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APLICAÇÃO DO PROCESSO DE PENSAMENTO DA TEORIA DAS RESTRIÇÕES NA GESTÃO DE ESTOQUES DE UMA LINHA DE IMPLEMENTOS RODOVIÁRIOS Daniel Brum (UNISINOS) [email protected] Jonatas Campos Martins (UNISINOS) [email protected] O presente trabalho utiliza algumas das ferramentas do Processo de Pensamento da Teoria das Restrições para abordar um dos principais desafios das empresas de manufatura atualmente; aperfeiçoar a gestão de estoques. A área de fabricação de bases de uma das linhas de montagem de implementos rodoviários foi objeto de análise, na qual, por meio de um estudo de caso, buscou-se encontrar uma solução para reduzir os níveis dos estoques. Para chegar à solução, primeiramente foram levantados os dados sobre o problema, após os dados foram analisados com a construção da Árvore da Realidade Atual. Em seguida foi aplicado o Diagrama de Evaporação das Nuvens e com a injeção que surgiu, novos efeitos foram redesenhados com a construção da Árvore da Realidade Futura. Os resultados alcançados possibilitaram: (i) uma visão sistêmica dos efeitos indesejados e suas reais causas no contexto dos estoques elevados da área avaliada, demonstrando que muitas vezes advêm de modelos mentais e; (ii) que soluções simples e de baixo custo surgem neste tipo de questão gerencial quando as ferramentas do processo de pensamento são utilizadas adequadamente. Palavras-chaves: Gestão de Estoques, Teoria das Restrições, Processo de Pensamento XXXII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social: As Contribuições da Engenharia de Produção Bento Gonçalves, RS, Brasil, 15 a 18 de outubro de 2012.

APLICAÇÃO DO PROCESSO DE PENSAMENTO DA TEORIA … · pois trás a possibilidade de melhoria na qualidade e ... 2.2. O Processo de Pensamento da Teoria ... obra escrita por Eliyahu

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APLICAÇÃO DO PROCESSO DE

PENSAMENTO DA TEORIA DAS

RESTRIÇÕES NA GESTÃO DE

ESTOQUES DE UMA LINHA DE

IMPLEMENTOS RODOVIÁRIOS

Daniel Brum (UNISINOS)

[email protected]

Jonatas Campos Martins (UNISINOS)

[email protected]

O presente trabalho utiliza algumas das ferramentas do Processo de

Pensamento da Teoria das Restrições para abordar um dos principais

desafios das empresas de manufatura atualmente; aperfeiçoar a gestão

de estoques. A área de fabricação de bases de uma das linhas de

montagem de implementos rodoviários foi objeto de análise, na qual,

por meio de um estudo de caso, buscou-se encontrar uma solução para

reduzir os níveis dos estoques. Para chegar à solução, primeiramente

foram levantados os dados sobre o problema, após os dados foram

analisados com a construção da Árvore da Realidade Atual. Em

seguida foi aplicado o Diagrama de Evaporação das Nuvens e com a

injeção que surgiu, novos efeitos foram redesenhados com a

construção da Árvore da Realidade Futura. Os resultados alcançados

possibilitaram: (i) uma visão sistêmica dos efeitos indesejados e suas

reais causas no contexto dos estoques elevados da área avaliada,

demonstrando que muitas vezes advêm de modelos mentais e; (ii) que

soluções simples e de baixo custo surgem neste tipo de questão

gerencial quando as ferramentas do processo de pensamento são

utilizadas adequadamente.

Palavras-chaves: Gestão de Estoques, Teoria das Restrições, Processo

de Pensamento

XXXII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social: As Contribuições da Engenharia de Produção

Bento Gonçalves, RS, Brasil, 15 a 18 de outubro de 2012.

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1. Introdução

Atualmente as indústrias metal mecânicas estão inseridas em um ambiente instável onde o

nível de competição é muito elevado, caracterizando-se em um meio promissor para estudos

que objetivem incremento de desempenho. Buscando-se alternativas que pudessem ser

utilizadas para auxiliar nestas questões, foi desenvolvida a Teoria das Restrições (TOC), que

se caracteriza por ser um método cuja premissa básica é identificar as restrições que limitem

os sistemas submetidos à mesma, a fim de elevar a capacidade da empresa no que tange ao

alcance de melhores resultados.

Por estas razões houve a sua escolha para aplicação no presente trabalho, que busca encontrar

soluções simples e baratas em um dos principais desafios da gestão de estoques da empresa:

reduzir os estoques da área de fabricação de bases de uma das linhas de montagem de

implementos rodoviários.

Com o intuito de atingir o objetivo deste estudo e verificar a viabilidade da aplicação desta

teoria, utilizaram-se algumas das ferramentas do Processo de Pensamento. As ferramentas

utilizadas foram limitadas a: (i) Árvore da Realidade Atual (Current Reality Tree - CRT): (ii)

Evaporação das Nuvens (Evaporating Clouds) e (iii) Árvore da Realidade Futura (Future

Reality Tree - FRT), pois um estudo mais aprofundado excederia as pretensões deste trabalho.

Para tanto, aplicou-se a Árvore da Realidade Atual para obter uma visualização sistêmica do

problema, após o Diagrama de Evaporação das Nuvens foi aplicado para encontrar uma

solução para o problema e com tal solução os efeitos indesejados relevantes foram

convertidos em efeitos desejáveis através da Árvore da Realidade Futura e o presente

objetivo, no âmbito deste estudo, foi alcançado.

2. Referencial teórico

A seguir será apresentado o referencial teórico deste trabalho, que trata acerca de Gestão de

Estoques e o Processo de Pensamento da Teoria das Restrições.

2.1. Estoque e gestão de estoques

Estoque, segundo Billig (2002), é um bem, que possui características que o torna um item de

suprimento de propriedade da empresa, com a finalidade de venda ou usado para fabricar

produtos e serviços com relação direta a atividade da organização, que também é renovado de

maneira sistêmica e possui disponibilidade permanente.

Para Shingo (1996), estoques “são fenômenos não lucrativos e que devem ser cuidadosamente

estudados e eliminados por completo”, pois são formas de desperdício. Mesmo assim, há

vários motivos para a presença de estoques nos canais produtivos das empresas, sendo que

planejar os seus níveis é cada vez mais importante com o passar do tempo, visto que os

estoques se tornaram um fator muito relevante nos resultados financeiros de muitas delas

(PEIXOTO; PINTO, 2006).

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Shingo (1996), afirma que “a redução do estoque não deve se tornar um fim em si mesma, na

medida em que sua eliminação radical pode causar atrasos na entrega ou queda nas taxas de

operação das máquinas”. Shingo (1996), afirma ainda que o que deve ser atacado, na verdade,

são as condições que geram a necessidade dos estoques. Neste contexto, implementar e

aprimorar a gestão dos estoques torna-se algo de significativa importância. Como também

encontrar técnicas adequadas para solucionar problemas relacionados a mesma.

Conforme Anunciato e Silva (2007), gestão de estoques é o ato de gerenciar os recursos

ociosos que possuem valor econômico e que sejam destinados a suprir necessidades de

material no futuro. A sua eficiência pode ser um diferencial com relação aos concorrentes,

pois trás a possibilidade de melhoria na qualidade e redução nos tempos, o que hoje,

indubitavelmente trás vantagens competitivas (ALMEIDA; LUCENA, 2006).

Os estoques absorvem uma fatia significativa do orçamento de uma empresa, e não agregam

valor aos seus produtos, e ainda, quanto menor forem os seus níveis, mais eficiente será o

sistema produtivo que operar com os mesmos. Por outro lado, não é possível saber de maneira

exata a futura demanda e os mesmos trazem uma série de benefícios, como por exemplo,

permitir economias nas compras e no transporte, proteger a organização de incertezas na

demanda e no tempo de ressuprimento, dentre outras vantagens (ALMEIDA; LUCENA,

2006).

Nos últimos anos, gestão de estoques tem recebido considerável atenção dos meios acadêmico

e empresarial (GOMES; WANKE, 2008). Peixoto e Pinto (2006), por exemplo, utilizam

simulação para gerenciar os estoques via previsão de vendas. Já Almeida e Lucena (2006)

levantam varias técnicas utilizadas para gerenciar estoques, como curva ABC, modelo de lote

econômico, etc. Também levantam vários sistemas para gerenciamento de estoques, como

FMS (Flexible Manufacturing System), MRP-Material Requirement Planing, sistema

KANBAN-JIT dentre outros.

2.2. O Processo de Pensamento da Teoria das Restrições

O aparecimento da Teoria das Restrições está diretamente ligado ao trabalho do físico Eliyahu

M. Goldratt, que a criou e formalizou, sendo que a mesma pode ser utilizada em diversas

áreas (ALVAREZ, 1996) e teve seus princípios trazidos de uma maneira prática com o

lançamento do livro A Meta, obra escrita por Eliyahu M. Goldratt e Jeff Cox.

A TOC consiste basicamente no gerenciamento das restrições, e seu processo de pensamento

visa o aprimoramento contínuo das operações, pela busca de soluções simples, e estes são

alguns dos motivos que a faz ter se expandido em diversas questões gerenciais (LACERDA;

RODRIGUES; SIKILERO, 2008).

Na resolução de problemas, a Teoria das Restrições é uma abordagem sistêmica (LACERDA;

RODRIGUES; SILVA, 2011) e possui uma forma interessante de encontrar soluções para os

mesmos, chamada Processo de Pensamento.

O Processo de Pensamento pode ser considerado um processo de otimização contínua

(ALVAREZ, 1996; BORNIA; NETO, 2002; LACERDA; RODRIGUES; SIKILERO, 2008),

que se baseia em ferramentas que capacitam o diagnóstico de problemas, como também

facilita a elaboração de soluções para os mesmos (BORNIA; NETO, 2002).

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Conforme Alvarez (1996), tal processo de pensamento funciona como um método para

identificar, analisar e solucionar problemas, que busca responder essencialmente a três

questões: i) O que mudar?; ii) Para o que mudar? e; iii) Como provocar a mudança?

Para responder estas perguntas, o processo de pensamento possui uma lógica onde se busca

saber não como as coisas acontecem, mas sim porque acontecem, e para tanto, o mesmo

possui cinco técnicas, que estão baseadas em dois pontos capitais: a visão crítica da realidade

e a análise efeito-causa-efeito (ALVAREZ, 1996). As técnicas possuem grande potencial para

elevar o desempenho competitivo (GOLDRATT, 1994) podendo ser utilizadas de forma

individual ou ligadas de maneira lógica (COX; SPENCER, 2002; BORNIA; NETO, 2002).

As mesmas estão listadas no quadro 1.

Pergunta Ferramenta

O que mudar? Árvore da Realidade Atual (Current Reality Tree)

Para o que mudar? Evaporação das Nuvens (Evaporating Clouds)

Árvore da Realidade Futura (Future Reality Tree)

Como provocar a

mudança?

Árvore de pré-requisitos (Prerequisite Tree)

Árvore de transição (Transition Tree)

Fonte: Adaptado de Cox e Spencer (2002)

Quadro1: As ferramentas do processo de pensamento toc

2.2.1. A Árvore da Realidade Atual (Current Reality Tree - CRT)

Reconhecendo que é muito importante uma condizente identificação dos problemas centrais, a

ferramenta a ser utilizada é a Árvore da Realidade Atual e a maneira correta para sua leitura

pode ser vista na figura 1.

Figura 1. Forma correta para leitura da ARA. Fonte: (O autor)

Conforme Goldratt (1994), algumas poucas causas são responsáveis pela totalidade dos

efeitos indesejados e as mesmas são chamadas de problemas centrais. É fundamental

conseguir analisar os problemas de forma total e pesquisar as reais causas que levam ao

aparecimento de efeitos indesejáveis.

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Segundo Billig (2002), a Árvore da Realidade Atual é uma ferramenta focada em encontrar o

que mudar e tem como proposta realizar uma análise e extrair da mesma as causas verdadeiras

dos problemas centrais. Esta ferramenta, quando construída de forma completa, possibilita a

identificação clara de um problema capital em uma situação (COX; SPENCER, 2002). O

quadro 2 traz as etapas para construção da ARA.

Para Lacerda, Rodrigues e Silva (2011), a Árvore da Realidade Atual deve ser construída no

sentido dos efeitos para as causas e para que a ela adquira uma forma concisa e correta, faz-se

preciso realizar certas consistências, e estas são feitas para validar e nivelar o entendimento da

ARA. Tais consistências estão demonstradas no quadro 3. Após a aplicação da Árvore da

Realidade Atual, tem-se subsídio para a aplicação da segunda ferramenta, o Diagrama de

Evaporação das Nuvens.

Etapa Proposição baseada em Cox e Spencer (2002)

1 Listar entre cinco e dez efeitos indesejados que tenham relação com a situação problema.

2 Testar a clareza dos efeitos indesejados para verificar se estão corretos, concisos e claros.

Esta verificação é chamada de ressalva de clareza.

3 Procurara relações causais entre os efeitos indesejados.

4

Determinar qual efeito indesejado é causa e qual é efeito e realizar as correções

necessárias. Ler como: “SE causa ENTÃO efeito”. Este teste se chama ressalva de

causalidade.

5 Continuar nesta lógica até que todos os efeitos indesejados estejam conectados da forma

mais correta possível.

6

Quando a causalidade é evidente para a pessoa que está a par do problema, mas não é

evidente ou não existe ao prisma dos outros, a própria clareza é o problema. Neste caso,

deve-se utilizar a ressalva de clareza para atacar o problema.

7

Há casos em que a causa não é suficiente para criar o efeito, estes são testados com a

ressalva de insuficiência de causa e se lê da seguinte maneira: “SE causa E causa

ENTÃO.”

8 Quando há muitas causas independentes para um efeito, as relações entre os mesmos são

fortificadas pela ressalva de causa adicional.

9

Algumas vezes a relação de causa e efeito não está condizente da forma como esta

colocada e nestes casos algumas palavras modificadoras podem fazer a relação se tornar

mais forte.

10 Enumerar os efeitos indesejados com o intuito de facilitar a sua localização na ARA.

Fonte: ( Cox e Spencer 2002, apud Lacerda, Rodrigues e Silva 2011)

Quadro 2. Etapas para construção da ARA

2.2.2. Evaporação das Nuvens (Evaporating Clouds)

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Esta ferramenta visa, juntamente com a Árvore da Realidade Futura (Future Reality Tree -

FRT), responder a segunda pergunta do processo de pensamento: para o que mudar? Segundo

Goldratt (1994), esta ferramenta visa verbalizar um conflito existente, para então poder

descobrir como o quebrar.

A Evaporação das Nuvens força a ser colocado como alvo um objetivo, que se atingido,

interfira nas relações de causa e efeito da ARA, para tanto são levantadas as necessidades e

pressupostos que têm relação direta com o objetivo, para que então apareça uma injeção ou

injeções que viabilizem tal objetivo.

A Utilização da Evaporação das Nuvens é certamente um exercício para a criatividade e tem

como ponto principal a forma como busca por forçar a formalização de pressupostos e idéias,

onde se busca tornar falsos os pressupostos que dão sustentação as necessidades que geram os

conflitos explicitados pela ferramenta (ALVAREZ, 1996; LACERDA; RODRIGUES;

SIKILERO, 2008). As soluções para esses conflitos têm de aparecer a partir da introdução de

elementos novos, tais soluções são chamadas de injeções (GOLDRATT, 1994; ALVAREZ,

1996). Uma representação genérica para o uso da ferramenta esta descrita na figura 2.

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Fonte: Noreen, Smith e Mackey, (1996) e Alvarez, (1996) apud Lacerda, Rodrigues e Silva (2011)

Quadro 3. Quadro de consistências da ARA

2.2.3. Árvore da Realidade Futura (Future Reality Tree - FRT)

Para Bornia e Neto (2002), a Árvore da Realidade Futura é utilizada para constatar a situação

futura proveniente da implementação das injeções utilizadas para eliminar o problema central,

pois trás a possibilidade de visualizar os ramos negativos e torna possível elaborar meios de

neutralizá-los.

A Árvore da Realidade Futura(ARF) utiliza a análise efeito-causa-efeito e, em sua montagem,

possui um enfoque inverso ao da Árvore da Realidade Atual, pois esta é elaborada dos efeitos

para as causas, enquanto aquela é elaborada das causas para os efeitos, ou seja, a Árvore da

Realidade Futura é construída de baixo para cima (ALVAREZ, 1996).

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Figura 2. Representação para o uso da ferramenta. Fonte: (Cox e Spencer, 2002 apud Lacerda, Rodrigues e Silva,

2011, p. 5)

A idéia na ARF é colocar a injeção, ou injeções que vieram a tona no Diagrama de

Evaporação das Nuvens na ARA e verificar os efeitos sobre os e EIs, transformando-a assim

em uma Árvore da Realidade Futura.

Segundo Alvarez (1996), a Árvore da Realidade Futura tem seu processo de construção

terminado quando os efeitos desejáveis que se opõem aos efeitos indesejáveis listados são

conectados a árvore e isto comprovaria a eficácia da injeção ou, injeções.

3. Metodologia

A fim de atender o objetivo do trabalho, a abordagem adotada foi qualitativa. Desta forma, o

trabalho foi viabilizado utilizando os procedimentos do estudo de caso.

Conforme Yin (2001), o estudo de caso é uma investigação científica que, no âmbito de seu

contexto, investiga um fenômeno atual, sendo muito útil quando a limitação entre o contexto e

o fenômeno não está definida de forma clara. Ainda conforme Yin (2001), o mesmo confronta

uma situação única tecnicamente, em que pode haver muito mais variáveis a interessar que

pontos de dados e por isso baseia-se em várias fontes de evidência para atingir um resultado,

utilizando-se de fundamentação teórica adquirida previamente, para guiar na coleta e análise

dos dados.

Adotar o Método do Estudo de Caso é adequado nas situações em que o pesquisador possua

pequeno controle de uma situação que, por suas características, esteja inserida em contextos

sociais que acabam por tornar a mesma mais complexa (YIN, 2001). Outro fator a ser

considerado para o uso do estudo de caso é que alguns estudos se enquadram em um contexto

no qual o pesquisador se depara com problemas ainda a compreender e para os quais estudos

experimentais são inviáveis (YIN, 2001).

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3.1. O método de trabalho e os procedimentos efetuados

A primeira etapa foi a definição do problema: os estoques na área de fabricação de bases na

linha de montagem do implemento frigorífico estavam elevados. A escolha por atacar este

tipo de problema ocorreu devido a uma série de outros problemas que a empresa vem

enfrentando decorrentes dele.

Com base no problema, definiu-se o objetivo de encontrar soluções para reduzir os estoques

na linha do implemento. Pelas características do estudo de caso e da Teoria das Restrições

(Toc), definiu-se que seriam utilizados para atingir o objetivo. Após, com a finalidade de

possibilitar o atendimento dos objetivos, o referencial teórico foi elaborado e analisado.

Na próxima etapa foi realizado o levantamento dos dados utilizados no trabalho. As

ferramentas utilizadas para coletar os dados foram questionários e entrevistas, e as pessoas

que participaram foram colaboradores da área de fabricação de bases da linha do implemento

semirreboque frigorífico, do setor de PCP (planejamento e controle da produção), do setor de

engenharia de produto e do setor de fabricação de peças.

De posse das informações coletadas foram listados os principais efeitos indesejados e então a

ARA foi construída e testada, de acordo com as indicações do referencial teórico.

Posteriormente, fez-se um questionamento sobre o que poderia otimizar o desempenho do

sistema descrito pela ARA. Baseado no questionamento foi aplicada a ferramenta Evaporação

das Nuvens que trouxe a tona um conflito e uma possível injeção para sua resolução.

Finalmente, para verificar o efeito da injeção sobre os efeitos indesejados da ARA, construiu-

se a Árvore da Realidade Futura, tendo os efeitos desejáveis que se opõem aos efeitos

indesejáveis conectados a árvore a fim de comprovar a eficácia da injeção.

4. O caso

A empresa na qual ocorreu o estudo de caso pertence ao setor metal-mecânico e se dedica a

fabricação de diversos tipos de implementos rodoviários. A mesma vem enfrentando

problemas na sua gestão de estoques, um destes problemas é que o estoque de peças

fabricadas no setor de fabricação de bases esta se elevando. Este é o problema alvo deste

trabalho. Os estoques na referida área são necessários para evitar atrasos na produção, porém

seus níveis elevados causam muitas perdas e transtornos. Posto isso, o estudo de caso será

apreciado a seguir.

4.1. Construção da Árvore de Realidade Atual

Para levantar os efeitos utilizados na construção da ARA, que pode ser visualizada na figura

3, foi feita a seguinte pergunta aos entrevistados: “Quais os principais problemas (efeitos

indesejáveis) que podem ter levado os estoques na área de fabricação de bases a terem ficado

tão elevados?” Os efeitos indesejáveis (EIs) mais citados e que pareciam ser mais

significativos foram anotados e a construção da ARA foi iniciada.

Ao utilizar a lista de efeitos indesejáveis, buscou-se construir uma relação de causa-efeito

entre estes, para conectá-los da maneira mais lógica possível até que todos os EIs foram

ligados. Com a ARA finalizada, iniciou-se a construção do Diagrama de Evaporação das

Nuvens.

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4.2. Elaboração do Diagrama de Evaporação das Nuvens

Com a construção da Árvore da Realidade Atual finalizada, identificou-se que o fato de haver

poucos colaboradores no setor de engenharia é algo que deve ser levado em consideração e é

tido como um dos grandes problemas na ARA, por esta razão foi escolhido para ser atacado

1- Estoques ficam elevados

2-Peças são

consumidas de acordo

com a necessidade

programada pelo PCP

3-Peças costumam chegar

em quantidade superior a

necessária e se acumular

4-Há pedidos que

possuem peças

exclusivas e que se

forem feitas a mais

por qualquer motivo

sobrarão

6-Muitas peças

acabam sendo

fabricadas em

quantidade errada

devido a erros nas

estruturas de alguns

produtos

8-Peças que são

feitas a mais não são

atualizadas no

sistema de controle

de estoque

7-Existe uma

forte pressão

para aproveitar

ao máximo os

materiais para

supostamente

diminuir os

custos

9-No setor de fabricação de

peças existe o modelo mental

de que as peças feitas a mais

serão consumidas

inevitavelmente e por este

motivo não necessitariam ser

atualizadas no sistema

5-Peças são

efetivamente feitas a

mais que o necessário

no setor de fabricação

de peças para

aproveitar ao máximo

as chapas

10-Algumas estruturas de

produto estão incorretas

quando utilizadas para

fabricar as peças

11-Não há

revisão de

todas as

estruturas

antes da

fabricação

15-Há poucos

colaboradores

na engenharia

14-Há muitos

novos produtos

para projetar

12-A engenharia

de produto não

possui condições

de realizar todo o

trabalho de

projetar, revisar e

alterar as

estruturas já

existentes

13-Existência

na empresa de

um modelo

mental de que

somente a

engenharia

pode fazer

alterações nas

estruturas de

produto

16-Alterações

para realizar nas

estruturas antigas

surgem

constantemente

19-Acontecem alterações em produtos

padrão,com retirada ou inclusão de peças

20-Pressão para

manter poucos e

bons funcionários no

setor de engenharia

22-Peças são

feitas nas dimensões

erradas e

vão para os

estoques

23-Alguns dos

desenhos utilizados

para fabricar as

peças estão errados

24-Não há

revisão,

alteração

ou

atualização

de todos os

desenhos

no sistema

25-Peças novas tem

de ser feitas as

pressas para sua

utilização na

fabricação de alguns

tipos de base, mesmo

havendo peças nos

estoques, pois

algumas possuem

defeitos

26-

Algumas

das peças

que estão

no estoque

possuem

defeitos e

constam no

sistema

como se

fossem

peças boas

27-Peças

defeituosas

não podem

ser

utilizadas

28-Algumas peças defeituosas

são levadas aos estoques como

se fossem boas

30-Não há

esforço

necessário por

parte dos

trabalhadores

do setor de

fabricação de

peças para que

as peças saiam

sempre dentro

das

especificações

29-

Máquinas

utilizadas

na

fabricação

das peças

estão com

problemas

pois são

antigas

31-Não há

inspeção no

trabalho do

setor de

fabricação de

peças que

impeça as

peças

defeituosas de

irem a frente

no sistema

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Figura 3. Árvore da Realidade Atual. Fonte: (O autor)

no Diagrama de Evaporação das Nuvens. O Diagrama de Evaporação das Nuvens pode ser

observado na figura 4.

A versão final, com a injeção escolhida após algumas tentativas, analisou e procurou eliminar

o EI número 12 e foi escolhida devido ao fato de que: i) possuía uma injeção que demandaria

poucos recursos para ser implementada; ii) por atender ao objetivo colocado no diagrama e;

iii) por trazer a possibilidade de afetar diretamente as causas/EIs número 9, 12, 13, e 31 assim

modificando o efeito final do sistema.

Figura 4. Diagrama de Evaporação das Nuvens. Fonte: (O autor)

No diagrama, há dois lados, com diferentes pontos de vista quanto ao que é necessário para

contemplar o objetivo que foi estabelecido em comum para ambas as partes. O objetivo

Fazer todas as alterações

necessárias nos desenhos

e nas estruturas dos

produtos

O pessoal da engenharia

deve focar em uma

gama menor de tarefas

O pessoal da engenharia

deve ser versátil,

desempenhar várias

funções, e possuir um alto grau de

conhecimento

Aumentar o

número de funcionários da

engenharia

Deve haver poucas

pessoas na engenharia e o quadro de funcionários

não deve aumentar

Menor número de

tarefas por colaborador

Evitar erros e

esquecimentos quanto a

atualizar as estruturas

Possuir mais

conhecimentos sobre alterações necessárias

O profissional que atinge este nível se torna muito caro e para chegar a tal

patamar é preciso de muito tempo de

treinamento

Injeção

Ampliar participação do PCP

17- O mercado busca por

implementos especiais que não são

iguais aos projetos anteriores

18- Empresa

vende

constantemente

produtos

especiais

21-Profissionais da engenharia

de produto são caros e

demoram muito a ser treinados

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definido foi encontrar alguma solução para realizar todas as alterações necessárias nos

desenhos e nas estruturas dos produtos antes de serem utilizadas pelo setor de fabricação de

peças. O diagrama foi elaborado conforme as especificações do referencial bibliográfico e o

exercício para alcançar uma solução adequada visou tornar falsos os pressupostos que

sustentavam as necessidades que os lados do diagrama diziam ser necessárias para atingir o

objetivo em comum definido.

Deste conflito a injeção que surgiu foi a de ampliar a participação do PCP, colocando-o a

realizar tarefas de engenharia e controlando melhor o setor de fabricação de peças. Isto possui

interessantes efeitos na ARA, o que é abordado na Árvore da Realidade Futura da figura 5, a

seguir.

2-Peças são

consumidas de acordo

com a necessidade

programada pelo PCP

3-Peças não chegam em

quantidade superior a

necessária

4-Há pedidos que

possuem peças

exclusivas e que se

forem feitas a mais

por qualquer motivo

sobrarão

6-Peças não são

fabricadas em

quantidade errada

devido a erros nas

estruturas de alguns

produtos

8-Peças que são

feitas a mais são

atualizadas no

sistema de controle

de estoque

7-Existe uma

forte pressão

para aproveitar

ao máximo os

materiais para

supostamente

diminuir os

custos

9- Mudança no

modelo mental no

setor de fabricação

de peças.Agora peças

feitas a mais serão

atualizadas no

sistema

5-Peças não são

efetivamente feitas a

mais que o necessário

no setor de fabricação

de peças para

aproveitar ao máximo

as chapas

10-Estruturas de produto

não estão incorretas

quando utilizadas para

fabricar as peças

11-Há revisão

de todas as

estruturas

antes da

fabricação

12-A engenharia de

produto realiza

trabalho em conjunto

com PCP e assim há

condições de realizar

todo o trabalho de

projetar, revisar e

alterar as estruturas já

existentes.

13-Mudança no

modelo mental de que

somente a engenharia

pode fazer alterações nas estruturas de

produto, podem agora

ser feitas pelo PCP

16-Alterações para realizar

nas estruturas antigas

surgem constantemente

22-Apenas

peças feitas

nas dimensões

corretas vão

para os

estoques

23-Os desenhos

utilizados para

fabricar as peças

estão corretos

24-Há

revisão,

alteração ou

atualização

de todos os

desenhos no

sistema.

25-As peças levadas

aos estoques nas

quantidades corretas

podem ser utilizadas

26-As peças

em

quantidade

adequada que

estão no

estoque não

possuem

defeitos e

constam no

sistema

como se

fossem peças

boas

27-Peças

defeituos

as não

podem

ser

utilizadas

28-Nenhuma peça defeituosa

será levada aos estoques como

se fosse boa

30-Há esforço

necessário por

parte dos

trabalhadores

do setor de

fabricação de

peças para que

as peças que

forem para os

estoques saiam

sempre dentro

das

especificações

29-

Máquinas

utilizadas

na

fabricação

das peças

estão com

problemas

pois são

antigas

31-Com a

intervenção

direta do PCP, há

inspeção e

cobrança no

trabalho do setor

de fabricação de

peças que impeça

as peças

defeituosas de

serem fabricadas

e irem a frente no

Estoques com níveis aceitáveis

Injeção:

Ampliar participação

do PCP

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Figura 5. Árvore da Realidade Futura. Fonte: (O autor)

4.3. Construção da Árvore de Realidade Futura (ARF)

A Construção da Árvore de Realidade Futura aqui é utilizada para provar logicamente que a

injeção, que atua em várias causas e EIs, modifica os efeitos indesejáveis e os transforma em

efeitos desejáveis, para que ao final o efeito indesejável 1 da ARA se transforme em um efeito

desejável.

A intenção aqui não é modificar todos os efeitos e causas, mas quantidade suficiente para

contemplar o objetivo do trabalho. A injeção atua diretamente nas causas/EIs 9, 12, 13 e 31.

Ao alterar as causas apresentadas na ARA e não surgindo outras causas assinaláveis, a

expectativa é de que, caso seja implementada a injeção, o problema 1 seja eliminado.

Também há a expectativa de que esta injeção abra precedentes para aplicação das ferramentas

em outros problemas na gestão de estoques das linhas de implementos rodoviários da

empresa.

5. Conclusões

O presente estudo de caso demonstrou que o Processo de Pensamento da Teoria das

Restrições pode contribuir para combater problemas relacionados à gestão de estoques, pois a

Árvore da Realidade Atual trouxe à tona as poucas causas que geram os efeitos indesejados

descritos no sistema estudado pela mesma, já com a utilização do Diagrama de Evaporação

das Nuvens foi possível forçar a criação de uma solução que possibilitou resolver o principal

problema descrito dentro do âmbito deste estudo. Com a aplicação da Árvore da Realidade

Futura os efeitos indesejáveis relevantes foram novamente desenhados e como resultado, o

problema principal, descrito no topo da ARA, foi transformado em efeito desejável.

Aumentar a participação do PCP para modificar significativamente a situação problema

realmente possui evidências de ser uma solução promissora, porém como a solução não foi

colocada em prática, por hora isso somente pode ser afirmado no âmbito deste estudo. Com a

implementação de tal solução, os benefícios a gestão de estoques da linha provavelmente

levariam a uma economia com materiais, mão-de-obra, espaço utilizado e uma provável

contribuição para redução no lead time de fabricação de bases. Além disso, pode haver

relação entre as causas encontradas para o problema descrito neste estudo com as causas de

outros problemas enfrentados hoje pela empresa.

Academicamente, este trabalho visou inserir os conceitos da TOC em um problema real

vivenciado na gestão de estoques da empresa, e isto trás várias possibilidades para trabalhos

15-Há poucos colaboradores

na engenharia

14-Há muitos

novos

produtos para

projetar

17- O mercado busca por

implementos especiais que não são

iguais aos projetos anteriores

18- Empresa

vende

constantemente

produtos

especiais

19-Acontecem alterações em produtos

padrão,com retirada ou inclusão de peças

21-Profissionais da engenharia

de produto são caros e

demoram muito a ser treinados

20-Pressão para manter

poucos e bons funcionários no

setor de engenharia

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futuros; (i) Utilizar as ferramentas Árvore de Transição e Árvore de Pré-Requisitos para

ajudar a colocar em prática a solução encontrada, caso assim seja decidido; (ii) Utilizar as

ferramentas do Processo de Pensamento para encontrar causas e solucionar problemas na

gestão de estoques de outras linhas e; (iii) Fazer uso das ferramentas em outras áreas da

empresa que possuem questões gerenciais relevantes a serem solucionadas.

Desta forma, o leque de possibilidades para aplicação do Processo de Pensamento da Teoria

das Restrições se evidencia vasto e este estudo, dentro de seu objetivo, demonstra com êxito a

aplicação em uma destas possibilidades.

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