31

Oeste - Aibaaiba.org.br/wp-content/uploads/2013/11/anuario_oeste_bahia_2012.pdf · A região Oeste da Bahia, revelada ao País e ao mundo nos últimos anos por seu Cerrado altamente

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Oeste - Aibaaiba.org.br/wp-content/uploads/2013/11/anuario_oeste_bahia_2012.pdf · A região Oeste da Bahia, revelada ao País e ao mundo nos últimos anos por seu Cerrado altamente
Page 2: Oeste - Aibaaiba.org.br/wp-content/uploads/2013/11/anuario_oeste_bahia_2012.pdf · A região Oeste da Bahia, revelada ao País e ao mundo nos últimos anos por seu Cerrado altamente

Oeste da

Bahia

Anuário da Região

Western Bahia Region YearbookSafra/Crop 2011/12

1

Page 3: Oeste - Aibaaiba.org.br/wp-content/uploads/2013/11/anuario_oeste_bahia_2012.pdf · A região Oeste da Bahia, revelada ao País e ao mundo nos últimos anos por seu Cerrado altamente

EDITORIAL

Toda safra deixa uma lição. A da temporada 2011/12 mostrou que o produtor que investe em tecnologia, e faz rotação de culturas, está mais preparado para enfrentar as adversidades do clima. Não fosse isso, o Oeste da Bahia, que desde 2002 não passava por uma seca tão severa, certamente teria amargado penas ainda mais duras. Apesar da estiagem, a região terá um bom resultado geral. No total, deverá colher 7,3 milhões de toneladas de grãos, 7% a mais do que no ciclo 2010/11.

A tecnologia fez do Oeste da Bahia o grande polo agrícola que é, contra as previsões negati-vas de muitos que, há menos de 30 anos, não arriscariam investir um só centavo na região. Por tecnologia entendam-se máquinas modernas, material genético de qualidade e adaptado para as condições de Cerrado, e insumos, igualmente, de alto nível.

Porém, a tecnologia sem a técnica não seria suficiente para instaurar e manter o “milagre”. Na técnica está o manejo, mas também o dia a dia da propriedade para além das lavouras: as decisões de plantio e compra, o investimento em pesquisa, os ensaios científicos, as consul-torias contratadas, as palestras assistidas, as viagens de reconhecimento de outros modelos, a experiência acumulada safra a safra, que reduz os riscos e pavimenta o caminho para os resultados positivos aparecerem.

É exatamente a somatória dessas condições que explica a rápida transformação da realidade agrícola na região, e ajudou a mudar o status da Bahia de um Estado importador de alimentos e matérias-primas, como o milho, para um Estado que não apenas garante o abastecimento interno, como ainda é capaz de exportar para mercados dentro e fora do Brasil. Para uma população mundial que cresce exponencialmente, não há maneira alternativa de produzir alimentos em grande escala, fazendo diferente do que se faz hoje nos 2 milhões de hectares de lavouras do Oeste da Bahia.

Boa leitura!

A liçãoque fica

Oeste da

BahiaAnuário da Região

2 3

Page 4: Oeste - Aibaaiba.org.br/wp-content/uploads/2013/11/anuario_oeste_bahia_2012.pdf · A região Oeste da Bahia, revelada ao País e ao mundo nos últimos anos por seu Cerrado altamente

EDITORIAL

Every crop teaches us a lesson. The 2011/12 season showed that farmers who invest in technolog y and rotate crops are better prepared to face adverse weather con-ditions. If it wasn’t for that, western Bahia, which since 2002 had not been through such a severe drought, would have certainly endured tougher difficulties. Despite the drought, the area will have good overall results. In total, it should harvest 7.3 million tonnes of grains, 7% more than in the 2010/11 season.

Technolog y has turned western Bahia into a big ag-ricultural hub against many people’s negative forecasts, people who less than 30 years ago would not invest a single penny in the area. By technolog y we mean modern machinery, genetic material which is high in quality and adapted to the conditions of the cerrado (savannah), and equally high level inputs.

However, technolog y without technique would not be enough to perform and keep the “miracle”. The tech-nique steers not only the handling but also the day-to-day

routine of the property which goes beyond the planta-tions: the decisions regarding planting and purchases, in-vestments in research, scientific tests, the consulting ser-vices hired, the lectures attended, the trips to learn about other models, and the experience acquired from crop to crop, which reduces the risks and paves the path so that positive results can emerge.

It is exactly the sum of all those conditions that ex-plains the quick transformation of the local agricultural reality and has helped change Bahia’s status from a state that used to import food and raw materials, such as corn, to a state that not only guarantees the domestic supply but is also capable of exporting to markets within and outside Brazil. For a world population which grows ex-ponentially, there is no alternative way to produce food on a large scale other than how they do it nowadays on 2 million hectares of plantations in western Bahia.

Enjoy your reading!

The lesson that remains

4

Page 5: Oeste - Aibaaiba.org.br/wp-content/uploads/2013/11/anuario_oeste_bahia_2012.pdf · A região Oeste da Bahia, revelada ao País e ao mundo nos últimos anos por seu Cerrado altamente

A atuação estratégica da Aiba tem permiti-do aos produtores rurais do Oeste da Bahia celebrar muitas vitórias. O impacto delas trans-cende o quadro de associados e é percebido não apenas momentaneamente, como através dos anos, tornando-se referências nacionais, replicadas, não raramente, em outros estados. Foi assim com a questão ambiental, que envol-veu o emprego de muito esforço para alertar aos governos quanto à importância de resol-ver impasses causados pelo passivo do licen-ciamento acumulado na região.

A partir do alerta da Aiba, de mãos dadas com a entidade, o governo e outras instituições da sociedade civil organizada chegaram a um modelo de solução para resolver a questão. Assim surgiu o Plano de Adequação e Regula-rização dos Imóveis Rurais, o PARA/Oeste Sus-tentável. Já no fim de 2011, a cruzada empre-endida pela associação em favor de uma po-lítica ambiental clara, que permitisse ao setor agrícola segurança jurídica para produzir, teve como ponto alto a publicação de uma nova legislação ambiental na Bahia. É uma vitória

capaz de definir os rumos da agropecuária não apenas na região, mas em todo o Estado.

O mesmo se pode dizer do êxito – espera--se que definitivo – na batalha que a Aiba empreende há mais de uma década contra o recolhimento da Contribuição Social Rural, o Funrural. Em 28 de março de 2012, a juíza fe-deral de Barreiras, Manoela Araújo Rocha, em três sentenças publicadas, condenou a União a suspender definitivamente a cobrança e de-volver aos afiliados da entidade a Contribuição Social Rural – Funrural recolhida ao longo

PENSANDO NO REGIONAL, AGINDO NO SETORIAL, A PRESENÇA DA AIBA TEM SIDO DECISIVA EM MUITAS CONQUISTAS

CUJOS BENEFÍCIOS ULTRAPASSAM A REGIÃO

AIBA

Emmuitasfrentes

ESFORÇO: A criação de um funding para

o custeio agrícola nas áreas de Cerrado do Nordeste é uma das

batalhas travadas na atualidade

dos últimos 10 anos. Essa decisão representa redução imediata nos custos para o produtor, e também faz justiça a ele, na medida em que restitui tudo o quanto foi pago indevidamente.

Também uma grande vitória de 2012, cujo trabalho data de 2009, é o início das obras de construção e de pavimentação da Estrada Timbaúba, no município de Luís Eduardo Magalhães. A iniciativa, modelada como uma Parceria Público Privada – PPP, é fruto de um acordo firmado por meio de um protocolo de intenções, entre a Aiba, o governo do Esta-

do e o Banco do Nordeste (BNB), com a fina-lidade de viabilizar a construção de rodovias no Oeste da Bahia. Trata-se de uma iniciativa pioneira no Estado. A partir desse protoco-lo, a Aiba já contratou três projetos, um dos quais está em execução.

Muitas outras batalhas são travadas neste momento, como a criação de um funding para o custeio agrícola nas áreas de Cerrado do Nor-deste, defendida no Ministério da Integração Nacional, e em fase de concretização, através de convênio com o Banco do Brasil. Outra grande

vitória foi a mudança nos parâmetros de classifi-cação de porte para o produtor, equiparando-o aos padrões do Banco Nacional de Desenvolvi-mento Econômico e Social (BNDES). A medida habilitou os associados a uma margem maior de recursos do Fundo Constitucional de Financia-mento do Nordeste (FNE).

Pensando no regional e agindo no setorial, a Aiba vem, ao longo de duas décadas de exis-tência, angariando respeito e se consolidando como uma das mais proativas e influentes as-sociações de classe do agronegócio no País.

Oeste da

BahiaAnuário da Região

6 7

Page 6: Oeste - Aibaaiba.org.br/wp-content/uploads/2013/11/anuario_oeste_bahia_2012.pdf · A região Oeste da Bahia, revelada ao País e ao mundo nos últimos anos por seu Cerrado altamente

Aibas’s strategic approach has enabled farmers in western Bahia to celebrate many victories. Their impact transcends the mem-bership and is noticed not only momentarily, but also through the years, becoming na-tional benchmarks and it is not unusual for them to be replicated in other states. This happened with the environmental issue, which required a lot of effort to warn the governments about the importance of solv-ing impasses caused by the liabilities from the licensing accumulated in the region.

From Aiba’s warning, hand-in hand with the entity, the government and other institu-tions from the organized civil society reached a solution model to solve the issue. Thus, the Adequacy and Regularization Plan for Rural Property, also called PARA/ Sustainable West was created. At the end of 2011, the crusade undertaken by the association in favor of a clear environmental police, which provided legal certainty for the agriculture industry to produce, reached its high point in the enact-ment of new environmental legislation in Bahia. This victory is capable of defining the course of agriculture and livestock not only in the area but all over the state.

The same can be said about the success – which we hope is final – in the battle Aiba has been fighting against the collection of So-cial Rural Contribution (Funrural) for more than a decade. On March 28, 2012, Manoela Araújo Rocha, federal judge of the district of Barreiras, in three published decisions, or-dered the Federal Government to definitely suspend the collection and refund the Social Rural Contribution (Funrural), which had

EFFORT: The creation of agricultural funding for the cerrado areas (savannah) in northeastern Brazil is one of the battles being fought nowadays

AIBA

On many frontsTHINKING LOCALLY, ACTING IN THE INDUSTRIES, THE

PRESENCE OF AIBA HAS BEEN DECISIVE FOR MANY ACHIEVEMENTS WHOSE BENEFITS HAVE GONE BEYOND THE LOCAL AREA

been collected for the past 10 years, to the members of the entity. This decision repre-sents immediate cost-savings for the farmers, and it is also fair to them, since it reimburses them for everything that was unduly paid.

Also a great victory in 2012, which is the result of a process that started in 2009, is the beginning of the construction and paving of the Timbaúba Road in the municipality of Luís Eduardo Magalhães. The initiative is modeled as a Public Private Partnership (PPP) and results from an agreement established by a protocol of intent signed between Aiba, the state government and the Bank of the Northeast (BNB) to enable the construction of roads in western Bahia. This is a pioneer initiative in the state. Because of this proto-col, Aiba has hired three projects, and one of them is currently underway.

Many other battles are being fought at this time, such as the creation of agricultur-al funding for the cerrado areas (savannah) in the northeast, advocated at the National Integration Ministry, and which is in its im-plementation phase through an agreement with Banco do Brasil. Another great victory was the change in the parameters for rating farm size, matching them to the National Bank for Social and Economic Development (BNDES) standards. This measure enabled the members to obtain greater funds from the Northeast Financing Fund (FNE, in the Portuguese acronym).

Thinking locally and acting in the indus-tries, for two decades Aiba has been gaining respect and cementing itself as one of the most proactive and influential associations in the country’s agribusiness.

8

Page 7: Oeste - Aibaaiba.org.br/wp-content/uploads/2013/11/anuario_oeste_bahia_2012.pdf · A região Oeste da Bahia, revelada ao País e ao mundo nos últimos anos por seu Cerrado altamente

A região Oeste da Bahia, revelada ao País e ao mundo nos últimos anos por seu Cerrado altamente produtivo, com empreendedorismo e organização, apresenta níveis de excelência em seus resultados e permanece vibrante em sua vontade de evoluir, como se constata na rotina da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), ali sediada. Ainda jovem neste perfil, a área, com quase um milhão de ha-bitantes e 39 municípios, chama atenção por estar à frente em termos de produtividade agrícola e geração de riqueza e, de forma madura, continua a crescer em índices superiores a 7% ao ano.

Revelando-se entre os modelos brasileiros de crescimento da pro-dução agrícola com avançada tecnologia, a produtividade do Oeste baiano mais que dobrou no período de duas décadas, em culturas como soja e milho, com 107% e 106% de aumento, respectivamente. Em 2011, confirmava-se que esta região superava, além do Brasil, tam-bém os Estados Unidos, país destaque nesse aspecto, ao apresentar rendimento médio de 56 sacos por hectare na oleaginosa e de 163 sc/ha no cereal. No algodão, também despontava com 270 arrobas por

hectare, só ultrapassado, em âmbito global, um pouco pela Austrália, que tem todo o seu plantio irrigado. Mas o Oeste já respondia por quase 30% da fibra no País e por mais de 2% da mundial.

Em 2012, mesmo com alguma influência contrária do clima, a re-gião continua a apresentar números de primeira linha mundial e sua produção aumenta 7%, com novo recorde de 7,3 milhões de tonela-das. Já a renda fica ao redor de R$ 6 bilhões e no mínimo dobra se for incluída a cadeia produtiva das principais culturas.

O agronegócio, que na Bahia tem sua referência no Oeste, puxa o incremento da economia, tendo crescido 9,8% em 2011, enquanto no total do Estado esse indicador ficou em 2%, conforme dados da Su-perintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI/BA). O índice da região baiana destaca-se também no País, onde o Produ-to Interno Bruto (PIB) primário cresceu 5,73% e o geral, 2,7%, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), mantida pela Universidade de São Paulo (USP).

EXEMPLOS Identificado com o avanço espetacular e recen-te deste espaço de destaque no amplo mapa brasileiro, a cidade de Luís Eduardo Magalhães (LEM), a sede da Bahia Farm Show, tam-bém conhecida como Capital e Shopping Center do Agronegócio, é uma das que mais crescem no País. A sua população aumentou de 44.310 habitantes em 2007 para 63.290 pessoas em 2011. Passou também da 15ª para a quarta posição, dentre os 417 municípios da Bahia, na apuração do Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), no período de 2007 a 2010.

Da mesma forma, vários municípios da região se sobressaem esta-dual e nacionalmente na atividade produtiva, como é o caso de São Desidério. Além de figu-rar na liderança do Esta-do por atingir volume total de 1,7 milhão de toneladas, com realce para o algodão, do qual é o principal produtor no Brasil, também está à frente no País em termos de Valor Bru-to da Produção (VBP) agrícola, com renda de mais de R$ 1 bilhão. No âmbito estadual, os três primeiros colocados na renda primária estão nesta circunscrição (São Desidério, Formosa do Rio Preto e Barreiras) e mais três entre os 10 maiores (Luís Eduardo Magalhães, Correntina e Riachão das Neves).

O forte Oeste baiano, que já planta próximo de 2 milhões de hectares em sua área de Cerrado, tem mais do que essa extensão (cerca de 2,6 milhões de ha) em condições de receber investimentos na produção, a qual está em vias de expansão também no plano da industrialização. A conquista do Oeste do Estado está consolidada e consagrada, mas prossegue firme e notável, com sua vocação para liderar e vitalidade para gerar, dadas as condições, cada vez mais de-senvolvimento para a região, o Estado e o País.

INVESTIMENTOS O nível de produtividade e de renda encontrados no Oeste baiano tem atraído investimentos, como ressaltam empreendedores, a exemplo de um dos maiores (a SLC Agrícola), que só em 2012 pretende aplicar R$ 80 milhões na região. Essas organizações encontram ali as condições que procuram, como chuva, solo, altitude e luminosidade. Observam também perspectivas de incremento logístico, como a Ferrovia da Integração Oeste-Leste (Fiol), que está sendo iniciada no litoral e deve se juntar futuramente ao entroncamento de rodovias fede-rais já existente na área.

Outras iniciativas se somam no plano logístico e em vários setores registram-se avanços. É o que ocorre na ampliação do ensino univer-sitário, pela anunciada implantação da Universidade Federal do Oeste da Bahia (Ufoba), que deverá ter unidades nas cidades mais populo-sas da região (Barreiras, Bom Jesus da Lapa, Luís Eduardo Magalhães e Barra). Vai ao encontro da grande demanda de profissionais que surge ao lado do desenvolvimento regional.

RENDA AGRÍCOLA NA BAHIAMunicípios do Oeste R$ mil

1. São Desidério 1.077.026

2. Formosa do Rio Preto 653.911

3. Barreiras 505.090

4. Luís Eduardo Magalhães 386.472

5. Correntina 335.025

6. Riachão das Neves 223.096

7. Jaborandi 169.198

8. Cocos 66.838

9. Coribe 28.502

10. São Félix do Coribe 27.871Fonte: IBGE 2010

OESTE BAIANO

para liderarVocação

REGIÃO DO CERRADO DA BAHIA MOSTRA ÍNDICES DE PONTA

NO AGRONEGÓCIO NACIONAL E MUNDIAL E TODA DISPOSIÇÃO PARA

CONTINUAR CRESCENDO

FÉRTIL: Liderado pela soja e pelo algodão, o agronegócio impulsiona o desenvolvimento do Oeste da Bahia e surpreende o Brasil e o planeta

Oeste da

Bahia

CRESCIMENTO DO PIB(Produto Interno Bruto) – 2011

Agronegócio Bahia 9,8%

Agronegócio Brasil 5,7%

Estado 2,0%

País 2,7%Fonte: SEI/BA – Cepea/Esalq/USP

Anuário da Região

10 11

Page 8: Oeste - Aibaaiba.org.br/wp-content/uploads/2013/11/anuario_oeste_bahia_2012.pdf · A região Oeste da Bahia, revelada ao País e ao mundo nos últimos anos por seu Cerrado altamente

Western Bahia, a region that unfolded before the Country and the world over the past years for its highly productive Cerrado, with entrepreneurship and organization, presents levels of excellence in its results and continues determined to go on progressing, a fact that can be ascertained through the routine activities of the Bahia State Farmers and Irrigators Association (Aiba), based there. Still young in this profile, the one million people area comprises 39 mu-nicipalities, and stands out for its front-running position in terms of agricultural productivity and the generation of wealth and, in a self-assured manner, continues growing over 7% a year.

Standing out among the Brazilian agricultural production growth models with advanced technology, western Bahia’s produc-tivity rates more than doubled over the past two decades, in crops like soybean and corn, soaring 107% and 106% respectively. The

year 2011 was marked by the confirmation of the region’s leader-ship in yields, outstripping not only Brazil on that score, but the United States, too, a country that is a reference in yields, when aver-age productivity rates reached 56 sacks of soybean and 163 sacks of corn per hectare. In cotton, the region also reached 270 arrobas per hectare, only outstripped at global level by Australia’s irrigated cotton fields. The share of Western Bahia in the national fiber crop has already reached 30% and 2% of the global crop.

In 2012, although climate conditions are not very favorable, the region continues displaying first class figures and its production volume soars 7% to a new 7.3-million ton record crop. Revenues remain at about R$ 6 billion and double if the production chain of other relevant crops is included.

Viewed as a reference in Bahian agribusiness, the western re-

WESTERN BAHIA

Vocation to leadCERRADO REGION IN BAHIA IS A NATIONAL

AND GLOBAL FRONTRUNNER IN AGRIBUSINESS AND DETERMINED TO CONTINUE GROWING

EXAMPLES Identified with the recent and spectacular advance of this area that stands out on the vast Brazilian map, the city of Luís Eduardo Mag-alhães (LEM), the venue of the Bahia Farm Show, also known as Agribusiness Capital and Shopping Center, is one of the towns that grows the most in Brazil. Its population soared from 44,310 in 2007 to 63,290 people in 2011. It also jumped from the 15th to the 4th position, among the 417 municipalities in Bahia, as ascertained by the Municipal Development Index (IFDM), in the 2007 – 2010 period.

There are also several municipalities in the re-gion that stand out at state and national level in the production activity, like the town of São Desidério. Besides ranking first in the State, with a total crop volume of 1.7 million tons, cotton is the flagship, with the biggest production volumes in the Coun-try and also a leader in Agricultural Production Revenue (APR), with income of upwards of R$ 1 bil-lion. At state level, the first three in primary income are comprised by regional areas (São Desidério, Formosa do Rio Preto and Barreiras) and three oth-ers among the 10 biggest ones (Luís Eduardo Mag-alhães, Correntina and Riachão das Neves).

The very active Western Bahia, home to almost 2 million hectares of crops in the Cerrado area, boasts another 2.6 million hectares waiting for investments in production, and is now about to expand its indus-trialization processes across the region. The conquest of the State’s Western portion has been consolidated and sealed, and continues firm and remarkable, with its vocation to lead and vitality enough to generate, given the conditions, more and more development for the region, the State and the Country.

gion drives the economy, with a growth rate of 9.8% in 2011, while in the total of the State this indicator remained at 2%, according to data from the Bahia State Superintendency for Economic and Social Studies (SEI/BA). The development rate of western Bahia is also noteworthy in the Country, where the primary Gross Domestic Product (GDP) increased by 5.73% and the general, by 2.7%, accord-ing to the Center for Advanced Studies on Applied Economics (Ce-pea), of the Luiz de Queiroz Agriculture College (Esalq), maintained by the University of São Paulo (USP).

INVESTMENTS The level of productivity and income pres-ent in Western Bahia has attracted investments, a fact that is em-phasized by entrepreneurs, where a good example is SLC Agrícola, a leading business, which intends to invest R$ 80 million in the re-

gion, in 2012. These organizations find in the region the conditions they are looking for, like timely rainfalls, soil, altitude and luminos-ity. They also spot perspectives of logistic improvements, like the West-East Integration Railway (Fiol), which is being started at the coastal portion and, in the future, will connect with federal road junctions existing in the area.

Other initiatives join the logistics plan and several sectors have shown advances. This is what occurs with the implementa-tion of higher education, and the Construction of the Western Bahia Federal University (Ufoba) is in the pipeline, with subsid-iary units in the most populous cities in the region (Barreiras, Bom Jesus da Lapa, Luís Eduardo Magalhães and Barra), in line with the need for professionals in a region where regional devel-opment is making strides.

FERTILE: Lead by soybean and cotton,

agribusiness drives the development of Western Bahia and amazes Brazil and

the planet

12 13

Page 9: Oeste - Aibaaiba.org.br/wp-content/uploads/2013/11/anuario_oeste_bahia_2012.pdf · A região Oeste da Bahia, revelada ao País e ao mundo nos últimos anos por seu Cerrado altamente

INDUSTRIALIZAÇÃO

Após já ter consolidado uma expressiva produção primária, o Oeste baiano está cada vez mais voltado à verticalização do processo produtivo, agregando valores com a industrialização. Esforços vêm sendo dirigidos nesse sentido, na organização e no empreendedoris-mo local e regional, contando também com o apoio estadual. Novas fábricas surgem de modo especial na nova e crescente cidade de Luís Eduardo Magalhães (LEM), que oferece o Centro Industrial do Cerra-do, com 320 hectares disponíveis para essa finalidade e 42 unidades

em funcionamento, pretendendo passar para 70 em breve. Ao mesmo tempo, na maior cidade, Barreiras, é anunciada com

destaque uma nova e grande esmagadora de soja, com capital chinês, para se somar a duas já existentes na região. Sob a denominação de Universo Verde Agronegócios, o empreendimento teve lançamento de pedra fundamental em junho de 2011, recebeu licença de locali-zação em dezembro e de instalação em março de 2012, às margens da Rodovia 242/20, km 590, em área de 100 hectares. Será voltada à

REGIÃO ESTÁ DIRECIONADA A VERTICALIZAR A SUA GRANDE PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA, COM DESTAQUE PARA AS ÁREAS ANIMAL E TÊXTIL

O olharfixo no alto

Oeste da

Bahia

AGREGAÇÃO: O crescimento na produção agrícola e pecuária tem estimulado a instalação de várias indústrias nos municípios do Oeste

AVES E SUÍNOS A avicultura e a suinocultura foram enfati-zadas no estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas como alta-mente demandadoras em farelo de soja e milho. Poderiam responder já em 2015 por, respectivamente, 41% do cereal e 47% do produto da oleaginosa obtidos na região. O documento sublinha, entre outras vantagens, a de que o vazio sanitário da área assegura menor pressão em relação a doenças na exploração avícola. Esta, aliás, já apresenta exemplos concretos de evolução no Oeste baiano, onde se instalou há pouco tempo indústria com cadeia produtiva completa (a Mauri-cea), em LEM, além de outro abatedouro já existente.

Ambos abatiam em março de 2012 em torno de 1,6 milhão de aves, quando a capacidade mensal instalada é de 3,5 milhões. Com a perspectiva da ampliação, possuem projetos de integração produti-va a serem viabilizados. E ainda no campo animal, uma atividade de maior tradição regional, a pecuária bovina, tem três frigoríficos espa-lhados estrategicamente (Barreiras, Santa Maria e Muquém do São Francisco), que estão em condições de abater 1.300 bovinos/dia. Ali, também são processados suínos que estão sendo produzidos, ainda em pequena quantidade, na região.

Pequenas agroindústrias estão sendo incentivadas, como ocor-re por exemplo em LEM, com o Serviço de Inspeção Municipal (SIM), que acompanha 20 iniciativas, a maioria na área leiteira e suinícola. Nesse sentido, soma-se o Projeto de Fortalecimento da Região Oeste, apresentado em março de 2012 pela Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Sistema Fieb/Cieb) e pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a par-tir de diagnóstico de 80 indústrias desse porte com potencial de crescimento. A ação insere-se em programa de interiorização que busca oferecer melhores condições de atratividade e de competiti-vidade a regiões estratégicas, como a Oeste, e deve contribuir para o avanço buscado na sua industrialização.

fabricação de óleos vegetais com capacidade de 850 mil t/ano, com expectativa de geração de aproximadamente mil empregos.

Dentro do esforço de atração do investimento, o governo do Estado tem promovido missões e intercâmbios com a China, além da instalação de escritório permanente em Pequim. Existe a pos-sibilidade de outras iniciativas com a participação daquele país, particularmente no ramo têxtil, onde o Oeste, responsável pela ex-pressiva e qualificada produção baiana de algodão, a segunda maior do Brasil, ainda não sedia indústria final da cadeia, possuindo, isso sim, várias unidades de processamento inicial. Em LEM, já existe expectativa em torno da viabilização de uma indústria de fiação, por meio de empresário com tradição na produção da pluma.

O Estado também dispõe do Estudo Analítico das Cadeias Pro-dutivas do Algodão, Soja e Milho do Oeste da Bahia e Alternativas para a Verticalização da Produção, feito recentemente pela Funda-ção Getúlio Vargas, com apoio da região. Quando foi divulgado, ressaltou-se especialmente a possibilidade de posicionar a marca “Algodão da Bahia”, para agregar valor ao produto, já reconheci-do como um dos melhores do mundo. Além disso, é considerada como promissora a potencialidade da ampliação da avicultura e da suinocultura na região produtora de grãos.

Anuário da Região

14 15

Page 10: Oeste - Aibaaiba.org.br/wp-content/uploads/2013/11/anuario_oeste_bahia_2012.pdf · A região Oeste da Bahia, revelada ao País e ao mundo nos últimos anos por seu Cerrado altamente

After having consolidated an expres-sive primary production, Western Bahia is increasingly focusing on the verticalization of the production process, adding values through industrialization. Efforts have been directed towards this end, both at local and regional entrepreneurship and organization levels, and also counting on support from the state government. New factories arise particularly in the new and ever-increasing city of Luís Eduardo Mag-alhães (LEM), home to the Cerrado Indus-trial Center, with 320 hectares available for this purpose, and 42 units in operation, which are soon expected to soar to 70.

In the meantime, in the biggest city, Barreiras, a huge soybean crushing plant is pompously announced, with Chinese capital, joining the two existing plants in the region. The cornerstone of the new plant - Universo Verde Agronegócios - was launched in June 2011, and its location li-cense was issued in December, while the license for the construction of the facili-ties was granted in March 2012, along the margins of Roadway 242/20, km 590, in an area of 100 hectares. It will be destined for the manufacture of vegetable oils, with a production capacity of 850 thousand tons a year, and the expectation is for the genera-

tion of approximately one thousand jobs.Within the investment-oriented attrac-

tion efforts, the State Government has pro-moted business missions and interchanges with China, besides setting up a permanent office in Beijing. There are chances for oth-er initiatives with the participation of that country, especially in the textile sector, where the West, responsible for expressive and qualified cotton production in Bahia, the second largest volume in Brazil, has no finishing industry, but several initial pro-cessing plants. In LEM, there is expectation for the installation of a weaving industry, by an entrepreneur with tradition in the production of fiber.

The State has just finished an Analytical Study on the Cotton, Soybean and Corn Production Chains in Western Bahia and Alternatives for Production Verticalization, conducted by Getúlio Vargas Foundation, relying on support from the region. When it was disclosed, there was a special focus on the chances to position the “Bahia Cotton” brand, so as to add value to the product, already acknowledged as one of the best in the world. Furthermore, another promising expectation is the potential to expand the poultry and pig farming operations through-out the cereal producing region.

INDUSTRIALIZATION

Looking upinto the sky

REGION IS BOUND TO VERTICALIZE ITS IMMENSE AGRICULTURE AND LIVESTOCK OPERATIONS, WHERE

THE HIGHLIGHTS ARE CATTLE AND TEXTILES

AGGREGATION: The growth in agriculture and livestock operations has attracted several industries to the municipalities located in the West

CHICKEN AND HOGS Chicken and hog farms received emphasis in the study conducted by Getúlio Vargas Foundation as highly demanding in terms of soybean meal and corn. By 2015, they could, respectively, ac-count for the consumption of 41% of the cere-al and 47% of the soybean products produced in the region. The document underlines, among other advantages, the fact that the sanitary gap in the area exerts lower disease related pressure on chicken farming activities. And these activities, by the way, already boast concrete examples of the evolution witnessed in Western Bahia, where, some time ago, an industry with the complete production chain (a Mauricea), started operating in LEM, in ad-dition to the existing slaughterhouse.

In March 2012, together they were slaugh-tering some 1.6 million chickens, while their monthly capacity is for 3.5 million birds. With an eye towards expanding their businesses, they are considering production integration projects soon to be materialized. Still in the livestock field, a very traditional regional ac-tivity, cattle farming, takes advantage of three meat packing industries strategically located (Barreiras, Santa Maria and Muquém do São Francisco), which have the capacity to slaugh-ter 1,300 bovine head a day. The same facili-ties also process pigs, which are raised, though in small quantity, in the region.

Small agroindustries are still being en-couraged, a fact that occurs, for example in LEM, with the Municipal Inspection Service (MIS), now following closely 20 different initiatives, most of them in the area of dairy products and hog raising. Within this con-text, there is the Western Region Strengthen-ing Project, set up in March 2012 by the Ba-hia State Industry Federation (Sistema Fieb/Cieb) and by the Brazilian Micro and Small Business Support Service (Sebrae), based on a diagnosis of 80 industries of this size and with a potential do grow. The action is part of an interior-oriented program which seeks to offer better attractive and competitive condi-tions to strategic regions, like the West, and should contribute towards improving and expanding its industrialization operations.

16 17

Page 11: Oeste - Aibaaiba.org.br/wp-content/uploads/2013/11/anuario_oeste_bahia_2012.pdf · A região Oeste da Bahia, revelada ao País e ao mundo nos últimos anos por seu Cerrado altamente

INFRAESTRUTURA

Nova revoluçãoa caminho

Oeste da

BahiaCRIAÇÃO DE FUNDO DEVE INCREMENTAR

O AVANÇADO AGRONEGÓCIO REGIONAL E ENCAMINHAR SOLUÇÃO PARA O GARGALO NAS RODOVIAS INTERNAS

Anuário da Região

Está em vias de se concretizar um novo e ousado plano no Oeste da Bahia, concebido como Programa de Desenvolvimento do Agronegócio da Soja, Algodão, Milho e Café (Prodea-gros). Este fundo, de natureza priva-da, com recursos de créditos fiscais e contrapartida dos produtores rurais, nos moldes e como ampliação do atu-al Fundo para o Desenvolvimento do Agronegócio do Algodão (Fundeagro), deverá promover uma nova revolução na região, custeando a modernização tecnológica, o desenvolvimento so-cial e, em especial, a infraestrutura. Neste aspecto, é intenção priorizar a construção, pavimentação e a recupe-ração de estradas estaduais e vicinais, questão que se coloca como um dos maiores gargalos ainda enfrentados pelo setor agrícola.

Após conseguir alcançar nível ele-vado de progresso produtivo e acessos importantes, o Oeste da Bahia volta es-pecial atenção às vias internas de esco-amento da produção, nas quais enfren-ta problemas no atendimento a uma demanda de transporte equivalente a mais de mil caminhões de 37 toneladas/dia. Para responder a esta necessidade, de forma mais célere e eficiente, assim como a outros pontos de incentivo ao desenvolvimento do agronegócio e da região, a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) contratou es-tudo técnico para subsidiar a discussão com as áreas técnicas do Estado (Fazen-da, Infraestrutura e Agricultura). A área política também se mostrou receptiva e às vésperas da Bahia Farm Show 2012 havia a expectativa do encaminhamen-to de um Projeto de Lei para a Assem-bleia Legislativa da Bahia.

EM OBRAS Da mesma forma, a região Oeste da Bahia vinha aguar-dando pelo início de obras no âmbito

de outra iniciativa já formalizada em 2009, por meio de um protocolo de intenções entre Aiba, governo do Es-tado e Banco do Nordeste (BNB), em forma de parceria público-privada e sob a denominação de Programa de Rodovias Estaduais do Oeste Baiano. A partir deste passo, a Aiba contratou projetos executivos das obras e buscou apoio do Estado para a implantação. O projeto piloto está em execução na Estrada Timbaúba, que tem 45 quilô-metros, e fica localizada no município de Luís Eduardo Magalhães (LEM), na divisa com São Desidério. A proposta total contempla 800 quilômetros, em que se destaca a Rodoagro. Com 222 km, a Rodoagro sai da rodovia Anel da Soja, passando pela maior área agríco-la da região, até Formosa do Rio Preto.

Melhorias rodoviárias são tema constante em gestões entre a represen-tação regional e os órgãos públicos. No final de 2011, o setor de transportes do Estado anunciou licitação de trecho de 18 quilômetros no Centro Industrial de LEM e a carta-convite para serviços no Anel da Soja. Em março de 2012, o governo estadual entregou a recupe-ração de 20 km da BA-464, ligação de Baianópolis à BR-242, e na BA-171, em Brejolândia. Em abril, inaugurou 3,5 km da BA-827, de acesso à Universi-dade Federal da Bahia, em Barreiras, e autorizou obras nas ligações da BA-455 e da BA-826 à BR-135, assim como da BA-447 à BR-242.

No plano federal, foi concluído e aprovado o projeto executivo para construção de 49 km da BR-242 até a divisa com Tocantins, aguardando a li-citação. De ambas as esferas, por conta da proximidade de realização da Bahia Farm Show 2012, eram esperadas novi-dades, de modo especial no que tange à implementação do novo programa regional de desenvolvimento.

18 19

Page 12: Oeste - Aibaaiba.org.br/wp-content/uploads/2013/11/anuario_oeste_bahia_2012.pdf · A região Oeste da Bahia, revelada ao País e ao mundo nos últimos anos por seu Cerrado altamente

A new and bold plan in Western Bahia is about to materialize, conceived as Agribusiness Development Program for Soybean, Cotton, Corn and Coffee (Prodeagros). This fund, of private nature, with resources from tax exemption schemes, and from the rural producers in their role as counterparts, following on the heels of the Fund for the Development of Cotton Agribusiness (Fun-deagro), should give rise to a new revolution in the region, carrying the costs of technological modernization, social development and, especially, all invest-ments in infrastructure. Within this context, the intention is to give priority to the construction, pavement and recovery of state and vicinal roads, a question that is still a huge bottleneck faced by the agricultural sector.

After managing to achieve high productive levels and important access routes, Western Bahia is now paying special heed to internal roads for produc-tion transport, where the challenges include shortages in the demand for crop transporting vehicles requiring more than one thousand 37-ton trucks a day. In order to meet this pressing need, in the most efficient and speedy manner, like other encouraging development factors across the region, the Bahia State Farmers and Irrigators Association (Aiba) contracted a technical study to lend support to the debates with the technical department of the State (Finance, Infrastructure and Agriculture). The political establishment also showed inter-est in the question and, on the eve of the Bahia Farm Show 2012, there was expectation for sending a Bill to the Legislative Assembly of Bahia.

UNDER CONSTRUCTION Likewise, the Western Bahia region had been expecting for the works of another initiative, formalized in 2009, through an intention protocol between Aiba, State Government and Banco do Nordeste (BNB), in the guise of a public-private partnership known as Western Bahia State Road Program. Based on this first step, Aiba contracted executive proj-ects and sought state government support towards its implementation, and the project is being executed at the Timbaúba Road, 45 kilometers long and located in Luís Eduardo Magalhães (LEM), at the borders with São Desidério. The total bid is a stretch of 800 kilometers, where the highlight is Rodoagro. With 222 km, Rodoagro starts at the Soy Ring Roadway, connecting with the huge agri-cultural frontier of Formosa do Rio Preto.

Roadway improvements are subjects always present in negotiations between regional representations and government organs. In late 2011, the State transport sector invited bids for the 18-km stretch from the Industrial Park to LEM and also bids for services at the Soybean Ring. In March 2012, the state government recov-ered with success a stretch of 20 km along the BA-464, connecting Baianópolis to BR-242, and at BA-171, in Brejolândia. In April, the government inaugurated a stretch of 3.5 km of the BA-827, giving access to the Federal University of Bahia, in Barreiras, and authorized the construction of the connections of the BA-455 and BA-826 to BR-135, as well as the connection from the BA-447 to BR-242.

At federal level, an approval was granted to the project for the construction of 49 km from the BR-242 to the borders with Tocantins, a bidding process is to be announced soon. From both governments, on account of the proximity of the Bahia Farm Show 2012, novelties are expected, in general, with regard to the implementation of the new regional development program.

INFRASTRUCTURE

New revolu

CREATION OF THE “FUNDO” (FUND) SHOULD

DRIVE THE ADVANCED REGIONAL AGRIBUSINESS

AND COME UP WITH A SOLUTION TO THE

BOTTLENECK ON THE ROADWAYS THROUGHOUT

THE REGION

New revolution on the way

20

Page 13: Oeste - Aibaaiba.org.br/wp-content/uploads/2013/11/anuario_oeste_bahia_2012.pdf · A região Oeste da Bahia, revelada ao País e ao mundo nos últimos anos por seu Cerrado altamente

Por trilhos, ar e mar

Expressiva parcela da destacada produção agrícola do polo baiano no Oeste é exportada por portos no litoral Leste, onde chega por via ro-doviária, enquanto vem sendo aguardada a grande Ferrovia da Integra-ção Oeste-Leste (Fiol), em obras iniciais, como nova alternativa de esco-amento. Da soja produzida na região, 53% vai para o exterior, 77% dela pelo terminal portuário de Aratu, na região metropolitana de Salvador, que também embarca parte do farelo, enquanto outra sai por Ilhéus, e por outros portos fora do Estado, como o Porto de Vitória (ES) e o Porto de São Luís (MA), fazendo intermodalidade, nestes últimos dois casos, com ferrovia em Pirapora (MG) e Colinas (MA), respectivamente.

Já em relação ao algodão e ao café, respectivamente, 51% e 50%

são exportados, quase totalmente pelos portos de Santos (SP) e Pa-ranaguá (PR), porque não havia condições adequadas para tanto em solo baiano. Mas o Terminal de Contêineres (Tecon) Salvador está investindo a fim de viabilizar e ampliar essa operação.

No final de 2011, o Tecon Salvador recebeu três portêineres e seis RTGs (rubber tyre gantry crane, ou pontes rolantes sobre pneus), como parte de um investimento de R$ 180 milhões na am-pliação da sua capacidade operacional. Junto com outras obras, de-verá passar de 37 para 55 movimentos por hora e de 250 mil TEU (Twenty Equivalent Unity – unidade equivalente a um contêiner de 20 metros) para 530 mil TEU por ano, aumentando a competitivida-

LOGÍSTICA

OBRAS EM PORTOS E AEROPORTOS, ALÉM DO AVANÇO NO GRANDE INVESTIMENTO DA FERROVIA,

AMPLIAM POTENCIALIDADES DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL

POR VAGÃO Para a futura ferrovia, a meta é viabilizar o chama-do Porto Sul, em Ilhéus, onde estão sendo tratadas questões ambientais. Estas igualmente têm interferido, junto com desapropriações e outras de-mandas, no andamento dos trabalhos da Fiol, que ocorrem atualmente no primeiro trecho, entre Ilhéus e Caitité, no interior da Bahia, com atraso em relação ao cronograma inicial. Essa etapa tem 537 quilômetros e, pelas novas estimativas, deverá ser concluída até junho de 2014; estão sendo tomadas medidas para a sua aceleração.

Na segunda fase da obra, com mais 485 quilômetros, será alcançada Barreiras, no Oeste baiano, o que, de acordo com as últimas previsões, poderá ocorrer até o final de 2015. Toda a ferrovia terá extensão superior a 1.500 quilômetros e deverá chegar até Figueirópolis, no Tocantins, onde será conectada à Ferrovia Norte-Sul, oferecendo novas opções logísticas. O investimento total é estimado em R$ 7,43 bilhões e deverá representar redução de custos no transporte de insumos e de produtos diversos, fa-vorecendo o agronegócio baiano; e criação de polos agroindustriais e de minérios. Os fretes de algodão, conforme estudo da Fundação Getúlio Vargas, poderão cair de US$ 0,08 para US$ 0,03 por libra-peso por tonela-da transportada entre o Oeste e o Litoral baiano.

de e a atratividade do porto baiano.Da mesma forma em Aratu têm sido solicitadas e feitas melhorias

para resolver gargalos. São reivindicados melhoramentos no acesso e no estacionamento, assim como a ampliação na recepção e na ar-mazenagem, onde existem duas unidades, uma de 140 mil t (para soja) e outra de 100 mil t (para farelo), e uma linha de recepção para 1.000 t/h. Prevê-se para 2012 a construção de sete silos de 18 mil t cada e nova linha de recebimento, que irão possibilitar a desejada se-gregação dos tipos de produtos. Obras já executadas, por outro lado, permitem o acesso de embarcações com maior capacidade, tornando o porto mais competitivo no embarque de grãos.

Oeste da

Bahia

POR AVIÃO O transporte aeroviário, por sua vez, também vem sendo incrementado na região. O aeroporto existente em Barreiras está recebendo melhorias no terminal, por novo concessionário, e tem proje-to de ampliação de pista. Além da operação diária de avião com capacida-de de até 50 passageiros, estava prevista para 2012 a ativação de linha com aeronave de outra empresa com até 100 lugares.

Já o novo aeródromo de Luís Eduardo Magalhães, usado até então para voos particulares, está sendo viabilizado para uso público. Com pista de 2.050 metros concluída, tratava-se recentemente do asfalta-mento de área de taxiamento e estacionamento, bem como da instala-ção de unidade de Bombeiros. Definições relativas à ampliação futura do hangar e à gestão também estarão em pauta para colocar em pleno funcionamento mais essa alternativa logística, permitindo voos cada vez mais altos à progressista região.

Anuário da Região

22 23

Page 14: Oeste - Aibaaiba.org.br/wp-content/uploads/2013/11/anuario_oeste_bahia_2012.pdf · A região Oeste da Bahia, revelada ao País e ao mundo nos últimos anos por seu Cerrado altamente

LOGISTICS

Expressive portion of the commodities produced in the Western Bahia agriculture hub is exported through the East Coast ports, where the products arrive by road, but the great dream of a new transporta-tion alternative is the conclusion of the West-East Integration Railway

(Fiol), whose construction has just started. Of all soybean produced in the region, 53% is shipped abroad, 77% of that amount leaves the Country through the port of Aratu, in the metropolitan region of Salvador, from where part of the soy meal is also shipped, while the

Rail, air and waterWORKS AT PORTS AND AIRPORTS, BESIDES

HUGE ADVANCES AND INVESTMENTS IN RAILWAYS, WIDEN THE POTENTIALITIES OF REGIONAL DEVELOPMENT

PER FREIGHT CAR For the future railway, the target is to make the so-called South Port, in Ilhéus, viable, where environmental questions are now at stake. These issues have also had an influence on expropriations and other demands, as the FIOl work began to unfold, and these things are affecting the first stretch, from Ilhéus to Caitité, in the interior of Bahia, causing delays to the initially agreed schedule. This stretch comprises 537 kilometers and, by new estimates, shall be con-cluded by June 2014; initiatives are being taken to speed up this work.

In the second stage of the work, 485 kilometers, Barreiras is to be reached, which, according to the latest estimates, might occur by the end of 2015. The entire railway will be upwards of 1,500 kilometers long, and has been projected to reach Tocantins, where it will be connected to the North-South Railway, offering new logistic options. The total invest-ment is estimated at R$ 7.43 billion and shall translate into freight cost reductions for inputs and all kinds of products, favoring all agribusiness operations in Bahia; along with the creation of agroindustrial hubs and mining operations. Cotton transport costs, according to a study by Foun-dation Getúlio Vargas, might drop from US$ 0.08 to US$ 0.03 per pound, per ton transported from the West to the Coast in Bahia.

BY AIR Air-transportation, in turn, is also being activated in the region. The airport terminal in Barreiras is now undergoing repair works, undertaken by the new concessionaire, and the project is for expanding the runway. Besides the daily landing and departure of air-planes for up to 50 passengers, the plan for 2012 is to put into opera-tion airplanes with the capacity for 100 passengers.

With regard to the new airdrome in Luís Eduardo Magalhães, only used for private flights, it is now being prepared for public use. With a 2,050-meter runway concluded, what is being considered is paving the parking and taxi area, as well as the installation of a Fire Brigade facility. Definitions relative to future expansions of the han-gar and administration issues are also on the agenda, so as to put into operation one more logistic alternative, giving this progressive region chances for ever higher flights.

rest leaves Brazil through Ilhéus, and through other ports outside the State, like the Port of Vitória (ES) and the Port of São Luís (MA), with the last ones interconnected in an intermodality scheme with the Railway in Pirapora (MG) and Colinas (MA), respectively. With regard to cotton and coffee, respectively, 51% and 50% is exported, almost in its entirety through the port of Santos (SP) and Paranaguá (PR), once the conditions in Bahia do not meet all the requirements. However, the Container Terminal (Tecon) Salvador is making investments with an eye towards these shipment operations.

In late 2011, Tecon Salvador was equipped with three container carriers and six rubber tire gantry cranes, or rubber-tired bridge cranes, as part of the investment of R$ 180 million in the expansion of its operational capacity. Along with other works, it should jump from 37 to 55 movements per hour and from 250 thousand twenty-

foot equivalent units (TEU) to 350 thousand TEUs a year, increasing the competitiveness and attractiveness of the port.

Likewise, in Aratu improvements have been requested and per-formed in an attempt to solve bottlenecks. Refurbishing is needed for the access routes and parking spaces, as well as an expansion to the reception facilities and warehousing buildings, where there are two units, one for 140 thousand ( for soybean) and the other with a ca-pacity for 100 thousand tons ( for soy meal), and a reception line for 1,000 tons/hour. For 2012, the intention is to build seven silos, each with a capacity for 18 thousand tons and a new receiving line, which will allow for the much desired product segregation per type. Works that have already been completed, on the other hand, allow for the access of vessels with bigger capacity, turning the port more competi-tive in matters related to the shipment of cereals.

24 25

Page 15: Oeste - Aibaaiba.org.br/wp-content/uploads/2013/11/anuario_oeste_bahia_2012.pdf · A região Oeste da Bahia, revelada ao País e ao mundo nos últimos anos por seu Cerrado altamente

SAFRA

Um ano desuperação

FORTE ESTIAGEM QUE ASSOLOU A REGIÃO NÃO IMPEDIU COLHEITA DE VOLUME 7,4% SUPERIOR AO DA TEMPORADA

ANTERIOR, MANTENDO O RITMO DE CRESCIMENTO

Na safra 2011/12, mesmo com as dificul-dades causadas pelo agravamento da seca, o Oeste da Bahia colheu total de 7,3 mi-lhões de toneladas, resultado 7,4% supe-rior ao do ciclo 2010/11. A área plantada na região aumentou 4%, passando de 1,85 milhão de hectares para 1,93 milhão de ha. Com a segunda safra, ultrapassa 2 milhões de ha, mas inclui área sobreposta. O Valor Bruto da Produção (VBP) agrícola perma-neceu no nível de R$ 6 bilhões. A soja vol-tou a superar o algodão, liderando o VBP da região com R$ 2,36 bilhões.

As áreas de exploração agrícola mais recentes, localizadas na transição entre a Caatinga e o Cerrado, são as que estão so-frendo mais severamente os efeitos da maior estiagem dos últimos 30 anos no Estado.

Baianópolis, Cocos, Correntina e Jaborandi são alguns dos municípios mais atingidos. A Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) consolidou, no dia 24 de abril, os dados do 3º Relatório da Safra 2011/12, após reunião do Conselho Técnico da entidade e de instituições diversas. Nas áreas novas, as médias das perdas chegam a até 80% na pro-dução da soja. A oleaginosa é geralmente a primeira cultura introduzida nas áreas recém abertas de Cerrado, e, por isso, reflete em maior grau o problema. O algodão também sofre as consequências da seca, mas as perdas estimadas, parciais. são de 10%.

Já o milho, dentre as três principais commodities produzidas na região, foi a que menos sentiu os efeitos da estiagem, pois a maior parte das lavouras conseguiu

fechar o ciclo produtivo antes do agrava-mento da situação, observado especial-mente em algumas microrregiões. A produ-tividade média para o cereal está estimada em 155 sacas por hectare, 3% acima da expectativa do 1º e do 2º Levantamento da Safra 2011/12, porém 5% abaixo do que foi registrado no período 2010/11.

MITIGADOR DE RISCO “Com todo o problema climático, algo que não se via desde a safra 2001/02, ainda teremos bom resultado geral na região, com a soja perdendo 14% em produtividade; o milho, 5%; e o algodão, 10%”, observa o presi-dente da Aiba, Walter Horita. “E é preciso que se diga que esses números são com-parados à safra anterior, que foi recorde

Oeste da

Bahia

em produtividade nas três culturas. Isso é uma demonstração de que a aplicação de alta tecnologia na agricultura é um grande mitigador de risco climático”, diz.

Para Antônio Grespan, diretor do Con-selho Técnico da Aiba, pode-se concluir que, nesta safra, o produtor que fez ro-tação de cultura foi recompensado. “Em que pese o maior risco climático que a cultura do milho apresenta, quando a es-tiagem se iniciou as lavouras estavam com seu potencial de produção consolidado”, explica. “A diversificação na matriz produ-tiva deu mais uma prova de sua eficácia. O produtor precisa ter opções para esta-bilizar suas receitas, tanto diante de frus-trações climáticas como das flutuações do preços das commodities”. Segundo ele, a

rotação contribui tanto para a sustentabi-lidade ambiental como para a econômica.

Participaram da reunião de validação dos dados do Conselho Técnico da Aiba as seguintes entidades: Associação dos Produtores de Algodão da Bahia (Abapa), Associação dos Cafeicultores do Oeste da Bahia (Abacafé), Associação dos Enge-nheiros Agrônomos de Barreiras (AEAB), Associação dos Produtores de Soja da Bahia (Aprosoja-BA), Associação dos Pro-dutores de Sementes da Bahia (Aprosem--BA), Banco do Brasil, HSBC, Bunge, Cargill, Desenbahia, Fundação BA, Insti-tuto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), Sindicato dos Produtores Rurais de Barreiras, e Sindicato dos Produtores Rurais de Luís Eduardo Magalhães.

IRRIGAÇÃO COMPLEMENTAR No Oeste da Bahia, as lavouras irrigadas re-presentam apenas 8% do total da região. A Aiba defende uma proposta de “outorga sa-zonal” para aproveitar os períodos de maior vazão e introduzir uma irrigação comple-mentar. De acordo com o vice-presidente da Aiba, Sérgio Pitt, essa medida poderia amenizar um pouco o problema em pontos isolados, com a irrigação complementar no período de fevereiro a março. Essa água po-deria ser usada na lavoura neste período em que deveria ter chovido. “Nesses casos es-pecíficos, estamos deixando a água dos rios simplesmente passar, sem aproveitar esse potencial hídrico nas lavouras, para garantir uma oferta maior de alimentos e o investi-mento dos produtores”, disse Pitt.

Anuário da Região

ESTIMATIVA CUSTEIO - SAFRA AGRÍCOLA 2011/12

CULTURASÁREA(ha)

CUSTO(R$/ha)

CUSTEIO(Milhões R$)

INSUMOS(%)

INSUMOS(Milhões R$)

Soja 1.150.000 1.465,63 1.685,47 68 1.146,12 Algodão 385.532 4.031,25 1.554,18 76 1.181,17 Milho 243.000 2.346,10 570,10 75 427,58 Café* 15.523 9.911,00 153,85 51 78,46 Arroz 6.000 1.155,40 6,93 55 3,81 Feijão (Irrigado) 12.000 3.074,00 36,89 63 23,24 Capim (Sementes) 30.000 1.144,80 34,34 50 17,17 Sorgo 13.000 339,20 4,41 55 2,43 Demais 180.323 - - - - TOTAL 2.035.378 - - - 4.046,18 - - - 2.879,99 * Café = 13.234 hectares em produção - Elaboração: Aiba, abril 2012

FINANCIADORES PARTICIPAÇÃO

CUSTEIO TOTAL(Milhões R$) %

Bancos 1.124,36 27,8%Indústrias e traders complexo soja 520,00 12,9%Fornecedores Agroquimicos 489,58 12,1%Produtores 1.912,23 47,3%TOTAL 4.046,18 100%Fonte: Bancos e agentes do mercado - Elaboração: Aiba, abril 2012

26 27

Page 16: Oeste - Aibaaiba.org.br/wp-content/uploads/2013/11/anuario_oeste_bahia_2012.pdf · A região Oeste da Bahia, revelada ao País e ao mundo nos últimos anos por seu Cerrado altamente

inglês

HARVEST

In the 2011/12 harvest season, despite the hardships brought on by the worsening drought, western Bahia picked a total of 7.3 million tonnes, a result 7.4% higher than in the 2010/11 cycle. The area planted increased 4%, up from 4.6 million acres to 4.8 million acres. Along with the second harvest, it ex-ceeded 5 million acres, although it includes overlapping areas. The Gross Harvest Value (GHV) remained at the BRL 6 billion mark. Soybean once again surpassed cotton, lead-ing the local GHV at BRL 2.36 billion.

The most recently farmed areas located on

the transition stretch between the caatinga (a forest composed of stunted trees and thorny bushes) and cerrado (savanna) are the ones most severely affected by the longest drought in the past 30 years in the state. Baianópolis, Cocos, Correntina and Jaborandi are some of the hardest-hit cities. On April 24, the Asso-ciation of Bahia Farmers and Irrigators (As-sociação de Agricultores e Irrigantes da Bahia - Aiba) consolidated the data in the 3rd Re-port on the 2011/12 Season after a meeting between the entity’s Technical Council and various institutions. In the new areas, the av-

erage soybean losses reach up to 80%. The oilseed is usually the first crop introduced in newly-tilled cerrado areas, and that is why it showcases the problem to a higher extent. Cotton is also impacted by the drought, but its losses, partials, are estimated at 10%.

Out of the three major commodities har-vested in the area, corn was the one least affected by the drought because most crops were able to end their production cycle be-fore the situation worsened, which was par-ticularly seen in some micro regions. The av-erage corn yield is estimated at 147.25 bush-

An outstanding year

THE SEVERE DROUGHT THAT RAVAGED THE AREA DID NOT PREVENT A VOLUME 7.4% HIGHER THAN THE PREVIOUS SEASON FROM BEING

HARVESTED, KEEPING UP THE GROWTH RATE

els per acre, 3% above the volume expected by the 1st and 2nd 2011/12 Harvest Surveys, although it is 5% below the volume recorded in the 2010/11 period.

RISK MITIGATOR “Despite all the weather problems, something we had not seen since the 2001/02 season, we are still going to have good results in the area, with soybean dropping 14% in yield; corn, 5%; and cotton, 10%”, said Walter Horita, Aiba president. “It must be said that those num-bers are compared to the previous harvest, which broke productivity records in the three crops. That shows that using high technology in farming is a great mitigator of weather-related risks”, he said.

Antônio Grespan, director of the Aiba Technical Council, believes it is fair to say that this season, farmers who rotated crops were rewarded. “Despite the greater weather risks corn crops are subject to, when the drought started the crops had already consolidated their yield potential”, he explained. “Branch-

ing out the crop matrix gave further evidence of its efficacy. Farmers need to have options to stabilize their income, both when facing weather hardships and commodity price fluc-tuations”. According to him, rotating crops helps both the environmental and the eco-nomic sustainability.

The meeting in which the Aiba Technical Council data were validated was attended by the following entities: Association of Bahia Cotton Farmers (Associação dos Produtores de Algodão da Bahia - Abapa), Association of Western Bahia Coffee Farmers (Associa-ção dos Cafeicultores do Oeste da Bahia - Abacafé), Association of Barreiras Agricul-tural Engineers (Associação dos Engenheiros Agrônomos de Barreiras - AEAB), Association of Bahia Soybean Farmers (Associação dos Produtores de Soja da Bahia - Aprosoja-BA), Association of Bahia Seed Producers (Asso-ciação dos Produtores de Sementes da Ba-hia - Aprosem-BA), Banco do Brasil, HSBC, Bunge, Cargill, Desenbahia, Fundação BA, the Brazilian Institute of Geography and

Statistics (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE), the Barreiras Farmers’ Union (Sindicato dos Produtores Rurais de Barreiras), and the Luís Eduardo Magalhães Farmers’ Union (Sindicato dos Produtores Rurais de Luís Eduardo Magalhães).

SUPPLEMENTARY IRRIGATION In western Bahia, irrigated crops account for only 8% of the area total. Aiba is advocat-ing a proposal for a “seasonal grant” to take advantage of greater flow periods and intro-duce supplementary irrigation. According to Sérgio Pitt, Aiba vice president, such mea-sure would make it possible to somewhat allay the problem at specific spots by using supplementary irrigation from February to March. That water could be used in crops over that period in which it should have rained. “In these specific cases, we are let-ting river waters simply flow by, without tak-ing advantage of such water potential in the crops to ensure a greater supply of food and farmers’ investments”, said Pitt.

MATRIZ AGRÍCOLA CERRADO BAIANO - 3º ESTIMATIVA SAFRA 2011/12

CULTURASSafra 2010-11 Safra 2011-12 Variações (%)

Área (ha) Produtividade Produção (t) VBP (milhões R$) Área (ha) Produtividade Produção (t) VBP (milhões R$) Área Prod VBP1º SAFRA / SAFRA VERÃO

SOJA (sc) 1.100.000 56,0 3.696.000 2.464,00 1.150.000 48,1 3.320.970 2.357,89 5 (10) (4)ALGODÃO (@ / Capulho) 370.845 270,0 1.501.922 2.526,28 385.532 243,0 1.405.264 2.218,26 4 (6) (12)MILHO (sc) 153.000 163,0 1.496.340 598,50 243.000 155,0 2.259.900 790,97 59 51 32 CAFÉ em produção (sc) 11.523 41,0 28.347 193,90 13.234 43,0 34.144 205,00 15 20 6 CAFÉ (formação e renovação) 3.253 - - - 2.298 - - - (29) - - ARROZ (sc) 11.000 43,0 28.380 11,80 6.000 30,0 10.800 6,19 (45) (62) (48)FEIJÃO (sc) sequeiro 15.000 45,0 40.500 67,50 3.000 12,0 2.160 13,50 - - - CAPIM - Prod. Sementes (kg) 40.000 450,0 18.000 63,00 30.000 450,0 13.500 47,25 (25) (25) (25)SORGO (sc) 13.000 30,0 23.400 5,00 - - - - - - - OUTRAS CULTURAS* 138.024 - - 133,00 100.526 - - 133,00 (27) - - TOTAL 1º SAFRA (A) 1.855.645 - 6.832.889 6.062,98 1.933.590 - 7.051.418 5.772,05 4 3 (5)

2º SAFRA / SAFRA INVERNOFEIJÃO (sc) - Irrigado - - - - 12.000 45,0 32.400 54,00 - - - FEIJÃO VIGNA (sc) - Sequeiro - - - - 45.000 12,0 32.400 54,00 - - - SORGO (sc) - Sequeiro - - - - 13.000 19,0 14.820 5,00 - - - MILHO (sc) - Irrigado - - - - 7.500 155,0 69.750 27,00 - - - MILHO SEMENTE (sc) - Irrigado - - - - 2.000 165,0 6.600 8,71 - - - OUTRAS CULTURAS ANUAIS IRRIGADAS - - - - 22.297 100,0 133.782 117,60 - - - TOTAL 2º SAFRA (B) - - - - 101.797 - 289.752 266,31 - - - TOTAL GERAL (A+B) 1.855.645 - 6.832.889 6.062,98 2.035.387 - 7.341.170 6.038,36 10 7 (0)

REGIÃO SUDOESTE (GUANAMBI E VALE DO IUIU) ALGODÃO (@ / capulho) 32.165 130,0 62.722 31.086 35,0 16.320 (3) (74)Fonte: Aiba, Abapa, Abacafé, Aeab, Banco do Brasil, Banco HSBC, Bunge, Cargill, Desenbahia, Fundação BA, Ibge, Sindicato Produtores Rurais Barreiras, Sindicato Produtores Rurais Lem e Aprosoja-BA. Elaboração: Aiba - abril/2012

Notas: Rendimento Algodão: Pluma: 97,2 @/ha; Rendimento 40%, Produção total: 562.106 tons Caroço: Rendimento 52%; Produção total: 730.737 tons Produção Café: Produção de café em sacas de 60kg (2010/11) = 472.928 sc Produção de café em sacas de 60kg (2011/12) = 569.089 sc

Alteração metodológica: A partir da Safra 2011/12 o levantamento do Conselho Técnico da Aiba trará de forma discriminada os cultivos de 1º Safra e 2º Safra, sendo que a área total da 1º Safra representa o total de área aberta para agricultura no cerrado. As culturas de 2º Safra são sobrepostas nas áreas de cultivo da 1º Safra.* Eucalipto (48.500 ha), frutas, pastagens e pousioDados de produção de lavouras de cerrado, não inclui áreas de agricultura familiar do Vale

28 29

Page 17: Oeste - Aibaaiba.org.br/wp-content/uploads/2013/11/anuario_oeste_bahia_2012.pdf · A região Oeste da Bahia, revelada ao País e ao mundo nos últimos anos por seu Cerrado altamente

SOJA . Soybeans

A seca atrapalhouA soja, carro-chefe da região, foi uma

das culturas mais afetadas pela seca que atingiu o Oeste da Bahia na safra 2011/12. A área plantada com a cultura teve peque-no aumento, de 5%, em relação ao ciclo 2010/11, ficando um pouco acima de 1 milhão de hectares, mas a redução da pro-dutividade, que passou de 56 sacas por hectare para 48 sacas por hectare, resultou em queda de 10% da produção, estimada em 3,3 milhões de toneladas.

Os produtores mais prejudicados pela estiagem prolongada ficam nos municípios de Baianópolis, Cocos, Correntina e Jabo-randi, situados na faixa de transição entre o Cerrado e a Caatinga. A seca prejudicou o desenvolvimento das plantas, especialmen-te no período da formação das vagens.

A boa notícia do período foram os pre-ços alcançados pela commodity no merca-

SE O CLIMA CASTIGOU AS LAVOURAS, AO MENOS O PREÇO DA OLEAGINOSA NO MERCADO INTERNACIONAL AMENIZOU O IMPACTO SOBRE A ECONOMIA

Soybean, the main product in the area, was one of the crops most affected by the drought that hit western Bahia in the 2011/12 season. The area planted with soybeans in-creased slightly, 5% compared to the 2010/11 cycle, covering a little over 2.5 million acres, but the drop in yield, which went from 50.4 bushels per acre down to 43.2 bushels per acre, resulted in a 10% decrease in the har-vest, estimated at 3.3 million tonnes.

The farmers hurt the most by the drought were located in the cities of Baianópolis, Cocos, Correntina and Jaborandi, along the transition stretch between the cerrado (savanna) and caatinga (a forest composed of stunted trees and thorny bushes). The drought stunted plant growth, especially in the period the pods are forming.

The good news at the time was the prices reached by the commodity in the interna-

tional market. The appreciation of the prod-uct lessened the impact on the Gross Harvest Value (GHV), which fell 4%, going from BRL 2.5 billion in the 2010/11 season to BRL 2.2 billion in the 2011/12 cycle.

With the prospect that favorable prices will remain in effect and the expected improve-ment in weather conditions, besides the open-ing of new areas, the soybean fields in Western Bahia are bound to increase in the next crop.

The drought was too much of a hindrance

WHILE THE WEATHER MAY HAVE SCOURGED THE CROPS, AT LEAST THE OILSEED PRICES IN THE INTERNATIONAL MARKET LESSENED THE IMPACT ON THE ECONOMY

do internacional. A valorização do produto reduziu o impacto sobre o Valor Bruto de Produção (VPB), que caiu 4%, passando de R$ 2,5 bilhões, na temporada 2010/11, para R$ 2,2 bilhões na safra 2011/12. Com a

perspectiva de manutenção de preços favo-ráveis e expectativa de melhores condições climáticas, além da abertura de novas áreas, a lavoura de soja no Oeste baiano deve au-mentar na próxima safra.

A seca também afetou diretamente a pro-dução de algodão do Oeste baiano. A colhei-ta é estimada em 1,4 milhão de toneladas de algodão em caroço, enquanto as lavouras do ciclo 2010/11 renderam 1,5 milhão de tone-ladas, configurando queda de 6%. Em termos de pluma, o volume compreenderá em torno de 40% deste montante. Na comparação en-tre as temporadas 2010/11 e 2011/12, a área plantada cresceu apenas 4%, chegando a 385 mil hectares, enquanto a produtividade caiu de 270 arrobas por hectare para 243 arrobas por hectare. Os dados são parciais.

Nesta safra, o algodão tem sido comercia-lizado com preços mais baixos do que os pra-ticados no período 2010/11. O marco foi abril de 2011, quando o produto atingiu seu preço recorde, com uma libra (0,45 kg) sendo vendi-da na Bolsa de Nova York por US$ 1,45. Foi o maior valor em 140 anos de história da bolsa. Com preços menores, mas ainda considerados favoráveis, o Valor Bruto de Produção (VBP)

ALGODÃO . Cotton

EncolheuESTIAGEM PROVOCOU QUEBRA DE 6% NA COLHEITA E A PLUMA VEM SENDO

COMERCIALIZADA A PREÇOS INFERIORES AOS PRATICADOS NO CICLO 2010/11

passou de R$ 2,5 bilhões no ciclo 2010/11 para R$ 2,2 bilhões na fase 2011/12.

A seca teve impacto maior na produção do Vale do Iuiu, no Sudoeste baiano, onde a colheita, que rendeu cerca de 63 mil toneladas no período anterior, sofreu redução de 74%, devendo ficar em pouco mais 16 mil toneladas.

Para a próxima safra, tende a haver redução na área plantada, uma vez que a remuneração da pluma vem caindo consideravelmente e não há expectativa de recuperação significativa nas cotações para o ciclo 2012/13. Por outro lado, avaliando-se a relação entre investimento e re-torno, a soja está com cenário mais atrativo.

It shrunkThe drought also directly affected the

cotton production in western Bahia. The harvest is estimated at 1.4 million tonnes of seed cotton, while the plantations in the 2010/11 season yielded 1.5 million tonnes, resulting in a drop of 6%. In terms of lint, the volume will comprise around 40% of this amount, partial data.

When comparing the 2010/11 and 2011/12 seasons, the planted area increased only 4%, reaching 385,000 hectares (962,500 acres), while the yield dropped from 8,742.6 pounds

per hectare to 7,868.34 pounds per hectare. This season, cotton has been traded at

lower prices than the ones negotiated in the 2010/11 period. The milestone was April, 2011, when the product reached its record price, with a pound being sold on the New York Stock Ex-change for US$ 1.45. It was the highest price in the history of the stock exchange in 140 years.

At even lower prices, but which are still considered favorable, the Gross Harvest Value (GHV) went from BRL 2.5 billion in the 2010/11 season to 2.2 billion in the 2011/12 phase.

The drought had a greater impact on the yield in Vale do Iui, southwestern Bahia, where the harvest, which yielded around 63,000 tonnes in the previous period, was reduced by 74% and should result in around 16,000 tonnes. For the coming crop, a re-duction in the planted area is likely, as fiber prices have been dropping considerably and there is no expectation for any recovery for the 2012/13 season. On the other hand, con-sidering the investment and return relation, the scenario is more attractive for soybean.

DROUGHT CONDITIONS REDUCED THE CROP SIZE BY 6% AND THE FIBER IS NOW BEING SOLD AT LOWER PRICES COMPARED TO THE 2010/11 CYCLE

30 31

Page 18: Oeste - Aibaaiba.org.br/wp-content/uploads/2013/11/anuario_oeste_bahia_2012.pdf · A região Oeste da Bahia, revelada ao País e ao mundo nos últimos anos por seu Cerrado altamente

With the highest average yield record-ed in the Country, irrigated coffee from western Bahia reached the milestone of 34 thousand tonnes in the 2011/12 cycle, which represents an increase of 20% com-pared to the 2010/11 season. The yield was 43 bags per hectare, much higher than the Brazilian average, estimated in 20 bags per hectare.

All the 15,600 hectares (39,000 acres) planted with coffee in Bahia grow the Ara-

bica type. Just like the yield, quality has been improved through the years. Now farmers have been working to obtain the certification of origin in order to bring a high end product to the market which can be immediately recognized by consumers.

Since the per capita consumption has been increasing around the world, espe-cially with the growing demand from the Chinese market, the product stocks have been quickly decreasing, while the prices

have become even more attractive for cof-fee growers.

In order to make the Brazilian cof-fee even more competitive, farmers have been investing in the improvement of cof-fee plantations, with direct impact on the increase, yield and quality of the product. Another important change for the industry is the development and application of new strategies to reposition the Brazilian prod-uct in the international market.

Everything looks brightWITH QUALITY AND THE HIGHEST YIELD IN THE COUNTRY, THE COFFEE FROM WESTERN

BAHIA IS LOOKING FOR CERTIFICATION OF ORIGIN TO GAIN MARKET SHARE.

A lavoura de milho no Oeste baiano volta a crescer. Na safra 2011/12, a área ocupada pela cultura foi de 243 mil hectares, repre-sentando crescimento de quase 60% em re-lação à colheita do ciclo 2010/11. A cultura foi uma das menos afetadas pela seca, já que a maior parte das plantas conseguiu fechar o ciclo antes do agravamento do problema.

A produção aumentou mais de 50% em relação à colheita anterior, chegando a cerca

de 2,3 milhões de toneladas, mesmo com a redução da produtividade, que passou de 163 sacas por hectare para 155 sacas por hectare.

O aumento de área plantada com o mi-lho foi impulsionado pela recuperação do preço do produto no mercado. Até o final de 2009, a commodity vinha apresentando médias de preços abaixo de R$ 17,00. No fi-nal de 2010, os valores começaram a subir e em janeiro de 2011 o preço da saca chegou

a R$ 30,26. Atualmente, a saca de milho está cotada em R$ 21,00.

Para o agricultor, o milho também é im-portante porque permite o uso de sua área no sistema de rotação de culturas. A expectativa é de que, com preços mais atrativos, o produto continue sua trajetória de recuperação como uma das principais commodities do Oeste baiano. Ainda mais agora que a região iniciou as primeiras exportações do cereal.

MILHO . Corn

Em franca retomadaPRODUÇÃO DO CEREAL CRESCEU MAIS DE 50% EM RELAÇÃO À COLHEITA ANTERIOR,

MESMO COM A QUEBRA DE PRODUTIVIDADE MOTIVADA PELA ESTIAGEM

Corn crops in western Bahia back on the rise. In the 2011/12 harvest, corn crops cov-ered an area of 607,500 acres, representing a nearly 60% increase over the 2010/11 har-

Remarkable comebackCORN YIELD HAS GONE UP OVER 50% ABOVE

THE PREVIOUS HARVEST, DESPITE THE LOSSES

CAUSED BY THE DROUGHT

vest. The crop was one of the least impacted by the drought, as most of the plants had managed to complete their cycle before the problem worsened.

The yield was over 50% higher than the previous harvest, reaching nearly 2.3 mil-lion tonnes despite a drop in productiv-ity, which went from 155 bushels per acre down to 147 bushels per acre.

The increase in the area planted with corn was driven by the recovery of the product’s prices in the market. Until the end of 2009, the

commodity had been traded at average prices below BRL 17.00. In late 2010, prices started go-ing up and in January 2011 the price of the sack (the unit traded in Brazil) reached BRL 30.26. Currently, a sac of corn sells for BRL 21.00.

For farmers, corn is also important be-cause it allows them to use the crop rotation system on their land. At more attractive prices, the product is expected to keep on its recov-ery path as one of the main commodities in western Bahia. Now, more than ever, as the region started its first exports of the cereal.

Com a maior produtividade média regis-trada no País, o café irrigado do Oeste da Bahia alcançou na safra 2011/12 a marca de 34 mil toneladas, o que representa aumen-to de 20% em relação ao ciclo 2010/11. A produtividade foi de 43 sacas por hectare, muito superior à média brasileira, estimada em 20 sacas por hectare.

Toda a área plantada do café baiano, de 15,6 mil hectares, é destinada ao tipo arábica. Assim como a produtividade, a qualidade vem sendo melhorada ano a ano. Os produtores trabalham, agora, pela conquista da certifica-ção de procedência, a fim de levar ao mercado um produto de alto padrão e que pode ser identificado imediatamente pelo consumidor.

Com o consumo per capita aumentan-do em todo o mundo, especialmente com a demanda crescente do mercado chinês, os estoques do produto vêm caindo muito rapi-damente, enquanto os preços tornam-se cada vez mais atrativos para os cafeicultores.

CAFÉ . Coffee

Tudo a favorCOM QUALIDADE E COM A MAIOR PRODUTIVIDADE DO PAÍS, O CAFÉ DO OESTE VAI

EM BUSCA DE CERTIFICAÇÃO DE PROCEDÊNCIA PARA GANHAR MERCADOS

Para tornar o café brasileiro ainda mais competitivo, os produtores vêm investindo na melhoria dos cafezais, com reflexos diretos no aumento da produtividade e na qualidade

do produto. Outra mudança importante para o setor é o desenvolvimento e a aplicação de novas estratégias para reposicionar o produto brasileiro no mercado internacional.

32 33

Page 19: Oeste - Aibaaiba.org.br/wp-content/uploads/2013/11/anuario_oeste_bahia_2012.pdf · A região Oeste da Bahia, revelada ao País e ao mundo nos últimos anos por seu Cerrado altamente

A pecuária do Oeste da Bahia vive um momento de transição, marcado pela quebra de antigos conceitos, pelo ingresso de novos empreendedores, pela integração de atividades correlatas e pela de-finição de um sistema produtivo adequado a cada microrregião. São conquistas que se somam à vitória alcançada no final de 2010, com a extinção da zona tampão de aftosa na região.

Detentora de um rebanho de 2,1 milhões de cabeças, de acordo com o levantamento da Agência Estadual de Defesa Agropecuária

(Adab), a região Oeste possui uma pecuária de ciclo completo. Com a exceção do município de Luis Eduardo Magalhães, que nos últi-mos três anos se consolidou como uma área de engorda intensiva de animais, os municípios possuem um modelo de pecuária que envolve as atividades de cria, recria e engorda.

Nos últimos cinco anos, cresceu o emprego de tecnologias de produção ligadas à terminação de bovinos. A região possui cerca de oito confinamentos fixos, com capacidade de terminação pró-

COM CERCA DE 2,1 MILHÕES DE BOVINOS, A REGIÃO OESTE CONTA COM UMA PECUÁRIA DE CICLO COMPLETO E INVESTE FORTE EM NOVAS TECNOLOGIAS

Novos rumosPECUÁRIA Cattle Farming

xima a 52 mil animais/ano. Para absorver esta produção, a região conta com três frigoríficos ativos localizados nos municípios de Barreiras, Muquém do São Francisco e Santa Maria da Vitória. So-madas, as plantas possuem uma capacidade instalada de abate de 1.300 bovinos por dia.

A Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) consiste em sincro-nizar um lote de matrizes para que todas sejam inseminadas no mes-mo período. É uma tecnologia recente, que ganha força a cada ano entre os produtores que querem melhorar seu rebanho. Segundo levantamento realizado pela Profissional Consultoria Ltda., cerca de 40.000 matrizes foram submetidas à IATF durante a estação reproduti-va de 2011/12, o que representa aproximadamente 5,7% das matrizes.

Western Bahia animal husbandry is experiencing a time of transition marked by a change in the old concepts, by the entry of new entrepreneurs, by the integration of related ac-tivities, and by the definition of a production system which is adequate to each micro-region. Those are accomplishments which ad to the victory achieved at the end of 2010, with the extinction of the Foot and Mouth Disease buffer zone area.

According to an assessment by the State Agency for the De-fense of Agriculture and Livestock (Adab), western Bahia has a herd of 2.1 million head and full cycle livestock husbandry. With the exception of the municipality of Luis Eduardo Magal-hães, which in the past three years has established itself as an intensive fattening area for animals, the other municipalities employ a livestock husbandry model that involves raising, breeding and fattening activities.

The use of production technologies related to cattle slaughter has increased over the past five years. The area has around eight fixed confinements, with capacity to slaughter around 52,000 animals per year. In order to absorb this pro-duction, the area has three active slaughterhouses located in the municipalities of Barreiras, Muquém do São Francisco, and Santa Maria da Vitória. When added up, the plants have an installed slaughter capacity of 1,300 animals per day.

Fixed-Time Artificial Insemination (FTAI) consists of synchro-nizing the breeding herd so that all are inseminated in the same period. This is a recent technology, which has become more and more popular through the years among ranchers who want to improve their herd. According to an assessment conducted by Professional Consultoria Ltda., around 40,000 breeding cows were submitted to FTAI during the 2011/12 breeding season, which represents approximately 5.7% of the breeding cows.

New paths

COUNTING AROUND 2.1 MILLION HEAD OF CATTLE, WESTERN BAHIA

HAS A FULL-CYCLE LIVESTOCK HUSBANDRY AND INVESTS HEAVILY

IN NEW TECHNOLOGIES.

34 35

Page 20: Oeste - Aibaaiba.org.br/wp-content/uploads/2013/11/anuario_oeste_bahia_2012.pdf · A região Oeste da Bahia, revelada ao País e ao mundo nos últimos anos por seu Cerrado altamente

Driven by the large supply of grains, poultry farming has been expanding in western Bahia. Data from May 2012 shows that the area had 510,000 laying hens, which corresponds to 110,000 more ani-mals in comparison to the same period in

BAHIA HAS JUST ACHIEVED THE B RATING

IN THE NATIONAL PROGRAM FOR POULTRY HEALTH, WHICH PLACES THE STATE AMONG THE BEST IN THIS INDUSTRY

IN BRAZIL.

2011. A poultry slaughtering plant recently installed in the municipality of Luís Edu-ardo Magalhães and another local compa-ny account for approximately 1.6 million heads per month.

In the new enterprise mentioned above 7,400 tonnes of feed are also produced per month. Its housing capacity reaches 2.8 million chickens. The monthly slaughter average at these two industrial plants in western Bahia in this segment reaches 3.5 million chickens per month.

The great innovation this season is the fact that Bahia has achieved the B rating in the National Program for Poultry Health. It is the best rating achieved in the coun-try, since there is no state rated A.

Western Bahia broiler farms still have the competitive advantage of being the only farms in the state which have the certification of compliance with Regula-tory Instruction no. 56 that established the procedures regarding poultry farm-ing in the country.

Impulsionada pela grande oferta de grãos, a atividade avícola segue em expansão no Oeste da Bahia. Dados de maio de 2012 mostram que a região dispunha de 510 mil aves de postura, o que corresponde a 110 mil animais a mais em comparação com mesmo período de 2011. Uma planta de abate insta-lada recentemente no município de Luís Edu-ardo Magalhães e outra empresa já existente na região respondem por aproximadamente 1,6 milhão de cabeças beneficiadas por mês.

No novo empreendimento referido são produzidas também 7.400 toneladas de ra-ção por mês. A sua capacidade de alojamento alcança a 2,8 milhões de aves. Já a possibi-lidade de abate por mês das duas plantas industriais do Oeste neste segmento chega mensalmente a 3,5 milhões de frangos.

A grande novidade desta safra foi o fato de a Bahia ter conquistado a classificação B no Programa Nacional de Sanidade Avícola. É a melhor classificação obtida no País, vis-

AVICULTURA . Poultry

De vento em popaBAHIA ACABA DE CONQUISTAR A CLASSIFICAÇÃO B NO PROGRAMA NACIONAL DE

SANIDADE AVÍCOLA, SITUANDO-SE ENTRE AS MELHORES DO SETOR DO BRASILto que ainda não há nenhum Estado com classificação A.

As granjas de avicultura de corte da região Oeste têm ainda a vantagem competitiva de

serem as únicas do Estado que possuem o certificado de conformidade com a Instrução Normativa nº 56, que estabeleceu procedi-mentos relativos à atividade avícola no País.

In full swing

EUCALIPTO . Eucalyptus

Em levantamento feito em abril de 2012, o Oeste da Bahia contava com 51,5 mil hectares de eucalipto cultivados, o que representa incremento de 15% (ou 6.500 ha) em relação a 2011. Em sua maioria, esses novos plantios estão viabi-lizando áreas não favoráveis ao cultivo de agricultura anual, como soja, milho e algodão. Incluem também áreas de integração com pecuária, retratando a evolução sustentável da agropecuária na região.

Sinal verde

Green light

In a survey carried out in April 2012, western Bahia had 128,750 acres planted with eucalyptus, representing a 15% (or 16.250 acre) increase over 2011. Most of these new crops are enhancing the economic viability of areas which are not suitable for annual crops, like soy, corn, and cotton. They also include areas where livestock is raised, thereby depicting the sustainable evolution of the local farming and ranching industry.

36 37

Page 21: Oeste - Aibaaiba.org.br/wp-content/uploads/2013/11/anuario_oeste_bahia_2012.pdf · A região Oeste da Bahia, revelada ao País e ao mundo nos últimos anos por seu Cerrado altamente

Além das grandes commodities, como a soja e o algodão, outras culturas compõem a signifi-cativa matriz agrícola do Oeste Bahia, caso do arroz e do feijão, que também tiveram sua pro-dução muito comprometida pela falta de chuva.

Na safra 2011/12, a área plantada com arroz foi de 6 mil hectares, 45% menor que a do ciclo 2010/11. A produção teve queda ainda maior, recuando de cerca de 28 mil toneladas para 10,8 mil toneladas. A produ-tividade baixou de 43 sacas por hectare para 30 sacas por hectare. O resultado foi um Va-

lor Bruto da Produção (VBP) de pouco mais de R$ 6 milhões, o que representa queda de 48% na comparação com a colheita anterior, cujo rendimento foi de R$ 11,8 milhões.

O feijão é cultivado em duas safras e em regime de irrigação e de sequeiro (vigna). A produção caiu de 40.500 toneladas no ciclo 2010/11 para 34.560 toneladas na temporada 2011/12, com redução de 14,67%, em conse-quência da diminuição da produtividade nas áreas de sequeiro, por conta da estiagem. O VPB do feijão foi de R$ 13,7 milhões, contra os

R$ 63 milhões obtidos na temporada 2010/11.Na região é cultivado ainda o capim para

produzir sementes que são utilizadas na for-mação de pasto. Neste período, a produtivi-dade manteve-se nos mesmos níveis da safra 2010/11, com a produção de 450 quilos por hectare, mas a área plantada foi reduzida de 40 mil hectares para 30 mil hectares. Foram colhidas 13,5 mil toneladas, o que representa queda de 25% na produção, num comparati-vo com a safra anterior. O VBP caiu na mesma proporção, ficando em R$ 47,25 milhões.

OUTRAS CULTURAS . Other Crops

A estiagem atrapalhouEM CULTURAS COMO ARROZ, FEIJÃO E CAPIM PARA FORMAÇÃO DE PASTAGENS OS EFEITOS DO CLIMA IGUALMENTE PUDERAM SER SENTIDOS DE MANEIRA INTENSA

The drought was a major hindrance

THE EFFECTS OF THE WEATHER INTENSELY IMPACTED CROPS SUCH AS RICE, BLACK BEANS, AND GRAZING GRASS AS WELL

Besides the major commodities such as soybean and cotton, other crops also make up the significant farming matrix in western Bahia. Such is the case of rice and black beans, whose yield was highly compromised by the lack of rain.

In the 2011/12 season, 15,000 acres were planted with rice, an area 45% smaller than in the 2010/11 cycle. Har-vest numbers dropped even further, go-ing from approximately 28,000 tonnes down to 10,800 tonnes. The yield de-clined from 43 sacks per hectare to

30 sacks per hectare. The result was a Gross Harvest Value (GHV) a little over BRL 6 million, representing a 48% drop when compared to the previous harvest, which raked in BRL 11.8 million.

Beans are cultivated in two crops and in irrigated land and dryland (vig-na cultivars). The size of the crop went down from 40,500 tons in the 2010/11 cycle to 34,560 tons in the 2011/12 sea-son, a reduction of 14.67%, as a result of lower yields in the dryland fields, because of drought conditions. The black beans GHV was BRL 13.7 million,

against the BRL 63 million obtained in the 2010/11 season.

The area also grows grass whose seeds are used to plant grazing grounds. In the period, the yield remained at the same levels as in the 2010/11 season with 450 kilos per hectare, but the area plant-ed shrunk from 40,000 hectares (100,000 acres) to 30,000 hectares (75,000 acres). 13,500 tonnes were picked, represent-ing a 25% drop in production when compared to the previous harvest. The GHV went down at the same rate and got to BRL 47.25 million.

As áreas ocupadas com frutas na região Oeste têm se mantido praticamente nos mesmos patamares. No Cerrado, houve pe-queno incremento na área plantada, que subiu de 3,5 mil hecta-res para pouco mais 4 mil hectares. Os principais cultivos são de citros (limão e laranja), mamão e melancia. Há ainda produção menor de manga, abacaxi e goiaba, além dos cultivos dos perí-metros irrigados da Companhia de Desenvolvimento dos Vales

do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf ), que hoje somam 150 hectares.

No município de Bom Jesus da Lapa, os 12 mil hectares irriga-dos dos projetos Formoso I e II, da Codevasf, são outra importan-te área de fruticultura da região Oeste. Lá, 7 mil hectares são des-tinados ao plantio de mamão, manga, goiaba, coco etc, enquanto os outros 5 mil são ocupados com banana.

FRUTAS . Fruit

Pomares estáveis

The areas planted with orchards in the west-ern area have remained practically the same size. There was a slight increase in the area planted in cerrado, up from 8,750 acres to a little over 10,000 acres. The main crops are citrus fruits (lime and orange), papaya and watermelon. There is also a smaller production of mango, pineapple, and guava, besides the crops along the irrigated pe-rimeters of Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf ), which currently add up to 375 acres.

In the city of Bom Jesus da Lapa, the 30,000 irri-gated acres on Codevasf ’s Formoso I and II projects are another important fruit growing area in western Bahia. There, 17,500 acres are dedicated to papaya, mango, guava and coconuts crops, while another 12,500 are planted with banana trees.

Stable orchards

38 39

Page 22: Oeste - Aibaaiba.org.br/wp-content/uploads/2013/11/anuario_oeste_bahia_2012.pdf · A região Oeste da Bahia, revelada ao País e ao mundo nos últimos anos por seu Cerrado altamente

Gestões desenvolvidas recentemente pela Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) junto ao Ministério da Inte-gração Nacional (MI) estão resultando em melhorias no custeio das safras do Cerrado nordestino, bem como deverão repercutir na ampliação da área irrigada na produção.

Especificamente no custeio agrícola, já vigora equiparação de classificação de porte do Fundo de Financiamento do Nordeste (FNE), operado principalmente pelo Banco do Nordeste, à adotada pelo Banco Nacio-nal de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), conforme solicitado pela entidade, reposicionando produtores que antes eram considerados grandes e que agora se enqua-dram como médios e pequenos. Também já está sendo viabilizado convênio entre o MI e o Banco do Brasil, com recursos da Poupança Rural, para crédito especial no valor de R$ 1 bilhão/ano e custos inferiores a 10% ao ano.

A proposição apresentada em 2011 pela associação refere-se a um funding especí-fico para o Cerrado nordestino, incluin-do, além da região Oeste da Bahia, o Sul do Piauí e do Maranhão, com equalização do custo financeiro ao do FNE. Essa área, também identificada como Mapiba, utili-zou aproximadamente R$ 4,7 bilhões (R$ 3,4 bilhões somente no Oeste baiano) em financiamentos de custeio na safra 2010/11, respondendo pela produção de 9,4 milhões de toneladas de grãos.

Com a mudança de porte dos produtores, que foi homologada pelo Conselho Delibera-tivo da Superintendência do Desenvolvimen-to do Nordeste (Sudene), já vem sendo obti-da redução de custo. Além disso, foi elevado o limite financiável, disponibilizando recur-sos no orçamento do FNE suficientes para atender à demanda de clientes da região. O funding, por sua vez, está passando a se con-

cretizar com o referido convênio do BB, que prevê a criação de linha especial de crédito para os produtores da área.

MAXIMIZAÇÃO No âmbito da irri-

gação, a Aiba sugere Programa de Maximiza-ção dos Recursos Hídricos x Energia Elétrica, que pode duplicar a área irrigada na região, de 100 mil para 200 mil hectares. Além de pleitear a ampliação do horário reservado à irrigação de 8h30 para 12h, faixa com custo reduzido, a entidade propõe revisar os parâ-metros adotados para emissão de outorgas, que utilizam como base o menor nível da água dos rios, da menor ocorrência dos úl-timos 10 anos.

Outorga móvel/sazonal é a proposta da entidade dos produtores, considerando o excedente de água dos meses chuvosos. Conforme seus argumentos, excluindo-se o período dos quatro meses mais secos, quan-

CUSTEIO E IRRIGAÇÃO . COST AND IRRIGATION

PROPOSTAS DA AIBA MELHORAM AS CONDIÇÕES DE FINANCIAMENTO DAS SAFRAS E A UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS

HÍDRICOS NO INCREMENTO DA PRODUÇÃO

CerradoImpulso para o

Negotiations recently conducted by the Bahia State Farmers and Irrigators Association (Aiba) with the Ministry of National Integration (MI) are resulting into better financing terms and conditions for northeastern cerrado crops, and they are equally expected to reflect on the expansion of irrigated production areas.

Specifically for production costs, what has entered into effect is the classification size of the Northeast Financing Fund (FNE, in the Portu-guese acronym) mostly operated by the National Bank for Social and Economic Development (BNDES), as requested by the entity, reposition-ing growers previously considered as commercial farmers, now fitting into the category of small and medium-scale producers. What is being provided is the agreement between the MI and the Bank of Brazil, with resources from the Rural Savings Ac-count, for special credit lines of R$ 1 billion/year and at interest rates inferior to 10% a year.

The suggestion presented in 2011 by the association, refers to a specific funding for the northeastern cerrado, including, besides the Western Bahia region, the State of Maranhão and South Piauí, with the equalization cost on the FNE. In this area, also identified as Mapiba, where only the western Bahia portion used approximately R$ 3.4 billion, total financings reached R$ 4.7 billion for covering the produc-tion costs of the 2010/11 crop year, responsible for the production of 9.4 million tons of grain.

By changing the category of the growers, which was homologated by the Deliberative Council of the Northeastern Development Superintendency (Sudene), good results in terms of cost reductions have been achieved. Furthermore, the credit line limit was extended, with FNE resources big enough to meet the demands of all regional clients. The funding, in turn, is now materializing through the said agreement with the BB, which offers a special

credit line for the farmers of the region.

MAXIMIZATION In the realm of irri-gation, Aiba is suggesting a Water Resources Maximization Program x Electric Energy, which could double the irrigated area in the region, from 100 thousand to 200 thousand hectares. The association is also negotiating an extension of the irrigation time, from eight hours and a half to 12 hours, with reduced costs. The entity suggests a revision to the parameters in force for issuing licenses, where the basis that is consid-ered is the lowest level of water of the rivers, during the scarcest precipitation levels of the previous ten years.

A mobile/seasonal license is the sugges-tion that comes from the growers’ association, taking into consideration the water surpluses during the rainy period. According to their arguments, with the exclusion of the four dry months, when no irrigation is done, there is much more water available during the remain-ing months, allowing for twice as many licenses, without jeopardizing the hydrographic basin. This would also make it possible to insert sugar cane into the regional production matrix, for the production of ethanol and energy, thus re-ducing the statewide deficit in this area.

The stances assumed by the association in Bahia gave rise to a technical note issued by the Environmental Licensing Working Group for Irrigated Agriculture, an organ of the National Irrigation Secretariat (Senir), of the Ministry of National Integration. The group, with the pres-ence of the vice-president of Aiba, Sérgio Pitt, met on 2nd March 2012 and decided to take the project to the United National Conference for Sustainable Development, Rio + 20, in June 2012, in Brazil. There is common understand-ing that the suggestion could be a model for other regions throughout the Country.

Oeste da

BahiaDriving force

behind the CerradoAIBA PROPOSALS IMPROVE CREDIT LINE TERMS AND

CONDITIONS FOR CROP FINANCING AND THE USE OF WATER FOR BOOSTING PRODUCTION VOLUMES

do não é feita a irrigação, a disponibilidade de água nos demais meses é muito maior, permitindo dobrar as outorgas sem compro-meter a bacia hidrográfica. Desta forma, tam-bém seria possível inserir na matriz produtiva regional a produção de cana-de-açúcar para etanol e energia, diminuindo déficit existente no Estado nesta área.

As posições da associação baiana pas-saram a integrar nota técnica do Grupo de Trabalho de Licenciamento Ambiental e Ou-torga para Agricultura Irrigada, da Secretaria Nacional da Irrigação (Senir), do Ministério da Integração Nacional. O grupo, com a par-ticipação do vice-presidente da Aiba, Sérgio Pitt, reuniu-se em 2 de março de 2012 e deci-diu levar o projeto à Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio + 20, em junho de 2012, no Brasil. Entende-se que a proposta pode servir de modelo para outras regiões do País.

Anuário da Região

40 41

Page 23: Oeste - Aibaaiba.org.br/wp-content/uploads/2013/11/anuario_oeste_bahia_2012.pdf · A região Oeste da Bahia, revelada ao País e ao mundo nos últimos anos por seu Cerrado altamente

FUNDAÇÃO BA . BAHIA FOUNDATION

A máxima produtividade, com qualidade e sanidade, que já se tornou uma marca na região Oeste da Bahia, é tema de constante preocupação dos seus agentes no campo da pesquisa e da tecnologia, com lançamento de novas cultivares e difusão de práticas e mane-jos recomendados. Uma das formas de desta-car informações a respeito são os encontros técnicos, como é o caso da Passarela da Soja e do Milho 2012, realizada em março, em Roda Velha, com extensão, neste ano, às duas culturas (antes era destinada apenas à oleagi-nosa) e apresentando como tema central “A Bahia em alta produtividade”.

Realizada pela Fundação de Apoio à Pes-quisa e Desenvolvimento do Oeste Baiano (Fundação Bahia), que tem Clóvis Ceolin na presidência e conta com parceria de várias entidades, como a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), a Passarela uniu neste ano a manifestação dos pesquisadores com a dos próprios produtores na região,

para expor as suas receitas de sucesso. Foi o caso do produtor Roberto Pelizzaro, vence-dor do Desafio de Máxima Produtividade de Soja – safra 2010/11, desenvolvido pelo Cen-tro Estratégico de Soja no Brasil (CESB), com 108 sacos por hectare, e dos irmãos Volnei e Volmir Martinazzo, premiados com a melhor média obtida em milho (214 sc/ha).

Junto com depoimentos de produtores sobre medidas adotadas e resultados obti-dos, foram destacados ainda subtemas, como nematoide (diretrizes para o combate a esta praga) e mofo branco (aspectos mais aplica-dos ao manejo da doença), ambas priorida-des atuais de controle na região. Além disso, ocorreu a apresentação de novas cultivares de soja da parceria entre Fundação Bahia e Embrapa: BRS 8480, BRS 8381 e BRS 9080 RR. O evento informou também que outras três variedades foram plantadas por semen-teiros, são altamente produtivas e serão dis-ponibilizadas aos produtores: BRS 313 (Tie-

ta), BRS 314 (Gabriela) e BRS 315 RR (Livia).

EM DIA NO CAMPO Na cultura do algodão, o tradicional dia de campo da Fundação BA acontece em 30 de junho de 2012, no Centro de Pesquisa e Tecnologia do Oeste Baiano (CPTO), em Luís Eduardo Magalhães, e igualmente deve apresentar no-vas cultivares. No encontro técnico de 2011, ocorrido em julho, no mesmo local, foram lançadas as variedades BRS 335 (fibra média) e BRS 336 (fibra média-longa). Sobre a BRS 336, ressalta-se diferencial na qualidade de fibra, comprimento entre 32,5 a 34,0 mm e resistência de 34,0 gf/tex, além de elevada produtividade, resistência à bacteriose e viro-se, indicada para plantio em todo o Cerrado brasileiro e também na região semiárida.

Pesquisas relativas à cultivar foram de-senvolvidas com recursos de fundo do setor (Fundeagro) e em integração com Fundação Bahia, Embrapa Algodão e Empresa Baiana

Tudo pela produtividade

AÇÕES E EVENTOS NA ÁREA DE PESQUISA E TECNOLOGIA PROCURAM REFORÇAR O FOCO NOS MÁXIMOS RESULTADOS

QUE JÁ CARACTERIZAM SEUS CULTIVOS

Productivity-oriented farming

Oeste da

Bahia

de Desenvolvimento Agrícola (EBDA). Ou-tros projetos em desenvolvimento sobre al-godão avaliam resistência de linhagens finais, preliminares e cultivares a doenças foliares e ao complexo Fusarium-nematoide no Oeste da Bahia; melhoramento de fibras médias e longas para as condições do Cerrado baiano e do Vale do Rio São Francisco; transferência de transgenes para a tolerância ao glifosato e resistência a lagartas para variedades da Em-brapa indicadas para o Estado.

Entre esses estudos desenvolvidos em parceria alinham-se ainda: projetos referen-tes à epidemiologia e manejo da podridão das maçãs do algodoeiro; manejo de solos e adubação de alta tecnologia; rotação de cul-tura e espécies de cobertura do solo para se-meadura direta no Cerrado baiano; sistema de cultivo adensado para a cultura e manejo do solo para o controle do mofo branco no algodoeiro, buscando cultivos cada vez mais produtivos.

Maximum productivity, with quality and san-ity, which has become a mark in Western Bahia, is a theme that triggers constant concern among all technology and research field agents, resulting into the launch of new cultivars and the dissemi-nation of recommended cultural and manage-ment practices. One of the manners to highlight information on these topics is through technical meetings, like the 2012 Soybean and Corn Pa-rade, held in March, in Roda Velha, which, this year, was extended to two crops (previously only focused on soybeans) whose central theme was “Bahia and its high productivity rates”.

Conducted by the Western Bahia Develop-ment and Research Support Foundation (Foun-dation Bahia), whose president is Clóvis Ceolin, the entity has entered into a partnership with such entities as the Bahia State Farmers and Ir-rigators Association (Aiba), this year the Parade brought together all the claims of the researchers and of the growers in the region, so as to disclose its success-oriented recipes. It was the case of farmer Roberto Pelizzaro, winner of the Highest Soybean Productivity Challenge - 2010/11 sea-son, conducted by Brazil’s Strategic Soy Center (CESB), with 108 sacks per hectare, and of broth-ers Volnei and Volmir Martinazzo, who were given the best corn yield prize (214 sacks/ha).

Along with statements by producers on the innovations implemented and the results ob-tained, other highlights included sub-themes, like nematodes (guidelines on how to fight this pest) and white mold (major topics regarding the fight of the disease), currently, both are pest control priorities throughout the region. Other novelties included the introduction of new soybean cultivars, resulting from a partnership between Foundation Bahia and Embrapa: BRS 8480, BRS 8381 and BRS 9080 RR. The event also disclosed information about three other varieties planted by seed producers, and they are supposed to be highly productive and soon

available in the market: BRS 313 (Tieta), BRS 314 (Gabriela) and BRS 315 RR (Livia).

ON A FIELD DAY In cotton farming, the traditional field day organized by Foundation Ba-hia has been scheduled for June 30, 2012, at the Western Bahia Technology and Research Center (CPTO), in Luís Eduardo Magalhães, and the pre-sentation of new cultivars is expected. At the tech-nical meeting, held in July 2011, at the same ven-ue, the following varieties were launched: BRS 335 (medium fiber) and BRS 336 (medium-long fiber). With regard to the 336, the traits that stand out are the quality of its fiber, from 32.5 to 34.0 mm long and resistance of 34.0 gf/tex, besides its high productivity rate, resistance to bacterial and virus diseases, indicated for planting in the entire Brazilian cerrado and also in the semiarid region.

Research works on the cultivar were car-ried out with resources from the sector’s fund (Fundeagro) jointly with the following partners: Foundation Bahia, Embrapa Cotton and the Ba-hia State Agricultural Development Corporation (EBDA). Other projects underway on cotton are evaluating the resistance of final, preliminary and cultivar breeds to foliar diseases and to the Fusarium-Nematode complex of Western Bahia; enhancement of long and medium fibers for the Bahia cerrado and São Francisco River Valley con-ditions; transference of transgenes to tolerance to Glyphosate and resistance to worms in Embrapa varieties recommended for the State.

Among all these studies conducted in part-nership schemes, the following are also of note: projects regarding epidemiology and manage-ment of cotton ball rot; soil management and high technology fertilization; crop rotation and cover crops for direct seeding schemes in the Bahia cerrado; dense cultivation system for soil management and control of white mold in cot-ton plants, always in search of ever more pro-ductive cultivars.

ACTIONS AND EVENTS IN TECHNOLOGY AND RESEARCH AREAS ARE FOCUSED ON MAXIMUM RESULTS, WHICH ALREADY

CHARACTERIZE THEIR CULTIVATIONS

Anuário da Região

42 43

Page 24: Oeste - Aibaaiba.org.br/wp-content/uploads/2013/11/anuario_oeste_bahia_2012.pdf · A região Oeste da Bahia, revelada ao País e ao mundo nos últimos anos por seu Cerrado altamente

O Fundo para o Desenvolvimento do Agronegócio do Algodão (Fun-deagro), existente desde 2002 no Oeste baiano e atualmente presidido pelo produtor e empresário Ademar Marçal, tem mostrado a importân-cia de uma base permanente de sustentação financeira para garantir o crescimento de uma atividade e de uma região. Funciona a partir da destinação de parte de recursos do Imposto sobre Circulação de Mer-cadorias e Prestação de Serviços (ICMS) da produção local e aliado

Base para desenvolver

FUNDO DO ALGODÃO TEM SIDO FUNDAMENTAL PARA A EVOLUÇÃO

DESSE SEGMENTO NO OESTE EM DIVERSOS PROJETOS DE APOIO E

SUSTENTABILIDADE

a parcerias, como a da Associação Baiana de Produtores de Algodão (Abapa) e da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), bem como de instituições de pesquisa públicas e privadas. Com seu respaldo, concretizam-se incontáveis projetos de melhoria e evolução do segmento, nos mais diversos aspectos, resultando no desenvolvi-mento de toda comunidade regional e do Estado.

Entre as várias áreas de ação, o Fundeagro e as entidades parceiras fomentam estudos que viabilizam melhorias tecnológicas e genéticas para a cultura algodoeira. Programa de pesquisa da Fundação Bahia, da Embrapa Algodão e da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), por exemplo, busca o melhoramento de algodão de fibras médias e longas adaptadas à região, com vários lançamen-tos de cultivares produtivas e resistentes a doenças, além de avaliar as que se adaptam a essas áreas de cultivo. Também ocorrem inves-timentos em biotecnologia, visando a reduzir custos e dar compe-

FUNDEAGRO

titividade ao produtor, com cultivares transgênicas, tolerantes ao herbicida glifosato nas condições ambientais locais.

A capacitação recebe um lugar de destaque na aplicação dos recursos do Fundeagro. O Centro de Treinamento em Tecelagem leva técnicas de utilização de teares a mulheres da comunidade de Roda Velha de Baixo. O mesmo tipo de unidade, em Alimentação, mantido pela Abapa, supre deficiências na área, com 28 turmas atendidas entre março de 2010 e abril de 2011. Através do Parceiros da Tecnologia, foi implantado em 2010 o Centro de Tecnologia – Treinamento de Operadores e Mecânicos de Má-quinas Agrícolas, com requalificação dos profissionais do setor e formação de novos. Melhorias no processo de beneficiamento da pluma, por sua vez, atingiram 28 algodoeiras e 200 pessoas. E, ainda, o Programa de In-clusão Digital abrange 80 jovens por semestre, desde 2006, em Barreiras, Luís Eduardo Magalhães, São Desidério e Roda Velha.

O Dia de Campo do Algodão, evento anual de atualização tecnoló-

gica, faz parte dos projetos financiados pelo Fundeagro. O apoio al-cança também o Sudoeste do Estado, no Vale do Iuiu, com o EBDA, em trabalhos de preparo do solo por subsolagem de 618 hectares no ciclo 2010/11 e outras ações, atendendo 309 agricultores familia-res e possibilitando a revitalização da cultura na região. Incentiva-se ainda a introdução da atividade na agricultura familiar do Oeste, em Cotegipe, Angical e Riachão das Neves.

Ocupa lugar de destaque nas iniciativas financiadas pelo fundo a defesa fitossanitária, com o Programa de Monitoramento e Contro-le do Bicudo do Algodoeiro. Vem repercutindo na recuperação da produtividade, no aumento de rentabilidade e na redução de danos ao meio ambiente. Núcleos regionais de controle são incentivados e propiciam avanço considerável em etapas críticas do manejo do bicudo. Os pequenos produtores do Sudoeste também deverão ser beneficiados no programa com tubos mata-bicudos para suas lavou-ras. A ação preventiva na área tem parceria da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab).

IMAGEM FORTALECIDA No plano ambiental e social, o

Fundeagro está presente em diversas ações com a Aiba e com a Associa-ção Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). Em destaque ficam o Programa de Adequação Ambiental “Plano Oeste Sustentável” e o Pro-grama Socioambiental da Produção de Algodão (PSOAL). Neste ocorre a certificação de fazendas em práticas adequadas de cultivo, com adesão acima da previsão inicial em áreas de Coaceral, Anel da Soja, Barreiras, Luís Eduardo Magalhães, Roda Velha e Rosário.

Ao lado do incentivo a realizações no crescimento e na qualifica-ção da produção, o fundo do algodão direciona esforços na promoção do produto baiano, com ganhos importantes de imagem. Desde 2006, apoia o Projeto Integrado dos Fundos de Incentivo à Cultura para o Ma-rketing Nacional e Internacional do Algodão Brasileiro. Exerceu papel fundamental no financiamento da ação movida e ganha pelo Brasil na Organização Mundial do Comércio (OMC) em relação a subsídios dos Estados Unidos a seus produtores. Atualmente, intensifica trabalhos no reconhecimento da importância do algodão em nível nacional e da agri-cultura como um todo no País, pelo Movimento SouAgro.

Os investimentos estruturais no apoio à cadeia produtiva, por sua vez, têm sempre a marca do Fundeagro. Foi assim com o Centro de Análise de Fibras, construído em 2006 em Luís Eduardo Magalhães, e em todas as ampliações em área e de equipamentos na região, com resultados muito positivos para o setor e com o reconhecimento da qualidade do produto. Foi o que aconteceu também com a estrutu-ração da sede da Abapa e do próprio fundo, em 2006, na cidade de Barreiras, e, posteriormente, com a construção do Centro de Pesquisa e Tecnologia do Oeste da Bahia (CPTO) e do Complexo Bahia Farm Show, em LEM. Enfim, seu nome está marcado tanto na sustentação econômica quanto na defesa ambiental e social da atividade algodoeira baiana, fundamental no desenvolvimento da região e do Estado.

Oeste da

BahiaAnuário da Região

44 45

Page 25: Oeste - Aibaaiba.org.br/wp-content/uploads/2013/11/anuario_oeste_bahia_2012.pdf · A região Oeste da Bahia, revelada ao País e ao mundo nos últimos anos por seu Cerrado altamente

inglêsBasis for development

FUNDEAGRO

The Cotton Agribusiness Development Fund (Fundeagro), in operation since the year 2002, in Western Bahia, and currently presided over by producer and entrepreneur Ademar Mar-çal, has shown its importance as a permanent financial sustaining basis to ensure the growth of an activity and of a region. Its operational costs are covered by a portion of the state value added tax (ICMS) levied on local production, and along with partnerships, like the one with the Bahia Association of Cotton Farmers (Aba-pa) and the Bahia State Farmers and Irrigators Association (Aiba), as well as with private and public research institutions. Under its umbrella, countless improvement projects and advances of the segment, in an array of aspects, material-ize, resulting into the development of the entire regional community, and ultimately, of the State.

Among the various action areas, Fundea-gro and the partner entities foster studies that materialize genetic and technological enhance-ments for cotton farming. The Foundation

Bahia Research Program, of Embrapa Cotton and of the Bahia State Agricultural Develop-ment Corporation (EBDA), for example, is now trying to enhance medium and long fiber cotton, adapted to the region, and to this end, is launching several productive cultivars, resis-tant to diseases, besides evaluating the ones that adapt to this cultivation area. There are also investments in biotechnology, with an eye towards cost reductions, whilst turning the cot-ton farmers more competitive, with transgenic cultivars, tolerant to Glyphosate, in the local environmental conditions.

Qualification moves are given special heed when it comes to using the Fundeagro re-sources. The Weaving Apprenticeship Center provides training for the women of the Roda Velha de Baixo community on how to use cotton gins. The same type of unit, in Alimen-tação, run by Abapa, with 28 groups trained, from March 2010 and April 2011. Through the Technology Partners division, in 2010, the

Technology Center for Training Agricultural Machinery Mechanics and Operators, with the re-qualification of the professionals of the sector and the qualification of new ones. Im-provements in the fiber processing operations, in turn, comprised 28 cotton gins and 200 people. And equally the Digital Inclusion Pro-gram, which assists 80 young farmers every six months, since 2006, in Barreiras, Luís Eduardo Magalhães, São Desidério asnd Roda Velha.

The Cotton Field Day, an annual technologi-cal updating event, is included in the projects financed by Fundeagro. This financial support also reaches the Southeast of Bahia, in the Iuiu Valley, with the EBDA, in soil preparation works, by sub-soiling 618 hectares in the 2010/11 cycle and other actions assisting 309 family farmers and revitalizing the crops around the region. What is also stimulated is the introduction of the activity in family farming operations in the West, Cotegipe, Angical and Riachão das Neves,

Phytosanitary defense occupies a prominent

Oeste da

BahiaAnuário da Região

COTTON FUND HAS PLAYED A FUNDAMENTAL ROLE FOR THE EVOLUTION OF THIS SEGMENT IN THE WEST, IN DIFFERENT SUPPORT AND SUSTAINABILITY PROJECTS

position, with the Monitoring and Boll Weevil Controlling Program. This has been reflecting on the recovery of the productivity rates, on higher income and on the reduction of damages inflicted on the environment. Regional control nuclei are stimulated and they provide for con-siderable advances during the critical stages of boll weevil control practices. The small-scale farmers in the Southeast shall also benefit from the program, as they will be provided with flasks of boll weevil killers. Prevention actions in the area rely on a partnership with the Bahia State Agriculture Defense Agency (Adab).

IMAGE STRENGTHENED In the environmental and social plan, Fundeagro is also present in several initiatives carried out by Aiba and by the Brazilian Cotton Growers’ Association (Abrapa). A prominent position is occupied by the Environmental Adjustment Pro-gram “Western Sustainable Plan” and the Socio-Environmental Program for the Production of

Cotton (PSOAL). The latter is responsible for the certification of farms in appropriate cultiva-tion practices, with the number of adhesions outstripping by far all initial estimates in areas like Coaceral, Anel da Souza, Barreiras, Eduardo Magalhães, Roda Velha and Rosário.

Along with incentive towards growth and production qualification, the cotton fund fur-ther directs efforts to the promotion of products produced in Bahia, thus earning gains on the im-age side. Since 2006, the fund lends support to the Integrated Project of the Incentive Funds for Marketing the Brazilian Cotton Crop at Home and Abroad. It also played a relevant role in providing the necessary financial resources re-quired by the court case filed by Brazil with the World Trade Organization (WTO) against the subsidies paid by the government of the United States to its cotton producers. At the moment, the fund is involved with works aimed at mak-ing cotton earn recognition of its importance, at national level, and the same holds for agriculture

throughout the Country, through the “Movi-mento SouAgro” (phrase that means something like Initiative I’m agro”) .

All structural investments in support of the production chain, in turn, always bear the Fundeagro mark. This is what happened with the Fiber Analysis Center, built in 2006, in Luís Eduardo Magalhães, and in all expansions in the equipment commonly used in the region, with very positive results for the sector and with the acknowledgement of the quality of the products. This also happened with the refurbishment of the headquarters of Abapa and of the fund itself, in 2006, in the city of Barreiras, and, later, with the construction of the Western Bahia Technolo-gy and Research Center (CPTO) and of the Bahia Farm Show complex, in LEM. After all, its name bears both the mark of economic sustenance and environment defense in every detail regard-ing all Bahia State Cotton farming operations, which play a decisive role in the development of the region and the State.

46 47

Page 26: Oeste - Aibaaiba.org.br/wp-content/uploads/2013/11/anuario_oeste_bahia_2012.pdf · A região Oeste da Bahia, revelada ao País e ao mundo nos últimos anos por seu Cerrado altamente

O Fundo para o Desenvolvimento Integra-do e Sustentável da Bahia (Fundesis), criado em 2006, numa iniciativa da Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) e do Banco do Nordeste (BNB), avança a cada ano em novos apoios a projetos de organi-zações sociais em áreas carentes da região, promovendo ações de inclusão e transfor-mação em seu meio. Com novo edital lança-do em 2012 (o quarto), no valor de R$ 700 mil, os investimentos para essa finalidade irão alcançar a R$ 2 milhões, atendendo, por exemplo, a creches, escolas, centros culturais, orfanatos, abrigos, com benefícios a um grande número de crianças, jovens, adultos e idosos, entre os quais estão porta-dores de necessidades especiais.

A destacada produção do Oeste baiano rende frutos para toda a sociedade regional, a partir da contribuição espontânea dos pro-dutores rurais associados da Aiba, com os custeios agrícolas liberados pelo Banco do Nordeste, pelo Fundo Constitucional de Fi-nanciamento do Nordeste (FNE). Também ocorrem doações de pessoas físicas e jurí-dicas e repasse de cooperativas rurais por meio do Fundo de Assistência Tecnológica Educacional e Social (Fates). A atividade produtiva se une à prática do bem comum e resulta em melhoria de qualidade de vida em muitas áreas necessitadas.

Até o edital anterior, já haviam sido con-templados 29 projetos de 19 entidades so-ciais e, pelos cálculos da Aiba, puderam ser

beneficiadas, direta e indiretamente, mais de cinco mil pessoas, além de serem criados mil novos postos de trabalho temporários. Foram viabilizadas várias obras, com amplia-ção das estruturas físicas e de atendimento da população por meio de instituições so-ciais e educativas. O programa estendeu-se a comunidades de Barreiras, Luís Eduardo Magalhães, Angical, Tabocas do Brejo Velho, Correntina e São Desidério, nesta região.

MELHORIAS Nos projetos já execu-

tados, os organizadores puderam observar melhorias em vários aspectos, desde a quantidade e a qualidade de atendimento das instituições abrangidas bem como na resposta positiva das próprias comunida-

FUNDESIS . FUNDESIS

transformação A FORTE PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA DO OESTE DA

BAHIA RENDE FRUTOS TAMBÉM NO ÂMBITO DE AÇÕES EDUCATIVAS E ASSISTENCIAIS PARA OS QUE MAIS PRECISAM

Umasocial

Oeste da

BahiaAnuário da Região

des onde estão inseridas. Além de incre-mentar a assistência e o conhecimento, contribuiuse na redução de índices de criminalidade e marginalidade, educação alimentar, combate ao desperdício e pro-moção da saúde da população.

Em março e abril de 2012, com a nova disponibilização de recursos, foi inscrito mais um número expressivo de projetos, cujas ava-liação, seleção e aprovação ficam a cargo do Conselho Deliberativo do Fundesis. De acordo com as normas do fundo, podem ser contem-pladas ações no campo da inclusão social e digital, educação e cultura, saúde preventiva e, também, geração de renda e empreende-dorismo, preservação e educação ambiental, defesa fitossanitária e agricultura sustentável. Procura-se concretizar a responsabilidade so-cial, com coerência e austeridade, integrando esforços e facilitando a ação de quem conhe-ce a realidade, atua no seu meio e busca a sua transformação e seu desenvolvimento.

The Bahia State Sustainable and Integrat-ed Development Fund (Fundesis), started in 2006, at the initiative of the Bahia State Farmers and Irrigators Association (Aiba) and the Northeast Bank (BNB), is year after year lending support to new projects run by social organizations in poverty-stricken districts across the region, promoting so-cial inclusion and transformation in these environments. With a new edict launched in 2012 (the fourth), totaling a sum of R$ 700 thousand, the investments to this end are estimated to reach R$ 2 million, lending assistance, for example, to crèches, schools, cultural centers, orphanages, shelters, with benefits extended to a huge number of chil-dren, youngsters, adults and elderly people, including people with special needs.

The noteworthy volumes produced in Western Bahia bring benefits to the entire regional society, based on spontaneous contributions by rural producers associated with the Aiba, with agricultural costs liber-ated by the Bank of Brazil, by the National Fund for Financing the Northeast (FNE). Donations by natural persons and legal enti-ties also take place, and so do donations by Rural Cooperatives to the Social and Educa-tional Technology Assistance Fund (Fates). Productive activities walk hand-in-hand with well-being concerns, resulting into better quality of life in lots of needy areas.

Up to the previous edict, the considerable number of 29 projects, coming from 19 social entities, had been contemplated and, accord-ing to Aiba estimates, upwards of five thou-sand people were directly or indirectly ben-efited, besides the creation of one thousand temporary job positions. Lots of works were

carried out, physical structures were expand-ed to better serve the population through ini-tiatives conducted by social and educational institutions. The program was extended to the communities of Barreiras, Luís Eduardo Magalhães, Angical, Tabocas do Brejo Velho, Correntina and São Desidério, in the region.

IMPROVEMENTS In the already executed projects, the organizers detected improvements in several aspects, from the amount and quality of all institutions assisted to the positive response given by the com-munities themselves, which they are inserted into. Besides revitalizing all assistance moves and knowledge, contribution was given towards reducing crime rates, healthy eat-ing habits, fight against loss and wastes and popular health promotion.

In March and April 2012, when a new amount of resources was available, another huge number of projects were registered, and they are now being scrutinized, evalu-ated, selected and approved by the Funde-sis Deliberative Council. In accordance with the standards of the fund, the benefits could be destined for actions in the realm of digital and social inclusion, education, culture, preventive healthcare services and, equally, for the generation of income and entrepreneurship, environmental and edu-cation concerns, phytosanitary defense and sustainable agriculture. Social responsibility is to be viewed in a concrete manner, with coherence and austerity, joining efforts making things easier for those who are ac-quainted with the real facts, those who deal with the environment and seek its transfor-mation and development.

transformationSocial THE SUCCESSFUL AGRICULTURAL OPERATIONS IN WESTERN

BAHIA ALSO YIELD FRUITS IN THE REALM OF INITIATIVES FOCUSED ON EDUCATIONAL AND SOCIAL ASSISTANCE

WORKS ON BEHALF OF THE NEEDY

48 49

Page 27: Oeste - Aibaaiba.org.br/wp-content/uploads/2013/11/anuario_oeste_bahia_2012.pdf · A região Oeste da Bahia, revelada ao País e ao mundo nos últimos anos por seu Cerrado altamente

Os produtores rurais do Oeste baiano filiados à Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) estão sendo beneficiados com decisões da Justiça Federal favoráveis a ações apresentadas pela entidade, relativas à Contribuição Social Rural – Funrural e Contribuição para o Salário Educação para Produtor Rural Pessoa Física. Foi assegurada a suspensão da cobrança, assim como a devo-lução de valores pagos.

Em março de 2012, sentenças da Justiça Federal em Barreiras

Alívio e retorno

JUSTIÇA . JUSTICE

VITÓRIAS DA AIBA EM AÇÕES JUDICIAIS REFERENTES A FUNRURAL E

SALÁRIO EDUCAÇÃO DESONERAM PRODUTORES E AUMENTAM

CAPACIDADE DE INVESTIMENTO

(BA) julgaram procedentes três ações coletivas propostas por meio da Aiba em 2007, 2010 e 2011, ordenando a União a suspender a cobrança da contribuição do Funrural a seus associados, bem como a devolver valores recolhidos ao longo dos últimos 10 anos. A as-sociação, por meio de serviços jurídicos contratados, questionou a constitucionalidade do referido tributo, que não foi instituído por lei complementar, como se requer, mas ordinária, e assim obteve sucesso. Antes da referida decisão, já havia conseguido o reconhe-cimento da inconstitucionalidade, em tutela antecipada deferida há dois anos no Tribunal da 1ª Região em Brasília (DF).

Também em Brasília, durante o mês de outubro de 2011, a 1ª Vara da Justiça Federal acolheu pedido da Aiba em ação movida em 2008, relativa à contribuição indevida para o Salário Educação. No caso, igualmente foi denunciado o fato de se tratar de exigência inconsti-tucional e, com a sentença favorável, os produtores vinculados à en-tidade foram desobrigados desse compromisso. Além disso, foi-lhes

Oeste da

BahiaAnuário da Região

possibilitado reaver, com atualização, todo o montante pago sob este título durante a década anterior ao ajuizamento da ação.

MAIS ECONOMIA No caso do Funrural (2,1% sobre o re-

sultado), a conquista judicial assegura economia superior a R$ 60,00 por hectare de lavoura explorada; e no Salário Educação (2,5% sobre a folha de pagamento), o valor economizado é de aproximadamente R$ 300,00 por empregado/ano. De acordo com a organização repre-sentativa, as vitórias resultaram em redução na ordem de 90% das contribuições sociais cobradas pelo governo junto aos produtores.

Destaca-se na instituição de apoio aos agricultores que as de-cisões desoneram o produtor, ao mesmo tempo em que aumen-tam a sua capacidade de investimento. Possibilita-se a utilização desses recursos na contratação de mais funcionários e em me-lhoria tecnológica e produtiva, o que fortalece o setor produtivo e a economia regional.

Relief and refund

VICTORIES CONQUERED BY AIBA IN SEVERAL LAWSUITS RELATING TO FUNRURAL AND THE SO-CALLED EDUCATION SALARY EXONERATE

PRODUCERS FROM CHARGES AND BOOST THEIR INVESTMENT CAPACITY

The farmers in Western Bahia, associated with the Bahia State Farm-ers and Irrigators Association (Aiba), are being benefited by Federal Court decisions favorable to the court cases relative to the Assistance Fund for Rural Workers – Funrural - and Education Salary Fees for Natural Rural Producer Person. The exoneration from the charge was granted, while the previously collected fees must be refunded.

In March 2012, decisions by the Federal Court in Barreiras (BA) came in favor of three collective lawsuits filed by the Aiba in 2007, 2010 and 2011, ruling that the federal government should exonerate all Aiba associ-ate members from the Funrural fee, as well as returning the values col-lected over the past 10 years. The association, through hired juridical ser-vices, questioned the constitutionality of the said charges, which were not instituted by supplementary law, which is a requirement, but by ordinary law, and therefore was successful. Before the above decision, the asso-ciation’s unconstitutionality claim had been acknowledged, at a previous ruling deferred two years ago By the First District Court in Brasília (FD).

Equally in Brasília, during the month of October 2011, the First Fed-eral Court accepted Aiba’s request in a court case filed in 2008, relative to undue contributions to the so-called Education Salary. In the case, the unconstitutionality argument was used, and with the ruling in favor of the farmers, they no long have to pay the fee. Furthermore, they were entitled to a refund, duly corrected to inflation, of all the fees deducted in the decade that preceded the court case.

HEFTY SAVINGS In the Funrural case (2.1% over the result), the judicial victory ensures savings of over R$ 60 per hectare of fields explored; and regarding the Education Salary (2.5% over the paycheck) representing savings of approximately R$ 300 per employee/year. Ac-cording to the representative association, the victories translated into reductions of 90% in social fees collected by the federal government from the farmers.

The relevant role played by the farmer-oriented support institution lies in the fact that the decisions exonerate the growers from paying the fees, thus boosting their investment capacity. These resources could translate into more employees, productive and technological improve-ment, favoring both the production sector and the regional economy.

50 51

Page 28: Oeste - Aibaaiba.org.br/wp-content/uploads/2013/11/anuario_oeste_bahia_2012.pdf · A região Oeste da Bahia, revelada ao País e ao mundo nos últimos anos por seu Cerrado altamente

LEI ESTADUAL OFERECE O BALIZAMENTO ENTRE A ATIVIDADE PRODUTIVA E A CONSERVAÇÃO AMBIENTAL,

CRIANDO FINALMENTE PARÂMETROS PARA ESSA QUESTÃO

MEIO AMBIENTE . THE ENVIRONMENT

Um marcohistórico

Em 28 de dezembro de 2011, o governador da Bahia, Jaques Wagner, sancionou a Lei nº 12.377/2011. Foi o fe-chamento esperado, em grande estilo, para um ano que figurará para sempre como um marco definidor dos no-vos rumos da produção brasileira, sobretudo a agrícola, no que diz respeito ao balizamento legal entre a atividade produtiva e a conservação do meio ambiente. Chegou--se a 2012 com a revisão do Código Florestal Brasileiro finalmente aprovada no Congresso, ainda que à mercê da aprovação final da presidente do País, Dilma Rousseff.

Na Bahia, a nova lei ambiental foi a vitória de uma longa batalha, que envolveu horas de diálogos e discus-sões no exercício pleno da democracia. Seja na esfera nacional, estadual ou regional, a Aiba atuou vigorosa-mente, como protagonista ou coadjuvante da constru-ção dos novos arcabouços legais.

“A lei estadual surgiu como forma de institucionali-zar a integração das Políticas Estruturantes de Meio Am-biente e de Recursos Hídricos e a qualificação do proces-so de gestão ambiental na Bahia, com a implementação dos instrumentos de controle ambiental (licença, fisca-lização e monitoramento)”, explica o vice-presidente da Aiba, Sérgio Pitt.

A construção do projeto de lei priorizou uma metodo-logia participativa e foi discutida com os Conselhos Esta-duais de Meio Ambiente e de Recursos Hídricos (Cepram e Conerh), com segmentos da sociedade civil, organiza-ções não governamentais (ONGs), poder público e setor empresarial. A aprovação da Lei 12.337/2011 criou, em ca-ráter inusitado e revolucionário, outras duas modalidades de licenciamento: a Licença de Regulamentação (LR), con-cedida para regularizar atividades ou empreendimentos em instalação ou funcionamento, mediante recuperação ambiental; e a Licença Ambiental por Adesão e Compro-misso (LAC), concedida eletronicamente para empreendi-mentos de pequeno e médio portes.

De acordo com o secretário de Meio Ambiente da Bahia, Eugênio Spengler, o papel da Aiba nesse processo, como o de todas as instituições da sociedade envolvidas, foi muito importante, porque representou a interlocução de todos os setores com reais interesses nessa questão. “Agora estamos trabalhando fortemente na conclusão do Zoneamento Ecológico e Econômico (ZEE) e no monito-ramento de bacias. Esse trabalho começará pelo Oeste, que é a região mais pressionada e precisa de políticas e respostas mais urgentes”, garantiu Spengler.

Oeste da

BahiaAnuário da Região

On December 28, 2011, Jaques Wagner, the Bahia governor, sanc-tioned Law no. 12377/2011. It was the expected grand-style closing for a year that will forever be seen as a defining milestone in the new paths of Brazilian production, especially agriculture, when it comes to the regulatory balance between farming and environmental con-servation. We started 2012 with the revision of the Brazilian Forest Code finally approved by the Congress, albeit still at the mercy of President Dilma Rousseff ’s approval.

In Bahia, the new environmental law represents the victory in a long battle that required lengthy talks and discussions that stood as an example of the full exercise of democracy. Whether in the na-tional, state or local levels, Aiba worked tirelessly as the main or sup-porting character in the construction of new legal frameworks.

“The state law was created as a way to institutionalize the in-tegration of the Environmental and Water Resources Structuring Policies and enhance the quality of the environmental manage-ment process in Bahia by implementing environmental control tools (licenses, inspections and monitoring)”, explained Sérgio Pitt, Aiba vice president.

The design of the bill prioritized a participatory methodology and was discussed with the State Councils for the Environment and Water Resources (Cepram and Conerh), with segments of the civil society, NGOs, the government, and business leaders. In a curious and revolutionary manner, the approval of Law 12337/2011 created another two types of licensing: the Regulatory License, granted to get activities or undertakings undergoing installation or already in op-eration compliant with the law by means of environmental recovery; and the Environmental License via Adherence and Commitment, granted electronically to small and medium-sized undertakings.

According to Eugênio Spengler, Bahia Secretary for the Envi-ronment, Aiba’s role in that process was very important, and so was that of all of society’s institutions involved, because it brought together all industries that have actual interest in the issue. “Now we are working heavily to complete the Ecologic and Economic Zoning and on basin monitoring. That work will start in the west, which is the area under the greatest pressure and requiring the most urgent solutions”, assured Spengler.

A historicSTATE LAW PROVIDES BALANCE

BETWEEN FARMING AND ENVIRONMENTAL CONSERVATION

BY FINALLY SETTING UP PARAMETERS FOR THE ISSUE

milestone

52 53

Page 29: Oeste - Aibaaiba.org.br/wp-content/uploads/2013/11/anuario_oeste_bahia_2012.pdf · A região Oeste da Bahia, revelada ao País e ao mundo nos últimos anos por seu Cerrado altamente

A Bahia Farm Show chega à nona edição ostentando o título de maior Feira de Tecno-logia Agrícola e Negócios do Norte-Nordeste, posicionada entre as cinco maiores mostras do gênero agropecuário do País. A organiza-ção do evento chegou a 2012 com a expec-tativa de superar o volume de negócios de 2011, de R$ 570 milhões, apesar dos proble-mas que a região enfrentou com a estiagem na safra em curso. No calendário de feiras agropecuárias do Brasil, a mostra do Oes-te da Bahia tem lugar especial. Este ano, o evento figura entre os dias 29 de maio e 2 de junho, em Luís Eduardo Magalhães.

Os quatro bancos oficiais da feira – Banco do Nordeste, Desenbahia, Banco do Brasil e Bradesco – endossam o otimismo dos orga-nizadores, motivados pelos bons preços das commodities e pela redução da taxa de juros. Os bancos disponibilizam linhas com recur-sos do FNE, Pronaf/ Agricultura Familiar, e as linhas com recursos do BNDES (PSI Rural, Moderinfra e Moderagro), além dos financia-mentos com recursos obrigatórios e próprios.

De acordo com o presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Walter Horita, o agricultor do Oeste é ávido por tecnologia. E foi o uso estratégico delas

que permitiu ao cerrado baiano passar, de uma região desacreditada, para um dos gran-des polos produtores do Brasil, líder em pro-dutividade em soja, milho e algodão.

“Foi justamente a tecnologia que amorte-ceu os impactos da seca recente pela qual a região passou. E quando se fala em tecnologia, não há melhor vitrine para o produtor rural que a Bahia Farm Show para conferir e adqui-rir as novidades tecnológicas, em um só lugar, e perto das suas propriedades”, afirma.

ESTRUTURA - A Bahia Farm Show é realizada no Complexo Bahia Farm Show, um

BAHIA FARM SHOW . BAHIA FARM SHOW

O vigor regional

UMA DAS MAIORES FEIRAS DE TECNOLOGIAS E NEGÓCIOS RURAIS DO PAÍS GANHA ESPAÇO E FORÇA

A CADA ANO NA REGIÃO OESTE DA BAHIA

na vitrine

Bahia Farm Show reaches its ninth edi-tion with the pompous title as the Largest Agricultural Technology and Business Exhi-bition in the North and Northeast, ranking as one of the five biggest exhibitions of this kind throughout the Country. The organiza-tion of the event approached the year 2012 with the expectation to outstrip the business volume of 2011, R$ 570 million, in spite of the problems faced by the region with the dry spells during the current crop year. On the calendar of agriculture exhibitions in Brazil, the Western Bahia event occupies a prominent position. This year, the event has been scheduled for May 29 to June 2, in Luís Eduardo Magalhães.

The four official banks at the exhibition – Bank of the Northeast, Desenbahia, Bank of Brazil and Bradesco – lend support to the optimism of the organizers, encouraged by the good prices of the commodities and by smaller interest rates. The credit lines made available by the banks come from resources from the FNE, Pronaf/ Family Farming, and credit lines with resources from BNDES (PSI Rural, Moderinfra and Moderagro), besides financial grants from mandatory resources and resources of their own.

According to the president of the Bahia State Farmers and Irrigators Association (Aiba), Walter Horita, the farmers of the West are eager for technology. And thanks to strategic use of this technology, the pre-viously discredited Bahia cerrado region

turned into a huge producer hub in Brazil, leader in soy, corn and cotton productivity rates.

“It was technology that cushioned the impacts of the recent drought experienced by the region. And when the subject turns to technology, there is no better showcase for the rural producers than the Bahia Farm Show to check and acquire the tech-nological novelties in one place, and near the farms”, he says.

STRUCTURE - Bahia Farm Show is held in the Bahia Farm Show Complex, a private exhibition park, 2 million square meters where the exhibition occupies 70 thousand meters. The park boasts one of the best infrastructures in the Country. For example, its streets are paved, which is a novelty of the 2012 exhibition. Investments in the hydraulic and electrical networks, in fixed masonry structures, and in landscap-ing, are possible because all resources gen-erated by the event are channeled towards improving the infrastructure of the exhibi-tion as a whole.

Bahia Farm Show is organized by the Ba-hia State Farmers and Irrigators Association (Aiba), jointly with the Bahia Association of Cotton Producers (Abapa), Association of Western Bahia’s Farm Implements and Ma-chinery Agencies (Assomiba), Foundation Bahia and Municipal Administration of Luís Eduardo Magalhães.

Oeste da

BahiaAnuário da Região

Regional strength in the window

A MAJOR TECHNOLOGY AND RURAL BUSINESS FAIR IN THE COUNTRY

GAINS MOMENTUM AND STRENGTH YEAR AFTER YEAR IN WESTERN BAHIA

parque de exposições privado, de 2 milhões de metros quadrados, sendo 70 mil ocupa-dos com a exposição. O parque é um dos mais bem providos de infraestrutura do País. Possui, por exemplo, ruas totalmente pavi-mentadas, uma novidade da edição 2012. O investimento nas redes elétrica e hidráulica, em estruturas fixas de alvenaria, e em paisa-gismo, é possível graças ao direcionamento dos recursos gerados pelo evento na melho-ria da infraestrutura e da feira como um todo.

A Bahia Farm Show é uma realização da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), em parceria com a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Associação das Revendas de Máquinas e Im-plementos Agrícolas do Oeste da Bahia (As-somiba), Fundação Bahia e Prefeitura de Luís Eduardo Magalhães.

54 55

Page 30: Oeste - Aibaaiba.org.br/wp-content/uploads/2013/11/anuario_oeste_bahia_2012.pdf · A região Oeste da Bahia, revelada ao País e ao mundo nos últimos anos por seu Cerrado altamente

Av. Ahylon Macêdo, 11 - Barreiras - BA - CEP: 47.806-180Fone: (77) 3613 8000 - Fax: (77) 3613 8020

www.aiba.org.br

EXPEDIENTE

Oeste da

Bahia Anuário da safra 2011/12 da Região

Edição e editoração: Editora Gazeta Santa Cruz

Santa Cruz do Sul - RS - www.editoragazeta.com.br

Textos: Benno Bernardo Kist, Ana Lívia Lopes, Catarina Guedes e Romar Rudolfo Beling

Aprovação final: Alex Rasia e Sérgio Pitt

Projeto gráfico e diagramação: Márcio Oliveira Machado

Arte-final, arte de gráficos e tabelas: Márcio Oliveira Machado

Fotos: Silvio Ávila, banco de imagens da Editora Gazeta Santa Cruz e imagens cedidas pelas

instituições e entidades citadas no Anuário

Impressão: Corel Gráfica - Goiânia - Goiás

Tiragem: 4 mil exemplares

Barreiras (BA), maio de 2012

56

Page 31: Oeste - Aibaaiba.org.br/wp-content/uploads/2013/11/anuario_oeste_bahia_2012.pdf · A região Oeste da Bahia, revelada ao País e ao mundo nos últimos anos por seu Cerrado altamente