5
Ao falarmos sobre a Educação de Jovens e Adultos sabemos que é uma modalidade de ensino cujo objetivo é permitir que pessoas adultas, que não tiveram a oportunidade de freqüentar a escola na idade convencional, possam retomar seus estudos e recuperar o tempo perdido. Desta forma oferecer a modalidade EJA nos dias de hoje requer um novo pensar acerca das políticas educacionais e das propostas de (re) inclusão desses educados nas redes de educação pública do nosso país. O que se tem pensado até o momento é que o trabalho pedagógico desenvolvido neste seguimento de ensino deva ser de cunho eminentemente alfabetiza tório. No entanto, alfabetizar é somente a primeira parte do processo. O que não se pode é pensar que só alfabetização poderá garantir desenvolvimento social deste educando. Para uma pessoa adulta que retoma seus estudos, o desejo maior é o de se preparar para o trabalho, de ter autonomia e de se dar bem profissionalmente. A abordagem metodológica neste sentido não deve ser desenvolvida com os mesmos parâmetros utilizados para se trabalhar com crianças. Um aluno com idade de 30 anos, por exemplo, retomando os anos escolares correspondente ao 4º ano do ensino fundamental não se interessará por uma atividade caracterizadamente infantil. Daí a necessidade de abordar conteúdos equivalentes, mas com uma linguagem adulta e que vá ao encontro daquilo que esse público deseja. Entretanto a educação é o maior e melhor instrumento gestor de mudança, através dela o homem consegue compreender melhor a si mesmo e ao mundo em que vive, dessa forma, a própria educação deve ser a primeira a aceitar e a

Ao Falarmos Sobre a Educação de Jovens e Adultos Sabemos Que é Uma Modalidade de Ensino Cujo Objetivo é Permitir Que Pessoas Adultas

Embed Size (px)

DESCRIPTION

ARTIGO PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Citation preview

Page 1: Ao Falarmos Sobre a Educação de Jovens e Adultos Sabemos Que é Uma Modalidade de Ensino Cujo Objetivo é Permitir Que Pessoas Adultas

Ao falarmos sobre a Educação de Jovens e Adultos sabemos que é uma modalidade de ensino cujo objetivo é permitir que pessoas adultas, que não tiveram a oportunidade de freqüentar a escola na idade convencional, possam retomar seus estudos e recuperar o tempo perdido.

Desta forma oferecer a modalidade EJA nos dias de hoje requer um novo pensar acerca das políticas educacionais e das propostas de (re) inclusão desses educados nas redes de educação pública do nosso país. O que se tem pensado até o momento é que o trabalho pedagógico desenvolvido neste seguimento de ensino deva ser de cunho eminentemente alfabetiza tório. No entanto, alfabetizar é somente a primeira parte do processo. O que não se pode é pensar que só alfabetização poderá garantir desenvolvimento social deste educando.

Para uma pessoa adulta que retoma seus estudos, o desejo maior é o de se preparar para o trabalho, de ter autonomia e de se dar bem profissionalmente. A abordagem metodológica neste sentido não deve ser desenvolvida com os mesmos parâmetros utilizados para se trabalhar com crianças. Um aluno com idade de 30 anos, por exemplo, retomando os anos escolares correspondente ao 4º ano do ensino fundamental não se interessará por uma atividade caracterizadamente infantil. Daí a necessidade de abordar conteúdos equivalentes, mas com uma linguagem adulta e que vá ao encontro daquilo que esse público deseja.

Entretanto a educação é o maior e melhor instrumento gestor de mudança, através dela o homem consegue compreender melhor a si mesmo e ao mundo em que vive, dessa forma, a própria educação deve ser a primeira a aceitar e a acompanhar o desenvolvimento e suas especificidades, ou seja, renovar e promover a interação com o novo.

Vimos que o Brasil já deu um grande passo nas questões que se referem a alfabetização de jovens e adultos, embora continuamos dentro da escola dos países com maior taxa de analfabetos. E o problema, como já mencionado, é que o adulto que procura a escola não quer apenas aprender a ler e a escrever, ele quer e necessita é de atualização com o contexto social em que vive e faz parte.

Percebemos que a defasagem escolar é grande, segundo a Lei 9.394/96 art. 37 “a educação de jovens e adultos deverá articular-se, preferencialmente, com a educação profissional, na forma do regulamento”, dessa forma, e se realmente acontecesse o que está previsto em lei, teríamos muito mais jovens dentro das escolas. Em consequência do desemprego, a busca pelo ensino profissional e técnico aumentou significativamente.

Page 2: Ao Falarmos Sobre a Educação de Jovens e Adultos Sabemos Que é Uma Modalidade de Ensino Cujo Objetivo é Permitir Que Pessoas Adultas

O jovem quer trabalhar, mas falta qualificação e oportunidades, principalmente a de concluir a educação básica e ter parcial domínio das novas tecnologias.

Exemplo dessa realidade pode ser vista nos cursos da modalidade PROEJA, do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia (IFGOIAS) da cidade de Goiânia, que no dia 27/04/2009 lançou 90 vagas para cursos desta modalidade. A procura é grande, a oferta é pequena, sem falar nos recursos utilizados para levar essa informação à população. A proposta é muito boa, mas falta mais dedicação, a maioria da população não fica nem sabendo da oportunidade, e os que ficam se deparam com a forte concorrência.

Portanto em suma, o importante e que (re) pensemos nosso conceito de educação para jovens e adultos; fome de ler e vontade de aprender eles têm, só que de uma maneira mais ampla, característica de quem já tem experiência de vida, que necessita bem mais que a própria escrita e leitura convencional, necessita acima de tudo ler as entrelinhas impostas pela problemática de ser e estar plenamente exercendo a cidadania

Page 3: Ao Falarmos Sobre a Educação de Jovens e Adultos Sabemos Que é Uma Modalidade de Ensino Cujo Objetivo é Permitir Que Pessoas Adultas

Sabemos que a escola é um espaço privilegiado de análise, discussão e reflexão da realidade. É nesse espaço que está sendo formados “cidadãos conscientes”, que venham a contribuir para o desenvolvimento da comunidade nos vários setores. Assim, é essencial que seja vinculado projetos que trabalhem as questões sociais e ambientais dentro da Unidade Escolar, para que o aluno analise, discuta e reflita sobre o que deve ser melhorado, não só no ambiente escolar mas na comunidade geral.

Nos últimos anos as escolas públicas vêm enfrentando vários problemas, e um deles é a falta de cuidado com o patrimônio publico escolar. Para solucionar esse problema é dever da escola resgatar a valorização a conscientização dos alunos quanto a importância da mesma e como é bom viver em um ambiente limpo.

Esse descaso dos alunos com o Patrimônio Público é devido à falta de informação quanto aos custos para a construção e mantimento do mesmo. Os alunos acham que a escola é apenas responsabilidade do governo, não tratando a mesma como seu espaço para educação, ética e compromisso de ser cidadão.

Dessa forma, temos que fazer com que o aluno perceba que a Escola como um Patrimônio Público, é de responsabilidade de todos e deve ser preservada, defendida e protegida, visando um ambiente mais propicio a educação de crianças e adolescentes.

Segundo Amaury Meller Filho, "O patrimônio compõe a identidade e a imagem da escola e, por isso, ele precisa estar sempre em ordem, sob pena de colocar em risco a segurança das pessoas e o projeto pedagógico".

Desta forma o colégio é, muitas vezes, a extensão de casa principalmente para as crianças na educação infantil. Os hábitos e as manias que elas têm em casa são repetidos na escola e, por isso, é importante que alguns hábitos sejam reforçados. Por isso, é essencial que a higiene na escola seja incentivada e não apenas comentada ou ensinada. De acordo com o Ministério da Educação:

“A educação não deve se limitar a apenas informar, pois somente se tornará efetiva quando promover mudanças de comportamentos. A comunidade escolar não deve apenas contribuir para que os alunos adquiram conhecimentos relacionados com a saúde. Uma coisa seria ensinar higiene e saúde. Outra coisa é agir no sentido de que todos os que estão no ambiente escolar adquiram, reforcem ou melhorem hábitos, atitudes e conhecimentos relacionados com higiene e saúde.”

Portanto os hábitos de higiene na escola que devem ser reforçados vão, desde ensinar as crianças a lavarem as mãos, a escovarem os dentes até explicar a importância de lavar as frutas antes de comê-las. Cuidados com a água e com os alimentos da cantina escolar também são importantes quesitos quando se fala em higiene na escola.

Page 4: Ao Falarmos Sobre a Educação de Jovens e Adultos Sabemos Que é Uma Modalidade de Ensino Cujo Objetivo é Permitir Que Pessoas Adultas