidades restantes seguiriam moendoem dezembro. A Unica estima que do total de matria-prima pro-cessada de abril at 31 de outubro, 51,58% destinaram-se ao etanol.A produo acumulada de acar somou 29,23 milhes de t, contra30,54 milhes de t em igual perodo de 2010.

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Sugar supplies in the Brazilian market

shrank significantly due to tight supply of

sugar cane, the raw material. By official esti-

mates, the reduction was 2.88% in the total

volume of sugar produced in Brazil from

2010/11 to the 2011/12 cycle. In absolute

terms, this corresponds to 1.099 million tonsless in-between the two seasons, where the

latter came to a close in November 2011.

Maurcio Muruci, analyst with Safras &

Mercado consultancy, mentions that the

tighter supplies were the result of the shrink-

ing production volumes in the Center South

region, which represents more than 86% of

our national sugar production volumes. As

an important production hub, the region ex-

perienced a 4.98% reduction in volume, a fact

that had a big impact on the national supply

side. In spite of a deficit of nearly 1.1 milliontons, the market suffered the least in percent-

age terms, in the sugar and alcohol sector.

This happened because, according to Muruci,

the gap was smaller than the one identified

with ethanol (-14.17%) and in the harvest of

Domino effectShrinking supply of rawmaterial leads to smaller sugarvolumes, with impacts on themarket of the product

sugar cane (-5.60%).

A determining factor for this milder re-

ceding scenario in the production of sugar is

represented by the prices of the product, both

at home and abroad. At the level of domes-

tic consumption, prices have shown steady

evolution in the average values practiced at

every season. Average prices in the 2011/12season are up 17% from the same period

the previous year, the analyst reveals. This

steady rise in value, observed over the three

most recent seasons, has even a bigger im-

pact if sugar prices are compared to ethanol

prices, he adds.

On average, during the 2011/12 cycle, the

remuneration fetched by the mills from sugar

was 43% better than the remuneration from

ethanol, this explains why they opted for the

first one to the detriment of the second. Thiscombination of factors, along with the rising

prices in the international marketplace, ex-

plain why sugar suffered the least from the

sugar cane crop frustration in 2011/12, Mu-

ruci points out.

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eM DesVAnTAgeM lAgging BehinD

Desempenho do setor sucroalcooleiro

Descrio Safra 2010/11 Safra 2011/12 Variao (%)

Produo de cana-de-acar (t) 623.905.100 588.915.000 -5,61

Produtividade (kg/ha) 77.446 69.824 -9,84

rea plantada (ha) 8.056.000 8.434.300 4,70

Produo de acar (t) 38.168.400 37.068.800 -2,88

Produo de etanol (lt) 27.595.483.300 23.686.481.000 -14,17

Fonte: Conab Elaborao: Safras & Mercado

no negATiVo in The reD

Produo at 1/11/2011 na regio Centro-Sul

Produtos Safras Variao(%)2010/11 2011/12

Cana-de-acar (1) 501.231,0 459.563,5 -8,31%

Acar (1) 30.537,1 29.225,2 -4,30%

Etanol anidro (2) 6.506,7 7.487,6 15,08%

Etanol hidratado (2) 16.452,9 11.678,5 -29,02%

Etanol total (2) 22.959,5 19.166,1 -16,52%

ATR (1) 71.006,8 63.343,6 -10,79%

ATR/tonelada

de cana (3)

141,66 137,83 -2,70%

MIX

Acar 45,13% 48,42%

Etanol 54,87% 51,58%

Litrosetanol/tonelada de cana

45,81 41,71 -8,95%

Kg acar/toneladade cana

60,92 63,59 4,38%

Fonte: UnicaNota: (1) Em mil toneladas; (2) em milhes de litros; (3) quilo de ATR/tonelada de cana*Dados sujeitos a pequenos ajustes

SUGARTURNED

OUT TO BE

43% MOREPROFITABLEFOR THE

MILLS THANETHANOL

OFFICIAL

The survey by th

Documents

Anuário de Cana 2011