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SISTEMA DE EDUCAO MDICA CONTINUADA A DISTNCIA
PROURGENPROGRAMA DE ATUALIZAOEM MEDICINA DE URGNCIA
ORGANIZADO PELA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CLNICA MDICA
Diretor cientficoAntonio Carlos Lopes
Diretores acadmicosHlio Penna Guimares
Renato Delascio Lopes
Artmed/Panamericana Editora Ltda.
PROURGEN | PORTO ALEGRE | CICLO 1 | MDULO 1 | 2007
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Os autores tm realizado todos os esforos paralocalizar e indicar os detentores dos direitos deautor das fontes do material utilizado. No entanto,se alguma omisso ocorreu, tero a maiorsatisfao de na primeira oportunidade reparar asfalhas ocorridas.
A medicina uma cincia em permanenteatualizao cientfica. medida que as novaspesquisas e a experincia clnica ampliam nossoconhecimento, modificaes so necessrias nasmodalidades teraputicas e nos tratamentosfarmacolgicos. Os autores desta obra verificaramtoda a informao com fontes confiveis paraassegurar-se de que esta completa e de acordocom os padres aceitos no momento dapublicao. No entanto, em vista da possibilidade
Sociedade Brasileira de Clnica MdicaRua Botucatu, 572. Conjunto 11204023-061 - So Paulo, SPTel (11) 5572-4285. Fax (11) 5572-2968E-mail: [email protected]://www.sbcm.org.br
SISTEMA DE EDUCAO MDICA CONTINUADA A DISTNCIA (SEMCAD)PROGRAMA DE ATUALIZAO EM MEDICINA DE URGNCIA (PROURGEN)Artmed/Panamericana Editora Ltda.Avenida Jernimo de Ornelas, 670. Bairro Santana90040-340 Porto Alegre, RS BrasilFone (51) 3025-2550 Fax (51) 3025-2555E-mail: [email protected]@semcad.com.brhttp://www.semcad.com.br
de um erro humano ou de mudanas nas cinciasmdicas, nem os autores, nem a editora ouqualquer outra pessoa envolvida na preparaoda publicao deste trabalho garantem que atotalidade da informao aqui contida seja exataou completa e no se responsabilizam por errosou omisses ou por resultados obtidos do uso dainformao. Aconselha-se aos leitores confirm-lacom outras fontes. Por exemplo, e em particular,recomenda-se aos leitores revisar o prospecto decada frmaco que planejam administrar paracertificar-se de que a informao contida nestelivro seja correta e no tenha produzidomudanas nas doses sugeridas ou nas contra-indicaes da sua administrao. Estarecomendao tem especial importncia emrelao a frmacos novos ou de pouco uso.
Estimado leitor
proibida a duplicao ou reproduo deste Programa de Atualizao em Medicina de Urgncia, no todo ouem parte, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (eletrnico, mecnico, gravao, fotocpia,distribuio na web e outros), sem permisso expressa da Editora.
Os inscritos aprovados na Avaliao de Ciclo do Programa de Atualizao em Medicina de Urgncia receberocertificado de 80h/aula, outorgado pela Sociedade Brasileira de Clnica Mdica e pelo Sistema de EducaoMdica Continuada a Distncia (SEMCAD) da Artmed/Panamericana Editora, e crditos a seremcontabilizados pela Comisso Nacional de Acreditao (CNA), para obteno da recertificao (Certificado deAvaliao Profissional).
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HLIO PENNA GUIMARESRENATO DELASCIO LOPES
ATENDIMENTO PARADACARDIORRESPIRATRIA
Hlio Penna Guimares Mdico Assistente da Disciplina de Clnica Mdica Universidade
Federal de So Paulo (UNIFESP-EPM). Coordenador do Ncleo de Estudos em Emergncias
Clnicas da Disciplina de Clnica Mdica Universidade Federal de So Paulo (UNIFESP-EPM).
Especialista em Clnica Mdica com certificao de rea de Atuao em Medicina de Urgncia
pela Sociedade Brasileira de Clnica Mdica (SBCM) e Associao Mdica Brasileira (AMB).
Especialista em Terapia Intensiva pela Associao Brasileira de Medicina Intensiva (AMIB) e
Associao Mdica Brasileira (AMB). Mdico da Diviso de Pesquisa do Instituto Dante Pazzanese
de Cardiologia. Coordenador do Centro de Treinamento em Emergncia do Instituto Dante
Pazzanese de Cardiologia. Diretor acadmico do PROURGEN
Renato Delascio Lopes Mdico Assistente da Disciplina de Clnica Mdica Universi-
dade Federal de So Paulo (UNIFESP-EPM). Coordenador do Ncleo de Estudos em Emer-
gncias Clnicas da Disciplina de Clnica Mdica Universidade Federal de So Paulo
(UNIFESP-EPM). Especialista em Clnica Mdica com certificao de rea de Atuao em
Medicina de Urgncia pela Sociedade Brasileira de Clnica Mdica (SBCM) e Associao
Mdica Brasileira (AMB). Doutor em Medicina pela Universidade Federal de So Paulo
Universidade Federal de So Paulo (UNIFESP-EPM). Fellow da Duke University EUA.
Diretor acadmico do PROURGEN
INTRODUO
A parada cardaca (PC) a cessao sbita da circulao sistmica em indivduo com expectativa derestaurao da funo cardiopulmonar e cerebral, no portador de doena intratvel ou em fase terminal.Em conjunto a esse evento, interrompe-se a atividade respiratria, definindo-se ento paradacardiorrespiratria (PCR).1,2,3
A ressuscitao cardiopulmonar (RCP) consiste no conjunto de procedimentos realizados aps uma PCR,com o objetivo de restabelecer temporariamente a circulao de sangue arterial ao crebro e a outrosrgos vitais, at a recuperao da circulao espontnea.1,2,3
O atendimento da PCR conhecimento prioritrio de todo profissional de sade, independentemente desua especialidade. Particularmente no pronto-socorro (PS) ou unidade de pronto-atendimento (PA), anecessidade de atitudes rpidas e precisas determina a contnua atualizao do mdico e equipe nasdiretrizes mais recentes de atendimento PCR.
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IA OBJETIVOS
Neste captulo sero descritos e detalhados os principais procedimentos relacionados s manobras de suportebsico e avanado de vida aplicadas ressuscitao cardiopulmonar e cerebral, de acordo com as maisrecentes recomendaes das diretrizes mundiais sobre o tema. Espera-se que o texto contribua para a:
sistematizao de conhecimentos sobre o tema; instrumentalizao do mdico quanto a procedimentos e frmacos aplicados no atendimento parada
cardiorrespiratria; estabelecimento de rotinas adequadas de tratamento.
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Principais procedimentos aplicados
ressucitao cardiopulmonar
O rpido diagnstico
Estabelecendo o suporte bsico de vida
Suporte avanado de vida
Fibrilao ventricular/taquicardia
ventricular sem pulso
Assistolia
Atividade eltrica sem pulso
Amiodarona
Adrenalina/epinefrina
Atropina
Bicarbonato de sdio
Lidocana
Sulfato de magnsio
Tratamento aps a recuperao
da circulao espontnea
Disfuno miocrdica ps-ressuscitao
cardiopulmonar e cerebral
Aplicao teraputica da hipotermia
aps parada cardiorrespiratria
Quando parar esforos
de ressuscitao?
Concluso
Modalidades de PCR
Frmacos mais utilizados
durante a RCP
ESQUEMA CONCEITUAL
Vasopressina
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LEMBRAR
PRINCIPAIS PROCEDIMENTOS APLICADOS RESSUSCITAO CARDIOPULMONAR
O RPIDO DIAGNSTICO
O reconhecimento da PCR baseia-se na trade: inconscincia, ausncia de respirao e ausncia depulso central (carotdeo ou femoral).
A avaliao do pulso no deve consumir mais do que 5 a 10 segundos.4 Imediatamentedepois de constatada a perda de conscincia, deve-se solicitar a presena de equipe deemergncia capacitada no atendimento PCR, acompanhada sempre de desfibrilador externo,automtico ou convencional. Em alguns servios hospitalares, essa equipe de emergnciapode ser denominada como cdigo azul.
ESTABELECENDO O SUPORTE BSICO DE VIDA
O suporte bsico de vida (SBV) consiste em oxigenao e perfuso de rgos vitais atravs de manobrassimples (habitualmente sem necessidade de equipamentos ou recursos tcnicos mais sofisticados)1, 2, 3 eque devem ser mantidas continuamente (vide Figura 12, algoritmo 1). 5,6
O suporte bsico de vida procedimento de fundamental relevncia ao sucesso da RCP, particularmente ascompresses torcicas. O SBV pode ser sistematizado em etapas, a saber:
[1] Avaliar a responsividade: avaliar o nvel de conscincia, tocando a vtima pelo ombro e chamando emvoz alta (Figura 1).
[2] Chamar por ajuda: solicitar ou acionar servio mdico de emergncia e desfibrilador ou cdigo azul.
[3] Abrir as vias areas: realiza-se essa abertura pela extenso do pescoo com mo na fronte e doisdedos sob a mandbula (Figura 2). Em casos de trauma, elevam-se os ngulos da mandbula na manobrade trao da mandbula (Figura 3).
[4] Detectar a respirao: uma vez abertas as vias areas, tenta detectar-se a respirao atravs daavaliao da expanso torcica, audio de som da respirao e sensao de ar exalado (manobra dever, ouvir e sentir) (Figura 4).1,2,6,7
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Figura 1 Avaliando o nivel de conscincia Figura 2 Abertura de via rea
Figura 3 Trao da mandbula
Figura 4 Ver, ouvir e sentir
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Figura 5 Ventilao boca-mscara Figura 6 Ventilao com bolsa-valva-mscara
[5] Ventilao: procede-se a duas ventilaes de resgate que podem ser do tipo boca-a-boca, boca-mscara(Figura 5) ou bolsa-valva-mscara (Figura 6). Cada uma dessas duas ventilaes deve durar 1 segundo,com volume suficiente para permitir expanso torcica.1,2,6,7 Os socorristas devem realizar duas tentativasde ventilao. Em caso de ineficincia de duas tentativas seqenciais, segue-se com a avaliao depulso e compresses torcicas. 2,6,7
[6] Avaliao do pulso: realiza-se essa avaliao em 5 a 10 segundos, atravs da palpao da artriacentral cartida ou femoral (Figura 7).
[7] Compresses torcicas: devem ser realizadas na velocidade de 100 vezes por minuto.1,2,6,7 Enquanto opaciente no estiver sob intubao traqueal, a relao compresses/ventilaes deve ser mantida deforma sincronizada,2,3,6,7,8 na relao de 30:2. Cada compresso deve promover a presena de pulso palpvel,permitindo-se o retorno completo do trax.7,8,9,10,11 Deve haver sempre o revezamento do responsvel pelacompresso torcica a cada 5 ciclos (2 minutos), visando manter a eficcia (Figura 8).1,6,7,11,12,13
Figura 7 Avaliao do pulso central Figura 8 Compresso torcica
Conexo comreservatriode oxignio
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D[8] Desfibrilao: executada prontamente sempre que se detectar fibrilao ou taquicardia ventricularsem pulso (FV/TV) (Figura 9), particularmente quando do uso de Desfibrilador Externo Automtico(DEA) (Figura 10). Nos casos em que o paciente permaneceu em PCR por mais de 5 minutos semcompresso torcica externa,6,7,11,12,13 pode proceder-se a 5 ciclos de compresso e ventilaoantecedendo a desfibrilao, na tentativa de retorno fase eltrica da PCR .
Figura 9 Taquicardia ventricular e FV
Figura 10 Desfibriladores externos automticos
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Figura 11 Posio das ps do desfibrilador
A corrente usada na desfibrilao pode ser do tipo bifsica ou monofsica. A quantidade de joules de 150a 200J para ondas bifsicas truncadas exponenciais, 120J para onda bifsica retilnea e 360J para correntemonofsica.1,2,6,7 Aps a administrao do choque, deve-se imediatamente retomar as compresses torcicase as ventilaes, sem avaliar a presena do pulso.
essencial conhecer alguns aspectos tcnicos da desfibrilao:
As ps (eletrodos) so colocadas na regio infraclavicular direita, ao lado do esterno, eno pex do corao, esquerda do mamilo, na linha axilar mdia (Figura 11). Nos casosem que existe marcapasso definitivo ou desfibrilador automtico implantvel, efetivo aplic-las no pex e regio interescapulo-vertebral esquerda.
A resistncia passagem da corrente eltrica atenuada com a aplicao de gel con-dutor de baixa impedncia (gel para eletrocardiografia ou desfibrilador), disposto de manei-ra a cobrir toda a superfcie metlica de contato com o paciente. No se recomenda o uso deoutros tipos de gel condutor (gel para ultra-som, lidocana), pois tais substncias no permi-tem conduo adequada de corrente eltrica.
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Verificar responsividade
Chamar por ajuda com desfibrilador
Abrir a via area e verificar a ventilao
Seno estiver ventilando, tente ventilar 2 vezes
Verificar o pulso em 5-10 segundos
Realizar ciclos de 30 compresses e 2 ventilaes trocar socorrista que comprime a cada 2 minutos.
S interromper quando o desfibrilador chegar e estiver preparado ou a vtima se movimentar
Aps chegada do desfibrilador, avaliar o ritmo
Ritmo chocvel:
Aplicar 1 choque
Reiniciar RCP imediatamente
Avaliar novamente o ritmo aps 5 ciclos
Ritmo no-chocvel:
Reiniciar RCP imediatamente
Avaliar novamente o ritmo aps 5 ciclos
Figura 12 Algoritmo 1: Suporte Bsico de Vida
Fonte: Adaptado de Feitosa Filho e colaboradores (2006); ECC Committee, Subcommittees and Task Forces of the American Heart Association
(2005). 1,6
A Figura 12 apresenta o algoritmo 1, referente ao fluxo de decises no SBV.
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1. Assinale os termos incorretos de cada afirmao e, nas linhas abaixo, escreva o(s)termo(s) constante(s) no banco para torn-la correta.
A) Visando a um rpido diagnstico, o reconhecimento da PCR baseia-se na trade:inconscincia, assistolia e ausncia de pulso central (carotdeo ou femoral)
................................................................................................................................................
B) A avaliao do pulso no deve consumir mais do que 5 a 10 segundos. Imediatamentedepois de constatada a perda de conscincia, deve-se solicitar frmacos para otratamento da disfuno miocrdica
................................................................................................................................................
C) Em qualquer uma das modalidades de ventilao de resgate a boca-a-boca/boca-mscara ou a bolsa-valva-mscara o tempo de durao de cada ventilao de 1segundo. Devem-se fazer 4 tentativas de ventilao. Em caso de ineficincia, deve-se realizar contato com a equipe azul
................................................................................................................................................
2. Compresses torcicas externas em pacientes adultos devem ser feitas, no suportebsico de vida, quando em paciente intubado, na freqncia de:
A) 30:2 de forma sincronizada.B) 100 compresses/minuto de forma sincronizada.C) 15:2 de forma sincronizada.D) 100 compresses/minuto de forma no sincronizada.
Respostas no final do captulo
3. Em que circunstncias a desfibrilao deve ser prontamente executada?
............................................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................
......................................................................................................................................................
...........................................................................................................................................................
ausncia de respirao - a avaliao de pulso e compresses torcicas -presena de equipe de emergncia capacitada no atendimento PCR
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4. A corrente liberada pelos desfibriladores bifsicos durante o primeiro choque administradona FV/TV deve ser:
A) 200J monofsica.B) 300J monofsica.C) 200J bifsica exponencial.D) 360 bifsica retilnea.E) 360J para qualquer tipo de onda.
5. Ordene os procedimentos no estabelecimento do suporte bsico de vida no atendimento PCR.
( ) Avaliao do pulso.( ) Abrir as vias areas.( ) Avaliar a responsividade.( ) Desfibrilao.( ) Chamar por ajuda.( ) Proceder ventilao.( ) Compresses torcicas.( ) Detectar a respirao.
Respostas no final do captulo
SUPORTE AVANADO DE VIDA
O Suporte Avanado de Vida (SAV) consiste nos seguintes passos:
[1] Intubao traqueal: deve ser realizada pelo indivduo mais experiente nesse procedimento (no excedermais do que 30 segundos) e sem interrupo das compresses torcicas. Se necessrio, outros equipamentospodem ser utilizados com menor necessidade de treinamento, tais como a mscara larngea (Figura 13) e ocombitubo (Figura 14). 2,14,15
Figura 13 Mscara larngea
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Figura 14 Combitubo
[2] Avaliao e fixao da cnula: aps a intubao, insufla-se o balonete (cuff) e ausculta-se o epigstrio,bases pulmonares esquerda e direita, pices pulmonares esquerdo e direito. Recomenda-se tambm aavaliao com dispositivos especiais, que pode ser feita com o detector de CO
2 ou com o detector
esofgico.1,6,7,15 Aps a intubao, as ventilaes passam a ser feitas durante a RCP em freqncia de8 a 10 incurses por minuto.6,7
[3] Acesso venoso e monitorao: a monitorao eletrocardiogrfica (habitualmente em DII) e obtenode acesso venoso antecubital devem ser executadas em simultneo intubao. O acesso intra-sseo,5,6,7,16,17 mesmo em adultos, recomendvel.
[4] Administrao de drogas (Quadro 1): todas as drogas a serem administradas na PCR devemobrigatoriamente ser seguidas de 20mL de bolus de fluido e elevao do membro por 10 a 20 segundos,para rpida chegada da droga ao corao.17 A primeira droga a ser administrada a adrenalina/epinefrina,17 na dose de 1mg, IV. Ela dever ser repetida a cada 3 a 5 minutos, sendo opcional substituira primeira ou segunda dose por vasopressina 40UI.17,18 A administrao das drogas deve respeitarintervalos preestabelecidos, independentemente do momento em que se encontra a RCP ou osprocedimentos de desfibrilao.6
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DQuadro 1
POSOLOGIA DAS DROGAS UTILIZADAS DURANTE A RCP
[5] Avaliao de ritmo: Aps cada 2 minutos de RCP a partir da desfibrilao, uma pausa muito rpidadeve ser feita para nova avaliao do ritmo ao monitor. 1,5,6,7 O pulso s deve ser palpado se um ritmoorganizado estiver presente ao monitor. Em qualquer um dos ritmos deve-se estar atento a causasreversveis de PCR (os 6Hs e 5Ts), conforme Quadro 4.
6. Ordene os procedimentos no estabelecimento do Suporte Avanado de Vida (SAV) noatendimento PCR.
( ) Avaliao do ritmo.( ) Intubao traqueal.( ) Administrao de drogas.( ) Acesso venoso e monitorao.( ) Avaliao e fixao da cnula.
7. So antiarrtmicos utilizados durante a ressuscitao cardiopulmonar em fibrilaoventricular:
A) amiodarona, lidocana e sotalol.B) amiodarona, lidocana e bretlio.C) amiodarona, lidocana e sulfato de magnsio.D) amiodarona, lidocana e propafenona.E) amiodarona, lidocana e epinefrina.
Respostas no final do captulo
Droga Dose
Adrenalina
Vasopressina
Atropina
Amiodarona
Lidocana
Sulfato de magnsio
Bicarbonato de sdio
1mg IV/IO a cada 3-5 minutos.
40UI IV/IO em dose nica substituindo a primeira ou segunda dose de adrenalina.
1mg IV/IO a cada 3-5 minutos at dose mxima de 3mg (apenas em caso de assistolia
e AESP com bradicardia).
300mg IV/IO com dose complementar de 150mg IV/IO aps 3-5 minutos.
1-1,5mg/kg IV/IO com doses adicionais de 0,5-0,75mg/kg com intervalos de 5-10
minutos at dose mxima de 3mg/kg.
1-2g em 10mL de SG5% IV/IO lento em 5-20 minutos.
1mEq/kg IV/IO.
Fonte: Adaptado de Feitosa Filho e colaboradores (2006); ECC Committee, Subcommittees and Task Forces of the American Heart Association (2005). 1,6
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8. Correlacione os seguintes frmacos s suas respectivas posologias na RCP.
Respostas no final do captulo
9. Quais so as principais orientaes acerca das seguintes etapas no SAV:
A) Intubao traqueal
............................................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................
B) Avaliao e fixao da cnula
............................................................................................................................................................
........................................................................................................................................................
C) Acesso venoso e monitorao
........................................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................
D) Administrao de drogas
......................................................................................................................................................
.........................................................................................................................................................
E) Avaliao de ritmo
............................................................................................................................................................
.........................................................................................................................................................
( ) 1-1,5mg/kg IV/IO com doses adicionaisde 0,5-0,75mg/kg com intervalos de 5-10minutos at dose mxima de 3mg/kg.
( ) 1 mg IV/IO a cada 3-5 minutos.( ) 1-2g em 10mL de SG5% IV/IO lento em
5-20 minutos.( ) 1mEq/kg IV/IO.( ) 1mg IV/IO a cada 3-5 minutos at dose
mxima de 3mg (apenas assistolia eAESP com bradicardia).
( ) 40UI IV/IO em dose nica substituindo aprimeira ou segunda dose de adrenalina.
( ) 300mg IV/IO com dose complementar de150mg IV/IO aps 3-5 minutos.
( 1 ) Adrenalina( 2 ) Vasopressina( 3 ) Atropina( 4 ) Amiodarona( 5 ) Lidocana( 6 ) Sulfato de magnsio( 7 ) Bicarbonato de sdio
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Dose de manutenoDroga
Amiodarona
Lidocana
LEMBRAR
MODALIDADES DE PARADACARDIORRESPIRATRIA
FIBRILAO VENTRICULAR/TAQUICARDIA VENTRICULAR SEM PULSO
A fibrilao ventricular/taquicardia ventricular (FV/TV) sem pulso so os mecanismos mais comuns de paradacardaca extra-hospitalar, pronto-socorro ou hospitais de cardiologia,19 sendo prioridade mxima adesfibrilao.1,5,6,7
Aps a intubao, o primeiro antiarrtmico a ser tentado dever ser a amiodarona 300mg, IV, em bolus.Uma segunda dose de amiodarona, de 150mg, pode ser tentada aps 3 a 5 minutos da primeira dose.
O prximo antiarrtmico a ser utilizado a lidocana, na dose de 1 a 1,5mg/kg, podendo ser repetida a cada5 a 10 minutos, na dose de 0,5 a 0,75m/kg, at sua dose mxima de 3mg/kg. Sulfato de magnsio, na dosede 1 a 2g diludo em 10mL de soluo glicosada a 5%, numa velocidade de 5 a 20 minutos, o antiarrtmicode escolha apenas nos casos de torsade de pointes e de hipomagnesemia.1,5,6,7
Sempre aps a recuperao da circulao espontnea, o ltimo antiarrtmico administradodeve ser mantido em dose de manuteno (veja Quadro 2). Caso nenhum tenha sido utilizadoainda, a amiodarona deve ser administrada com um ataque de 150mg em 10 minutos aps aparada cardiorrespiratria em FV/TV sem pulso, seguida de dose de manuteno que amesma descrita para outras situaes.
Quadro 2
DOSE DE MANUTENO DOS ANTIARRTMICOS
Em PCR por qualquer um dos ritmos, bicarbonato de sdio pode ser utilizado na dose de 1mEq/kg conformedescrito no Quadro 3.
O bicarbonato de sdio absolutamente contra-indicado apenas na acidose ltica hipxica.
Fonte: Adaptado de Feitosa Filho e colaboradores (2006); ECC Committee, Subcommittees and Task Forces of the American
Heart Association (2005). 1,6.
1mg/min nas primeiras 6 horas seguido de 0,5mg/min nas prximas 18 horas.
1-4mg/min.
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Classe de recomendaoSituao clnica
Hipercalemia preexistente conhecida
Acidose responsiva a bicarbonato preexistente
Overdose de antidepressivos tricclicos
Alcalinizao de urina em overdose de drogas
Intubado com longo perodo de parada
Recuperao da circulao espontnea aps uma
longa parada
Acidose ltica hipxica
Classe I
Classe IIa
Classe IIa
Classe IIa
Classe IIb
Classe IIb
Classe III
Fonte: Adaptado de Feitosa Filho e colaboradores (2006); ECC Committee, Subcommittees and Task Forces
of the American Heart Association (2005).1,6.
6Hs e seus tratamentos 5Ts e seus tratamentos
Tromboembolismo pulmonar/coronrio fibrinoltico/angioplastia primria
Tamponamento cardaco drenagem Txicos antdotos especficos Tenso no trax (pneumotrax) drenagem Trauma ATLS adequado
Hipovolemia SF 0,9% IV Hipoxia ofertar oxignio Hipocalemia ofertar KCl IV
Hipercalemia Ca++ IV e bicarbonato e/ou
soluo polarizante
Hipotermia reaquecimento H+ (acidose) bicarbonato IV Hipoglicemia glicose IV, reposio de
soluo de glicose 50% 2 ampolas,
caso acesso venoso central, ou intra-osseo
e soluo de glicose 25% 4 ampolas,
caso em uso de acesso venoso perifrico
Na Figura 15, apresenta-se o algoritmo 2, referente ao tratamento da FV/TV sem pulso.
Fonte: Adaptado de Feitosa Filho e colaboradores (2006); ECC Committee, Subcommittees and Task Forces of the American Heart Association (2005).1,6.
Quadro 3
CLASSES DE RECOMENDAES DO BICARBONATO DE SDIO
O Quadro 4 apresenta os tratamentos dos 6Hs e 5Ts, possveis causas, reversveis ou no, da PCR.
Quadro 4
OS 6Hs E 5Ts E SEUS TRATAMENTOS
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10. Descreva a posologia dos frmacos envolvidos no tratamento da fibrilao ventricular/taquicardia ventricular sem pulso nos seguintes momentos:
A) dose de ataque
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B) dose de manuteno
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Realizar passos do Suporte Bsico de Vida
Aps chegada do desfibrilador, avaliar o ritmo:
Se FV/TV sem pulso: aplicar 1 choque
manual bifsico: 120/200J ou monofsico: 360J
Reiniciar RCP imediatamente, trocar pessoa que comprime durante cada verificao de ritmo
Obter via area definitiva, acesso IV ou IO e monitorizao
Administrar vasopressor assim que possvel
Adrenalina 1mg IV/IO a cada 3-5 minutos ou vasopressina
40UI IV/IO em substituio a 1a ou 2a dose de adrenalina
Checar ritmo 2 minutos aps cada desfibrilao:
Se FV/TV sem pulso: aplicar 1 choque
manual bifsico: 120-200J ou monofsico: 360J
Reiniciar RCP imediatamente, trocar pessoa
que comprime durante cada verificao de ritmo
Se assistolia mudar de algoritmo
Se atividade eltrica checar pulso:
Sem pulso Algoritmo AESP
Com pulso Cuidados ps-RCP
Administrar antiarrtmico
Amiodarona 300mg IV/IO seguido de 150mg IV/IO aps 3-5 min
Lidocana 1-1,5mg/kg IV/IO seguido de 0,5-0,75mg/kg a cada 5-10 min at dose mxima
Sulfato de magnsio 1-2g IV/IO se torsades de pointes
Checar ritmo 2 minutos aps cada desfibrilao:
Se FV/TV sem pulso: aplicar 1 choque
manual bifsico: 120-200J ou monofsico: 360J
Reiniciar RCP imediatamente, trocar pessoa que
comprime durante cada verificao de ritmo
Figura 15 Algoritmo 2: Tratamento da FV/TV sem pulsoFonte: Adaptado de Feitosa Filho e colaboradores (2006); ECC Committee, Subcommittees and Task Forces of the American Heart Association (2005);
American Heart Association (2005). 1,6,7
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11. indicao de classe IIa no uso de bicarbonato de sdio:
A) paciente intubado com longo perodo de parada.B) acidose ltica hipxica.C) hipercalemia preexistente conhecida.D) overdose de antidepressivos tricclicos.
12. Havendo uma PCR em cada uma das situaes clnicas dadas, complete as lacunasa partir dos termos do banco (cada termo pode ser usado mais de uma vez).
A) Na hipotermia, a PCR causada pelo ritmo de parada cardaca: ...........; e o tratamentoconsiste em ............................................. .
B) No pneumotrax, a PCR causada pelo ritmo de parada cardaca: ...........; e o tratamentoconsiste em ........................................ .
C) Na hipocalemia, a PCR causada pelo ritmo de parada cardaca: ...........; e o tratamentoconsiste em ........................................ .
D) Na hipovolemia, a PCR causada pelo ritmo de parada cardaca: ...........; e o tratamentoconsiste em ........................................ .
Respostas no final do captulo
13. Sintetize as orientaes do algoritmo sobre o tratamento da FV/TV sem pulso.
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Causas Tratamentos
6Hs 5Ts Ofertar SF 0,9% IV ofertar O2 proceder drenagem proceder ATLS
adequado ofertar bicarbonato IV proceder reaquecimento ofertarKCl IV
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DASSISTOLIA
A assistolia a forma associada ao pior prognstico e infelizmente trata-se do ritmo de PCR mais freqenteem hospitais.20
A assistolia deve ser confirmada em duas derivaes perpendiculares. Na primeira verificao do ritmo,feita atravs de desfibrilador, se a linha isoeltrica estiver presente, basta mudar o posicionamento das ps.Esse cuidado deve ser tomado devido ao fato de existirem FV finas que podem ser confundidas com assistoliaem algumas derivaes.1,3,6,7
A Figura 16 apresenta o algoritmo 3, referente ao tratamento das assistolias.
Realizar passos do Suporte Bsico de Vida
Aps chegada do desfibrilador, avaliar o ritmo:
Se linha isoeltrica presente, avaliar cabos, ganho e derivaes para confirmar assistolia
Reiniciar RCP imediatamente, trocar pessoa que comprime durante cada verificao de ritmo
Obter via area definitiva, acesso IV ou IO e monitorizao
Administrar vasopressor assim que possvel:
adrenalina 1mg IV/IO a cada 3-5 minutos
ou vasopressina 40UI IV/IO, em substituio a 1a ou 2a dose de adrenalina
Considerar atropina 1mg IV/IO a cada 3-5 minutos at dose mxima de 3mg
Checar o ritmo aps cada 2 minutos de RCP
Se FV/TV sem pulso mudar de algoritmo
Se atividade eltrica checar pulso:
Sem pulso Algoritmo AESP
Com pulso Cuidados ps-RCP
Figura 16 Algoritmo 3: Tratamento da assistolia
Fonte: Adaptado de Feitosa Filho e colaboradores (2006); ECC Committee,
Subcommittees and Task Forces of the American Heart Association (2005); American Heart Association (2005).1,6,7
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IA ATIVIDADE ELTRICA SEM PULSO
A atividade eltrica sem pulso (AESP) designa qualquer ritmo que no assistolia, FV ou TV, desprovido depulso palpvel nas cartidas.
Na AESP, importante identificar qual dos 6Hs e 5Ts o responsvel pela PCR. Como hipovolemia a principal causa de AESP, pode-se administrar prova de volume logo aps a administrao deadrenalina em bolus. A atropina pode ser tambm utilizada, caso a freqncia do ritmo observadoseja inferior a 60 vezes/min. A Figura 17 apresenta o algoritmo 4, referente ao tratamento daatividade eltrica sem pulso.
14. Como proceder para confirmar um quadro de assistolia?
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Realizar passos do
Suporte Bsico de Vida
Aps chegada do desfibrilador, avaliar o ritmo:
Se a atividade eltrica organizada, checar pulso em 5-10 segundos
Sem pulso: iniciar RCP imediatamente
Trocar pessoa que comprime durante cada verificao de ritmo
Obter via area definitiva, acesso IV ou IO e monitorizao
Administrar vasopressor assim que possvel
Adrenalina 1mg IV/IO a cada 3-5 minutos
ou vasopressina 40UI IV/IO em substituio a 1a ou 2a dose da adrenalina
Considere atropina 1mg IV/IO a cada 3-5 min
at dose mxima de 3mg caso FC
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D15. Sintetize as orientaes para o tratamento de caso de AESP, apresentado na Figura 17.
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FRMACOS MAIS UTILIZADOS DURANTEA RESSUSCITAO CARDIOPULMONAR
A seguir, so apresentados os frmacos mais utilizados1, 3, 21 durante a ressuscitao cardiopulmonar.
AMIODARONA
A amiodarona bloqueia os canais de Na+ inativados e possui uma taxa relativamente rpida de recuperaodo bloqueio. Alm disso, esse agente reduz a corrente de Ca2+ e as correntes retificadora aferente e retificadoraretardada aferente transitria de K+ e exerce um efeito bloqueador adrenrgico no-competitivo.
Os prolongamentos PR, QRS e QT e a bradicardia sinusal so freqentes durante a terapia crnica. Aamiodarona prolonga a refratariedade em todos os tecidos cardacos. O bloqueio do canal de Na+, arepolarizao retardada devido ao bloqueio do canal de K+ e a inibio do acoplamento intercelular contribuempara esse efeito.
Amiodarona
Indicaes na PCR
Parada cardiorrespiratria em FV/TV sem pulso.
Efeitos adversos
Hipotenso devida vasodilatao e depresso do desempenho miocrdico freqente com a forma IV/IO. O
mais grave efeito adverso durante a terapia crnica com amiodarona, a fibrose pulmonar, que pode ter progresso
rpida e fatal.
Outros efeitos adversos durante a terapia prolongada incluem microdepsitos na crnea (assintomticos),
disfuno heptica, hipo/hipertireoidismo, sinais e sintomas neuromusculares (neuropatia perifrica e fraqueza
muscular proximal) e fotossensibilidade.
Dose e administrao
Na parada cardiorrespiratria:
300mg IV/IO em bolus lento (30 segundos a 2 minutos), diludos em 20mL de soluo glicosada (SG) 5% ouNaCl 0,9%, podendo ser repetida uma dose de 150mg aps 5 a 10 minutos, caso manuteno da FV/TV sem
pulso.
Durante infuso da dose de manuteno em SG 5%, em frasco de vidro ou ecoflac, para evitar aderncia dadroga ao frasco.
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IA ADRENALINA/EPINEFRINA
A adrenalina/epinefrina a droga mais utilizada na PCR. Existe a possibilidade da epinefrina transformar afibrilao ventricular fina em FV grossa, que mais sensvel desfibrilao. As aes do frmaco sobre ocorao, o msculo liso vascular e outros msculos lisos so particularmente notveis.
O mecanismo da elevao da presso arterial causada pela adrenalina triplo:
estimulao direta do miocrdio, que aumenta a fora de contrao ventricular (ao inotrpica positiva); aumento da freqncia cardaca (ao cronotrpica positiva); e vasoconstrio em muitos leitos vasculares, sobretudo nos vasos de resistncia pr-capilar da pele,
mucosa e rim, juntamente com acentuada constrio venosa.
O efeito depressor de pequenas doses (0,1g/kg) e a resposta bifsica a doses mais elevadas sodecorrentes da maior sensibilidade dos receptores
2 vasodilatadores adrenalina do que dos receptores
constritores. A adrenalina um poderoso estimulante cardaco, atuando diretamente sobre os receptores
1 predominantes do miocrdio e das clulas do marcapasso e do tecido condutor.
ATROPINA
A atropina um antagonista competitivo das aes da acetilcolina e outros agonistas muscarnicos; elescompetem com esses agonistas por um local de ligao comum no receptor muscarnico.
O efeito principal da atropina no corao alterar a freqncia. Embora a resposta predominante seja taquicardia,a freqncia cardaca muitas vezes diminui transitoriamente com as doses clnicas mdias (0,4 a 0,6mg). Essalentificao raramente acentuada e geralmente no ocorre depois da injeo intravenosa rpida.
Doses maiores de atropina causam taquicardia progressivamente maior devido ao bloqueio dos efeitosvagais nos receptores M
2 do marcapasso do nodo sinusal.
Adrenalina/epinefrina
Indicaes na PCR
Parada cardiorrespiratria (VF/TV sem pulso, assistolia e AESP).
Efeitos adversos
A adrenalina pode causar reaes como temor, ansiedade, tenso, agitao, cefalia pulstil, tremor, fraqueza,
vertigem, palidez, dificuldade respiratria e palpitao. Os efeitos desaparecem rapidamente com repouso, calma,
posio supina, tranqilidade. As reaes mais graves consistem em hemorragia cerebral e arritmias cardacas.
Dose e administrao
1mg IV/IO a cada 3 a 5 minutos seguido de bolus de 20mL de gua destilada ou SF 0,9%.
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BICARBONATO DE SDIO
Na parada cardiorrespiratria, a hipoperfuso tissular e pulmonar juntamente hipoventilao resulta emacmulo de gs carbnico que, associado gua, forma cido carbnico, que se dissocia em H+ + HCO
3
-,levando acidose respiratria. A conseqente acidemia diminui o limiar da fibrilao, reduz a contratilidademiocrdica, diminui a taxa de despolarizao espontnea do sistema de conduo, diminui a possibilidadede sucesso da desfibrilao e atenua a resposta agonista -adrenrgica.
A administrao de bicarbonato de sdio est relacionada alcalemia, acidose paradoxal do sistemanervoso central, aumento da resistncia vascular cerebral, diminuio do limiar das arritmias, hipocalemia,hipoxia tecidual, com desvio da curva de saturao da hemoglobina para a esquerda, hipernatremia,hiperosmolaridade, com elevao plasmtica de 6mOsm/L para cada 50mEq de bicarbonato administrado.
LIDOCANA
A lidocana bloqueia os canais de Na+ cardacos abertos e os inativados. A recuperao do bloqueio muitorpida, de forma que a lidocana exerce maiores efeitos nos tecidos despolarizantes (p. ex. isqumicos) e/ou nos tecidos de impulso rpido. A droga no costuma exercer efeito significativo na durao de PR ou deQRS; QT permanece inalterado ou sofre discreta reduo.
Atropina
Indicaes na PCR
Parada cardiorrespiratria (apenas assistolia e AESP).
Efeitos adversos
Agitao, alucinao, angina, ataxia, coma, confuso mental, constipao, delrio, desorientao, cefalia, excitao,
insnia, nusea, palpitao, fotossensibilidade, vmito, entre outros.
Dose e administrao
1,0mg IV/IO a cada 3 a 5 minutos, seguido de bolus de 20mL de gua destilada ou SF 0,9%. No exceder adose total de 3,0mg.
Bicarbonato de sdio
Indicaes na PCR
Hipercalemia pr-existente. Intoxicao por antidepressivos tricclicos. Acidemia metablica preexistente.
Dose e administrao
1mEq/kg: reposio emprica at a chegada da gasometria. Peso x 0,3 x excesso de base = repor 1/3 a 1/2 do total.
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SULFATO DE MAGNSIO
VASOPRESSINA
A vasopressina um potente regulador hemodinmico, sendo um vasoconstritor potente (mediado porreceptor V
1) afetando a resistncia dos vasos em toda circulao. Uma dose de vasopressina (40U IV/IO)
pode substituir a primeira ou a segunda dose de epinefrina durante a RCP.1, 3, 21
Lidocana
Indicaes
Parada cardiorrespiratria (FV/TV sem pulso).
Efeitos adversos
Quando uma grande dose IV de lidocana administrada rapidamente, podem ocorrer convulses. Quando as
concentraes plasmticas da substncia sobem de forma lenta acima da faixa teraputica, comum a ocorrncia
de tremores, disartria e nveis alterados de conscincia. Nistagmo um sinal precoce de intoxicao provocada
por lidocana.
Dose e administrao
Na parada cardiorrespiratria (FV/TV sem pulso):
Dose inicial: 1 a 1,5mg/kg IV seguida de bolus de 20mL de gua destilada ou SF 0,9%. Aps reverso da arritmia, a dose de manuteno de 2-4mg/min (30-50g/kg/min), na seguinte diluio:
SG 5% 200mL adicionando 50mL de lidocana 2% (sem vasoconstritor); nessa diluio teremos:
15mL = 1mg/min 30mL = 2mg/min 45mL = 3mg/min 60mL = 4mg/min
Sulfato de magnsio
Indicaes
Parada cardiorrespiratria relacionada a estados de hipomagnesemia ou torsade de pointes.
Dose e administrao
Na parada cardiorrespiratria:
1 a 2g IV/IO em bolus diludos em 10mL SG 5%.
Vassopressina
Indicaes
Parada cardiorrespiratria em FV/TV sem pulso.
Dose e administrao
40U IV/IO pode substituir a primeira ou a segunda dose de epinefrina durante a RCP.
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DTRATAMENTO APS A RECUPERAODA CIRCULAO ESPONTNEA
A maioria das mortes aps uma ressuscitao ocorre nas primeiras horas aps a recuperao da circulaoespontnea (RCE).22 - 25 Por isso, toda a ateno deve ser dada na monitorao e tratamento desses pacientes.
Primeiramente, ateno deve ser dada administrao de droga antiarrtmica adequada,caso a PCR tenha sido em FV/TV sem pulso. A oferta inicial de oxignio deve ser de 100%.Todo o perfil de exames laboratoriais, incluindo eletrlitos e marcadores de leso miocrdica,deve ser solicitado.22-25 Embora no exista nenhuma grande evidncia de benefcio do rgidocontrole glicmico no perodo ps-PCR, evidncias extrapoladas de outras situaesclnicas26 sugerem benefcios desse controle em se mantendo os valores glicmicos emnveis inferiores a 150mg/dL.
Diferentes formas de proteo neurolgica tm sido estudadas para melhorar o prognstico do paciente.At o momento, recomendada induo de hipotermia teraputica (32 a 34C), por 12 a 24 horas, emtodas as vtimas de PCR em FV/TV sem pulso, extra-hospitalar, que se mantm comatosas at 4 horasaps recuperao da circulao espontnea.22, 23, 24, 27, 28, 29 A hipotermia teraputica em outros ritmos e emeventos intra-hospitalares ainda , por enquanto, considerada opcional.27-30
DISFUNO MIOCRDICA PS-RESSUSCITAOCARDIOPULMONAR E CEREBRAL
A disfuno miocrdica ps-ressuscitao apresenta-se com freqncia tanto em estudos laboratoriais comoem sobreviventes humanos de parada cardiorrespiratria. A avaliao com cateter de presso venosa centrale cateter de artria pulmonar imediatamente aps a ressuscitao cardaca demonstra aumento temporriodas presses de enchimento cardaco e reduo do ndice cardaco.2,22 Essa disfuno tem importncia nadeterminao da sobrevida do paciente ressuscitado em curto e mdio prazos.
A disfuno ventricular ps-ressuscitao descrita como um atordoamento do corao globalmenteisqumico e que, presumivelmente, apresenta os mesmos mecanismos fisiopatolgicos da disfuno contrtilps-reperfuso descrita em modelos de isquemia miocrdica. Seus principais determinantes so a intensaisquemia miocrdica que ocorre durante a PCR e a leso adicional que resulta da reperfuso do miocrdioisqumico. Portanto, o tempo durante o qual a vtima da parada cardiorrespiratria ficou sem o suportebsico de vida o principal determinante da disfuno. 2, 22
Para o tratamento da disfuno ventricular ps-ressuscitao, considerando ainda a insuficincia de dadosclnicos relevantes, cumpre-nos recomendar a utilizao de protocolos validados para o tratamento dedisfunes ventriculares agudas em outras situaes clnicas.
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mbito dos efeitos
Neurolgico
Cardiovascular
Respiratrio
Renal
Digestivo
Hematolgico
Metablico
Aumento relativo da perfuso cerebral Bradicardia Discreto aumento na presso arterial Alteraes eletrocardiogrficas, como alargamento dos intervalos PR, QRS e QT,
surgimento das ondas de Osborne
Aumento da presso venosa central Aumento da resistncia vascular sistmica Discreta reduo do dbito cardaco Tendncia alcalose respiratria Aumento da diurese Distrbios hidroeletrolticos Reduo da motilidade gastrintestinal Leve pancreatite Aumento das enzimas hepticas Reduo do nmero e funo das plaquetas Alterao da cascata de coagulao Reduo em nmero e funo dos leuccitos Maior risco de sangramento e infeco Reduo do consumo de oxignio Reduo da secreo e sensibilidade insulina Aumento da adrenalina e noradrenalina Aumento do cortisol srico Tendncia acidose metablica Reduo no clearance de vrias medicaes, como sedativos, analgsicos e relaxantes
musculares
Descrio
Fonte: Feitosa Filho e Lopes (2005). 30
APLICAO TERAPUTICA DA HIPOTERMIAAPS PARADA CARDIORRESPIRATRIA
A hipotermia teraputica pode ser definida como uma reduo controlada da temperatura central do paciente com
objetivos teraputicos predefinidos. O Quadro 5 destaca os possveis efeitos fisiolgicos da hipotermia.2, 3
Quadro 5
EFEITOS FISIOLGICOS ESPERADOS QUANDOUTILIZADA HIPOTERMIA TERAPUTICA (32 A 34C)
O paciente que foi recuperado de uma PCR de qualquer etiologia deve ser tratado, nos
primeiros minutos, de acordo com o protocolo estabelecido pelas diretrizes da American
Heart Association (AHA).
Tambm devem ser observados os princpios do Suporte Avanado de Vida em Cardiologia (SAVC)
descritos sumariamente neste captulo. Deve-se usar cristalide IV ou drogas vasoativas para
aumento da presso arterial mdia, adicionando-se inotrpicos IV, como a dobutamina, se
necessrio. Nesse ponto, a transferncia para uma unidade de terapia intensiva, visando a
instalao precoce de monitorizao hemodinmica invasiva fundamental.
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O princpio que deve nortear a escolha da forma de resfriamento ideal deve ser o que resfrie
de modo mais rpido e prtico, e absolutamente fundamental que o controle da temperatura
seja sempre executado de forma central (termmetro esofgico, timpnico ou retal).
Recomenda-se a manuteno da hipotermia teraputica por 12 a 24 horas. O reaquecimento
pode ser passivo (aproximadamente 0,5C por hora) ou ativo (usando cobertor trmico
aproximadamente 1C por hora). 2, 3
Em resumo, os critrios de incluso utilizados para protocolo de hipotermia teraputica foram
predominantemente de pacientes com fibrilao ventricular ressuscitados fora do ambiente
hospitalar e que so admitidos no hospital em Glasgow 9 ou abaixo disso. 2, 3
QUANDO PARAR ESFOROS DE RESSUSCITAO?
Um dos maiores dilemas do mdico consiste na deciso do momento de parar, ou mesmo no iniciar, a
RCP. Por princpio, se aplica RCP para vtimas de PCR nas quais os procedimentos no so fteis. Idealmente,
cada caso internado no hospital deveria ser previamente discutido quanto a possvel RCP, caso eventualidade
ocorresse e uma recomendao do prprio paciente deveria estar exposta no pronturio.
No entanto, questes ticas e legais em nosso pas ainda suscitam discusso sobre esse ato. A deciso de
terminar o suporte avanado de vida individualizada e muito influenciada pelas condies pr-PCR, pela
qualidade do atendimento da atual PCR e at mesmo por desejos manifestados pelo paciente antes da
perda de conscincia.25, 31, 32
CONCLUSO
O conhecimento e atualizao quanto s recomendaes de diretrizes do International Liaison Committee
on Resuscitation (ILCOR) so fundamentais para que se tente otimizar o atendimento s PCRs dos pacientes
crticos. A grande nfase atual consiste em manter compresses de alta qualidade, praticamente sem
interrupes, uma vez que somente o suporte bsico de vida, at o momento, foi capaz de mostrar melhora
de sobrevida hospitalar. 25, 31, 32
LEMBRAR
Os pacientes admitidos no hospital ps-RCP pr-hospitalar geralmente demonstram importante leso neurolgica
anxica, o que leva alta mortalidade. Nos ltimos 10 anos, surgiram vrios estudos em modelos experimentais
demonstrando que a leso neurolgica aps anoxia global severa reduzida quando aplicada hipotermia. 2, 3
As tcnicas testadas para resfriamento so diversas: bolsas de gelo, infuses geladas na artria cartida,
circulao extracorprea, capa contendo solues bastante geladas (-30C), lavagem nasal, lavagem
gstrica, lavagem vesical, lavagem peritoneal, lavagem pleural, cateteres resfriadores, infuso de lquido
gelado, manta com circulao de ar gelado, entre outros. 2, 3
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IA 16. Complete o quadro com os seguintes aspectos dos seguintes frmacos no seu emprego na
RCP, a partir de elementos do texto e de sua prtica clnica.
17. Que procedimentos devem ser observados no monitoramento e tratamento de pacientes
aps o recuperao da circulao espontnea?
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18. Qual o principal determinante na disfuno miocrdica ps-ressuscitao e quais as
orientaes para o tratamento?
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19. Quais os princpios de escolha do mtodo de resfriamento e manuteno da hipotermia
induzida e para que pacientes ela est indicada?
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20. Quando se devem cessar os esforos de ressuscitao?
A) Sempre aps 20 minutos de atendimento sem sucesso.
B) Sempre aps 30 minutos de atendimento sem sucesso.
C) A deciso deve ser sempre individualizada.
D) Apenas aps tentativa de resoluo dos 6Hs e 5Ts.
Resposta no final do captulo
Amiodarona
Adrenalina/epinefrina
Atropina
Bicarbonato de sdio
Lidocana
Sulfato de magnsio
Vassopressina
Mecanismo
de ao
Indicaes Efeitos
adversos
Dose e
administrao
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DRESPOSTAS S ATIVIDADES E COMENTRIOS
Atividade 1
Respostas: A) Visando a um rpido diagnstico, o reconhecimento da PCR baseia-se na trade: inconscincia,
assistolia e ausncia de pulso central (carotdeo ou femoral). Correo: ausncia de respirao. B) A avaliao
do pulso no deve consumir mais do que 5 a 10s. Imediatamente depois de constatada a perda de conscincia,
deve-se solicitar frmacos para o tratamento da disfuno miocrdica. Correo: a presena de equipe de
emergncia capacitada ao atendimento PCR. C) Em qualquer uma das modalidades de ventilao de
resgate tanto a boca-a-boca/boca-mscara, quanto a bolsa-valva-mscara , o tempo de durao de
cada ventilao de 1 segundo. Deve-se fazer 4 tentativas de ventilao. Em caso de ineficincia, deve-se
realizar contato com a equipe azul. Correo: 2; seguir com a avaliao de pulso e compresses torcicas.
Atividade 2
Resposta: D
Comentrio: De acordo com as ltimas diretrizes de RCP preconizadas, a necessidade de mnima interrupo
das compresses e a via rea prvia e definitiva definem a no sincronizao para CTE.
Atividade 4
Resposta: C
Comentrio: A corrente usada na desfibrilao pode do tipo ser bifsica ou monofsica. A quantidade de
joules de 150 a 200J para ondas bifsicas truncadas exponenciais, 120J para onda bifsica retilnea e
360J para corrente monofsica.
Atividade 5
Grade de respostas: (De cima para baixo) 6; 3; 1; 8; 2; 5; 7; 4.
Atividade 6
Grade de respostas: (De cima para baixo) 5; 1; 4; 3; 2.
Atividade 7
Resposta: C
Comentrio: No atendimento da FV, o primeiro antiarrtmico a ser tentado dever ser a amiodarona . O
prximo antiarrtmico a ser utilizado a lidocana, na dose de 1 a 1,5mg/kg, podendo ser repetido a cada 5
a 10 minutos, na dose de 0,5 a 0,75mg/kg, at sua dose mxima de 3mg/kg. Sulfato de magnsio, na dose
de 1 a 2g diludo em 10mL de soluo glicosada a 5%, numa velocidade de 5 a 20 minutos, o antiarrtmico
de escolha apenas nos casos de torsade de pointes e de hipomagnesemia.
Atividade 8
Grade de respostas: (De cima para baixo) 5; 1; 6; 7; 3; 2; 4.
Atividade 11
Resposta: D
Comentrio: A acidose responsiva a bicarbonato preexistente, a overdose de antidepressivos tricclicos e a
alcalinizao de urina em overdose de drogas so as indicaes de classe IIa para emprego de bicarbonato
de sdio na FV/TV sem pulso. Hipercalemia preexistente conhecida indicao de classe I; acidose ltica
hipxica de classe III e paciente intubado com longo perodo de parada, de classe IIb.
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IA Atividade 12
Respostas: A) 6H; proceder reaquecimento. B) 5T; proceder drenagem; C) 6H; ofertar KCl IV; D) 6H; ofertar
SF 0,9% IV.
Atividade 20
Resposta: C
Comentrio: A deciso de terminar o suporte avanado de vida individualizada e muito influenciada pelas
condies pr-PCR, pela qualidade do atendimento da atual PCR e at mesmo por desejos manifestados
pelo paciente antes da perda de conscincia.
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Sociedade Brasileira de Clnica Mdica
Diretoria
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Vice-PresidenteCesar Alfredo Pusch Kubiak
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Diretor cientfico:Antonio Carlos LopesProfessor Titular da Disciplina de Clnica Mdica da Universidade Federalde So Paulo/Escola Paulista de Medicina. Professor Titular de Medicinade Urgncia pela Universidade Federal de So Paulo/Escola Paulista de Medicina.Presidente da Sociedade Brasileira de Clnica Mdica. Fellow do American College of Physicians.
Diretores acadmicos:Hlio Penna GuimaresMdico Assistente da Disciplina de Clnica Mdica Universidade Federal de So Paulo (UNIFESP-EPM).Coordenador do Ncleo de Estudos em Emergncias Clnicas da Disciplina de Clnica Mdica Universidade Federal deSo Paulo (UNIFESP-EPM). Especialista em Clnica Mdica com certificao de rea de Atuao em Medicina deUrgncia pela Sociedade Brasileira de Clnica Mdica (SBCM) e Associao Mdica Brasileira (AMB). Especialista emTerapia Intensiva pela Associao Brasileira de Medicina Intensiva (AMIB) e Associao Mdica Brasileira (AMB).Mdico da Diviso de Pesquisa do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia. Coordenador do Centro de Treinamentoem Emergncia do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia.
Renato Delascio LopesMdico Assistente da Disciplina de Clnica Mdica Universidade Federal de So Paulo (UNIFESP-EPM). Coordenadordo Ncleo de Estudos em Emergncias Clnicas da Disciplina de Clnica Mdica Universidade Federal de So Paulo(UNIFESP-EPM). Especialista em Clnica Mdica com certificao de rea de Atuao em Medicina de Urgncia pelaSociedade Brasileira de Clnica Mdica (SBCM) e Associao Mdica Brasileira (AMB). Doutor em Medicina pelaUniversidade Federal de So Paulo (UNIFESP-EPM). Fellow da Duke University EUA.
Catalogao na publicao: Mnica Ballejo Canto CRB 10/1023
P964 Programa de Atualizao em Medicina de Urgncia (PROURGEN) /organizado pela Sociedade Brasileira de Clnica Mdica;
diretor cientfico: Antonio Carlos Lopes; diretores acadmicos:Hlio Penna Guimares, Renato Delascio Lopes. Porto Alegre:Artmed/Panamericana Editora, 2007.
160p. ; 25cm. + cartela (Sistema de Educao Mdica Continuadaa Distncia SEMCAD).
ISSN: 1982-047X
1. Medicina de urgncia Educao a Distncia. I. SociedadeBrasileira de Clnica Mdica. II. Lopes, Antonio Carlos.III. Guimares, Hlio Penna. IV. Lopes, Renato Delascio.
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ATENDIMENTO PARADA CARDIORRESPIRATRIAINTRODUOOBJETIVOSESQUEMA CONCEITUALPRINCIPAIS PROCEDIMENTOS APLICADOS RESSUSCITAO CARDIOPULMONARO RPIDO DIAGNSTICOESTABELECENDO O SUPORTE BSICO DE VIDASUPORTE AVANADO DE VIDA
MODALIDADES DE PARADACARDIORRESPIRATRIAFIBRILAO VENTRICULAR/TAQUICARDIA VENTRICULAR SEM PULSOASSISTOLIAATIVIDADE ELTRICA SEM PULSO
FRMACOS MAIS UTILIZADOS DURANTE A RESSUSCITAO CARDIOPULMONARADRENALINA/EPINEFRINABICARBONATO DE SDIOLIDOCANAASULFATO DE MAGNSIOVASOPRESSINA
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