Apostila Cers - Eca -Oab

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    OAB X Exame – 1º FaseECA

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    A GARANTIA DE PRIORIDADE compreende:

    a) primazia de receber proteção e socorro emquaisquer circunstâncias;

    b) precedência de atendimento nos serviços

    públicos ou de relevância pública;c) preferência na formulação e na execução daspolíticas sociais públicas;d) destinação privilegiada de recursos públicosnas áreas relacionadas com a proteção àinfância e à juventude

    INTERPRETAÇÃO DO ECA:

    Na interpretação desta Lei levar-se-ão em contaos fins sociais a que ela se dirige, as exigênciasdo bem comum, os direitos e deveresindividuais e coletivos, e a condição peculiar dacriança e do adolescente como pessoas emdesenvolvimento.

    As medidas de proteção à criança e aoadolescente são aplicáveis sempre que osdireitos reconhecidos nesta Lei foremameaçados ou violados:

    I - por ação ou omissão da sociedade ou doEstado;II - por falta, omissão ou abuso dos pais ouresponsável;III - em razão de sua conduta.

    MEDIDAS DE PROTEÇÃO

    Art. 101. Verificada qualquer das hipótesesprevistas no art. 98, a autoridade competentepoderá determinar, dentre outras, asseguintes medidas:

    I - encaminhamento aos pais ou responsável,mediante termo de responsabilidade;

    DIREITOS

    Vida, saúde

    Liberdade,dignidade,respeito

    Educação, lazer ecultura

    Profissionalizaçãoe proteção ao

    trabalho

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    II - orientação, apoio e acompanhamentotemporários;III - matrícula e freqüência obrigatórias em

    estabelecimento oficial de ensino fundamental;IV - inclusão em programa comunitário ou oficialde auxílio à família, à criança e ao adolescente;V - requisição de tratamento médico,psicológico ou psiquiátrico, em regimehospitalar ou ambulatorial;VI - inclusão em programa oficial ou comunitáriode auxílio, orientação e tratamento a alcoólatrase toxicômanos;VII - acolhimento institucional;VIII - inclusão em programa de acolhimentofamiliar;IX - colocação em família substituta.

    Lei municipal disporá sobre local, dia e horáriode funcionamento do Conselho Tutelar,remuneração de seus membros.

    O exercício efetivo da função de conselheiroconstituirá serviço público relevante eestabelecerá presunção de idoneidade moral.

    São atribuições do Conselho Tutelar:

    I - atender as crianças e adolescentes nas

    hipóteses previstas nos arts. 98 e 105,aplicando as medidas previstas no art. 101, I aVII;

    II - atender e aconselhar os pais ouresponsável, aplicando as medidas previstas noart. 129, I a VII;

    III - promover a execução de suas decisões,podendo para tanto:

    a)requisitar serviços públicos nas áreas desaúde, educação, serviço social, previdência,trabalho e segurança;

    b) representar junto à autoridade judiciária noscasos de descumprimento injustificado de suasdeliberações.

    IV - encaminhar ao Ministério Público notícia defato que constitua infração administrativa oupenal contra os direitos da criança ouadolescente;

    V - encaminhar à autoridade judiciária os casosde sua competência;

    VI - providenciar a medida estabelecida pelaautoridade judiciária, dentre as previstas no art.101, de I a VI, para o adolescente autor de atoinfracional;

    VII - expedir notificações;

    VIII - requisitar certidões de nascimento e de

    óbito de criança ou adolescente quandonecessário;

    IX - assessorar o Poder Executivo local naelaboração da proposta orçamentária paraplanos e programas de atendimento dos direitosda criança e do adolescente;

    X - representar, em nome da pessoa e dafamília, contra a violação dos direitos previstosno art. 220, § 3º, inciso II, da ConstituiçãoFederal;

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    XI - representar ao Ministério Público para efeitodas ações de perda ou suspensão do poderfamiliar, após esgotadas as possibilidades de

    manutenção da criança ou do adolescente juntoà família natural.

    Se, no exercício de suas atribuições, oConselho Tutelar entender necessário oafastamento do convívio familiar, comunicaráincontinenti o fato ao Ministério Público,prestando-lhe informações sobre os motivos detal entendimento e as providências tomadaspara a orientação, o apoio e a promoção socialda família.

    As decisões do Conselho Tutelar somentepoderão ser revistas pela autoridade judiciária apedido de quem tenha legítimo interesse.

    São impedidos de servir no mesmo Conselhomarido e mulher, ascendentes e descendentes,sogro e genro ou nora, irmãos, cunhados,durante o cunhadio, tio e sobrinho, padrasto oumadrasta e enteado.

    Estende-se o impedimento do conselheiro, naforma deste artigo, em relação à autoridade judiciária e ao representante do MinistérioPúblico com atuação na Justiça da Infância e daJuventude, em exercício na comarca, fororegional ou distrital.

    A execução das medidas poderá ser delegada àautoridade competente da residência dos paisou responsável, ou do local onde sediar-se aentidade que abrigar a criança ou adolescente.

    Em caso de infração cometida através detransmissão simultânea de rádio ou televisão,que atinja mais de uma comarca, serácompetente, para aplicação da penalidade, aautoridade judiciária do local da sede estadualda emissora ou rede, tendo a sentença eficáciapara todas as transmissoras ou retransmissorasdo respectivo estado.

    COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA MATÉRIA

    A Justiça da Infância e da Juventude écompetente para:

    Conhecer de representações promovidaspelo Ministério Público, para apuração deato infracional atribuído a adolescente,aplicando as medidas cabíveis;

    Conceder a remissão, como forma desuspensão ou extinção do processo;conhecer de pedidos de adoção e seusincidentes;conhecer de ações civis fundadas eminteresses individuais, difusos ou coletivosafetos à criança e ao adolescente,observado o disposto no art. 209;conhecer de ações decorrentes deirregularidades em entidades deatendimento, aplicando as medidascabíveis;

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    aplicar penalidades administrativas noscasos de infrações contra norma deproteção à criança ou adolescente;

    conhecer de casos encaminhados peloConselho Tutelar, aplicando as medidascabíveis.

    Quando se tratar de criança ou adolescentenas hipóteses do art. 98, é tambémcompetente a Justiça da Infância e daJuventude para o fim de:

    a) conhecer de pedidos de guarda e tutela;b) conhecer de ações de destituição do poderfamiliar, perda ou modificação da tutela ouguarda;c) suprir a capacidade ou o consentimento parao casamento;d) conhecer de pedidos baseados e mdiscordância paterna ou materna, em relação aoexercício do poder familiar;e) conceder a emancipação, nos termos da leicivil, quando faltarem os pais;f) designar curador especial em casos deapresentação de queixa ou representação, oude outros procedimentos judiciais ouextrajudiciais em que haja interesses de criançaou adolescente;g) conhecer de ações de alimentos;h) determinar o cancelamento, a retificação e osuprimento dos registros de nascimento e óbito.

    COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA

    Art. 149 - Compete à autoridade judiciáriadisciplinar, através de portaria, ou autorizar,mediante alvará:

    I - a entrada e permanência de criança ouadolescente, desacompanhado dos pais ouresponsável, em:

    a) estádio, ginásio e campo desportivo;b) bailes ou promoções dançantes;c) boate ou congêneres;d) casa que explore comercialmente diversõeseletrônicas;e) estúdios cinematográficos, de teatro, rádio etelevisão.

    II - a participação de criança e adolescenteem:

    a) espetáculos públicos e seus ensaios;b) certames de beleza .

    Para os fins do disposto neste artigo, aautoridade judiciária levará em conta, dentreoutros fatores:

    a) os princípios desta Lei;b) as peculiaridades locais;c) a existência de instalações adequadas;d) o tipo de freqüência habitual ao local;e) a adequação do ambiente a eventualparticipação ou freqüência de crianças eadolescentes;f) a natureza do espetáculo. As medidas adotadas na conformidade desteartigo deverão ser fundamentadas, caso a caso,vedadas as determinações de caráter geral.

    MEDIDAS DE PROTEÇÃO EM ESPÉCIE

    Importância da distinção entre famíliasubstituta (medida protetiva) e famílianatural, extensa ou ampliada.Recentes alterações.

    VII - Abrigo

    VIII - Colocaçãoem famíliasubstituta

    Art. 101antes daLei

    12010/09 VII –Acolhimentoinstitucional

    VIII - Inclusãoem programa deacolhimentofamiliar

    IX – Colocaçãoem famíliasubstituta

    Art. 101depois daLei

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    OUTRAS DISPOSIÇÕES IMPORTANTES:

    - Adoção póstuma- Cadastro prévio de adoção- Estágio de convivência- Adoção internacional- Efeitos da adoção- Direito à ciência da origem biológica

    É proibida a venda à criança ou aoadolescente de:I - armas, munições e explosivos;

    Modalidades decolocação em

    família substituta

    Guarda Tutela Adoção

    Medida Protetiva

    FAMÍLIASUBSTITUTA

    GuardaAtenção com oartigo 33, § 3ºe 4º e artigo 5

    TutelaAtenção com o

    § ún. Do art.36 e art. 37

    AdoçãoATENÇÃO!!!

    Consentimento

    Dos pais

    Regra: Obrigatoriedade

    Exceção: desconheidos oudestituidosdo poder familiar

    A criança será ouvida sempreque possível e sua opiniãodevidamente considerada

    Adolescente - Obrigatório

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    II - bebidas alcoólicas;III - produtos cujos componentes possamcausar dependência física ou psíquica ainda

    que por utilização indevida;IV - fogos de estampido e de artifício, excetoaqueles que pelo seu reduzido potencial sejamincapazes de provocar qualquer dano físico emcaso de utilização indevida;V - revistas e publicações a que alude o art. 78;VI - bilhetes lotéricos e equivalentes.É proibida a hospedagem de criança ouadolescente em hotel, motel, pensão ouestabelecimento congênere, salvo se autorizadoou acompanhado pelos pais ou responsável.

    VIAGEM DE CRIANÇA E ADOLESCENTE

    Nenhuma criança poderá viajar para fora dacomarca onde reside, desacompanhada dospais ou responsável, sem expressa autorização judicial. A autorização não será exigida quando :

    a) tratar-se de comarca contígua à daresidência da criança, se na mesma unidadeda Federação, ou incluída na mesma regiãometropolitana ;b) a criança estiver acompanhada :1) de ascendente ou colateral maior, até oterceiro grau, comprovado documentalmente oparentesco;2) de pessoa maior, expressamente autorizadapelo pai, mãe ou responsável.

    A autoridade judiciária poderá, a pedido dospais ou responsável, conceder autorizaçãoválida por dois anos.Quando se tratar de viagem ao exterior, a

    autorização é dispensável, se a criança ouadolescente :

    I - estiver acompanhado de ambos os pais ouresponsável;II - viajar na companhia de um dos pais,autorizado expressamente pelo outro através dedocumento com firma reconhecida.

    ATO INFRACIONAL

    Conceito

    Quem pratica?

    Momento da prática do ato

    Consequência da sua prática

    Necessidade de procedimento para apuração?

    Obrigação dereparar o

    danoAdvertência

    Prestação deserviços à

    comunidade

    Liberdadeassistida

    InternaçãoSemiliberdade

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    A internação deverá ser cumprida em entidadeexclusiva para adolescentes, em local distintodaquele destinado ao abrigo, obedecida

    rigorosa separação por critérios de idade,compleição física e gravidade da infração.

    Durante o período de internação, inclusiveprovisória, serão obrigatórias atividadespedagógicas.

    São direitos do adolescente privado deliberdade, entre outros, os seguintes:

    I - entrevistar-se pessoalmente com orepresentante do Ministério Público;II - peticionar diretamente a qualquerautoridade;III - avistar-se reservadamente com seudefensor;IV - ser informado de sua situação processual,sempre que solicitada;V - ser tratado com respeito e dignidade;VI - permanecer internado na mesma localidadeou naquela mais próxima ao domicílio de seuspais ou responsável;VII - receber visitas, ao menos, semanalmente;VIII - corresponder-se com seus familiares eamigos;IX - ter acesso aos objetos necessários àhigiene e asseio pessoal;X - habitar alojamento em condições adequadasde higiene e salubridade;XI - receber escolarização e profissionalização;XII - realizar atividades culturais, esportivas e delazer:XIII - ter acesso aos meios de comunicaçãosocial;XIV - receber assistência religiosa, segundo a

    sua crença, e desde que assim o deseje;XV - manter a posse de seus objetos pessoais edispor de local seguro para guardá-los,recebendo comprovante daqueles porventuradepositados em poder da entidade;XVI - receber, quando de sua desinternação, osdocumentos pessoais indispensáveis à vida emsociedade.

    Em nenhum caso haveráincomunicabilidade.

    A autoridade judiciária poderá suspendertemporariamente a visita, inclusive de pais ouresponsável, se existirem motivos sérios e

    fundados de sua prejudicialidade aos interessesdo adolescente.

    RECURSOS

    AlteraçõesLei

    12594/12

    Sistemarecursal

    CPC

    Adaptaçõesdo ECA

    INFRAÇÕES

    PENAIS

    Ação penal públicaincondicionada

    Artigos 228 a 244B

    ADMINISTRATIVAS A partir do artigo245