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Anuário da Região Oeste da Bahia 2009/10 58 Anuário da Região Oeste da Bahia 2009/10

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EditorialEditORiAl

O desempenho ímpar das lavouras do Oeste da Bahia no ano-safra que finda, registrado com precisão e apuro nesta

edição do Anuário da Região Oeste da Bahia – Safra 2009/10, foi o desfecho à altura de um período de grandes con-quistas. A primeira delas é comemora-ção dos 20 anos de existência da Asso-ciação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), indissociáveis da trajetória

do desenvolvimento da agricultura no Cerrado baiano. Há muito com o que se alegrar. Não se trata de sentir orgu-lho da sobrevida de uma instituição, entre tantas outras que se desintegram em um mundo efêmero. Mas sim de ser uma entidade atuante, cujas conquistas, resultados de muito trabalho, são per-ceptíveis, reconhecidas e mensuráveis.

Duas delas são mais evidentes em 2010, e, de tão suadas, nos motivam a celebrar, mas não a cantar vitória ou

a baixar a guarda. Ambas são passos contra a insegurança jurídica, que se constitui em uma das maiores ameaças à atividade agrícola no País. A primei-ra delas foi ver instituído e regulamen-tado, depois de 18 meses de trabalho intenso, o Plano de Adequação e Re-gularização dos Imóveis Rurais do Es-tado da Bahia e o seu desdobramento regional, o Plano Oeste Sustentável.

Trata-se de uma iniciativa do gover-no do Estado com a participação direta

dos agricultores do Oeste, representados pela Aiba. Ela beneficia toda a Bahia, na medida em que desburocratiza os pro-cessos de supressão vegetal e de licen-ciamento ambiental demandados pelos produtores, ajudando a acabar com o passivo que ameaçava a continuidade da produção em um dos mais impor-tantes pólos agrícolas nacionais.

A outra vitória foi a Tutela Antecipada obtida pela Aiba, no dia 11 de março, que suspendeu a exigibilidade da Contribui-

ção Social Rural, o Funrural, para os mais de 1,2 mil associados da entidade, com-provando a tese defendida há mais de 11 anos, de que este é um tributo inconsti-tucional. Em comum nos dois casos há o longo tempo de batalha, o grande esforço que demandaram, a amplitude do alcan-ce dos seus efeitos e o profissionalismo e a transparência na condução.

No dia a dia, muitas outras vitórias se contabilizam pela atuação da Aiba. Como vitrine de todas elas aparece a

Bahia Farm Show, sem dúvida outro motivo de orgulho. Na sexta edição, ela já se posiciona como uma das mais im-portantes feiras de tecnologia agrícola e negócios do País, superando-se a cada ano. Entre tantas coisas a comemorar, só resta esperar que cada pedra que se remove aqui contribua para o desen-volvimento do setor agrícola brasileiro. Este, mais do que a base, já provou ser o verdadeiro sustentáculo da Nação.

Boa leitura!

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The outstanding performance of the Western Bahaian fields in the current crop year now coming to a close, reg-istered with precision and accuracy in the edition of the Western Bahian Yearbook – 2009/10 Crop, was the final touch to a period of impressive achievements. The first of which was the celebration of the 20th anniversary of the Association of Bahian Farmers and Irrigators (Aiba). There is a lot to cheer about. It is not just a matter of feeling proud of the survival of an association, among so many others that disintegrate overnight in such a transi-tory world, but our pride lies in the entity’s active role, whose achievements are the result of earnest endeavor, and they are perceptible, recognizable and measurable.

Two of them are much evident in 2010, and, being the result of earnest effort, give us reason to celebrate, but not to sing victory, nor to give up. Both are steps against ju-dicial insecurity, which has become one of the strongest threats against the activity throughout the Country. The first of the two was the institution and regularization, after 18 years of serious work, of the Plan for Adjusting and Regulating all Rural Estates in the State of Bahia and its regional counterpart, the Sustainable Western Plan.

It is an initiative by the State Government with the direct participation of the farmers in the West, repre-sented by Aiba. It benefits the entire State of Bahia, to the extent that it removes the bureaucratic hurdles from such processes as vegetable suppression and envi-ronmental licenses needed by the farmers, helping with putting an end to the vegetation cover that was threat-ening the continuity of production in one of the most important agricultural hubs in the nation.

Another victory was the so-called Anticipated Guard-ianship obtained by Aiba, on 11th March, which suspended the Mandatory Rural Social Contribution – Funrural, for the upwards of 1.2 thousand associate members, corrobo-rating the 11-year thesis, which maintained it was an un-constitutional fee. Common in both cases is the long time battle, the effort they demanded, the amplitude of the scope of their effects, professionalism and transparency.

Day after day, an array of victories are credited to Aiba’s decisive action. Bahia Farm Show comes as show window for all of them, without any doubt, reason for much pride. At its 6th edition, it already stands as one of the most impor-tant agricultural technology and business fairs all over the Country, exceeding itself year after year. Among so many things to celebrate, there is reason enough to hope for every stone removed here to contribute towards the development of the Brazilian agricultural sector. This one, more than the basis, has proved to be the real stay for the Nation.

Enjoy reading it!

EditorialEditORiAl

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Há vinte anos, plantava-se uma semente de transformação em uma área ainda incipiente na agricultura brasileira.

Foram lançadas as ideias e concretizou-se então a Associação de Irrigantes do Oeste da Bahia (Aiba). Ela viria a ser ponto fundamental de união e de moti-vação do setor produtivo na implanta-ção de um novo modelo de produção, que fez do Oeste baiano um expoente e uma referência no Estado e no País.

A atividade agropecuária ainda era inexpressiva e o potencial do Cerrado característico da região ainda era pou-co explorado. Líderes das localidades buscaram a mudança desta realidade e empenharam-se em favor do desen-

volvimento, apostando na agricultura irrigada como solução. O encontro de-cisivo ocorreu em 22 de junho de 1990, na Fazenda São Francisco, da empresa Belap Agropecuária, em Barreiras, onde convencionou-se criar a associação e de-finiu-se as principais finalidades.

Além da representação e da defesa do setor, desde o princípio entre os ob-jetivos estavam o aporte de tecnologia e a troca de informações e de experi-ências; a defesa do meio ambiente; es-tudos de aproveitamento dos recursos hídricos regionais e seu uso racional; o aprimoramento da utilização de equi-pamentos e métodos de irrigação, bem como o intercâmbio de conhecimentos com entidades congêneres ou que se voltem para atividades que interes-

sem aos objetivos da associação, assim como a criação de um banco de dados disponível aos associados.

Inicialmente foi formada uma comis-são de 16 membros, que se constituíram nos fundadores da entidade. A assem-bléia geral que oficializou a fundação, com a aprovação dos estatutos sociais e a eleição dos membros da diretoria e dos conselhos consultivo, técnico e fiscal da Aiba, aconteceu em 3 de agosto daquele ano. O presidente eleito, Humberto San-ta Cruz Filho, que ficaria 18 anos na fun-ção, disse logo a que veio a organização dos produtores irrigantes: conquistar um espaço de representação e de defe-sa definido na sociedade e gerar “uma nova força, que dará novo rumo ao de-senvolvimento do Oeste da Bahia”.

Irrigando o Oeste

AssociAção de irrigAntes dA BAhiA (AiBA) completA 20 Anos de AtividAdes como A grAnde AlAvAncA do desenvolvimento regionAl

iNVEstiMENtO em pesquisa, tecnologia e inserção nos mercados fez da Aiba referência no Brasil e no mundo: à direita, registro da primeira reunião da

Aiba, em 22 de junho de 1990; no plano de fundo, primeira ata da associação de irrigantes do Oeste

baiano; na foto maior, água da irrigação deu impulso à produção regional

A PASSOS LARGOS A insti-tuição viria a agregar mais tarde (a partir de 1996), os demais produtores de se-queiro, alterando a denominação para “Associação de Agricultores e Irrigan-tes do Oeste da Bahia', que passou, em 2004, para “Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia”. Ficou preserva-da, porém, a sigla Aiba, assim como foi mantido o ímpeto de ação e de mobiliza-ção, que a fez crescer e se destacar, assim como a toda a região. Desde as margens do Rio São Francisco até as divisas esta-duais com Goiás, Tocantins, Minas Ge-rais e Piauí, fez-se presente desde o início a sua atenção e construiu-se uma nova realidade, que orgulha a todos os que participam desta história de 20 anos.

De 16 fundadores passou-se a mais de 1.250 associados, atualmente. Dos apro-ximadamente 100 pivôs de irrigação ins-talados na fase inicial da associação, em

BEM-VINDO AO PROGRESSOCrescimento das produções agrícolas do Oeste da Bahia

Culturas Safras

1992/93 2009/10 1992/93 2009/10 Variações (%)Área (ha*) Produção (t**) Área (ha) Prod (t)

Soja 380,0 1.050,0 590,0 3.213,0 176,3 444,6Milho 45,0 170,0 213,0 1.479,0 277,8 594,4 1995/96 2009/10 95/96 09/10 Variações (%)Algodão 2,4 242,9 5,4 983,7 10.020,8 18.116,7Café 1,4 12,8 0,4 34,7 814,3 8.575,0Fonte: Aiba, Abapa, Fundação BA, Aciagri (Elaboração: Aiba)* Mil ha ** Mil t(Atualizada em maio de 2010)

novembro de 1990, houve uma evolução expressiva nesta década (400 em 1993, 547 em 1995 e 660 em 2000), a ponto de chegar a cerca de 860 unidades em 2010, em sua maior parte em algodão.

A produção agrícola levantada ini-cialmente, de 803 mil toneladas de soja e de milho na safra 1992/93, chegou a 4,7 milhões de toneladas nas duas culturas no ciclo 2009/10, com cresci-mento de quase 500%. Já no algodão e

no café, dos quais se dispõe de dados a partir do período 1995/96, quando eram insignificantes na região, foram registrados crescimentos gigantescos, com variações incríveis de até 18.000% até a atual safra. Os números falam por si do extraordinário desenvolvimento sonhado e realizado no Oeste baiano pelos pioneiros da Aiba, junto com os produtores e os demais parceiros da re-gião, em apenas duas décadas.

OS MEMBROS FUNDADORESHumberto Santa Cruz FilhoCornélio de PieroAdelar CapellessoAntônio MigasakIres BassoNelson Astor PooterKoso HirataArmindo BrugneraRicardo VemuraFrancisco PaimMarcos CassolEder Machado NunesHelmuth RiegerJosé Mitsuro ZeninPedro CallegariPaulo Rogério Costa

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Twenty years ago, a seed of transformation was cast on an area of incipient Brazilian agriculture. Ideas were put forward and the As-sociation of Bahian Irrigators (Aiba) was born. It eventually turned into a powerful uniting factor and greatly encouraged the production sector to implement a new production model, which turned western Bahia into a power and reference in the State and Brazil.

Agricultural activities were still at a fledgling stage and the po-tential of the Cerrado, typical of the region, was little explored. Local leaders decided to trigger changes to this reality and began to strive for development, betting on irrigated farming systems as the right solution. A decisive meeting was held on 22nd June 1990, at Fazenda São Francisco, of Belap Agropecuária, in Barreiras, where the asso-ciation was created and its major purposes were defined.

In addition to representing and working on behalf of the sec-tor, from the very beginning the objectives included strong sup-port to technology and exchange of information and experience; respect for the environment; studies on the use of the regional water resources for irrigation purposes and their rational use; improvement to the irrigation methods and equipment, as well as knowledge interchange with similar entities or geared towards activities of interest to the goals of the association, as well as the creation of a database available to all members.

Initially, a 16-member committee was set up, who became the founder members of the entity. The general assembly that officially laid the cornerstone of the association, with the approval of the social statutes and the election of the members for the board and Aiba’s consultative, technical and fiscal council, was held on 3rd August of that year. The first elected president, Humberto Santa Cruz Filho, who was to remain 18 years in office, immediately took action and soon showed what the

association’s intentions were: to conquer a representative and defense power defined by the new association and generate “ new strength in-tended to pave the way for development in Western Bahia”.

MAKING STRIDES The institution was later to attract (from 1996 onward, but legally approved in 2004) other dryland producers, altering the name to “Association of Bahian Farmers and Irrigators”. The acronym Aiba, nevertheless, was preserved, and so was the urge for action and mobilization, responsible for the growth of the association and the entire region. From the margins of the São Francisco River to the borders of the states of Goiás, Tocantins, Mi-nas Gerais and Piauí, the association was always there and a new re-ality was born, making all its members proud of its 20-year history.

From the initial 16 founder members the association progressed to more than 1,250 associate members now. At the start of the as-sociation, in November 1990, there were 100 irrigation pivots in op-eration, but this number soared considerably over the decade (400 in 1993; 547 in 1995 and 660 in 2000), reaching the expressive number of 860 units in 2010, most of them for cotton farming operations.

Agricultural production volumes that remained at 803 thousand tons in the 1992/93 crop year, are estimated at 4.7 million tons in the 2009/10 season, up almost 500% from the previous years. With regard to coffee and cotton, whose first available figures date back to 1995/96, when they were insignificant in the region, gigantic strives were registered, with incredible variations of 18,000 percent over the period. The numbers speak for themselves when it comes to the ex-traordinary development, a dream made real in West Bahia by Aiba pioneers, jointly with the farmers and all other partners throughout the region, and everything happened in just two decades.

Humberto santa cruz Filho presidiu a entidade por 18 anos / Humberto santa cruz Filho presided over the entity for 18 years

Irrigating the West

AssociAtion of BAhiAn fArmers And irrigAtors (AiBA) completes 20 yeArs of Activities engAged in leverAging the regionAl development

iNVEstMENt in research, technology and insertion into different markets has given Aiba a referential position in Brazil and the world and irrigation water gave impulse to regional production

Irrigating the West

AssociAtion of BAhiAn fArmers And irrigAtors (AiBA) completes 20 yeArs of Activities engAged in leverAging the regionAl development

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A ação forte e persistente da Aiba em seus 20 anos de existência resultou em muitas conquistas em benefício dos produtores

representados e da região onde eles se inserem, fatores que alavancaram o progresso alcançado. Esteve presente sempre a intervenção firme e decisiva dos seus dirigentes, nas mais diversas esferas locais, estaduais e nacionais, muitas vezes em parcerias, buscando a defesa dos interesses dos produtores e do Oeste da Bahia.

Já no início, um resultado muito im-portante foi conseguido no que tange à utilização de créditos do Imposto so-bre Circulação de Mercadorias e Servi-ços (ICMS) nos insumos da produção, como óleo diesel. Também se obteve isenções do imposto em energia e, mais tarde, de contribuição para iluminação pública. Ainda na área tributária, al-cançou-se representativo incentivo fis-cal para culturas, como o algodão, por meio do Programa de Incentivo à Cul-

tura do Algodão (Proalba) e do Fundo para o Desenvolvimento do Agrone-gócio do Algodão (Fundeagro). E em 2010, uma luta iniciada em l997 foi co-roada com grande vitória jurídica na dispensa de Contribuição Social Rural (Funrural) dos produtores.

A via judicial foi intensamente utili-zada, com assistência e defesa especia-lizada aos produtores em vários temas, como crédito rural, salário educação, política de preços, meio ambiente, si-tuação de estradas e exportação, en-tre outros, “comprando grandes bri-gas” e buscando as soluções. Ainda para o crédito rural, foco especial foi lançado desde logo no âmbito admi-nistrativo, envolvendo a questão da alocação de recursos, endividamen-to, encargos. Também foi assinado o primeiro fundo de aval privado para custeio da lavoura de algodão da safra 2000/2001, com o Banco do Nordeste. E na área da comercialização, desde 1997, obteve-se acesso ao Prêmio de Escoamento do Produto (PEP), com a

garantia do preço mínimo ao milho.A infraestrutura para a produção

numa nova fronteira agrícola igual-mente exigiu grandes esforços e apresentou bons retornos à entidade. A implantação de eletrificação rural numa área que carecia do recurso foi concretizada em grandes obras, como a rede de 1.160 quilômetros da Bacia do Rio Grande. Da mesma forma, re-percutiu a instalação de central telefô-nica moderna na década de 1990 em Mimoso do Leste, hoje município de Luís Eduardo Magalhães.

Por outro lado, a logística de trans-portes demandou muitas gestões e mostrou significativos resultados em estradas como o “Corredor ou Anel da Soja”, na implantação e em melhorias de estradas troncais e vicinais, enquanto protocolo estadual recente prevê o apor-te de 800 quilômetros na malha rodovi-ária do Cerrado. As intermediações se estenderam a outros modais, como o ferroviário, onde a Ferrovia Leste-Oeste começa a se tornar realidade.

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Colheita de sucessos

Ao expAndir áreA de cultivo e incrementAr A produtividAde, Ao diversificAr e industriAlizAr, o oeste dA BAhiA conquistou importAntes mercAdos O OESTE CRESCE E APARECE

Tem sido marcante também a participa-ção da Aiba em exposições, feiras e congres-sos, buscando o intercâmbio e a projeção da região e de seus produtos no País e no ex-terior. Em paralelo, houve a realização, por sua iniciativa e em integração com outros organismos, de muitos e importantes even-tos. Entre estes salienta-se a 2ª Conferência Mundial do Café, que reuniu representan-tes de mais de 70 países membros da Or-ganização Internacional do Café (OIC) em Salvador, em 2005, assim como muitas pro-moções anuais no âmbito desta cultura.

Destaca-se especialmente ainda o Agrishow LEM (Luís Eduardo Maga-lhães), lançado em 2004 nesta cidade, que avançou para se tornar Bahia Farm Show a partir de 2008. Ela é considerada a maior feira de tecnologia agrícola e de negócios do Norte e do Nordeste, sendo que a terceira edição ocorre entre 1º e 5 de junho de 2010, mostrando toda a pu-jança agropecuária do Oeste baiano, ve-rificada principamente nos últimos dois decênios, paralelamente ao surgimento e à história de sucessos de sua maior enti-dade representativa, a Aiba.

COM SUSTENTABILIDADE O meio ambiente, por sua vez, mereceu preocupação desde o início das ati-vidades, no que se refere a licenças de uso e operação, formação de comitês de bacias, orientação sobre gestão am-biental e implementação de modelo de ocupação sustentável do Cerrado. Foi implantada em 2001 a Central de Recebimento de Embalagens de Agro-tóxicos (Central Campo Limpo), que alcançou destaque nacional. Em 2009, as ações na área culminaram com a assinatura de avançado protocolo de intenções com diversos órgãos, cha-mado “Plano Oeste Sustentável”, transformado em lei estadual em 2010, para a adequação ambiental das pro-priedades rurais da região.

Na mesma linha, as ações de respon-sabilidade social estão presentes no dia a dia da associação dos produto-res. Começam desde as relações de trabalho até o auxílio à comunidade, onde ele se faz necessário. Neste campo, registram-se na história iniciativas como Natal Solidário, entrega de material escolar e mudas, e a criação do Projeto + Vida: Complementação Alimentar, em 2003. Este evo-luiu no ciclo 2006/07 para um amplo programa de apoio em educação e cidadania, entre Aiba e Banco do Nordeste, denominado Fundo de Desenvolvimento Integrado e Sus-tentável da Bahia (Fundesis), que já atende mais de duas mil pessoas, por meio de entidades sociais.

Ressalta-se ainda avanços na assistência tecnológica aos

produtores, com informações, treinamentos, serviços e eventos. Neste sentido, pode-se mencionar o apoio à ativa-ção, em 1996, da Fundação de Apoio à Pesquisa e Desenvol-vimento do Oeste Baiano (Fundação BA), dedicada a várias atividades de pesquisa e tecnologia. Estas desembocaram na criação de centro específico, o Centro de Pesquisa e Tec-nologia do Oeste da Bahia (CPTO-BA), em 2009, além da implantação, ainda na década passada, do Campo Experi-mental do Café Irrigado “João Barata” e de inúmeras ações e programas na área de fitossanidade, para o controle de pragas e doenças nas diversas culturas do Oeste baiano.

RAÍZEs FORtEs: crédito rural foi tema de muitas reuniões e conquistas

conferência Mundial do café reuniu mais de 70 países em 2005; abaixo, a Bahia Farm show 2009

Colheita de sucessos

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Aiba’s strength and persistence over the 20 years of its existence account for numerous conquests and benefits to the growers the as-sociation represents and the regions where these farmers operate, fac-tors that leveraged the progress achieved so far. Firm and decisive action of the association’s officials never failed, in an array of local, state and national affairs, frequently working in partnership, always focused on preserving the interests of Western Bahian farmers.

In the very beginning, good results were achieved with regard to the use of State Value Added Tax (ICMS) credits on the purchase of production inputs, like diesel oil. Exemptions of taxes levied on energy were also achieved and, later, of taxes on public lighting. Still in the taxation area, a huge fiscal incentive was granted to crops, like cotton, through the Cotton Growing Incentive Program (Proalba) and the Fund for Cotton Agribusiness Development (Fundeagro). In 2010, a judicial fight that started back in 1977 was won, consist-ing in exempting the growers from the Rural Social Fee (Funrural).

Lawsuits became common practice, with assistance and special-ized services for growers on different fronts, like rural credit, educa-tion salary, price policies, the environment, road and export condi-tions, among others, “inviting heated debates” and seeking solutions. Still, with regard to rural credit, a special focus was launched from

the beginning on the administrative scope, involving the question of resource allocation, indebtedness and fees. The first private accom-modation endorsement was also signed for the production costs of the 2000/2001 cotton crop, with Banco do Nordeste. And in the com-mercialization area, since 1997, access was granted to the Produc-tion Flow Prize (PEP), assuring minimum prices for corn.

The production infrastructure for a new agricultural frontier also required substantial efforts and produced good returns to the entity. Electrical energy for rural communities lacking this resource was materialized through huge works, like the 1.16-thousand kilometer transmission line in the Rio Grande Basin. Likewise, the installation of a modern phone opera-tion center in Mimoso do Leste, now known as Luís Eduardo Magalhães, in the 1990s, aroused great repercussions, too.

On the other hand, transport logistics demanded an array of negotiations and showed significant results on roads like “Corre-dor ou Anel Soja” (Soy Corridor or Ring), in the improvements to trunk roads and side roads, while a recent state protocol un-dertakes to add 800 kilometers to the Cerrado road network. In-termediations progressed to other modals, like railways, where the East-West railway is a dream now coming true.

WITH SUSTAINABILITY The environment, in turn, deserved great heed since the beginning of the activities, with regard to licenses and operational uses, river basin committees were set up, guidelines on environmental management and the implementa-tion of a sustainable model in the Cerrado region. In the year 2001, a Chemical Packaging Receiving Station, also referred to as Clean Field Station, was set up, an initiative that made news all over Bra-zil. In 2009, the moves in the area ended up with the signing of an advanced protocol of intentions with several organs, called “Sustain-able West Plan”, transformed into state law in 2010, for environmen-tal adjustment of all rural properties around the region. Within the same context, social responsibility initiatives are part of the everyday chores of the farmers. They start with labor relations and progress to community aid, whenever and wherever necessary. The context includes moves like Christmas Solidarity, delivery of school supplies and seedlings, and the creation of the Project + Life program: Food Complementation, in 2003. The latter progressed to a comprehensive educational and citizenship support program in the 2006/07 season, conducted jointly with Banco do Nordeste, referred to as Integrated and Sustainable Development Fund of Bahia (Fundesis), which as-sists more than two thousand people, through social organs.

Also noteworthy are the advances in product-oriented technol-ogy assistance, including information, training, services and events. Within this purpose, it is worth mentioning the great support to-wards activating the Western Bahian Development and Research

THE WEST RISES AND SHINESAiba has also had remarkable participations in exhibitions, fairs and congresses, always in search of knowledge exchange, while project-

ing the region and its products at home and abroad. Meanwhile, at its own initiative, integration moves were conducted with other organs, including important events, such as the 2nd World Coffee Conference, which attracted representatives from over 70 countries, members of the International Coffee Organization (ICO), in Salvador, in 2005, as well as several annual promotions involving this crop.

Especially noteworthy is the Agrishow LEM event (paying homage to the late Luís Eduardo Magalhães), launched in that town in 2004, which became Bahia Farm Show, in 2008. It is viewed as the biggest agricultural technology and business fair in the North and Northeast, and the third edition has been scheduled for 1 – 5 June 2010, exhibiting the progress of agriculture in Western Bahia, which made strides over the two past decades, running parallel with the arrival and the success story of its most relevant representative entity, the Aiba.

Support Foundation (Bahia Foundation), devoted to several research and technology activities. The result was the creation of a specific center, the Western Bahian Technology and Research Center (CP-TO-BA), in 2009, and in the implementation of the “João Barata” Irrigated Coffee Experiment Station, in the past decade, along with numerous actions and programs in the field of Phytosanity, for the control of pests and diseases of several crops across Western Bahia.

Reaping successBy expAnding the cultivAtion AreA And Boosting yields, And By diversifying And

industriAlizing, Western BAhiA Worked its WAy into importAnt mArkets

signing of the sustainable West plan protocol, in 2009

chemical packaging receiving station, in 2001

Bahia Farm show, remarkable agricultural technology and business fair

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Anuário da Região Oeste da Bahia 2009/10 12 Anuário da Região Oeste da Bahia 2009/10 13

Page 10: Anuário da Região Oeste da Bahia 2009/10aiba.org.br/wp-content/uploads/2013/11/anuario_oeste...EditorialEdit ORiAl O desempenho ímpar das lavouras do Oeste da Bahia no ano-safra

Para alcançar o reconhecido êxito em sua trajetória de 20 anos à frente da repre-sentação do agronegócio do Oeste da Bahia, a Aiba

construiu suas bases e sua história so-bre linhas mestras, como transparência, ética, sustentabilidade e visão de futu-ro. Sobretudo, apresentou um trabalho sistematizado e sério, realizado por uma equipe altamente qualificada em diversas áreas, que avalia e encaminha problemas e soluções nos mais varia-dos níveis do setor público e privado.

Com uma gestão consolidada nestes valores e nestas qualidades, desenvol-vida por líderes de perfil empresarial e com bom preparo, alcançou prestígio e credibilidade na realização de sua grande missão: promover o desenvol-vimento do agronegócio no Estado da Bahia de forma integrada, sustentável e socialmente responsável, atendendo às necessidades dos associados.

No decorrer de sua história, ela bus-cou sempre adequar-se aos desafios que surgiam, agregando, por exemplo, em alguns momentos, vários depar-tamentos direcionados às diferentes culturas ou atividades da região; em

outros, integrando a seus quadros o di-retor executivo e, por fim, os delegados regionais, buscando sempre melhorar e modernizar sua atuação.

Além do trabalho institucional de defesa dos interesses do setor em várias frentes, a associação disponibiliza ao produtor e ao gestor rural serviços de um corpo técnico qualificado nas mais diversas áreas, desde a administração até a jurídica; eventos de capacitação e projeção; base de dados e muitos meios de informação e de comunicação; apoio em elaboração de projetos e análises, assim como em todos os aspectos onde for exigido o respaldo da instituição.

Para a realização deste trabalho, a Aiba, ao ser criada, em 1990, começou a funcionar em local cedido, no centro do município de Barreiras, alugando posteriormente sedes na mesma cidade (pertencentes à Sementes Juliane e à empresa Agronol). Até que, em 2001, adquiriu instalações da empresa Ceval nesta cidade, procedeu reforma com-pleta e ampliação delas e estabeleceu sua atual sede, englobando também outras entidades no local. Hoje, além da Aiba, o prédio abriga as associações dos Produtores de Algodão (Abapa) e

dos Criadores de Gado (Acrioeste) e dois fundos: Fundo para o Desenvol-vimento do Agronegócio do Algodão (Fundeagro) e Fundo para o Desen-volvimento Integrado e Sustentável da Bahia (Fundesis). Já a Fundação Bahia, que atuava nesse ambiente, transferiu-se para o Centro de Pesquisa e Tec-nologia do Oeste (CPTO), na área da Bahia Farm Show, em Luís Eduardo Magalhãe. Ainda mantém o Campo Experimental de Café.

ESTILO PESSOAL À frente da associação, na presidência, desde o início até 2008, com trabalho destaca-do por toda região, esteve o engenhei-ro civil e empresário rural Humberto Santa Cruz Filho, hoje prefeito de Luís Eduardo Magalhães. Interinamente assumiu o posto o então vice-presi-dente da entidade e dirigente da Aba-pa, João Carlos Jacobsen Rodrigues, entre 4 de junho e 13 de novembro de 2008. Para o atual mandato,no biênio 2009/10, foi eleito Walter Yukio Ho-rita, proprietário do Grupo Horita, produtor-destaque e ex-presidente da Abapa e da Fundação Bahia.

Ao assumir e lembrar as bandeiras

Gestão da credibilidadeA estruturA físicA, A infrA-estruturA de Apoio, As inúmerAs pArceriAs e A

determinAção de suAs liderAnçAs impuserAm nA AiBA um modelo de gestão

REFERÊNciAs: sede da Associação de Agricultores e irrigantes da Bahia (Aiba), em Barreiras

econômica, ambiental e social da enti-dade, Horita evidenciou que o Oeste já não é mais uma fronteira agrícola. “É uma região consolidada e nossa missão é garantir o fortalecimen-to deste pilar da economia baiana, fornecendo aos governos subsídios para a criação de políticas agrícolas consistentes, que contemplem, princi-palmente, o crédito e a renda para o produtor rural”, enfatizou.

A Aiba, ao completar 20 anos de existência, procura marcar presen-ça em todos os lugares e momentos que exigem a sua atuação. E reforça sua identificação como associação sólida e confiável, que fomenta o conhecimento e impulsiona o desen-volvimento e o bem-estar social, ao mesmo tempo em que difunde a boa imagem do agronegócio da Bahia em todos os mercados.

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A

To achieve its widely recognized success in its trajectory of 20 years as leading organ of Western Bahian agribusiness, Aiba con-structed its foundations and history on master lines, like trans-parency, ethics, sustainability and future-oriented vision. Above all, the association came up with systematic and serious work, carried out by a highly qualified team in several areas, which eval-uate and present solutions of all levels in the private and public sector. With a consolidated management system, based on values

and qualities, developed by leaders of professional profile and well prepared, the association achieved prestige and credibility in its remarkable mission consisting in promoting agribusiness devel-opment throughout the State of Bahia in an integrated, sustain-able and socially responsible manner, meeting associate member needs. Over its history, it always made a point of adjusting to the challenges it had to face, bringing together, for example, in some moments, different departments focused on different crops

Credibility managementthe physicAl structure, Along With the support infrAstructure, different pArtnerships

And the determinAtion of its leAderships imposed A mAnAgement model on AiBA

REFERENcEs: Head Office of the Association of Bahian Farmers and irrigators (Aiba), in Barreiras

Humberto santa cruz Filho, presidente de 1990 a 2008Humberto santa cruz Filho, president from 1990 to 2008

João carlos Jacobsen Rodrigues, que presidiu a entidade de 4 de junho a 13 de novembro de 2008

João carlos Jacobsen Rodrigues, presided over the association 4th June through 13th November 2008

Walter Yukio Horita, o presidente atualWalter Yukio Horita, current president

or regional activities; in other cases, bringing into its board an executive director and, finally, the regional delegates, always with an eye towards improving and modernizing its operations.

In addition to the institu-tional work defending the in-terests of the sector on several fronts, the association pro-vides for the rural producers and rural managers an array of services performed by a technical body qualified in several areas, from admin-istrative to judicial proceed-ings; capacity building and projection events; databases, means of information and communication; support when it comes to devising projects and analyses, as well as in all other initiatives where the support of the as-sociation is required.

For carrying out all these activities, when it was created in 1990, Aiba began operating in a rented office, in down-town Barreiras, and later rented facilities in the same town (which belong to Sementes Juliane and Agronol company). Finally, in 2001, the association acquired the facilities of Ceval, a company of the town, refurbished the buildings and expanded them and estab-lished its current seat. The facilities are also home to the Association of Cotton Producers (Abapa) and Cattle Farmers (Acrioeste) and two funds: Cotton Agribusiness Develop-ment Fund (Fundeagro) and the Fund for Sustainable and Integrated Development of Bahia (Fundesis). Bahia Foundation, which had its office in the same facilities, moved to the Western Technology and Research Center (CPTO), in an area that belongs to Bahia Farm Show, in Luís Eduardo Magalhães. The Coffee Experiment Field is still there.

PERSONAL STYLE Civil engineer and rural entrepreneur Humberto Santa Cruz Filho, responsible for remarkable initiatives all over the region, now mayor of Luís Eduardo Magalhães, was in charge, in the chair, of the association for some months in 2008. As in-terim president, he assumed the position of the entity’s vice-president and Abapa official, João Carlos Jacobsen Rodrigues, and remained in office from 4th June to 13th November 2008. For the present tenure, the 2009/10 biennium, Walter Yukio Horita was elected, owner of Grupo Horita, remarkable producer and former president of Abapa and Bahia Foundation.

Upon his inauguration, Horita recalled the entity’s economic, environmental and so-cial commitments, referring to the West as no longer being an agricultural frontier. “It is a consolidated region and our mission is to strengthen this economy pillar of the State, providing the governments with inputs for consistent agricultural policies, particularly focused on credit and income for rural producers”, he emphasized.

Upon turning 20, Aiba tries to mark its presence everywhere and whenever it is need-ed, and is now strengthening its identification as a solid and reliable association that fos-ters knowledge and drives the development and social well-being and, in the meantime, spreads the good image of Bahian agribusiness throughout all markets.

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A região Oeste da Bahia destaca-se no Estado e no País pela força do agro-negócio. Em área de 162 quilômetros quadrados,

com 39 municípios e população de 951 mil pessoas, apresenta produção diversificada e de alta representativi-dade socioeconômica, que a distingue perante outros grandes centros.

Como ponto de referência está a cidade de Barreiras, com 137.832 ha-bitantes, de acordo com a estimativa feita pelo Instituto Brasileiro de Ge-ografia e Estatística (IBGE) em 2009. Outro município próximo, Luís Edu-ardo Magalhães, de apenas 10 anos e já com 52 mil habitantes, sobressai-se em crescimento – em termos popula-cionais, ele passa de 6% ao ano.

A produção agrícola do Oeste baiano chega a representar quase 4% do total obtido no País. Confor-me dados colhidos pela Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), que há 20 anos atua na região, o índice de participação é de exatos 3,8% na safra 2009/10 e, no caso do algodão, alcança incríveis 30%. Já em termos de oportunida-

des de trabalho, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o setor agropecuário igual-mente é muito representativo: a microrregião de Barreiras (incluí-dos os municípios de Baianópolis, Formosa do Rio Preto, Luís Eduar-do Magalhães, Riachão das Neves e São Desidério), por exemplo, atinge a fatia de 13,99% do número geral de empregos formais registrados no Estado em 1º de janeiro de 2010.

Já desde o final do século passa-do esta área tem se distinguido no desenvolvimento do Estado, com a atividade agropecuária, empreendi-da especialmente por migrantes do Sul. Ao lado de culturas caracterís-ticas de subsistência e da pecuária, implantadas há mais tempo e de forma mais restrita à parte identifi-cada por vales, viabilizou-se então uma agricultura moderna, empresa-rial, competitiva, de modo marcante nas áreas do Cerrado, que ocupa em torno de 6 milhões de hectares nes-ta região. Destes, mais de 3 milhões podem ser destinados à agricultura e aproximadamente 1,7 milhão estão sendo utilizados atualmente.

RAZÕES DE SOBRA Vários fatores favoreceram a grande per-formance da região Oeste da Bahia: topografia plana propícia à meca-nização, condições climáticas bem definidas (estações úmida e quen-te, de novembro a abril; seca e fria, de julho a setembro), boa disponi-bilidade de água (três dezenas de rios facilitando a irrigação e índices pluviométricos de 1.100 a 1.800 mi-límetros) e boa luminosidade (3.000 horas/ano), entre outros.

Como carro-chefe da economia, consolidou-se a soja, introduzida na década de 1980, seguida depois pelo arroz e pelo milho, que tam-bém se destacaria. Já na década de 1990 surgiu o café irrigado e res-tabeleceu-se com vigor o algodão, que hoje se mostra como a segunda cultura de importância econômica. De modo geral, está estruturada e continua a crescer uma matriz pro-dutiva de expressão na região Oes-te da Bahia, sustentada pela diver-sidade de culturas, pela qualidade dos produtos e pelas altas produ-tividades, com muita tecnologia e muito profissionalismo.

EM cAsA: A cidade de Barreiras, com 137 mil habitantes, centraliza as atenções no Oeste, formado por 39 municípios e quase 1 milhão de pessoas; luís Eduardo Magalhães (foto) tem apenas 10 anos e já conta com 52 mil habitantes; 3 milhões de hectares do cerrado na região são aptos à agricultura, do quais 1,7 milhão implantados atualmente

Um lugar para chamar de seu

At HOME: town of Barreiras, with 137 thousand people, is the focus of attention in the West, comprising 39 municipalities and nearly a million people; luís Eduardo Magalhães (picture) is only 10 years old and has 52 thousand people; 3 million hectares of the regional cerrado are suitable for agriculture, of which, 1.7 million are under cultivation

Médias pluviométricas de 1997 a abril de 2010Ano jan fev mar abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total Anual1997 105,0 235,0 240,0 101,0 36,0 2,0 1,0 2,0 2,0 125,0 256,0 256,0 1.361,0 1998 235,0 253,0 205,0 95,0 32,0 4,0 - - 68,0 123,0 256,0 235,0 1.506,0 1999 280,0 231,0 201,0 94,0 25,0 2,0 - 6,0 15,0 125,0 235,0 245,0 1.459,0 2000 268,0 236,0 214,0 92,0 39,0 3,0 - 8,0 55,0 169,0 256,0 234,0 1.574,0 2001 240,0 214,0 211,0 93,0 45,0 5,0 - 5,0 15,0 189,0 298,0 256,0 1.571,0 2002 250,0 236,0 205,0 95,0 54,0 5,0 - 9,0 55,0 157,0 210,0 263,0 1.539,0 2003 250,0 235,0 206,0 90,0 29,0 4,0 - 7,0 10,0 101,0 251,0 235,0 1.418,0 2004 260,0 269,0 210,0 85,0 23,0 3,0 - 6,0 10,0 68,0 297,0 200,0 1.431,0 2005 230,0 108,0 210,0 85,0 25,0 5,0 - - 19,0 56,0 298,0 134,0 1.170,0 2006 21,0 289,0 323,5 254,5 31,5 - - - 44,5 235,0 307,5 127,5 1.634,0 2007 105,0 285,0 281,0 60,0 - - - - - 181,0 188,0 1.100,0 2008 151,3 151,0 198,1 187,4 19,6 - - - 58,5 13,8 309,3 196,6 1.285,6 2009 154,0 105,4 288,8 148,1 44,6 32,0 - - 13,8 345,4 101,4 397,5 1.631,0 2010 172,5 153,2 308,6 - - - - - - - - - -Média Mensal 194,4 214,3 235,9 105,7 31,1 5,0 0,1 3,3 28,1 131,3 250,5 228,3 1.428,0 Elaboração: Aiba e Fundação Bahia, 2010

com suA locAlizAção estrAtégicA, o oeste dA BAhiA tornou-se um dos mAiores celeiros nAcionAis

de grãos e mAtériAs-primAs do Agronegócio

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NOs tRilHOs: depois de 1.490 quilômetros, a partir de ilhéus, no litoral da Bahia, passando pelo Oeste, até Figueirópolis, no tocantins, obra se conectará com a Ferrovia Norte-sul

Médias das temperaturasAno jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Média Anual1997 25,0 25,0 25,0 26,0 23,0 21,0 21,0 25,0 26,0 26,0 23,0 25,0 24,3 1998 23,0 26,0 26,0 27,0 25,0 23,0 23,0 23,0 24,0 24,0 25,0 26,0 24,6 1999 22,0 32,0 23,0 24,0 24,0 21,0 21,0 19,0 25,0 25,0 26,0 23,0 23,8 2000 24,0 25,0 24,0 24,0 23,0 20,0 20,0 20,0 26,0 26,0 24,0 24,0 23,3 2001 25,0 25,0 25,0 25,0 25,0 21,0 25,0 21,0 23,0 27,0 25,0 25,0 24,3 2002 22,8 23,8 24,4 23,5 23,4 21,3 22,2 22,6 24,3 26,0 25,3 23,8 23,6 2003 23,2 23,3 23,3 23,6 22,4 20,6 19,8 22,2 24,0 24,9 24,2 23,9 23,0 2004 22,8 22,5 22,7 23,1 22,3 19,9 20,2 21,3 22,5 24,7 24,4 23,5 22,5 2005 23,4 23,6 23,2 23,2 21,5 20,6 19,9 21,5 24,2 25,3 24,1 22,8 22,8 2006 23,9 22,9 22,7 22,3 21,4 19,5 19,5 21,7 23,8 24,2 23,0 23,6 22,4 2007 23,7 22,4 22,8 23,1 22,0 19,6 20,1 20,8 23,0 25,2 24,9 23,2 22,6 2008 23,2 22,6 22,1 22,4 21,4 19,8 20,4 22,3 24,8 26,2 24,1 23,4 22,7 2009 23,7 23,1 23,3 22,9 21,9 21,0 21,1 22,9 25,6 24,3 24,7 23,4 23,2 2010 23,6 24,4 24,0 23,5 - - - - - - - - 23,9 Média Mensal 23,5 24,4 23,7 23,8 22,8 20,6 21,0 21,8 24,3 25,3 24,4 23,9 23,3 Elaboração: Aiba e Fundação Bahia, 2010

Foi dado o sinal definitivo para que, no horizonte da logística, se concretize uma grande rei-vindicação do Oeste da Bahia, assim como de todo o Estado.

A Ferrovia de Integração Oeste-Leste, alternativa fundamental em favor do escoamento da produção regional, teve o edital de concorrência para construção lançado em março de 2010, enquanto a entrega de propostas de empreiteiras estava prevista para maio e a perspecti-va é de que a obra se inicie ainda no se-gundo semestre. São 1.490 quilômetros de extensão, em 14 lotes e três etapas, desde Ilhéus, no Litoral da Bahia, pas-sando pelo Oeste do Estado e seguindo até Figueirópolis, no Tocantins, onde se conectará com a Ferrovia Norte-Sul.

Uma das principais obras de infraes-trutura do Brasil, incluída entre as prio-ridades do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a ferrovia tem inves-timentos estimados em R$ 6 milhões, de acordo com o projeto de responsabilida-de da Valec Engenharia, Construções e Ferrovias, vinculada ao Ministério dos Transportes. Formará um elo de liga-ção com outros polos brasileiros e de modo estratégico com o Porto de Ponta da Tulha, na Bahia, e com os portos do Norte do País. Conforme foi anuncia-

do no lançamento do edital, a primeira etapa, de 530 quilômetros, entre Ilhéus e Caitité, deverá estar concluída no pri-meiro semestre de 2011; a segunda, até Barreiras e São Desidério, no Oeste (de 413 km), no primeiro semestre de 2012; e o restante, até o final de 2012.

Enquanto isso, é pelas rodovias que circulam basicamente as riquezas e as pessoas do Oeste, em pistas na sua maior parte recuperadas, atendendo aos pleitos e à força da região. Destaca-se o entroncamento rodoviário federal, formado pelas BRs-242, 020 e 135, que interliga este polo nos mais diversos sentidos. E nesta área também há novi-dades, resultado da união de esforços entre produtores (por meio da sua asso-ciação, a Aiba) e governo estadual.

Junto com o Banco do Nordeste (BNB), eles assinaram protocolo de in-tenções em agosto de 2009, que inclui a construção da chamada Rodoagro, de 200 quilômetros, entre Luís Eduardo Magalhães - BA-459 (Anel da Soja) e Formosa do Rio Preto - BA-225 (Coace-ral), passando por Barreiras e Riachão das Neves. O custo atinge a R$ 101,95 milhões, a ser dividido entre Estado e iniciativa privada. Os levantamentos para o projeto, que ficará pronto em 120 dias, iniciaram-se em fevereiro de

2010. A obra faz parte de Programa de Rodovias Estaduais no Oeste Baiano, que, no total, tem extensão aproxima-da de 800 quilômetros.

PARA VOAR AINDA MAIS ALTO Ainda no plano logístico, a re-gião busca avanços no transporte aé-reo – hoje restrito a um vôo diário, de segunda a sexta-feira – em Barreiras e a aeronaves de até 50 passageiros. Clama-se há mais tempo pela rees-truturação do aeroporto desta cidade, para aviões de maior porte e de carga, assim como vem sendo implantado novo campo de aviação, projetado para estas condições, em Luís Eduar-do Magalhães, a partir de iniciativa de empresários, em área e com obra inicial doadas ao Estado. As lideranças estão tratando da captação de recursos para ampliação da pista e para a conclusão das obras de infraestrutura.

O Oeste baiano conta também com boa estrutura energética (em-bora permaneçam demandas em áreas, como Formosa do Rio Preto). As localidades estão em permanente mobilização para que se mantenham e se reforcem as condições de desen-volvimento, que têm marcado esta região de ponta do País.

O trem dosnovos tempos

oBrAs dA ferroviA de integrAção oeste-leste, fundAmentAl pArA o escoAmento dA produção regionAl, deverão ser iniciAdAs AindA em 2010

The Western Bahia region stands out in the State and the Country for the strength of its agribusiness. In an area of 162 square kilometers, with 39 municipalities and a population of 951 thousand, its main characteristic is crop diversification and high social and economic representativeness, that distin-guish it form other huge centers.

The town of Barreiras is a reference point, with 137,832 people, according to the latest estimate by the Brazilian In-stitute of Geography and Statistics (IBGE), released in 2009. Another nearby municipality, Luís Eduardo Magalhães, only ten years old and with 52 thousand people, stands out for its growth rate – in terms of people, over 6% a year.

Agricultural production is Western Bahia accounts for al-most 4% of the total production in the Country. According to data released by the Association of Bahian Farmers and Ir-rigators (Aiba), now for 20 years in the region, the exact share in the 2009/10 crop year is 3.8% and, in the case of cotton, it reaches an incredible 30%. With regard to job opportunities, according to data from the Ministry of Labor and Employ-ment (MTE), the agricultural sector is very representative: the micro-region of Barreiras (including the municipalities of Baianópolis, Formosa do Rio Preto, Luís Eduardo Magalhães, Riachão das Neves and São Desidério), for example, reaches a 13.99-share of the general number of formal jobs registered in the State on 1st January 2010.

Since the final years of the past century, this area of the State

has shown remarkable development, with agriculture and cattle operations by immigrants from the South. Parallel with long es-tablished characteristic subsistence farming and livestock opera-tions, usually restricted to valley areas, modern, commercial and competitive agriculture came into being, especially in the Cer-rado regions, comprising some 6 million hectares in the region. Of these, more than 3 million are suitable for agriculture and approximately 1.7 million are currently under cultivation.

REASON ENOUGH Several factors favored the great performance of Western Bahia: flat topography suitable for mechanization, well defined climatic conditions (warm and wet season, November through April; dry and cold, July through September), availability of plenty of water (30 rivers making irrigation easy and precipitation levels from 1,100 to 1,800 millimeters a year) and abundant sunshine (3,000 hours per year), among other factors.

Soybean has become the flagship of the economy, intro-duced in the 1980s, followed by rice and corn, with the latter playing an important economic role, too. In the 1990s, it was coffee that made it to the region, while cotton made a strong comeback, and is now the second crop in economic impor-tance. In general, it is now well-structured and continues on its uptrend as a production hub in Western Bahia, a region that relies on crop diversity, product quality and excellent yields, with much technology and professionalism.

With its strAtegic locAtion, Western BAhiA hAs Become A mAjor nAtionAl grAnAry And supplier of AgriBusiness rAW mAteriAls

A place to call your own

Anuário da Região Oeste da Bahia 2009/10 18 Anuário da Região Oeste da Bahia 2009/10 19

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As far as logistics is concerned, a definite sign was given for a claim by Western Bahia and the entire State, to come true. The tender for the con-struction of the West-East Integration Railroad, fundamental alternative for regional crop transportation, was launched in March 2010, and the bids as expected to come in May, and the perspective is for the work to start in the second half this year. The 1,490 kilometers of the new railroad have been split into 14 lots and three stages, starting in Ilhéus, on the coast of Bahia, crossing the western portion of the State and heading to Figueirópolis, in Tocantins, where it will connect the North-South Railway.

A major work in Brazil’s infrastructure, included among the priorities of the Growth Acceleration Program (PAC), investments in this railroad are estimated at R$ 6 million, according to the responsibility project by Valec Engenharia, Construções e Ferrovias, a division of the Ministry of Transports. It will link other Brazilian production hubs and, strategically, with Ponto da Tulha port in Bahia, and with the ports in the North of the Country. As announced in the tender, the first stage, 530 kilometers long, from Ilhéus to Caitité, is projected to be concluded in the first half of 2011; the second, to Barreiras and São Desidério, in the West (413 km long), in the first half of 2012; and the third stage, by 2012.

In the meantime, people in the West and wealth produced in the region take advantage of the roadways, with most of their lanes recov-ered, in response to the region’s claims. Also noteworthy is the federal road-rail intersection, formed by BRS-242, - 020 and 135, which con-nects this hub to all directions. And in this area there are novelties, too, resulting from joint efforts between producers (through their associa-tion – Aiba) and the state government.

Together with Banco do Nordeste (BNB), they signed a protocol of intentions in August 2009, which includes the construction of the so-called Rodoagro, 200 kilometers long, between Luís Eduardo Magalhães - BA-459 (Soy Ring) and Formosa do Rio Preto - BA-225 (Coaceral), crossing Barreiras and Riachão das Neves. The cost amounts to R$ 101.95 million, to be split between the state government and private initiative. All project-related surveys, to be concluded in 120 days, started in February 2010. The enterprise is part of the Western Bahian State Roadways Program, which, in all, amounts to approximately 800 kilometers.

FLYING EVEN HIGHER In terms of logistics, the region is seeking advances in air transport – now restricted to a daily flight only, Monday through Friday – in Barreiras, with up to 50-passen-ger planes. The restructuring of the town’s airport is a long-lasting claim, for bigger passenger and cargo planes, while a new landing track is now under construction, projected to meet these conditions, in Luís Eduardo Magalhães, by private initiative, in an area and ini-tial works donated by the State. Leaderships are now involved with attracting resources for expanding the landing track and for the con-clusion of the infrastructure works.

Western Bahia also boasts a good energy structure (although towns like Formosa and Rio Preto still have deficiencies). All the districts are in constant mobilization, claiming for the maintenance and improvement of the develop-ment conditions, which have marked this Brazilian front-running region.

The train for new timesWorks on the West-eAst integrAtion rAilroAd, fundAmentAl for regionAl

product trAnsportAtion, Are scheduled to Begin in 2010

ON tRAcK: After 1,490 kilometers, parting from ilhéus, along the coast of Bahia, crossing the West, as far as Figueirópolis, in tocantins,

rails (at right, in the map) reach the North-south Railway

Anuário da Região Oeste da Bahia 2009/10 20 Anuário da Região Oeste da Bahia 2009/10 21

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O desenvolvimento da região Oeste da Bahia, que se desencadeou com a vinda de empre-endedores sulistas no

final do século passado, experimenta fase de consolidação e de manuten-ção do crescimento, onde se inserem alguns dos maiores grupos empresa-riais. Embora mais recentemente fos-se observada uma pequena retração, por conta também dos reflexos da crise econômica mundial, o interesse pelas terras deste atraente polo agro-pecuário, por exemplo, se manteve, particularmente junto a estrangeiros,

e volta a registrar diversos negócios. Para tanto, contribui, sem dúvida,

o fato de constituir a única área bra-sileira de porte ainda em condições de expansão com menor nível de restrição ambiental, possibilitando a ocupação de 80% e ficando fora do âmbito da chamada Amazônia Le-gal. São mais de 1,3 milhão de hec-tares de Cerrado que ainda podem ser destinados à atividade agrícola e chamam a atenção dos investidores. Os preços de um hectare, em média, situam-se em cerca de R$ 6 mil, o que ainda é considerado acessível, diante de uma realidade diferenciada.

Ademais, avalia-se que, além da persistência nos já consagrados e per-manentes ganhos de produtividade, a concretização de ações consensuadas há pouco tempo em relação ao meio ambiente, no denominado Plano Oeste Sustentável, deverá somar-se de forma determinante na preserva-ção das condições de prosperidade.

Neste contexto, um novo e grande investimento está se tornando reali-dade em 2010, com capital de empre-sa estatal chinesa, a ser aplicado por meio de grupo formado no País. São US$ 300 milhões destinados à com-pra de 100 mil hectares de terra, com

A aposta na regiãoAmplAs potenciAlidAdes de cultivo AgrícolA em umA áreA com BAixo

nível de restrição AmBientAl fAzem do oeste um espAço privilegiAdo

dE cHEGAdA: inúmeros grupos de investidores estrangeiros estão chegando ao Oeste da

Bahia e apostam nos potenciais da região, que também começa a ganhar um número

crescente de indústrias de transformação

o propósito de produzir 250 mil tone-ladas de soja para os mercados brasi-leiro e chinês. Numa segunda etapa, esse volume poderá atingir a US$ 842 milhões e 200 mil hectares, incluindo também a industrialização.

Aliás, o foco na agregação de va-lor com a indústria, presente em manifestações de lideranças há mais anos, e que motivaram alguns inves-timentos nas cadeias produtivas de soja, algodão e pecuária, vem mere-cendo atenção redobrada. O novo e pujante município de Luís Eduardo Magalhães, por exemplo, tem vá-rios projetos em andamento, como

a ativação, em 2010, de unidade de beneficiamento de milho, com vá-rios subprodutos para alimentação humana, enquanto está sendo im-plantado também investimento de R$ 50 milhões em frigorífico de aves e se projeta ainda a verticalização no algodão, com indústria de fiação. Ao mesmo tempo, no final de 2009, o município conveniou a expansão da área destinada à instalação de novas indústrias, no chamado Centro In-dustrial do Cerrado (CIC), buscando ampliar em pelo menos 500 hectares a sua abrangência.

Paralelamente, outras iniciativas

ocorrem na região, caso de uma mon-tadora de aviões de pequeno porte, que começou a funcionar em 2009 no hangar da empresa Aero Centro, no aeródromo da Associação Barreiren-se Aerodesportista. Ela tem por meta atender à necessidade de agricultores e de empresários em torno desse tipo de transporte, numa área geográfica marcada pelas longas distâncias. O segmento industrial passa a se in-tegrar cada vez mais ao já destacado modelo agrícola, gerando um pro-gresso sempre mais sólido e renova-do em potencialidades neste expres-sivo polo econômico brasileiro.

Anuário da Região Oeste da Bahia 2009/10 22 Anuário da Região Oeste da Bahia 2009/10 23

Page 15: Anuário da Região Oeste da Bahia 2009/10aiba.org.br/wp-content/uploads/2013/11/anuario_oeste...EditorialEdit ORiAl O desempenho ímpar das lavouras do Oeste da Bahia no ano-safra

The development of Western Bahia, triggered by entrepreneurs coming from the South in the past century, is now going through a consolidation and growth maintenance phase, where some of the largest business groups are inserted. Although a minor retraction has been observed of late, on account of the ripple effects of the global economic downturn, the interest in the land of this very attractive agriculture and livestock rearing hub, for example, has remained steady, particularly in terms of investments from abroad, and now

several businesses are in operation throughout the region.To this end, without any doubt, a substantial contribution came

from the fact that it is the only huge Brazilian region still in a posi-tion to expand with minor environmental restrictions, making it possible to occupy 80% of the area, as the region is not included in the so-called Legal Amazon. In all, there are still more than 1.3 million hectares of Cerrado lands that can legally be destined for agricultural activities and, therefore, capture the attention of

Betting on the regionAmple AgriculturAl potentiAlities in An AreA of scArce environmentAl

restrictions turn Western BAhiA into A privileged region

ARRiViNG: Numerous foreign investor groups are arriving in Western Bahia and betting on the potentials of the region, which is also becoming home to a big number of transformation industries.

investors. In general, one hectare sells for R$ 6 thousand, which is seen as very accessible in light of a diverse reality.

Furthermore, it is considered that, in addition to the persistency in the already assured and permanent yield gains, the materializa-tion of actions viewed in consensus with regard to the environment, in the so-called Sustainable Western Plan, should add, in determin-ing manner, to the preservation of all prosperity conditions.

Within this context, a new and large investment is coming true in 2010, with capital of a Chinese company, to be invested by a group set up in the Country. The investment totals US$ 300 mil-lion for the acquisition of 100 thousand hectares, with the purpose to produce 250 thousand tons of soybean for the Brazilian and Chinese markets. At a second stage, this volume could reach US$ 842 million and 200 thousand hectares, including industrial op-erations. As a matter of fact, the focus of adding value with the industry, present in leadership manifestations for years, which prompted some investments in the soy, cotton and livestock pro-duction chains, has been given double attention. The new and pro-

gressive municipality of Luís Eduardo Magalhães, for example, has several projects underway, like the activation of corn process-ing facilities in 2010, with different byproducts for human food, while an investment of R$ 50 million in a chicken meat packing company is being implemented, and there are projections for cot-ton verticalization, with a weaving industry. Meanwhile, in late 2009, the municipality signed agreements for the installation of new industries in the so-called Cerrado Industrial Center (CIC), in an attempt to broaden its scope by at least 500 hectares.

At the same time, other initiatives are unfolding in the region, for example, a small airplane assembly line, which started operating in 2009 in Aero Centro company’s hangar, in the flying field of As-sociação Barreirense Aerodesportista. The target is to meet the needs of farmers and businessmen with regard to this type of transport, in a geometrical area marked by long distances. The industrial segment is getting more and more integrated with the outstanding agricul-tural model, generating ever-rising progress and renewed potentiali-ties within this expressive Brazilian economic hub.

Anuário da Região Oeste da Bahia 2009/10 24 Anuário da Região Oeste da Bahia 2009/10 25

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Caracterizada pela di-versidade de culturas, a produção agrícola do Oeste da Bahia regis-trou na safra 2009/10

a marca histórica de 5,8 milhões de toneladas. Em comparação com o ciclo 2008/09, a área plantada da região aumentou menos de 1%, si-

tuando-se em cerca de 1,75 milhão de hectares. Mas o crescimento da produtividade, decorrente das con-dições climáticas, que favoreceram os cultivos, e da aplicação adequada das tecnologias disponíveis para o setor, garantiu alta de 16% na pro-dução e colheita sem precedentes.

O reaquecimento da economia

mundial foi outro aspecto determi-nante para os números inéditos al-cançados pela agricultura do Oeste. O Valor Bruto da Produção (VBP) das atividades desenvolvidas totalizou o montante de R$ 3,8 bilhões, prova da forte contribuição da região para a economia do Estado.

Carro-chefe da fronteira agríco-

Rendeu como nuncaliderAdA pelA sojA e tendo A mArcA dA retomAdA efetivA do Algodão, A sAfrA

AgrícolA 2009/10 entusiAsmA As cAdeiAs produtivAs do oeste BAiAno

GRÃOs dE lUXO: lavouras do Oeste da Bahia vão gerar 5,5 milhões de

toneladas, recorde histórico e garantia de desenvolvimento

la do Oeste baiano e principal grão cultivado no Estado, a soja foi mais uma vez decisiva para o sucesso da colheita. Na temporada 2009/10, a oleaginosa, que foi beneficiada pela regularidade do período de chuvas, registrou seu melhor resultado, com volume de mais de 3 milhões tonela-das. Uma das culturas mais prejudi-cadas pela crise econômica, o algo-dão retomou seu bom desempenho no Oeste baiano. A safra 2009/10 cresceu aproximadamente 14% em relação ao ciclo 2008/09, sendo que a área havia diminuído 7,2%. Esti-ma-se colheita de 984 mil toneladas de algodão em capulho.

Já o milho, sem o incentivo de

preços mais atraentes para os pro-dutores, manteve-se nos mesmos patamares da safra anterior. A pro-dução ficou em aproximadamente 1,5 milhão de toneladas, para uma área plantada de 170 mil hectares.

MERCADO AQUECIDO O café irrigado do Cerrado baiano, uma das atividades que mais se destacam na região, registrou produção de cer-ca de 35 mil toneladas na temporada 2009/10. Esse desempenho configu-ra crescimento de 9,7% na compara-ção com o período 2008/09. As boas condições climáticas, com chuvas bem distribuídas ao longo do ano, permitiram aos cafeicultores vender

o café despolpado, considerado de qualidade superior, e assegurar pre-ços mais vantajosos no mercado.

Também merecem destaque na variada composição da matriz agrí-cola do Oeste da Bahia a pecuária, desenvolvida com base nas novas tecnologias; e a produção de outras culturas, como arroz, feijão, capim, eucalipto e frutas.

Com os mercados outra vez em equilíbrio e o novo impulso ao cres-cimento da atividade agrícola na região, os produtores esperam mu-danças na política cambial que tor-nem os preços dos produtos brasi-leiros mais atraentes no competitivo mercado mundial.

VBP Matriz Agrícola do Oeste da Bahia - Safra 2009/10Culturas Área

(ha)Produção

(ton)Produtividade

(un/ha)VBP

(milhões R$)

Soja (sc) 1.050.000 3.213.000 51,0 1.761,26 Algodão (@ / capulho) Oeste 242.912 983.794 270,0 1.212,94 Milho (sc) 170.000 1.479.000 145,0 365,31 Café em produção (sc) 12.862 34.727 45,0 151,70 Capim - Prod. Sementes (kg) 40.000 18.000 450,0 63,00 Sorgo (sc) 13.000 23.400 30,0 4,33 Arroz (sc) 8.000 15.360 32,0 8,59 Feijão (sc) 15.000 40.500 45,0 64,39 Outras culturas 199.822 - - 200,00 Total 1.751.596 5.807.781 - 3.831,51 Fonte: Aiba, maio/2010Dados sujeitos a alteração até o fechamento da safra 2009/10

Anuário da Região Oeste da Bahia 2009/10 26 Anuário da Região Oeste da Bahia 2009/10 27

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Characterized by crop diversity, Western Bahian agri-cultural ventures registered the historical mark of 5.8 mil-lion tons in the 2009/10 crop year. Compared to the 2008/09 season, the planted area in the region was up less than 1%, remaining at approximately 1.75 million hectares. But yield gains, resulting from normal climatic conditions, which greatly favored all crops, and the use of appropriate technolo-gies available for the sector, made yields soar 16% resulting into a harvest bigger than ever.

The fact that the global economy started to pick up steam again was also a factor in the unprecedented figures achieved by agriculture in Western Bahia. The Gross Production Val-ue (GPV) of all agricultural activities of the region totaled R$ 3.8 billion, a fact that attests to the remarkable contribu-tion of the region to the economy of the State.

Flagship of Western Bahia’s agricultural frontier and lead-ing cereal cultivated in the State, the soybean was once again decisive for the success of the harvest. In the 2009/10 crop year, the oilseed, which took advantage of the regular rains, registered its best result ever, with a volume of more than 3 million tons.

One of the crops most affected by the economic downturn, cotton resumed its good performance in Western Bahia. The 2009/10 crop was up 14% from the previous year, in spite of a 7.2-percent reduction in planted area. The result is estimated at 984 thousand ton crop of seed cotton.

With regard to corn, without any attractive farm gate price incentive, the crop was a repeat of the previous year, reaching a volume of approximately 1.5 million tons, from a planted area of 170 thousand hectares.

HEATED MARKET Irrigated coffee in Western Bahia, a major activity in the region, registered a production of ap-proximately 35 thousand tons in the 2009/10 crop, up 9.7% from the 2008/09 crop. The credit goes to the favorable climatic conditions, with regular and well distributed rains over the year, allowing the farmers to sell depulped coffee, considered to be of better quality, thus fetching better prices in the market.

Livestock rearing also deserves mention in the diversified com-position of the agricultural complex in Western Bahia, conducted in compliance with new technologies; and the production of other crops, like rice, black-beans, cassava, eucalyptus and fruit.

With the markets in equilibrium again and new impulse toward the growth of the agricultural ventures in the region, the producers hope for changes in the exchange rate policies, turning Brazilian products more attractive in the competitive international scenario.

Yields higher than ever before

led By soyBeAn And BeAring the mArk of cotton revitAlizAtion, 2009/10 AgriculturAl crops

Bring smiles to Western BAhiAn production chAins

GREAt GRAiNs: Western Bahian fields expected to generate 5.8 million tons,

an all-time record and development assurance

ESTIMATIVA DE CUSTEIO - Safra agrícola 2009/10

CulturasÁrea Custo Custeio Insumos Insumos(ha) (R$/ha) (Milhões R$) (%) (Milhões R$)

Soja 1.050.000 1.200,00 1.260,00 77,00 970,20Algodão 242.912 3.300,00 801,61 78,00 625,26 Milho 170.000 1.600,00 272,00 82,00 223,04Café* 15.419 9.000,00 138,77 51,00 70,77 Arroz 8.000 1.050,00 8,40 55,00 4,62 Feijão (Irrigado) 15.000 2.800,00 42,00 63,00 26,46 Capim (Sementes) 40.000 1.080,00 43,20 50,00 21,60 Sorgo 13.000 300,00 3,90 60,00 2,34 Demais 197.265 - - - - TOTAL 1.751.596 - 2.569,88 - 1.944,29 * Café = 12.862 hectares em produçãoElaboração: Aiba, maio 2010

FINANCIADORES PARTICIPAÇÃO CUSTEIO TOTAL

(Milhões R$) %Bancos 919,8 35,9Indústrias complexo soja 377,0 14,7Fornecedores Agroquimicos 417,1 16,2Produtores 856,0 33,3TOTAL 2.569,88 100,0Fonte: Bancos e agentes do mercadoElaboração: Aiba, maio 2010

Anuário da Região Oeste da Bahia 2009/10 28 Anuário da Região Oeste da Bahia 2009/10 29

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ÓlEO NA MÁQUiNA: com rendimento de 51 sacas por hectare, em 1 milhão de hectares, soja do Oeste garantiu VBp de quase R$ 1,8 bilhão

Na temporada 2009/10, a soja superou as melho-res expectativas e alcan-çou o volume histórico de mais de 3 milhões

toneladas, enfatizando ainda mais sua importância como um dos principais produtos da pauta econômica do Esta-do. O resultado do ciclo 2009/10 corres-pondeu a 4,5% da colheita brasileira da oleaginosa no período.

O Valor Bruto da Produção (VBP) de soja proporcionou R$ 1,761 bilhão

nesta safra. Entre as etapas 2008/09 e 2009/10, a colheita da oleaginosa cresceu 28,19%. A área plantada foi ampliada em 6,8%, passando de 983 mil hectares para a marca de 1 mi-lhão de hectares, a maior já registra-da na Bahia, correspondente a cerca de 60% do espaço cultivado no Oes-te do Estado.

O resultado alcançado pela soja deve ser creditado, principalmente, às condições climáticas favoráveis, com chuvas no período ideal, que propi-

ciaram incremento de produtividade 42 sacas por hectare para 51 sacas por hectare, repetindo as melhores perfor-mances já alcançadas na região.

A produção atende aos mercados interno e externo, no qual se destaca a exportação para os países asiáticos, no-tadamente a China, maior consumidor mundial do grão e de seus derivados. Parte da soja colhida no Oeste é benefi-ciada na própria região, nas unidades implantadas pelos grupos internacio-nais Bunge e Cargill.

Assim dá graçaAs lAvourAs do oeste superArAm todAs As expectAtivAs e resultArAm nA

mAior sAfrA dA históriA, que representA 4,5% dA colheitA BrAsileirA

In the 2009/10 crop year, soybean exceeded all expectations and reached the historical volume of upwards of three million tons, attesting even further to its importance as one of the most relevant products on the State’s economic agenda. The volume of the 2009/10 crop accounted for 4.5% of the entire Brazilian oilseed crop.

Soybean’s Gross Production Value (GPV) amounted to R$ 1,761 billion in the current season. From the 2008/09 and 2009/10 stages, the oilseed rose 28.19% in volume. The planted area was up 6.8%, jumping from 983 thousand hect-ares to the mark of 1 million hectares, a record in the State of

Bahia, corresponding to about 60% of the area devoted to agri-culture in the western portion of the State.

The result achieved by the oilseed has to be credited particular-ly to the climatic conditions, with regular and timely rains, which made yields soar from 42 sacks to 51 sacks per hectare, repeating the best performances ever reached in the region.

The production is destined for the internal and external mar-kets, where exports to Asian countries stand out for their volumes, notably China, major global consumer of soybean and byproducts. Part of the soy harvested in the West is processed in the region, at the facilities of two international giants – Bunge and Cargill.

OiliNG tHE MAcHiNE: With yields of 51 sacks per hectare, in a million hectares, generating a gross product value (GpV) almost R$ 1,8 billion

the fields in the West exceeded All expectAtions And produced the Biggest crop on record, Which Accounts for 4.5% of the entire BrAziliAn crop

Very alluring

Soja sOYBEAN

EVOLUÇÃO DA SOJA NO OESTE DA BAHIAProdução - toneladasSafra Área

(mil ha)Prod

(mil ton)Prod

(sc/ha)Óleo

(mil ton)**Farelo

(mil ton)**Variação Área (%)

1992/93 380,0 590,0 25,88 106,2 460,2 - 1993/94 436,0 873,0 33,37 157,1 680,9 14,74 1994/95 470,7 1.071,6 37,94 192,9 835,8 7,96 1995/96 433,2 700,0 26,93 126,0 546,0 (7,97)1996/97 456,5 1.013,7 37,01 182,5 790,7 5,38 1997/98 554,0 1.188,9 35,77 214,0 927,3 21,36 1998/99 580,0 1.150,0 33,05 207,0 897,0 4,69 1999/00 628,4 1.512,0 40,10 272,2 1.179,4 8,34 2000/01 690,0 1.550,0 37,44 279,0 1.209,0 9,80 2001/02 800,0 1.464,0 30,50 263,5 1.141,9 15,94 2002/03 850,0 1.555,5 30,50 280,0 1.213,3 6,25 2003/04 820,0 2.361,6 48,00 425,1 1.842,0 (3,53)2004/05 870,0 2.505,6 48,00 451,0 1.954,4 6,10 2005/06 870,0 1.983,6 38,00 357,0 1.547,2 - 2006/07 850,0 2.295,0 45,00 413,1 1.790,1 (2,30)2007/08 935,0 2.838,6 50,60 510,9 2.214,1 10,00 2008/09 982,9 2.506,4 42,50 451,2 1.955,0 5,12 2009/10 1.050,0 3.213,0 51,00 578,3 2.506,1 6,83 Fonte: Aiba ** Óleo de soja bruto com 18% de rendimento** Farelo com 78% de rendimento, considerado-se 4% de perda no total do processo

Anuário da Região Oeste da Bahia 2009/10 30 Anuário da Região Oeste da Bahia 2009/10 31

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AlgodãocOttON

Com o reaquecimento da economia, a cultura do algodão toma novo im-pulso e volta a apresentar seus melhores resultados

na região Oeste da Bahia. Na safra 2009/10, mesmo com redução de 7,2% na área plantada, a colheita cresceu quase 14% e alcançou o volume de 984 mil toneladas de algodão em capulho, contra 864 mil toneladas do ciclo an-terior. A alta na produção resultou do incremento na produtividade, que saiu de 220 arrobas por hectare para 270 arrobas por hectare.

Do total do Valor Bruto da Produção (VPB) de R$ 3,8 bilhões das atividades agrícolas da região, o algodão foi res-ponsável por R$ 1,212 bilhão. Supera-da a crise, a demanda pela fibra e por seus derivados vem crescendo em todo o mundo. Essa conjuntura deve impul-sionar a cotonicultura no Brasil todo e especialmente na Bahia, segundo maior produtor nacional, só perdendo para Mato Grosso.

Na temporada 2007/08, a produção de algodão do Oeste teve o seu melhor resultado, até o momento, com safra de 1,2 milhão de toneladas em capulho. No

entanto, devido à crise mundial defla-grada em 2008, a fibra, que foi um dos artigos mais afetados, viu seu mercado externo se retrair. Por conta disso, na temporada 2008/09, a cotonicultura do Oeste sofreu redução de área e, princi-palmente, de produtividade, que agora voltou a se recuperar.

A expectativa dos produtores é de que a demanda mundial, reprimida durante o período de crise e agora em retomada, continue impulsionando nos próximos anos a produção e a exporta-ção do produto do Oeste baiano, reco-nhecido pela sua alta qualidade.

Tudo em pazcotoniculturA retomA suA importânciA econômicA nA região, estimulA

investimentos e rende quAse um milhão de tonelAdAs de cApulho nA sAfrA

pEsO: Bahia é hoje o segundo produtor nacional de algodão, perdendo apenas para o Mato Grosso, e ocupa boas fatias no mercado internacional

WEiGHt: Bahia is now the second biggest cotton producer in Brazil, coming only after Mato Grosso, and is actively

involved in the international market

Everything under controlcotton fArming resumes its economic importAnce in the region, encourAges

investments And produces A seed cotton crop of Almost A million tonsWith the economy picking up steam, cotton farming is get-

ting back on track and is again thriving in Western Bahia. In the 2009/10 crop, in spite of a reduction of 7.2% in planted area, harvest was up 14%, reaching a volume of 984 thousand tons of seed cotton, compared to 864 thousand tons in the previous year. The higher volumes are the result of higher yields, which jumped from 220 arrobas per hectare to 270 arrobas.

Of the total R$ 3.8 billion Gross Product Value (GPV) from agricultural activities in the region, cotton was respon-sible for R$ 1,212 billion. Once the crisis was overcome, demand for fiber and derivatives began rising all over the world. At this juncture, cotton farming in Brazil is likely to make strides again, especially in Bahia, second biggest na-

tional producer, coming only after Mato Grosso.In the 2007/08 crop year, cotton production in the West had

its best result up to that moment, with a 1.2 million ton crop of seed cotton. Nevertheless, due to the world economic crisis that broke out in 2008, cotton fiber, one of the most affected sectors, witnessed a shrinking foreign market. On account of this, in the 2008/09 crop year, cotton suffered not only huge area reductions in the West, but also poor yields, but now things are getting back on track again and great recovery has been achieved.

The expectation of the growers is for world demand, very depressed during the crisis, to continue driving both the pro-duction and exports of the region’s acknowledged high quality cotton over the coming years.

EVOLUÇÃO DO ALGODÃO NO OESTE DA BAHIA

SafraProdução

Variação Área (%)Área

(mil ha)Capulho (mil ton)

Prod (@/ha)

Pluma (mil ton)

Caroço (mil ton)

1995/96 2,4 5,4 150 2,1 2,9 01996/97 5,0 12,8 171 5,0 6,9 108,3 1997/98 8,0 21,6 180 8,4 11,7 60,0 1998/99 13,0 35,1 180 13,7 19,0 62,5 1999/00 40,4 121,0 200 47,2 65,3 210,8 2000/01 45,2 170,0 251 66,3 91,8 11,9 2001/02 56,6 161,7 190 63,1 87,3 25,2 2002/03 66,8 241,9 241 94,3 130,6 18,0 2003/04 163,5 625,5 255 243,9 337,8 144,8 2004/05 209,6 807,3 257 314,8 435,9 28,2 2005/06 216,3 744,4 229 290,3 402,0 3,2 2006/07 276,8 1.099,1 265 428,6 593,5 28,0 2007/08 293,4 1.188,4 270 470,6 641,7 6,0 2008/09 261,7 863,5 220 341,9 466,3 (10,8)2009/10* 242,9 983,8 270,0 389,6 531,3 (7,2)Fonte: AbapaElaboração: Aiba* Estimativa

Anuário da Região Oeste da Bahia 2009/10 32 Anuário da Região Oeste da Bahia 2009/10 33

Page 20: Anuário da Região Oeste da Bahia 2009/10aiba.org.br/wp-content/uploads/2013/11/anuario_oeste...EditorialEdit ORiAl O desempenho ímpar das lavouras do Oeste da Bahia no ano-safra

Sem o incentivo de melhores preços no mercado interno, a produção de milho manteve-se praticamente estável na safra 2009/10. A colheita ficou

em cerca de 1,5 milhão de toneladas, retiradas em área plantada de 170 mil hectares, configurando produtividade de 145 sacas por hectare. A cultura ainda enfrenta o excesso de oferta provocado pelo freio havido no projeto dos Estados Unidos, maior produtor mundial, de

utilizar o grão para elaborar etanol.Com a volta do milho norte-america-

no ao mercado, os preços, que vinham apresentando bons resultados para os produtores, caíram em todo mundo. No Oeste baiano, outros problemas afetam a cultura. Devido à falta de incentivos comerciais, os agricultores não conseguem cumprir a orientação técnica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), segundo a qual a área plantada com

milho deve corresponder a 30% do espaço ocupado com soja.

A análise técnica é de que o milho, usado na rotação culturas, é fundamen-tal para minimizar os efeitos de doenças, como o mofo branco, fungo que costu-ma atacar as leguminosas (soja e feijão). Hoje, a área plantada com milho corres-ponde a cerca de 17% da área de soja e, com os preços em baixa, não há estímulo à ampliação, o que daria mais segurança sanitária às lavouras da região.

Em stand-byMilho cORN

produção permAnece estável nA região, como reflexo dA conjunturA do mercAdo

dE GRÃO EM GRÃO: safra 2009/10 resultou em cerca de 1,5 milhão de toneladas, obtidas em área plantada de 170 mil hectares

Without the incentive of better prices at home, corn volumes remained virtually stable in the 2009/10 crop. Total harvest reached about 1.5 million tons, from a planted area of 170 thou-sand hectares, with yields of 145 sacks per hectare. The crop is still putting up with the problem of excessive supply brought about by the failure of the North-American project consisting in the use of the cereal for making ethanol.

With North-American rice making a comeback to the mar-ket, the prices of the commodity, which had been pleasing the growers, began to drop all over the world.

In Western Bahia, other problems affect the crop. Due to the lack of comercial incentives, the farmers are unable to follow the techni-cal recommendations of the Ministry of Agriculture, Livestock and Food Supply (Mapa), which rule that the area devoted to corn should correspond to 30% of the area occupied by soybean.

Technical analysis has it that corn, used in the crop rotation scheme, plays a fundamental role in minimizing the effects of fun-gus diseases like blue mold, which usually attack leguminous plants (soybean and black-beans). Currently, the area planted to corn cor-responds to about 17% of the soybean area and, with prices on the decline, there is no motivation for expansions, which would benefit the fields in the form of fewer phytosanitary problems.

In stand-by

production continues stABle in the region, reflecting the moment the mArket is going through

EVOLUÇÃO DO MILHO NO OESTE DA BAHIA

Safra Área (mil ha)

Produção (mil ton)

Prod (sc/ha)

Variação Área (%)

1992/93 45,0 213,0 79 - 1993/94 46,0 236,0 86 2,22 1994/95 70,0 340,0 81 52,17 1995/96 65,0 300,0 77 (7,14)1996/97 95,0 550,0 96 46,15 1997/98 70,0 410,0 98 (26,32)1998/99 107,6 662,4 103 53,71 1999/00 128,0 700,0 91 18,96 2000/01 178,0 970,0 91 39,06 2001/02 93,0 576,6 103 (47,75)2002/03 135,0 791,1 98 45,16 2003/04 180,0 1.144,8 106 33,33 2004/05 129,5 823,6 106 (28,06)2005/06 126,0 506,5 67 (2,70)2006/07 166,0 1.205,2 121 31,75 2007/08 185,0 1.309,8 118 11,45 2008/09 180,0 1.458,0 135 (2,70)2009/10 170,0 1.479,0 145 (5,56)Fonte: Aiba

A GRAiN At A tiME: 2009/10 crop reached the considerable amount of 1.5 million tons, from a planted area of 170 thousand hectares

Anuário da Região Oeste da Bahia 2009/10 34 Anuário da Região Oeste da Bahia 2009/10 35

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A cafeicultura irrigada do Oeste baiano, reconhe-cida pela sua qualida-de, deve fechar a safra 2009/10 com produção

de 34 mil toneladas, o representa au-mento de 10,8% em relação ao ciclo 2008/2009. A área plantada cresceu na mesma proporção, enquanto a produtividade manteve-se em 45 sa-cas por hectare.

Nesta temporada, a cultura teve a comemorar a regularidade do clima. Isso permitiu a produção do café ce-reja descascado, que alcança melhor remuneração. Os cafeicultores tam-bém foram beneficiados com me-lhores preços, devido à escassez do produto no mercado, em função de problemas ocorridos em outros po-los produtores, como a Colômbia.

Aliando o uso de alta tecnologia e

as condições ideais de clima e de re-levo, a região produz café arábica sem os riscos enfrentados em áreas tradi-cionais da cultura, principalmente com as geadas. No Cerrado baiano, a planta encontra luminosidade duran-te quase o ano inteiro e regularidade do clima, com períodos de chuva bem definidos, o que contribui para a boa produtividade das lavouras e para a qualidade da produção.

CafécOFFEE

The irrigated 2009/10 coffee crop in Western Bahia, ac-knowledged for its quality, is estimated at 34 thousand tons, up 10,8% from the 2008/09 season. The planted area also soared proportionately, while productivity remained at 455 sacks per hectare.

In the current season, the crop took advantage of the regular climate conditions, which allowed for the produc-tion of pulped coffee cherry, which fetches better prices in the market. The coffee growers also benefited from better prices, due to shortages in the market, by virtue of problems that affected other production hubs, like Colombia.

A combination of high technology and ideal climate and topography conditions, allow the region to produce coffea Arabica without facing the risks of traditional coffee grow-ing areas, particularly frost conditions. The Bahia Cerrado is known for its bright sunshiny days almost all over the year and regular climate conditions, with well defined rainy peri-ods, factors that boost both yield and quality.

É de casaregulAridAde do climA contriBuiu pArA umA excelente colheitA de

cAfé cerejA descAscAdo, que AlcAnçA melhor remunerAção no mercAdo

regulAr climAte conditions Account for the excellent crop of pulped

coffee cherry, Which fetches higher prices in the mArket

Made at home

EVOLUÇÃO DO CAFÉ NO OESTE DA BAHIA

Safra Área (mil ha)

Prod (mil ton)

Prod (sc/ha)

Variação Área (%)

1993/94 0,1 - - - 1994/95 0,3 0,3 16,7 200,0 1995/96 1,4 0,4 4,8 366,7 1996/97 2,2 1,1 8,3 57,1 1997/98 4,1 3,3 13,4 86,4 1998/99 6,0 6,2 17,2 46,3 1999/00 8,3 15,0 30,1 38,3 2000/01 10,0 23,0 38,3 20,5 2001/02 13,0 26,6 34,1 30,0 2002/03 12,8 41,5 54,0 (1,5)2003/04 13,4 40,1 49,9 4,7 2004/05 13,6 45,0 55,1 1,5 2005/06 14,3 41,9 48,8 5,1 2006/07 11,0 18,8 28,5 (22,9)2007/08 12,5 29,3 39,1 13,4 2008/09 11,7 31,3 44,6 (6,4)2009/10* 12,9 34,7 44,8 10,3 Fonte: Aiba* Estimativa

Anuário da Região Oeste da Bahia 2009/10 36 Anuário da Região Oeste da Bahia 2009/10 37

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Os criadores da região Oeste começaram o ano de 2010 com bons moti-vos para comemorar. O Ministério da Agricultu-

ra, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou a extinção das zonas tampão de febre aftosa na Bahia, o que deve ocorrer até o final do ano. Uma dessas áreas envolve municípios importantes da pecuária do Oeste baiano, como Formosa do Rio Preto, Santa Rita de Cássia, Mansidão e Buritirama.

A região já desenvolve uma pecuá-ria de alta qualidade genética, basea-

da na criação extensiva, com confina-mento no período de seca nos pastos. A expectativa é de que, com o fim da zona tampão, que vai permitir a in-tensificação do fluxo de animais entre os municípios, a atividade se torne ainda mais dinâmica.

A luta da Associação dos Criado-res do Oeste (Acrioeste), apoiada pela atuação da Agência Estadual de Defe-sa Agropecuária (Adab), órgão vincu-lado à Secretaria Estadual de Agricul-tura, Irrigação e Reforma Agrária, foi decisiva para que o Mapa aprovasse o fim da zona tampão, que restringe o

tráfego de animais e trava o desenvol-vimento da cadeia produtiva.

Dono de um rebanho estimado em cerca de 2,2 milhões de cabeças, forma-do por animais de raças zebuínas, em especial o Nelore, o Oeste conta com duas plantas frigoríficas implantadas, que abastecem diferentes pontos do Estado. Atentos ao potencial da pe-cuária na região, uma das principais produtoras de grãos do País, grandes grupos nacionais já anunciaram seu interesse em se instalar na área, o que dará nova dimensão ao trabalho rea-lizado pelos criadores.

The cattle farmers in Western Bahia had great news to cele-brate at the start of 2010. The Ministry of Agriculture, Livestock and Food Supply (Mapa) announced the extinction of the foot and mouth disease transition zones, which is to happen until the end of this year. One of these areas comprises important cattle breed-ing municipalities in Western Bahia, like Formosa do Rio Preto, Santa Rita de Cássia, Mansidão and Buritirama.

The region is known for its genetically enhanced breeding quali-ties, based on extensive cattle raising, with confinement periods dur-ing dry pastureland spells. The expectation is that, with the end of the transition zones, which will allow intense movement of animals be-tween municipalities, the activity will start picking up steam again.

The fight of the Western Cattle Farmers’ Association (Acrioeste),

supported by the State Agency for Agriculture and Livestock De-fense (Adab), an organ linked to the State Secretariat of Agriculture, Irrigation and Land Reform, was decisive for the MAPA to eliminate the transition zone, which puts restrictions to animal movements and curbs the development of the production chain.

Home to a herd estimated at about 2.2 million head, consist-ing of zebu breeds, particularly Nelore, Western Bahia is also home to two meat packing companies that supply several loca-tions throughout the State. With an eye towards the cattle breed-ing potential in the region, major cereal producing companies in the Country, along with other huge national groups, have already announced their interest in setting up businesses in the region, opening new fronts for the cattle breeders in the region.

PecuáriacAttlE BREEdiNG

AviculturapOUltRY

Na avicultura, a grande novidade de 2010 é o iní-cio da operação de uma nova planta de frigo-rífico na região, com capacidade inicial para abater 150 mil aves por dia. Por conta disso, a produção de frango deverá sofrer grande

aumento. Outra inovação está na integração do setor com a agricultura familiar para a criação de animais. A grande produção agrícola da região também a torna apta para ou-tros segmentos, como suínos, ovinos e caprinos, atividades que ainda começam a despontar.

In poultry farming, the good news for 2010 is the inauguration of a new meat packing house in the region, with an initial capacity to slaughter 150 thousand birds a day, a fact that will certainly cause poultry farming to soar consider-ably. Another innovation has to do with the integration of family farming with cattle breeding oper-ations. The huge agricultural pro-duction of the region also invites other segments to the region, such as pig farming, sheep and goat rearing, all activities with great chances to succeed.

O fim do tampão

Até o finAl de 2010 devem ser extintAs As zonAs tAmpão de feBre AftosA nA BAhiA, medidA que BeneficiArá diretAmente A região

The end of transition zonesBy the end of 2010 All foot And mouth diseAse trAnsition zones in BAhiA Are to Be

extinguished, A meAsure thAt Will Benefit the region greAtly

Anuário da Região Oeste da Bahia 2009/10 38 Anuário da Região Oeste da Bahia 2009/10 39

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in tWo distinct AreAs, cerrAdo And vAle do são frAncisco, irrigAted orchArds supply the mArket With plenty of fruit species

A fruticultura possui for-te expressão econômica e social no Oeste baia-no. Ela tem duas áreas distintas de produção,

com peculiaridades regionais. No Cerrado, ocupa 3 mil hectares, onde são cultivados citros, mamão, banana, melancia e goiaba, consumidos prin-cipalmente no mercado interno.

As plantações são irrigadas com

o aproveitamento de pivô central. Em 2009, mais 160 hectares de ma-mão começaram a ser formados. O novo cultivo faz parte de um proje-to que, ao final de sua implantação, contabilizará 500 hectares. Também se destacam no Cerrado a produção de abacaxi e de manga.

Já nos perímetros irrigados do Vale do São Francisco, na zona de influ-ência do município de Bom Jesus da

Lapa, sobressai o Projeto Formoso, criado pela Companhia de Desenvol-vimento do Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). Hoje, englo-ba cerca de 12,5 mil hectares, especial-mente com plantios de banana, cuja abrangência chega a 5,2 mil hectares. Em segundo lugar vem o mamão, com 800 hectares, seguido de outras frutas, como citros, manga, limão, abacaxi, goiaba, melancia e caju.

FruticulturaFRUit FARMiNG

Dá gosto de verem duAs áreAs distintAs, no cerrAdo e no vAle do são frAncisco,

os pomAres irrigAdos ABAstecem o mercAdo com inúmerAs espécies

Fruit farming is socially and economically very relevant in West-ern Bahia. It comprises two distinct production areas, with regional peculiarities. In the Cerrado region, 3 thousand hectares are devoted to it, and the following fruit species are cultivated: citrus, papaya, banana, watermelon and guava, mostly for the domestic market.

All plantations are irrigated through a central pivot. In 2009, an additional area of 160 hectares of papaya began to be estab-lished. The new field is part of a project which, at the end of its implementation is to reach 500 hectares. Mangos and pineapples

are also vastly produced in the Cerrado region. The irrigated fields in Vale do São Francisco, a region that is under

the influence of the municipality of Bom Jesus da Lapa, the highlight is Projeto Formoso, created by the Parnaíba and São Francisco Val-ley Development Company (Codevasf). It currently comprises about 12.5 thousand hectares, especially banana plantations, whose scope reaches 5.2 thousand hectares. Banana plantations are followed by papaya, with 800 hectares, and other fruit, like citrus, mangos, lem-ons, pineapples, guavas, watermelons and cashew nuts.

Very pleasing to see

Anuário da Região Oeste da Bahia 2009/10 40 Anuário da Região Oeste da Bahia 2009/10 41

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Outras culturas impor-tantes complementam a diversificada matriz produtiva do Oeste da Bahia. O arroz, muito

utilizado na região para abertura de novas áreas de plantio, teve sua pro-dução reduzida na safra 2009/10. A área ocupada com esse cereal caiu de 24 mil hectares para 8 mil hecta-

res, enquanto o resultado da colhei-ta recuou de 46 mil toneladas para 15,3 mil toneladas.

Já o feijão da região Oeste manteve os mesmos resultados da temporada anterior, com produção de 40,5 mil to-neladas, obtida em área plantada de 15 mil hectares, com produtividade de 45 sacas por hectare.

Usado principalmente para aten-

der a demanda da pecuária exten-siva da própria região, o capim em semente aumentou sua produção em 52,5% nesta safra. O volume su-biu de 11,8 mil toneladas para 18 mil toneladas. A área plantada, que saiu de 26,4 mil hectares para 40 mil hectares, também teve ampliação de 51,5%, e a produtividade manteve-se em 450 quilos por hectare.

Other relevant crops complement the diversified production complex in Western Bahia. Rice, which is much used as a pioneer crop for new areas, experienced a volume reduction in the 2009/10 crop year. The area devoted to this cereal dropped from 24 thou-sand hectares to 8 thousand hectares, while the production volume receded from 46 thousand to 15.3 thousand tons.

With regard to black-beans, this crop repeated the results of the previ-ous year, with a total production of 40.5 thousand tons, from a planted

area of 15 thousand hectares, with yields of 45 sacks per hectare. Almost specifically cultivated for meeting the needs of the

extensive cattle breeding operations throughout the region, the production of grass seed soared 52,5 percent in the current crop year. The volume rose from 11.8 thousand tons to 18 thousand tons. The area devoted to this grass soared from 26.4 thousand hectares to 40 thousand, representing an increase of 51.5%, while yields continued at 450 kilos per hectare.

EucaliptoEUcAlYptUs

Outras culturasOtHER cROps

O florestamento com eucalipto, por sua vez, alcança 36,8 mil hectares no Oeste da Bahia. A cultura é relativa-mente nova na região. A maior parte das áreas ainda está no primeiro corte. A produção do ciclo de 2010, superior a 11 millões de metros cúbicos de madeira, é 9,6% maior do que a registrada na temporada anterior. O produto é direcionado às agroindústrias locais, que o utilizam na secagem de grãos, assim como para siderúrgicas da Bahia e de outros estados.

Eucalyptus reforestations, in turn, reach 36.8 thousand hectares in Western Bahia. This type of reforestation is rath-er new in the region. Most eucalyptus stands are being cut for the first time. Total production in the 2010 season, in ex-

cess of 11 million cubic meters, is up 9.6% from the previous season. Eucalyptus wood is destined for the local industries, where it is used for grain drying purposes, as well as in met-allurgy operations in Bahia and other states.

Apoio na diversificação

Support to diversification

Anuário da Região Oeste da Bahia 2009/10 42 Anuário da Região Oeste da Bahia 2009/10 43

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Fator decisivo para o desen-volvimento da agricultura, a ciência recebeu novo im-pulso na região com a aber-tura, durante a Bahia Farm

Show 2009, do Centro de Pesquisa e Tecnologia Agrícola do Oeste da Bahia (CPTO), iniciativa da Funda-ção de Apoio à Pesquisa e Desenvol-vimento do Oeste Baiano (Fundação BA). A unidade funciona no mesmo espaço do evento, em área de 2,3 mil metros quadrados, e está equipada com o que há de mais moderno no setor, colocando-se como ponto re-ferencial no Estado e para o Nordes-te e o Norte do País.

Os ensaios conduzidos pela funda-ção e pelas empresas parceiras devem passar a ser centralizados neste local, permitindo alcançar ainda mais agi-lidade e segurança nos resultados. O desenvolvimento de novas variedades para as culturas de destaque do Oeste baiano está entre os principais traba-lhos levados a efeito pelo centro, que em 2010, por exemplo, está lançando três cultivares de soja e duas de algo-dão. As ações estendem-se também a culturas como milho, café e girassol.

No que tange a equipamentos, a CPTO já sedia 10 laboratórios para atender às mais diversas áreas e ne-cessidades do setor agropecuário.

No final de 2009, a Fundação BA e a empresa Kuhlmann Laboratórios im-plantaram quatro novas estruturas equipadas para análise ambiental, de água, resíduos de defensivos quími-cos, fertilizantes, sementes e fertilida-de do solo, além de grãos, nematóides, microbiologia do solo, entomologia e fitopatologia, dentre outros.

Com o novo espaço científico e tec-nológico, o Oeste da Bahia se mantém na vanguarda e atento aos desafios da evolução na agricultura. Busca a per-manente melhoria da produtividade e da qualidade de sua produção, bem como estabelece condições para asse-gurar um futuro alentador.

A pesquisA esteve no centro do enorme sAlto tecnológico registrAdo no oeste dA BAhiA e o cpto vem consolidAr de vez esse processo

A decisive factor for the development of agriculture, science was given a new impulse in the region with the inauguration of the Agricultural Technology and Research Center of Western Ba-hia (CPTO) during the Bahia Farm Show 2009, an initiative by the Western Bahian Development and Research Support Center (Bahia Foundation). The Research Center is located on the prem-ises of the event, in an area of 2.3 thousand square meters, and is equipped with state-of-the-art research tools, emerging as a refer-ence in the State, Northeast and North of the Country.

The trials conducted by the foundation and by the partner companies are to be centralized to this location, assuring safer, faster and more effective results. The development of new varieties for the leading crops in Western Bahia are major experiments to be carried out by the center, which, in 2010, for example is launching

three new soy cultivars and two cotton cultivars. Research on crops like corn, coffee and sunflower is also underway.

With regard to equipment, CPTO has 10 laboratories to serve the different areas and needs of the agriculture and cattle farming sectors. In late 2009, Bahia Foundation and company Kuhlmann Laboratórios established four new structures specifically equipped for environment-related analyses, including water, chemical resi-dues, fertilizers, seeds, soil fertility, cereals, nematodes, soil microbi-ology, entomology and phytopathology, among others.

With the new scientific and technological advances, Western Bahia remains in the forefront of evolution-oriented agriculture, overcoming all its challenges. The main and leading focus is yield and quality improvement, whilst providing every condi-tion for a promising future.

Everything starts here

Tudocomeça

aqui

Tudocomeça

aqui

Anuário da Região Oeste da Bahia 2009/10 44 Anuário da Região Oeste da Bahia 2009/10 45

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Para manter o bom rendi-mento das lavouras do Oeste baiano, a área de pesquisa e de tecnologia tem atuado fortemente no

controle da sanidade, acompanhan-do de perto as ocorrências em termos de pragas e de doenças.

Assim, por exemplo, o evento Pas-sarela da Soja 2010, realizado pela Fundação Bahia, com apoio da Asso-ciação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) e de outras entidades, em Roda Velha, município de São Desidé-rio, deu destaque especial a este aspec-to, particularmente ao mofo branco, doença que afeta diversas culturas agrícolas, mas que causou perdas pon-tuais na lavoura de soja em 2009. Fo-ram mostradas aos produtores formas de reduzir esses prejuízos, utilizando cada vez menos fungicidas.

Além do mofo branco, também me-receram atenção a ferrugem asiática, os nematóides e as lagartas da soja. Aliás, o já conhecido Programa Estra-tégico de Manejo da Ferrugem Asiáti-ca, que envolve Fundação Bahia, Aiba, Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), Empresa Brasileira de Pesquisa Agro-pecuária (Embrapa), prefeituras e outras empresas, pemanece em plena atividade para reduzir os efeitos na cultura. Os trabalhos voltam-se a mo-nitoramento e vigilância constantes, ao mesmo tempo em que se busca al-ternativas de controle, como por meio de sementes, visando à identificação de gene resistente.

Outro programa em andamento há quatro anos na região refere-se ao bicudo do algodoeiro, procurando

manter em níveis aceitáveis esta que é principal praga na cultura. A Associa-ção Baiana de Produtores de Algodão (Abapa), o Fundeagro e a Fundação Bahia, que é apoiada pela Aiba, reali-zaram em 2009 workshop sobre aspec-tos ligados ao seu monitoramento e ao combate. Novos veículos foram desti-nados aos trabalhos dos técnicos que atuam no programa e vem sendo man-tida estratégia de núcleos regionais de controle, com implantação de sistemas integrados entre fazendas.

Na safra 2008/09, houve vários contratempos com o bicudo em vir-tude do excesso de chuvas, enquanto no ciclo 2009/10, graças aos trabalhos de prevenção realizados, foi possível manter a infestação abaixo do espe-rado, considerando-se atualmente que o problema está sob controle no Oeste da Bahia.

Sem percalçosA sAnidAde está sendo mAntidA soB controle nAs lAvourAs dAs principAis

culturAs do oeste, o que AssegurA mAis produtividAde e quAlidAde

RiGOR: passarela da soja 2010 deu ênfase ao excelente controle sanitário das lavouras, fundamental para garantir o retorno econômico

To give continuity to the good performance of Western Bahian fields, research and technology departments have earnestly been involved with phytosanitary controls, following closely all pest and disease occurrences.

Thus, for example, the Passarela da Soja 2010 event, hosted by Bahia Foundation, with the support from the Association of Bahian Farmers and Irrigators (Aiba) and other associations, in Roda Velha, municipality of São Desidério, was focused on this problem, particularly white mold, disease that affects several agri-cultural crops, which caused scattered losses to soy fields in 2009. The growers were instructed on how to prevent losses, by gradu-ally reducing the amount of pesticides.

In addition to white mold, other diseases that were given atten-tion include Asian Rust, nematodes and soy worms. As a matter of fact, the well known Strategic Plan for Managing Asian Rust, which involves such associations as Bahia Foundation, Aiba, Agriculture Defense Agency of Bahia (Adab), Bahian Agricultural Development Corporation (EBDA), Brazilian Agricultural Research Corporation (Embrapa), municipal administrations and other companies, contin-

ues operating towards reducing the ill effects of diseases and pests on crops. The works are geared towards constant monitoring and surveillance and, in the meantime, control measures are sought after, through seed trials, with the aim to identify the resistant genes.

Another program underway in the region for four years now refers to the boll weevil, in an attempt to keep the bug under acceptable levels, as it is the most serious cotton pest. The As-sociation of Cotton Growers of Bahia (Abapa), Fundeagro and Fundação Bahia, supported by the Aiba, held a workshop in 2009 on manners to monitor and fight this beetle.

New vehicles were delivered to the technicians in charge of the program, while the regional control nuclei strategy is main-tained, with the implementation of farm-to-farm integrated communication systems.

In the 2008/09 crop, the boll weevil wreaked havoc in the cot-ton fields because of excessive precipitation, while in the 2009/10 season, thanks to prevention works, it was possible to keep infes-tation levels below expectation, and it is now assumed that the problem is under control in Western Bahia.

phytosAnity is Being kept under control in the leAding crops in Western BAhiA, Assuring high yields And quAlity

No mishaps

RiGOR: passarela da soja 2010 highlighted the excellent phytosanitary controls of the fields, fundamental to guarantee economic returns

Anuário da Região Oeste da Bahia 2009/10 46 Anuário da Região Oeste da Bahia 2009/10 47

Page 27: Anuário da Região Oeste da Bahia 2009/10aiba.org.br/wp-content/uploads/2013/11/anuario_oeste...EditorialEdit ORiAl O desempenho ímpar das lavouras do Oeste da Bahia no ano-safra

Em 2009/10, o Oeste da Bahia deu um grande salto no que tange à regularização am-biental, com finalização do arcabouço legal do Plano Es-

tadual de Adequação e Regularização dos Imóveis Rurais, e o seu desdobra-mento regional, o Plano Oeste Susten-tável. Instituído pela Lei nº 11.478/09 e alterado pela Lei nº 11.989/10, esse Plano tem como objetivo promover e apoiar a adequação ambiental em to-das as propriedades rurais do Estado, através da recuperação e da regulari-zação de suas reservas legais e das áre-as de preservação permanente, assim como a regularização das autorizações, dos registros e das licenças ambientais necessários à produção agrícola.

Esta iniciativa sem precedentes no Estado foi concebida e construída con-

juntamente pelo governo do Estado da Bahia, através das secretarias de Meio Ambiente (Sema) e de Agricultura, Irri-gação e Reforma Agrária (Seagri), além dos produtores rurais, representados pela Associação de Agricultores e Irri-gantes da Bahia (Aiba); da sociedade civil organizada, via ONG The Nature Conservancy (TNC); e com a interveni-ência do Ministério do Meio Ambiente, por intermédio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Na-turais Renováveis (Ibama).

Participativo em todas as suas eta-pas, ele foi a alternativa encontrada para regularizar o passivo ambiental nas propriedades do maior polo agrí-cola no Estado. A falta de habilitação ambiental dos empreendimentos agrícolas estava colocando em risco a economia regional e baiana, pois as

pendências ambientais geram dificul-dades na captação de recursos para financiamento da produção, além de interferirem na comercialização da sa-fra, que exige segurança ambiental.

Este passivo ambiental foi criado pela incapacidade de órgãos ambientais de atenderem os processos de supres-são vegetal e de licenciamento am-biental demandados pelos produtores. Estima-se que existam hoje mais de sete mil processos parados em todo o Estado à espera de apreciação e de jul-gamento. O Plano veio para simplificar os procedimentos e acelerar os processos de regularização, garantindo, ao mesmo tempo, segurança aos produtores quan-to à aplicação de novas penalidades administrativas pelos órgãos ambien-tais fiscalizadores. Vale ressaltar que no Oeste da Bahia o passivo era mais bu-

In 2009/10, Western Bahia made huge strides with regard to environmental regular-ization, with the conclusion of the legal frame-work of the State Plan for the Adjustment and Regularization of Rural Estates, and its regional counterpart, the Sustainable West Plan. Implemented by Law n° 11.478/09 and amended by Law n° 11.989/10, the objective of this Plan is to promote and lend support to environmental adjustments in all rural properties throughout the State, through a recovery and regularization plan of all legal reservations and permanent preservation areas, as well as regularizing all authoriza-tions, records and environmental licenses required for agricultural productions. This unprecedented initiative by the State was conceived and constructed by the govern-ment of Bahia, through its Environment Secretariat (Sema), Agriculture, Irrigation and Land Reform Department (Seagri), be-sides the participation of rural producers, represented by the Association of Bahian Farmers and Irrigators (Aiba); organized civil society, via The Nature Conservation (TNC) NGO; jointly with the Ministry of the Environment, through the Brazilian In-stitute of Geography and Statistics (IBGE).

Taking part in all its steps, it was the right alternative to regularize the question of passive forest management in the rural properties of the largest agricultural hub in the State. The lack of environmental licenses of all agricultural enterprises was putting both the regional and state economy at risk, once any environmental dispute generates hurdles when it comes to capturing resourc-es for production costs, besides interfering with the commercialization of the crop, which requires environmental security.

This environmental passive forest situa-tion is the result of the inability of the envi-ronmental organs to attend to the vegetation suppression processes and environmental licenses demanded by the producers. It is es-timated that currently there are upwards of seven thousand lawsuits in the State wait-ing for the verdict. The Plan has the inten-tion to simplify the procedures and speed up the regularization of the court cases, while ensuring security to growers with regard to

the application of new administrative penal-ties by environmental organs in charge of inspections. It is worth mentioning that in Western Bahia passive forest problems were bureaucratic rather than environmental, as the majority of the producers had already been segregating the Permanent and Legal reservations, but lacked the corroborating documentation issued by the competent en-vironmental organs.

By publishing Decree n° 12.071 in the State Government’s Official Gazette, on 24th April 2010, regulating the Law that in-stituted the Plan, the adhesion processes are now in full swing. This measure has given the growers the necessary judicial assurance for them to assume their passive forests and present technical strategies aimed at find-ing a solution for them, without running the risk of new fines and embargoes. At the moment producers adhere to the Plan, they are automatically protected against any sanctions or any pending dispute.

Com mais fôlegoplAno oeste sustentável revolucionA A AtividAde AgrícolA nA região Ao

promover e ApoiAr A AdequAção AmBientAl em todAs As propriedAdes

EM diA: parceria entre organismos públicos e privados vai regularizar o passivo ambiental nas propriedades do maior polo agrícola baiano

rocrático do que ambiental, uma vez que, em sua maioria, os produtores já segregavam as áreas de reservas Per-manente e Legal, mas não possuíam a documentação comprobatória da par-te dos órgãos competentes.

Com a publicação, no Diário Ofi-cial do Estado da Bahia do dia 24 de abril de 2010, do Decreto nº 12.071, regulamentando a lei que instituiu o Plano, os processos de adesão estão a todo vapor. Essa medida garantiu ao produtor a tranqüilidade jurídica para assumir os seus passivos ambientais e apresentar as estratégias técnicas a fim de saná-los, sem riscos de novas mul-tas e embargos. A partir do momento em que ele adere ao Plano, fica auto-maticamente resguardado de novas sanções sobre as pendências que pos-suía naquela data.

With renewed energy

sustAinABle West plAn revolutionizes All AgriculturAl Activities in the region By promoting

And supporting the environment Adjustment progrAm in All rurAl properties

UNdER cONtROl: partnership between private and public organs is to regularize the question of passive forest management in the largest agricultural hub in Bahia

Anuário da Região Oeste da Bahia 2009/10 48 Anuário da Região Oeste da Bahia 2009/10 49

Page 28: Anuário da Região Oeste da Bahia 2009/10aiba.org.br/wp-content/uploads/2013/11/anuario_oeste...EditorialEdit ORiAl O desempenho ímpar das lavouras do Oeste da Bahia no ano-safra

Cerca de 1,2 mil produtores rurais, pessoa física, asso-ciados da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), estarão

livres de recolher a Contribuição Social Rural, também chamada de Funrural, que deixará de ser descontada pelas em-presas adquirentes dos produtos de suas lavouras no momento da comercializa-ção. A decisão proferida pelo juiz federal substituto Igor Matos Araújo, da Vara Federal de Barreiras, no dia 11 de março de 2010, suspendeu a exigibilidade do tributo, coroando com vitória a batalha travada pela Aiba há mais de uma déca-da, quando a entidade deu início a uma série de ações judiciais contra o Funru-ral, sendo a primeira delas de 1997.

A tese defendida pelos produtores liderados pela associação é que o artigo

25 da Lei nº 8.212/91, que determina o recolhimento da contribuição para o Funrural tendo como base a receita bru-ta gerada pela comercialização da safra agrícola, foi instituído por lei ordinária, quando deveria ter sido criado por lei complementar, instrumento com pode-res de mudar a Constituição. Ao mes-mo tempo, a Aiba argumenta que este tributo quebra a isonomia constitucio-nal, à medida em que os contribuintes rurais estão sujeitos a uma tributação maior do que os urbanos, para o mes-mo fim, a seguridade social.

Além de ferir a Constituição, o Fun-rural, que majora a carga tributária e tira a competitividade do País, é uma gran-de injustiça para um setor que gera um terço de todos os empregos, responde também por um terço do Produto In-terno Bruto (PIB) e é responsável por

40% de tudo o que o Brasil exporta. Em fevereiro de 2010, uma decisão favorá-vel do Supremo Tribunal Federal (STF), em plenário, acolheu a tese no Recurso Extraordinário nº 363852, definindo a inconstitucionalidade da Contribuição Social Rural e sinalizando êxito para as ações em trâmite no judiciário.

A única condição a que se previne é que os efeitos da situação atual e a cobrança do tributo pela receita persistem para aqueles que não se movimentarem em juízo, o que não é o caso dos associados da Aiba, que estão nessa luta desde 1997.

Para se beneficiar da decisão, o asso-ciado deve procurar imediatamente a Aiba para obter declaração de que está incluído nesta ação judicial, bem como se orientar com relação à documentação necessária a fim de executar o indébito já pago desde 1997.

AlÍViO: Aiba havia dado início a uma série de ações judiciais contra o Funrural há mais de uma década e agora obteve vitória nessa luta

Um grandepeso a menos

tutelA AntecipAdA exime 1,2 mil produtores dA AiBA do recolhimento do funrurAl, que mAjorA A cArgA triButáriA e compromete A competitividAde

Shedding a heavy burden

About 1.2 thousand rural producers, natural persons, as-sociate members of the Association of Bahian Farmers and Irrigators (Aiba), have been freed from the burden of the Rural Social Contribution fee, which will no longer be de-ducted by the companies that acquire their products at the moment of commercialization. The ruling was made by fed-eral substitute judge Igor Matos Araújo, of the federal court in Barreiras, on 11th March 2010, and suspended the liabil-ity of the tax, putting an end to a more than a decade long battle, which started 1997, when Aiba began to file a series of judicial proceedings against the Furnrural fee.

The proposition defended by the producers, under the um-brella of the association, is that article 25 of Law n° 8.212/91, which makes it mandatory to collect the Funrural fee, based on the gross income generated from the commercialization of the crop, was instituted by ordinary law, when in fact a complementary law should have been created, an instru-ment with the power to change the Constitution. At the same time, Aiba argues that this tax breaks the constitu-tional isonomy, inasmuch as the rural contributors are sub-ject to higher taxation compared to city dwellers, for the same

purpose, consisting in the social security fee.In addition to breaking the Constitution, the Funrural,

which increases the tax burden and jeopardizes the competi-tiveness of the Country, turns into a huge injustice for a sector that generates one third of all jobs, and accounts for one third of the Gross Domestic Product (GDO) and is responsible for 40% of Brazil’s exports. In February 2010, a favorable ruling by the Supreme Federal Court (SFC), in a plenary session, the Court of Special Appeals upheld proposition n° 363852, defining the unconstitutionality of the Rural Social Contri-bution and signaling success to the pending court cases.

The only condition likely to remain unchanged is that the effects of the present situation and the collection of the fee by the federal tax service will persist for those who did not resort to the court, which is not the case of Aiba members, who had been waging the war since 1997.

To take advantage of the decision, all associate members should immediately contact Aiba for the declaration attesting to their inclusion in the judicial proceeding, as well as receiv-ing guidance with regard to the necessary documentation in order to get reimbursed for fees deducted since 1997.

REliEF: More than a decade ago, Aiba started a series of judicial proceedings against the Funrural fee, and finally got a favorable ruling

AnticipAted tutelAge exempts 1.2 thousAnd AiBA producers from deducting the funrurAl fee, Which increAses the tAx Burden And jeopArdizes competitiveness

Anuário da Região Oeste da Bahia 2009/10 50 Anuário da Região Oeste da Bahia 2009/10 51

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O Fundo para o Desen-volvimento Integrado e Sustentável da Bahia (Fundesis) é uma das mais importantes ações

de responsabilidade social desenvol-vidas pela Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), em parce-ria com o Banco do Nordeste. Ele foi criado em 2007 e tem como objetivo melhorar a qualidade vida de milha-res de pessoas na região, através do financiamento de projetos socioedu-cativos. Suas ações são voltadas para inclusão social e digital, educação, cultura, saúde preventiva, geração de renda e empreendedorismo.

Em 2010, o Fundesis conta com R$ 700 mil para novos projetos, que serão disponibilizados em edital. Desde a

criação, outros R$ 700 mil foram inves-tidos e beneficiaram diretamente mais de 2 mil pessoas, através de 16 proje-tos de 13 entidades, nos municípios de Barreiras, Luís Eduardo Magalhães e Angical. Graças ao Fundesis, 800 no-vos postos de trabalho diretos e indire-tos foram criados; com os novos recur-sos, esse número tende a aumentar.

Onde o Fundesis atua, verificam-se significativas melhoras em diversos campos. É o caso da diminuição do índice de consumo de drogas, da pros-tituição infantil e do alcoolismo nas famílias dos beneficiados pelas institui-ções contempladas. Ao mesmo tempo, ocorre melhoria também na qualidade do atendimento dessas entidades, da elevação na auto-estima de crianças e adolescentes, e do incremento nos ní-

veis culturais das comunidades benefi-ciadas, que passam a ter acesso a novas linguagens artísticas, tecnologias e fer-ramentas diversas que atrelam o conhe-cimento ao lúdico, promovendo trans-formações profundas e duradouras.

A etapa que se inicia com o novo edital será marcada pela inclusão de outras entidades civis no desen-volvimento dos projetos escolhidos pelo Fundesis, como as Instituições de Ensino Superior (IES). Essa par-ceria com os centros de produção do saber será direcionada, principal-mente, para o aprimoramento das habilidades tanto de gestão quanto pedagógicas dos profissionais que trabalham nas entidades contempla-das, potencializando a eficácia dos recursos investidos nos projetos.

Quando todos ganhamAtuAção do fundesis foi fundAmentAl pArA A conquistA de

melhoriAs expressivAs nos cAmpos sociAl, educAtivo e culturAl dA região

dE MÃOs dAdAs: Recursos investidos pelo Fundesis contemplam projetos de inclusão social, educação, saúde e geração de renda, entre outros

The Bahia Fund for Integrated and Sustainable Development (Fundesis) is a ma-jor social responsibility initiative carried out by the Association of Bahian Farmers and Irrigators (Aiba), jointly with the Northeastern Bank. It was created in 2007 and its goal is to improve the quality of life of thousands of people throughout the region, by means of socio-educational financing schemes, including social and digital inclu-sion, education, culture, preventive health, job generation and entrepreneurship.

In 2010, Fundesis relies on a grant of R$ 700 thousand for new projects, which will be available through a decree. Since its creation, another R$ 700 thousand have been invested and directly benefited more than 2 thousand people, through 16 projects from 13 entities, in the municipalities of Barreiras, Luís Eduardo Magalhães and Angical. Thanks to Fundesis, 800 new direct and indirect jobs were created; with new resources, this figure is likely to soar.

In the locations where the Fundesis operates, significant improvements in differ-ent fields are apparent. It is the cases of a reduction in the rate of drug consumption, child prostitution and alcoholism in the families under the umbrella of the insti-tutions. In the meantime, all services provided by these entities have shown great progress, including self esteem of children and adolescents, and rising cultural levels in the communities that are the targets of the benefits, in the form of access to new artistic languages, diverse technologies and tools, which link knowledge to pleasur-able initiatives, whilst promoting deep and durable transformations.

The step now starting with the new decree will be marked by the inclusion of other civil entities in the development of the projects selected by the Fundesis, like Higher Education Entities (HEE). This partnership with the knowledge produc-tion centers will be particularly geared towards the improvement of pedagogical and management skills of the professionals who work for these entities, making use of all the potential of the resources invested in the projects.

No losers, only winners

fundesis Acted firmly for the Achievement of impressive improvements in the region’s culturAl,

sociAl And educAtionAl needs

HANd iN HANd: Resources invested by Fundesis include social inclusion projects, education, health and income generation, among others

Anuário da Região Oeste da Bahia 2009/10 52 Anuário da Região Oeste da Bahia 2009/10 53

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expedienteEdição e editoração: Editora Gazeta Santa Cruz - Santa Cruz do Sul - RS (www.anuarios.com.br)

Textos: Ana Livia Lopes, Benno Bernardo Kist, Catarina Guedes e Romar Rudolfo BelingColaboração: Alcides Viana, Makena Thomé, Nailton Souza Almeida,

Newton Souza Andrade e Veridiane Carvalho RibeiroAprovação final: Alex Rasia e Sérgio Pitt

Projeto gráfico e diagramação e capa: Márcio Oliveira MachadoArte-final: Márcio Oliveira Machado e Juliane Mai

Arte de gráficos e tabelas: Mariana FreyImpressão: Corel Gráfica - Goiâna - Goiás - www.corelgrafica.net

Tiragem: 3 mil exemplaresFotos: Silvio Ávila, banco de imagens da Editora Gazeta Santa Cruz e imagens cedidas pelas instituições e entidades citadas no Anuário

Barreiras (BA), junho de 2010

Anuário da Safra 2009/10Região Oeste da Bahia

Anuário da Região Oeste da Bahia 2009/10 54 Anuário da Região Oeste da Bahia 2009/10 55

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