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    SINDICATO NACIONAL DAS EMPRESAS DISTRIBUIDORASDE COMBUSTVEIS E DE LUBRIFICANTES

    PRESIDENTE Joo Pedro Gouva Vieira Filho

    VICE-PRESIDENTE EXECUTIVO Alisio J. M. Vaz

    VICE-PRESIDENTE Leonardo Gadotti Filho - ESSO

    VICE-PRESIDENTE Reinaldo Jos Belotti Vargas - PETROBRAS DISTRIBUIDORA

    VICE-PRESIDENTE Joo Carlos Frana De Luca - REPSOL

    VICE-PRESIDENTE Gilbert DOrey Landsberg - SHELL

    VICE-PRESIDENTE Maurcio Borges Campos - TEXACO

    DIRETOR OPERACIONAL DE DEFESA DA CONCORRNCIA Hlvio Rebeschini - ESSO

    DIRETOR DE TRIBUTAO Dietmar Schupp

    DIRETOR DE ABASTECIMENTO E REGULAMENTAO Roberto Horn - SHELL

    DIRETOR JURDICO Guido Silveira - IPIRANGA

    DIRETOR DE MEIO AMBIENTE Paulo da Luz Costa - PETROBRAS DISTRIBUIDORA

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    3Sindicom Anurio 2006

    Sumrio

    Apresentao 5

    Entrevistas 6O mercado de combustveis e lojas de convenincia em 2005 e suas perspectivas para2006, nas palavras do presidente do Sindicom, Joo Pedro Gouva Vieira Filho, e do

    vice-presidente executivo, Alisio J. M. Vaz.

    Artigo 14Pensando fora da bomba, por Marcos Gouva de Souza, diretor geral da GS&MD.

    Pesquisa 16Convenience Consumer Evaluation: Perfil, Hbitos e Motivaes do Consumidor da Lojade Convenincia.

    Combustveis 35

    Anlise de Mercado 36

    Lojas de Convenincia 59Anlise Setorial 63Anlise das Categorias 73Pesquisa: NACS/Coca-Cola Leadership Council: estudo sobre os hbitos e 109comportamentos dos adolescentes americanos nas Lojas de Convenincia.

    Eventos SINDICOM 114Os eventos e projetos realizados e/ou apoiados pelo Sindicom em 2005.

    Empresas Associadas 118

    Crditos 119

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    OAnurio Combustveis & Lojas de Convenincia, que chega a suaquarta edio em 2006, publicado pelo Sindicom, vem cumprir seuobjetivo de reunir e difundir as informaes relevantes do mercado de

    combustveis e lojas de convenincia, mostrando seu desempenho no ano de

    2005.

    Alm das habituais anlises numricas destes mercados no ano que se

    passou, esta edio traz a viso da prpria entidade sobre o setor, refletida

    nas palavras do seu presidente, Joo Pedro Gouva Vieira Filho, e do seu

    vice-presidente executivo, Alisio. J. M. Vaz. Traz, ainda, uma anlise sobre

    o varejo brasileiro escrita pelo especialista da rea e diretor da consultoria

    Gouva de Souza & MD, Marcos Gouva de Souza.

    Como destaque, o Anurio apresenta, em primeira mo, o resultado da

    pesquisa Perfil do Consumidor das Lojas de Convenincia Convenience

    Consumer Evaluation(CCE) desenvolvida pela Gouva de Souza & MD,

    em parceria com o Sindicom. O objetivo principal da pesquisa foi conhecer

    o consumidor do canal em seus aspectos de relacionamento com a loja

    de convenincia, bem como compreender o processo de compra que este

    desenvolve e que culmina com sua chegada ao ponto de venda. Aqui,

    aproveitamos para agradecer consultoria pela importante colaborao.

    Nossos agradecimentos se estendem mais uma vez Coca-Cola, que

    contribuiu com outra excelente pesquisa para esta edio: o estudo

    encomendado pela NACS/Coca-Cola Leadership Councilsobre os hbitos e

    comportamentos dos adolescentes nas Lojas de Convenincia, conduzido

    pelo Instituto Clickin Research, com o objetivo de oferecer insights sobre

    como capturar a prxima gerao de compradores.

    Por fim, esta publicao traz os eventos e projetos realizados e/ou apoiados

    pelo Sindicom no ano de 2005, em parceria com outras associaes, como a

    Fecombustveis e a Abieps; autoridades e entidades importantes que atuam

    no setor, como o Disque Denncia, a Ajufe, a Abrampa e a Abema.

    Apresentao

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    Houve um avano excepcional,no combate sonegao, adulterao e ao comrcio ilegalde combustveis. Mas preciso

    priorizar o combate s fraudes nolcool.

    Entrevista

    Joo Pedro Gouva Vieira FilhoPresidente do Sindicom

    O combate eficaz sonegao, concorrncia

    desleal e fraude no setor de combustveis

    pressupe a adoo de um conjunto

    diversificado de iniciativas em vrias frentes.

    Em 2005, o combate ao comrcio ilegal, ainda

    que esteja longe de ser definitivo, avanou

    em todo o territrio nacional por fora de

    aes da Agncia Nacional do Petrleo, Gs

    e Biocombustvel ANP, das autoridades

    fazendrias e fiscais, do Disque-Denncia e de

    todos os participantes do mercado legal.

    O Sindicom, como entidade integrante desteprocesso, acredita ter cumprido o seu papel

    ao participar ativamente deste movimento em

    favor do mercado, da competio equilibrada e

    contrrio s prticas ilegais, e concorrncia

    desleal, que tanto prejudicam governos,

    consumidores e todos os agentes econmicos

    que atuam sob estrita observncia da lei e dos

    preceitos ticos.

    Para Joo Pedro Gouva Vieira Filho, presidente

    do Sindicom, importante avanar nas

    discusses para se obter maior eficincia

    no recolhimento dos tributos do setor, a

    exemplo do que fez o estado de So Paulo

    ao diminuir de 25% para 12% o ICMS do

    lcool hidratado. Com essa medida, o estado

    conseguiu aumentar a arrecadao, reduzindo

    a comercializao clandestina do lcool.

    Segundo o presidente do Sindicom, apesar

    de ainda no sanada, houve uma evoluo

    positiva na questo da sonegao do lcool,com a adoo de novas medidas, como a

    instituda pela ANP, que adicionou o corante

    ao lcool anidro, inviabilizando o lcool

    molhado. Para ele, o Pas ter muito a

    ganhar, tambm, com a regulamentao da

    Lei 10.833/03, que reduz a zero a alquota

    de PIS e Cofins do lcool combustvel nas

    distribuidoras. Com um elevado peso de cerca

    Sindicom cumpre seu papel atuando, junto sautoridades competentes, em favor do mercado legal

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    7Sindicom Anurio 2006

    de 34% no preo final do lcool, os tributos,quando sonegados, representam forte fator

    de desequilbrio concorrencial. Infelizmente,

    estima-se que mais de 30% de lcool hidratado

    comercializado no recolhe os impostos

    devidos.

    Diante deste quadro, o Sindicom espera que

    as autoridades e todos os participantes do

    mercado analisem esses fatos a partir de uma

    viso a longo prazo do setor de combustveis,levando em conta os avanos obtidos. A

    sociedade, hoje, chamada a participar de

    forma direta e concreta nas aes de combate

    concorrncia desleal em suas diversas

    modalidades, denunciando s autoridades os

    casos suspeitos. Essa luta chega, assim, a

    um novo patamar. Governo, Poder Judicirio,

    empresas idneas e consumidores esto,

    agora, unidos para refrear as prticas ilegais,

    que tanto prejudicam a populao, o pas e

    todos aqueles que respeitam as leis e seguemos princpios da tica concorrencial.

    O Sindicom afirma que o principal

    destaque de 2005 foi o avano na adoo

    de medidas legais e de aes efetivas

    de combate sonegao, fraude e

    adulterao de produtos, desencadeadas

    ao longo do ano. A que se deveu esta

    atribuio?

    A sociedade brasileira vem se conscientizando

    da importncia da qualidade dos combustveis

    consumidos no Pas e de sua tica

    concorrencial. As prticas ilegais vm sendo

    coibidas pelas autoridades competentes. O

    Poder Judicirio tem tomado decises visando

    inibir as fraudes. O Legislativo, o Executivo

    e os rgos de regulamentao do setor

    demonstram tambm estar atentos situao,cada um buscando adotar iniciativas contrrias

    aos desvios ticos e favorveis competio

    saudvel.

    E o consumidor, por fim, ampliou sua

    conscincia quanto carga tributria, exigindo

    maior eficincia no recolhimento, evitando o

    aumento dos tributos. Hoje, esse consumidor

    exige a qualidade do combustvel que utiliza,

    optando de forma crescente por empresasque o respeitam, que acatam as leis e que

    trabalham de modo permanente para oferecer

    o melhor produto, fruto de tecnologias de

    ltima gerao.

    H que se ressaltar, ainda, o papel da

    imprensa, que reconheceu a gravidade e as

    dimenses das prticas ilegais, ampliando as

    denncias sobre atos que lesam os interesses

    dos consumidores.

    O que mudou em relao a 2004?

    Se 2004 foi o ano da conscientizao quanto

    aos enormes prejuzos acarretados ao pas por

    essas prticas, o tema dominante de 2005 foi

    a efetiva implantao de novas medidas legais

    e de aes firmes de fiscalizao. Iniciativas

    isoladas foram substitudas por aes

    conjuntas, envolvendo vrios rgos pblicos e

    agncias governamentais, alm de autoridades

    do Poder Judicirio e entidades ligadas ao meio

    ambiente.

    Como se deram estas aes?

    Reconhecendo a importncia do setor de

    combustveis como fonte maior da arrecadao

    de ICMS, diversos estados brasileiros

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    desencadearam programas de combate sonegao e fraude, com resultados

    imediatos em suas receitas. Exemplo notvel

    neste campo envolveu o estado de So Paulo,

    que sancionou em abril uma nova legislao

    que permite a cassao da inscrio estadual

    dos postos revendedores, distribuidoras

    e transportadoras flagrados vendendo

    combustvel fora das especificaes da ANP.

    A nova lei foi acompanhada de um grande

    esforo da fiscalizao, que contou, inclusive,com o apoio do Sindicom, que contribuiu no

    aparelhamento dos rgos de controle do

    Executivo paulista. O resultado que o estado

    registrou receita adicional de R$ 290 milhes

    na arrecadao de ICMS da gasolina C, no

    perodo de janeiro a agosto deste ano em

    relao a igual perodo de 2004.

    Ainda citando o estado de So Paulo,

    importante destacar os efeitos positivos da

    reduo de ICMS sobre o lcool hidratado, em2003: o governo paulista reduziu de 25% para

    12% a alquota. E o resultado dessa medida foi

    um aumento de 7% na arrecadao do ICMS

    do produto.

    Outra medida salutar foi a adio de corante

    ao lcool anidro, pela ANP, no incio de 2006,

    que torna transparente para o consumidor se

    o combustvel que ele utiliza no obtido do

    lcool molhado.

    O lcool o grande vilo da ilegalidade

    nos combustveis, j que a sonegao

    muito alta. Como se explica esta situao?

    As associadas do Sindicom detm uma

    participao de mercado no lcool de 36%,

    enquanto que na gasolina, produto de uso

    semelhante, esta participao do Sindicomatinge 75% do mercado, um forte indcio de

    que h algo errado. No foi por acaso que,

    em 2005, o lcool foi um dos maiores alvos

    do setor no combate s fraudes, pois mais

    de 30% do seu consumo se deu no mercado

    clandestino. Especialistas neste mercado

    apontam que o consumo de lcool hidratado

    girou em torno de 7 bilhes de litros, enquanto

    o volume oficial de venda de lcool registrado

    pela ANP foi de 4,6 bilhes de litros. Ou seja,2,4 bilhes de litros chegaram ao consumidor

    na informalidade, isto representa 34% do

    mercado! Esta situao, ou melhor, esta

    divergncia entre os dados de produo de

    lcool e os nmeros da ANP se explica pelo

    forte estmulo sonegao por distribuidoras

    inidneas.

    O Sindicom e outras grandes empresas e

    associaes tm atuado em conjunto para

    combater prticas criminosas do mercado.Como tem se dado esta atuao e em que

    aes tem resultado?

    O Sindicom e as indstrias de cervejas,

    refrigerantes, tabaco, frmacos, entre outras,

    atravs do Instituto Etco, tm se unido

    no combate s fraudes e concorrncia

    desleal. Esta unio resultou, recentemente,

    na elaborao do relatrio Impactos

    Macroeconmicos, Regionais e Setoriais

    da Reforma Tributria, pela GVconsult,

    da Fundao Getlio Vargas, que aponta

    solues para este mercados, atravs de uma

    adequao tributria.

    Com este relatrio, abre-se uma nova vertente

    nessa luta. Trata-se, agora, de sensibilizar a

    sociedade e o Poder Pblico para a necessidade

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    9Sindicom Anurio 2006

    imperiosa de se rever em profundidade aestrutura tributria brasileira. Os nmeros e as

    anlises contidas neste documento no deixam

    dvidas quanto aos efeitos nefastos do atual

    sistema tributrio sobre a produtividade e a

    competitividade das empresas e do pas como

    um todo.

    O trabalho aponta trs cenrios possveis

    para a reforma tributria, indo de encontro

    ao tributo que apresenta maior peso na cargatributria dos setores produtivos, que o

    ICMS. A proposta sinalizada como Cenrio 3

    do relatrio limita a trs os nveis de alquotas

    do ICMS, amplia a base de arrecadao,

    favorece o crescimento e a gerao de

    empregos. Trata-se, sem dvida, de uma

    resposta estrutural sonegao e um passo

    importante para promover o justo equilbrio

    entre o valor dos impostos e a democratizao

    da base de arrecadao. O Sindicom est

    engajado nessa luta.

    O que se espera para 2006? Ainda h

    muito que fazer a favor do mercado legal?

    Com certeza. Esta luta, infelizmente, ainda

    est longe do fim. O Pas perdeu, em 2005,

    nova oportunidade de fazer um ataque

    estrutural sonegao e fraude ao deixar

    de regulamentar a Lei 10.883, que em

    dezembro de 2003 permitiu a reduo a zero

    das alquotas de PIS e Cofins sobre o lcool

    hidratado nas distribuidoras. Esta medida

    eliminaria grande parte do desequilbrio

    competitivo existente.

    O lcool um combustvel alternativo de

    comprovada eficincia que se consolidou com

    a comercializao do veculo flex fuel. , e

    continuar a ser no futuro, um componenteimportante da matriz energtica brasileira.

    Sem dvida, houve um avano excepcional,

    no combate sonegao, adulterao e ao

    comrcio ilegal de combustveis. Mas preciso

    priorizar o combate s fraudes no lcool. O

    Brasil um exemplo no desenvolvimento

    deste combustvel renovvel, um dos maiores

    exportadores do produto s em 2005 foram

    exportados mais de 2,6 bilhes de litros. Como

    o pas deseja ser exemplo para o mundo,liderando o uso do etanol como combustvel,

    no podemos aceitar conviver com a

    clandestinidade neste mercado.

    Por esta razo, o Sindicom em 2006

    continuar oferecendo a sua contribuio

    visando sanear o mercado brasileiro de

    combustveis.

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    10 Anurio 2006 Sindicom

    Entrevista

    Alisio J. M. VazVice-presidente executivo do Sindicom

    O Sindicom espera que o CdigoBrasileiro de Combustveis sejaconciso, flexvel e permita que a

    ANP exera seu papel de agenteregulador.

    O cerco ao mercado ilegal, o Cdigo Brasileiro deCombustveis e o Biodiesel sero destaques em 2006

    Se, por um lado, o ano de 2005 apresentoumodesto crescimento nas vendas de

    combustveis, por outro, o combate s prticasclandestinas de comercializao que envolvemestes produtos foi o destaque do setor.

    Para Alisio J. M. Vaz, vice-presidente executivodo Sindicom, medidas como a adoo, pela ANP,do corante no lcool anidro, a fim de inviabilizara fraude neste combustvel, uma maiorfiscalizao e controle pelas autoridades noestado de So Paulo para diminuir a sonegao,entre outras, foram de fundamental importnciapara dar continuidade ao combate ao mercadoclandestino.

    Em 2006, esta luta prossegue. Para o Sindicom,alm de ser um ano de continuidade ao cercoao comrcio ilegal, ser de expectativas parao setor com as discusses envolvendo aelaborao do Cdigo Brasileiro de Combustveise o incio das operaes para comercializao deum novo produto: o biodiesel.

    Uma das grandes conquistas de 2005 foia regulamentao, pela ANP, da adio

    de corante ao lcool anidro. O que estamedida representa no combate s fraudesdeste combustvel?

    Representa, praticamente, a inviabilizaodo chamado lcool molhado, que consistena adio de gua ao lcool anidro,transformando-o em hidratado, que vendidonas bombas de combustveis dos postos.Esta medida inibe a sonegao de ICMS que no incide no anidro por parte dedistribuidoras inidneas e, mais do que isso,

    resulta numa melhoria na qualidade do lcoolcomercializado no posto.

    A partir de janeiro de 2006, caso ocorra aadulterao do lcool, esta se tornar visvelao consumidor. Da a importncia de umrgo regulador ativo, que fiscalize e combataas irregularidades, garantindo o equilbrionecessrio ao funcionamento do mercado, em

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    benefcio do consumidor. Por isso, o Sindicomdefende o fortalecimento da ANP, para que amesma possa continuar frente desta luta.

    Outras medidas esto surgindo em proldo saneamento do mercado. A exemplode So Paulo, que reduziu a alquota deICMS do lcool hidratado, outros estadosesto agindo no combate s fraudes,como Pernambuco, Gois e Cear. Como oSindicom enxerga estas iniciativas?

    O destaque a ser comemorado neste anofoi a continuidade no combate s prticasde adulterao de combustveis. Iniciadasem So Paulo, com a intensificao dafiscalizao pela Secretaria de Fazenda,Procon, Inmetro e outras entidades, emoperao conjunta, e a promulgao da leide cassao da inscrio estadual de postosadulteradores de combustveis, as firmesaes de combate s fraudes estendem-se,hoje, em vrios estados do pas.

    Pernambuco j obteve resultados expressivosnas aes de combate s irregularidades.As receitas com o ICMS do lcool hidratadopraticamente triplicaram, passando de R$ 3,6milhes por ms em 2003 para R$ 9,2 milhesmensais este ano.Na mesma tendncia, no estado do Cear aarrecadao aumentou, como resultado dasaes de fiscalizao na comercializao dolcool hidratado, atravs do controle dosestoques nos produtores de lcool e nospostos revendedores.

    No estado de Gois vale destacar o convnioassinado entre a Secretaria de FazendaEstadual e a Secretaria da Receita Federal,visando fiscalizar o recolhimento do ICMS e doPIS/Cofins, para inibir a sonegao tanto dostributos estaduais quanto federais. O Sindicomacredita em iniciativas como estas para

    combater eficientemente a clandestinidade e odesequilbrio competitivo.

    O Marco Regulatrio do ProgramaBiodiesel se deu em 2005, com aregulamentao da Lei 11.097/05,que estabelece percentuais mnimosde mistura de biodiesel ao diesel e omonitoramento da insero do novocombustvel no mercado, que passaa ser obrigatrio em 2008. Como asdistribuidoras do Sindicom esto se

    preparando para esta realidade?

    O Sindicom apia o Programa Biodiesel e,desta forma, tem participado ativamentede fruns de discusso, como o da CmaraSetorial do Ministrio de Agricultura, Pecuriae Abastecimento, do Grupo de Trabalho daANP onde participam, tambm, produtoresde diesel e biodiesel, distribuidoras,revendedores, Petrobras , da Comissodo Instituto Brasileiro do Petrleo IBP,sempre no sentido de colaborar para o xito

    do Programa. Alm disso, as distribuidorasassociadas ao Sindicom esto adequando assuas bases para o recebimento do biodiesel,o que implica investimentos elevados,considerando todo o territrio nacional. APetrobras Distribuidora, inclusive, j iniciou acomercializao do mesmo, estando previstopara o segundo semestre de 2006 o incio daoperao de outras associadas. O Sindicomtambm se preocupa com a qualidade dobiodiesel, que, por ser um produto novo, exigea implementao de novos testes e mtodosde controle. Por isso, nosso grupo tcnico temparticipado junto ANP na elaborao de novasnormas.

    A Resoluo 273/00 do Conselho Nacionalde Meio Ambiente (Conama) estabelecea obrigatoriedade do licenciamentoambiental dos postos de combustveis.Esta medida tem gerado diferentes

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    entendimentos. Como o Sindicom tematuado no sentido de uniformizar aaplicabilidade do licenciamento ambientaldestes postos?

    Esta regulamentao, implementada emjaneiro de 2001, requeria que os rgosEstaduais de Meio Ambiente OEMAs, emprimeiro lugar, promovessem o cadastramentode todos os postos revendedores, postosde abastecimentos e TRRs, e da pudesseminiciar o licenciamento ambiental, priorizandoos empreendimentos de maior risco. Muitas

    dvidas sobre responsabilidades nesteprocesso de licenciamento surgiram nafase inicial, at que se pudesse consolidaro entendimento administrativo e jurdicode que a responsabilidade do licenciamentoambiental cabe ao empreendedor da atividadepotencialmente poluidora.O Sindicom entende que seu dever trabalharem suporte e orientao aos rgos ambientaispara que esta norma seja factvel e isonmica,e assegure um ambiente sadio para a revenda

    e para a sociedade. Por esta razo, temparticipado ativamente de fruns de discussoe seminrios junto com a CETESB, as cmarastcnico-ambientais estaduais, a AssociaoBrasileira de Entidades de Meio Ambiente ABEMA, o SindTRR e a Fecombustveis paraanalisar as dificuldades que regem o processode licenciamento e ajudar os rgos ambientaisa definirem suas normas, procedimentos paraavaliao ambiental e remediao.

    Em 2005, as lojas de convenincia,

    tiveram um crescimento de 15% emrelao a 2004, bem acima do esperado.Isto se deve ao fato de os revendedoresestarem enxergando este canal como umaoportunidade de incremento dos lucros ouaos consumidores que esto aderindo aeste formato como alternativa de consumo?

    Com certeza esse crescimento deve-se convergncia desses dois fatores. De

    um lado, a revenda descobriu a sinergiaentre o posto e a loja de convenincia e osbenefcios recprocos que um agrega ao outro,resumidos em trfego gerado por ambos aoestabelecimento: 51% dos consumidoresingressam num posto de servios paraabastecerem seus carros e 49% dirigem-seprimeiramente loja de convenincia, comomostra pesquisa nesta publicao. Alm disso,a loja agrega boa imagem ao posto, poisse torna um comrcio mais expressivo nacomunidade, amplia a rede de relacionamentos

    do revendedor com o acesso ao portiflio defornecedores da convenincia e contribui paraa rentabilidade geral do negcio.

    Por outro lado, para os consumidores foimuito bem vindo o surgimento desse novocanal do varejo. O consumidor modernotem uma mobilidade muito grande e tempressa! Ele precisa de um canal do varejoque atenda suas necessidades imediatas efreqentes. A loja de convenincia o lugarideal para ele fazer compras com segurana,

    matar sua sede, comer algo, sacar dinheironos caixas 24 horas e muito mais, tudomuito rpido e conveniente.

    Mas no podemos esquecer, sem deixarde cometer uma injustia, do terceiro atordesse novo cenrio do varejo contemporneoonde nasceu a loja de convenincia no postode servios: a indstria fornecedora. Osfornecedores devem estar atentos s novasoportunidades de negcio trazidas pelas lojasde convenincia, pois este um segmento em

    crescente expanso e, como dissemos, cadavez mais procurado pelos consumidores parasatisfazer suas necessidades de compras.

    A sinergia entre estes trs pblicos revendedor, consumidor e fornecedor o quefaz da loja de convenincia um empreendimentode sucesso, onde se preza pela qualidade dosprodutos e servios oferecidos, beneficiando,principalmente, os consumidores.

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    Em 2005 se deu a terceira edio da ExpoPostos & Convenincia, em So Paulo, e oevento, cada vez mais, se torna refernciapara o setor. Quais foram os destaquesdesta edio?

    A Expo Postos 2005 consolidou-se como umaimportante base de apoio para ampliar epropor padres de operaes mais elevadosno setor, alm de gerar oportunidades denovos negcios. Foram mais de 18 milvisitantes feira, que ocorreu paralelamente

    ao III Encontro Nacional de Postos de Serviose Lojas de Convenincia, que reuniu mais de1.000 participantes.

    O reconhecimento deste evento internacionalfoi confirmado com a presena do presidenteda National Association of ConvenienceStores (NACS), Hank Armour, principalentidade representante do setor de lojas deconvenincia nos Estados Unidos. O presidenteda NACS, alm de prestigiar o nosso evento,trouxe as novidades e tendncias deste

    mercado americano.

    Agora, o desafio concentrar esforos paraconsolidar ainda mais este evento bienal,que ter sua quarta edio em 2007,tambm em So Paulo.

    Um dos grandes objetivos para 2006 o acompanhamento da elaborao doCdigo Brasileiro de Combustveis, noCongresso Nacional. O que o Sindicom

    espera desta legislao?

    O Sindicom espera que o Cdigo Brasileiro deCombustveis seja conciso, flexvel e permitaque a ANP exera seu papel de agenteregulador, para que, assim, o dinamismodas atividades econmicas no fiquecomprometido. Para tanto, volto a dizer,defendemos o fortalecimento da Agncia.

    E, ainda, para a eficcia desta legislao, defendeque preciso que o cdigo mantenha o modelode segmentao atual (produo, distribuio erevenda) e preveja duras e efetivas penalidadespara os infratores das normas.

    Em resumo, o ano de 2005 foi um ano positivopara o setor de combustveis e lojas deconvenincia?

    Em relao s vendas de combustveis, em2005, tivemos um crescimento aproximado de

    1,1% e atingimos 79 bilhes de litros. Apesar docrescimento, o ritmo de expanso foi menor queem 2004, quando foram registrados mais de 6%de aumento. Vrios fatores de conjuntura polticae econmica, como o aumento do preo dopetrleo e a quebra da safra de gros, impediramum avano mais expressivo das vendas.Se as vendas de combustveis no alcanaramresultados muito expressivos, por outro lado,houve um avano na represso s fraudes,com a Lei de Cassao de Inscrio Estadualde adulteradores, em So Paulo, a reduo dequotas de solventes e a adoo do corante nolcool anidro, ambas pela ANP, entre outrasmedidas, que esto contribuindo para osaneamento do mercado.J o mercado de lojas de convenincia, comose viu, est em crescente expanso, prevendo-se para 2006 um total de 5.000 lojas em todoo pas. Isto representa uma oportunidade deincremento dos lucros pelo revendedor do posto

    de servio e uma oportunidade de novas frentesde negcio para os fornecedores do canal.

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    Marcos Gouva de SouzaDiretor geral da Gouva de Souza & MD

    A

    s transformaes a que assistimos, nos ltimos

    anos, no setor de postos de combustveis sopequenas em relao s que ainda assistiremos. E notem como pedir ao mundo que pare porque se querdescer.O segmento, alm de tudo o que aconteceuno varejo, de forma geral, viveu profundas eintensas mudanas que lapidaram sobreviventesao tsunami de transformaes que o abalou.E, como em todo processo de profundastransformaes, os que passaram saram maisfortalecidos, preparados e como parte daconstruo de uma nova realidade. tempo, portanto, de aproveitar o balanodesse momento para pensar fora da bomba, ou

    seja, olhar o presente e o futuro do setor, numaperspectiva mais ampla e abrangente do que asimples considerao do negcio de combustveis ede lojas de convenincia.Alguns elementos tornam imperativa essa viso.

    O mundo pensa convenincia

    Apesar de difcil, existe uma unanimidade nouniverso do varejo. O consumidor, com muitomenos tempo, opta pelas alternativas que possamser mais convenientes para o atendimento de suas

    necessidades de produtos e servios. Na Inglaterra,

    Estados Unidos, Frana, Espanha, Mxico ou Brasil,por exemplo, o maior crescimento de lojas se d,hoje, naquelas mais prticas e convenientes.A enorme expanso do varejo no-loja, para inmerascategorias de produtos, mais uma constataodesse fenmeno. S a Internet j representa 6% dasvendas do varejo norte-americano, e seu crescimentoanual est na faixa dos 30%.Mas as lojas de convenincia, prximas da residncia,do escritrio ou dos locais de entretenimento, estoaumentando sua participao de mercado pelaconjugao de alguns fatores decisivos.Entre esses fatores se destacam sua prpriacompetncia em operar de forma mais eficiente a

    linha de produtos e o negcio de varejo, e o apoiode fornecedores preocupados com o crescimentoda concentrao de mercado.Essa a razo pela qual, hoje, 49% dos clientesque visitam lojas de convenincia em postosde combustveis no Brasil o fazem tendo comoprioridade a ida loja, ao invs de passarem,antes, pelo posto, como mostra pesquisa recm-concluda e que apresentada em carter exclusivonesta edio. a real constatao de que a loja deconvenincia do posto tem vida independente.

    Pensando fora da bomba

    A R T I G O

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    15Sindicom Anurio 2006

    Esse o lado bom da notcia. O lado preocupante queessa constatao no mais novidade para ningume os conglomerados varejistas, l fora e aqui no Brasil,esto trabalhando rpido para criar alternativas paraatender a crescente demanda de convenincia.Na Inglaterra, a Tesco, grande rede desupermercados, j possui duas bandeiras paraatender esse formato.No Brasil, as tambm supermercadistas Wal-Mart e Carrefour esto testando alternativas, e irreversvel que outros o faam.A questo que se impe, fora da bomba e deforma ambiciosa, : por que os mais experientese preparados operadores de lojas de convenincia,

    no Brasil, no ousam levar seu conhecimento ecompetncia adiante, desenvolvendo lojas fora doambiente dos postos?Esses varejistas, ao longo dos ltimos anos,acumularam grande conhecimento sobre o mercado,produtos, abastecimento, consumidor, operaes epodem, antes que outros se antecipem, ampliar suarea de atuao, enquanto ainda existe espao edemanda para tal.Logicamente, esta atitude representa uma mudanado modelo atual de negcios, mas para isso queserve o pensar fora da bomba.

    Muito alm dos produtosOs servios iro se transformar numa das maisimportantes fontes de receita para os varejistasatuais. A despeito de muita discusso, o queassistimos, hoje, no mundo, uma constantemigrao de renda das famlias para a aquisio deservios, ao invs da compra de produtos.As razes para isso so as mais diversas, mas bastariacitar duas para justificar essa profunda mudana.O envelhecimento da populao leva a um processode migrao do interesse da compra de produtospara a compra de servios. Servios de sade, bem-estar, lazer, turismo, cuidados pessoais, cuidados

    com a casa, cuidados com o carro etc. No possvela compra consecutiva de produtos que se renovemconstantemente, j que no h sequer espao nasresidncias, cada vez menores, para comportar tudoque se lana, inova ou reinventa.Outro fator diz respeito crescente comoditizaodos produtos, que pressiona o resultado dasoperaes habituais de varejo e impulsiona osoperadores do setor em busca de novas oportunidadesde melhoria da rentabilidade.

    Por conta disso, os varejistas buscam servios quepossam ser incorporados ao seu portiflio de atividades,como forma de incremento de receitas e lucros.Aqui, mais uma vez, cabe a reflexo sobre asoportunidades que se criam para a incluso de novosservios, remunerados, nos postos.A alimentao fora de casa cresce no mundotodo por conta do menor tempo das pessoasem voltar para casa, pelo excesso de atividadesexternas e pela redefinio do papel da mulher nasociedade, passando a ocupar posies com maiorresponsabilidade e com pouca disponibilidade para asatividades do cotidiano domstico. Mais uma vez essaconstatao nos induz a pensar sobre as inmeras

    oportunidades de aproveitamento dessa localizaopara ampliar a oferta de produtos e servios, emespecial os de alimentao, como forma de dar vidanova aos postos, principalmente se nos obrigarmos a

    pensar fora da bomba.Ento, como transformar o antigo posto em um centrode solues para satisfazer as novas demandas dosconsumidores?

    O ativo escondido da localizao

    O posto nasceu como um local de manutenoe abastecimento de veculos e uma de suascaractersticas mais importantes sempre foi sua

    localizao. Com a expanso das cidades, muitosdesses postos, que tinham localizao privilegiadapara fins de acesso com veculos, passaram a contarcom a possibilidade de ingresso de mltiplas formas.Sua localizao , sem dvida, um dos principaisativos, usualmente escondido, na equao deresultados, porm o setor tem insistido, com algumaspoucas excees, em ainda consider-lo somentecomo um local para abastecimento e manuteno deveculos.Um local que, segundo dados da pesquisa citadaacima, freqentado por 64% das pessoasentrevistadas, uma vez ou mais por semana, tem um

    enorme potencial para ser aproveitado.Alm disso, constatou-se que 80% desses clientesso da classe AB e 69% esto na faixa etria de 26a 46 anos. Ou seja, que empresa no gostaria de terconsumidores com esse perfil e com esse nvel defreqncia em suas lojas?Esto a, provocativamente desenhadas, algumasalternativas pelas quais o negcio atual de postospode ser repensado, alavancando os principais ativosexistentes nesse mercado e alinhando vises que sepropem inovadoras ao se pensar fora da bomba.

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    P E R F I L D O C O N S U M I D O R

    O perfil do consumidor de Lojasde Convenincia

    Arecente pesquisa sobre o Perfildo Consumidor das Lojas deConvenincia ConvenienceConsumer Evaluation(CCE) ,desenvolvida pela Gouva de Souza& MD em parceria com o Sindicom,no ltimo ms de abril, trouxeinformaes fundamentais para umaperfeita compreenso deste importantevetor de distribuio.

    O objetivo principal foi conhecero consumidor do canal em seusaspectos de relacionamento coma loja de convenincia, bem comocompreender o processo de compraque este desenvolve e que culminacom a sua chegada ao ponto devenda. A inteno da pesquisa

    contribuir para o desenvolvimentodeste setor, seja sob a tica dosoperadores de loja de convenincia edos administradores das redes, sejasob a tica dos fornecedores de bense servios.

    A pesquisa foi realizada em duas dasprincipais praas onde o formato Lojade Convenincia aparece com grande

    destaque So Paulo e Rio de Janeiro e que servem como referncia paraas principais tendncias do mercado.

    Metodologicamente foi utilizado osistema de entrevistas enter & exit,no qual o mesmo consumidor abordado na entrada e na sadade forma que se possam avaliar as

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    eventuais mudanas ocorridas durantee aps seu contato com a Loja, comos produtos l expostos, com osfuncionrios, com o ambiente e assimpor diante. Esta metodologia possibilitaidentificar, por exemplo, a inteno decompra do consumidor e se a mesmafoi realizada, ou se houve algumaalterao no seu comportamento que ofez mudar de atitude.

    Dimensionada segundo um grau de

    confiabilidade de 95% e para umerro mximo admitido de 2%, apesquisa utilizou uma amostra com1.923 casos, que foram escolhidossegundo critrios de aleatoriedade.Alm disto, foram cobertos todos osdias da semana e todos os horriosde funcionamento deste formato,em lojas tanto das seis companhias

    afiliadas ao Sindicom como das quefuncionam em postos de servio debandeira branca.

    As lojas j dividem com o posto a

    preferncia dos consumidores

    Uma constatao inicial e querefora positivamente a importnciacrescente deste formato de loja que estas apresentam um grau

    de atratividade praticamente igualao dos combustveis, j que 49%buscam prioritariamente a loja paracomprar algo para consumo imediatoou no, contra 51% que se destinamao posto em funo, primeiramente,da necessidade de abastecimento,conforme demonstra o grfico abaixo:

    Quadro 1

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    18 Anurio 2006 Sindicom

    A anlise deste mesmo grfico nospermite confirmar a importnciada utilizao do caixa eletrnicoou de outros servios financeiros,como o de correspondente bancrio.Normalmente apenas explorado comoum servio prestado pelas instituiesfinanceiras aos consumidores, no sepode desprezar o nmero de pessoasque tm como destino a utilizaodestes terminais. Certamente

    uma oportunidade interessante paraque as redes de lojas, atravs deaes cooperadas com os bancos,desenvolvam iniciativas que permitamalavancar vendas cruzadas entreos dois segmentos. Cartesprivatelabelpodem ser um bom inciode relacionamento entre as duasatividades, embora j implementados

    Homens quanto maior a classe socialMulheres quanto menor a classe social

    em algumas redes, normalmente noso exploradas todas as possibilidades.

    O perfil de quem busca a

    Convenincia

    Ao analisar o perfil do consumidordas lojas de convenincia, apesquisa constata uma maiorprocura pelo pblico masculino a

    este formato: 72%. Este percentual diretamente proporcional classe social, visto que 77% desteshomens pertencem classe A.Comparado ao pblico feminino,este cenrio completamenteinverso: quanto menor a classesocial, maior a presena dasmulheres s lojas 32%.

    Quadro 2

    HomensMulheres

    28%

    72%

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    Quadro 3Idade

    Estado civil

    Total da amostra = 1923 entrevistas; SP 908 entrevistas e RJ 1015 entrevistas

    A loja de convenincia mostra toda asua modernidade quando apresentapblico predominantemente jovem,uma vez que 84% dos freqentadorespossuem idade inferior a 46 anos, comuma leve tendncia de que no Rio deJaneiro as pessoas mais velhas sejammais presentes do que em So Paulo,mas de forma muito discreta. A faixaetria entre 33 e 46 anos aquela

    da maior parte dos freqentadores.Quando nos detemos a analisar oestado civil dos freqentadores daslojas de convenincia, encontramosquase que em igual proporo,casados e solteiros, com levetendncia para os primeiros. Naanlise das informaes bandeirabranca, o nmero de consumidorescasados sobe de 48% para 56%.

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    * Critrio Brasil critrio de classificao scio-econmica, referncia em todas as pesquisas

    de mercado realizadas no Brasil e que considera para fins de enquadramento em classes A, B,C, D e E os itens de posse dos domiclios, bem como o grau de instruo do chefe. deste

    Quadro 4Classe Social

    A classe social analisada segundoo Critrio Brasil* da AssociaoBrasileira das Empresas de Pesquisa verificada junto aos consumidoresda Convenincia refora o perfil deste

    canal, ou seja, o pblico de maiorpoder aquisitivo formador de opinio:80% dos freqentadores pertencems classes A e B, quase sem distinoentre Rio de Janeiro e So Paulo.

    Outra caracterstica observadados consumidores de lojas deconvenincia que 68% deste pblicopossuem cartes de crdito, enquanto62% portam cartes de dbito. Averificao dos dados do pblico das

    lojas bandeira branca, reforando operfil com menor poder aquisitivo,mostra que a posse de carto decrdito cai para 63% e a de dbito,para 42%.

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    21Sindicom Anurio 2006

    O que buscam os consumidores naConvenincia

    A pesquisa mostra que osconsumidores da Conveninciaso fiis ao canal: 86% deles j

    Total da amostra = 1923 entrevistas

    Quadro 5

    20%14%

    66%

    J usaram o servio de alimentao

    Nunca utilizaram o servio de alimentao

    Nunca freqentaram loja de convenincia

    freqentaram, em algum momento, aslojas e 66% j se utilizaram do serviode alimentao destes pontos devenda, com maioria significativa juntoao pblico carioca com 73%, ficandoSo Paulo com 57%.

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    Quadro 6Hbitos - Alimentao sugerida

    Total da amostra = 1923 entrevistas

    Ainda referindo-se ao food serviceoferecido nas lojas de convenincia,40% daqueles que j se utilizaramdos servios no sentem falta denada no cardpio, enquanto 26%citam possibilidades de ampliaodestas ofertas. interessanteressaltar que, quando estimulados aeste respeito, 64% so favorveis

    incluso de refeies rpidas no foodservice, ampliando o conceito de fastfoodmais presente hoje em dia nestaslojas. O consumidor, especialmenteno Rio de Janeiro, est propenso aofornecimento de uma alimentaoformada por pratos rpidos e atmesmo por restaurantes self service.

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    Quadro 7

    De uma forma bastante interessante,e sem grandes distines entre asduas praas estudadas, 74% dosconsumidores da Conveninciafreqentam as lojas ao menosuma vez por semana, destacando-se que 18% informam visitar

    estes PDVs todos os dias. Estaconstatao de freqncia diria verificada principalmente naslojas de vizinhana. Nota-se aquia oportunidade de trabalhar afidelizao, com possibilidades deincrementar o ticket mdio.

    Quando se trata de visitar a loja deconvenincia, os resultados da pesquisaindicam que 72% das pessoas o fazemsozinhas, especialmente os homens mais

    velhos, com idade entre 46 e 56 anos.J as mulheres com idade entre 18 e 25anos vo s lojas acompanhadas dosfilhos, em sua maioria.

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    TardeManh Noite Madrugada

    1%

    52%

    32%

    15%

    Quadro 8Perodo em que freqenta

    Total da amostra = 1923 entrevistas

    Um indicador que refora o carterde convenincia destas lojas aforma como as pessoas chegaramat elas. A maioria (62%), como j

    esperado, utilizou-se de automvel,mas, surpreendentemente, 32%destas pessoas foram at o posto ap. Aliando-se esta porcentagem depedestres quantidade significativade consumidores que tm comodestino fundamental a prpria loja,

    ao invs de buscarem serviosautomotivos, possvel avaliar aimportncia que estes formatosacabam por assumir dentro do

    universo de possibilidades de comprados consumidores. Definitivamente,a loja de convenincia no maisto somente um local onde se podeadquirir algum bem, enquanto seaguarda por algo que realizadoprioritariamente no veculo.

    O perodo da tarde aqueleque recebe, em mdia,independentemente do dia dasemana estudado, o maior nmero deconsumidores: 51% do total. Deve-se avaliar que neste perodo, contadoentre as 12 e 18 horas, inclui-se ops-almoo, quando muitos para l

    se dirigem em busca de caf ou aindade algum produto de bombonire. noite, entre 18 e 24 horas, osegundo perodo de freqncia. Operodo da manh procurado por15% dos consumidores, em especialaqueles mais velhos, com idade entre40 e 56 anos.

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    Total da amostra = 1923 entrevistas

    Quadro 10Utilizao de outros servios

    Total da amostra = 1923 entrevistas

    Quadro 9Como chegou at a loja

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    Os consumidores que visitam aslojas de convenincia buscam outrosservios adicionais oferecidos no ptiodos postos, principalmente, abastecero carro, lavar o carro, utilizar caixaseletrnicos e ainda consumir emoutras lojas internas.

    conhecida a importncia dacategoria tabaco para as lojas deconvenincia, mas, por outro lado,

    importante avaliarmos que 45% deseus freqentadores so fumantes,sendo estes em sua maioria maisvelhos, com idade entre 40 e 56 anos.So tambm os paulistas aquelesque assumem esta caractersticacom maior nfase. J dentre os nofumantes encontramos com maiorpresena aqueles com idade entre 33e 39 anos e pertencentes classe B.

    Quanto s bebidas alcolicas,verificou-se que o pblico que busca ocanal para a compra destes produtos

    o faz para consumo prximo, ouseja, no lar, eventos sociais ou lazer.Esta venda representa 67% dofaturamento do canal. Assumem estetipo de consumo, principalmente, oshomens e com maior incidncia medida que cresce a classe social.

    O carter on premise, ou seja, ode compra e consumo imediato ogrande direcionador da Convenincia

    para a categoria dos produtos dofood service: 73% compraram algopara consumo imediato, enquantoapenas 9% compraram paraconsumir posteriormente.

    No ranking das categorias maisconsumidas durante o perodode freqncia s lojas, esto: ofood service, os refrigerantes, asbebidas no alcolicas, os produtos

    de bombonire, os snacksebiscoitos e os sorvetes.

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    Quadro 11Ranking das Categorias

    O grande destaque do food service emSo Paulo o cafezinho, que respondepor 10% do total de procura destacategoria da loja. J no Rio so ossanduches, reforando a identificaodo carioca com estas lojas como localde refeio.

    So Paulo, que demonstra ter omaior ndice de fumantes dentreeste perfil de consumidores docanal, tambm reflete esta tendnciaquando 30% buscam por produtosde tabacaria, enquanto no Rio estendice cai para 22%.

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    A percepo do valor daConvenincia

    Diante da metodologia utilizada napesquisa para identificar os hbitosdo consumidor antes e aps suaentrada na loja, uma das abordagensdizia respeito ao gasto pretendido.A pesquisa procurou avaliar apercepo do consumidor em relao

    ao montante despendido na loja deconvenincia, verificando que a maiorparte gastou menos do que pretendia(53%), especialmente consumidoresde classe A. Do total, 25% gastaramexatamente o que pretendiam, emsua maioria pessoas de classe C, eapenas 21%, formados em maiorparte por mulheres, consumiramacima do que pretendiam.

    Total da amostra = 1923 entrevistas

    Quadro 12Compra Total

    1%

    10%

    73%

    9%

    2%

    Exatamenteo que queria

    A menos Diferente A mais No soube dizero que iria comprar

    Quadro 13Produto Pretendido

    Total da amostra = 1923 entrevistas

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    Procurando avaliar o grau deidentificao dos consumidores como formato de loja de convenincia,a pesquisa apresentou a seguintequesto aos consumidores: Oque voc teria feito se algumdos produtos que comprou hojeno estivesse disponvel naloja?. A resposta, de certa forma

    surpreendente, identificou quea maior parte dos consumidoresprocuraria resolver este dilemano prprio canal Convenincia.A maior parte (79%) optaria pormanter o produto e comprar outraapresentao, embalagem ou marcana mesma loja, ou ento busc-lonuma outra loja de convenincia.

    Quadro 14

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    Na questo relativa aos meios depagamento utilizados para saldar suascompras, fundamentalmente conduzidopelo ticket mdio relativamente baixo,o dinheiro a forma mais utilizadacom 91% das preferncias, enquantoo carto de dbito responde por5% e o de crdito, 4% das comprasrealizadas. importante ressaltar queestes so os meios de pagamentofeitos exclusivamente para pagamento

    de gastos nas lojas de conveninciae, possivelmente em alguns casosde combustveis, no includos ospagamentos exclusivos de combustveis.

    Uma forma utilizada pelo estudopara avaliar a percepo doconsumidor em relao imagem depreos do canal foi a apresentaode uma situao hipottica que fezreferncia a um produto que custaria

    R$ 5,00 no supermercado. Quando

    perguntados sobre quanto estariamdispostos a pagar na loja deconvenincia, 64% informaram quepagariam mais do que este valor,enquanto 32% pagariam menos e4% pagariam o mesmo valor.

    Com o intuito de confrontar ainteno de gasto com a percepode preo da loja, a pesquisaperguntou quanto acreditavam

    que este mesmo produto custariana loja de convenincia. O quechama a ateno e, certamente,deve ser percebido como um pontoforte de melhoria que 91% dosconsumidores enxergam o canalcomo um local onde o preo doproduto certamente seria superiora R$ 5,00, enquanto apenas 64%estariam dispostos a pagar esta faixade preo pelo produto, conforme se

    verifica na figura ao lado.

    Quadro 15

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    31Sindicom Anurio 2006

    Vale ressaltar que esta diferena muito mais significativa no Rio deJaneiro do que em So Paulo, jque a predisposio dos cariocas empagar mais pelo produto no toacentuada quanto a dos paulistas.

    A pesquisa avaliou, atravs daconcesso de notas variando de 1 a10, uma srie de atributos relativoss lojas de convenincia e o que

    os consumidores elegeram comoatributos principais foram higiene elimpeza, seja na loja como um todo,seja especificamente na rea dealimentao. Estes atributos, muitoembora sejam considerados pelosgestores das lojas como um pontofundamental, no tm sido atrelados imagem do canal, de forma geral,em sua comunicao mais direta como consumidor. A expectativa de maior

    oferta na categoria de food service,com esta constatao da percepode limpeza, deve ser explorada

    como alavanca de exponenciao,principalmente, do consumo dealimentos nestes pontos de venda.

    O atendimento aparece como segundodestaque nesta avaliao, j que asimpatia dos funcionrios e a rapidezno atendimento foram tambmavaliadas de forma bastante positiva.

    Nesta avaliao, alguns pontosdenotam maior preocupao,segundo a tica dos consumidores,em especial: segurana, muitoembora esta preocupao no sejamuito diferente da verificada emoutros formatos de lojas; ruptura,ou seja, a falta de produtos,cuja falta percebida pelosconsumidores; pouca variedade deprodutos perecveis e frescos, e opreo, principal atributo, avaliado de

    forma negativa, reforando outraspercepes antes evidenciadas.

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    Quadro 16Avaliao de atributos de loja de convenincia

    Total da amostra = 1923 entrevistas

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    Lojas de Convenincia: retrato darealidade atual

    Os resultados apontados pela pesquisapermitem que os operadores daslojas e os administradores das redes,bem como os gestores das principaiscategorias que compem o mix deprodutos das lojas de convenincia,possam desenvolver e implementaro canal de forma mais consistente,

    potencializando os resultados rumoaos patamares que j so realidadenas economias mais desenvolvidas.

    A pesquisa mostra que as lojas deconvenincia atraem consumidoresindependentemente de sua buscapor combustveis, o que por si s jdeveria conduzir a um tratamentodiferenciado. Quando 49% dosconsumidores dirigem-se a estas

    lojas sem necessariamente buscaralgum produto ou servio paraseus veculos, esto efetivamente

    conduzindo este formato a umaalternativa de consumo.

    Os resultados desta primeira pesquisaespecfica sobre o formato Loja deConvenincia so um retrato darealidade atual. Ainda este ano, outrasmedidas sero realizadas com ointuito de acompanhar a evoluo docomportamento deste consumidor.

    Considerando, dentre outros fatores,a tendncia de consolidao daeconomia brasileira, o incrementoda frota automotiva, o tempo cadavez mais pressionando o dia-a-diadas pessoas e a necessidade dosfornecedores de bens e serviosreadequarem sua estrutura dedistribuio, pode-se esperaro fortalecimento do canal daConvenincia que passar a ter

    crescente importncia no cenriovarejista do Brasil.

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    C O M B U S T V E I S

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    M E R C A D O T O T A L

    Aeconomia brasileira cresceu2,3% em 2005 (IBGE),

    frustrando as expectativas de umcrescimento mnimo de 4%.

    A produo industrial queprometia manter o ritmo docrescimento de 2004, de 6,1%,registrou modestos 3,1% em2005.

    Os indicadores do varejo noforam diferentes. Depois de umresultado de 9,2% em 2004, a

    evoluo do varejo brasileiro em2005 foi de apenas 4,8%.

    Forte contribuio para estesresultados deve ter tido ocomportamento do mercadode combustveis. Depois de terexperimentado um crescimentode 6,1% em 2004, o que pareciamudar o ritmo de queda dos anosanteriores, no ano de 2005 essemercado observou modestos1,1% em relao ao ano anterior.

    O Mercado Total de Combustveismovimentou ao todo 79 bilhesde litros. Este volume quase1 bilho de litros maior que em2004.

    Quadro 1

    Quadro 2

    Quadro 3

    Fonte: ANP/WISE

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    37Sindicom Anurio 2006

    A gasolina* contribuiu com umtero deste volume a maior em2005, embora tenha apresentadomodesto crescimento de 1,4%.O lcool hidratado, com umaumento de 6,7%, impulsionadopela ascendente comercializaode carros bi-combustveise tambm o GNV**, comum crescimento de 22,4%,preencheram os restantes 2/3deste volume.

    Estes produtos pertencem,principalmente, ao MercadoRevendedor e abastecem acategoria dos veculos leves e asfrotas de txi de muitas cidades.

    O leo diesel ficou praticamenteigual ao volume de 2004.Ao longo do ano, problemasna safra de gros afetaram,principalmente, o Sul do pas eo Centro-Oeste, influenciandodiretamente nos resultados do

    diesel.O querosene cresceu 3,8%,sendo o QAV - querosene deaviao - o principal responsvelpor este crescimento, tendo emvista que o querosene iluminante,alm de ter uma participaoinexpressiva, vem em quedavertiginosa. O leo combustvelcaiu 3,2%, em resultado dasubstituio deste produto pelogs natural ou pelo leo diesel

    nas indstrias do Brasil.Em termos de participao demercado, as empresas associadasao Sindicom registraram umaposio de 77,9% em todos osprodutos, cerca de 0,5% maiorque em 2004.

    Quadro 4

    Quadro 5

    Quadro 6

    Fonte: ANP/WISE(*) Inclui gasolina de aviao(**) Gs Natural Veicular

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    38 Anurio 2006 Sindicom

    Analisando esta participaopor produto, observa-se que,ao passo que as Associadas doSindicom tiveram 71,7% nagasolina, apenas 54,5% foramregistrados no lcool hidratado.Neste caso, convm comentarque a maior parte do volume degasolina distribuda atravs depostos revendedores abastecidospelas Associadas do Sindicome que, portanto, seria razovelsupor que estas empresas

    tivessem participao relativano mercado de lcool hidratado.Esta diferena explicada pelaexistncia de um expressivomercado irregular neste produto(veja lcool Hidratado, pg. 51).

    Quadro 7

    Quadro 8

    Quadro 9

    Fonte: ANP/WISE

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    39Sindicom Anurio 2006

    A S P E C T O S T R I B U T R I O S

    Em continuidade ao trabalhode conscientizaodas autoridades e rgoscompetentes, o Sindicom vemenfatizando a necessidadede uma carga tributria maisequilibrada e que no gereincentivo econmico fraude.

    Neste sentido, alguns estadosentenderam que deveriamfazer ajustes tributrios, o que,

    em alguns casos, resultou emreduo das alquotas do ICMS.

    Bahia e Santa Catarina reduziramo ICMS do lcool hidratado. ABahia que tinha uma alquota de25% em outubro reduziu para19%. Esta medida mostrou-se acertada, uma vez que noltimo trimestre de 2004 foramcomercializados pouco mais de14 milhes de litros no Estado,

    enquanto que no mesmo perodode 2005 este volume foi de cercade 24 milhes de litros umcrescimento superior a 64%.Santa Catarina diminuiu o ICMSdo lcool hidratado de 25% para18% em novembro. O estadoteve um incremento nas vendasdeste produto de 42,3%, emcomparao ao ltimo bimestre,registrando vendas de mais de42 milhes de litros.

    Quadro 10

    Quadro 11

    Fonte: ANP/WISE

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    40 Anurio 2006 Sindicom

    So Paulo, que havia sido oprimeiro estado a reduzir deforma expressiva a alquota deICMS incidente sobre o lcoolhidratado, em novembro de2003 (de 25% para 12%), foinovamente pioneiro em aespara combater as irregularidadesque h tempos fazem parte doSetor de Combustveis.

    Tomando em conta que aadulterao dos combustveis

    envolve sonegao, pois se fazpela adio de um outro produtocuja carga tributria menor,o estado de So Paulo lanou,em abril de 2005, a Operaode Olho na Bomba. A operaoconsiste em monitorar os postosrevendedores quanto qualidadedos combustveis. Em conjuntocom esta medida foi aprovada aLei 11.929, que trata da cassaoda eficcia da inscrio estadualde empresas que comercializem,

    transportem ou movimentemcombustvel adulterado.

    J em 2005, mais de 68empresas perderam suasinscries estaduais em razoda adulterao de combustveis.Para comprovar que as medidasadotadas em So Paulo foramcorretas, na gasolina houvecrescimento de 4,7%, enquantoque a mdia Brasil foi de somente1,4%. No lcool o crescimento foide 11,1%, j a mdia Brasil ficouem 7,1%.

    Os resultados dessa iniciativade So Paulo motivaram mais9 estados a aprovar leis quesuspendam a eficcia da inscrioestadual da empresa envolvida naadulterao ou comercializao

    Quadro 12

    Quadro 13

    Fonte: ANP/WISE

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    41Sindicom Anurio 2006

    do combustvel adulterado. Estesestados foram: Bahia, Cear,Esprito Santo, Mato Grosso doSul, Mato Grosso, Piau, Paran,Rio de Janeiro e Rio Grande doSul.

    Inspirados no mesmo exemplo,vrios municpios passarama adotar leis que cassam aautorizao de funcionamento(alvar) de empresas emque houver comprovao

    de envolvimento com acomercializao de combustveladulterado.

    A tributao diferenciada entreestados tem contribudo paraa existncia de distores nacomercializao dos combustveis,em especial, do leo diesel.Por isso, uma das principaisincitativas do Sindicom tem sido aunificao das alquotas de ICMSdos estados.

    Nessa direo, os estados deTocantins e Gois reduziram suasalquotas de ICMS incidentesno diesel, em 2005, de 15%para 12% e de 18% para 12%,respectivamente. Assim, faltaapenas que os estados de MatoGrosso e Mato Grosso do Sulreduzam suas alquotas paraque o mapa de ICMS do dieselreproduza um equilbrio dasalquotas, com 17% nos estados

    do Norte e Nordeste, e 12% nosestados do Sul e Sudeste (verquadro 14).

    Quadro 14

    Fonte: ANP/WISE

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    42 Anurio 2006 Sindicom

    Em 2005, no houveimportaes de gasolina ede leo diesel, excetuando-se asrealizadas pela Petrleo Brasileiro- Petrobras. Foram registradasapenas importaes de nafta,ainda assim com queda superiora 86% em relao a 2004.

    As importaes de naftarealizadas em 2005concentraram-se nos doisprimeiros meses do ano,totalizando pouco mais de 30

    milhes de litros e teve comonico destino o Porto de Santos.

    O principal motivo pela noutilizao das importaes oalto custo do barril de petrleono mercado internacional. Aolongo de 2005, a cotao mdiado barril de petrleo oscilouconsideravelmente. No incio doano o barril era cotado a US$42,00, no meio do ano saltoupara US$ 52,00, chegando noseu pico em setembro, quandofoi cotado a US$ 70,00, devido

    em boa parte, ocorrncia defuraces, principalmente, noGolfo do Mxico, e terminou oano a US$ 62,00.

    Este alto custo tambm afetouas operaes das refinariasprivadas no Brasil, como a daPetrleo Ipiranga, no Rio Grandedo Sul, e a de Manguinhos noRio de Janeiro, que tiveramsuas produes interrompidasem alguns perodos do ano emquesto.

    I M P O R T A E S

    Quadro 15

    Quadro 16

    Fonte: ANP/WISE

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    43Sindicom Anurio 2006

    M E R C A D O R E V E N D E D O R

    Oque estamos chamandode Mercado Revendedor

    compreende a comercializao degasolina, lcool, GNV e leo dieseldas distribuidoras aos postosrevendedores. Este segmentorepresenta 65% do total doscombustveis comercializados nopas.

    No segmento de postosrevendedores esses produtostiveram, tambm, um

    desempenho fraco no seu total.O principal fator de o MercadoRevendedor ter repetido,praticamente, o mesmo volumeque em 2004, foi a queda dasafra 2004/2005. Considerandoque o escoamento das safrasse d atravs do transporterodovirio, a quebra da safraafetou diretamente a venda deleo diesel nos postos, resultandoem uma perda superior a 1 bilhode litros deste produto.

    Quadro 17

    Quadro 18

    Fonte: ANP/WISE

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    44 Anurio 2006 Sindicom

    As aes da ANP, dos MinistriosPblicos Federais e Estaduais,da Polcia Federal, entreoutros, contriburam para quea gasolina e o lcool hidratadocontinuassem a registrar ganhosvolumtricos em comparaocom anos anteriores. O GNVmanteve sua constante ascensodevido ao diferencial do preocom os produtos concorrentes.Ainda assim, este crescimentoda gasolina, lcool e GNV no

    foi suficiente para compensar aqueda no diesel.

    Aes como a aprovao de leisque cassam a inscrio estadualde empresas que forem flagradascomercializando produto forada especificao e de leismunicipais que determinam ocancelamento das autorizaesde funcionamento das empresas,em situao similar, foramimportantes no aumento dos

    volumes de gasolina e lcooldistribudos em 2005.

    Do volume de combustveiscomercializados atravs de postosrevendedores, 70,1% foramdistribudos pelas distribuidorasAssociadas do Sindicom.

    Quadro 19

    Quadro 20

    Fonte: ANP/WISE

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    45Sindicom Anurio 2006

    De acordo com nossos registros,ao encerrar o ano de 2005, asdistribuidoras Associadas aoSindicom possuam 18.158 postossob suas bandeiras.

    Segundo informaes da ANP,no final de 2005 havia 35.362postos revendedores autorizadosa funcionar no pas. Entretanto,nossa estimativa de que onmero de postos em operaoseja pelo menos 8% menor.

    No quadro 23, utilizamos

    o nmero oficial da ANP eestabelecemos como premissaque o nmero dos postos dasdistribuidoras no-Sindicom(que chamamos de Outras) o informado pela ANP. Assim,deduzimos do total ANP o nmerode postos do Sindicom e deOutras para determinar o total depostos de bandeira branca.

    Quadro 21

    Quadro 22

    Quadro 23

    Fonte: ANP/WISE

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    46 Anurio 2006 Sindicom

    Oano de 2005 foi um anode recorde no segmento

    de Posto Revendedor. Foramcomercializados 22,7 bilhesde litros, volume que no eraregistrado desde 2000.

    Este volume representou umaumento de 1,3% sobre o anode 2004, no segmento de postosrevendedores, mas as vendasdas Associadas do Sindicomcresceram apenas 0,6%,

    resultando numa participao de72,6%.

    Os investimentos em programasde qualidade ainda continuama ser prioritrios para ascompanhias associadas aoSindicom, que, em 2005,comercializaram 16,5 bilhes delitros de gasolina.

    Quadro 24

    G A S O L I N A

    Quadro 25

    Quadro 26

    Fonte: ANP/WISE

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    47Sindicom Anurio 2006

    Entretanto, uma maior atividadede fiscalizao da ANP, orientadapelos resultados do Programade Monitoramento de Qualidade,comea a mostrar resultadosmais consistentes, no apenas novolume oficial de gasolina, mastambm na melhoria dos ndicesde No Conformidade.

    Os nmeros de NoConformidades apresentadospela ANP registraram, em 2005,

    o menor ndice desde 2000:3,6%. Segundo a ANP, estepercentual est dentro dospadres internacionais de NoConformidades, que varia entre3,0% e 3,5%.

    Quadro 27

    Fonte: ANP/WISE

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    48 Anurio 2006 Sindicom

    O estado de So Paulo,que responsvel poraproximadamente 30% domercado revendedor de gasolina,e historicamente o maior ndicede No Conformidade, tambmapresentou reduo proporcional do Brasil, fechando o ano com7,5% de no conformidade,mas ainda acima da mdiaBrasil. A reduo no ndicede No Conformidade mdioBrasil indicou que o trabalho de

    represso contra os adulteradorespassou a ser mais eficiente, masalguns ndices nos estados, taiscomo So Paulo e Rio, mostramque ainda h uma rdua luta em2006.

    Quadro 28

    Quadro 29

    Fonte: ANP/WISE

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    49Sindicom Anurio 2006

    G N V

    OMercado de GNV no Brasilcontinua crescendo ano aps

    ano. O nmero de postos quecomercializaram este produto, em2005, foi de 1.052, apresentandoum crescimento de 16% emrelao a 2004.

    O nmero de converses deveculos para o GNV foi 27%maior do que em 2004, em todopas. Com uma frota maior e umarede de distribuio ampliada,

    o consumo de GNV tambmregistrou crescimento. Em 2005,foram comercializados 1,9 bilhesde m, 22,4% superior a 2004.

    Enquanto, as Associadas doSindicom possuem 72,6% departicipao na gasolina, no GNVrespondem por apenas 52,5%,considerando que, em algunspostos, os revendedores optarampor realizar o seu prprioinvestimento nas instalaes de

    revenda de GNV.

    Quadro 30

    Quadro 31

    Fonte: ANP/WISE

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    50 Anurio 2006 Sindicom

    Ainda assim, o volume de vendasatravs das Associadas doSindicom supera a um bilho de m.

    O GNV vem ampliando suapenetrao em praticamentetodo o pas. Em 2005, 16 estadosapresentaram movimentao deGNV. O estado do Rio de Janeirotem o maior volume: 763 milhesde m, o que representam 39,4%do total consumido no pas. SoPaulo o segundo colocado,

    com 25%. Ambos mantm largadiferena para os demais estados.

    Quadro 33

    Quadro 32

    Fonte: ANP/WISE

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    51Sindicom Anurio 2006

    L C O O L H I D R AT A D O

    OMercado de lcool Hidratadotem recebido ateno

    especial do Sindicom e dosGovernos Federal e Estadual,considerando o aumento dosveculos bi-combustveis ou flexfuel, potenciais consumidoresde lcool, e a forte sonegaode tributos, em resultado doexpressivo volume comercializadode forma irregular.

    Os nmeros oficiais da ANP

    registraram a comercializaode 4,6 bilhes de litros, o quesignifica um crescimento de 6,7%em relao a 2004.

    Quadro 34

    Quadro 35

    Quadro 36

    Fonte: ANP/WISE

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    52 Anurio 2006 Sindicom

    Os principais fatores para o crescimento foram:

    Comercializao dos veculosbi-combustveis o anode 2005 foi histrico parao setor automobilstico. Asvendas dos veculos flexfuelrepresentaram 53,6%contra 21,6% em 2004,desbancando os veculosmovidos a gasolina, queficaram em segundo lugarcom 40% (em 2004 as vendas

    representavam 70,8%).Deve-se considerar que oflexpode ser abastecido comgasolina ou lcool hidratadoe, nos grandes estados, opreo do lcool oferece maioratratividade em relao apreo.

    Reduo da alquota de ICMSnos estados da Bahia e SantaCatarina. O trabalho para areduo da alquota, com aconseqente legalizao dolcool clandestino, tornou-seuma das principais bandeirasdo Sindicom, j que atributao elevada gera umpotencial para irregularidadede difcil dimenso. Estima-

    se em mais de R$ 1 bilho asonegao existente, somenteno lcool hidratado.

    As aes de combate adulterao e de controles,implementadas em vriosestados, como Gois,Pernambuco e So Paulo,tambm contriburam deforma relevante para estecrescimento.

    Quadro 37

    Fonte: ANFAVEA/WISE

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    53Sindicom Anurio 2006

    A participao das Associadasdo Sindicom neste volume delcool foi de 55,6%, em 2005. Seconsiderarmos que os postos queofertam lcool so os mesmosque comercializam gasolina, adiferena entre a participao dasAssociadas do Sindicom entre olcool e a gasolina deveria sermnima.

    Entretanto, as Associadas doSindicom possuem 72,6%

    do volume de gasolinacomercializado e apenas 55,6%da comercializao do lcoolhidratado, registrada pela ANP.Esta diferena explicada pelaexpressiva comercializao delcool de forma clandestina, semo recolhimento dos impostosdevidos pela distribuidora.

    Nossa estimativa, considerandoo volume de lcool ofertado nomercado interno, de que o

    volume comercializado atravsdas bombas de lcool nos postosfoi de cerca de 7 bilhes delitros, ou seja, 50% maior doque o volume reportado pelasdistribuidoras ANP.

    A prtica do chamado lcoolmolhado que consiste nacompra de lcool anidro e aadio de gua, produzindolcool hidratado foi responsvelpor parte deste volume

    comercializado clandestinamente.Os ndices de No Conformidadeda ANP indicaram que esteproblema persistia em 2005.Embora tenha havido reduonos ndices, de 2002 para 2005,a mdia Brasil ainda apresenta6,7% e o estado de So Paulo,7,2%.

    Quadro 38

    Quadro 39

    Fonte: ANP/WISE

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    54 Anurio 2006 Sindicom

    Com o objetivo de inviabilizar aprtica do lcool molhado, aANP tornou obrigatria a adio,pelo produtor, de corante nolcool anidro, a partir de janeirode 2006. A colorao do anidrotambm permitir ao consumidoridentificar a adulterao doanidro com a adio de gua,tendo em vista que o lcoolhidratado somente poderser comercializado lmpido etransparente.

    Quadro 40

    Fonte: ANP/WISE

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    55Sindicom Anurio 2006

    Dos 39 bilhes de litros deleo diesel comercializados nomercado, 22 bilhes de litrosforam comercializados atravsdos postos revendedores.Este volume representou umadiminuio de 4,7% em relaoao ano de 2004.

    Esta queda especialmenterelevante, se considerarmosque o volume total de diesel nomercado foi igual ao de 2004. No

    caso dos postos revendedores,como comentado na avaliaoinicial, ela reflexo direto dosproblemas da safra em regiesonde o escoamento se d,principalmente, pelo modalrodovirio.

    L E O D I E S E L

    Quadro 41

    Quadro 42

    Quadro 43

    Fonte: ANP/WISE

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    56 Anurio 2006 Sindicom

    Estados da regio Sul, como RioGrande do Sul e Paran, foramafetados pela estiagem, comfortes resultados na lavoura desoja e milho, principais culturasda regio.

    Alm da estiagem, o estado deMato Grosso tambm sofreu coma elevao dos requisitos para aadequao do setor madeireiro legislao ambiental, comintensificao da fiscalizao

    governamental.Ainda com relao soja, aboa performance da produonorte-americana e a mudanano cmbio ocasionaram perdade renda para os produtores edesestimularam o escoamento dasafra.

    Quadro 44

    Fonte: ANP/WISE

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    57Sindicom Anurio 2006

    O baixo preo da soja no mercadointerno passou a estimularprodutores rurais a testarem autilizao de leo de soja, puroou misturado ao diesel, nosseus tratores e implementosagrcolas, contribuindo para am performance no consumo dodiesel, alm do aumento nos seuscustos com a manuteno dasmquinas. Por fim, o aumentomdio de preo no leo diesel daordem de 15%, em novembro

    de 2005, para compensar adefasagem em relao aomercado internacional, contribuiupara uma reduo da demandanos postos revendedores.

    Quadro 45

    Quadro 46

    Fonte: ANP/WISE

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    L O J A S D E C O N V E N I N C I A

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    60 Anurio 2006 Sindicom

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    61Sindicom Anurio 2006

    Desafios do Varejo

    de Lojas de Convenincia

    Francisco Lavrador PereiraCoordenador da Comisso de Lojas

    de Convenincia do Sindicom

    Estamos prximos de alcanar as duas primeiras

    dcadas do varejo de lojas de convenincia no

    Brasil com muitos desafios vencidos e muitos outros a

    vencer. A existncia de dificuldades na introduo do

    conceito de lojas de convenincia, passando por uma

    indstria ainda sem condies de atender s demandas

    desse negcio e o esforo para vencer os obstculos

    impostos por uma legislao cada vez mais restritiva em

    relao ao segmento, no nos impediu de construir uma

    rede prxima das 3.500 lojas.

    As lojas de convenincia vm povoando os nossos

    postos num ritmo bastante acelerado, agregandomuitos elementos de modernidade a todas as

    estaes de servio, a despeito da complexidade da

    operao desse varejo, motivo maior da resistncia

    inicial em relao adoo do conceito no Brasil.

    Aspecto relevante para o crescimento da rede de

    lojas foi o trabalho desenvolvido pela indstria

    no sentido de melhor atender s necessidades

    do segmento. Fornecedores de mobilirio, de

    ferramentas de gesto, de produtos e prestadores

    de servio vm dedicando cada vez mais tempo no

    desenvolvimento de alternativas especficas para o

    nosso canal.

    J a atuao junto ao Legislativo e ao Executivo

    tem sido feita de forma intensa para bloquear riscos

    considerveis em relao continuidade da operao

    e rentabilidade do negcio. As parcerias entre as

    Associadas ao Sindicom e Sindicatos Locais tm

    propiciado muitas e importantes vitrias, impedindo

    que maiores danos venham a atingir a rede de lojas

    de convenincia existente no pas.

    H de se ressaltar o que a loja de convenincia

    agregou em termos de imagem e atendimento ao

    antigo posto de gasolina, considerado sujo, feio

    e maltratado, e que se transformou ao levar para

    a pista os conceitos de limpeza e atendimento,

    contidos nos treinamentos das equipes.

    Alm disso, o consumidor passou a estar muito mais

    presente nas estaes de servio, pois quase 50%

    A loja de conveninciaagregou valor ao postode gasolina. Alm disso, oconsumidor passou a estarmuito mais presente nasestaes de servio, pois quase50% vo de 3 a 7 vezes porsemana na loja, enquanto ocliente do posto vai em mdiauma vez por semana.

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    62 Anurio 2006 Sindicom

    dos consumidores de loja vo de 3 a 7 vezes por

    semana na loja de convenincia, enquanto o cliente

    do posto vai em mdia uma vez por semana.

    Entretanto, novos desafios se colocam para todos os

    envolvidos no segmento de lojas de convenincia,

    sendo que um dos principais ter-se uma gesto

    mais profissional do ponto de vendas. O uso de

    ferramentas de automao, a capacitao da equipe

    de loja e o desenvolvimento de aes mercadolgicas

    so fundamentais para o sucesso do negcio.

    Neste trabalho ser fundamental que o operadordefina, em conjunto com a sua equipe, qual sua

    misso, suas estratgias, seus objetivos, suas

    metas e, fundamentalmente, os resultados que se

    pretende alcanar. Lembrando que o princpio bsico

    de Responsabilidade Social de qualquer varejo o de

    gerar lucros.

    Temos o desafio de transformar as lojas de

    convenincia num grande canal de distribuio

    de produtos e servios do varejo, com pontos de

    venda extremamente modernos e capazes de gerar

    experincias nicas para os consumidores.

    Nesse contexto, o cenrio da disputa se renova a

    cada segundo, fazendo com que cada atendimento

    se transforme num momento da verdade e num novo

    desafio para cada funcionrio da estao de servios,

    razo direta para o seu sucesso. Temos referncias

    de lojas de convenincia j operando somente com

    mquinas em alguns mercados, poderemos, em

    breve, estar operando de forma semelhante no

    Brasil, mas temos que nos lembrar que a verdadeira

    diferena est no ser humano.

    Precisamos conhecer o nosso cliente profundamente

    e observar atentamente os seus hbitos. Mudanas

    de comportamento por parte do consumidor devem

    estar refletidas na adequao do seu mix de

    produtos e servios.

    Teremos um consumidor com maior poder de

    compra e menos tempo para usufruir desses

    recursos, contudo muito mais disposto a pagar

    pela convenincia oferecida pelas lojas. Entretanto,

    precisamos observar que a renda das pessoas finita

    e que todos os varejos disputam os mesmos clientes

    e, portanto, fundamental chegar sempre primeiro e

    de forma nica.

    Chegamos a 2006 capturando apenas metade do

    ticket mdio que o consumidor est disposto a

    gastar, embora o seu reconhecimento sobre o nosso

    trabalho seja refletido na excelente avaliao que

    ele faz no atendimento das equipes das lojas de

    convenincia (nota 8,6).

    O desafio tecnolgico uma realidade para onosso varejo e, certamente, dever fazer com que

    a indstria, distribuidores e operadores logsticos

    estejam dispostos a trocar informaes e a buscar

    solues conjuntas de mix de produtos e servios,

    que atendam s necessidades dos consumidores.

    Temos um futuro promissor para o desenvolvimento

    do varejo de loja de convenincia, pois no

    h previso de download para o combustvel

    comercializado nos nossos postos, o que nos

    permitir incrementar substancialmente os atos de

    consumo nas lojas, que em 2005 j atingiram seismilhes por semana.

    Dessa forma, s nos resta trabalhar para vencer os

    desafios, realizar os nossos sonhos e comemorar

    nossas vitrias.

    O princpio bsico deResponsabilidade Social de

    qualquer varejo o de gerarlucros... mas temos que noslembrar que a verdadeiradiferena est no ser humano.Precisamos conhecer o nossocliente profundamente e observaratentamente os seus hbitos.

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    A Convenincia em 2006:

    o futuro nos pertence!

    A N L I S E S E T O R I A L

    Flavio FranceschettiConsultor do Sindicom e da GS&MD

    Primeiros anos da Convenincia no Brasil...Os hipermercados no apogeu... A atenoda indstria fornecedora estava seduzida pelosgrandes volumes do auto-servio. Honrosas

    excees para poucas indstrias de marcas

    lderes, que j conheciam a convenincia no

    exterior, e prestaram ateno ao potencial do

    emergente canal das Lojas de Convenincia,

    que acabava de desembarcar no pas.

    Os consumidores tambm andavam encantados

    com as gigantescas caixas de concreto dos

    hipermercados, com contedo de 30, 50 mil

    itens, e esperavam pacientes, em filas enormes,

    na frente da formidvel bateria de 100, 120,

    150 caixas registradoras!

    Ainda muito pouco se ouvia falar daquela

    palavra mgica, que encantou o consumidor,

    definiu o varejo contemporneo e concedeu seu

    nome para as nossas lojas: Convenincia!

    Graas influncia da Convenincia em

    diversos canais do varejo, vivemos, hoje, noBrasil e no mundo, a era do varejo conforto, do

    varejo facilidade, do varejo Convenincia.

    Chegamos praticamente a 3.500 lojas de

    convenincia no pas. Isso representou

    um significativo crescimento de 15% na

    populao de lojas, 8% acima das previses

    que calculamos no Anurio de 2005.

    Podemos afirmar que a populao de lojas de

    convenincia projetada em relao rede de

    postos de servios, na acepo tradicional dotermo, ou seja, um posto que disponha dos

    atributos bsicos da sua atividade, j chega a

    um percentual significativo, que faz a diferena

    perante a percepo dos consumidores e,

    tambm, em valor de negcio para os atores

    da revenda. Ou seja, a Convenincia est

    mudando a paisagem da rede de distribuio

    de combustveis no pas. Para melhor!

    5.000 lojas de convenincia em 2006! H

    um novo elemento impulsionador que deve

    conduzir uma expanso vigorosa na base de

    lojas de convenincia do pas.

    A revenda, com seus sindicatos, que nos

    primrdios do canal resistiu implantao das

    lojas, hoje, reconhecendo a enorme contribuio

    da integrao da Convenincia ao conceito

    tradicional do posto de servio, transformou-

    se em forte incentivador expanso da rede,

    criando em suas representaes regionais,diretorias de lojas, que oferecem assessoria e

    aconselhamento e, em alguns casos, at mesmo

    formatos alternativos para os seus associados.

    Outro dado alvissareiro para o canal, em

    2005, foi o crescimento da fidelidade dos

    clientes da Convenincia. Foram 310 milhes

    de transaes/caixas ao longo do ano,

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    64 Anurio 2006 Sindicom

    representando o ingresso de mais 21 milhesde clientes, novos ou fidelizados, na rede de

    lojas do pas. A previso dos analistas do setor

    de que, durante 2006, dever ocorrer um

    crescimento de 18% do faturamento.

    E, para a indstria fornecedora, o jovem

    canal, que no princpio mostrava-se tmido,

    com volumes ainda incipientes, hoje, j se

    mostra sedutor. Mais do que uma promessa,

    uma alternativa promissora de negcios. Essamesma indstria, a partir de 2006, contar com

    bssola e radar para navegar no mercado da

    Convenincia. Dois institutos de peso estaro

    aferindo o canal: a AC Nielsen, em parceria

    com o Wise, oferecendo um store auditda

    rede de lojas, e a Gouva de Souza & MD,

    disponibilizando, regularmente, um ndice sobre

    os hbitos e tendncias dos seus consumidores.

    Quadro 1

    Fonte: WISE

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    Quadro 2

    Fonte: WISE

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    66 Anurio 2006 Sindicom

    Quadro 3

    Quadro 4

    Fonte: WISE

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    67Sindicom Anurio 2006

    do que as lojas sem bandeira ou bandeirasbrancas, por exemplo, nas vendas.

    Enquanto as lojas do Sindicom faturaram, em

    2005, em mdia mensal de vendas, acima

    de R$ 40 mil, as sem bandeiras venderam,

    em mdia, pouco mais de R$ 20 mil, ou seja,

    praticamente a metade. E outros indicadores

    seguem a mesma linha, como pode ser visto

    nos quadros a seguir.

    Rumo marca de 5.000 lojas abertasno pas!

    No final de 2006 j teremos superado a marca

    de 5.000 lojas e, em 2007, deveremos chegar

    a 6.000 lojas de convenincia instaladas nos

    postos de servios do pas!

    Em dezembro de 2005, das 3.453 lojas

    existentes 60% pertenciam a bandeiras das

    distribuidoras do Sindicom, 33% das lojas no

    ostentavam bandeiras e 7% eram de bandeirasde outras redes menores.

    Os resultados das lojas com bandeiras

    das distribuidoras associadas ao Sindicom

    apresentam indicadores bem mais expressivos

    Outros nmeros do setor em 2005:

    Gerao de 123 mil empregos diretos e indiretos

    Recolhimento de R$ 197 milhes em impostos

    Registro de 310 milhes de transaes/caixa por ano

    4.100 PDVs informatizados e com leitura tica

    1.350 milhes de faturamento/ano

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    68 Anurio 2006 Sindicom

    Quadro 5

    Fonte: WISE

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    Quadro 6

    Quadro 7

    Fonte: WISE

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    70 Anurio 2006 Sindicom

    Distribuio e LogsticaInstalar uma rede varejista num pas com

    dimenses continentais, como o Brasil,

    tem sido um grande desafio! Apesar das

    rarefaes inevitveis em certas reas, o

    desafio tem sido enfrentado com xito. Aps

    duas dcadas, todas as regies do pas j

    tm instaladas e funcionando lojas de

    convenincia com apreciveis resultados para

    seus operadores e, com os produtos que osseus consumidores desejam.

    Exemplo simblico do xito alcanado

    uma bela loja de convenincia da BR,

    flutuando suavemente, instalada num Posto

    de Abastecimento fluvial, no leito do Rio

    Negro, no Amazonas!

    Quadro 8

    Fonte: WISE

    Quadro 9

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    Fonte: WISE

    Quadro 10

    Quadro 11

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    73Sindicom Anurio 2006

    Das habituais categorias de produtosque compem o mix da Convenincia,

    mantivemos as premissas adotadas nos anos

    anteriores e destacamos 10 categorias, as

    top ten, para um exame mais detalhado,

    respeitando os critrios pr-estabelecidos

    pelas Cias. Distribuidoras de Petrleo.

    A coleta de dados, que alimentou o estudo, foi

    realizada nos pontos de venda e as informaes

    extradas diretamente dos check-outs.O trabalho teve como base 1.100 lojas de

    convenincia, nas quais foram coletadas e

    monitoradas as informaes mensalmente. Esta

    amostra representa 32% do total de lojas, as

    quais foram grupadas em clustersde 22 lojas.

    No quadro abaixo, apresentamos as principais

    categorias das lojas de convenincia e sua

    respectiva participao no faturamento do canal.

    Fonte: WISE

    Quadro 12

    A N L I S E d e C a t e g o r i a s

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    74 Anurio 2006 Sindicom

    TABACARIA

    Ao longo dos ltimosanos, esta categoriavem bravamente mantendo

    sua expressiva liderana

    no ranking das principais

    categorias da Convenincia!

    No obstante as restries que

    a categoria vem enfrentando,

    a sua participao nomix de vendas das lojas

    de convenincia cresceu,

    passando de 23%, em 2003,

    para 24%, em 2005.

    Uma anlise preliminar

    para este aumento a

    de que os consumidores,

    progressivamente, vo

    descobrindo a competncia

    do canal, e percebendo uma

    maior comodidade para a suacompra diria de cigarros,

    cigarrilhas, charutos, nas

    lojas de convenincia.

    O fumante est descobrindo

    que a Convenincia o

    canal ideal para adquirirem

    estes itens, como ocorreu

    h muito tempo no mercado

    norte-americano, onde a

    participao de cigarros nas

    vendas chega a 40% do

    volume das lojas. Nos EUA,

    a Convenincia de longe o

    mais importante canal para

    distribuio da categoria e

    responsvel por mais de 60%

    da chegada do produto s

    mos dos consumidores.

    Quadro 13

    Fonte: WISE

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    Por se tratar o cigarro de

    um produto polmico e

    de consumo monitorado

    pelas autoridades da

    sade pblica, as lojas de

    convenincia cumprem

    de maneira exemplar,

    por meio da sua postura

    tica e presena formal no

    mercado, os seus deverescom a sociedade.

    Esta sua postura envolve

    um rigoroso controle

    para no permitir a

    venda de cigarros a

    menores de idade, em

    conformidade com a Lei,

    atravs de campanhas

    de esclarecimento

    juntos aos seus caixasatendentes e aos pais, de

    material de sinalizao,

    cartilhas didticas

    comportamentais e

    uma ateno especfica

    para programas de

    treinamento de pessoal.

    Alis, dever de justia

    reconhecer a constante

    disposio da Cia. SouzaCruz de colaborar na

    implementao de

    todas essas aes de

    responsabilidade social.

    Fonte: WISE

    Quadro 14

    Quadro 15

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    76 Anurio 2006 Sindicom

    Os dois grandes fabricantese a guerra das marcas

    O mercado brasileiro, em

    termos de fabricantes e

    marcas, tem caractersticas

    inditas em relao maioria

    dos outros pases. Aqui a

    Souza Cruz, do grupo BAT

    - British American Tobacco,

    a lder de participao nomercado, c