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APENDI CITE DEFINIÇAO Etimologicamente, é possível compreender a apendicite analisando a palavra. A primeira parte envolve a palavra “apêndice”. Este é o apêndice vermiforme pertencente ao intestino. A terminação "ite" significa inflamação. É, portanto, uma inflamação do apêndice. Durante o desenvolvimento do homem, algumas partes do corpo tornaram-se atrofiadas, por não possuírem mais função. Este é o caso, por exemplo, do cóccix, parte terminal da coluna vertebral, um remanescente dos nossos ancestrais pré- históricos. Em princípio, o cóccix não é mais usado e é lembrado de sua existência apenas na aula de anatomia ou quando caímos e ele se quebra ou se move, causando dor terrível. Isto é verdadeiro também no caso do apêndice vermiforme, parte do intestino grosso, uma vez que não tem função no trato digestivo. Parece, no entanto, que este apêndice serve como um órgão linfático, envolvido na imunidade. O apêndice é normalmente inofensivo, no entanto, pode causar dor severa e fatal, quando a apendicite não é tratada a tempo. A apendicite ocorre geralmente quando o apêndice é bloqueado por fezes ou por um corpo estranho, (restos de alimentos), o que faz com que as suas paredes inflamem e os seus tecidos sejam invadidos pelas bactérias intestinais. Esses restos detritos podem se tornar infectados através de bactérias, que geralmente vêm da flora intestinal . Estas bactérias estão normalmente em simbiose com o trato digestivo . Por simbiose, devemos entender que essas bactérias são normalmente inofensivas aos seres humanos e sua presença é muito importante no processo de digestão. Entretanto, essas bactérias podem começar a causar uma inflamação.

APENDICITE

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APENDICITE

DEFINIÇAO

Etimologicamente, é possível compreender a apendicite analisando a palavra. A primeira parte envolve a palavra “apêndice”. Este é o apêndice vermiforme pertencente ao intestino. A terminação "ite" significa inflamação. É, portanto, uma inflamação do apêndice.

Durante o desenvolvimento do homem, algumas partes do corpo tornaram-se atrofiadas, por não possuírem mais função. Este é o caso, por exemplo, do cóccix, parte terminal da coluna vertebral, um remanescente dos nossos ancestrais pré-históricos. Em princípio, o cóccix não é mais usado e é lembrado de sua existência apenas na aula de anatomia ou quando caímos e ele se quebra ou se move, causando dor terrível. Isto é verdadeiro também no caso do apêndice vermiforme, parte do intestino grosso, uma vez que não tem função no trato digestivo. Parece, no entanto, que este apêndice serve como um órgão linfático, envolvido na imunidade. O apêndice é normalmente inofensivo, no entanto, pode causar dor severa e fatal, quando a apendicite não é tratada a tempo.

A apendicite ocorre geralmente quando o apêndice é bloqueado por fezes ou por um corpo estranho, (restos de alimentos), o que faz com que as suas paredes inflamem e os seus tecidos sejam invadidos pelas bactérias intestinais. Esses restos detritos podem se tornar infectados através de bactérias, que geralmente vêm da flora intestinal. Estas bactérias estão normalmente em simbiose com o trato digestivo. Por simbiose, devemos entender que essas bactérias são normalmente inofensivas aos seres humanos e sua presença é muito importante no processo de digestão. Entretanto, essas bactérias podem começar a causar uma inflamação.

GRUPOS DE RISCO

A apendicite pode ocorrer em qualquer idade, embora seja rara em crianças menores de 4 anos de idade e pessoas com mais de 30 anos. Em princípio, a apendicite afeta principalmente pessoas com idade entre 10 a 30 anos, sem motivos conhecidos.

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TIPOS DE APNEDICITE

A) Apendicite aguda, que geralmente se manifesta por meio de cólicas abdominais, Náusea e vômito; depois a dor se localiza na parte inferior direita do abdome. A sequência de acontecimentos ocorre dentro de algumas horas;

B) Apendicite recorrente, caracterizada por ataques repetidos e fracos, que desaparecerão espontaneamente para voltar em intervalos de meses ou anos.

CAUSAS DA APENDICITE

A apendicite ocorre quando o apêndice vermiforme do intestino fica bloqueado pela acumulação de material alimentar e bactérias. Estes alimentos podem ser infectados por bactérias, normalmente inofensivas e que colonizam os intestinos, ajudando no processo digestivo. Na verdade, esses germes são parte da flora intestinal. Às vezes, porém, essas bactérias podem causar o aparecimento de apendicite. A inflamação causada pela obstrução do apêndice pode também causar infecção.Durante o episódio agudo de apendicite, há dor difusa e severa no abdômen. Às vezes o paciente sente náuseas e vomita. Estas dores não são muito características da doença. Outra característica da doença é a perda de apetite. A forte dor é sentida no lado direito do abdome.

SINAIS E SINTOMAS

Os sintomas de apendicite são difusos e pouco característicos da doença. A fim de não perder tempo e arriscar a vida do paciente, o melhor é enviar alguém para a emergência com os seguintes sintomas:Dor na barriga, a partir do umbigo, que se espalha para o lado direito da barriga, na parte inferior do abdômen.

Febre moderada até 38 ° C.

Doenças gastrointestinais como diarreia ou prisão de ventre.

Vômitos.

Perda de apetite

No início da doença os sintomas são menos graves, a dor é menos intensa e mais difusa no abdômen. Nesta fase, vários distúrbios digestivos já podem estar presentes: vômitos, diarreia ou constipação, com perda de apetite.

A dor se intensifica e, em seguida, são mais consistentes, movendo-se em direção ao abdômen inferior, do lado direito.

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Na apendicite aguda, os sintomas podem ser mais graves e marcantes. A dor é, então, mais violenta, e pode aparecer de repente em uma pessoa que normalmente é saudável.

Quando os seguintes sintomas estão presentes, estamos na presença de um quadro agravado de apendicite:

Dor severa e difusa por todo o abdômen.Febre alta, e presença de calafrios.

Vômitos.

No caso de apendicite, deve-se imediatamente operar o paciente para evitar o risco de peritonite que pode ser fatal.

DIAGNOSTICO DA APENDICITE

O diagnóstico da apendicite é principalmente clínico. O médico leva em consideração os sintomas descritos pelo paciente, especialmente se a pessoa nunca teve uma apendicectomia (remoção cirúrgica de apendicite).

Entre as mulheres, no entanto, o médico ainda deve excluir uma possível causa de gravidez ectópica através de exames ginecológicos.

O yersinose é uma doença infecciosa que pode causar os mesmos sintomas de apendicite. Nesse caso, a cultura do patógeno de fezes ou de sangue mostra a presença da bactéria Yersínia pseudotuberculosis e Yersínia enterocolitica.Note também que a apendicite é rara em crianças menores de 4 anos. Nelas, pode haver dor abdominal das infecções do nariz ou da garganta. Tendo identificado os sintomas da dor, o clínico pode efetuar um pequeno teste abdominal no lado direito do abdômen. Se o caso for de apendicite, a dor é muito mais intensa quando o médico retira a mão. A dor é menos intensa quando se pressiona a região, mas aumenta quando a pressão desaparece.Assim, é importante que em uma suspeita de apendicite, o médico faça um diagnostico diferencial, para eliminar outras fontes de dor abdominal e evitar a cirurgia desnecessária. Qualquer operação é um procedimento invasivo, e, portanto, nunca é trivial tanto pela intervenção em si quanto pela anestesia necessária.Por diferentes métodos de diagnóstico, o médico pode estar ciente da extensão da doença. Assim, o médico irá executar o exame clinico, seguido por um teste de sangue à procura de uma possível infecção. Ele também pode usar os testes de ultrassom para eliminar infecções da bexiga que podem dar os mesmos sintomas de apendicite.No entanto, é sempre melhor remover o apêndice, mesmo se não infectados, ao invés de correr o risco de ter apendicite.

O diagnóstico de apendicite é difícil devido ao grande número de casos que apresentam apenas alguns, ou até nenhum sintoma especifico até muito tarde na progressão da doença. As apendicites com poucos sintomas são mais frequentes em idosos ou crianças pequenas. Outro problema é que o apêndice pode ter localizações raras, o que dificulta a atribuição de uma dor num local onde ele não seja comum (como no lado esquerdo). Contudo a apendicite se não tratada é muitas

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vezes mortal, e mesmo as apendicites atípicas são mais frequentes que qualquer outra causa de ventre agudo, logo são sempre diagnosticadas cerca de 20% de falsas apendicites.

Análises do sangue poderão mostrar leucocitose (aumento da quantidade de leucócitos).

Diagnóstico Diferencial

São outras condições que podem dar sintomas que simulem uma apendicite:

1.Salpingite aguda (infecção das tubas uterinas),

2-Doença inflamatória pélvica,

3-ITUs (infecções do trato urinário),

4-Dismenorréia (menstruação alterada com dores intensas),

5- Isquemia mesentérica (do intestino por acidente ou volvo),

6-Hérnia intestinal,

7-Colecistite aguda,

8-Enterocolite,

9-Gravidez ectópica,

10-Diverculite.

Exames físicos e laboratoriais:

Pressionando-se levemente o abdome na área dolorida e interrompendo-se repentinamente a pressão, a dor aumenta (sensibilidade de rebote). Ao se tocar o abdome pode ocorrer espasmo dos músculos abdominais se uma peritonite estiver aparecendo. O exame retal causa dor localizada no lado direito.

O sinal psoas é positivo - a pessoa é colocada de costas em uma posição de supino com as pernas estendidas. Unir os calcanhares ou erguer as pernas para cima causa o aumento da dor no lado direito do abdome.

Pode-se suspeitar fortemente de apendicite tendo como base os seguintes exames:

 A ultrassonografia abdominal pode revelar apendicite.

 O hemograma completo mostra aumento da contagem de glóbulos brancos.

 O raios-X do abdome pode ou não mostrar sinais de apendicite.

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O diagnóstico pode ser confirmado pelo cirurgião durante uma laparatomia exploradora. Em casos duvidosos é aconselhável uma TAC abdominal, que mostrará a parede do apêndice inchada e com edema.

Essa doença pode também alterar os resultados dos seguintes exames:

 Enema de bário

 Punção abdominal (paracentese)

 Tomografia computadorizada abdominal.

COMPLICAÇOES DA APENDICITE

A principal complicação da apendicite é a peritonite, uma infecção da cavidade abdominal pode causar a morte.A infecção pode se espalhar para todo o corpo, e, nesse caso, é chamada de sepse.

TRATAMENTO PARA O APENDICE INFLAMADO

O tratamento para a apendicite é um procedimento cirúrgico chamado apendicectomia. O apêndice inflamado é completamente removido pelo médico, para evitar uma infecção generalizada da cavidade abdominal, chamada peritonite.

Há uma cirurgia de apendicectomia menos invasiva, chamada apendicectomia laparoscópica. Neste procedimento, o apêndice é removido através de um pequeno tubo. A cicatriz é menor

Não há medicação contra a apendicite. No entanto, para evitar complicações, o médico poderá administrar antibióticos antes e após a cirurgia, caso haja risco das bactérias se propagarem no abdômen.Além disso, mesmo se o apêndice já rompeu, deve ser realizada uma apendicectomia e administrar antibióticos para prevenir a peritonite e a sepse.

Qualquer que seja a técnica, a cirurgia para apendicite é realizada sob anestesia geral,

De acordo com o consultor médico, Dr. Rafano, o tratamento somente com antibióticos não provou a sua eficácia, e é caracterizado por uma elevada taxa de falha (mais de um quarto dos casos tratados). A cirurgia permanece o tratamento de escolha. Em geral, uma vez que o diagnóstico de apendicite é feito, deve ser tratado cirurgicamente, através da laparoscopia.Em alguns casos, o médico pode ser obrigado a não considerar imediatamente a cirurgia, para aguardar a cura da linfa intestinal.

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RECUPERAÇAO CIRURGICA E CUIDADOS POS OPERATORIO.

Geralmente, a recuperação após cirurgia para apendicite é rápida. Quando a apendicectomia é realizada antes que o apêndice rompa, o tempo de recuperação após cirurgia para apendicite é de cerca de 15 a 30 dias em caso de apendicectomia tradicional e de 10 a 15 dias em caso de apendicectomia laparoscópica.

O regresso às atividades físicas normalmente só ocorre 3 meses após a cirurgia, principalmente na apendicectomia tradicional.

Os cuidados pós-operatórios na cirurgia para apendicite incluem:

Repouso;

Hidratação;

Ingestão de alimentos ricos em fibras;Evitar levantar objetos pesados;

Evitar dirigir nos primeiros 7 a 10 dias.

O pós-operatório pode variar de acordo com a técnica cirúrgica, por isso o cirurgião é o indicado para referir quando o indivíduo pode retornar ao trabalho, a dirigir e à atividade física.

Cuidados da enfermagem

Para os casos de apendicite sem complicações, a cirurgia deve ser realizada o mais breve possível e exige poucos preparativos.

Pré-operatório

Os Cuidados específicos para a apendicectomia são:

 Dar apoio psicológico é outro aspecto muito importante que a enfermagem deve ter em conta já que o impacto que a situação clínica provoca no paciente e na família medo em relação à intervenção cirúrgica, é muito importante nesta fase esclarecer qualquer duvidas que a família ou o paciente apresentem, e explicar sempre todos os procedimentos com vista a diminuir a ansiedade e medo que estes possam apresentar.

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Administração de antimicrobiano pré-operatório como medida profilática, por via endovenosa, a droga a ser utilizada deve ser de amplo espectro, eficaz contra bactérias anaeróbias e Gram-negativas.

Jejum, como é um caso de emergência, em que não se pode fazê-lo é necessária a realização de lavagem intestinal para evitar contaminação dos campos operatórios com fezes após a anestesia (relaxamento dos esfíncteres), urgência de evacuação no pós-operatório e evitar a formação de fecaloma ou realizar a sequência de entubação rápida (Manobra de selik: cabeceira elevada, compressão da cartilagem cricóide contra o esôfago) para reduzir a aspiração de secreções.

A queixa mais comum é a dor abdominal, podemos proporcionar medidas não medicamentosas para alívio da dor:

Através da promoção do conforto como por exemplo um ambiente calmo obscurecido, ensinar técnica de relaxamento o posicionamento, providenciar um pequeno travesseiro para sustentação do abdômen. Restringir Movimentos desnecessários, que geralmente aumentam a dor ao doente devem ser evitados.

 Não se aplica calor no abdômen (porque o aumento da circulação no apêndice pode levar à ruptura).

Cuidados gerais:

.

Retirar próteses dentárias, esmalte dos dedos, adornos, brincos, cordões e pulseiras,

Retirar roupas sintéticas que podem conduzir energia e provocar queimaduras.

Soro de hidratação endovenoso em obesos, desnutridos e extremos de idade.

Banho com anti-séptico degermante com ênfase na região a ser operada.

Tricotomia (elétrica, de preferência) apenas no local da incisão o mais próximo possível do momento da cirurgia.

Transoperatório

Os cuidados de enfermagem não se restringem somente à prestação de cuidados diretos ao paciente. Para que o procedimento cirúrgico possa ocorrer, são necessárias certas condições que a enfermagem deve prover:

Preparo da sala de cirurgia:

 Material para anestesia e cirurgia (Lap’s, soluções, pomadas, material para curativo, medicamentos, instrumental, etc.), deixando-os em local de fácil acesso;

 Testar equipamentos (Monitores, pontos de O2, vácuo, negatoscópio, etc.);

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 Verificar condições de limpeza da sala;

 Posicionar equipamentos móveis (suporte para soros, baldes para lixo, escadinha, suporte de hampers, etc.);

 Observar segurança da sala como posicionamento de fios e chão molhado;

 Ajustar a temperatura da sala (entre 21°C e 24°C).

 Ajudar a equipe cirúrgica a se paramentar devidamente, entre outras atribuições.

O tempo na sala de cirurgia para uma apendicectomia tanto convencional, como laparoscópica kit ampliado e kit básico é de 2 horas e o tempo de internação é de três dias para convencional e dois dias para as demais, quando não complicações no pós-operatório.

Recepção no Centro Cirúrgico

Os profissionais de enfermagem que atuam no centro cirúrgico são geralmente os responsáveis pela recepção do paciente na sua respectiva unidade. É importante lembrar que, mesmo na área de recepção do paciente, eles deverão estar devidamente paramentados, com pijamas, sapatilhas e gorros, conforme as rotinas de infecção de cada instituição. A recepção do paciente deve ser personalizada, respeitando sempre suas individualidades; o profissional deve ser cortês, educado e compreensivo, buscando entender e considerar as condições do paciente que normalmente já se encontra sob efeito dos medicamentos pré-anestésicos.

 Na recepção operatória, o profissional de enfermagem responsável deverá:

 Realizar uma breve leitura do prontuário ou das recomendações de enfermagens vindas do setor de origem do paciente, certificando-se sobre os dados de identificação do paciente e sobre a cirurgia a que ele será submetido;

 Observar se todos os cuidados pré-cirúrgicos relacionados ao procedimento foram devidamente realizados, como a administração de medicamentos pré-anestésicos. (avaliando inclusive os seus efeitos),

 E preparo do local da pele (tricotomia) entre outros;

 Verificar os sinais vitais do paciente, comunicando ao médico anestesista ou ao enfermeiro possíveis alterações;

 Atentar para a presença e a necessidade de retirar esmalte dos dedos, adornos, brincos, cordões e pulseiras ou próteses dentárias, que normalmente são retirados antes do paciente deixar a unidade de origem com destino ao centro cirúrgico;

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 Colocar no paciente gorro e sapatilhas; as roupas de cama que o cobriam devem ser trocadas por roupas de cama do próprio centro cirúrgico;

 Manter uma recepção calma, tranqüila que traga segurança ao paciente;

 Observar o comportamento do paciente: confiança, ansiedade, melancolia, insegurança, agressividade, etc.

Transporte para a sala de cirurgia

Alguns cuidados devem ser observados no transporte do paciente até a sala de cirurgia:

 Garantir a segurança física e emocional do paciente: as grades devem estar erguidas, o profissional deve posicionar-se à cabeceira da maca;

 Avaliar a expressão facial do paciente;

 Cuidados com acesso venoso, drenos, infusões;

 Não realizar movimentos bruscos e manter o paciente protegido com o lençol devido ao frio.

 Comunicar-se com o paciente;

 Garantir um transporte tranqüilo;

 Evitar conversas desnecessárias, brincadeiras, ruídos, etc. respeitando o estado em que se encontra o paciente.

Preparo para a Anestesia

Anestesia - pode-se empregar a anestesia geral, a raquianestesia ou o bloqueio peridural. A anestesia geral, por permitir maior relaxamento muscular, é a mais adequada, Durante a anestesia, os cuidados são basicamente prestados pelo anestesista, cabendo à enfermagem:

 Posicionar o paciente adequadamente para que ele possa aplicar o anestésico;

 Dar apoio ao paciente;

 Disponibilizar material e drogas anestésicas;

Assistência de Enfermagem no CRPA

O principal objetivo da enfermagem nessa unidade é cuidar do paciente no atendimento imediato das suas necessidades humanas básicas, a fim de que haja pronto restabelecimento das funções orgânicas vitais.

 Solicitar a presença de um anestesista,

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 Permanecer na sala de CRPA até o paciente recuperar 50% a 75% dos sinais vitais;

 Avaliar sinais vitais de 15 em 15 minutos, depois de 30 em 30 minutos;

 Avaliar oxigenação, estimulando o movimento respiratório;

 Observar ocorrência de vômitos, lateralizar a cabeça;

 Limpar vias aéreas e aspirar se necessário;

 Manter vigilância, manter curativo limpo e seco;

 Tomar medidas para aliviar a dor;

 Realizar balanço hídrico;

 Proporcionar conforto e segurança;

 Informar a família sobre o estado do paciente.

Pós-operatório:

 Promoção da limpeza e ordem de todo o ambiente,

 Arrumação da cama “tipo operado”,

 Limpeza e arrumação da mesa da cabeceira,

 Trazer suporte de soro e coloca-lo ao lado da cama,

 Deixar oxigênio com equipamento completo.

Ao receber o paciente no quarto.

 Transporta-lo da maca para a cama com o auxílio de outros funcionários,

 Manter a cama em posição horizontal,

 Cobri-lo e agasalha-lo de acordo com a necessidade,

 Verificar na papeleta as anotações de centro cirúrgico.

 Deixar o paciente sem travesseiro e sem levantar a cabeça pelo o menos por12 horas.

 Enquanto estiver semiconsciente, mantê-lo sem travesseiro com a cabeça voltada para o lado.

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 Observar o gotejamento do soro e sangue- Observar estado geral e nível de consciência.

Observar continuamente o funcionamento adequado dos tubos de drenagem (drenos de Penrose ou tubulares), se houver, verificando volumes e demais características do material drenado, com especial atenção para o aparecimento de fezes no líquido drenado ou nas gazes de curativo (qualquer anormalidade deve ser comunicada ao cirurgião).

 Verificar o curativo colocado no local operado, se esta seco ou com sangue.

Manter o curativo fechado por 24 – 48 horas,

Na troca do curativo, lavar as mãos antes e depois do procedimento e utilizar técnica estéril. Usar apenas solução fisiológica, não estando indicadas à utilização de soluções alcoólicas ou iodadas, que podem irritar o local.

Manter o paciente internado o menos tempo possível, estimulando a mobilização.

Restringi-lo no leito com grades para evitar que caia,

Se estiver confuso, restringir os membros superiores para evitar que retire soro ou sondas,

 Observar sintomas como: palidez, sudorese, pele fria, lábios e unhas arroxeados, hemorragia, dificuldade respiratória e outros, porque podem ocorrer complicações respiratórias e circulatórias.

 Controlar, pulso, temperatura, respiração e pressão arterial.

 Fazer anotação na papeleta,

 Ler a prescrição medica, providenciando para que seja feita.

 Qualquer sintoma alarmante deve ser comunicado imediatamente.

 Os líquidos e alimentos por via oral são reiniciados quando forem tolerados.

DICAS AO PACIENTE

Depois de cada operação, é recomendado que o paciente utilize medicamentos homeopáticos

Evitar tomar arnica antes da cirurgia, para evitar hemorragia grave. Em contrapartida, uma dose de arnica após a cirurgia é recomendada.

Nesta seção, vamos destacar os erros a evitar quando se suspeita de apendicite para evitar atraso no tratamento ou para evitar complicações.

Não se deve fazer:

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Tomar analgésicos que mascaram os sintomas, pois isso faz com que o paciente adie uma consulta e ponha sua vida em risco.

Beber agua ou se alimentar antes da cirurgia, pois isso atrasa o procedimento cirúrgico.

Tomar laxantes quando a apendicite causa prisão de ventre, pois isso pode causar uma ruptura imediata do apêndice.

PRECAUÇOES DA DOENÇA

Como é impossível ter um efeito sobre qualquer inflamação do apêndice, não é possível impedir a apendicite. Entretanto, é essencial agir rapidamente quando uma suspeita de apendicite.Assim, se uma pessoa que nunca teve uma apendicite e tem sintomas característicos da doença, deve enviá-la muito rapidamente para o hospital. Os seguintes sintomas terão que ser considerados em caso de suspeita de apendicite: dor abdominal difusa e intermitente tornando-se cada vez mais intensa com migração da dor para o lado direito do abdômen, presença de distúrbios gastrointestinais, como vômitos, diarreia ou constipação e perda de apetite. Febre ligeira pode estar presente (raramente superior a 38°C).Quando alguém se queixa de dor de estomago e há suspeita de apendicite, é importante não tomar analgésicos que podem mascarar os sinais clínicos. A redução da dor com analgésicos pode retardar o manejo do paciente e fazer com que a apendicite se agrave, uma vez que sem dor o paciente não procurará cuidado médico.

Conclusão

Prognóstico

A maioria dos pacientes procura o pronto socorro dentro de 12 a 48 horas por causa da dor abdominal. Em casos muito raros, um baixo nível de inflamação pode persistir por vários dias antes do diagnóstico ser feito, especialmente em pacientes diabéticos, imunossuprimidos (pessoas com resistência imune baixa) e idosos.

Os pacientes que se submetem à cirurgia frequentemente ficam no hospital durante dois ou três dias (se o apêndice não supurou). As pessoas que se submeteram a uma apendicectomia normalmente se curam completamente.

Em casos de apendicite supurada, a permanência no hospital é normalmente mais prolongada. Embora seja raro, uma pessoa pode morrer de apendicite se o apêndice supurou e espalhou a infecção para o abdome e para o sangue.

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Considerações da enfermagem

Um dos cuidados é dar orientações ao cliente e a seus familiares é dar orientações que ajudaram após a alta, ou seja, quando este se encontrar em ambiente domiciliar.

Informar que poderá retomar todas as atividades normais dentro de duas a quatro semanas.

Devem ser dadas todas as instruções de rotina relativas a vigilância da ferida operatória que são:

Se estiver com sutura (pontos):

· Manter a ferida seca e limpa,

Se não estiver com o curativo,

· Deve-se lavar com soro fisiológico e secar suavemente com gaze estéril,

· Se molhar o curativo, troque-o, mas lembre-se que isto deve ser realizado com soro fisiológico cubra com gaze e coloque esparadrapo hipoalergênico e gaze estéril.

Após a retirada da sutura:

Depois de removidas as suturas, a ferida, embora pareça cicatrizada, ainda é sensível e deve continuar a cicatrizar por várias semanas. Por isso:

· Mantenha a linha de sutura limpa, não esfregue vigorosamente, seque apalpando as bordas da ferida que podem parecer vermelhas e estarem ligeiramente elevadas, isso é normal,

- Massageie delicadamente as bordas da ferida utilizando um óleo para bebê suave ou vaselina duas vezes ao dia,

- Se o local ainda permanecer vermelho, espesso e doloroso, e apresentar quaisquer sintomas indicativos de infecção como:

· Edema,

· Vermelhidão,

· Estrias vermelhas próximas da ferida,

· Pus drenagem ou odor fétido,

· Calafrios ou temperatura maior que 37,7.

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Consulte seu médico o mais rapidamente possível.

· Mantenha a linha de sutura limpa, não esfregue vigorosamente, seque apalpando as bordas da ferida que podem parecer vermelhas e estarem ligeiramente elevadas, isso é normal,

· Evite exercícios vigorosos e levantamento de objetos pesados.

A apendicite é uma emergência, e requer atenção imediata. Em geral, quando o médico faz o diagnóstico de apendicite, a família acha que o doente não correrá risco algum, porém podem ocorrer complicações tanto no tratamento quanto no pós-operatório.

Para evitar o risco de uma apendicite supurada, deve-se procurar um pronto socorro imediatamente para ser avaliado por um cirurgião geral se a pessoa tiver sintomas de apendicite.

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REFENCIAS BIBLIOGRAFICAS:

http://www.criasaude.com.br/doencas/prevencao-apendicite.html

http://www.tuasaude.com/cirurgia-para-apendicite/

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http://drauziovarella.com.br/audios-videos/radio/apendicite-2/