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Terceira Igreja Presbiteriana de Belo Horizonte Escola Bíblica Dominical “Caminhada Bíblica” 20/11/2016 Apocalipse 1. Sobrevoo A) Introdução O livro de Apocalipse foi escrito num período em que os cristãos estavam sendo ameaçados por Roma e, sem dúvida, sofriam pressão para renunciar à sua fé e aceitar o culto ao imperador. Alguns afirmam que o livro foi escrito durante a perseguição promovida por Nero depois do incêndio de Roma em 64 d.C. No entanto, é mais provável que sua redação corresponda a uma data durante o reinado de Domiciano (81-96 d.C.), período de grande perversidade. Essa data foi defendida por Irineu (130-200 d.C.), patriarca da Igreja, e por outros autores cristãos primitivos, além de se adequar melhor ao quadro narrado nos caps. 2 e 3. Essa última data é amplamente aceita pelos estudiosos modernos do livro. 2. Mergulho no Livro 2.1. Significado: (grego apokalúpsis, -eós, ação de destapar, revelação) substantivo masculino. “Apocalipse", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa. 2.2. Autoria: João (90 d. C.) 2.3. Interpretações: Em linhas gerais, existem quatro pontos de vista principais atinentes ao livro: a) Preterista: segundo o qual as profecias do livro foram cumpridas nos primeiros séculos da história da igreja. b) Histórico: vê o livro como um panorama histórico da Igreja, dos dias de João até o fim dos tempos. c) Idealista: que considera o livro uma representação figurativa dos grandes princípios do Bem e do Mal em constante conflito, sem referência a acontecimentos históricos reais. d) Futurista: que entende a maior parte do livro (cap. 4-22) como profecias a serem cumpridas, que parece mais coerente com o todo do livro e da própria Bíblia. O livro é uma revelação (1:1) e como tal deve ser entendido. 2.4. Conteúdo: Esta é a revelação de Jesus Cristo, e ele é o centro de todo o livro (1:1). Em sua glória ressurreta (cap. 1), ele dirige suas igrejas na terra (caps. 2 e 3). Ele é o Cordeiro morto e ressurreto a quem toda glória é devida e a quem todo louvor deve ser dirigido (caps. 4 e 5). Os julgamentos sobre o período vindouro da tribulação sobre a terra são a demonstração da ira do Cordeiro (caps. 6 a 19). O retorno de Cristo à terra é descrito no cap. 19:11-21. O reinado milenar de Cristo é descrito no cap. 20, ao passo que os novos céus e a nova terra o são nos caps. 21 e 22. 2.5. Versículos-chave : E aquele que está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E acrescentou: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras. (Ap 21:5); Aquele que dá testemunho destas coisas diz: Certamente, venho sem demora. Amém! Vem, Senhor Jesus! (Ap 22:20). 2.6. Armagedom e Apocalipse: uma curiosidade Muita gente se refere ao fim dos tempos usando duas palavras que, na verdade, não têm o mesmo significado. Se você tem algum tipo de interesse em como a Terra vai acabar, seja por motivos religiosos ou não, saiba que “apocalipse” e “armagedom” são coisas bem diferentes. A palavra “armagedom” representa o local do fim do mundo, enquanto

Apocalipse - Terceira · PDF fileexistem três interpretações para o arrebatamento da Igreja que são: Pré, Pós ou Meso-tribulacionismo. 3. Reflexão 3.1

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Terceira Igreja Presbiteriana de Belo Horizonte Escola Bíblica Dominical “Caminhada Bíblica” 20/11/2016

Apocalipse 1. Sobrevoo A) Introdução O livro de Apocalipse foi escrito num período em que os cristãos estavam sendo ameaçados por Roma e, sem dúvida, sofriam pressão para renunciar à sua fé e aceitar o culto ao imperador. Alguns afirmam que o livro foi escrito durante a perseguição promovida por Nero depois do incêndio de Roma em 64 d.C. No entanto, é mais provável que sua redação corresponda a uma data durante o reinado de Domiciano (81-96 d.C.), período de grande perversidade. Essa data foi defendida por Irineu (130-200 d.C.), patriarca da Igreja, e por outros autores cristãos primitivos, além de se adequar melhor ao quadro narrado nos caps. 2 e 3. Essa última data é amplamente aceita pelos estudiosos modernos do livro. 2. Mergulho no Livro 2.1. Significado: (grego apokalúpsis, -eós, ação de destapar, revelação) substantivo masculino. “Apocalipse", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa. 2.2. Autoria: João (90 d. C.) 2.3. Interpretações: Em linhas gerais, existem quatro pontos de vista principais atinentes ao livro: a) Preterista: segundo o qual as profecias do livro foram cumpridas nos primeiros séculos da história da igreja. b) Histórico: vê o livro como um panorama histórico da Igreja, dos dias de João até o fim dos tempos. c) Idealista: que considera o livro uma representação figurativa dos grandes princípios do Bem e do Mal em constante conflito, sem referência a acontecimentos históricos reais. d) Futurista: que entende a maior parte do livro (cap. 4-22) como profecias a serem cumpridas, que parece mais coerente com o todo do livro e da própria Bíblia. O livro é uma revelação (1:1) e como tal deve ser entendido. 2.4. Conteúdo: Esta é a revelação de Jesus Cristo, e ele é o centro de todo o livro (1:1). Em sua glória ressurreta (cap. 1), ele dirige suas igrejas na terra (caps. 2 e 3). Ele é o Cordeiro morto e ressurreto a quem toda glória é devida e a quem todo louvor deve ser dirigido (caps. 4 e 5). Os julgamentos sobre o período vindouro da tribulação sobre a terra são a demonstração da ira do Cordeiro (caps. 6 a 19). O retorno de Cristo à terra é descrito no cap. 19:11-21. O reinado milenar de Cristo é descrito no cap. 20, ao passo que os novos céus e a nova terra o são nos caps. 21 e 22. 2.5. Versículos-chave: E aquele que está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E acrescentou: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras. (Ap 21:5); Aquele que dá testemunho destas coisas diz: Certamente, venho sem demora. Amém! Vem, Senhor Jesus! (Ap 22:20). 2.6. Armagedom e Apocalipse: uma curiosidade Muita gente se refere ao fim dos tempos usando duas palavras que, na verdade, não têm o mesmo significado. Se você tem algum tipo de interesse em como a Terra vai acabar, seja por motivos religiosos ou não, saiba que “apocalipse” e “armagedom” são coisas bem diferentes. A palavra “armagedom” representa o local do fim do mundo, enquanto

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“apocalipse” pode representar uma série de eventos diferentes. A Bíblia conta com apenas uma referência ao armagedon. Essa palavra vem do hebraico “har”, que significa “montanha”; e de “Megido”, que era o nome de uma cidade que pertencia aos cananeus. A tal cidade hoje não passa de ruínas, localizadas a 90 km de Jerusalém. A história de Megido sempre foi permeada com muitas lutas e sangue, inclusive em relatos bíblicos. O próprio rei Salomão usou a cidade para abrigar seus cavalos. Posteriormente, em 1918, a batalha entre britânicos e turcos acabou dando origem a Israel moderna. É dito que o período de mil anos de paz começará em Armagedom, quando Jesus e todos os santos derrotarão o Anticristo. Já o Apocalipse, como vimos, significa revelação, uma visão profética do futuro. No livro do Apocalipse há uma descrição de uma batalha final (Armagedom), na qual o Anti-Cristo será derrotado. 2.7. A segunda vinda de Cristo Existe consenso na posição evangélica que a segunda vinda de Cristo será: Física e visível, haverá sinais, haverá sofrimento, acontecerá o arrebatamento e será repentina. Os sinais são: a expansão do evangelho, surgimento dos falsos profetas, sinais no céu e o aparecimento do Anticristo. Já quanto a questão do Milênio (Ap 20:2 -3) existem três posições distintas: amilenista, pré-milenista e pós-milenista. A referência para as posições pré e pós é a segunda vinda de Cristo; a volta de Jesus. Para a posição pré—milenista existem três interpretações para o arrebatamento da Igreja que são: Pré, Pós ou Meso-tribulacionismo.

3. Reflexão 3.1. Um livro que aponta para a volta de Jesus. 2Tm 4:8. Indiferença, alegria ou medo, qual tem sido a sua postura em relação a volta de Jesus? A sua esperança de um novo céu e uma nova terra está fundamentada na volta de Jesus?

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Quem é Jesus? Em Gênesis, Jesus Cristo é a semente da mulher. Em Êxodo, ele é o cordeiro da páscoa. Em Levítico, ele é o nosso sacerdote supremo. Em Números, ele é o pilar de nuvem durante o dia, e pilar de fogo à noite. Em Deuteronômio, ele é o profeta que fala pela boca de Moisés. Em Josué, ele é o capitão da nossa salvação. Em Juízes, ele é o nosso juiz, que julga e nos dá a lei. Em Rute, ele é o nosso parente resgatador. Em I e II Samuel, ele é nosso profeta confiável. Em Reis e Crônicas, ele é o nosso rei soberano. Em Esdras, ele é o reconstrutor das muralhas da vida humana. Em Ester, ele é o nosso Mordecai. Em Jó, ele é o nosso redentor eterno, aquele que nos restaura e cura as feridas mais profundas. Em Salmos, ele é o nosso pastor. Em Provérbios e Eclesiastes, ele é a nossa sabedoria. Em Cantares de Salomão, ele é o nosso amado noivo. Em Isaías, ele é o príncipe da paz. Em Jeremias, ele é o nosso ramo de justiça. Em Lamentações, ele é o nosso profeta lamentador. Em Ezequiel, ele é o maravilhoso homem de quatro faces. Em Daniel, ele é o quarto homem na fornalha de fogo. Em Oséias, ele é o marido fiel, casado para sempre com uma mulher desviada. Em Joel, ele é o que batiza com o Espírito Santo e com fogo. Em Amós, ele é o que carrega nosso fardo. Em Obadias, ele é poderoso para salvar. Em Jonas, ele é nosso missionário. Em Miquéias, ele é o mensageiro de belos pés. Em Naum, ele é o vingador da lei de Deus. Em Habacuque, ele é o grito evangelístico de Deus: ‘aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos’. Em Sofonias, ele é o nosso salvador. Em Ageu, ele é o restaurador da herança perdida de Deus. Em Zacarias, ele é o vindouro Rei, justo e salvador, humilde, que viria montado em jumentinho. Em Malaquias, ele é o filho da justiça se erguendo com cura em suas asas. Em Mateus, ele é o rei dos judeus. Em Marcos, ele é o servo. Em Lucas, ele é o filho do homem, sentindo o que você sente. Em João, ele é o filho de Deus, o verbo encarnado, a luz que resplandece sobre as trevas. Em Atos, ele é o salvador do mundo. Em Romanos, ele é a justiça de Deus. Em I Coríntios, ele é a rocha firme. Em II Coríntios, ele é o triunfante que dá a vitória. Em Gálatas, ele é a sua liberdade, Ele te liberta. Em Efésios, ele é o cabeça da Igreja. Em Filipenses, ele é a sua alegria. Em Colossenses, ele é a sua plenitude. Em I e II Tessalonicenses, ele é a sua esperança. Em I Timóteo, ele é a sua fé. Em II Timóteo, ele é a sua estabilidade. Em Tito, ele é a verdade. Em Filemom, ele é seu beneficiário. Em Hebreus, ele é a sua perfeição. Em Tiago, ele é o poder da sua fé. Em I Pedro, ele é o seu exemplo. Em II Pedro, ele é a sua pureza. Em I João, ele é a sua vida. Em II João, ele é o seu padrão. Em III João, ele é a sua motivação. Em Judas, ele é a fundação da sua fé. E em Apocalipse, ele é o Rei vindouro, o primeiro e o último, o início e o fim, o criador de tudo, o arquiteto do universo, o melhor de todos os tempos, aquele que sempre foi, que é, e que sempre será, o imutável e invencível, aquele que foi ferido, mas trouxe cura, que foi perfurado por nossas transgressões, mas alivia as dores. Ele foi perseguido, mas trouxe a liberdade. Ele esteve morto, mas trouxe a vida. Ele está vivo e trás vida! Ele reina e trás paz! O mundo não consegue entendê-lo; os exércitos não podem vencê-lo. Escolas não podem explicá-lo e os líderes não podem ignorá-lo. Herodes não conseguiu matá-lo; Fariseus, não conseguiram confundi-lo. As pessoas não conseguiram detê-lo; Nero não conseguiu destruí-lo. Hitler não conseguiu silenciá-lo; a Nova Era não consegue substituí-lo, e a Oprah não consegue explicá-lo. Ele é vida, amor, longevidade, e mais... Ele é bondade, gentileza, zelo, e Ele é Deus. Ele é santo, justo, poderoso, puro. Seus caminhos são corretos e suas palavras são eternas; sua vontade não muda e sua vida está naqueles que nele crêem. Ele é o nosso redentor; o nosso salvador, o nosso guia, a nossa paz e a nossa alegria! Ele é o nosso conforto, o nosso Senhor, o nosso Deus!

1 Retirado e transcrito do YOUTUBE, Disponível em http://www.youtube.com/watch?v=oIyeonP9lFY. Acesso em 08 de Jun. 2011. O texto original foi aqui transcrito com algumas pequenas alterações e alguns acréscimos.