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Apontamentos de História A Módulo 8- Portugal e o Mundo da Segunda Guerra Mundial ao início da década de 80 – opções internas e contexto internacional. 1. O Nascimento e Afirmação de um novo quadro geopolítico 1.1 – A reconstrução do Pós-Guerra A. Relacionar a rutura entre os aliados como a extensão de influência soviética na Europa de Leste e o novo quadro geopolítico pós a 2º GM. R: Definição das áreas de influência O novo traçado da Europa decorrente das conferências de paz divide o continente em duas áreas delimitadas: 1. Ocidente A Europa atlântica, destruída e reconstruida graças às economias dos EUA – Capitalista – EUA. 2. Leste - Uma Europa destruída, liberta da ocupação nazi graças à ação do exército vermelho e onde governos comunistas ascendem ao poder. É chamada Europa de leste, construída pela Hungria, Roménia, Polónia, Bulgária, Checoslováquia, RDA. A Jugoslávia e a Albânia também aderiram ao regime comunista mas afastaram-se da esfera soviética O mundo apresentava-se dividido por dois polos geopolíticos: EUA e URSS (Churchill -“cortina de ferro”)

Apontamentos de História A

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Apontamentos de História A

Módulo 8- Portugal e o Mundo da Segunda Guerra Mundial ao início da década de 80 – opções internas

e contexto internacional.

1. O Nascimento e Afirmação de um novo quadro geopolítico

1.1 – A reconstrução do Pós-GuerraA. Relacionar a rutura entre os aliados como a extensão de

influência soviética na Europa de Leste e o novo quadro geopolítico pós a 2º GM.

R: Definição das áreas de influência

O novo traçado da Europa decorrente das conferências de paz divide o continente em duas áreas delimitadas:1. Ocidente – A Europa atlântica, destruída e reconstruida graças

às economias dos EUA – Capitalista – EUA.2. Leste - Uma Europa destruída, liberta da ocupação nazi graças à

ação do exército vermelho e onde governos comunistas ascendem ao poder. É chamada Europa de leste, construída pela Hungria, Roménia, Polónia, Bulgária, Checoslováquia, RDA.

A Jugoslávia e a Albânia também aderiram ao regime comunista mas afastaram-se da esfera soviética

O mundo apresentava-se dividido por dois polos geopolíticos: EUA e URSS (Churchill -“cortina de ferro”)

B. Explicar a fundação, e os objetivos da ONU, a forma de funcionamento e efetuar um balanço da ação da ONU.

R: A preservação da paz e a promoção da colaboração entre todos os povos foi um dos objetivos de todas as conferências realizadas pelos Aliados.

Estes objetivos foram confirmados na Conferência de Ialta. [Coube a Roosevelt a iniciativa da criação da ONU.] E tiveram concretização na Conferência de São Francisco, ainda em 1945, com a assinatura da Carta das Nações Unidas por 51 países envolvidos na guerra contra o EIXO.

Fundada em 24 de outubro de 1945, na cidade de São Francisco (Califórnia – Estados Unidos), a ONU (Organização das Nações Unidas) é uma organização constituída por governos da maioria dos países do mundo.

Quando foi fundada, logo após a Segunda Guerra Mundial, contava com a participação de 51 nações. Ainda no clima do pós-guerra, a ONU procurou desenvolver mecanismos multilaterais para evitar um novo conflito armado mundial.

A Carta das Nações Unidas define como objetivos principais da ONU:

Garantir a paz mundial, colocando-se contra qualquer tipo de conflito armado;

Dissuadir a prática de atos de agressão, utilizando meios pacíficos; pela resolução dos conflitos à sua nascença, com recurso a uma intensa atividade diplomática;

Defesa dos direitos fundamentais do ser humano;

Promoção da cooperação entre todos os países membros em todos os domínios, como forma de evitar desequilíbrios e de, assim, debelar todos os fatores da crise económico-social que pudessem degenerar em conflito político-militar, nacional ou internacional.

Promover relações de amizade entre todos os países do mundo, com base na igualdade e no direito à autodeterminação.

Criação de condições que mantenham a justiça e o direito internacional.

Declaração Universal dos Direitos do Homem 10 de dezembro de 1948 - Eleanor Roosevelt exibe cartaz contendo a Declaração Universal dos Direitos Humanos (1949)

A Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) é um documento marco na história dos direitos humanos. Elaborada por representantes de diferentes origens jurídicas e culturais de todas as regiões do mundo, a Declaração foi proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em Paris, em 10 de Dezembro de 1948, através da Resolução 217 A (III) da Assembleia Geral como uma norma comum a ser alcançada por todos os povos e nações.

Ela estabelece, pela primeira vez, a proteção universal dos direitos humanos. A DUDH, em conjunto com o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos e seus dois Protocolos Opcionais (sobre procedimento de queixa e sobre pena de morte) e com o Pacto Internacional dos Direitos Económicos, Sociais e Culturais e seu Protocolo Opcional, formam a chamada Carta Internacional dos Direitos Humanos.

o As Nações Unidas trabalham ativamente para definir, monitorar e ajudar os Estados-Membros a implantarem as normas internacionais dos direitos humanos.

o Os direitos económicos, sociais, culturais, civis e políticos e o direito ao desenvolvimento são reconhecidos como direitos universais, indivisíveis e direitos mutuamente fortalecidos de todos os seres humanos, sem distinção. A não discriminação e a igualdade têm sido cada vez mais reafirmadas como princípios fundamentais do direito internacional dos direitos humanos e como elementos essenciais da dignidade humana.

Órgãos de Funcionamento:

Assembleia Geral:

o Órgão deliberativo máximo que tem como atribuições principais discutir,

iniciar estudos e deliberar sobre qualquer questão que afete a paz e segurança em qualquer âmbito, exceto quando a mesma estiver sendo debatida pelo Conselho de Segurança; receber e apreciar os relatórios do Conselho de Segurança e demais órgãos da ONU e eleger membros do Conselho de Segurança, do Conselho Econômico e Social e do Conselho de Tutela.

Conselho Econômico e Social  (ECOSOC):

o Coordena o trabalho econômico e social da ONU e das demais instituições integrantes, além de formular recomendações relacionadas a diversos setores como direitos humanos, economia, industrialização, recursos naturais e etc.

Conselho de Tutela:

o Esse conselho foi criado com o propósito de auxiliar os territórios sob

tutela da ONU a constituir governos próprios e, após anos de atuação, foi extinto em 1994 quando Palau  (no Pacífico), o último território sob tutela da ONU, tornou-se um Estado soberano.

Corte Internacional de Justiça (Tribunal de Haia)

o Órgão jurídico máximo da ONU que através de convenções ou costumes internacionais, princípios gerais de direito reconhecidos pelas nações civilizadas, jurisprudência e pareceres ou mesmo através de acordos; tem o poder de decisão sobre qualquer litígio internacional, seja ele

parte integrante de seu estatuto ou solicitado por qualquer país membro ou não membro (apenas países, não indivíduos), desde que, no último caso, obedeça alguns critérios.

Secretariado:o Presta serviços a outros órgãos da ONU e administra os programas e

políticas que elaboram, além de chamar a atenção do Conselho de Segurança sobre qualquer assunto a ele pertinente.

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU):

o Foi criado em 1945, no fim da Segunda Guerra Mundial, com o objetivo de manter a paz e a segurança internacionais. É ele que autoriza sanções económicas, o envio de missões de paz e o uso da força - e é considerado o órgão mais importante da ONU. Como membros permanentes estão as cinco maiores potências militares (Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, França e China), que, na época da criação do órgão, representavam os responsáveis pela estabilidade internacional. Eles têm direito de veto, ou seja, podem proibir a aprovação de qualquer resolução. Dessa forma ser um membro permanente garante muito mais poder ao país. Os outros dez membros são rotativos, eleitos pela Assembleia Geral da ONU, e cumprem mandato de dois anos.

BALANÇO DA AÇÃO DA ONU:

o A ONU mantém-se ativa desde a sua instituição, em 1945, e viu quadruplicar o número dos seus membros. Resistindo a graves conjunturas de crise internacional, não teve o mesmo fim da SDN que a antecedeu.

o No decorrer da sua existência, a ONU tem encontrado problemas na sua atuação, e os objetivos definidos em S. Francisco não têm sido completamente cumpridos. Com efeito, não conseguiu evitar a eclosão e o prolongamento de violentos conflitos regionais, ou assumiu posições ambíguas e até demagógicas na salvaguarda dos interesses das grandes potências, o que lançou a instituição em situação de algum descrédito. Como causa da sua relativa ineficácia, podemos apontar:

O peso da máquina burocrática e a delicadeza dos problemas em que é necessário intervir. Na maioria dos casos, a s tentativas de resolução de conflitos ou a implementação dos programas de apoio económico-social implicam a intromissão em questões internas dos Estados, tornando-se necessário discutir os problemas com rigor e empreender múltiplas e complicadas ações diplomáticas;

O facto de a aprovação das resoluções depender do acordo dos membros que têm assento permanente no Conselho de Segurança, na prática, as superpotências. No tempo da Guerra Fria, era muito difícil conciliar os interesses geoestratégicos de americanos e soviéticos. E ainda hoje, terminado esse ambiente de tensão, se notam algumas reminiscências dessas desinteligências na resolução de alguns problemas internacionais.

o Temos, no entanto, de registar que o mundo, atualmente, não seria o mesmo sem a intervenção da ONU. A sua ação foi e continua a ser inegavelmente meritória:

No apoio à descolonização após os anos 60; Na criação de zonas livres de armas nucleares; Na busca de plataformas de entendimento entre todas as nações

do Mundo, através da promoção de contatos diplomáticos, de forma a evitar a eclosão ou alastramento dos conflitos (com muitos êxitos conseguidos);

No levantamento dos gravíssimos problemas que afetam o planeta, em geral, e dos países subdesenvolvidos, em particular, e procura de soluções através da promoção da ajuda internacional.

Capacetes Azuis:

o Forças de manutenção da paz das Nações Unidas, conhecidos como Capacetes azuis são forças militares multinacionais instituídas pela Organização das Nações Unidas com a aprovação e objetivos designados pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas para atuar em zonas de conflito armado. • Geralmente os objetivos das missões estão relacionados ao monitoramento de cessar-fogos, supervisionamento de retirada de tropas, entre outras possibilidades.

o Capacetes azuis é o nome pelo qual são conhecidas as tropas multinacionais que servem nas Forças de Paz da ONU para a resolução de conflitos internacionais em países envolvidos em conturbação social.

o Tais nomes são devidos ao fato de que essas tropas utilizam como cobertura (nome que se dá, militarmente, aos chapéus, bonés, boinas e capacetes) boinas e capacetes na cor azul, a mesma da bandeira da ONU.

o As operações de paz das Nações Unidas são um instrumento singular e dinâmico, desenvolvido pela Organização para ajudar os países devastados por conflitos a criar as condições para alcançar uma paz permanente e duradoura. A primeira operação de paz das Nações Unidas foi estabelecida em 1948, quando o Conselho de Segurança autorizou a preparação e o envio de militares da ONU para o Oriente Médio para monitorar o Acordo de Armistício entre Israel e seus vizinhos árabes. Desde então, 63 operações de paz das Nações Unidas foram criadas.

o As tropas de paz da ONU proporcionam o apoio e a segurança essenciais a milhões de pessoas, assim como a instituições frágeis, emergindo de um conflito. Tropas são enviadas a regiões devastadas por guerras, onde ninguém pode ou quer ir, e evitam que o conflito recomece ou cresça ainda mais.

o As operações de paz da ONU são um veículo imparcial e amplamente aceito por sua ação efetiva. • As operações de paz da ONU proporcionam um elemento de segurança vital e estabilizador em situações pós-conflito, o que possibilita que os esforços de paz prossigam. Mas as missões de paz podem não ser a única ferramenta necessária para tratar de todas as situações de crise.

o As operações de paz apoiam o processo de paz, não podem substituí-lo.

C. Analisar a conjuntura favorável que conduziu à primeira vaga de descolonização.

R: Contexto:O fim da 2º GM e a divisão do mundo em dois blocos foi o arranque dos processos de descolonização. A partir de 1945 desenvolveram-se entre os povos colonizadores fontes de sentimentos de recusa da dominação Europeia e instalou-se uma vontade de lutar pela dignidade de serem livres e responsáveis pelos seus próprios destinos.

Fatores:1. Aparecimento entre os povos colonizados de nacionalistas locais.

Que se colocaram a frente de movimentos de luta pela independência.

2. Os enfraquecimentos das potências administrantes no exército do poder colonial durante a 2º GM

3. A participação de muitos povos colonizados nos exércitos europeus, em luta pela democracia e pela liberdade das potências administrantes contra o totalitarismo nazi. Esta presença fez-lhes ver que a luta pela sua própria independência devia prosseguir á liberdade e á democracia que servia para as potências coloniais, também devia servir para os povos colonizados.

4. O apoio das superpotências aos movimentos de libertação por questões de ideologia alargar a sua área de influência, as colonias das potências europeias e de controlarem as suas ricas matérias-primas.

5. A ascensão dos partidos de esquerda na Europa que denunciam os abusos e excessos de colonização.

6. Os princípios consignados na Carta das Nações e em particular a proclamação da Declaração Universal dos Direitos Humanos a partir de 1948.

As potências colonizadoras:

Perante a situação aceitaram negociar processos de independência gradual de modo a conseguirem formas de conciliação com a entrega do poder a minorias brancas, e constituições de futuras uniões políticas com os povos recém-independentes.

1º Vaga independentistas:

Ásia:

o Vietname

o Filipinas

o União indiana e Paquistão

o Indonésia

o Malásia

Médio Oriente:

o Líbano

o Síria

o Egito

o Iraque

1948 – Formou-se o estado de Israel.

1.2 O tempo da Guerra Fria- Consolidação de um Mundo Bipolar.

A) Aplicar os conceitos de bipolarismo e Guerra Fria.R:

Política de blocos= bipolarismo 1- Hegemonia Americana –

EUA- Mundo Ocidental

França

Inglaterra

Portugal

Espanha

Bélgica

Irlanda

Reino Unido

Islândia

Países Baixos

Luxemburgo

Bloco ocidental (países capitalistas) - líder EUA

Organização Militar -NATO

2- URSS – Bloco de Leste

Albânia

Bulgária

Checoslováquia

Hungria

Polónia

Roménia

Jugoslávia

RDA

Bloco de leste (comunista) - líder URSS – Organização Pacto de Varsóvia

Bipolarismo- divisão do mundo, depois de 1945 em dois polos: um sob a influência americana e outro sob influência soviética.

Guerra Fria:

Ambiente de tensão que caraterizou as relações entre os governos Americano e Soviético desde o final da segunda guerra em 1945 até á dissolução da URSS em 1991.

Período de grande tensão entre o bloco ocidental e o bloco de leste nos domínios ideológicos politica e económico, mas sem confronto militar entre as superpotências.

Etapas da Guerra Fria:

1) 1947-1955

Período inicial da Guerra Fria. As duas potências assumem a separação ideológica, evidenciada na doutrina de Truman dos EUA e a doutrina de Djanov da URSS. Os conflitos mais marcantes desta etapa são:

Bloqueio de Berlim (1948-1949) A guerra da coreia do norte (comunista) e a coreia do sul

(capitalista) entre (1950-1953) Guerra da Indochina (1953)

2) 1955-1962

Fase da coexistência pacífica – Estaline morreu em 1953 e o seu sucessor Krutchev tenta uma aproximação ao ocidente, simbolizada na visita aos EUA realizada em 1959. A construção de um muro que divide Berlim Oeste de Berlim Este (1961) é a materialização máxima da guerra fria: dois mundos que não se comunicam entre si. O episódio que mais perto esteve, nesta fase, de um conflito armado foi a questão dos misseis de Cuba apontados aos EUA em 1962.

3) 1962-1975

Etapa de desanuviamento - realizam-se acordos para redução do arsenal nuclear: 1968 – Tratado de não proliferação nuclear; 1972 - Acordos SALT1. Contenção de armas nucleares e conferência de Helsínquia para o entendimento na Europa.

Os EUA intervêm na guerra do Vietname onde são derrotados.

4) 1955-1985

“Guerra Fresca”. A corrida aos misseis intensificou-se em ambos os blocos. A URSS invade o Afeganistão para impedir que o regime comunista seja derrubado em 1979. Ronaldo Reagen presidente dos EUA inicia um programa chamado “Guerra das Estrelas”.

B) Explicar a política de alianças dos EUA nos anos da Guerra Fria.

R:

O governo americano considerou necessário restaurar a independência e o poder económico da Alemanha Ocidental para conter a URSS;

Unificação administrativa e monetária das zonas ocupadas por americanos, ingleses e franceses;

Atribuição de avultadas ajudas financeiras

Pretendiam as democracias ocidentais edificar uma Alemanha Ocidental rica e capaz de se reafirmar honrosamente entre as Nações livres e pacíficas, em oposição à Alemanha de Leste cada vez mais rural e pobre uma vez que o seu sector industrial foi transferido para a URSS.

Reação de Estaline:

• Considerou a política Ocidental um afrontamento - os antigos Aliados pretendiam criar um bastião do capitalismo às portas do Mundo Socialista;

• Decretou o Bloqueio de Berlim (1948): controlo militar das vias de acesso terrestre a Berlim e depois o encerramento do tráfego terrestre e fluvial entre Berlim e o Ocidente; • Visava obstruir os planos ocidentais sobre a Alemanha ou forçar a abandonar as zonas de Berlim ocupadas pelos ocidentais.

Reação ocidental:

• Truman organizou uma Ponte Aérea para reabastecer Berlim (fez chegar todo o género de produtos, numa grande manifestação de grande firmeza e poder tecnológico dos EUA);

• Fazendo saber que recorreria à força militar para a proteger e acelerou o sistema de alianças;

• Estaline ameaçou o derrube dos aviões;

“Os soviéticos encerraram o bloqueio em 1949, quando viram que era inútil tentar subjugar Berlim Ocidental por terra, pois a cidade era totalmente suprida pelo ar de combustível, alimentos e produtos básicos pelos países ocidentais."

Maio de 1949

• Representantes das quatro potências em Berlim chegam a acordo e o bloqueio é levantado.

Consequências:

• Divisão da Alemanha em dois Estados:• RFA (República Federal Alemã) – a Ocidente, Liberal, Capitalista –

capital Bona• RDA (República Democrática Alemã) – a Leste, Socialista Soviética –

capital Berlim

• Clarificou-se as posições expansionistas americana e soviética, os seus objetivos hegemónicos na construção de áreas de influência na Europa e depois no Globo.

• Originou uma intensa corrida aos armamentos e a formação dos primeiros blocos militares antagónicos: NATO e PACTO DE VARSÓVIA.

SEGUNDA CRISE DE BERLIM (1958-1961)

• O consumismo da sociedade capitalista e os seus altos salários atraiam os jovens diplomados e os quadros técnicos, o que tornava Berlim numa porta de passagem para o Ocidente.

• Estas deserções afetavam a economia da RDA e o prestígio do Mundo Socialista.

• Krutchev em 1958 lança um ultimato às zonas Ocidentais exigindo a desocupação das suas zonas e transformando-as em zona neutra da ONU.

• Não foi obtido acordo.• A crise resolveu-se em 1961 com a construção do Muro de Berlim.

A GUERRA DA COREIA (1950-1953)

• A Coreia viu os Soviéticos e os Americanos instalarem-se dum lado e doutro do paralelo 38. Pouco a pouco, construíram-se dois Estados em embrião, um pró-americano a sul, e outro pró-soviético a Norte.

• Era uma nova zona de influência comercial e territorial.• A península da Coreia é cortada pelo paralelo 38° N, uma linha que

divide dois exércitos, dois Estados: a República da Coreia, a sul, e a República Popular Democrática da Coreia, a norte. Essa demarcação, existente desde 1945 por um acordo entre os governos de Moscovo e Washington, dividiu o povo coreano em dois sistemas políticos opostos: no norte o comunismo apoiado pela União Soviética, e, no sul, o capitalismo apoiado pelos Estados Unidos.

• No início de 1949, a URSS e os EUA retiraram as suas tropas. De linha de demarcação provisória, o paralelo 38 tornou-se numa cortina de ferro asiática.

• Em 3 de Julho de 1950, depois de várias tentativas para derrubar o governo do sul, a Coreia do Norte ataca de surpresa e toma Seul, a capital. As Nações Unidas condenam o ataque e enviam forças, comandadas pelo general americano Douglas MacArthur, para ajudar a Coreia do Sul a repelir os invasores.

• Cinco dias depois, exatamente três meses após o início das hostilidades, Seul é libertada.

• Com essa vitória, os Estados Unidos mantêm a supremacia no sul. Em Outubro, as forças internacionais violam a fronteira do paralelo 38, como os coreanos haviam feito, e avançam para a Coreia do Norte. • A China, receando o eventual pôr em causa do seu regime, enviou milhares de «voluntários» para se baterem ao lado dos norte-coreanos.

• As tropas da ONU tiveram de recuar, Seul foi retomada. • Durante quase três anos, o povo coreano, uma das mais notáveis culturas da Ásia, foi envolvido em uma brutal guerra fratricida, violentíssima de ambos os lados.

• Em Junho de 1951 começam as negociações de paz, que duram dois anos e resultam num acordo assinado em Pan Mun Jon, em 27 de Julho de 1953. • Uma zona desmilitarizada separava os dois países.

• Na guerra coreana morreram cerca de três milhões e meio de pessoas. A Coreia continua dividida em Norte e Sul.

A CRISE DE CUBA (1962)

• A crise começou quando os soviéticos, em resposta à instalação de mísseis nucleares na Turquia em 1961 e à invasão de Cuba pelos EUA no mesmo ano, instalaram mísseis nucleares em Cuba.

• Houve enorme tensão entre as duas superpotências pois uma guerra nuclear parecia mais próxima do que nunca. O governo de John F. Kennedy encarou a ofensiva como um ato de guerra contra os Estados Unidos.

• Nikita Krutchev, o Primeiro-ministro da URSS, afirmou que os mísseis nucleares eram apenas defensivos, e que tinham sido lá instalados para dissuadir uma outra tentativa de invasão da ilha.

• Nenhum Presidente dos Estados Unidos poderia admitir a existência de mísseis nucleares daquela dimensão a escassos 150 quilómetros do seu território nacional. • O presidente Kennedy acautelou Krutchev de que os EUA não teriam dúvidas em usar armas nucleares contra esta iniciativa russa. Ou desativavam os silos e retiravam os mísseis, ou a guerra seria inevitável.

• Foram treze dias de suspense mundial devido ao medo de uma possível guerra nuclear, até que em 28 de Outubro Krutchev, após conseguir secretamente uma futura retirada dos mísseis EUA da Turquia, concordou em remover os mísseis de Cuba.

AS GUERRAS DA INDOCHINA E DO VIETNAME ENTRE 1945 – FINAL DOS ANOS 80

• A França estabeleceu-se na Indochina na segunda metade do século XIX.

• A Segunda Guerra Mundial e a ocupação japonesa aceleraram os movimentos de libertação nacional. Depois da capitulação do Japão Ho Chi Minh proclamou a República democrática do Vietname, mas a França reocupou o país e tornou a ligá-lo, com o Camboja e o Laos, à União Francesa.

• Ho Chi Minh entra em guerra com a França. Entrada da China comunista. Os EUA apoiam a França.

• 1954 – Acordos de Genebra puseram termo ao conflito e dividiram o Vietname em dois Estados. A norte do paralelo 17 a República Democrática do Vietname; a sul um governo pró-americano.

GUERRA DO VIETNAME (1959-1975)

• 1957 - «Segunda guerra da Indochina»• Revolta da Frente Nacional de Libertação (FNL), sustentada pelo Norte,

o Sul recorreu aos EUA que enviaram conselheiros militares. O Presidente Lyndon Johnson decidiu os bombardeamentos e o envio de tropas.

• Apesar das baixas e das manifestações de hostilidade da opinião pública americana, o presidente americano recusou ceder.

• A guerra colocou em confronto, de um lado, a República do Vietname (Vietname do Sul) e os Estados Unidos, com participação efetiva, porém secundária, da Coreia do Sul, da Austrália e da Nova Zelândia; e, de outro, a República Democrática do Vietname (Vietname do Norte) e a Frente Nacional para a Libertação do Vietname (FNL).

• A China, a Coreia do Norte e, principalmente, a União Soviética prestaram apoio logístico ao Vietname do Norte, mas não se envolveram efetivamente no conflito.

• O presidente Nixon procurou «vietnamizar a guerra», deixando os sul-vietnamitas a tarefa de defenderem a sua independência. Iniciou-se uma retirada americana, mas permaneciam ainda 500 000 soldados americanos no Vietname. Confrontado com a resistência bastante inesperada das tropas do Sul, o Vietname do Norte encarou finalmente um compromisso: a paz foi assinada em 23 de Janeiro de 1973.

• Entretanto, apesar de seu imenso poderio militar e económico, os norte-americanos falharam em seus objetivos, sendo obrigados a retirarem-se do país em 1973 e dois anos depois o Vietname foi reunificado sob governo socialista, tornando-se oficialmente, em 1976, a República Socialista do Vietname.

• Na guerra, aproximadamente três a quatro milhões de vietnamitas dos dois lados morreram, além de outros dois milhões do Camboja e do Laos, arrastados para a guerra com a propagação do conflito, e de cerca de 50 mil soldados dos Estados Unidos.

• A retirada americana não se traduziu no regresso da paz.• Em 1975, Saigão foi invadida pelos Norte-Vietnamitas, tornando-se o

Laos uma República Popular sob protetorado do Vietname e com os Kmers Vermelhos a apoderarem-se do poder no Camboja.

• A Indochina atravessou um período de violência extrema.• Era um dos centros de tensão entre a URSS, que apoiava o Vietname, e

a China, próxima do regime Kmer.• O Vietname invadiu o Camboja em 1979, mas foi obrigado a retirar-se

dez anos mais tarde, sem o apoio da URSS de Gorbatchev.

C) Contrapor a doutrina Truman com a doutrina Djanov.

R:

Doutrina Truman:

Março de 1947

Defende a necessidade de adotar um política de concentração do avanço comunista. Apelo ao ocidente para a luta contra o que

considerou ser o totalitarismo soviético e comprometeu-se a ajustar auxilio a todos os estádios, cuja liberdade fosse ameaçado por forças

externas. A doutrina Truman institucionalizou os EUA como bastião das democracias.

Doutrina Djanov:

Setembro de 1947

Surge a resposta dos soviéticos, afirma sem qualquer reserva à divisão do mundo em dois campos opostos: um imperialista totelado pelos EUA e outro democrático e anti-imperialista, totelado pela URSS e advogava o direito a

extensão da influencia comunista até ao centro da Europa, pela transformação os países vizinhos libertados da dominação nazi por ação do

exercito vermelho em satélites políticos da URSS.

D) Analisar o contributo do Plano Marshall e do COMECON para a reconstrução europeia.

R:

Plano Marshall

Com o final da 2º Guerra Mundial muitos países ficaram destruídos, era necessário muito investimento financeiro para a reconstrução destes países. Neste contexto foi criado o Plano Marshall, um plano económico para possibilitar a reconstrução dos países capitalistas. A ajuda foi feita principalmente através de empréstimos financeiros. O plano Marshall deve ser entendido no contexto da Guerra Fria para fortalecer o capitalismo e hegemonia dos EUA. O Plano foi colocado em operação em Junho de 1977, era extensível também aos países do bloco comunista que sob pressão da URSS o recusaram. Consideravam que o Plano era uma manobra para os EUA imporem a sua hegemonia no Continente Europeu.

O Plano Marshall teve bastante êxito possibilitando a recuperação económica de grande parte dos países beneficiados.

COMECON

(Plano de Ajuda Económica mútua)

Tratava-se de um conselho de assistência económica mútua através do qual se estabelecia a coordenação dos plano económicos dos países membros e a ajuda financeira da URSS aos seus aliados.

E) Reconhecer na “questão alemã” o primeiro grande foco de tensão Leste-Oeste.

R:

O governo americano considerou necessário restaurar a independência e o poder económico da Alemanha Ocidental para conter a URSS;

-Unificação administrativa e monetária das zonas ocupadas por americanos, ingleses e franceses;

-atribuição de avultadas ajudas financeiras

-Pretendiam as democracias ocidentais edificar uma Alemanha Ocidental rica e capaz de se reafirmar honrosamente entre as Nações livres e pacificas, em oposição à Alemanha de Leste cada vez mais rural e pobre uma vez que o seu sector industrial foi transferido para a URSS.

Reação de Estaline: - Considerou a política Ocidental um afrontamento - os antigos Aliados pretendiam criar um bastião do capitalismo às portas do Mundo Socialista;

- Decretou o Bloqueio de Berlim (1948): controlo militar das vias de acesso terrestre a Berlim e depois o encerramento do tráfego terrestre e fluvial entre Berlim e o Ocidente;

-Visava obstruir os planos ocidentais sobre a Alemanha ou forçar a abandonar as zonas de Berlim ocupadas pelos ocidentais. ~

Reação ocidental:-Truman organizou uma Ponte Aérea para reabastecer Berlim (fez chegar todo o género de produtos, numa grande manifestação de grande firmeza e poder tecnológico dos EUA);

-fazendo saber que recorreria à força militar para a proteger e acelerou o sistema de alianças;

-Estaline ameaçou o derrube dos aviões;

“Os soviéticos encerraram o bloqueio em 1949,quando viram que era inútil tentar subjugar Berlim Ocidental por terra, pois a cidade era totalmente suprida pelo ar de combustível, alimentos e produtos básicos pelos países ocidentais."

Maio de 1949-Representantes das quatro potências em Berlim chegam a acordo e o bloqueio é levantado.

Consequências-divisão da Alemanha em dois Estados:

-RFA (República Federal Alemã) – a Ocidente, Liberal, Capitalista – capital Bona

-RDA (República Democrática Alemã) – a Leste, Socialista Soviética – capital Berlim

-Clarificou-se as posições expansionistas americana e soviética, os seus objetivos hegemónicos na construção de áreas de influência na Europa e depois no Globo.

-Originou uma intensa corrida aos armamentos e a formação dos primeiros blocos militares antagónicos: NATO e PACTO DE VARSÓVIA.

F)Inferir as várias etapas do período da Guerra Fria.

R:

Etapas da Guerra Fria:

5) 1947-1955

Período inicial da Guerra Fria. As duas potências assumem a separação ideológica, evidenciada na doutrina de Truman dos EUA e a doutrina de Djanov da URSS. Os conflitos mais marcantes desta etapa são:

Bloqueio de Berlim (1948-1949) A guerra da coreia do norte (comunista) e a coreia do sul

(capitalista) entre (1950-1953) Guerra da Indochina (1953)

6) 1955-1962

Fase da coexistência pacífica – Estaline morreu em 1953 e o seu sucessor Krutchev tenta uma aproximação ao ocidente, simbolizada na visita aos EUA realizada em 1959. A construção de um muro que divide Berlim Oeste de Berlim Este (1961) é a materialização máxima da guerra fria: dois mundos que não se comunicam entre si. O episódio que mais perto esteve, nesta fase, de um conflito armado foi a questão dos misseis de Cuba apontados aos EUA em 1962.

7) 1962-1975

Etapa de desanuviamento - realizam-se acordos para redução do arsenal nuclear: 1968 – Tratado de não proliferação nuclear; 1972 - Acordos SALT1. Contenção de armas nucleares e conferência de Helsínquia para o entendimento na Europa.

Os EUA intervêm na guerra do Vietname onde são derrotados.

8) 1955-1985

“Guerra Fresca”. A corrida aos misseis intensificou-se em ambos os blocos. A URSS invade o Afeganistão para impedir que o regime comunista seja derrubado em 1979. Ronaldo Reagen presidente dos EUA inicia um programa chamado “Guerra das Estrelas”.

G) Analisar os diferentes conflitos localizados durante a Guerra Fria.R:

SEGUNDA CRISE DE BERLIM (1958-1961)

• O consumismo da sociedade capitalista e os seus altos salários atraiam os jovens diplomados e os quadros técnicos, o que tornava Berlim numa porta de passagem para o Ocidente.

• Estas deserções afetavam a economia da RDA e o prestígio do Mundo Socialista.

• Krutchev em 1958 lança um ultimato às zonas Ocidentais exigindo a desocupação das suas zonas e transformando-as em zona neutra da ONU.

• Não foi obtido acordo.• A crise resolveu-se em 1961 com a construção do Muro de Berlim.

A GUERRA DA COREIA (1950-1953)

• A Coreia viu os Soviéticos e os Americanos instalarem-se dum lado e doutro do paralelo 38. Pouco a pouco, construíram-se dois Estados em embrião, um pró-americano a sul, e outro pró-soviético a Norte.

• Era uma nova zona de influência comercial e territorial.• A península da Coreia é cortada pelo paralelo 38° N, uma linha que

divide dois exércitos, dois Estados: a República da Coreia, a sul, e a República Popular Democrática da Coreia, a norte. Essa demarcação, existente desde 1945 por um acordo entre os governos de Moscovo e Washington, dividiu o povo coreano em dois sistemas políticos opostos: no norte o comunismo apoiado pela União Soviética, e, no sul, o capitalismo apoiado pelos Estados Unidos.

• No início de 1949, a URSS e os EUA retiraram as suas tropas. De linha de demarcação provisória, o paralelo 38 tornou-se numa cortina de ferro asiática.

• Em 3 de Julho de 1950, depois de várias tentativas para derrubar o governo do sul, a Coreia do Norte ataca de surpresa e toma Seul, a capital. As Nações Unidas condenam o ataque e enviam forças, comandadas pelo general americano Douglas MacArthur, para ajudar a Coreia do Sul a repelir os invasores.

• Cinco dias depois, exatamente três meses após o início das hostilidades, Seul é libertada.

• Com essa vitória, os Estados Unidos mantêm a supremacia no sul. Em Outubro, as forças internacionais violam a fronteira do paralelo 38, como os coreanos haviam feito, e avançam para a Coreia do Norte. • A China, receando o eventual pôr em causa do seu regime, enviou milhares de «voluntários» para se baterem ao lado dos norte-coreanos.

• As tropas da ONU tiveram de recuar, Seul foi retomada. • Durante quase três anos, o povo coreano, uma das mais notáveis culturas da Ásia, foi envolvido em uma brutal guerra fratricida, violentíssima de ambos os lados.

• Em Junho de 1951 começam as negociações de paz, que duram dois anos e resultam num acordo assinado em Pan Mun Jon, em 27 de Julho de 1953. • Uma zona desmilitarizada separava os dois países.

• Na guerra coreana morreram cerca de três milhões e meio de pessoas. A Coreia continua dividida em Norte e Sul.

A CRISE DE CUBA (1962)

• A crise começou quando os soviéticos, em resposta à instalação de mísseis nucleares na Turquia em 1961 e à invasão de Cuba pelos EUA no mesmo ano, instalaram mísseis nucleares em Cuba.

• Houve enorme tensão entre as duas superpotências pois uma guerra nuclear parecia mais próxima do que nunca. O governo de John F. Kennedy encarou a ofensiva como um ato de guerra contra os Estados Unidos.

• Nikita Krutchev, o Primeiro-ministro da URSS, afirmou que os mísseis nucleares eram apenas defensivos, e que tinham sido lá instalados para dissuadir uma outra tentativa de invasão da ilha.

• Nenhum Presidente dos Estados Unidos poderia admitir a existência de mísseis nucleares daquela dimensão a escassos 150 quilómetros do seu território nacional. • O presidente Kennedy acautelou Krutchev de que os EUA não teriam dúvidas em usar armas nucleares contra esta iniciativa russa. Ou desativavam os silos e retiravam os mísseis, ou a guerra seria inevitável.

• Foram treze dias de suspense mundial devido ao medo de uma possível guerra nuclear, até que em 28 de Outubro Krutchev, após conseguir secretamente uma futura retirada dos mísseis EUA da Turquia, concordou em remover os mísseis de Cuba.

AS GUERRAS DA INDOCHINA E DO VIETNAME ENTRE 1945 – FINAL DOS ANOS 80

• A França estabeleceu-se na Indochina na segunda metade do século XIX.

• A Segunda Guerra Mundial e a ocupação japonesa aceleraram os movimentos de libertação nacional. Depois da capitulação do Japão Ho Chi Minh proclamou a República democrática do Vietname, mas a França reocupou o país e tornou a ligá-lo, com o Camboja e o Laos, à União Francesa.

• Ho Chi Minh entra em guerra com a França. Entrada da China comunista. Os EUA apoiam a França.

• 1954 – Acordos de Genebra puseram termo ao conflito e dividiram o Vietname em dois Estados. A norte do paralelo 17 a República Democrática do Vietname; a sul um governo pró-americano.

GUERRA DO VIETNAME (1959-1975)

• 1957 - «Segunda guerra da Indochina»• Revolta da Frente Nacional de Libertação (FNL), sustentada pelo Norte,

o Sul recorreu aos EUA que enviaram conselheiros militares. O Presidente Lyndon Johnson decidiu os bombardeamentos e o envio de tropas.

• Apesar das baixas e das manifestações de hostilidade da opinião pública americana, o presidente americano recusou ceder.

• A guerra colocou em confronto, de um lado, a República do Vietname (Vietname do Sul) e os Estados Unidos, com participação efetiva, porém secundária, da Coreia do Sul, da Austrália e da Nova Zelândia; e, de outro, a República Democrática do Vietname (Vietname do Norte) e a Frente Nacional para a Libertação do Vietname (FNL).

• A China, a Coreia do Norte e, principalmente, a União Soviética prestaram apoio logístico ao Vietname do Norte, mas não se envolveram efetivamente no conflito.

• O presidente Nixon procurou «vietnamizar a guerra», deixando os sul-vietnamitas a tarefa de defenderem a sua independência. Iniciou-se uma retirada americana, mas permaneciam ainda 500 000 soldados americanos no Vietname. Confrontado com a resistência bastante inesperada das tropas do Sul, o Vietname do Norte encarou finalmente um compromisso: a paz foi assinada em 23 de Janeiro de 1973.

• Entretanto, apesar de seu imenso poderio militar e económico, os norte-americanos falharam em seus objetivos, sendo obrigados a retirarem-se do país em 1973 e dois anos depois o Vietname foi reunificado sob governo socialista, tornando-se oficialmente, em 1976, a República Socialista do Vietname.

• Na guerra, aproximadamente três a quatro milhões de vietnamitas dos dois lados morreram, além de outros dois milhões do Camboja e do Laos, arrastados para a guerra com a propagação do conflito, e de cerca de 50 mil soldados dos Estados Unidos.

• A retirada americana não se traduziu no regresso da paz.• Em 1975, Saigão foi invadida pelos Norte-Vietnamitas, tornando-se o

Laos uma República Popular sob protetorado do Vietname e com os Kmers Vermelhos a apoderarem-se do poder no Camboja.

• A Indochina atravessou um período de violência extrema.• Era um dos centros de tensão entre a URSS, que apoiava o Vietname, e

a China, próxima do regime Kmer.• O Vietname invadiu o Camboja em 1979, mas foi obrigado a retirar-se

dez anos mais tarde, sem o apoio da URSS de Gorbatchev.

H) Analisar a política de alianças político – militares liderada pelos EUA.

R:

O governo americano considerou necessário restaurar a independência e o poder económico da Alemanha Ocidental para conter a URSS;

Unificação administrativa e monetária das zonas ocupadas por americanos, ingleses e franceses;

Atribuição de avultadas ajudas financeiras

Pretendiam as democracias ocidentais edificar uma Alemanha Ocidental rica e capaz de se reafirmar honrosamente entre as Nações livres e pacíficas, em oposição à Alemanha de Leste cada vez mais rural e pobre uma vez que o seu sector industrial foi transferido para a URSS.

Reação de Estaline:

• Considerou a política Ocidental um afrontamento - os antigos Aliados pretendiam criar um bastião do capitalismo às portas do Mundo Socialista;

• Decretou o Bloqueio de Berlim (1948): controlo militar das vias de acesso terrestre a Berlim e depois o encerramento do tráfego terrestre e fluvial entre Berlim e o Ocidente; • Visava obstruir os planos ocidentais sobre a Alemanha ou forçar a abandonar as zonas de Berlim ocupadas pelos ocidentais.

Reação ocidental:

• Truman organizou uma Ponte Aérea para reabastecer Berlim (fez chegar todo o género de produtos, numa grande manifestação de grande firmeza e poder tecnológico dos EUA);

• Fazendo saber que recorreria à força militar para a proteger e acelerou o sistema de alianças;

• Estaline ameaçou o derrube dos aviões;

“Os soviéticos encerraram o bloqueio em 1949, quando viram que era inútil tentar subjugar Berlim Ocidental por terra, pois a cidade era totalmente suprida pelo ar de combustível, alimentos e produtos básicos pelos países ocidentais."

Maio de 1949

• Representantes das quatro potências em Berlim chegam a acordo e o bloqueio é levantado.

Consequências:

• Divisão da Alemanha em dois Estados:• RFA (República Federal Alemã) – a Ocidente, Liberal, Capitalista –

capital Bona• RDA (República Democrática Alemã) – a Leste, Socialista Soviética –

capital Berlim• Clarificou-se as posições expansionistas americana e soviética, os seus

objetivos hegemónicos na construção de áreas de influência na Europa e depois no Globo.

• Originou uma intensa corrida aos armamentos e a formação dos primeiros blocos militares antagónicos: NATO e PACTO DE VARSÓVIA.

I) Comparar a ação da Nato com o Pacto de Varsóvia.

R: NATO: (Organização do Tratado do Atlântico Norte) (1949)Aliança militar que na sua origem envolvia países localizados nas costas do Atlântico Norte como os EUA, Canadá as democracias da Europa ocidental e do Norte. O empenho dos EUA em isolar a URSS e em

consolidar a sua influência em todos os continentes levou os governos americanos a estenderem a sua política de alianças. Com o desmoronamento do bloco de leste no fim dos anos de 1980 surgiu a necessidade de redefinição do papel da Nato.

Pacto de VarsóviaAliança militar formada em maio de 1955 pelos países socialistas de leste europeu e pela URSS, ou seja, bloco de esquerda. Estabeleceu um compromisso de ajuda mútua em caso de agressões militares. Foi instituído em oposição à NATO.Países:

URSS RDA Bulgária Hungria Polónia Checoslováquia Roménia Albânia

As mudanças no cenário geopolítico da Europa Orienta, no final da década de 1980 com a queda dos governos socialistas, o fim do muro de Berlim, o fim da Guerra Fria e a crise na URSS, levavam à extinção do pacto em março 1991.

O fim do Pacto de Varsóvia representou o fim da Guerra Fria.

6 Anos depois a NATO convida a República Checa, a Hungria, a Polónia a ingressarem na organização demonstrando uma nova configuração das forças militares na Europa após a Guerra Fria.

J)Contextualizar o triunfo da democracia no mundo ocidental.

R:

A nível político- Com a exceção da península ibérica onde se mantinham os regimes de ditadura regeneralizaram-se as democracias pluralistas onde combinam a tradição histórica da democracia, os valores do liberalismo m as ideias socialistas da democracia social (direitos naturais do homem, separação dos poderes, igualdade dos cidadãos perante a lei, soberania popular, as liberdade fundamentais do homem). Verificam-se a existência de movimentos e partidos políticos que se confrontam livremente no acesso ao poder: as forças conservadoras e as forças de esquerda (comunistas e socialistas) que tinham participado nos movimentos de resistência durante a guerra e defendiam uma maior justiça social, ganharam força os partidos

socialistas e comunistas ganharam o direito de participar nos governos de coligação. Os partidos socialistas tiveram oportunidade de concretizar as transformações da sociedade e do estado que preconizavam (defendiam) a social-democracia: Corrente do socialismo que teve origem nas conceções defendidas por Eduard Bernstein, na II internacional (1899). A social-democracia rejeita a via revolucionária proposta por Marx, opondo-lhe a participação no jogo democrático, como forma de atingir o poder, e a implementação de reformas socializantes, como meio de melhorar as condições de vida das classes trabalhadoras. No Reino Unido a vitoria do partido trabalhista substituiu Churchill por Clement Atlee. Uma outra força afirmou-se no final da guerra a Democracia cristã: Corrente politica inspirada pela doutrina social da igreja. A democracia cristã pretende aplicar à vida política os princípios de justiça, entre ajuda e valorização da pessoa humana que estiveram na base do cristianismo. Deste modo, embora de índole conservadora, esta ideologia defende que a democracia não se limita à aplicação das regras do sufrágio universal e da alternância política, mas tem por função assegurar o bem-estar dos cidadãos

K) Analisar a expressão os “trinta gloriosos”

R:

As economias cresceram de forma contínua, sem períodos de crise, registando apenas, de tempos a tempos, pequenos abrandamentos de ritmo. As taxas de crescimento especialmente atlas de certos países, como RFA, a França ou o Japão m surpreenderam os analistas que começaram a referir-se-lhes como «milagre económico». Estes cerca de trinta anos de uma prosperidade material sem precedentes ficaram na história como os “trinta gloriosos”, expressão popularizada pela economista Jean Fourastié.

L) Apresentar os fatores do crescimento económico.

R: Aceleração do progresso tecnológico:

Que atingiu todos os setores desde as fibras sintéticas, aos

plásticos, á medicina, á aeronáutica, á eletrónica…. Rapidamente produzidas em série, as inovações tecnológicas revolucionaram a vida quotidiana e os processos de produção.

Recurso ao petróleo como matéria energética por excelência:

Detrimento de carvão, desde que a Revolução Industrial,

se mantinha num destacado primeiro lugar. A extração do “ouro negro”, que até, à Segunda Guerra Mundial, decola-se, nos anos 60, para os países do Médio Oriente, que se tornam os seus principais fornecedores. A Abundância e o baixo preço do petróleo alimentaram a prosperidade económica, permitindo uma autêntica revolução nos transportes, para além de uma enorme gama de novos produtos.

Aumentos da concentração industrial e do número de

multinacionais

Grandes fabricas, que fabricam e comercializam os seus

produtos em todo o Mundo. Presentes em praticamente em todos os setores (matérias-primas, transportes, comunicações, siderurgia, eletrónica, alimentação…), estas empresas investem grandes somas na investigação científica, contribuindo para a aceleração do progresso técnico. São também, responsáveis pelo acentuar da globalização económica que marcou a segunda metade do séc. XX.

Aumento da População ativa

Proporcionado pelo reforço da mão-de-obra feminina no

mercado de trabalho, baby-boom dos anos 40-60 e a imigração de trabalhadores oriundos dos países menos desenvolvidos (gregos, portugueses, argelinos, turcos…)Para além de mais numerosa, a mão-de-obra tornou-se mais qualificada, em virtude do prolongamento da escolaridade. So os imigrantes destoavam deste quadro, assegurando os trabalhos que não requeriam um alto nível de formação profissional e eram, por isso, mal renumerados.

Modernização da agricultura

A produtividade aumenta de tal modo que permite aos

países desenvolvidos passarem de importadores a exportadores de produtos alimentares. Grandes investimentos, nova tecnologia e uma mentalidade verdadeiramente empresarial, a agricultura liberta, em pouco tempo, grandes quantidades de mão-de-obra, que migra param os núcleos urbanos. Este êxodo rural impressionante, a que alguns chamaram “o fim dos camponeses”, contribuiu para alterar a relação entre os três setores de atividade.

Crescimento do setor terciário

Tende a absorver a maior percentagem de trabalhos. O

surto das trocas comerciais, a aposta no ensino, os serviços sociais prestados pelo Estado e a complexidade crescente da administração das empresas multiplicaram o número de postos de trabalho neste setor. As classes médias alargam-se, o que contribui para a vida e para o equilíbrio social.

M) Caraterizar a sociedade de consumo.

R:

Sociedade de abundância característica da segunda metade do século XX. Identifica-se pelo consumo em massa de bens supérfluos, que passam a ser encarados como essenciais à qualidade de vida.

A sociedade de consumo é também identificada com a sociedade do desperdício, já que a vida útil dos bens é artificialmente reduzida pela vontade da sua renovação.

N) Descrever a afirmação de Estado-providência.

R:

• O Estado afirma-se como elemento equilibrador e organizador da economia e promotor da justiça social.

• O Estado é o elemento equilibrador ao construir uma grande empresa empregadora e criando postos de trabalho.

• O Estado funciona como patrão ao promover:

1. Investimentos em grandes obras públicas;2. Ao aumentar os quadros da administração pública e do aparelho militar;3. Ao assumir importantes participações no setor privado.

• O Estado como autoridade reguladora do mercado:

- Intervém na orientação da vida política e financeira social com medidas legislativas no sentido de submeter diferentes atividades aos seus objetivos;

- Sem pôr em causa a propriedade privada e a livre iniciativa o Estado intervém:

o Na nacionalização dos setores vitais da economia [setor energético, siderúrgico, metalomecânico, financeiro (bancos e seguros), transportes,…];

o No controlo da produção industrial privada para equilibrar a oferta e a procura;

o Estabelecimento de horários de trabalho;o Na fixação de níveis salariais (para impedir abusos e promover o

consumo);o Na supervisão da taxas de juro, de políticas cambiais e na definição de

regras claras do funcionamento dos mercados financeiros;o Na definição de políticas fiscais no sentido de promover uma maior

justiça social.

• Promover a justiça social:

• O Estado tem de implementar sistemas de redistribuição mais equitativo da riqueza nacional;

• Promover a qualidade de vida dos cidadãos mais desfavorecidos;• Os governos adotam regimes de tributação progressiva dos

rendimentos, de modo a que o Estado possa absorver uma maior parte dos rendimentos mais ricos que serão orientados para a garantias das necessidades básicas dos cidadãos através do sistema de serviço social;

• Passa a ser dever do Estado: Subsídios de desemprego, de doença, de invalidez, velhice; Garantir serviços públicos de educação, saúde, habitação; Promover uma melhoria através da atribuição de outras ajudas

financeiras em determinadas fases da vida: nascimento dos filhos, aleitamento, educação, (abono de família), casamento, óbito, salário mínimo para os mais carenciados.

Característica dos Estados que, para obter o bem-estar dos cidadãos, intervêm, diretamente, na atividade económica e no domínio social, nomeadamente através de uma instituição denominada de Segurança Social.

O Estado-Providência procura garantir ao cidadão a satisfação de algumas das suas necessidades básicas: educação, saúde, proteção à infância, à terceira idade, etc.

WELFARE STATE

• Termo que está na origem do estado-Providência e que significa o bem-estar do cidadão. Deverá ser proporcionado pelo governo através da concretização de medidas no domínio social, da habitação, da educação e dos tempos livres.

• • Segurança Social medidas praticadas pelos Estados com vista à garantia do bem-estar dos cidadãos:

• Proteção na doença

• Na maternidade na infância na velhice no desemprego acidentes de trabalho

O) Analisar a extensão da influência soviética no Mundo.

R:

Após a Segunda Guerra Mundial, o reforço da posição militar soviética e o desencadear do processo de descolonização criaram condições favoráveis quer à expansão do comunismo, quer ao estreitamento dos laços de amizade e cooperação entre Moscovo e os países recentemente emancipados.

A URSS, saiu, assim, ao isolamento em que se encontrava desde a Revolução de Outubro de 1917, alargando a sua influência nos quatro continentes.

NA EUROPA:

• 1945 – Jugoslávia• 1946 – Bulgária• 1946 – Albânia• 1947 – Roménia e Polónia• 1948 – Hungria• 1946-1948 Checoslováquia• 1949 – RDA

Não esquecer a influência:

• Doutrina Jdanov• KOMINFORM (influência política) – organização internacional dos

partidos comunistas dos vários países integrantes do Bloco• Socialista/Comunista, sob a coordenação do Partido Comunista da

URSS, fundada em 1947. Substitui o KOMINTERN de 1919.• COMECON (influência económica)• Pacto de Varsóvia (influência militar)

• A Europa de Leste:• Na maioria dos países dominados pelos nazis, a resistência fora dirigida

por movimentos de inspiração comunista apoiados pelo Exercito Vermelho. Após a derrota do nazismo, a URSS reclamara o direito de reorganização económica e política destes estados, em cuja libertação tinha estado diretamente envolvida.

• Os países de Leste começaram por manifestar a vontade de aderirem ao modelo parlamentar de tipo ocidental.

• Os partidos comunistas eram minoritários.• Face à dificuldade em ascender ao poder pela via eleitoral, os partidos

comunistas aceitaram participar em coligações governamentais, onde

desempenhavam funções em ministérios-chave: defesa, administração interna, justiça. Foi esse domínio gradual do aparelho de Estado que levou os partidos comunistas para o poder.

• Entre julho de 1947 e julho de 1948, as coligações partidárias desfizeram-se e os partidos comunistas transformaram-se em partidos únicos.

• Os novos países socialistas instituíram, então à força, democracias populares.

Democracias populares = em oposição às democracias liberais, defendiam que a gestão do estado devia pertencer em exclusivo à classe trabalhadora. Esta exercia o poder através do partido comunista, o único partido representativo dos seus interesses, controlava as instituições, a economia, a sociedade e a cultura.

• Apesar da realização de eleições, o sistema caracterizava-se pela apresentação a sufrágio de listas únicas de candidatos oficiais. Os dirigentes do partido comunista ocupavam os mais altos cargos do Estado.

Após a implantação do comunismo na Europa de leste, a URSS passou a exercer um apertado controlo sobre os seus aliados. • Todos

os partidos comunistas nacionais viram os seus líderes históricos, substituídos por homens de confiança de Moscovo.

• Em 1955, os laços entre as várias democracias populares foram reforçados com a criação do pacto de Varsóvia, aliança militar que impunha uma resposta conjunta em caso de agressão a um dos seus membros. • Impôs um modelo rígido, do qual não admitia desvios.

• Sempre que existiram protestos contra o seu domínio, Moscovo não hesitou em utilizar a força para manter a coesão do seu bloco, como no caso da:

• «Hungria – 1956• «Berlim - 1961• «Checoslováquia 1968

1961 – Muro de Berlim

• Em 13 de agosto de 1961, guardas da Alemanha Oriental começaram a separar com arame farpado e concreto os lados oriental e ocidental de Berlim, isolando Berlim Ocidental dentro do território da Alemanha Oriental.

A «Primavera» de Praga Checoslováquia - 1968

• A Primavera de Praga foi um período de liberalização política na Checoslováquia durante a época de sua dominação pela União Soviética após a Segunda Guerra

• Mundial. Esse período começou em 5 de Janeiro de 1968, quando o reformista Dubček chegou ao poder, e durou até o dia 21 de Agosto quando a

• União Soviética e os membros do Pacto de Varsóvia invadiram o país para interromper as reformas.

• As reformas da Primavera de Praga foram uma tentativa de Dubček, aliado a intelectuais, de conceder direitos adicionais aos cidadãos num ato de descentralização parcial da economia e de democratização. As reformas concediam também um relaxamento das restrições às liberdades de imprensa, de expressão e de movimento e ficaram conhecidas como a tentativa de se criar uma “social-democracia”.

NA ÁSIA:

• 1948 - COREIA DO NORTE – p. 53• 1949 – CHINA – p. 54• 1954 – CAMBOJA• 1954 – VIETNAME DO NORTE• 1962 - BIRMÂNIA• 1976 – VIETNAME DO SUL

NA AMÉRICA LATINA:

• 1959 – CUBA – p. 54-55• GUATEMALA • EL SALVADOR • NICARÁGUA

Conheceram a movimentação de guerrilhas comunistas.

EM ÁFRICA

• Território propício para a disseminação da ideologia comunista;

• Alvos de um processo de descolonização recente, os novos países independentes africanos encontravam-se mais abertos ao comunismo, até porque este condenava o colonialismo.

• Esta situação permitiu à URSS estender a sua influência política e militar a África.

P) Equacionar as realizações e as debilidades da economia de direção central.

Opções e realizações da economia de direção central 1945-1953

O balanço da 2º Guerra Mundial foi bastante negativo para

a URSS. Além da destruição material, a guerra veio interromper os planos quinquenais e provocar, além da quebra acentuada da produção, a degradação da situação económica.

Era necessário restaurar o setor produtivo, para que, a

condição de potência política, a URSS pudesse corresponder com a condição de potência económica.

Medidas de Estaline:

1. Sucessos Foi retomado o modelo de planificação económico:

IV PLANO QUINQUENAL (1945-1950) - desenvolvimento da indústria pesada, o relançamento dos setores hidroelétrico e siderúrgico (importantes para a afirmação da URSS no Mundo); relevo para a investigação científica, para a produção de armamento e a conquista do espaço interplanetário.

V PLANO QUINUQENAL (1950 – 1955) – dotar a URSS de um poderoso setor industrial; desenvolvimento dos meios de comunicação.

Resultados dos planos: Em 1949 a URSS já produzia a Bomba Atómica; Em 1957 a URSS já lançava o seu 1º satélite artificial; Em finais da década de 50 afirmava-se como a 2º potência

industrial do Mundo.

1. O nível de vida das populações: Degradava-se cada vez mais; A economia de Estaline não tinha em conta a necessidade de

produzir bens de consumo ou de criar condições socioeconómicas para repor os níveis de produtividade para proporcionar o bem-estar das populações.

A ação de Kruchtchev Sucessor de Estaline, inicia um período de “coexistência pacífica”,

politica desestalinização e de reformas do regime.

Contestou os excessos de centralismo estalinista e assume como

prioridade a produção de bens de consumo, industriais e agrícolas, desvalorizando as preocupações com a indústria pesada.

Aos planos quinquenais sucedem aos Planos Anualmente Ajustáveis

prolongados por sete anos.

Resultados:

As medidas não tiveram os resultados esperados; não relançaram a

economia.

Em 1964, Kruchtchev foi acusado de erros políticos graves e desorganização da economia soviética. Kruchtchev seria substituído pro Brejnev, e passaria os restantes sete anos de sua vida em prisão domiciliar, até morrer.

A ação de Brejnev – Nos anos 70, sob a chefia de Brejnev, a burocracia reforça-se e a corrupção alastra.

IX-X – Plano – volta a dar prioridade ao complexo industrial militar e à exploração dos recursos naturais (ouro, gás e petróleo) e a economia soviética reentra num período de estagnação, com custos sociais pesados.

Q)Analisar a corrida ao armamento no período da Guerra Fria. R:

Os dois blocos procuraram apetrechar-se para uma eventual guerra investindo grandes somas na conceção e fabrico de armamento cada vez mais sofisticado.

Nos primeiros anos do pós – guerra, os Estados Unidos sentiam-se protegidos pela sua superioridade técnica. Só eles tinham o segredo da Bomba Atómica, que consideravam a sua melhor defesa.

Em setembro de 1949, os Russos fizeram explodir a sua primeira bomba atómica, fazendo o Ocidente estremecer.

Os EUA incrementaram as pesquisas e lançaram em 1952 a 1º Bomba de Hidrogénio – Bomba H – no pacífico (ainda neste ano e devido ao equilíbrio neste assunto apresentado pelos EUA e URSS, a ONU cria a Comissão para a Energia Atómica, que não teve o êxito esperado). Iniciava-se a corrida ao armamento.

No ano seguinte (1953), os russos possuíam também a bomba de hidrogénio e o ciclo reiniciou-se, levando as duas superpotências à produção maciça de armamento nuclear: ogivas atómicas, material para transporte e lançamento com por Ex: Bombardeiros e mísseis

Embora o caráter revolucionário deste povo rearmamento se encontre na produção de bombas atómicas e no desenvolvimento de mísseis de longo alcance para as lançar, o mundo viu também multiplicarem-se as armas ditas “convencionais” (aviões de combate, tanques, veículos armados, helicópteros, artilharia, mísseis, entre outros). No fim de 1950, os Americanos estavam já convencidos que o potencial atómico não era suficiente para deter a expansão do comunismo.

• Nos anos 60, quando o diálogo entre as duas superpotências se retomou, assinaram-se os primeiros acordos de limitação de armas nucleares. • Mas, mais do que garantir a paz e a segurança internacionais, o seu objetivo era reduzir os pesadíssimos custos que a proliferação desenfreada deste tipo de armamento acarretava aos dois Estados.

• O investimento ocidental nas armas convencionais desencadeou por parte da URSS do mesmo tipo de estratagema. • O poder de destruição das novas armas introduziu na política mundial uma característica nova: a dissuasão.

• Cada um dos blocos procurava persuadir o outro de que usaria, sem hesitar, o seu potencial atómico em caso de violação das respectivas áreas de influência. O Mundo tinha resvalado, nas palavras de Winston Churchill, para o “equilíbrio instável do terror”.

• No período de desanuviamento, as duas superpotências centraram esforços no sentido de limitar o arsenal nuclear, não só com o intuito de assegurar a paz mundial, mas também por questões financeiras.

• Neste âmbito foram assinados os seguintes acordos:• - Tratado de Moscovo (1963) - EUA, Reino Unido e URSS obrigaram-se

a não efetuar experiências nucleares na atmosfera.

- Tratado de Não-Proliferação de armas nucleares (1968 – Nova Iorque) – assinado por 57 países – tinha por objetivo travar a disseminação de armas nucleares.

- SALT I (1972) - Strategic Arms Limitations Talks – EUA e URSS - com o objetivo de limitar armas estratégicas.

- SALT II (1979).

R) Analisar a liderança soviética na corrida ao espaço.

R:

O início da era espacial

• Durante a Segunda Guerra Mundial, na esperança de encontrar uma arma que lhe garantisse a vitória, a Alemanha tinha secretamente desenvolvido a tecnologia dos foguetes e criados os primeiros mísseis. Em 1945, os cientistas envolvidos neste projeto emigraram para a URSS

e para os EUA, onde desempenharam um papel relevante nos respectivos programas espaciais.

• A URSS colocou-se à cabeça da conquista do espaço quando, em Outubro de 1957, conseguiu colocar em órbita o primeiro satélite artificial da história, o Sputnik 1. No mês seguinte lançou o Sputnik 2, de maiores dimensões, levando a bordo a cadela Laika, que se tornou o primeiro viajante espacial.

• A URSS podia transportar armas de enorme potencial destrutivo a longa distância, podia produzir mísseis balísticos de longo alcance e em situação de conflito vir a atingir o solo dos EUA. Triunfo da tecnologia soviética no domínio do espaço.

• Em 1961 – Satélite Vostok I - O voo marcou a primeira vez que um ser humano foi ao espaço exterior e o primeiro voo orbital de uma nave tripulada. Yuri Gagarin.

• O seu feito foi largamente aproveitado pela propaganda soviética para ressaltar as extraordinárias realizações do socialismo e a sua superioridade face aos regimes ocidentais.

• 1963- Vostok 6 – Valentina Tereshkova – primeira mulher no espaço

S) Destacar a resposta americana.

R:

• Só no início de 1958, com o lançamento do Explorer 1, a América efetivaria a sua entrada na corrida ao espaço.

• 1960 – Mercury 1 – não tripulado• 1961 – Mercury 3 – Shepard – primeiro americano no espaço• 1962 – Mercury 6 – Glenn – primeiro americano em órbita• 1967 – Apolo 1 – morrem os astronautas White, Grisson e Chefee• 1968 – Apolo 8 – primeiro voo tripulado em volta da Lua Lovell, Anders,

Borman• 1969 – Apolo 11 – Armstrong e Aldrin atingem a Lua. Collins mantém-se

em órbita no módulo de comando.• 1975 – As naves Apolo e Soyuz encontram-se no espaço. Depois da

acoplagem, as tripulações soviética e americana permanecem ligadas durante dois dias

• .

1.3 A afirmação de novas potências.

A)A presentar os aspetos do “Milagre Japonês”.

R:

• No final da Segunda Guerra Mundial, o Japão é um país militarmente vencido, politicamente submetido à ocupação americana e, economicamente, arrasado pela perda do vasto império colonial, destruição da marinha mercante e ruína do sector produtivo.

• O Japão viveu uma grave crise económica após a 2.ª Guerra Mundial. O seu território foi ocupado, entre 1945 e 1950, pelas forças militares dos EUA, sob o comando do general MacArthur. A partir de 1950, os norte-americanos, receando o avanço do comunismo no continente asiático, decidiram apoiar o Japão.

Em 1970 o Japão é já a terceira economia mundial.

Fatores explicativos:

• Ajuda americana [enquanto ocuparam o Japão (até 1952) os EUA forneceram-lhe auxílio económico (Plano Dodge), aboliram a nobreza, fizeram aprovar a

• Constituição de 1945, incentivaram o controlo da natalidade e o acesso ao ensino];

• Estabilidade política (assegurada pelo Partido Liberal-Democrata no poder desde 1955;

• Rápida reconstrução urbana;• Fundação de grandes complexos siderúrgicos e petroquímicos;• Fundação da maior frota de petroleiros do Mundo;• Formação de novas e poderosas empresas de indústrias automóvel e

eletrónica (como a Mitsubishi ou a Sony), onde a produção era levada a efeito segundo os mais modernos processos de automatização e robotização;

• O incentivo do Estado, nos anos 60, à formação científica, que se traduziu num grande avanço tecnológico;

• O papel protetor das empresas em relação aos seus funcionários, o que permitiu uma melhoria da produtividade e fracos índices de contestação social, apesar dos baixos salários.

• O Japão foi o berço da automação flexível pois apresentava um cenário diferente dos Estados Unidos e da Europa: um pequeno mercado consumidor, capital e matéria-prima escassos, e grande disponibilidade de mão-de-obra não-especializada, impossibilitavam a solução taylorista-fordista de produção em massa.

• A resposta foi o aumento na produtividade na fabricação de pequenas quantidades de numerosos modelos de produtos, voltados para o mercado externo, de modo a gerar divisas tanto para a obtenção de matérias-primas e alimentos, quanto para importar os equipamentos e bens de capital

necessários para a sua reconstrução pós-guerra e para o desenvolvimento da própria industrialização.

CONDIÇÕES FAVORÁVEIS:

• O ambiente de Guerra Fria foi favorável ao desenvolvimento do Japão. Interessava aos EUA constituir um Japão forte, com capacidade para resistir ao avanço do comunismo no Sudeste Asiático.

• Sob a direção do general MacArthur, a reconstrução do Japão é uma prioridade americana:

• Plano Dodge (auxílio financeiro e técnico);• Democratização do país (estabelecimento do regime parlamentar);• Reforma agrária (expropriação das grandes propriedades senhoriais e

sua distribuição por antigos camponeses); Desmantelar as antigas indústrias bélicas (desarmamento e canalização dos trabalhadores para o sector produtivo de bens de consumo).

• Originalidade da mentalidade da população e modelo capitalista• O elevado nível de educação (elevado nível de exigência na formação

de quadros e de trabalhadores altamente qualificados);• A mentalidade tradicional (marcada pela disciplina, obediência quase

servil aos patrões e por um sentido de empresa único no Mundo, caracterizado por um elevado espírito de dedicação, cumprimento de horários intensos, mesmo com sacrifício de interesses pessoais em favor dos interesses da empresa);

• Importação de tecnologias estrangeiras;• A intervenção inteligente e eficaz do Estado (no incentivo das atividades

económicas através de um regime fiscal favorável ao investimento e à entrada de capitais estrangeiros canalizados para a indústria moderna e para as novas tecnologias, sob iniciativa privada);

• Manutenção dos sectores económicos tradicionais (agricultura e artesanato, onde o recurso à mão-de-obra abundante e mal paga superava as dificuldades de modernização).

O TRABALHADOR JAPONÊS

• Nas antigas empresas japonesas – as zaibatsu – o trabalhador firmava um compromisso de honra com a empresa, jurando-lhe fidelidade. Por sua vez, a empresa assumia o compromisso de protegê-lo, a ele e aos seus familiares, para toda a vida.

• Apesar de as zaibatsu terem sido desmanteladas no pós-guerra, este tipo de relações de trabalho continuou, de certo modo, a existir.

• Nas grandes empresas modernas os trabalhadores contam com a proteção quase paternalista (segurança de emprego, apoio em caso de dificuldades pessoais, etc.), em troca de uma dedicação ao trabalho sem limites.

B)Justificar o corte de relações entre a China e a URSS

R:

Revolução Chinesa

• 1 de outubro de 1949 - Revolução Chinesa - que contou com o apoio da URSS, no âmbito da sua expansão no Oriente asiático. Proclamação da República Popular da China.

• A China adotou progressivamente o modelo soviético, quer no campo político, quer no económico.

• 1950 – Tratado Sino-Soviético = Tratado de Amizade, Paz e Assistência entre a China e a URSS. A China parecia aproximar-se da superpotência comunista (URSS), até porque o país estava mergulhado num caos económico. Como tal, o auxílio soviético afigurava-se precioso para reerguer economicamente a China.

• 1953 – Morre Estaline. Sobe ao poder Kruchtchev. As relações entre a URSS e a China pioraram.

• Mao considerava que o novo líder estava a desviar-se do marxismo-leninismo.

Divergências com o modelo da URSS

A China era um imenso mundo predominantemente rural, onde o operariado não tinha grande relevância política. Assim, Mao não podia contar com o operariado como motor da revolução, como preconizava Karl Marx;

Mao fez a revolução na China apoiado nos camponeses, foi uma revolução lideradas pelas massas e não por estruturas partidárias. É aqui que reside a grande particularidade da revolução Maoísta.

1957- O MAOÍSMO

• Mao fez a revolução chinesa apoiado na imensa população camponesa;• A revolução chinesa foi um movimento de massas, foi uma revolução

liderada pelas massas e não por estruturas partidárias;• Os operários eram apenas 1% da população – o operariado não existia

para liderar a revolução.

«O GRANDE SALTO EM FRENTE»

• Nome da nova política – programa de remodelação económico;• Pretende em 15 anos igualar a Inglaterra sem ajudas externas;

Plano económico de cariz socializante, em que a agricultura se assumia enquanto impulsionadora do crescimento, embora a indústria também fosse contemplada.

Medidas da remodelação económica:

• coletivização forçada;

• novas nacionalizações especialmente na indústria);• criação de comunas populares = centenas de milhões de camponeses

foram reorganizados em comunas, que absorveram a propriedade privada. Sob o comando de um membro afeto ao Partido Comunista Chinês, os camponeses deviam trabalhar na agricultura e nas indústrias locais, dividindo-se entre o trabalho agrícola e trabalho industrial. Nas comunas populares tudo era comunitário: as cozinhas, as creches, as lavandarias, os ateliers de costura.

Resultados:

FRACASSO;

• A produção agrícola diminuiu;• O atraso industrial manteve-se;• Em 1960, na China existia muita fome o que causou milhões de mortos.• Assim, o Grande Salto em Frente terminou em 1960.• 1961 – Rutura com a URSS

1966 – REVOLUÇÃO CULTURAL

• O culto a Mao e o Maoísmo foram estimulados;• Pretendia-se aniquilar todas as manifestações culturais, na literatura, na

arte, no ensino que se afastassem do modelo comunista de Mao;• Pretendia-se criar um Homem Novo através da transformação radical

de mentalidades;• Jovens universitários, organizados em unidades de Guardas Vermelhos,

vêm para a rua e levam a acabo uma ampla campanha de politização da população através dos ensinamentos de Mao, divulgados no “Livro Vermelho”, publicado em 1964;

Os Guardas Vermelhos obedeciam cegamente a Mao, espalharam o terror pelas ruas chinesas e não hesitaram em humilhar ou mesmo liquidar todos os inimigos (ou supostos inimigos) do maoísmo;

• Procederam à “limpeza” de todos os símbolos contrários à ideologia advogada por Mao – “Grande Timoneiro”

• Em 1968, o exército teve de pôr fim aos excessos dos Guardas Vermelhos.

Resultados:

• Agitação social;• Humilhação;• Perseguição e agitação de muitos cidadãos considerados

contrarrevolucionários;• Violência;• Cerca de 2 milhões de mortos;

• Cerca de 100 milhões de pessoas perseguidas; Cerca de 20 milhões de jovens enviados para campos de reeducação;

• É necessário o exército repor a ordem.

Entretanto…

• No início dos anos 70, é a China que inicia um processo de abertura ao entendimento pacífico com o Ocidente, como alternativa ao modelo soviético.

• Em 1971 a China é admitida na ONU e ocupa um lugar no Conselho de Segurança;

• Em 1972 o Presidente dos EUA Richard Nixon visita Pequim;

• Entretanto, ao longo dos anos 70, a China vai-se afirmando como nova potência económica no oriente comunista. A partir de 1976, após a morte de Mao, os novos dirigentes repensam a “Revolução Cultural” e iniciam uma profunda viragem.

• Abrem a economia chinesa à iniciativa privada e ao investimento capitalista dos países ocidentais, com os quais aprofundam relações, mantendo, todavia, a sua estrutura política.

• Integram na sua administração territórios chineses históricos submetidos a administrações coloniais: Hong-Kong e Macau;

• Sem imporem o modelo socialista, seguem o princípio: “UM PAÍS, DOIS SISTEMAS”

• A China começa a afirmar-se enquanto potência mundial.

C)Descrever o processo de formação da CEE.

R:

A afirmação da Europa como nova potência económica e política passava pelo desenvolvimento da ideia de uma Europa unida, dinâmica, com identidade própria e que, de forma definitiva, resolvesse todos os “impasses” do seu desenvolvimento e, consequentemente, da sua afirmação internacional.

A formação de uma comunidade económica no Ocidente europeu confirmava-se como a solução para sua afirmação internacional:

• numa 1.ª fase como condição para a efetiva reconstrução da Europa, pela sua integração estratégica no bloco ocidental, na conjuntura da Guerra Fria;

• numa 2.ª fase, já nos anos 50, como afirmação da Europa Ocidental como entidade económica e política capaz de fazer frente ao expansionismo americano e à afirmação da URSS;

• numa 3.ª fase, nos anos 70, a União Europeia visa fazer frente à hegemonia dos EUA e ao fulgurante crescimento das economias asiáticas.

CEE - 1957

• O Tratado de Roma, que instituiu a Comunidade Económica Europeia (CEE), foi assinado em Roma em 25 de Março de 1957 e entrou em vigor em 1 de Janeiro de 1958. O Tratado que institui a Comunidade Europeia da Energia Atómica (EURATOM) foi assinado na mesma altura, o que levou a que estes dois tratados passassem a ser conjuntamente designados por Tratados de Roma.

• Com o objetivo de alargar de aprofundar o mercado comum, pela união aduaneira das Estados-Membros, tendo em vista:

• O desenvolvimento coordenado das suas atividades económicas;• A livre circulação de pessoas, mercadorias e capitais, bem como a livre

prestação de serviços;• A progressiva superação de eventuais divergências em questões de

transportes, produção agrícola e energética;• E, a longo prazo, “uma união cada vez mais estreita” dos povos

europeus.

• Dia 25 de Março de 1957 Assinatura do Tratado de Roma

• Criação da Comunidade Económica Europeia [CEE] – [“Europa dos Seis”]

Países Fundadores:

• França;• Itália;• República Federal Alemã;• Bélgica; • Países Baixos/Holanda;• Luxemburgo.

D)Definir o Terceiro Mundo

R:

Entre 1946 e 1976, 70 novos países nascem, todos eles partilhando o mesmo passado colonial e o mesmo atraso económico. No seu conjunto formavam o TERCEIRO MUNDO = expressão elabora em 1952, pelos economistas franceses A. Sauvy e G. Balandier, para designar os países excluídos do desenvolvimento económico.

Geograficamente, o Terceira Mundo estendia-se pelo Sul do Globo, abrangendo a América Latina, a África e a Ásia do Sul e Sudeste (com exceção do Japão). Porém, nas últimas décadas, a emergência dos NPI (Novos Países Industrializados) tem reconfigurado, de forma significativa, a área geográfica do terceiro Mundo.

A expressão Terceiro Mundo tem uma clara analogia com a de Terceiro Estado. Tal como nas vésperas da Revolução Francesa o Terceiro Estado constituía uma minoria desfavorecida relativamente às ordens privilegiadas, o Terceiro Mundo inclui as regiões mais pobres e mais populosas do Globo.

Características:

Autonomia política; Dependência económica dos países ricos. Estes países, muitos deles

antigas metrópoles, continuaram a explorar, através de grandes companhias, as matérias-primas, minerais e agrícolas do mundo subdesenvolvido, fornecendo-lhe, como no passado, produtos manufaturados;

Tal situação, tem contribuído para o atraso destas regiões: por um lado, os lucros das companhias não são reinvestidos no local; por outro, enquanto os preços dos produtos industriais têm vindo a subir, o valor das matérias-primas tem decaído. Combinados, estes dois fatores resultam na exploração dos recursos dos países economicamente mais débeis, em benefício das potências industrializadas.

Considera-se o verdadeiro NEOCOLONIALISMO.

E)Explicar os fundamentos do neocolonialismo.

R:

Forma de dominação exercida indiretamente pelas nações mais desenvolvidas sobre as mais pobres por intermédio da sua superioridade técnica, financeira e económica. Embora de caráter essencialmente económico, o neocolonialismo pode também manifestar-se no campo político e cultural.

F) Explicar a importância das Conferencias de Bandung e do Movimento dos Não – Alinhados para a afirmação política do Terceiro Mundo.

R:

Atitude política dos países que não aderem às tomadas de posição assumidas por uma grande potência ou por um bloco de Estados.

• A origem do Movimento pode ser encontrada na Conferência Ásia-África realizada em Bandung, Indonésia, em 1955. A convite dos primeiros-ministros da Birmânia (hoje Mianmar), do Ceilão (hoje Sri Lanka), da Índia, da Indonésia e do Paquistão, dirigentes de 29 países, quase todos ex-colónias dos dois continentes, reuniram-se para debater preocupações comuns e coordenar posições no campo das relações internacionais.

Conferência de Bandung -1955-

• • Entre 18 e 24 de abril de 1955, os dirigentes de 29 Estados asiáticos e africanos reuniram-se na Conferência de Bandung (Indonésia), representando mais de metade da população do Globo.

• • Sukarno, primeiro-ministro da Indonésia; Nehru, primeiro-ministro indiano; Nasser, presidente egípcio e o presidente Tito, da Jugoslávia, foram os grandes impulsionadores do não alinhamento.

• • Com o objetivo de manear o futuro de uma nova força política global (Terceiro Mundo), visando a promoção da cooperação económica e cultural afro-asiática, como forma de oposição ao que era considerado colonialismo ou neocolonialismo, por parte dos Estados Unidos e da União Soviética.

• • Apesar das divergências ideológicas, houve convergência na definição de um conjunto de linhas de atuação, na denúncia e condenação do colonialismo e do neocolonialismo, na proclamação da igualdade de todos os povos, na rejeição da polícia de blocos e apelo à resolução pacífica dos diferendos internacionais.

• • A mediatização da Conferência de Bandung não só contribuiu para a afirmação política do Terceiro Mundo que, desde então, estreitaram relações diplomáticas e conjugaram os seus esforços para apressar o fim do colonialismo, como acabou por se repercutir no processo de descolonização.

• A única realização concreta dos delegados à conferência foi uma declaração de dez pontos sobre "a promoção da paz e cooperação mundiais:

• 1. Respeito aos direitos fundamentais;• 2. Respeito à soberania e integridade territorial de todas as nações;• 3. Reconhecimento da igualdade de todas as raças e nações, grandes e

pequenas;

• 4. Não-intervenção e não-ingerência nos assuntos internos de outro país - (Autodeterminação dos povos);

• 5. Respeito pelo direito de cada nação defender-se, individual e coletivamente;

• 6. Recusa na participação dos preparativos da defesa coletiva destinada para servir aos interesses particulares das superpotências;

• 7. Abstenção de todo ato ou ameaça de agressão, ou do emprego da força, contra a integridade territorial ou a independência política de outro país;

• 8. Solução de todos os conflitos internacionais por meios pacíficos (negociações e conciliações, arbitradas por tribunais internacionais);

• 9. Estímulo aos interesses mútuos de cooperação;• 10. Respeito pela justiça e obrigações internacionais.

Conferência de Belgrado -1961-

• Nehru (Índia), Nasser (Egito), Tito (Jugoslávia) forma os seus promotores.

• Materializou-se o Movimento dos Não Alinhados, cujo embrião haviam sido as posições saídas de Bandung, que pretendia assumir-se como uma alternativa política relativamente aos países do Terceiro Mundo podiam agora fazer-se ouvir.

• O Movimento dos Não Alinhados comprometia-se a não alinhar com nenhum dos dois gigantes, mantendo a neutralidade, e cerrar fileiras contra a dependência dos povos quer a nível político quer económico, afigurando-se, desta forma, enquanto baluarte da autonomia total das nações, ou seja, condenava veementemente qualquer forma de colonialismo ou ingerência externa e pretendia assegurar a força política e o desenvolvimento económico dos seus Estados membros.

• O Movimento dos Não Alinhados pretendia ainda empenhar esforços com vista à promoção da paz mundial, tendo, por isso, apelado para que as superpotências procedessem ao desarmamento e reiterado o desejo de que fosse seguida a solução pacífica na resolução das contendas internacionais.

• Ao longo dos anos o Movimento foi angariando cada vez mais simpatizantes enquadrando países da Ásia, África, América Latina e até da Europa.

• O Não Alinhamento tornou-se o símbolo do sonho de independência e de liberdade das nações mais frágeis face às pressões das superpotências e do mundo desenvolvido em geral.

• Embora seja muitas vezes designado por neutralista, este movimento não teve por objetivo permanecer neutro face às grandes questões mundiais. Bem pelo contrário, propunha-se defender, segundo as palavras de Nehru e Tito,

«uma política ativa, positiva e construtiva» com vista ao estabelecimento da paz mundial.

• Porém, na prática, a atuação política do movimento revestiu sobretudo a forma de uma luta contra o colonialismo.

• É este grupo que, nas décadas de 60 e 70, transforma a Assembleia-Geral da ONU numa tribuna onde se debatem e se condenam as atuações dos franceses na Argélia, dos Portugueses em Angola e em Moçambique, ou dos Americanos no Vietname.

• Quanto ao sonho de independência face aos dois blocos foi-se perdendo. A isenção necessitava de uma força económica que estes países não tinham. • Uma vez independente, a maioria dos países, autênticos mosaicos étnicos, viu-se envolvida em complicadas processos de luta pelo poder, levados a cabo por fações ideologicamente alinhadas, que forma aproveitados pelas superpotências para intervirem política e militarmente com soluções neocolonialistas.

• No fim dos anos 60 e, sobretudo, na década seguinte revela-se uma clara aproximação a Moscovo (Bloco de Leste). No entanto, esta tendência não impediu o movimento de se pronunciar contra a intervenção soviética no Afeganistão, em 1979.

• Movimento dos Países Não-alinhados (MNA) — é um movimento que reúne 115 países (em 2004), em geral nações em desenvolvimento, com o objetivo de criar um caminho independente no campo das relações internacionais que permita aos membros não se envolver no confronto entre as grandes

potências.